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Out/2015)
existencialistas como principal foco do exame filosófico da vida humana. Para ele,
“A decepção mais comum é não podermos ser nós próprios, mas a forma mais
relacionados. Por isso, para melhor entender sua obra, é importante ter um
foi o caçula entre 7 irmãos. Ao nascer, seu pai tinha 56 anos e sua mãe 45, razão
A influência do pai sobre sua personalidade tem sido sempre salientada. Dizem
que Kierkegaard era o preferido de seu pai, que o incentivava a erigir e defender
toda afirmação que fazia, para que, desde cedo, ele pudesse aprender e
O pai de Søren era agricultor e trabalhava nas terras de seu dono. Após cada dia
de trabalho, ele voltava para casa a fim de contar ao filho suas descrições dos
compelido a refletir e indagar sobre as histórias que ouvia. Seu pai dizia-lhe
Conta-se que o pai de Søren foi pastor e agia como um típico católico fervoroso.
Porém, em certo dia ele vivenciou um terrível episódio traumático com
suposto envolvimento de Deus, o que alterou o curso de sua vida para sempre,
abalando e praticamente destruindo sua fé. Após “romper” com Deus e abdicar
No entanto, em suas crises de melancolia, o pai de Søren ainda parecia sentir uma
anos de idade, incluindo sua primeira esposa, e estava certo de que Søren e o
décadas posteriores.
ser pastor e pai de família, Søren escolheu a solidão e retidão, pois para ele, essa
era a única maneira de lidar com a fé; de administrar o fracasso que assolou sua
família.
Søren herdou de seu pai toda a mágoa e melancolia, mas também a criatividade,
trabalhos futuros.
mártir”, pois era ligeiramente corcunda, uma perna era mais comprida do que a
outra, suas roupas o disformavam por completo e era motivo de zombaria por
onde quer que passasse. Søren viveu solteiro, e um dos grandes acontecimentos
formuladas por ele como forma de justificar a si mesmo, e para a sociedade, sua
Existencialismo
Com o passar do tempo, o ato de existir vai sendo futurado com o indivíduo
responsabilidade do homem, uma vez que ele existe antes de sua essência ser
caracterizada.
O Existencialismo pode bem parecer uma corrente de
que não bastava dizer-se cristão, era necessário agir como um. Sua única objeção
teológica do Existencialismo.
“distrações existenciais”.
Em sua obra O Desespero Humano, ele afirma que a origem do desespero está
existência, e constitui a pior das doenças; o único mal para o qual não há cura. A
morte, encarada pelo senso comum como o pior dos males, não é, para
“Assim como talvez não haja, dizem os médicos, ninguém completamente são,
também se poderia dizer, conhecendo bem o homem, que nem um só existe que
esteja isento de desespero, que não tenha lá no fundo uma inquietação, uma
não nos faz sentido, ou que nos é contraditório. Nesse contexto, o absurdo não
tradicionalmente, essa busca resulta em uma de duas conclusões: que a vida não
tem sentido, ou que a vida contém nela um propósito definido por uma força
consciência por parte do ser humano de que ele possui responsabilidade para
ditar sua história, ou moldar sua existência. A alienação retrata o mistério de ser
ou não ser. Uma pessoa alienada carece de si mesmo, evita, tornando-se sua
próprias decisões. Seguir ordens é fácil; consentir também, pois isso requer pouco
esforço emocional em fazer o que é mandado.
a que foge.”
Ou seja, se a ordem não for lógica, não cabe ao mandatário questionar. Deste
“Não admira, pois, que o mundo vá de mal a pior e que os males aumentem cada
vez mais à medida que aumenta o tédio, a raiz de todo o mal. A história deste
entediados, pelo que criaram o homem. Adão estava entediado por estar
sozinho, e por isso foi criada Eva. Assim o tédio entrou no mundo e aumentou
Tudo o que um ser humano faz depende menos do que ele compreende, e mais
do que ele quer, ou seja, do que ele escolhe. Segundo Kierkegaard, não existe
decisão na vida que não envolva o ser humano em angústia, pois toda escolha é
conflito.
próprio.”
vontade que determina nosso julgamento. No entanto, longe de ser uma razão
de angústia.
exemplo, ele citou um homem no alto de um penhasco. Se esse homem olha para
baixo, sente dois tipos de medo: o medo de cair e o medo causado pelo impulso
de lançar-se no vazio. Esse segundo tipo de medo (ou angústia) surge a partir da
compreensão de que ele tem liberdade absoluta para decidir se pula ou não, e
esse medo é tão perturbador e atordoante quanto sua vertigem.
morais, quando entendemos que temos a liberdade de tomar até as mais terríveis
decisões. Ele descreveu que, embora a liberdade cause desespero, pode também
nos livrar de respostas impensadas e não planejadas, pois nos torna mais cientes
das escolhas disponíveis. Então, mesmo que o livre-arbítrio possa ser angustiante,
pessoal.
podem ser provocados pela audácia não premeditada, ele também adverte
história de vida.
definitivamente.”
é real, então a verdade também não pode ser lógica e nem objetiva. Assim, para
ele, não encontramos a verdade como uma coisa “encontrável”, destacada a nós
conhecimento.
Uma vez que as verdades essenciais estão totalmente fora do nosso alcance na
medida que não podemos nos aproximar delas objetivamente, elas surgem para
nós sob a forma de tensão; de ruptura entre duas ou mais afirmações. Sendo
solucionar tais disparidades não passará de uma tentativa. Note que, aqui,
Kierkegaard sempre falava sobre “a verdade que é verdadeira para mim”, com
isso querendo apontar que, para todo alguém, a verdade é aquilo que convém.
Dessa maneia, ele conclui, toda vez que alegamos conhecer alguma coisa, só
o oposto da liberdade.
Os 3 modos de vida
humano pode seguir. No caminho da vida, ele diz, há várias direções, embora
nem deseja conhecer) outro fim de vida senão gozar o instante que passa. Infiel
instância, ao desespero.
trabalhador ferrenho, do marido e pai devotado; naqueles que levam tudo a sério,
Kierkegaard, a coisa mais importante não é saber se ele é capaz de contar nos
dedos todos os deveres que pôde assumir, mas se sentiu, alguma vez, a
intensidade desses deveres, de tal modo que sua consciência esteja plenamente
não está submetido a ética, pois é um indivíduo sujeitado a Deus. Para ele,
quando o pecado entra em discussão, a ética fracassa, porque o arrependimento
Kierkegaard cita o episódio bíblico referente a Abraão e Isaac. Quando Deus exige
de Abraão o sacrifício de seu filho Isaac, Abraão, dentro do nível ético, está diante
não tem saída a não ser pelo salto do ético ao religioso. Então, Abraão deve saltar
racionais, isto é, regras gerais ou universais não podem ajudar o homem religioso,
Referências bibliográficas: