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FORÇA AÉREA NACIONAL 3

SUMÁRIO....
3- CHEFIA DO RAMO

5- DESTAQUE
- FAA Comemoram 28º Aniversário
CHEFIA DO RAMO
- EMA/FAN Forma Novos Pilotos
- Efectivos da FAN Reflectem sobre Moralização da Sociedade
- Aeronave MA-60 Reforça Frota da FAN

12- REPORTAGEM
- Efectivos da FAN Visitam Centro de Produção da TPA
- Efectivos da FAN Visitam Museu Nacional de História Militar
- DSS/realiza Feira da Saúde

18- ARTIGO
- A Problemática da Fuga à Paternidade em Luanda
- Assessoria Portuguesa à Força Aérea Nacional Angolana

22- REFLEXÃO
- Reflectindo Sobre a Educação
- FAA – Um Paradigma para a Pacificação e Desenvolvimento do País

32- NOTÍCIA
- “Águias” Debatem Sobre Desafios da Mulher na FAN
- Homenageados Participantes da Missão Humanitária em Moçambique
- BAL Acolhe Conferência Sobre Projecto de Código Penal
- General Hanga Leva à Reflexão Papel das FAA
- Banda de Música Aperfeiçoa Especialistas
- Direcção de PRECOME Tem Novo Chefe
- FAA Licenciam Oficiais Generais e Almirantes
- Região Aérea Norte Organiza Palestra Sobre Doação de Sangue General
- Antigo Piloto da FAPA/DAA Lança Livro de Memórias
- Técnicos Militares Potenciados em Digitalização Altino Carlos José dos Santos
- Meninos da OPA Visitam Estruturas da FAN COMANDANTE DA FAN
- Especialists da Aviação Atentos às Mudanças de Paradigmas
- Operação de Apoio à Paz e Ajuda Humanitária
- Fundação Kissama Reconhece Apoio Prestado Pela FAN

COMANDO
50- FLASH
- FAN Melhora Serviços de Relações Públicas
- Parabéns, Centro de Psicologia!
- Parabéns, Banda de Música!
- Serviços de Saúde Seguem na Formação
- Encerramento do Curso de Mísseis S-125-M1
- Procuradoria da FAN Quer Reforça da Disciplina
- Abertura da Campanha de Moralização da Sociedade nas FAA
- Abertura da Campanha de Moralização da Sociedade na FAN

57- FORMAÇÃO
- O Saber Não Ocupa Lugar
- Texto de Abertura
- TC Domingos José Licenciado em Sociologia
- Major Elias Licenciado em Psicologia Clínica
Tenente-General Tenente-General Tenente-General
59- CULTURA Cristóvão Miguel da Silva Júnior Baltazar Bernardo Francisco Pimenta Virgínio António da Cunha Pinto
- Poema - Correntes da Vida
2.º COMANDANTE DA FAN CMDTEADJ.DAFAN P/AEDUCAÇÃO PATRIÓTICA CHEFE DO ESTADO-MAIOR DA FAN

PROPRIEDADE:
Comando e Estado-Maior da Força Aérea Nacional
COORDENAÇÃO:
Direcção de Educação Patriótica/FAN, Rua Augusto Tadeu Bastos, 66-68
E-mail: depfana@hotmail.com/depfana@yahoo.com
DIRECTOR/EDITOR:
Major Adalberto D. C. Chilala
REDACÇÃO:
Subtenente Jorge Simão Alexandre,
Soldado Paulo Hélder Pimenta e Civil Elsa Pedro Paulo
CONSELHO DE SUPERVISÃO:
Brigadeiro Henrique António da Costa ( Chefe), Coronéis,
José de Morais Canâmua e Bernardo Mafinja
FOTOGRAFIA:
Capitão Bernardo João Joaquim, Sargento-Chefe Cardoso Augusto Panzo,
Sargento-Ajudante Pedro José e 2º Sargento Adriano Inácio Kuvindama
REVISÃO:
Elsa Pedro Paulo
COLABORAÇÃO:
Coronéis Horácio Correia Freire e Domingos Rogério;
Tenente-General Tenente-General
Subtenentes Ondino Clemente e Joaquim da Conceição José Adriano Paulino João Baptista Costa
DESIGN, PAGINAÇÃO: COMANDANTE DA REGIÃO AÉREA NORTE COMANDANTE DA REGIÃO AÉREA SUL
Nuno Kiala
IMPRESSÃO:
Sociedade Poligráfica Sopol
DISTRIBUIÇÃO:
Centro de Apoio Técnico/DEP/FAN

