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Artigo Sobre Voz Infantil
Artigo Sobre Voz Infantil
Curitiba − PR
1999
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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO
COORDENADOR:
Profª. Dr.ª. Sílvia Rebelo Pinho. Mestre e Doutora pela UNIFESP −
Escola Paulista de Medicina, Especialista em Voz e Coordenadora dos
Cursos de Especialização em Voz do CEFAC.
ORIENTADOR METODOLÓGICO:
Profª. Maria Helena U. Caetano. Mestre pela
UNIFESP − Escola Paulista de Medicina,
Especialista em Audiologia e Doutoranda em
Ciências na Área de Fisiopatologia Experimental
da Faculdade de Medicina da USP.
ORIENTADOR DO CONTEÚDO:
Deli Montanari Navas. Mestranda em Fisiopatologia
Experimental pela Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo.
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AGRADECIMENTOS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 8
2. LITERATURA.................................................................................................................... 9
3. DISCUSSÃO....................................................................................................................... 45
4. CONCLUSÃO...................................................................................................................... 52
5. RESUMO...............................................................................................................................54
6. SUMMARY...........................................................................................................................55
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................. 56
8. FONTES CONSULTADAS............................................................................................... 59
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INTRODUÇÃO
LITERATURA
condição patológica. Geralmente se acredita que a voz se torna fraca e trêmula e com tom
agudo na idade avançada, e é óbvio que a voz do canto se deteriora muito mais cedo que a voz
da fala. Existem grandes variações individuais quanto à idade de início e ao grau de
deterioração vocal na idade avançada. Depende muito da qualidade anterior da fonação: uma
voz fina e, especialmente, uma voz treinada não se deteriora para a fala, cantores sejam
reduzidas com a idade. As cartilagens da laringe podem começar a se calcificar e a perder sua
elasticidade após 25 anos mas isso não ocorre necessariamente. Outro aspecto do
envelhecimento é a atrofia dos músculos da laringe; para o exame laringologista vê as
alterações ocorrendo na laringe, e o foneticista no laboratório, por instrumento, registra as
alterações acústicas e quebras no tom. É somente em vozes não treinadas de homens que
ocorre o aumento do tom. Os avanços da ciência médica resultaram numa melhor
manipulação dos problemas do corpo no envelhecimento. Atenção à direta e à saúde
psicológica diminui a incidência de muitas das doenças de que mulheres e homens eram
presas na perigosa meia idade. Em nossos dias e envelhecimento é menos uma questão de
anos que de idade psicológica e de retenção do alerta mental, forma física e equilíbrio
emocional.
Relatando novamente sobre os distúrbios feminino da voz, GREENE nos
coloca que, a imaturidade vocal em mulheres é menos notável do que em homens, pois
durante adolescência a voz feminina desce 3 ou 4 semitons apenas, comparando com a oitava
dos rapazes. Contudo, se a voz da mulher não amadurece e permanece como a de uma
menina, isso é uma indicação de uma personalidade imatura. O desequilíbrio endócrino é um
causador de rouquidão durante a menstruação. Um pequeno edema pode causar rouquidão,
redução da tonicidade muscular e limitações de timbre. Isto não é uma inconveniência para a
mulher adulta mas pode ser problemático e causar ansiedade em professoras, atrizes ou
cantoras. Durante a gravidez a voz também pode ser afetada pelas mudanças hormonais que
influenciam a mucosa laríngica.
No aspecto, tensão na laringe, esta é puxada para cima e a musculatura da
garganta pode estar marcadamente tensa. Rouquidão e sintomas de tensão vocal e respiração
superficial não são incomuns. Algumas vezes o paciente consegue cantar a escala descendente
até atingir o registro de tenor com facilidade, mas volta a um timbre excessivamente alto
imediatamente após o exercício. Outros conseguem tossir ou rir com um timbre normal. O
tratamento é muito mais fácil e curto em casos como estes do que quando o falsete está bem
estabelecido. Isso provavelmente acontece devido a atitude psicológica ambivalente a respeito
da escolha da voz. É fácil influenciar a balança a favor do timbre grave do que naqueles
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homens que estão entrincheirado numa atitude mental mais rígida no qual o timbre consistente
é simbólico.
O tratamento da puberfonia tem mais sucesso com rapazes adolescentes e
homens com aproximadamente vinte e poucos anos e menos sucesso com indivíduos mais
velhos, e ainda mais dificuldade com os descritos acima, que sofrem de mutação incompleta.
O relato de um laringologista sobre o crescimento da laringe e a normalidade do comprimento
da corda vocal e um exame médico são, é óbvio, essenciais antes do início do tratamento. Para
o tratamento do paciente puberfônico, um cuidadoso histórico do caso é necessário numa
tentativa de obter o quadro da infância do paciente, o ambiente familiar e a personalidade. É
também necessário conseguir a total cooperação do paciente já na primeira entrevista para se
ficar certo de que ele tem um desejo sincero de melhorar a voz. Isso pode não ser óbvio como
parece, pois aparentemente o paciente veio se tratar por vontade própria. Muitos meninos vão
contrariados, mandados por professores ou pais. Muitos pacientes ficam embaraçados ao
serem chamados de “senhora” no telefone. Frequentemente o paciente se queixa de
“fraqueza” vocal e, aparentemente, parece não notar o timbre inadequado de sua voz. O
treinamento auditivo é necessário em todos os casos para que o paciente tenha uma idéia clara
do objetivo do tratamento e se prepare para cooperar e desistir do desejo, até aqui consciente,
de manter a voz infantil. A produção de uma voz masculina deve ser tentada através de várias
atividades, como por exemplo: riso, tosse e cantar descendo uma escala, pode-se obter um
timbre apropriado e então prolongá-lo com o som de uma vogal ou zumbido. Sentir a
ressonância do peito com as mãos, frequentemente induz ou reforça o timbre grave. Apesar da
característica predominante na voz puberfônica ser o seu alto timbre não natural, há várias
variações nas vozes desses pacientes. Algumas vezes a voz é um falsete verdadeiro e fluído e
não apresenta vacilações abruptas no timbre. Seria lógico assumir que indivíduos
consistentemente usando um timbre tão estranho ao seu registro natural, sofreriam de
problemas adicionais de calos vocais. Isto, contudo, prova ser a exceção e não a regra, e
encontramos apenas dois pacientes com puberfonia e calos vocais; um tinha 26 anos e o outro
69. A tensão excessiva não existe necessariamente em associação com vozes em falsete, e
quando um indivíduo produz sua voz facilmente, a tensão vocal não ocorre necessariamente.
Uma condição similar e irreversível acontece castração do menino. Isso era
prática comum no Oriente, onde os eunucos seriam como um grupo de empregados
adequados para o harém. Nos séculos dezessete e dezoito o cantor de falsete era muito
admirado e jovens eram submetidos a bárbara prática de castração para satisfazerem à
demanda popular de cantores castrati, uma prática de que o próprio coro do Vaticano não
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estava isento. A voz do canto masculino de falsete é bem mais rica em harmônicos do que as
dos meninos em razão dos ressonadores maiores do adulto. Outra causa rara do fracasso da
voz em amadurecer na adolescência é a existência de um véu congênito membranoso através
da glote anterior. Isto pode ser insuficiente para causar dificuldades respiratórias e, assim,
passar despercebido até que o tamanho restrito das cordas vibrantes impeçam a produção de
um timbre profundo que leva a uma investigação laringoscópica. A divisão de um véu simples
ou sua remoção completa será necessária antes que se possa obter uma voz normal. A terapia
foniática pode ser necessária subsequentemente para estabelecer o timbre apropriado.
Algumas vezes, há anormalidades extensas no crescimento da cartilagem tireóide e
anormalidades congênitas na estrutura. A divisão de um véu é simples, mas é melhor deixá-lo
assim se a cartilagem se estender por dentro dele, a partir da comissura anterior. Uma laringe
infantil é algumas vezes encontrada tanto em mulheres como em homens e a voz é alta e
aguda. Uma paralisia insuspeita da corda vocal, que pode ser congênita ou ter ocorrido a
infância após uma infecção aguda por vírus pode não ser detectada até que a voz do
adolescente fracasse em modular naturalmente. Ele passa por um período de “transformações
tempestuosas” e a voz continua a vacilar no timbre. Uma voz masculina não se torna
firmemente estabelecida e vacila para cima em falsete quando excitada ou tentando cantar ou
gritar.
Finalizando seu trabalho, GREENE refere que Puberfonia é o termo
costumeiro de referência entre os foniatras ingleses para indicar o fracasso do adolescente
masculino em mudar de timbre e adquirir uma voz adulta. Distúrbios mutacionais vocais e
falsete mutacional são termos descritivos mais populares nos Estados Unidos e na Europa
continental. No adolescente fisicamente normal, a puberfonia é sempre psicogênica.
Para HIRANO, KURITA & NAKASHIMA (1983), as funções fonatórias
mudam constantemente do nascimento até a velhice. As maiores mudanças ocorrem durante a
fase de desenvolvimento, entre o nascimento e a puberdade e novamente na velhice, e essas
mudanças se diferem significativamente entre os sexos. O desenvolvimento funcional da voz
pode ser trazido mais ou menos durante o amadurecimento do mecanismo de controle no
sistema nervoso central e ele pode ser concluído durante o crescimento e desenvolvimento
atual das pregas vocais. As mudanças na velhice podem ocorrer como um resultado de
degeneração do mecanismo de controle e pela mudanças na estrutura. De um ponto de vista
clínico, ambos crescimento e desenvolvimento e envelhecimento das pregas vocais, ou
mudanças morfológicas dependem de idade, são de interesse particular porque algumas das
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doenças das pregas vocais ocorrem mais frequentemente em um grupo de idade do que em
outros. Semelhante, diferenças entre sexos também é interessante.
Um estudo ainda em andamento na Universidade Kurume, nos mostra os
resultados obtidos da pesquisa com 88 laringes de japoneses normais macroscopicamente
obtidas de casos de autópsia e notadas no período de poucas horas depois do nascimento até
69 anos. Destas 48 eram masculinas e 40 femininas.
