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Ética e legislação profissional aplicada as artes

1.1 Ética

No mundo atual, em que a humanidade enfrenta constante crise ética, discussões


sobre valores e princípios morais comportam inúmeros ramos do conhecimento,
inclusive no campo do design. A conduta está relacionada ao caráter dos indivíduos,
e assim trazendo preocupações com o futuro e a qualidade de vida da população.
Desta forma, atitudes questionáveis ou antiéticas prejudicam a sociedade e abalam
o conceito de bem viver.

Se tratando da ética, devemos entender e conceituá-la. A palavra ética é de origem


grega derivada de ethos, que diz respeito ao costume, aos hábitos dos homens.
Teria sido traduzida em latim por mos oumores (no plural), sendo essa a origem da
palavra moral. Uma das possíveis definições de ética seria a de que é uma parte da
filosofia (e também pertinente às ciências sociais) que lida com a compreensão das
noções e dos princípios que sustentam as bases da moralidade social e da vida
individual. Em outras palavras, trata-se de uma reflexão sobre o valor das ações
sociais consideradas tanto no âmbito coletivo como no âmbito individual.

Considerando que existem muitas sociedades e uma delas é a profissional as


regras são necessárias, e devem atender a essa sociedade que de tal forma todos
devem ser preservados no exercício profissional. No mundo da profissão de design
de interiores a ética também se encontra, trazendo diversas noções de como agir no
dia a dia e assim, moldando há relação coorporativa.

É de suma relevância o profissional de design de interiores estar a par do código


de ética da profissão (ABD), pois ele expressa a forma que se deve agir, assim
elevando o nível profissional e ético.

Sendo assim, para a confecção do projeto, foi decidido contratar um profissional


do ramo da arquitetura, pois seria necessário realizar atividades que não competem
a um design, como alterar estruturas do imóvel. Contudo, sendo visível a
observância da ética na profissão e valorizando as demais atividades de outras
profissões para finalizar o projeto com maestria.
1.2 Legislação Profissional

Sabemos que um bom profissional em sua área de atuação até se estabelecer e se


inserir no mercado de trabalho, passará por diversas fases em sua carreira, até que
consiga o tão sonhado trabalho. Por isso, estar ciente sobre suas atribuições e
competências é de suma importância.

O ex-presidente Michel Temer sancionou a lei LEI Nº 13.369, DE 12 DE


DEZEMBRO DE 2016, que regulou e atribui e definiu as competências de um design
de interiores na atribuição de suas atividades. Na lei, em seu art.4 expressa o que
compete exclusivamente ao profissional da área:

“Art. 4º Compete ao designer de interiores e


ambientes:

I - estudar, planejar e projetar ambientes internos existentes


ou pré-configurados conforme os objetivos e as necessidades
do cliente ou usuário, planejando e projetando o uso e a
ocupação dos espaços de modo a otimizar o conforto, a
estética, a saúde e a segurança de acordo com as normas
técnicas de acessibilidade, de ergonomia e de conforto
luminoso, térmico e acústico devidamente homologadas pelos
órgãos competentes;

II - elaborar plantas, cortes, elevações, perspectivas e


detalhamento de elementos não estruturais de espaços ou
ambientes internos e ambientes externos contíguos aos
interiores, desde que na especificidade do projeto de
interiores;

III - planejar ambientes internos, permanentes ou não,


inclusive especificando equipamento mobiliário, acessórios e
materiais e providenciando orçamentos e instruções de
instalação, respeitados os projetos elaborados e o direito
autoral dos responsáveis técnicos habilitados;

IV - compatibilizar os seus projetos com as exigências legais


e regulamentares relacionadas a segurança contra incêndio,
saúde e meio ambiente;
V - selecionar e especificar cores, revestimentos e
acabamentos;

VI - criar, desenhar e detalhar móveis e outros elementos de


decoração e ambientação;

VII - assessorar nas compras e na contratação de pessoal,


podendo responsabilizar-se diretamente por tais funções,
inclusive no gerenciamento das obras afetas ao projeto de
interiores e na fiscalização de cronogramas e fluxos de caixa,
mediante prévio ajuste com o usuário dos serviços,
assegurado a este o pleno direito à prestação de contas e a
intervir para garantir a sua vontade;

VIII - propor interferências em espaços existentes ou pré-


configurados, internos e externos contíguos aos interiores,
desde que na especificidade do projeto de interiores,
mediante aprovação e execução por profissional habilitado na
forma da lei; “

Conforme já citado no tópico anterior, e com base na lei que regulamenta a


profissão, fica claro que não compete ao design, mexer na estrutura de imóveis ou
quaisquer tipos de construção, sendo necessário a contratação de outro profissional
conforme o que foi expresso no tópico de ética. Além disso, caso um profissional da
área tente se aventurar e descumpra o que a regulamentação diz, poderá sofrer
sanções, além do que, sendo considerado pela prática dessa ação, um profissional
antiético, realizando algo que não está sob suas responsabilidades, colocando vidas
em perigo.

Além do mais, cabe acrescentar e citar o art.5 em seus incisos, I, III, V da mesma
lei onde, fica estabelecido o que o profissional deve zelar em suas atividades:

“Art.5º O
designer de interiores e ambientes, no exercício de suas
atividades e atribuições, deve zelar principalmente:

I - pela conduta ética;

III - pela sustentabilidade;


V - pela segurança dos usuários, evitando a exposição
desses a riscos e potenciais danos.”

Portanto, fica claro que nas atribuições de suas funções o profissional deve seguir
e observar sempre a ética, sendo ela de valor inegociável, pois nenhuma pessoa
pode comprar a satisfação de se sentir bem com seu trabalho, e também agindo
com responsabilidade e transparência para com o cliente, trazendo segurança e
confiança para construção de uma relação profissional com seu cliente.

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