Revista Águia-24ª Edição I Junho-Outubro de 2019


4 FORÇA AÉREA NACIONAL FORÇA AÉREA NACIONAL 5

.......NOTA DE ABERTURA FAA COMEMORAM


FAN PRESENTE NA MORALIZAÇÃO DA SOCIEDADE
João Manuel Gonçalves Lourenço, Comandante-
28º ANIVERSÁRIO
-em-Chefe das Forças Armadas Angolanas, real-
çou num dos seus recentes discursos:
“Estamos empenhados numa luta para o res-
gate dos valores, com destaque para a morali-
zação da nossa sociedade e gostaríamos que,
também nesta nova conjuntura, as Forças Ar-
madas ocupassem a primeira trincheira neste
combate pela moralização da nossa socieda-
de.”
Como visto, esta campanha visa essencialmente,
resgatar os valores pelos quais a sociedade an-
golana se deve guiar para o reforço da cidadania,
Texto: Major Adalberto Chilala, Director da Revista “Águia”|
sendo esta uma aposta que implica maior exalta-
ção do sentimento patriótico, o reforço dos prin-

O
País enfrenta um desafio premente, cípios cívicos, passando também pela promoção
resumido em esforços individuais e do respeito pelas instituições do Estado.
colectivos com vista à mitigação de Sendo as Forças Armadas Angolanas integrantes

DESTAQUE
EDITORIAL

actos socialmente condenáveis que, da sociedade e constituindo-se na primeira reser-


infelizmente enfermam a nossa sociedade e à va moral desta, decorre desta condição que, es-
prevenção de outros males tais como a corrupção, ses valores devem fazer parte da vida quotidiana
o nepotismo, a bajulação e a impunidade, por de cada militar.
formas a garantir-se o bem-estar de todas as É pois nesta senda, que o Comando da Força Aé-
famílias angolanas e sobretudo, o resgate de rea Nacional, dando cumprimento ao Despacho
valores cívicos e éticos. nº 52/Gab.CEMGFAA/05/2019, “Sobre a campa-
Ora, só se pode resgatar aquilo que se possuía nha de reforço das virtudes cívicas e ético-mili-
e, por alguma razão, se haja perdido. E para a Sob o signo “Moralização da Sociedade e Reforço da Organização e Disciplina”,
tares no seio dos efectivos da FAN para contri- comemorou-se no dia 9 de Outubro de 2019 o vigésimo oitavo aniversário das Forças
questão em voga, as causas são por todos, co- buição da moralização da sociedade” tem gizado Armadas Angolanas (FAA). O acto central teve lugar na Escola de Fuzileiros Navais da
nhecidas: O longo período de conflito armado que programas para a materialização deste Instrutivo Marinha de Guerra Angolana, no município do Ambriz, província do Bengo, presidido por
o País viveu esteve na base do surgi- por todos os seus Órgãos, sob o slogan S/Exa. General Salviano de Jesus Sequeira “Kianda”, Ministro da Defesa Nacional.

A
mento desta degradação da tábua “Soldado das FAA, pela Moralização
de valores que, com algum cus- s Forças Armadas An- António Egídio de Sousa Santos, dignidade e a dimensão que o
da Sociedade, Pronto!”. golanas, são a insti- realçou: “Felicito a Marinha de momento simboliza”.
to, eis-nos todos, empolgados Com esta empreitada, espera- tuição militar nacional, Guerra Angolana, Ramo que O Chefe do Estado-Maior General
a sanar. -se a formação de um compor- soube corresponder com as
permanente, regular e das FAA enalteceu os feitos he-
Agora, em tempo de paz, tamento cívico e exemplar, por apartidária, incumbida da defesa expectativas ao ter assumido róicos que marcaram a trajectória
eis chegado o momento da formas a garantir-se a estabili- do país e tem como missão de- no princípio do corrente ano, da Instituição que, segundo afe-
verdadeira pacificação dos fender a Pátria e a Soberania Na- a responsabilidade de orga- riu, traduzem a sua comprovada
dade social do militar, enquanto nizar e albergar a celebração
espíritos, por meio do res- membro da sociedade e, ainda, cional. Instituídas a 9 de Outubro aptidão: “passados são estes 28
desta importante data. Saúdo
sarcimento do que se des- tomar as medidas necessárias de 1991, no quadro dos acordos igualmente todos os efectivos anos, as Forças Armadas Ango-
moronou durante décadas de de paz de Bicesse, como única do Estado-Maior General e dos lanas sentem-se orgulhosas pelo
para a prevenção de actos que le-
guerra, na pretensão de mobili- instituição militar da República de três Ramos representados aqui seu percurso vitorioso que se tra-
sem o Estado e os superiores inte- Angola. duz na capacidade demonstrada
zarmos a sociedade para a cultura neste acto que, com muita dis-
resses da Nação”. ciplina, dedicação, patriotismo pelos efectivos na superação dos
de boas práticas. O desafio é grande e de todos. Cada mem- General “Disciplina” e elevado espírito de missão, difíceis obstáculos na sua trajec-
A ampla campanha que o Poder Executivo lança bro da sociedade, qualquer que seja a sua esfera se mantiveram desde o início,
Felicitou Ramos das FAA tória, cumprindo de forma exem-
neste sentido, remete as Forças Armadas como de intervenção, é chamado a participar e contri- Na sua intervenção, S/Exa. o profundamente empenhados plar o seu dever patriótico”.
vanguarda, destacando a prontidão de cada sol- buir com acções práticas e permanentes nesta Chefe do Estado-Maior General nos preparativos para que esta Terminou, rendendo homenagem
dado, como modelo incontestável de probidade e luta pela moralização da nossa sociedade. das FAA, General de Exército cerimónia se realizasse com a aos combatentes heroicamente
valentia. Aliás, sobre isto mesmo, S/Exa. General Bem-haja!

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potismo, bajulação, tribalismo,
racismo e outros males que
vêm dilacerando a sociedade
angolana”.
O Ministro aproveitou o ensejo
para expor os desafios que tem
assumido as Forças Armadas
Angolanas e sublinhou “28 anos
são passados, desde a memo-
rável data de 9 de Outubro de
1991 e as Forças Armadas An-
golanas cumpriram, cumprem
e hão-de cumprir as missões
consagradas pela Constituição
da República de Angola e de
apoio ao Executivo, no âmbito
do seu papel cívico. É assim
que estiveram presentes na
Missão de Prevenção da SADC
no Lesoto, na Missão de Ajuda
Humanitária em Moçambique
e, recentemente, acolheram
em cabo Ledo, os Exercícios
Felino 2018/2019, da Comu-
tombados em nome da Pátria e O Dirigente destacou que o sector rídicas e o afastamento de to- nidade dos Países de Língua
reafirmou a lealdade das Forças da defesa está firme nos novos dos que enveredarem por prá- Portuguesa. A nível interno,
Armadas Angolanas no empenho desafios e realçou a importância ticas que lesem o Estado. É um têm apoiado o Executivo nos
DESTAQUE

DESTAQUE
e reforço da organização. da que caracteriza como reserva compromisso que assumimos processos de registo eleitoral,
moral do Estado: “Sobre vós foi e que continuaremos a manter e no repatriamento voluntá-
Discurso do Ministro depositada a responsabilidade firme, elevar e preservar o lema rio das populações refugiadas
da Defesa Nacional de ‘conduzir homens’, tarefas que nos é característico de “re- com conflito na RDC, para citar
O Dirigente do acto, S/Exa. Ge- que têm sabido cumprir com serva moral do Estado”. Nes- algumas actividades. Permi-
neral Salviano de Jesus Sequei- zelo e dedicação. No entanto, tas circunstâncias, de reserva tam-me sublinhar, que Angola
ra, Ministro da Defesa Nacional, os tempos são outros e as exi- moral do Estado, os militares é um dos vários exemplos no
durante o seu discurso, exortou: gências são cada vez maiores, devem emparelhar as armas e mundo, onde a acção das mi-
“Permitam-me aproveitar este onde o sector de defesa está juntarem-se aos esforços do nas deu azo a que, mesmo em
momento solene, para render firme nos novos desafios, o Comandante-em-Chefe das tempo de Paz, extensos espa-
a mais profunda homenagem combate à corrupção e, atento FAA, o General João Lourenço, ços de terra ficassem abando-
aos militares das Forças Ar- para a tomada de medidas ju- na luta contra a corrupção, ne- nados pelos camponeses, ca-
madas Angolanas que, em cir- çadores apicultores, turistas,
cunstâncias difíceis que o país entre outros, dificultando, des-
atravessou até à conquista da ta forma, o programa de Re-
Paz definitiva em 2002, deram construção Nacional e particu-
tudo pela pátria, sacrificando larmente, o fomento agrícola. res das Forças Armadas Angola- Exercício Táctico
a própria vida, para que a in- Tem sido com o árduo trabalho nas e respectivos familiares, de- Os presentes no acto central fo-
dependência e a soberania na- de destacados engenheiros e sejando êxitos no cumprimento ram brindados com um exercício
cional fossem preservadas. E sapadores das Forças Arma- das suas missões. que visou demonstrar as capaci-
muitos aqui presentes, fazem das, ao lado de outras equipas Desfile Militar Coloriu a Festa dades e aptidões das Forças na
parte da geração de patriotas das ONG, que hoje o país vem A festa do 28º aniversário das execução duma incursão anfíbia
angolanos, que na década de respirando de alívio, apesar do FAA foi abrilhantada com desfile na luta ao contrabando marítimo.
90, protagonizaram um dos nosso território não ter sido de tropas em formação de nove
maiores feitos da nossa histó- declarado, ainda, totalmente blocos, a saber, dois do Estado- Almoço de Confraternização
ria, com a criação das Forças livre das minas. Com trabalho -Maior General, representado e Momento Cultural
Armadas Angolanas, abrindo contínuo este objectivo será al- pela Brigada de Forças Espe- Os festejos terminaram com
um novo capítulo para o desen- cançado”. ciais, dois do Exército, dois da um almoço de confraternização
volvimento pacífico de Angola Por fim, o Ministro fechou o dis- Força Aérea Nacional, dois da no jango da Escola Naval, com
e a afirmação da sua identida- curso, reiterando os agradeci- Marinha de Guerra Angolana e acompanhamento músico-cultu-
de no concerto das nações”. mentos pela atenção e fez votos um bloco feminino composto por ral e actuações de grandes no-
de muita saúde a todos os milita- militares dos três Ramos. mes do “music hall” angolano.

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EFECTIVOS DA FAN REFLECTEM


EMA/FAN FORMA SOBRE MORALIZAÇÃO DA SOCIEDADE
NOVOS PILOTOS As Forças Armadas Angolanas estão engajadas numa luta pelo reforço do patriotismo e resgate dos
valores éticos, cívicos e morais, em cumprimento das directrizes superiores para a moralização da
sociedade. O assunto encontra-se em voga por meio de uma ampla campanha de sensibilização nas
Unidades militares e fora delas. Foi neste âmbito que teve lugar, no dia 17 de Outubro último, no Clube
de Oficiais da Base Aérea de Luanda, uma palestra, sobre o tema “O Militar e a Família. Relações
Interpessoais, Solidariedade e Unidade Nacional”. O encontro decorreu sob prelecção do sociólogo
Dr. Francisco Simão Helena, antigo militar do Ramo, actualmente na condição de reservista.
DESTAQUE

DESTAQUE
O
prelector, que quis um ‘matumbo’ - desculpem a mes de militares que, embora
transformar a palestra expressão”, explicou. tenham atingido alto grau na hie-
num encontro interactivo O Sociólogo enalteceu o pres- rarquia militar se têm distinguido
para focalizar sobre qual tígio granjeado pelo Ramo, ao pela positiva na conduta pes-

O
deve ser a postura e conduta mesmo tempo que apelava ao soal, dando exemplos de bom
turno de formação de aviadores da Força Aérea individual de piloto, constituído do militar junto da família e aumento das responsabilidades trato para com o próximo.
01/16 em pilotagem Nacional. por diversos materiais, dentre na sociedade, ao dirigir-se à individuais: “...Pelo contrário, No final, apelou para o reforço
básica do avião Cessna O curso teve início em Julho de eles o fato de voo e o check list plateia, começou por procurar só o facto de sermos militares e da cidadania, da identidade e da
172R terminou a 1 de 2016 e contou com a mestria de do Cessna 172R. uma definição consensual sobre pertencermos a este Ramo que unidade nacional, factores que
Junho último na Escola Militar pilotos-instrutores afectos à EMA O encerramento do curso “família”. se chama Força Aérea Nacio- considerou integradores sociais
Aeronáutica (EMA) da Força e à assessoria militar portuguesa coincidiu com o 34º aniversário Sobre o comportamento do mili- nal, deve ser motivo de orgulho, e de grande utilidade no momen-
Aérea Nacional. Durante o acto no âmbito do projecto 3. da fundação da Escola, que tar no seio social, o Coronel na honra, prestígio e privilégio. Por to presente que se busca preser-
de encerramento, presidido por Durante o acto, assistiu-se mereceu uma efusiva celebração reserva defendeu que “a nossa isso, as nossas responsabilida- var a paz duramente alcançada.
S/Exa. General-Comandante à outorga de certificados e à com animação cultural e almoço conduta enquanto militares, des moral, cívica e ética devem A palestra albergou efectivos
do Ramo, Altino Carlos José promoção dos jovens pilotos à de confraternização. deve ser exemplar, baseada ser maiores e redobradas”, con- das Unidades do Comando da
dos Santos, na parada daquela classe de Oficial, no grau militar Fica assim, mais uma vez firmado no respeito, na boa educação, cluiu. FAN, localizadas na província de
Unidade de ensino militar, onze de Subtenente. o garboso slogan da EMA: “Com no bom censo e na compreen- Simão Helena citou alguns no- Luanda.
novos pilotos foram brevetados Na mesma cerimónia, aos novos Saber e Audácia, Instruir Para são mútua. Isto é, o facto de
e fazem agora parte da família formados foi atribuído o kit Mais Poder”. sermos militares, aumenta a
nossa responsabilidade na
sociedade, e no meio em que
vivemos, nos integramos e in-
serimos. Dito de outra forma,
podemos afirmar que o facto
de usarmos uma farda e os-
tentarmos uma patente e/ou
um grau ou posto militar, não
faz de nós um cidadão de má
conduta moral e cívica, um
anti-social, um indisciplinado,
trafulheiro, um ordinário ou

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ternos; de Sargentos, Praças e universalmente aceites. voo, em terra e no ar, para que

AERONAVE “MA-60”
Trabalhadores Civis das FAA e Depois da assinatura dos pro- se preserve não só as novas
Convidados. tocolos de entrega e recepção aeronaves, como os demais
O “Modern Ark 60” (MA-60), das aeronaves entre as duas tipos de meios que equipam a
uma aeronave turbo-hélice, partes, intervindo, S/Exa. Al- Força Aérea Nacional.

REFORÇA FROTA DA FAN


produzida pelo fabricante chi- mirante José Maria de Lima, Sublinhou ainda: “O passado
nesa Xi’An é uma versão alon- referiu: “Esta actividade fica de luta e o presente de gló-
gada, baseado no Antonov norteada de grande simbolis- ria deve ser uma referência
AN-24, com características e mo, porquanto marca o início constante do vosso quotidia-
A Frota de aviões da Força Aérea Nacional está reforçada com o ganho de duas aeronaves capacidades técnicas que se de uma nova era na história no, para que saibam honrar a
do tipo “Modern Ark 60”(MA-60), provenientes da República Popular da China. A Base Aérea adequam bem à nossa reali- da nossa aviação militar. A memória daqueles que inicia-
de Luanda albergou a cerimónia de entrega e recepção oficial das aeronaves ocorrida no dade. Com um comprimento opção em aviões de fabrico ram a construção dos alicer-
DESTAQUE