Em recém-nascidos, o comprimento de prega vocal é de 2,5 a 3,0 mm. Cresce
com a idade até 20 anos. Em adultos, o comprimento da prega vocal é de 17 a 21mm em
homens e de 11 a 15 mm em mulheres. Acima da idade de 15 anos, a prega vocal é mais
comprida em homens que em mulheres. Entre o idade de 10 e 14 anos nenhuma comparação
poderia ser feita porque a laringe das mulheres nestas idades não estavam disponíveis. Os
dados sugerem que o comprimento da prega vocal começa para definir entre homens e
mulheres, às vezes, entre 10 e 14 anos de idade. Isto corresponde ao período de mutação da
voz. Apesar disso, não há nenhuma evidência desta investigação de que há um crescimento
rápido no crescimento das pregas vocais masculinas que corresponda a este período de
mutação vocal.
O comprimento da parte membranosa da prega vocal em recém-nascidos é de
1,3 a 2,0 mm. Cresce com a idade, até os 20 anos. Em adultos, o comprimento se estende 14,5
a 18,0 mm em homens e de 8,5 a 12,0 mm em mulheres. Novamente, o comprimento não é
diferente entre o sexo masculino e feminino abaixo da idade de 10 anos. Acima da idade de
15 anos, é maior em homens que em mulheres. Parece que o comprimento da parte
membranosa também começa para diferenciar entre os sexos durante a mudança de voz.
Novamente, os dados não afirmam que em homens há um rápido aumento no crescimento da
parte membranosa da prega vocal durante o período de mutação vocal.
O comprimento da parte cartilaginosa da prega vocal, em recém-nascidos, é de
10,0 a 14,0 mm. Cresce com a idade e aparece para alcançar o comprimento adulto um pouco
antes dos 20 anos. Em adultos, o comprimento se estende de 2,5 a 3,5 mm em homens e de
2,0 a 3,0 mm em mulheres. Comparando a parte membranosa, o aumento do comprimento da
parte cartilaginosa não é tão marcante e nem a diferença de sexo.
A proporção de crescimento da parte membranosa para aquela parte
cartilaginosa da prega vocal do recém-nascido é de 1,1 a 1,8 mm. Cresce com a idade até mais
ou menos 20 anos. Em adultos, a proporção se estende de 4,7 a 6,2 mm em homens e 3,3 a
4,5 mm em mulheres. A diferença na proporção entre homens e mulheres é observada depois
dos 15 anos. Comparando as pregas vocais de um homem de 58 anos e de uma criança de 6
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Com este estudo, demonstra-se que com o crescimento, não só o tamanho, mas
também a estrutura interna da prega vocal, desenvolve; também, as várias mudanças ocorridas
na estrutura da prega vocal com o envelhecimento.
Segundo estudos de TIBA (1986), é na área corpo que se operam as maiores e
mais visíveis modificações entre a infância e a adolescência, o que basicamente caracteriza a
puberdade. Centros do Sistema Nervoso Central amadurecem e determinam o momento do
desenvolvimento sexual do jovem. A maturação normal depende do desenvolvimento e do
funcionamento ordenados de um complexo mecanismo que inclui o hipotálamo, a hipófise, as
gônadas e a cápsula supra-renal. A criança que crescia e desenvolvia somaticamente nos
rapazes, principalmente depois dos 13 anos de idade e estrogênios e progesterona nas moças,
iniciando-se aos 11 anos de idade.
A testosterona é a maior responsável pelo surgimento das características
sexuais secundárias, com consequente produção de espermatozóides e aumentos de impulso
sexual, da agressividade, do crescimento em altura e da força física. Ela é responsável pela
vida sexual e reprodutiva.
Os estrogênios e a progesterona são os responsáveis pelo surgimento das
características sexuais secundárias femininas. O estrogênio está mais voltado para a vida
sexual sendo responsável, por exemplo, pela maior erotização sexual, pela produção da
lubrificação vaginal quando há excitação sexual. A progesterona está mais voltada à vida
reprodutiva.
Na meninas, o início das modificações externas da puberdade obedece a ordem
seguinte: aumento inicial dos seios, aparecimento dos pêlos pubianos lisos e pigmentados,
aparecimento dos pêlos pubianos encarapinhados, menstruação, crescimento dos pêlos
axilares. Nos meninos ocorre o início do crescimento dos testículos, pêlos pubianos lisos e
pigmentados, início do aumento do pênis, primeiras mudanças de voz, primeira ejaculação,
pêlos pubianos encarapinhados, idade de crescimento máximo, pêlos axilares, acentuadas
mudanças de voz, desenvolvimento da barba.
A característica mudança de voz nos homens deve-se à dilatação da laringe,
que, com frequência, ocorre simultaneamente ao crescimento do pênis. A dilatação da laringe
se deve aos androgênios, que também causam o crescimento da próstata, das vesículas
seminais e dos pêlos faciais, além de provocar o aumento de vascularidade, da circunferência
e do comprimento do pênis. A puberdade dá ao púbere um recurso a mais de amadurecimento
que muda a qualidade de sensações, sintetizando visivelmente, as grandes alterações
hormonais que ocorrem neste período.
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visíveis à laringoscopia. Um distúrbio funcional da voz pode ser caracterizado por resultados
normais de laringoscopia, com ou sem resultados anormais de exames estroboscópicos.
As causas funcionais dos problemas de voz nas crianças podem ser divididos
em quatro categorias; (1) distúrbios na mutação, (2) psicológicas, (3) imitação e (4) falha no
aprendizado: todos os problemas de voz podem ter alguns fatores orgânicos incluídos na
causa. Em muitos problemas funcionais de voz podem haver descobertas físicas positivas
concomitantes, que podem direta ou indiretamente afetar a função adequada da voz. O autor
cita que, distúrbios na mutação e disfonia espástica incipiente podem conter alguns elementos
orgânicos genuínos, porém está sendo discutido, porque os problemas podem ser tanto
funcionais quanto psicogênicos.
Muitos problemas aparecem durante o período da mudança vocal. Durante a
puberdade há normalmente uma mudança na frequência fundamental da fala (FFF) e da voz
devido ao crescimento laríngeo. Este processo é denominado mutação. A altura da voz do
menino se torna mais baixa cerca de uma oitava e a da menina 3 ou 4 semitons. No período da
mutação, as pregas vocais dos indivíduos do sexo masculino crescem cerca de 10 mm e
tornam-se mais grossas. As pregas vocais nas mulheres crescem cerca de 4 mm. A maioria
das crianças, tanto menino quanto meninas, passam pela mudança vocal sem quaisquer
problemas residuais. Entretanto, em alguns casos há distúrbios na mutação.
Como na mutação vocal feminina normal ocorre o agarramento de 3 ou 4
semitons, a voz pode não ser considerada problemática se não mudar; contudo ela pode
permanecer com tom muito alto e ter uma voz considerada infantil; um rapaz de 14 ou
15 anos com uma voz fina é usualmente classificado como efeminado. É possível confundir o
uso de inflexões efeminadas após a mudança da voz com o problema de falsete persistente.
Entretanto, antes de tentar agravar o tom, o fonoaudiólogo deve certificar-se de que o
adolescente realmente tem um nível de frequência modal muito alto e não apenas inflexões
efeminadas da voz. As diferenças nas dimensões do trato vocal e/ou comportamentos
articulatórios eram as principais chaves para a identificação sexual. As ressonâncias do trato
vocal e a frequência fundamental média da voz estão relacionadas a identificação do sexo.
Sobre a precocidade sexual, refere que menino e meninas atravessam o
desenvolvimento regular de características sexuais secundárias à medida que passam da
infância para a adolescência e desta para a idade adulta. Contudo, em algumas crianças este
desenvolvimento é acelerado, trazendo a chegada da puberdade muito mais cedo que o usual.
Os níveis puberais dos estereóides sexuais e gonadotropinas foram definidos como sendo
característicos de puberdade central precoce. A evolução dos sinais clínicos pode ser detida
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infantil e obter um desequilíbrio muscular que propicie uma emissão estável, em registro de
peito, com passagem de notas sem quebras ou irregularidade.
Em conclusão, as alterações vocais são permeadas por fatores psicológicos
como causa, co-ocorrência ou consequência, ressalta-se então, dois grupos de disfonia com
gênese psico-emocional, sendo que: o 1º grupo é composto pelas diversas formas vocais
relacionadas a uma conversão psicossomática, a saber: afonia de conversão, uso divergente de
registros, falsete de conversão e sonoridade intermitente; enquanto que o 2º grupo é composto
de diversas alterações relacionadas a dificuldades na adolescência, expressas numa passagem
não-harmônica de uma voz infantil para uma voz adulta, as chamadas disfonias da muda
vocal. Em ambos os grupos, de modo geral, a fonoterapia oferece bons resultados e raramente
precisa-se lançar mão de outros tratamentos.
No artigo, A voz cantada na Muda Vocal, CANCIAN & CAMPIOTTO (1995),
discutiram a prática do canto durante a fase da muda vocal.
Sobre a voz cantada do adulto e até mesmo a infantil, é possível encontrar
informações teóricas e práticas que fundamentam tais condutas. Porém, sobre a voz cantada
na fase da muda vocal, ocorre uma escassez de material bibliográfico para conduzir da melhor
maneira aquele paciente ou aluno que, nesta fase, faz ou pretende fazer uso da voz cantada.
A proposta do trabalho foi de verificar as teorias disponíveis sobre o tema,
rever opiniões de profissionais que se deparam na prática clínica diária, com a necessidade de
adotar uma melhor conduta a esse respeito. Introduzir questionamentos e propor novas
maneiras de conduzir o assunto. E não de fechar conclusões.
Ouviram 12 profissionais: 6 fonoaudiólogos e 6 professores de técnica vocal
e/ou regentes. Destes, 9 tinham experiência em voz cantada infantil.
Durante a entrevista as questões foram:
1) Há uma idade para se iniciar a prática do canto?
2) Qual a conduta na fase da muda vocal em relação ao canto: cantar ou não cantar?
3) O que você diz a respeito do relacionamento profissional entre fonoaudiólogos e
profissionais de canto/regentes?
Após a entrevista foi obtido os seguintes resultados:
Na 1ª questão, os 12 profissionais concordaram que a fase da muda vocal não é
o período ideal para iniciar a aprendizagem do canto.
Na 2ª questão, todos os profissionais concordaram que a muda vocal é um
período delicado para o canto, e que o canto nesta fase requer acompanhamento profissional.
