O narcisismo natural é gostar de si, se valorizar.

Quando crianças somos narcisistas até

começarmos a compreender a empatia, a perceber o outro.
O patológico geralmente pode vir de famílias muito frias em termos de afeto, de aceitação da
criança, que pode ser imperfeita, que pode errar, não precisa ter status, que não precisa
provar nada para ninguém, nem ser melhor, que ela é tão importante quanto os outros. O
adulto arrogante, frio, menos empático, foi a criança que sentiu esses mesmos afetos ou que
foi ensinada que ela não precisava ter empatia por ninguém por ser superior.
É fundamental entender a história antes de olhar para os comportamentos externos.

Arrogo Puro, de fato acreditam-se superiores. Foram muito mimados, arrogantes.

Trabalhamos limites adequados.
Os hipercompensatórios, 90% dos casos. Um arrogo frágil. Criança sente-se triste, vulnerável,
defeituosa, errada, sozinha. Criam uma armadura para se proteger, e começa a se comportar
com arrogância para que ninguém perceba a sua vulnerabilidade. – compensatório.
Existem duas grandes feridas emocionais que vão estar presentes no diagnóstico:
Privação Emocional e Defectividade/Vergonha.
A privação emocional diz respeito a uma sensação que de as necessidades da pessoa não são
importantes e que os outros não se importam com suas necessidades. Sentimento de solidão e
desamparo.
Na defectividade a pessoa tem a Sensação de que se é defeituoso, de que se é ruim, inferior, e
por isso sente-se envergonhado.
Paceintes com TN Não conseguem experimentar um amor verdadeiro, no sentido de
autentico, validado, incondicional dentro das suas famílias, ele vai ter esses esquemas, vai
tentar mascarar essa dor, pq não confia que vão acolher essa dor dele. Os comportamentos
arrogantes surgem.

A hipercompensação> para compensar o esquema, vou me sentir merecedor de muito, e vou

exigir isso das pessoas; eu sinto na ferida que não sou merecedor, mais uso essa armadura. Na
defectividade, vão ser ambivalentes na intimidade; querem a intimidade mas sentem sua
vulnerabilidade muito humilhante, e por isso, machucam as pessoas antes de serem
humilhados.

A terapia do Esquema trabalha com o conceito de Modos Esquemáticos: são estados

transitórios dentro de nós que se ativam em determinadas situações. E quando estamos nesse
modo, assumimos um padrão de comportamento, emoção e pensamento específicos. Como
por exemplo na Criança solitária. Essa criança é muito vulnerável, tem pensamentos
distorcidos, paranoide. Quando ativa esse modo, há muita dor, por isso, demora para ver esse
modo em psicoterapia, por prevalecer a armadura.
Vários modos importantes na TE: a criança solitária; modo autoengrandecedor e modo
autoaliviador.

Esse é o modo que a gente enxerga. A forma como a pessoa se engrandece perante os outros.
Tem a função de fazer com que os outros atendam às necessidades emocionais da Criança
Solitária, de maneira inadequada. Não é capaz de dizer que está sentindo-se sozinho, sentindo
a falta, por isso mostra-se arrogante e superior.
Modo autoconfortador. Modo mais evitativo emocionalmente. Quando sente que a criança
vulnerável pode acontecer, procura desconectar-se através mecanismos compulsivos como
pornografias, drogas, excesso de netflix, excesso de masturbação, sexo compulsivo, dormir de
mais, comportamentos de alívio.
Paciente oscila entre ser arrogante ou fugir de sentir.

Começamos mostrando que entendemos o que ele está sentindo, mas que tem melhores
formas de lidar com isso. Movimentos de trazer para um outro raciocínio mais sem confrontos
imediatos. Pacientes com TN vão exigir horários e valores diferentes, precisamos ter formas de
não atender às suas exigências e ir mostrando que apesar de importante, ele não é perfeito
nem superior.
Começar a trabalhar mostrando as consequências negativas do modo autoengrandecedor.
Mostrar que existe uma razão para ele ter essa armadura. Mostrar que ele tem valor sem os
elementos como carro, dinheiro, status que ele quer mostrar.

Ajudá-lo a entender o que aconteceu na história de vida dele, como a criança solitária surgiu e
os outros modos. Que ele perceba que pode buscar outro lado dele sem ser arrogante e
vulnerável.
Oferecer elogios mais simples e calorosos, de maneira que ele vá percebendo que status não
importam.

Estabelecimento de limites. Ele sempre vai atacar ou desvalorizar o terapeuta; nós temos que
estar preparados para isso, de maneira a agir diferente das outras pessoas. “ Aqui vc não será
atacado, pode ser livre para ser quem é, aqui é um espaço seguro, quero que nossa relação
seja um lugar em que tire sua armadura, desejo que seja mais leve e livre aqui...”
Mostrar que é aceitável ser vulnerável. Mostramos pelo nosso comportamento, somos
modelo. Pq não precisa ser perigoso, mostramos que baixamos a guarda e ficamos inteiros.
Posso me abrir e não me machucar.

Mostrar para ele “ vc tem esse escudo, um lado que busca fugir das emoções...” Na TE
procuramos dar nomes às emoções. Vamos desarmando e traduzindo suas emoções. Por
exemplo, paciente fala: “ que bom que vai viajar e não vou ter psicoterapia, não estava a fim
de te ver”, nós respondemos: “ essa é a parte do seu escudo falando, da sua criança está com
medo de confessar que vai sentir a minha falta, e eu entendo. Mas quando diz que não está
nem aí que vou faltar, está se defendendo de uma vontade de dizer outra coisa, mas está tudo
bem”.
São pacientes mais agressivos e arrogantes. Temos que nos sentir seguras no tratamento. Não
trazer para o pessoal. “ tô vendo que está alterando os ânimos, vamos achar uma maneira de
nos comunicar sem sairmos daqui chateados. Pq está me afastando de vc? pq está com raiva?
Vamos entender isso juntos. Sei que não tem intenção de me machucar, mas quando fala
assim me sinto distante de vc; eu sei que por trás dessa armadura tem dor, mas as outras
pessoas não sabem”.
Entender que nós também temos feridas emocionais. Fazer terapia muito importante.
Autoterapia.
A maior dificuldade em tratar os Tr de Personalidade está nos psicoterapeutas e seus
esquemas, que precisam ser compreendidos e tratados.