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Universidade Federal de Rondônia – Campus José Ribeiro Filho

Profª Dra. Veronica Aparecida Silveira Aguiar


Período: 2º período/vespertino
Disciplina: História Medieval
Data de entrega: 09/02/2024.

Trabalho em Grupo de História Medieval


- Respondam as questões em formato de texto dissertativo, sendo um texto
para cada questão.
- Se houver referências a autores, indicá-las com citação completa em rodapé.

Questão 1:
Texto: LANGER, J. Símbolos religiosos dos Vikings: guia iconográfico.
História, imagem e narrativas. No 11, outubro/2010 - ISSN 1808-9895, p. 1-
28.
Para o historiador brasileiro Johnni Langer, quais são os problemas e desafios
historiográficos enfrentados pelos medievalistas em relação aos símbolos
religiosos vikings? Dê exemplos de alguns símbolos da cultura e história dos
vikings de acordo com o texto.

Questão 2:
Texto: LOT, Ferdinand. – “III. O Império Romano e a Igreja no século IV”.
In_ O fim do mundo antigo e o princípio da Idade Média, pp. 38-59.
Segundo Ferdinand Lot, qual é a relação da Igreja com o Império Romano?
Constantino converteu-se ou não ao cristianismo, justifiquem as possibilidades
historiográficas segundo Ferdinand Lot.

Questão 3:

Texto: LE GOFF, Jacques. “Capítulo I – A instalação dos bárbaros


(séculos V-VII). A civilização do Ocidente Medieval. Bauru_ Edusc, 2005,
p. 19-42.

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Conforme o medievalista francês Jacques Le Goff, no livro A civilização do
Ocidente Medieval, quais foram as causas e as consequências das “migrações
bárbaras” no Ocidente medieval? Explique em detalhes se o termo “bárbaro” é
adequado ou não para designar esses povos ?
R: As migrações bárbaras foram influênciadas por várias causas, entre
elas podem ser citadas a desordem e desestabilidade que o Império
Romano Ocidental sofria naquele periodo, a pressão por terras para
alimentar as populações crescentes dos povos “bárbaros”, a ameaça que
os povos germânicos daquela região sofriam dos invasores hunos (deve-
se lembrar também que a relação entre romanos e não-romanos era
complexa, e que haviam alianças entre eles). Entre as consequências das
migrações, as mais notáveis foram a “queda” do Império Romano e o
ínicio da Idade Média. O termo bárbaro é de origem grega, derivado do
termo “barbar”, e era usado para definir aqueles que não falavam grego, e
não partilhavam da mesma cultura e forma de organização social e
política dos gregos. O termo então foi adotado pelos romanos,
significando então a mesma coisa mas trocando “grego” por “romano”.
No contexto histórico e na visão dos romanos, era sim um termo
extremamente apropriado, e nesse contexto pode ser também (e é) usado
por historiadores como um termo geral para definir aqueles povos não-
romanos; mas deve-se manter em mente que a palavra também pode ter
um quê de prejorativo.
Questão 4:

Texto: KANTOROWICZ, Ernst. H. – “3. A realeza centrada em Cristo”. In:


Os dois corpos do rei: um estudo sobre teologia política medieval. São
Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 48-58.
Desdobre e relacione a questão da realeza sagrada dos reis com a realeza de
Cristo na Idade Média (cristomimesis). Segundo Ernst Kantorowicz, por que os
reis medievais do ponto de vista político teriam “dois corpos”?
R: A ideia da realeza sagrada dos reis na Idade Média estava enraizada na
ideia que os reis governavam não só como líderes políticos, mas também
como representantes do divino. Esse conceito era muitas vezes expresso
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através da cristomimesis, que é a ideia de que o rei espelhava Cristo em
seu papel como governante (assim, muitas imagens de Cristo criadas no
período Medieval colocavam ele como um Rei, no sentido europeu, com
coroa e tudo). Segundo Ernst Kantorowicz, os reis medievais eram
percebidos como tendo "dois corpos": um corpo físico e mortal, e outro
corpo político e transcendente. O "corpo político" representava sua
autoridade como governante, que transcendia sua mortalidade e estava
conectado à ideia de realeza sagrada. Essa concepção dos "dois corpos"
do rei tinha implicações políticas significativas. Enquanto o corpo físico
do rei era mortal e sujeito às vicios e pecados, o corpo político era
considerado imortal e infalivel. Isso permitia aos reis medievais legitimar
sua autoridade e governar com uma aura de sacralidade, garantindo
assim a obediência e lealdade de seus súditos.

Questão 5:
Texto: FERNANDES, C. C. O Iconoclasmo Bizantino: Modos de Integração
e Desintegração no Mediterrâneo. Mare Nostrum: estudos sobre o
Mediterrâneo Antigo, v. 9, p. 73-94, 2018.
Por que é importante a História Global como reflexão historiográfica para
entendermos o Mediterrâneo na Idade Média? No caso do Império Bizantino,
explique os conflitos em torno da questão iconoclasta.

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