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O Livro de Daniel – Joe McKinney 1

INTRODUÇÃO

I. Um Livro de Mistérios Confundidos


A. Vários grupos se baseiam suas doutrinas em Daniel.
1. Testemunhas de Jeová (Daniel 4).
2. Adventistas do 7º Dia (Daniel 8).
3. Pré-milenarismo (Daniel 2, 7, 9, 11, 12).
B. O livro tem sonhos, visões, profecias e mistérios, mas não é impossível de
entender.

II. Um Livro de Sabedoria Revelada


A. O melhor intérprete da Bíblia é a própria Bíblia.
1. Daniel 2 interpreta o sonho de Nabucodonosor.
2. Daniel 4 interpreta o sonho de Nabucodonosor.
3. Daniel 5 interpreta a escrita na parede.
4. Um anjo explica as visões em Daniel 7, 8, 9, 10, 11, 12.
5. Daniel 5 e 8 explicam Daniel 2 e 7
6. Daniel 8 explica Daniel 11 e 12
7. Jesus interpreta Daniel 9 em Mateus 24
B. A história secular mostra o cumprimento das profecias em Daniel.

III. Um Livro com Evidências de Inspiração Divina


A. Os críticos tentaram mostrar que o livro foi escrito no 1º século antes de Cristo,
mas os rolos do Mar Morto o datam antes de 150 a.C.
B. A história desconhecia um rei chamado Beltessazar, mas os arqueólogos
descobriram em arquivos de Babilônia que dizem que ele era filho de Nabonido.
Este se aposentou e deixou tudo nas mãos do seu filho; veja Daniel 5.
C. A história desconhecia Dario, mas os arqueólogos descobriram os arquivos persas
que falam de Gubaru (Dario).
D. As predições cumpridas (O Alcorão não tem predições)
1. Daniel 2 — os quatro reinos mundiais.
2. Daniel — 7 o Império Romano.
3. Medo-persa, Grécia, e Antíoco Epífano.

IV. O Propósito de Daniel


A. Demonstrar a superioridade do Deus de Israel acima todas as nações da terra,
incluindo seus reis e deuses.
B. Preparar o estabelecimento do reino de Deus através do seu Messias (Cristo).

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I. O Contexto Histórico de Daniel


A. A Criação
1. Adão e Eva
2. O pecado
3. Noé
B. O Dilúvio
C. A Promessa à Abraão 2091
D. Isaque 2066
E. Jacó 2006
F. José 1885
G. Israel no Egito 1876
H. Moisés 1526
I. O Êxodo 1446
J. Israel no Deserto 1446 - 1406
1. Monte Sinai e os 10 mandamentos 1445
2. Josué
K. Conquista de Canaã (Jericó) 1406
L. Período Dos Juízes 1380 – 1043
M. Assíria domina o mundo 1115 - 612
1. Tiglate-Pileser I 1115 - 1077
2. O Reino Unido de Israel 1043 - 931
• Saul
• Davi
• Salomão Edifica o Templo
3. O Reino Dividido de Israel 931
• O Reino do Norte — Israel, Samaria
• O Reino do Sul — Judá, Jerusalém
4. Assurbanípal II 883 - 858
5. Elias prega em Israel 870 - 852
6. Salmanasar III 858 - 824
7. Eliseu prega em Israel 852
8. Salmanasar IV 782 - 773
9. Tiglate-Pileser III 744 - 727
10. Isaías profetiza em Judá 740
11. Miqueias 735
12. Salmanasar V 726 - 722
13. Assíria conquista Israel (Reino do Norte) 722
14. Sargon II 722 - 705
15. Senaqueribe 704 - 681
• Senaqueribe Invade Judá 701
16. Esar-Hadom 680 - 669
17. Jeremias prega em Jerusalém 626
18. Nabopolassar, rei de Babilônia 625 – 605

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N. Babilônia Conquista Nínive e Domina o Mundo 612


1. 1ª Deportação dos judeus (incluindo Daniel) 606
2. Nabucodonosor 605 - 562
3. 2ª Deportação dos judeus (incluindo Ezequiel) 597
2. 3ª Deportação, Jerusalém destruída 586
4. Evil-Merodaque 562 - 560
5. Neriglissar 560 - 556
6. Labashi-Marduque 556
7. Nabonido 556 - 539
8. Beltessazar 553 – 539
O. Reino de Medo-persa 539 - 331
1. Ciro 539 - 530
2. Ciro decreta que os judeus podem voltar 536
3. 1º Grupo de judeus voltam a Jerusalém 536
4. Alicerce do templo lançado 535
5. Cambises II 530 - 522
6. Smerdis 522 - 521
• Ageu e Zacarias pregam 521
7. Dario I 521 - 486
• Construção do Templo Terminado 516
8. Xerxes I 486 - 464
• Ester salva os Judeus 479
9. Artaxerxes I 465 - 424
• Esdras volta a Jerusalém 458
• Neemias governa Jerusalém e constrói muralhas 444 - 433
• Malaquias prega 430
• Neemias volta para governar de novo 428 - 423
10. Daria II 423 - 404
• Samaritanos constroem seu templo no monte Gerasim 423
11. Artaxerxes II 404 - 359
12. Artaxerxes III 359 - 338
13. Arses 338 - 335
14. Dario III 335 – 331
P. O Reino de Grécia 331 - 63
1. Filipe de Macedônia controla Grécia 338
2. Alexandre assume o trono de Grécia 336
3. Alexandre derrota Dario em Arbela 331
4. Alexandre Magno conquista o mundo, unindo o Oriente e Oeste,
iniciando programa de helenização do mundo 331 – 323
Q. Período Inter-testamentário

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PEQUENO ESBOÇO DO LIVRO


I. A Dedicação de Daniel (1:1-21)
A. A Situação de Daniel, 1:1-7
B. A Dedicação de Daniel, 1:8-16
C. A Ascensão de Daniel, 1:17-21

II. O Sonho de Nabucodonosor – A Grande Imagem (2:1-49)


A. O Sonho é Recebido por Nabucodonosor, 2:1-6
B. O Sonho é Revelado a Daniel, 2:7-23
C. O Sonho é Descrito e Interpretado a Nabucodonosor, 2:24-45
D. A Promoção de Daniel, 2:46-49

III. A Fornalha Ardente – uma Lição de Fé (3:1-30)


A. A Prova da Fé, 3:1-12
B. A Demonstração da Fé, 3:13-18
C. A Vindicação da Fé, 3:19-30

IV. A Visão de Nabucodonosor – a Grande Árvore (4:1-37)


A. A Visão Descrita por Nabucodonosor, 4:1-18
B. A Visão Interpretada por Daniel, 4:19-27
C. A Visão Cumprida por Deus, 4:28-37

V. A Festa de Belsazar (5:1-31)


A. A Contribuição de Belsazar para a Festa: Sensualidade Sem Limites, 5:1-4
B. A Contribuição de Deus para a Festa: a Escrita na Parede, 5:5-6
C. A Contribuição de Daniel para a Festa: Anúncio da Calamidade, 5:7-29
D. A Contribuição de Dário para a Festa: a Destruição de Babilônia, 5:30-31

VI. Daniel na Cova dos Leões (6:1-28)


A. A Posição de Daniel, 6:1-3
B. A Trama Contra Daniel, 6:4-9
C. A Oração de Daniel, 6:10-11
D. O Processo Contra Daniel, 6:12-17
E. A Proteção a Daniel, 6:18-28

VII. A Visão dos Quatro Animais e do Ancião de Dias (7:1-28)


A. Dados Históricos, 7:1-3
B. A Visão e a Interpretação, 7:4-28

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VIII. A Visão do Carneiro, do Bode e do Pequeno Chifre (8:1-27)


A. A Visão, 8:1-14
B. A Interpretação, 8:15-27
1. O Carneiro, 8:15-20
2. O Bode, 8:21-22
3. O Pequeno chifre, 8:23-25
4. O Efeito sobre Daniel, 8:26-27

IX. A Panorama das Setenta Semanas de Anos (9:1-27)


A. Dados Históricos, 9:1-2
B. A Oração de Daniel, 9:3-19
C. A Profecia, 9:20-27

X. O Panorama Profético de Daniel (10:1 - 12:13)


A. A Visão de Daniel, 10:1-9
B. O Fortalecimento de Daniel, 10:10 - 11:1
C. Profecias Concernentes às Nações, 11:2-45
1. Pérsia, 11:2
2. Grécia, 11:3-4
3. Egito e Síria, 11:5-20
4. O Reinado de Antíoco Epifânio, 11:21-35
5. O Reinado do Anticristo 11:36-45
D. Profecias Concernentes a Israel, 12:1-13

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DANIEL CAPÍTULO 1

A EDUCAÇÃO DE DANIEL

I. Deus Castigou Seu Povo Infiel (1:1-7)


A. O cativeiro em Babilônia
• Prometido (Deuteronômio 28:15, 36, 37, 49-52 [veja v. 36]).
• Profetizado
a) Isaías 39:3-6; (veja v. 6).
b) Jeremias 25:11 - "... estas nações servirão ao rei de Babilônia
setenta anos."
• A Causa
a) O pecado de Manassés
(1) 2 Reis 24:1-4
(2) 2 Reis 21:9
b) O pecado de Jeoaquim
(1) Matou Urias (Jeremias 26:20-23).
(2) Tentou matar Jeremias (Jeremias 26:11, 24).
(3) Rasgou a Palavra de Deus (Jeremias 36:22-23).
(4) Prendou Jeremias (Jeremias 36:26; 37:1ss).
• As invasões da Babilônia
a) Em 606 a.C. Daniel foi levado (2 Crônicas 36:5-8).
b) Em 597 a.C. Ezequiel foi levado (2 Crônicas 36:9-10).
c) Em 586 a.C. destruição foi total (2 Crônicas 36:18-19).
B. O Templo Destruído
• O tesouro e os utensílios levados para a casa do deus de Nabucodonosor
(2 Crônicas 36:18).
• O templo destruído (2 Crônicas 36:19).
C. Daniel e Amigos se Tornam Estadistas
• Os inocentes sofrem consequências dos pecados dos pais. Êxodos 20:5
a) Filhos de pai beberrão
b) Filhos de pais com doenças
c) O pecado é terrível
d) Deus é misericordioso (Êxodos 20:6; Deuteronômio 7:9).
e) O filho não herda a culpa do pai (Ezequiel 18:20).
f) Daniel e amigos eram de famílias nobres.
• Eunucos na Babilônia (Daniel 1:3, 7).
a) Profecias (Isaías 39:7; 2 Reis 24:14; Isaías 56:3-4).
b) Vergonha (Deuteronômio 23:1).
c) Eunucos elevados no reino
d) Isaías 56:3-4
(1) Mateus 19:10-12
(2) Paulo

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(3) Daniel
e) Feito para acabar com dinastias dos conquistados
f) Jovens, punidos no corpo e no espírito, longe dos pais, numa
terra estranha. Imagine as tentações para pecar contra Deus!
• Daniel e amigos eram corajosos e dedicados.
a) Seus nomes
(1) Daniel (Deus vai julgar) para Beltessazar (Proteja a Bel) .
(2) Bel era deus dos babilônios.
(3) Azarias (Jeová ajudou) para Abednego (Servo de Nebo).
(4) Hananias (Jeová é grande) para Sadraque (Servo do
Pecado)
(5) Misael (Como Deus) para Mesaque (Sombra do Príncipe)
b) A decisão de recusar a comida do rei – Daniel 1:8
(1) Sacrificado aos ídolos? (Deuteronômio 32:38;
1 Coríntios 10:14, 18, 20).
(2) Carne de animais estrangulados? (Levíticos
17:10-14;19:26).
(3) Vinho? (Provérbios 23:31-35).

II. Deus os Abençoou com Sabedoria e Honra (Daniel 1:8-21)


A. Quando recusamos pecar contra Deus, Deus abençoa.
B. Como no caso de José do Egito (Gênesis 39:9-21).
C. Quando procuramos uma saída do pecado, Deus providencia (1 Coríntios 10:13).
D. O caminho para a grandeza começa com o arrependimento e obediência.
E. Deus deu a Daniel uma longa vida de serviço (Daniel 1:21).
• Daniel tinha entre 15 a 20 anos de idade quando foi levado cativo e serviu até
85 e 90 anos de idade!

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DANIEL CAPÍTULO 2
O SONHO DA ESTÁTUA E OS 4 REINOS MUNDIAIS
I. O REI PEDIU QUE OS ADIVINHOS REVELASSEM O SEU SONHO 2:1-13
A. Ele exigiu que os magos não somente interpretassem o sonho, mas que primeiramente
revelassem o sonho.

B. A religião falsa não podia saber da revelação divina.


1. Mágicos, como no Egito Êx 7:11,22; 8:7,18-19; 9:11
2. Encantadores – provavelmente os que consultavam os mortos
3. Feiticeiros
4. Caldeus – astrólogos

C. A Bíblia adverte contra estas práticas


1. Dt 18:9-12
2. Lv 19:31
3. Lv 20:6
4. 1 Co 10:20
5. Lv 20:27
6. 1 Cr 10:13-14
7. 2 Cr 33:6
8. Is 8:19-20
9. Is 47:13-14

D. O rei, irado com a falsidade, promete matar todos os seus sábios

II. DEUS REVELOU O SONHO A DANIEL 2:14-23


A. Daniel orou a Deus e não buscou outra ajuda;
B. Veja a gratidão de Daniel para com Deus;
C. Daniel engrandeceu a Deus e não a si mesmo.

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III. O SONHO E A INTERPRETAÇÃO 2:24-45


A. A ESTÁTUA:

1. O império romano era uma mistura de romanos (ferro) com os países conquistados que
mantiveram os seus próprios reis (barro)
2. Por meio de casamentos, Roma tentou fortalecer suas ligações com povos conquistados, mas não
deu certo (Cleópatra e Júlio, Cleópatra e Antônio, por exemplo).
3. As nações conquistadas por Roma ficavam separadas. A cidadania romana era tão sagrada que os
povos nunca misturavam.

B. ALGUMAS OBSERVAÇÕES
1. A estátua representa exatamente 4 reinos (vv 39, 40);
2. Estes reinos são sucessivos (vv 39, 40) e mundias (v 38);
3. As pernas, pés e dedos representam um reino (v 33, 40-42);
4. Os outros detalhes não são dados (número de olhos, dedos, etc.);
5. A pedra bateu nos pés da estátua;
6. A pedra representa o reino estabelecido por Deus (v 44);
7. O reino eterno seria estabelecido durante os dias do 4º reino (v 4);
8. Depois do estabelecimento do reino de Deus, nunca haveria outro reino mundial
estabelecido (v 44).

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IV. O REINO ETERNO DE DEUS JÁ FOI ESTABELECIDO

A. João Batista anunciou que o reino de Deus estava próximo (Mt 3:12)
B. Jesus anunciou que o tempo estava cumprido e o reino de Deus estava próximo (Mc 1:15)
C. Jesus prometeu que o reino viria com poder durante a vida dos apóstolos (Mc 9:1)
D. Foi prometido que o Cristo ia se sentar ao lado direito do Pai e reinar no meio dos seus
inimigos (Sl 110:1-6; At 2:30-36)
E. O reino já existe e pessoas estão entrando, faz quase 2.000 anos (Cl 1:13; Ap 1:6, 9)
F. Jesus Cristo é a pedra
1. Mt 21:33-43
2. Lc 20:18
3. 1 Pe 2:4-8
4. Mt 16:18
5. At 4:11
6. 1 Co 3:1
7. Ef 2:20
G. A igreja é o reino inabalável (Hb 12:22-29)
H. A natureza do reino eterno
1. Jo 17:2 –
2. Jo 18:36 –
3. Lc 17:20-21 –
I. A doutrina comum de um futuro reino milenar de Cristo aqui na terra não pode ser
verdadeira de acordo com estas passagens acima.

V. NABUCODONOSOR EXALTA DANIEL 2:46-49


A. O rei reconheceu o Deus de Daniel como sendo superior, mas não necessariamente
abandonou os seus deuses.
B. Talvez isto explica sua paciência com os judeus e misericórdia para com Jeremias.

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DANIEL CAPÍTULO 3
DEUS PROTEGE SEUS SERVOS FIÉIS
I. NABUCODONOR FEZ UMA GRANDE IMAGEM DE OURO
A. O tamanho: 30m x 3m
B. Os arqueólogos descobriram, no lugar chamado Tolul Dura, um pedestal chamado “El-
Mokhattat”, 15m x 15m e com 6m de altura, que podia ter sido o local da estátua.

II. OS TRÊS AMIGOS DE DANIEL RECUSARAM ADORAR A IMAGEM


A. Decálogo proibiu a idolatria – Êx 20:4-5
B. Idolatria é pecado abominável:
1. 1 Jo 5:21
2. At 15:19
3. 1 Co 10:7
4. Gl 5:20
5. 1 Co 5:20
6. Ef 5:5

C. Onde estava Daniel? Será que ele adorou a imagem?


1. Talvez ele não estivesse presente? Ele administrava no palácio enquanto os três amigos
serviam na província de Babilônia (2:49), e estátua ficou nesta província.
2. Talvez ele estava presente, mas sentou ao lado do rei durante o processo?
3. Talvez ele não foi visto pelos outros?
4. Talvez os que observaram tinha medo de acusar alguém tão perto do rei?

D. Nabucodonosor deu uma outra chance aos três jovens, mas eles recusaram de novo.

III. DEUS OS LIBERTOU DA FORNALHA DE FOGO


A. Deus ama o seu povo — Sl 116:15; At 7:55
B. Deus protege o seu povo — Is 43:1,2; 2 Rs 6:16-17; Rm 8:31
C. Deus liberta o seu povo — Sl 34:7
D. Deus é poderoso acima de todos os deuses — Is 43:10-11

IV. ALGUMAS LIÇÕES PARA NÓS


A. Deus é o único libertador verdadeiro no dia de angústia (não é a educação, filosofia, sistema
econômico ou político, riquezas, atividade religiosa, ou poder militar).
B. Mesmo que Deus não nos livre da morte, devemos ainda servi-lo.
C. Devemos servir a Deus por compromisso em vez de conveniência.
D. Não existe circunstância difícil demais para não sermos fiel a Deus.

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DANIEL CAPÍTULO 4
NABUCODONOSOR SE EXALTA E ENLOUQUECE
I. O DECRETO DO REI: DEUS É SOBERANO — 4: 1-9
A. Este é o testemunho pessoal do rei depois de aprender sua lição.
B. Por vv 8, 9, e 18 parece que o rei ainda não tinha uma visão clara a respeito das coisas do Deus
único.

II. O SONHO DE NABUCODONOSOR — 4:10-18


A. Uma árvore, grande e forte, vista até ao confins da terra.
B. Um santo desceu do céu e mandou cortar a árvore, deixando só a cepa e raízes.
C. À árvore foi dada coração de animal em vez de homem e passou 7 tempos neste estado,
comendo ervas como os bois.

III. O PROPÓSITO DO SONHO — 4:17-18


A. Para que os viventes conheçam que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens.
B. Para que saibam que Ele dá o reino a quem quer, até ao mais humilde dos homens.

III. A INTERPRETAÇÃO DO SONHO 4:19-27


A. A árvore era Nabucodonosor (não era Israel, nem os reinos dos gentios)
B. Deus decretou que o rei seria humilhado por 7 tempos.
C. Ele viveria como os animais no campo até aprender a lição que Deus é soberano. Com isso
seria restaurado o seu reino.
D. Os conselhos de Daniel: arrepende-se e pratique a justiça para estender o tempo da sua
tranquilidade.

IV. O CUMPRIMENTO HISTÓRICO 4:28-38 (Um ano depois:


A. O orgulho de Nabucodonosor
1. Heródoto: “Nabucodonosor, rei de Babilônia, restaurador de Esagila e Ezida, filho de
Nabopolassar, sou eu. Para proteger Esagila, para que nenhum exército vença Babilônia,
que a batalha não chegue a Imgur-bel, eu fiz a muralha de Babilônia, aquilo que nenhum
rei tinha feito, eu fiz. Eu fiz uma muralha forte no lado de leste, cavei uma represa,
construí a muralha com piche e tijolos que, como uma montanha, não pode ser removida.
lancei o fundamento no mais fundo e a altura de uma montanha. Eu estabeleci o nome do
meu reino eternamente.”
2. A cidade tinha 85km de circunferência, cercada por um enorme lago de água corrente e
duas muralhas. O exterior tinha a altura de 100m e 25cm de largura. O rio Eufrates passou
pela cidade. Ele construiu o palácio; as portas da cidade eram de cedro cobertas de bronze.
3. Os jardins da Babilônia foram feitos de pedras para ser semelhante a uma montanha. Tinha
árvores de todo tipo, irrigado por uma série de baldes que subiram a água.

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V. OBSERVAÇÕES
A. Sete tempos pode ser 7 períodos, literais ou figurativos. Números são sados como simbólicos
muitas vezes na Bíblia. 3 = ordem completa; 4 = extensão completa; 7 = plenitude => 3+4=7.
Talvez seja “o tempo necessário”. Talvez seja 7 anos. Talvez 7 estações. Talvez...

B. A interpretação das testemunhas de Jeová:


1. A árvore é Israel que foi cortado pela Babilônia no ano 607 a.C.
2. Sete tempos passam sobre Israel até a sua restauração e o estabelecimento do reino de Cristo
3. 7 tempos = 7 anos
7 anos X 360 dias por ano = 2.520 dias.
Transformando cada dia de volta para ser um ano = 2.520 anos
Este seria o tempo entre a primeira invasão de Jerusalém por Nabucodonosor até 1914 d.C.,
o início do reino de Cristo.

4. Problemas com esta interpretação:


a. Daniel dá uma interpretação diferente;
b. Não faz sentido converter anos em dias e de volta para anos;
c. Daniel 2 mostra que o reino de Cristo seria estabelecido nos dias do império romano;
d. Dois mil anos atrás, Jesus disse que o tempo estava cumprido e o reino de Deus estava
próximo.

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DANIEL CAPÍTULO 5
A ESCRITURA NA PAREDE: MENE, MENE TEQUEL PARSIM
I. O BANQUETE – 5:1-4
A. Belsazar, o rei
1. O filho de Nabonidas;
2. Reinava junto com seu pai quando este praticamente se aposentou em Temá;
3. Sua mãe era filha de Nabucodonosor.
B. A ira de Deus se acende contra a profanação das coisas sagradas.
1. Jesus purificou o templo – Jo 2:13-22
2. O corpo do cristão é santo – 1 Co 6:18-20
3. A igreja de Cristo – 1 Co 3:17
II. A ESCRITURA NA PAREDE — 5:5-9
A. Belsazar se assustou muito quando os dedos escreveram na parede;
B. Ofereceu o 3º lugar no reino a quem interpretasse, já que ele tinha o 2º lugar;
C. Como sempre, os feiticeiros falharam.

III. DANIEL FOI CHAMADO — 5:10-16


A. A mãe do rei (filha de Nabucodonosor) lembrou-se de Daniel;
B. Daniel foi introduzido ao rei.

IV. O SERMÃO DE DANIEL — 5:17-28


A. Recusou pagamento pelo serviço, como Pedro e João recusaram Simão em At 8;
B. Ele não tem desculpas porque devia ter aprendido com o que aconteceu a Nabucodonosor,
5:17-21
C. Belsazar não se humilhou, mesmo sabendo disso, 5:22-23
D. A mensagem é de Deus, 5:24
E. A interpretação, 5:25-28
1. MENE (CONTADO) - “ Deus contou o seu reino e deu cabo dele”
2. TEQUEL (PESO) - “Foi pesado na balança e achado em falta”
3. PERES ou PARSIM (DIVISÃO ou PERSAS) - “seu reino foi dividido e dado aos medos e
persas.”

V. O CUMPRIMENTO — 5:29-31
A. Babilônia caiu para a Medo-Pérsia naquela noite.
B. Heródoto disse que Ciro desviou o rio Eufrates e entraram na cidade pelo rio sem batalha.
C. Profecia cumprida de Jr 50,51; Is 13,14; Hb 2.

VI. LIÇÕES PRÁTICAS


A. Os que praticam o mal vão enfrentar o Juiz de todos, 5:5-7
B. Devemos dar a Deus toda a glória, 5:17-24
C. O que pertence a Deus não deve ser usado por fins maus, 5:23

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DANIEL CAPÍTULO 6
DANIEL NA COVA DOS LEÕES
I. MEDO-PÉRSIA CONQUISTA A BABILÔNIA (2º REINO) — 5:30-6:2
A. Ciro e Dario assumem o poder.
B. Babilônia reorganizada.