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laringe, então o aumento do esforço é necessário para manter a continuidade da voz. O falante
com puberfonia tem essencialmente uma intensidade normal, com habilidade na conversação,
mas as vezes queixa-se de não ser capaz de gritar. Isto é devido usar um tom elevado que não
é compatível para uma laringe baixa em condições normais, e deste modo existe limites de
projeção potencial. A puberfonia não produz nenhuma alteração significativa na ressonância
da voz. Hiponasalidade ou hipernasalidade no sinal vocal provavelmente resulta de fatores
independentes. Portanto espera-se que a ressonância seja normal.
Para adequar a terapia para puberfonia, o terapeuta deve primeiramente realizar
uma anamnese bem completa, para saber se é ou não necessário outros encaminhamentos. Se
houver necessidade, procurar obter todos os dados para complementar sua análise do paciente.
O profissional em seguida, usa uma ou duas técnicas na tentativa de encontrar
o pitch verdadeiro do paciente.
1) Tosse: a tosse humana produz um som que é um resultado da vibração do ar no
fechamento das pregas vocais. Muitas vezes o paciente tosse e o som reflete a condição
das pregas vocais em estado natural. O pitch da tosse torna-se áspero, aproximado ao pitch
normal.
2) Manipulação digital: suave manipulação na cartilagem tireóide na laringe durante a
fonação, inesperadamente relaxa as pregas vocais e o pitch desce aproximadamente em
um tom completo.
Quando o paciente tem um pitch que é apropriado para sua idade, o
fonoterapeuta estabiliza e configura dentro da conversação. Embora a puberfonia seja uma
alteração vocal funcional e facilmente remediada quando feito exatamente a terapia, algumas
precauções precisam ser tomadas. Como o uso das técnicas, o indivíduo deve estar consciente
das técnicas que serão usadas e ciente da nova voz que terá como resultado disto. Muitos
métodos serão utilizados até que ele encontre seu novo e adequado tom. Orientar da melhor
maneira para que ele, ao ouvir seu novo pitch baixo, não ache estranho; e assuma o tom em
todas as situações. Cuidado também deve ser tomado para não abaixar demais a voz do
indivíduo; preferivelmente que esteja 3 a 4 tons acima do basal. O fonoterapeuta deve ser
insistente, na expectativa que o menino (estudante) use seu novo tom em situações que talvez
lhe seja desagradável ou incômodo na 1ª vez.
O autor relatou também que, o falsete mutacional pode ter causa orgânica. Em
alguns casos de alteração de voz por razões orgânicas, a laringe falha para desenvolver-se
para um padrão adulto e a voz permanece no tom pré-puberfônico. Devemos então suspeitar
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• mutação incompleta: a muda insuficiente envolve uma diminuição de 4-6 semitons na voz
do menino.
• durante a mutação: a voz diminui temporariamente a um tom mais baixo que aquele que
definitivamente usará.
• permutação rara em mulheres: chamada mutação perversa. Ocorre aspereza e pitch baixo
de caracter masculino.
Com o crescimento da laringe, a mucosa fica mais espessa, transparente,
fortemente avermelhada, e há inchaço das pregas vocais durante a muda. Assim a rouquidão é
sintoma comum na voz de falsete mutacional. A voz de falsete mutacional é facilmente
reconhecida como um sintoma psicogênico, mas falta de familiaridade com o assunto pode
confundir o clínico. Na experiência do autor as características laríngeas dos homens com voz
de falsete que tem curta duração inicial são essencialmente normais, mas nos homens que tem
duração inicial longa podem desenvolver mudanças patológicas nas pregas vocais.
O objetivo do autor foi de ressaltar a questão de uma nova técnica para o
tratamento da voz de falsete mutacional. Com isto explicou e exemplificou sobre o que é a
voz de falsete, como e quando acontece essa desordem da voz. Realizou uma pesquisa onde
constatou que, avaliação perceptual, prática de treino de ouvido e estabelecimento de uma
nova técnica de tom são recursos usados para avaliação e terapia.
BOLTEZAR, BURGER & ZARGI (1997), apresentaram seus estudos que,
avanços tecnológicos durante a década passada tem permitido a quantificação da acústica e
fisiologia da voz na clínica, tornando-se uma realidade assentada. Este artigo apresenta nova
informação que é relevante para alguns profissionais, que trabalham com crianças com
problema de voz.
O uso de técnicas instrumentais para o estudo da voz normal e das desordens
na criança são essenciais. Pesquisas nesta área são necessárias para a expansão de novo
conhecimento de base a respeito de alterações vocais em crianças, para obter informações que
possam auxiliar no diagnóstico diferencial de alterações vocais em crianças, e para participar
na determinação da eficácia da intervenção de técnicas utilizadas com indivíduos que
apresentam alterações vocais.
BOLTEZAR, BURGER & ZARGI (1997), tiveram como objetivo de estudo,
identificar as características principais da voz do adolescente e determinar quais
características (variações da análise de voz) podem distinguir variações normais da voz em
desenvolvimento de desordens patológicas.
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pregas vocais ou laringites crônicas com edema e eridema. Alguns pacientes tem doenças
concomitantes que pode complicar seu tratamento e sua recuperação. Quatro dessas condições
são disfunções endócrinas, asma, múltipla sensibilidade química, HIV / AIDS. Embora a
patologia da voz não possa corrigir o déficit vocal e aumentar a capacidade fonatória, isto é
completamente significativo para o paciente.
A avaliação é essencial para diferentes diagnósticos nas desordens da voz. O
primeiro objetivo da avaliação da voz é identificar o fator causa e esse pode ter sido
precipitado pelo início de um problema ou a persistência desse. Secundariamente, a avaliação
da voz deveria ser provida de informações e ensinada para os pacientes, estabelecendo um
plano e uma direção para o tratamento. Pacientes na juventude e na metade da adolescência
são completamente intrigados, mas não intimidados pelo uso de instrumentos e tecnologia
durante a avaliação da voz e da terapia. Estes pacientes necessitam ter um entendimento
básico sobre a proteção do corpo, inclusive para compreender os cuidados que devem ter com
a voz.
Individualizadamente, o tratamento da higiene vocal deve ser planejada para
cada paciente; assim pode completar um programa com ênfase no aumento da lubrificação da
laringe. A adesão para higiene vocal no protocolo pode facilitar a cura do tecido da laringe e
promover a manutenção da saúde vocal. Uma técnica extremamente benéfica para se trabalhar
com pacientes jovens adultos e na metade da adolescência é saber como e quando envolver
outras disciplinas no planejamento de cuidados. A linguagem patológica deve entender das
técnicas e capacidades de outros profissionais para que se tenha uma boa equipe. A saúde da
laringe e o seu crescimento não pode ser separada da saúde geral, cronologicamente e
psicologicamente. Estes jovens que usam a voz profissional começam a ser orientados e se
interessam por sua aparência física que pode refletir na sua vaidade e motivá-los a fazerem os
exercícios adequados, sozinhos. Colocando metas e trabalhando para fins específicos, permite
ao profissional da voz, o começo de uma definição de saúde pessoal, não apenas na ausência
das doenças, mas numa ótima função do corpo integrado ao sistema.
Para Mc KINNEY (1997), existem vários fatores que podem contribuir para
falta de eficiência da voz ou para a presença da disfunção da voz em adultos jovens: trocar o
mecanismo da falta e assim prejudicar o som, misturar a classificação da voz e vários outros.
Durante e depois das trocas dramáticas de frequência fundamental, timbre e das
dimensões ocorrendo durante a puberdade nos males da voz (menos extensa na voz feminina),
os hábitos vocais e reações são formados frequentemente contra a produção de eficiência.
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permanece a 120%. Nos dois sexos, a epiglote torna-se achatada, cresce e se eleva, a mucosa
da laringe se torna mais forte e mais grossa. Durante a puberdade, a voz feminina geralmente
abaixa aproximadamente 2,5 semitons e a média é de 220 para 225 Hz; quando a voz está
totalmente mudada. A voz masculina abaixa aproximadamente uma oitava, a média é mais ou
menos 130 Hz aos 8 anos.
Acompanhando o crescimento da laringe, a menstruação também começa na
puberdade. As meninas podem apresentar mudanças vocais durante a fase pré-menstrual,
devido a uma queda de nível no estrogênio, ou no dia 21 do ciclo menstrual, causando
retenção de água na laringe, derme ou nos tecidos, aumentando da massa das pregas vocais e
dilatação das veias. Os sintomas característicos vocais da fase pré-menstrual incluem uma
perda de alcance da voz, principalmente nas notas mais altas, instabilidade vocal e fadiga,
rouquidão, redução da força vocal e flexibilidade. Os tecidos da amígdala e adenóide atrofiam
e parcialmente desaparecem, o que vai aliviar a obstrução nasal e mudar a ressonância oral e
nasal. A origem da força da voz alcança o seu máximo potencial, quando “o peito cresce” e os
músculos do tórax e abdômen se desenvolvem.
Adolescentes são naturalmente sociais e nesse período o uso da voz é muitas
vezes vigoroso e abusivo. Os efeitos das tensões psicológicas associados a adolescência,
como compromissos educacionais e as escolhas de carreira precocemente também tem que ser
entendidas. Infecções das vias aéreas e alergias são comuns nessa faixa etária. O tratamento
dessas condições deve ser alterado pelo usuário da voz profissional por causa dos efeitos
colaterais potenciais de algumas medicações e das coisas que o paciente tem que fazer. Lesões
nas pregas vocais, como: edema, nódulos e cisto, são comumente encontrados nos exames de
laringe, quando o paciente vai ao laringologista com alguma queixa vocal. Assim, a
estroboscopia certifica o diagnóstico para essas anomalias das pregas vocais. Por exemplo,
um diagnóstico com nódulos vocais, pode ter um efeito psicológico devastador devido a
preocupações com possibilidades de problemas na carreira, sentimentos de falha pessoal e de
problemas herdado dos pais. O paciente deve estar educado sobre as causas de quase todas as
patologias de pregas vocais, a transitória natureza de muitos casos e a excelente
potencialidade responsável pelo descaso relativo da voz e terapia da fala e do canto.