DESTAQUE
dia 28 de Agosto, num acto de grande relevância, atendendo ao aspecto do reequipamento de cerca de 24 metros, tem a chinês confere igualmen- ces deste Ramo e hoje, pos-
capacidade de 48 passagei- te alguma diversidade, com samos estar aqui a dar corpo,
e modernização das Forças Armadas Angolanas e da Força Aérea Nacional em curso. ros com peso de descolagem objectivo de conferirmos consistência e objectividade
Texto: Subtenente Jorge Alexandre| de pelo menos 7,5 toneladas; um nível de competência e à almejada e efectiva moder-

O
importante acto República Popular da China em cepção dos meios, na presença velocidade máxima de 220kt exploração mais variado. nização”.
foi dirigido por S/ Angola. de distintos Generais do Estado- (IAS); tipo de motores PW127J; Ressaltamos que ao receber- No final da actividade, houve
Exa. Almirante José Os aparelhos vêm reforçar a fro- -Maior General e dos três Ramos alcance 1600km; tripulantes 4; mos estas duas Aeronaves, um briefing sobre as caracte-
Maria de Lima, em ta existente em aviões de trans- das FAA, do Adido Militar da Re- distância de aterragem 1460m a vertente da formação do rísticas, capacidades e limita-
representação do Ministro da porte de passageiros. pública Popular da China acre- (4790Ft). homem, obviamente, não foi ções da aeronave MA-60, e de
Defesa Nacional, ladeado por S/ Durante o acto, foram rubricados ditado em Angola, de Oficiais A sua operacionalização re- esquecida”. seguida o voo inaugural na rota
Exa. Gong Tao, Embaixador da os diplomas que oficializam a re- Superiores, Capitães e Subal- quer um grande rigor quer no O responsável disse ainda que Luanda/Ambriz/Luanda que
cumprimento dos requisitos de o objectivo é reforçar a cada dia durou menos de trinta minutos
manutenção, quanto de explo- as medidas de prevenção de e levou a bordo algumas enti-
ração, na base dos princípios acidentes e de segurança de dades.

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NA RESSACA DO 28º ANIVERSÁRIO DAS FAA

EFECTIVOS DA FAN VISITAM


CENTRO DE PRODUÇÃO DA TPA
Texto: Subtenente Ondino Clemente|
gola, fundada a 18 de Outubro de
1976. Anteriormente com a de-
signação de Televisão Popular de
Angola, fruto da ideologia vigente
na altura, o Socialismo Marxista,
segundo o interlocutor, o referido
órgão de comunicação estatal
começou em condições difíceis,
com falta de meios e sem estrutu-
ra física adequada que pudesse
dar respostas às concretizações
dos objectivos traçados.
Fez constar ainda que as estru-
turas actuais da TPA localizadas
na Avenida Ho Chi Minh, foram matou.
herdadas da administração co- Para o senhor Coronel Bernardo
lonial que àquela época era um Mafinja, coordenador da visita e
pequeno embrião com baixo po- Chefe da Repartição de Educa-
REPORTAGEM