II. DANIEL CONTINUA FIEL E ATIVO — 6:2-5


A. Sua capacidade
B. Sua integridade

III. O PLANO PERVERSO CONTRA O HOMEM DE DEUS — 6:6-9


A. O ciúme
B. A arrogância

IV. A OBEDIÊNCIA CORAJOSA DE DANIEL — 6:10-13


A. Daniel em oração
B. Os inimigos denunciam Daniel

V. O DILEMA DO REI 6:14-18


A. O rei tenta libertar Daniel;
B. A lei dos medos e persas é imutável;
C. Daniel jogado na cova dos leões;
D. O rei angustiado;

VI. DANIEL PROTEGIDO POR DEUS — 6:19-23

VII. O CASTIGO DOS ÍMPIOS — 6:24

VIII. O DECRETO PARA LOUVAR A DEUS — 6:25-27

IX. A PROSPERIDADE DOS JUSTOS — 6:28

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DANIEL CAPÍTULO 7

A VISÃO DOS 4 ANIMAIS E OS 4 REINOS MUNDIAIS


I. A VISÃO DOS 4 ANIMAIS 7:1-8
A. CHAVE! Esta visão profetizou a mesma coisa do sonho da estátua em Daniel 2.

7:3 – Em Apocalipse 13, quando uma besta subiu do mar, era uma nação (o império romano) se
destacando entre as nações.
7:17 – “estes 4 grandes animais são 4 reis que se levantarão da terra.”
7:23 – “ O quarto animal será um quarto reino na terra.”

LEÃO COM ASAS DE ÁGUIAS: BABILÔNIA


Jr. 4:7 – Babilônia foi chamado de leão.
Ez 17:3,12,15 – Babilônia é chamada de águia.
Arqueólogos descobriram imagens de leão com asas de águias, simbolizando a Babilônia.

URSO: MEDO-PÉRSIA
Se levantou sobre um dos seus lados – Pérsia era superior a Média.
Três costelas na boca – Egito, Líbia e Babilônia conquistados nesta ordem.

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LEOPARDO: GRÉCIA
Quatro asas – a rapidez com que Alexandre conquistou o mundo.
Quatro cabeças – as quatro divisões do reino depois da morte de Alexandre.

ANIMAL TERRÍVEL, ESPANTOSO E SOBREMODO FORTE: O IMPÉRIO ROMANO

DANIEL 7 APOCALIPSE 17
Dez chifres na cabeça Sete cabeças
Três chifres abatidos —
O décimo primeiro chifre A oitava cabeça

Os primeiros imperadores do império romano:

1º Augusto 1º
2º Tibério 2º
3º Calígula 3º
4º Cláudio 4º
5º Nero 5º A besta que era.
Chifres 6º Galba Não contados como cabeças por ser tão
Arrancados → 7º Oto insignificantes e temporários (7 meses, 3
8º Vitélio meses, 9 meses).
9º (6º) Vespasiano 6º A besta que não é.
10º (7º) Tito 7º Durou pouco (2 anos )
11º (8º) Domiciano 8º A besta que reapareceu

Domiciano:
o 11º imperador – 7:8,24;
do quarto animal – 7:8,24;
insolente – 7:8,20;
ele se achava divino – 7:25;
ele perseguiu os santos (igreja) – 7:21-22, 25;
ele é a oitava cabeça de Apocalipse 17;
Perseguidor e insolente.

II. A VISÃO DO ANCIÃO DE DIAS — 7:9-12


A. Deus decide o destino de nações e impérios – Ap 16:5, Is 3:13; Jr 51:9
B. Deus reúne o seu tribunal e considera as opiniões de sua criação celestial – 1 Rs 22:19-21; Ap
4:4; Sl 82:1,6
C. Miríades de anjos cercam o seu trono – Ap 5:11; Sl 68:17

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III. A VISÃO DO FILHO DO HOMEM RECEBENDO O REINO — 7:13-14


A. O FILHO DO HOMEM: Sl 8:4-8 cumprido em Hb 2:5-10. Jesus era homem e Deus, filho de
homem e filho de Deus. Cumprindo a sua missão na terra como homem, Jesus se tornou o
único filho de homem que recebeu o domínio sobre o céu e a terra.

B. Ele subiu ao Ancião de dias nas nuvens – At 1:9; 2:32-36; 3:21; Ef 1:20-22: Fp 2:9-11; 1 Co
15:25; Hb 1:3, 13; Ap 5:6-13;

C. Foi estabelecido o reino do filho do homem – Cl 1:13; Ap 1:6,9


1. O reino não seria por um milênio, mas eternamente – 7:14,27: Ap 22:5
2. Os santos de Deus recebem e possuem o reino eternamente.

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DANIEL CAPÍTULO 8
OS REINOS DE MEDO-PÉRSIA E GRÉCIA
I. A VISÃO DO CARNEIRO E O BODE — 8:1-26
A. A visão foi dada no 3º ano de Belsazar, rei de Babilônia 550 a.C. – vv 1-2
B. Um carneiro Medo-Pérsia
diante do rio
tinha dois chifres altos ....................................... Média e Pérsia (v 20);
um chifre era mais alto que o outro Como o urso levantado de um lado (7:5);
No reino Medo-persa, Pérsia dominava.
o mais alto subiu por último............................. Até a chegada de Ciro, Média se destacava
dava marradas para o ocidente, ..................... Ciro, o persa, veio do oriente de Palestina
norte, ................................................................. Conquistou Ásia
sul ...................................................................... e Egito
nenhum dos animais lhe podia resistir
C. Um bode Grécia (v 21)
vinha do ocidente Grécia fica a oeste de Palestina
sem tocar no chão ............................................ avançava tão rápido
tinha um chifre notável entre os olhos .......... o primeiro rei, Alexandre Magno
correu contra o carneiro
com todo seu poder
feriu-o e quebrou os dois chifres
o bode se engrandeceu
na sua força quebrou-se-lhe Alexandre morreu com 33 anos de idade
o grande chifre
no seu lugar saíram 4 chifres.............................4 reinos se levantarão no lugar do 1º rei,
mas sem forças igual a ele.
Corresponde às 4 cabeças do leopardo (7:6)
Quando Alexandre morreu, seu império foi
dividido entre 4 dos seus generais
para os 4 ventos da terra................................... 1. Seléuco → Babilônia e Síria
2. Ptolomeu I → Egito e Palestina
3. Cassandro → Macedônia e Grécia
4. Lisímaco → Trácia e Capadócia
D. De um chifre saiu um chifre…................. Antíoco IV Epifanes
um rei de feroz catadura e entendido
em intrigas
pequeno
se tornou forte para o sul …................................. grande é seu poder mas não da sua
própria força
Ele conquistou Egito no ano 170 a.C.;
para oriente Ele roubou templos na Pérsia;
e para a terra gloriosa........................................... Ele perseguiu os Judeus na Palestina;

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cresceu até atingir o exército dos céus Estrelas às vezes representam o povo fiel de
Deus – Gn 15:5; Dn 12:3; Mt 13:43
lançou alguns do exército e das estrelas destruirá os poderosos e o povo santo
para terra e os pisou causará estupendas destruições
engrandeceu-se até ao no seu coração se engrandecerá
príncipe do exército levantar-se-á contra o Príncipe dos
príncipes (v 25)
Ele blasfemou contra o próprio Senhor
do príncipe tirou o sacrifício costumado Antíoco IV, em dezembro de 168, profanou
e o lugar do seu santuário o templo em Jerusalém, colocando um ídolo
foi deitado abaixo no altar.
o exército foi lhe entregue
com o sacrifício costumado
por causa das transgressões Não porque Deus era fraco, mas porque o
povo era tão pecador (v 23)
deitou por terra a verdade por sua astúcia nos seus empreendimentos fará
prosperar o engano. Uma vez mandou
mensagem de paz e aproveitou para massacrar
40.000 pessoas.
e o que fez prosperou prosperará e fará o que lhe aprouver
E. Os santos perguntam
até quando durará a visão
do costumado sacrifício
e da transgressão assoladora?
Quando o santuário foi entregue
e o exército
a fim de serem pisados?
A resposta: até 2.300 tardes e manhãs 2.300 dias (360 dias por ano) = 3 anos e 140
dias
e o santuário será purificado o rei será quebrado sem esforço de
mãos humanas (morreu de doença)
“purificado” = vindicado, justificado (Heb:
tsadaq) ou como na Bíblia Católica
“restabelecido”
em dezembro 164, o templo foi purificado
em agosto 164 a.C., Antíoco morreu (v 25)
tudo isso se referia ao tempo do fim (v 17) refere-se a dias ainda mui distantes
A visão dada em 550 e cumprida em 163
(387 anos depois). Leia Ap 22:6, 10; note que a
visão do Apocalipse ia se cumprir logo. E se
cumpriu mesmo!
no último tempo da ira (v 19) Veja At 2:17 e Hb 2:2-3. Quer dizer o fim do
acontecimento na visão. A visão corre para
o tempo determinado do fim (v 19) o seus fim que vai acontecer no prazo
determinado por Deus.

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II. ALGUMAS INTERPRETAÇÕES DOS 2.300 TARDES E MANHÃS

Antíoco IV derrota Egito e na volta para


Síria, ataca Israel.
Começa a perseguição dos judeus
e profanação do templo
1 Macabeus 1:20-28
Daniel 8:8-14, 23-26

O sacrifício contínuo (diário) abolido


1 Macabeus 1:20,29; 29-53

A abominação adorada
1 Macabeus 1:54

O ídolo (abominação) tirado do templo

O templo rededicado
Os sacrifícios recomeçaram
1 Macabeus 4:52

Antíoco morreu (sem mãos humanas)


1 Macabeus 6:16
Daniel 8:25

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DANIEL CAPÍTULO 9
A VISÃO DAS SETENTA SEMANAS
I. DANIEL LÊ A PROFECIA DE 70 ANOS DA CATIVEIRO FEITA POR JEREMIAS
A. Foi no ano 539 a.C., o primeiro ano do Dario que assumiu quando Babilônia caiu.
B. Jeremias 25:11: “ Toda esta terra virá a ser um deserto e um espanto; estas nações servirão ao
rei de Babilônia setenta anos. Acontecerá, porém, que, quando se cumprirem os setenta anos,
castigarei a iniquidade do rei de Babilônia e a desta nação, diz o SENHOR como também a da
terra dos caldeus; farei deles ruínas perpétuas.”
C. Jeremias 2:10: “...logo que se cumprirem para Babilônia setenta anos atentarei para vós
outros e cumprirei para convosco a minha boa palavra, tornando a trazer-vos para este lugar.”
D. A primeira invasão dos babilônicos e deportação dos judeus foi no ano 606 a.C.
E. No 1º ano de Ciro (636 a.C.), ele fez o decreto para que os judeus voltassem.
F. 606 menos 536 = 70 anos

II. DANIEL ORA COM JEJUM, CONFESSANDO E PEDINDO PERDÃO PELOS


PECADOS DO POVO
A. Oração e jejum
1. Associado com arrependimento – Jonas 3:5-6
2. Sinal de tristeza – Ester 4:1-3
3. Para se humilhar perante Deus – Esdras 8:21-23
4. Não como demonstração de religiosidade – Mateus 6:16-18
5. Um exemplo de jejum superficial – Isaías 58:3-8
6. A ênfase na vida cristã é alegria em vez de jejum – Mateus 9:14-17
B. Deus prometeu perdoar os penitentes – 1 Reis 8:46-50
C. Moisés tinha predito o cativeiro – Deuteronômio 29-30

III. A PROFECIA DAS SETENTA SEMANAS (Literalmente 70 setes)


A. O que acontecerá dentro de setenta semanas – 9:24;
1. sobre o teu povo (os judeus);
2. e sobre a tua santa cidade (Jerusalém);
3. para fazer cessar a transgressão (deixar o pecado chegar ao seu limite – Mt. 23:32ss; 1 Ts
2:6; ou perdoar o pecado);
4. para dar fim aos pecados (Hb 10:12; Rm 5:6-10; 2 Co 5:17ss);
5. para expiar a iniquidade (Hb 2:17);
6. para trazer a justiça eterna (1 Co 1:30; 2 Co 5:21; Jr 23:5-6);
7. para selar a visão e a profecia (Hb 1:1-2; jo 16:13; Is 29:10-11; Rm 11:7-12);
8. para ungir o Santo dos Santos (At 2:1SS; 1 Co 3:16; 6:19; Ef 2:20ss), isto é, ungir o Cristo,
ou ungir a igreja, ou ungir o Santo dos Santos no santuário celestial.

B. A cronologia dos eventos profetizados (9:25-27) começando com a ordem para restaurar e
edificar a cidade de Jerusalém:
1. Sete semanas para reconstruir a cidade de Jerusalém;
2. Sessenta e duas semanas até o Ungido (Messias ou Cristo), o Príncipe;

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3. Depois das sessenta e duas semanas;


a. será morto o Ungido (Messias) e já não estará (Jesus crucificado);
b. e o povo de um príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário (os romanos, com
Nero como imperador e Tito como General do exército, destruíram Jerusalém e o templo
no ano 70 d.C.);
c. seu fim será num dilúvio;
d. até o fim haverá guerra;
e. desolações são determinados.
3. Por uma semana
a. Ele fará firme aliança com muitos;
b. na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares;
c. sobre a asa das abominações virá o assolador até a destruição que está determinada, se
derrame sobre ele (que faz desolado).

IV. ALGUMAS INTERPRETAÇÕES (entre muitas)


A. A cronologia milenar
1. Cada sete = uma semana = 7 dias = 7 anos. Então 70 setes = 490 anos divididos em três
partes: 49 anos, 434 anos, e 7 anos.
2. O decreto de sair e reedificar a cidade e o templo seria em 445 a.C. (Neemias 2:1ss)
3. Contando 483 anos a partir de 445 a.C. termina no ano 38 d.C.
4. Depois de 69 semanas, o relógio profético parou e a última semana de 7 anos foi adiada
para algum dia ainda no futuro.
5. O relógio recomeçará quando Jesus vier para arrebatar a Igreja. Os 7 anos depois será a
tribulação.
6. Quem faz cessar o sacrifício é o anticristo.
B. A cronologia não milenar
1. Esta conta da volta de Esdras (458 a.C.) até o batismo de Jesus. No meio da última semana,
depois de 3 ½ anos do ministério, Jesus foi morto.
2. As coisas de Dn 7:26 acontecem depois da última semana.
C. Não cronológica
1. O número 7 é usado simbolicamente e significa totalidade ou completude (Zc 4-7 – olhos de
Deus; Ap 7 – igreja, anjos, selos, trombetas e taças; Gn 4:24; Ez 39:9,12).
2. O decreto para reconstruir Jerusalém foi dado por Ciro em 536 a.C.. (Veja Is 45:13);
3. Nenhuma interpretação cronológica cabe as datas, então tem que ser simbólica.
4. As 70 semanas representam o último tratamento de Deus com a nação de Israel e o fim da
religião judaica na história.
5. O povo do príncipe são os romanos que destruíram Jerusalém no ano 70 d.C.
6. O “ele” de v 28 é Cristo. Ele fez a nova aliança, acabando com os sacrifícios dos judeus.

Estas três interpretações são vistas abaixo. Veja as datas dos eventos históricos interessantes mas
lembre-se que é muito difícil ser exato com datas da antiguidade, porque todo país tinha seu próprio
calendário.

2091 a.C. – Deus prometeu a Abrão que seu descendente seria uma benção para todas as nações.
606 a.C. – 1ª deportação dos judeus para Babilônia

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597 a.C. – 2ª deportação dos judeus para Babilônia


586 a.C. – 3ª deportação dos judeus para Babilônia
536 a.C. – Ciro decretou que os judeus podiam voltar para Jerusalém
Foi profetizado que ele edificaria o templo e a cidade (Is 44:26-28; 45:13)
O decreto dele foi de reconstruir o templo ( Esdras 1:2,3)

516 a.C. – A reconstrução do templo foi terminado

458 a.C. – Artaxerxes decretou que Esdras podia voltar para Jerusalém com riquezas para usar no
serviço religioso do templo (Ed 7:13-26 )

444 a.C. – Artaxerxes I permitiu Neemias voltar para Jerusalém para reconstruir a cidade de
Jerusalém (Ne 2:1-10). Ele voltou e terminou a muralha em 52 dias.

4 a.C. – O verbo se fez carne e habitou entre nós. Jesus Cristo nasceu (veio) para salvar o seu povo
dos seus pecados (Mt 1:21) e estabelecer o seu reino.