Indicações cirúrgicas e técnicas não são especializadas nesta idade comparado
com adultos mais velhos. No entanto cirurgia local e anestesia local com intervenção de
sedativo é de vez em quando contra-indicada devido as imprevisíveis e paradoxas reações às
medicações nessa faixa etária.
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devido às alterações de dimensão das pregas vocais, poderíamos ter a transformação do cisto
em sulco, o que resultaria em alterações significativas da qualidade vocal.
LUZ, GUIMARÃES & VICTÓRIA (1998), comentaram que a muda vocal
vem atraindo a atenção de pesquisadores desde a antiguidade, e cantar ou não durante a muda
vocal continua sendo um ponto de interesse e de controvérsia entre os profissionais da área
dos distúrbios de voz.
Com o levantamento bibliográfico, que realizaram, analisaram as teorias e
concluíram com os autores da revisão que, não há problemas em cantar durante a muda, pelo
contrário, é psicológica e vocalmente positivo uma vez que o adolescente cantor pode ter
maior controle sobre as quebras naturais de sua voz, maior noção e utilização da higiene vocal
prevenindo com isso danos psicológicos e patologias vocais. Defenderam o canto sob
supervisão do otorrinolaringologista, do fonoaudiólogo e do professor de canto.
GARCIA (1998), descreveu que o período da voz na adolescência é chamado
de muda vocal, sendo caracterizado por uma série de desequilíbrio físico. A laringe é bastante
semelhante em ambos os sexos até a puberdade. Nesta fase ocorre um crescimento corporal,
mais acentuado no sexo masculino, que associado à ação de novos hormonais, transformam a
laringe infantil em adulta.
A muda vocal é um aspecto de uma série de mudanças que ocorrem na
adolescência. Estas seguem a seguinte sequência: desenvolvimento genital dos testículos;
aumento da estatura física, da laringe e pregas vocais; crescimento dos pêlos pubianos e do
pênis: em média após um ano do desenvolvimento dos testículos.
A mudança da voz na adolescência é um fenômeno fisiológico rotineiro para a
maioria das pessoas, que ocorre na faixa etária de 13 a 15 anos no sexo masculino. Há um
crescimento constante, mas não homogêneo da laringe, das cavidades de ressonância, da
traquéia, dos pulmões, sendo assim a muda vocal é um período de desequilíbrio com
alongamento do pescoço e do tórax, descida da laringe e aumento da capacidade vital.
Quando também podemos observar edema de pregas vocais, alterações vaso-motoras e
hipotonia muscular.
Puberdade é um conjunto de modificações biológicas da adolescência. Dentro
destas modificações temos a muda vocal e as alterações puberais induzidas pelo aumento da
taxa de andrógeno na adolescência.
A autora realizou o estudo com 56 adolescentes do sexo masculino, na faixa
etária entre 12 e 18 anos, sem queixa vocal ou história pregressa de disfonia. Os adolescentes
foram divididos em 2 grupos: um grupo com 31 adolescentes com desenvolvimento puberal
43
muda, especialmente nos meninos, uma vez que não existe nenhuma mudança fisiológica
dramática indicando o início da puberdade.
Em seu estudo a autora tinha como preocupação maior as crianças da escola
primária, por isso seu trabalho ficou limitado somente a alguns comentários sobre a mudança
de voz do adolescente. Mas acredita que a maioria das mudanças de vozes das crianças ocorre
após a 5ª série e durante os anos do 2º grau.
Uma consideração importante foi colocada a som musical, quando ele está
mais baixo, podendo ser produzido por um orador, é definido como frequência basal. Nos
limites superiores da variação musical, os meninos em idade pós-puberdade podem produzir
voz em falsete e alguns sopranos treinados podem produzir o que é conhecido como assobio
laríngeo. O falsete é produzido com um padrão vibratórios que difere significativamente do
modo vibratório regular. As pregas vocais são rígidas, com bandas estreitas, bem juntas, e o
fluxo de ar força-as a vibrar rapidamente pela borda das superfícies de aproximação.
45
DISCUSSÃO
este problema é encontrado e informa que isso se relaciona à voz. FERREIRA (1995) acredita
que, a modificação na voz é decorrente da ação de novos níveis hormonais que culminam na
transformação de uma laringe infantil numa laringe adulta. Nessa transição, centros do
Sistema Nervoso Central amadurecem e determinam o momento do desenvolvimento sexual
do jovem, TIBA (1986).
CASE (1996) complementa, dizendo que durante a puberdade ocorre a
transformação do corpo do homem, como resultado das mudanças hormonais que produzem
crescimento rápido e desenvolvimento das características sexuais secundárias. A deficiência
de ajuste na voz reflete estas mudanças na base da puberfonia.
Em contrapartida, GARCIA (1998), descreve que o período de mudança da voz
na adolescência é chamado de muda vocal, sendo caracterizado por uma série de
desequilíbrios físicos. A laringe é bastante semelhante em ambos os sexos até a puberdade.
Com isso, HASEK C., SINGH S. & MURRY T. (1980) mostram que existem diferenças bem
definidas entre os mecanismos vocais de adultos masculinos e femininos, tanto na acústica
quanto nas diferenças perceptuais entre a produção vocal deles. De qualquer maneira, a
natureza deste processo, pelo qual está relacionado o sexo na diferença vocal necessita de
classificações para seu desenvolvimento. No estudo destes autores, temos significativas
diferenças entre a média de frequência de pré-adolescentes masculinos, femininos e crianças
que surgem pela idade de 7 e 8 anos.
