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Temor e Tremor
Kierkegaard discorda de algumas coisas do modelo hegeliano, com isso surge
o pensamento de que para ele o indivíduo é o protagonista da vida. Crítico a
igreja dinamarquesa, pensa na relação entre Deus e o indivíduo, nos ver como
a síntese entre o finito e infinito, inaugurando assim o pensamento existencial.
Na sua obra “Temor e Tremor” (1843) da qual ele trabalha em cima de uma
passagem bíblica, entre a relação de Deus e Abraão, revela em sua concepção
como pressuposto de uma vida verdadeiramente válida, nos colocando como
indivíduos que estão frente ao absurdo e são chamados a fazer uma escolha.
Quebrando essa concepção que o cristianismo nos traz, Kierkegaard propõe a
liberdade de ser quem somos, sermos cristãos, quando nos redimimos das
influências grupais e voltar-nos às nossas próprias questões pessoais.
O conceito de angústia
O conceito de angustia para Kierkegaard, se constitui numa reflexão sobre
liberdade humana. Novamente utilizando passagens bíblicas, veio a vez de
Adão e o pecado hereditário. Na condição de primogênito da humanidade, o
que Adão era e o que se tornou remete para o filosofo uma questão de escolha
o que podemos chamar de salto qualitativo e que gera angústia. Mostrando que
é uma espécie de escolha que nos transforma, transformando a angústia em o
cerne da existência humana. Ela é a disposição do espírito diante da liberdade
de escolhas.
Coloca a angústia como sendo anterior ao pecado original, pois o sentimento
incômodo que Adão e Eva viveram, teria sido a angústia. Obedecer ou não à
ordem de Deus em relação ao fruto da arvore proibida, remete a liberdade e a
angustia que constituem o fundamento da existência humana.
A angustia para o filósofo deve ser considerada uma característica fundamental
dos seres humanos, encontrada mesmo na inocência das crianças, e não como
um fardo ou um sofrimento para a espécie.