26 d.C. – Jesus foi batizado por João e ungido pelo espírito Santo

Amilenialismo:
29 d.C. – Jesus morreu pelos nossos pecados como foi profetizado no V.T.
Jesus foi sepultado e ressuscitado no 3º dia, como foi profetizado no V.T.
Jesus subiu ao céu onde recebeu o reino do Pai (toda autoridade lhe foi dado,
no céu e na terra). Começou a reinar do trono de Davi
A igreja começou no dia de Pentecostes, segundo o eterno propósito de Deus.

34 d.C. – O evangelho vai para os gentios.

70 d.C. – Tito (Império Romano) destruiu Jerusalém e o templo.

??? – Um dia (o último dia), no futuro (a Bíblia não revela quando), Jesus voltar
para:
1. Julgar os vivos e os mortos;
2. ressuscitar todos os mortos, cada um indo para o seu destino eterno;
3. destruir todos os seus inimigos, incluindo a morte;
4. destruir a terra por um fogo consumidor;
5. entregar o seu reino ao Pai que a Jesus sujeitou todas as coisa;
6. começará a nossa eternidade com Deus.

Milenialismo:
1. Jesus virá nas nuvens e os cristãos mortos ressuscitarão;
2. A igreja será arrebatada da terra;
3. Começará 7 anos de tribulação;
4. 144.000 judeus se converterão a Cristo;
5. Moisés e Elias pregarão por 3 ½ anos;

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6. Os judeus reconstruirão o templo em Jerusalém, protegidos pelo Anticristo;


7. O anticristo afirmará que é Deus, invadirá os céus mas será expulso;
8. Começará a grande Tribulação de 3 ½ anos;
9. Os 7 selos do Apocalipse acontecerão:
1. Rússia invade Israel, fome mundial, bilhões morrem, crentes assassinados,
guerra nuclear.
2. As 7 trombetas do Apocalipse tocarão: 1/3 da vegetação destruída, 1/3 dos
oceanos se viram sangue, 1/3 da água potável poluída, 1/3 da luz diminuída,
gafanhotos mutantes atacam os homens, chineses invadem Israel, matando um
bilhão de pessoas.
3. As 7 taças do Apocalipse serão derramadas: praga mundial de doenças
malignas, os oceanos todos se viram sangue, toda água potável destruída, a
temperatura da terra aumenta, trevas, 200.000.000 chineses cruzam o rio
Eufrates, demônios chamam os países ocidentais para ajudar o Anticristo contra
os chineses, milhões morrem enquanto terremotos destroem todas as cidades
grandes e pedras de gelo de 45 kg caem.
4. O Anticristo vencerá e mata 2/3 dos judeus.
5. Jesus voltará no meio da guerra para destruir o Anticristo e seus aliados.
6. Esta será a “segunda vinda de Jesus” – Ele ressuscitará os cristãos que
morreram na Tribulação e os eleitos do Velho Testamento.
7. Cristo reinará sobre a terra por 1000 anos de Jerusalém;
8. Ele fará a “nova aliança” com Israel;
9. O templo, o sacerdócio levítico, a circuncisão, e os sacrifícios pelos pecados
são restaurados.
10. Haverá paz na terra, mas pessoas ainda morrerão depois de uma longa vida.
11. Neste prazo, satanás estará preso.
12. No fim dos 1000 anos, Satanás solto e levantará um grande exército para atacar
Jerusalém mas ele será derrotado e jogado no lago de fogo.
13. Os injustos serão ressuscitados e julgados perante o grande trono branco;
14. Os que morreram no milênio serão ressuscitados.
15. A terra será destruída por fogo e uma nova terra e novo céu serão preparados.
16. Deus reinará por toda a eternidade de uma nova gigante Jerusalém.

V. PROBLEMAS COM INTERPRETAÇÕES “MILEALISTAS”:

A. PRÉ-MILENIALISMO
1. Dn 9:26 diz que depois das 69 semanas o Messias seria morto. Mas nesta interpretação,
Jesus morreu ainda durante os 69 anos.
2. A Bíblia nunca falou de um intervalo entre as semanas 69 e 70. Se for assim, a profecia
falhou.
3. A Bíblia não ensina que haverá duas ou três ressurreições dos mortos separadas por 7 ou
1.000 anos.

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O Livro de Daniel – Joe McKinney 26

João 5:28, 29: “...vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e
sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o
mal para a ressurreição do juízo.” Todos os mortos vão ser ressuscitados, os justos e os
injustos, na mesma hora.

João 6:39, 40, 44, 54: Os que o Pai deu a Jesus, os que virem o Filho e crerem nele, os que o
Pai trouxer a Jesus, os que comerem a carne e beberem o sangue de Jesus... “eu ressuscitarei
no último dia.”

1 Coríntios 15:21-26: Os mortos que são de Cristo serão ressuscitados na sua vinda. Na vinda
de Jesus, ele vai ressuscitar os mortos que são dele, e também os mortos injustos. Com isso a
própria morte será destruída. Jesus não vai começar a reinar quando ele vier. Pelo contrário,
quando Jesus voltar, o seu rei não terminará. Ele devolverá ao Pai o reino que foi a ele
entregue.

4. A Bíblia não ensina que haverá duas ou três dias do juízo separados por 7 ou 1.000 anos. O
dia do juízo será quando Jesus voltar.

Mt. 16:27: “ porque o Filho do homem há de vir na glória de eu Pai, com os seus anjos e
então retribuirá a cada um conforme as suas obras.”

1 Co 4:5: “Portanto, nada julgueis antes de tempo, até que venha o senhor, o qual não
somente trará à plena luz as coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios
dos corações; e então cada um receberá o seu louvor da parte de Deus.”

Mt 25:31-46: “Quando vier o Filho do homem na sua majestade e todos os anjos com ele,
então se assentará no trono da sua glória e todas as nações serão reunidas em sua presença, e
ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas...”

Jo 12:48: “Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras tem quem o julgue; a própria
palavra que tenho proferido, essa o julgará no último dia.”

At 17:31: “...porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça por meio
de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos.”

Rm 14:10-12 “...pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus. Como está escrito:
Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho e toda língua dará louvores
a Deus. Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus.”

2 Co 5:10 “Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo para que
cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo.”

5. Jesus, 2.000 anos atrás, disse que o tempo estava cumprido e o reino de Deus estava
próximo (Mc 1:15). Ele prometeu que alguns naquela época não iam morrer antes da
chegada do reino (Mc 9:1). Jesus, de fato, estabeleceu o seu reino 2.000 anos atrás e até

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hoje está ainda reinando sobre Israel, do trono de Davi. Desde o 1º século d.C. pessoas
fazem parte deste reino. Leia Ef 1:19ss; 1 Pe 2:21; At 2:36; Ap 2:26-27; Ap 3:7; Ap 1:5; Sl
110:1-7 com 1 Co 15:26. A ideia pré-milenarista é que, embora com o direito de reinar,
Jesus não está reinando ainda, que o reino que ele anunciou não foi estabelecido e que, só
quando ele voltar, ele vai reinar como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Isto não é
bíblico.
6. A nova aliança já está em vigor, desde a morte de Cristo. Leia Lc 22:30; 2Co 3:5-6; Hb
9:15; Hb 12:22,24; Hb 8:6-8; Hb 10:9-10. A ideia pré-milenarista ensina que a nova aliança
é associada com a volta do rei Davi (Jr 30:9 e Ez 37:24-26); com a restauração de Israel à
sua terra (Sl 37:21,25,26; Jr 31:23-24) e com o reconhecimento universal de Deus (Jr
31:34). Por esta ideia, a nova aliança não está em vigor ainda.
7. O sacerdócio levítico não pode ser restabelecido. Leia (Hb 7:11-18; 10:9-10; 8:4-5). Então
temos que entender Ez 44:15-27; 41:3ss de maneira figurativa e não literalmente.
8. Sacrifícios pelos pecados não podem ser restabelecidos. Leia Hb 10:17,18. Então temos
que entender Ez 43:13, 19-26; 44:27-29; 45:17; Zc 14:21 de maneira figurativa e não
literalmente.
9. Circuncisão não pode ser restabelecida (Gl 5:1-4). Então, temos que entender Ez 44:6-9 de
maneira figurativa e não literalmente.
10. A lei do sábado não pode ser restabelecida. Leia Cl 2:16,17. Então temos que entender Ez
45:17; Is 66:23 e Zc 14:16-21 de maneira figurativa e não literalmente
11. Agora podemos identificar o porquê principal desta interpretação. Os pré-milenaristas
insistem que toda escritura seja interpretada literalmente. Mas Deus não queria que todas as
passagens fossem interpretada literalmente. Por exemplo:
a. Is 11:6-10
b. Ez 16:53-55
c. Ez 37:24-25
d. Is 34:5-17
e. Mq 5:2-7
12. Uma boa parte da confusão vem de interpretações erradas de Mt 24 e Ap 20
a. Sobre Apocalipse 20:
• Este é o único lugar na Bíblia que menciona o prazo de 1.000 anos (milênio)
• Ap 20 não fala do reinado de Jesus na terra, nem do trono literal de Davi, nem da
Jerusalém da Palestina, nem da conversão de judeus, nem da segunda vinda de Cristo.
• Ap 20 só fala da ressurreição dos mártires e não de todos os cristãos que morreram.
• Ap 20 não fala que os mártires reinaram com Jesus na terra. De fato, pela profecia de
Jeremias 22:30, nenhum descendente de Jeconias vai reinar no trono de Davi em Judá.
Mateus 1:11-12 faz claro que Jesus é descendente de Jeconias em Jerusalém.
• Ap 20 fala de duas ressurreições separadas por 1.000 anos. Tem que ser simbólicas
porque a Bíblia ensina que todos os mortos serão ressuscitados no mesmo dia.
• Ap 20 está cheio de linguagem figurativa: chave do abismo, corrente, dragão, tronos,
Gogue e Magogue, lago de fogo, morte e hades personificados, etc.
• A Bíblia já usou o número 1.000 de maneira simbólica para significar totalidade (Dt
7:9; Sl 50:10).