ANDREWS (1998), afirmou que nossas vozes estão sempre mudando. As
mudanças de voz previsíveis estão relacionadas à idade e sexo, e ocorrem durante o processo
de maturação. TIBA (1986), a maturação normal depende do desenvolvimento e do
funcionamento ordenados de um complexo mecanismo que inclui o hipotálamo, a hipófise, as
gônadas e a cápsula supra-renal. Juntamente a afirmação de ANDREWS (1998), V.
VUORENKOSKI, LENKO, TJERNLUND, L. VUORENKOSKI & PERHEENTUPA (1978),
concordam que o desenvolvimento da voz humana é uma função da idade, e colocam que é
caracterizado por trocas na frequência, intensidade, entonação e variedade nas qualidades do
tom.
Para BOLTEZAR, BURGER & ZARGI (1997) a característica média da voz
do adolescente é a instabilidade de amplitude e especificamente a instabilidade no pitch. A
razão para esta instabilidade pode ser atribuída a maior adaptação gradual da via aferente e via
eferente do controle nervoso para o rápido crescimento do aparelho fonador, respiratório e
cavidades de ressonância.
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a manutenção da saúde vocal. Mc KINNEY (1997) a adolescência é a idade mais difícil para
avaliação e tratamento das dificuldades vocal. PRATHANEE (1996) discorda, dizendo que a
adolescência é um período ideal para o tratamento de alteração de voz que são resultantes de
mal adaptação.
PRISTON (1998), em sua pesquisa refere que na presença de sulco vocal, a
escolha de tratamento é combinado: cirurgia seguida de fonoterapia. KOTZIAS (1998),
acredita que os cistos não respondem à terapia não cirúrgica e devem ser removidos sob
microscopia. A fonoterapia é pós-operatória enfatiza a importância de intervir antes da Muda
Vocal, pois o cisto pode se transformar em sulco.
A importância da estroboscopia é citada por SPIEGEL & col (1997) e
WILSON (1994). O distúrbio funcional da voz pode ser caracterizado por resultados normais
de laringoscopia, com ou sem resultados anormais de exames estroboscópicos.
A instabilidade endocrinológica durante a puberdade é comentada por:
GREENE (1983); HAMMARBERG (1987); COLTON & CASPER (1996) e CASE (1996).
Uma causa rara do fracasso da voz em amadurecer na adolescência é a
resistência de um véu congênito membranoso através da glote anterior (GREENE, 1983).
Portanto as alterações vocais podem ser tanto de ordem funcional quanto
orgânica, ou de natureza emocional. HARVEY (1997) descreve que doenças comuns da voz
devem ser consideradas, muitas destas são encontradas em jovens e adolescentes, sendo de
natureza hiperfuncional, como exemplo: nódulos nas pregas vocais. Anteriormente a esta
data, WÏLSON (1994) menciona que os fatores psicológicos podem resultar numa variedade
de sintomas vocais, como: rouquidão, aspereza, voz aspirada, hipernasalidade, problemas de
intensidade, afonia e problemas de voz hipertensa. O abuso vocal pode causar o nódulo, vindo
de problemas psicológicos, como hostilidade e agressividade.
FERREIRA (1995) e GARCIA (1998), acreditam que a muda vocal é um
fenômeno fisiológico rotineiro para a maioria das pessoas. AJURIAGUERRA (1983),
complementa que na fase da adolescência temos que considerar os fatores biológicos,
psicológicos e sociológicos.
TIBA (1986) e PRATHANEE (1996), comentam sobre a influência da
testosterona no desenvolvimento durante a puberdade, e SPIEGEL & col (1997) relata sobre
os efeitos do nível de estrogênio. A maioria dos níveis de hormônios adultos são concluídos
aos 16 anos em ambos os sexos (CASE, 1996).
Cantar durante o tempo de mudança de voz é uma controvérsia de difícil
resolução. Na literatura encontramos diferentes opiniões.
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CONCLUSÃO
RESUMO
SUMMARY
However, the age that if arrive the puberty can vary. A boy of the fourteen
years can have appearance physical of the adult, while other of the same age is like child. The
change precocious oriented with major influence about the boys than girls.
During the process of the change vocal (that can be gradually), the larynx grow
and the pleat vocal double of the volume, and also a structure of the pleat vocal if
development. Because this, the em blem of the voice of the boy become an octave to a lower
and is the girls three or four semitones. The boy in average to lead two years to come back to
speak normally. The period of the change is of the four years, but a growl markedly of the
larynx occur in last six months, so can observe dysphonia temporary and occasional break of
the height, but not mean that necessary to need of the treatment clinic.
The adolescense is a age of the change between a child and a adult, the more
critiaze in the life of the be human. Questions and rejection of the all these, that he julge
outdatet to mark this stage of the life. Coincide with the awakening of the glandulas, sexual,
the change vocal and physical, change of the personality the discovery of the morality, that
are news for the young, that don’t know, that is happen him.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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