b. Sobre Mateus 24:

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• As perguntas que Jesus respondeu foram: quando o templo seria destruído e quais os
sinais da sua vinda.
• O templo foi destruído no ano 70 d.C. Os discípulos avisados escaparam.
• Todas as coisas profetizadas até v 34 seriam cumpridas naquela geração.
• Lc 21:20 explica Mt 24:15 – o exército romano sitiou a cidade santa.
• Mt 24:14 se cumpriu logo (Rm 10:18 e Cl 1:23).
• A grande tribulação (Mt 24:21) era a destruição de Jerusalém em 70 d.C.

I. Houve sinais para avisar da destruição iminente de Jerusalém, mas a vinda de Jesus
será sem aviso. Ele virá como ladrão!

B. CRONOLÓGICA
1. Parece que desde o decreto e o ano de completar a reconstrução da cidade deve ser 49 anos.
Isto seria no ano 409. O livro de Neemias indica que foi completada em 444 a.C.

2. Parece que a destruição de Jerusalém (70 d.C.) tinha que cair dentro da última semana.

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DANIEL CAPÍTULO 10
DANIEL ORA E O ANJO ENVIADO
I. Deus respondeu à oração de Daniel
1. Daniel pranteou durante três semanas (v. 2);
2. Deus enviou o mensageiro para fortalecer Daniel imediatamente (v 12);
3. Este mensageiro só chegou 21 dias (3 semanas) depois, porque foi detido pelo príncipe
da Pérsia.

II. Anjos
Os anjos lutaram por Deus, contra as forças do mal, em favor dos eleitos.
Hebreus 1:14 –
Efésio 6:10ss –
Mateus 18:10 –
Hebreus 13:2 –
Efésios 3:10; Colossenses 1:16 –
Isaías 6:2 –
1 Tessalonicenses 4:16 –
1 Pedro 3:22 –
Judas 9 –
Apocalipse 12:7 –
Hebreus 12:22 –
Mateus 1:20-21 –
Mateus 2:18 –
Números 20:16 –
Salmo 34:7 –
Daniel 6:22 –
Lucas 16:22 –
Atos 5:19 –
Hebreus 13:222 Reis 19:35 –
2 Pedro 2:11 –
Lucas 15:10 –

III. Os Últimos Dias (v 14)


São 4 as interpretações diferentes desta frase:
1. Um período imediatamente antes da vinda final de Cristo;
2. uma frase que significa simplesmente “mais tarde”;
3. A era Cristã;
4. A última fase da dispensação judaica.

Gênesis 49:1 Hebreus 1:1-2 Isaías 61:2; 63:4


Deuteronômio 4:30; 31:29 Zacarias 1:4,7; 7:7,12, 21ss; Malaquias 3:1-2; 4:1-6
Números 24:14 8:11, 23-9:10
Atos 2:17 Mateus 3:7-12

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DANIEL CAPÍTULO 11
O CONFLITO ENTRE O REINO DO NORTE E DO SUL
11:1 – No primeiro ano de Dario o medo, o ano em que Belsazzar morreu e Babilônia caiu (5:30),
quando o rei Ciro da Pérsia se tornou rei da Babilônia e colocou Dario o medo, seu encarregado,
sobre Babilônia...
11:2 – Depois de Ciro se levantou mais três reis de Medo-pérsia. Estes eram Cambise, Smerdis,
Dario Histaspes e Xerxes I. Xerxes era o mais rico de todos e ele usou esta riqueza (Ester 1:3-4)
para fazer oposição a Grécia. Ele começou uma guerra contra Grécia no ano 480 a.C.
11:3 – Alexandre III de macedônia subiu ao poder e conquistou o mundo em 11 anos.
11:4 – No ponto alto da sua força, Alexandre (O Grande) morreu e seu reino não foi dividido entre
parentes (Roxana e Alexandre IV), mas entre 4 generais (Lisímaco, Cassandro, SelêucoI e Ptolomeu
I). O governo destes não teve o sucesso de Alexandre e no fim, perderam o poder.
11:5 – O rei de Egito, de Ptolomeu I, era forte; também o de Selêucia I, que correu para ele no ano
316 a.C. Entre estes dois, o mais forte era Ptolomeu I.
11:6 – A filha de Ptolomeu II, Berenice, se casou com o rei dos selêucos, Antíoco II. Isto foi depois
que ele se divorciou de Laodice. Mas esta aliança política/matrimonial não deu certo, porque
Laodice envenenou o rei, Berenice, e sua criança.
11:7 – O irmão de Laodice, Ptolomeu III, subiu ao trono de Egito e atacou com sucesso o rei
Selêuco II, filho de Laodice. Depois desta vitória, Ptolomeu III passou o resto do seu tempo em paz.
O rei selêuco atacou Ptolomeu III, fracassou e voltou para casa.
11:10 – Selêuco II tinha 3 filhos que reinaram e guerrearam: Selêuco III, Antíoco II e Selêuco IV.
Antíoco III atacou o rei do sul
11:11 – Este rei de Egito, Ptolomeu IV, lutou contra Antíoco III na batalha de Rafia, no ano 217
a.C., e venceu.
11:12 – O rei de Egito e seus exércitos se animaram com a vitória, mas a alegria logo acabou.
11:13 – Antíoco III, o rei selêuco, levantou um exército maior que antes e atacou de novo.
11:14 – Nesta época, muitos judeus que eram dados à guerra se aliaram com Antíoco III e o ajudou
na vitória sobre Egito. Isto acabou prejudicando os judeus porque assim Antíoco IV podia dominar a
Palestina alguns anos depois.
11:15 – Antíoco III capturou Sidom onde o general dos egípcios, Scopas, se refugiou depois da sua
derrota em Pânio ( 198 a.C.). Scopas agora serviu Ptolomeu V Epifanes
11:16 – O rei selêuco agora dominava a Palestina.
11:17 – O rei selêuco estabeleceu seu domínio, tratando o povo judaico com justiça e arranjou o
casamento da sua filha, Cleópatra e Ptolomeu V. Isto não deu certo.
11:18 – Antíoco III começou a olhar para Ásia (197), depois Trácia (196) e Grécia (192). Um
general romano parou seu avanço na batalha de Termópole em 191, onde ele foi derrotado por
Acílio Glábrio e de novo em 190 em Magnésio, onde ele foi derrotado por Lúcio Cornélio.
11:19 – Com estas derrotas, Antíoco III tinha que começar a pagar tributos aos romanos. Ele perdeu
o território ao oeste e ao norte dos montes Tauros. Então, ele se dedicou à sua própria terra e à
Pérsia. Ele morreu na Pérsia saqueando os templos dos povos.
11:20 – Agora, Selêuco IV Filopater assumiu o trono e mandou Heliodoro, seu primeiro ministro,
viajar pelo seu reino para arrecadar fundos (2 Macabeus 3). Logo depois, este Heliodoro matou
Selêuco IV.

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11:21 – No lugar de Selêuco IV, o mais detetável de todos os reis, assumiu o trono no reino do
norte, Síria. Ele era Antíoco IV Epifanes. O descendente que tinha o direito ao trono, Demétrio I,
filho de Selêuco IV, não recebeu o poder. Por bajulação, Antíoco IV ganhou o apoio de Eumenes e
Atalo, reis da Ásia, que, por sua vez o ajudou conseguir o trono da Síria sem batalha.
11:22 – Ele teve sucesso nas guerras contra Ptolomeu VI Filómetro, no ano 170 perto de Pelúsio.
Ele tirou o príncipe da aliança (sumo sacerdote dos judeus), Onias III.
11:23 – Muitos se aliaram a ele, mas ele os enganou todos. Embora que os povos da Síria não eram
numerosos, Antíoco ganhou muito poder.
11:24 – Ele era esperto, aproveitando as oportunidades bem. Ele estabeleceu um estilo de vida
luxuoso para ganhar estabilidade (veja 1 Macabeus 3:30).
11:25 – Ele lutou contra Ptolomeu VI (170) e o derrotou com a ajuda de uma divisão dentro do
exército deste.
11:26 – Alguns colegas íntimos de Ptolomeu o traiu e assim seu exército foi massacrado (1
Macabeus 1:18).
11:27 – Todos os programas culturais de Helenização dos dois reis eram apanas subterfúgios para
esconder suas maquinações. Deus determinou quem iam cair.
11:28 – Antíoco IV voltou para Síria depois das vitórias no Egito com muito tesouro (1 Macabeus
1:19). No caminho, passando por Palestina, ele perseguiu os Judeus.
11:29 – Dois anos depois (168), conforme o plano de Deus, Antíoco IV voltou-se contra Egito, mas
desta vez perdeu.
11:30 – Navios de Chipre, um território de Roma, carregando mensageiros de Roma, chegaram e o
mandaram embora. Na humilhação, Antíoco voltou para casa e descontou toda sua ira contra os
judeus e o templo em Jerusalém. Nisto ele usou judeus que se apostataram da aliança de Deus.
11:31 – Ele mandou soldados que profanaram o templo e a cidade de Jerusalém, causando cessar os
holocaustos diários, quando erigiram um altar no santuário, oferecendo um porco e espalhando o seu
sangue em todo lugar.
11:32 – Muitos judeus participaram na profanação, mas outros eram leais a Deus.
11:33 – Os mestres do povo ensinaram muitos mas foram mortos ou presos nesta perseguição.
11:34 – Apesar das dificuldades, homens como Judas deram força.
11:35 – A perseguição dos fiéis os serviu para sua purificação. Eles tinham que sofrer durante a
perseguição, Deus porém tinha marcado um fim da opressão.
11:36 – Antíoco se engrandeceu ao ponto de querer usurpar Deus e proibiu a adoração de qualquer
deus não aprovado por ele.
11:37 – Ele assumiu o nome de Epífanes: “Manifestação de Deus”.
11:38 – Ele adorou Zeus Olímpios ou Júpiter, o deus de fortalezas dos romanos. Ele mandou
presentes para o templo de Júpiter em Roma e começou a construção de um templo dele na Síria.
11:39 – Ele confiscou terras dos conquistados e as distribuiu por dinheiro.
11:40 – No ano antes da morte, Antíoco, invadiu Egito de novo. (Porfírio)
11:41 – Edom, Moabe e Amom, sendo inimigos dos judeus, se aliaram com Síria e escaparam a ira
de Antíoco.
11:42 – Desta vez, Egito não resistiu
11:43 – O tesouro de Egito e dos seus aliados, Etiópia e Líbia foram levados.
11:44 – Alertado por notícias que Artaxias, rei de Armênia, se revoltou e deixou de enviar os
impostos, Antíoco foi para lá, e lá morreu.

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11:45 – Ele acampou perto de Persépolis, capital da Pérsia, entre o mar Cáspio e o golfo de Persia,
onde tinha o templo de Diana.
11:46 – Sabendo dos sucessos dos Macabeus, ele decidiu voltar mais ficou doente e morreu entre a
Pérsia e Babilônia.

NOTE: Muitos estudiosos pensam que 11:36 muda de repente da vida de Antíoco para ou
Domiciano, o 11º imperador romano, ou para o anticristo no futuro desconhecido. A razão principal
é porque a história não relata uma terceira vez em que Antíoco invadiu Egito. O historiador Porfiro
escreveu que isto aconteceu no ano antes de sua morte, mas muitos questionam a veracidade disso.
A dificuldade em procurar por um outro personagem, fora de Antíoco, é a linguagem de Daniel que
parece ter bastante continuidade.

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DANIEL CAPÍTULO 12

Este capítulo é a continuação da visão do capítulo 11.

12:1 – “Nesse tempo”: o tempo em que o rei do norte persegue o povo santo. Se o rei do norte em
Dn 11 é Antíoco IV, então esta é uma profecia da ajuda divina para os judeus nas guerras dos
Macabeus. A salvação se refere à libertação e preservação física dos judeus fiéis. Se o rei do norte é
Domiciano, o romano, que perseguiu a igreja, a profecia é a mesma de Apocalipse que prediz a
vitória da igreja sobre o império romano.

12:2,3 – Aqui fala de uma ressurreição. Normalmente quando lemos frases como “ dos que dormem
no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para a vergonha e horror eterno”,
pensamos no último dia, na volta de Jesus quando todos serão ressuscitados e julgados para
receberem o seu galardão eterno. Se for assim aqui, então entre versículos 1 e 2 passam pelo menos
2000 anos. Passa da guerra dos Macabeus (ou a perseguição romana) até um dia ainda futuro. Isso
parece estranho, mas ainda é uma possibilidade.
Uma outra possibilidade é que aqui não trata da segunda vinda de Jesus mas de uma
ressurreição espiritual – simbólica. Seria a redenção da nação da escravidão ou da opressão. Como
em Ezequiel 37. A libertação de Israel do cativeiro é visto como um vale de ossos secos se
ressuscitando. “ ...abrirei as vossas sepulturas e vos farei sair delas...” falando da restauração da
nação e não do dia final. Se for assim, o cumprimento de Dn 12:2, 3 seria na ressurreição de Jesus e
a vida eterna que ele dá.

12:4 – Quando foi dito a João para “não selar as palavras da profecia do Apocalipse, era porque o
tempo estava “próximo”. Aqui Daniel foi instruído a selar o livro, obviamente porque ia demorar
para se cumprir. Interessante é que as coisas profetizadas por Daniel se cumpriram dentro de 400 ou
600 anos. As coisas que João viu se cumpriram mais breve que isso.

12:7 – As coisas reveladas a Daniel seriam cumpridas depois de 3 ½ tempo ou com o fim da
destruição do poder do povo santo. Há várias interpretações disto, mas o mais simples é a seguinte:

O TEMPO DE ANTÍOCO IV

07/01/169 a.C. – Antíoco IV derrota Egito e na volta para Síria, ataca Israel

Ele começa a perseguição dos judeus, entra no templo, rouba o altar e o véu. O templo é profanado.
1 Mc 1:20-28

01/167 a.C. Antíoco, expulso do Egito, ataca Jerusalém, abolindo a religião dos judeus. O templo
ficou deserto.

15/09/167 a.C. o ídolo de Zeus erigido no altar de holocausto no templo.

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O Livro de Daniel – Joe McKinney 34

25/09/167 a.C. um porco sacrificado no altar de Zeus e o sangue é espalhado no santuário.

10/08/164 a.C. O ídolo (abominação) tirado do templo

25/09/164 a.C. O templo rededicado Os sacrifícios recomeçaram (1 Mc 4:52).

Um problema com isso é Mt 24:15, que Jesus citou, falando da destruição de Jerusalém no ano 70
d.C. Parece que está citando Daniel 12 mas talvez não. Podia estar se referindo a Daniel 9:27
apenas. O problema na interpretação de 70 d.C. é que não há nenhuma explicação literal pelos 1335
e 1290 dias.

Atualização – Bio Nascimento | 30. Jan. 2011

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