REPORTAGEM
der de cobertura e difundia a sua ção Patriótica da DEP/FAN “a vi-
emissão apenas a uma meia dú- sita foi proveitosa na medida em
zia de pessoas distintas na Baixa que permitiu a interacção entre
da Cidade capital com parâme- os efectivos militares e os visita-
tros similares aos utilizados pelo dos. Os nossos efectivos apro-
sistema de difusão “TV à Cabo” veitaram colher informações que
nos dias de hoje, enfatizando que lhes permitiram conhecer como
além-fronteiras. Os visitantes ti- par e passo, melhorar cada vez são manuseados os meios que
antigamente o conceito de televi-
veram a oportuni- mais a nossa ac- levam os mais diversos progra-
são era de vídeo e cinema.
dade de conhecer “Como sabem, a televi- ção perante os mas todos dias ao ar, e como
Prosseguindo a sua alocução,
melhor os mais
deu a conhecer aos presentes
variados estúdios
são é um meio que está telespectadores
e não só, como
o sinal de emissão chega até
às nossas casas”. Porém, mais
que nos anos após a inaugura-
onde são realiza- em constante evolução também para as adiante, o Oficial Superior disse
ção, a emissão era reduzida, pois
dos diversos pro- em termos tecnológicos, outras entidades que faz “uma apreciação positiva
a estação abria às 19h:30’ com
gramas que fazem nós teremos de estar a que se servem à medida que a TPA saiu do qua-
uma grelha de programação di-
minuta e encerrava às 21h:30’.
parte da grelha par e passo, melhorar da TPA como um dro em que se encontrava para o
de produção des- cada vez mais a nossa meio de utilidade estado actual das exigências do
Todavia, a implantação de emis-
te órgão de suma acção perante os teles- pública”, finali- País” e reconheceu que “a nos-
sores no Miramar permitiram a
importância que, zou. sa televisão cobre todo o País, e
difusão para toda a cidade de
tecnologicamente
pectadores e não só, Já a senhora cumpre o seu papel de informar
Luanda. Nos anos 80 houve um
está bem dotado como também para as Soldado Teresa e formar os cidadãos da maneira
progresso gradual com a emis- outras entidades que se Alberto Lopes,
em comparação mais aceitável, isso permite-nos
são de programas em directo.
com outros canais servem da TPA, um meio afecta à Biblio- ter uma ideia de que houve evo-
Entretanto, a entrega abnegada
de seus profissionais, o processo
similares locais. de utilidade pública” teca da Força lução”. E no entanto, por tratar-se
Ao terminar a vi- Aérea, disse que de um mês não só reservado às
de formação e a rápida expansão

A
sita, o guia não escondeu a sua gostou da visita e “de fora via uma FAA mas também da própria tele-
10 de Outubro de 2019, no dia 9 de Outubro. técnica e tecnológica no campo
satisfação, afirmando que a visita TPA diferente da que vi hoje”, e visão que completaria nas véspe-
cerca de trinta militares Os militares conheceram o de- da comunicação social foram se
foi valiosa e reiterou que a TPA prosseguiu afirmando que “A TPA ras mais uma risonha primavera,
da Força Aérea, dos senvolvimento histórico desta adequando ao modus operandi
viveu vários períodos de desen- está bem servida tanto a nível aproveitou a ocasião para en-
mais diversos graus, cadeia televisiva por intermédio da primeira televisão pública em
volvimento e augura ainda dias profissional como tecnológico. dereçar parabéns aos efectivos
visitaram o Centro de Produção do senhor Emílio Dala, funcioná- Angola.
melhores: “como sabem, a televi- Espero melhorias principalmen- daquele órgão de comunicação
da Televisão Pública de Angola rio sénior e membro de Direcção, Porém, o Centro de Produção
são é um meio que está em cons- te em programas que devem ser social e afirmou que espera que
(TPA), no Camama, em alusão que passou em revista e de forma da TPA apresenta um padrão o mesmo atinja patamares mais
tante evolução em termos tecno- mais atractivos, como programas
ao 28º aniversário das Forças cronológica as mais diversas eta- arquitectónico próprio e à altura elevados.
lógicos, nós teremos de estar a educativos para nós jovens”, re-
Armadas Angolanas, assinalado pas da Televisão Pública de An- de competir com outros centros

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tos por carros de combate, peças vitrina com o discurso integral da tropas que fossem à frente de
de artilharia e de anti-aéreas ter- proclamação da Independência combate na captura de escravos.
restres das FAPLA e das forças Nacional proferido pelo Dr. An- Nos pontos mais altos da antiga
oponentes que foram utilizados tónio Agostinho Neto, no dia 11 fortaleza, canhões de ferro fundi-
durante as batalhas de Kifangon- de Novembro de 1975, além de do à volta das muralhas são evi-
do e do Ebo, nas vésperas da In- diversas galerias não menos im- dências de que os portugueses

EFECTIVOS DA FAN VISITAM MUSEU dependência em 1975. portantes. mantinham uma defesa inexpug-
REPORTAGEM

REPORTAGEM
Na mesma secção está exposto Por tratar-se do mês do Fundador nável contra as possíveis amea-

NACIONAL DE HISTÓRIA MILITAR


o arsenal sul-africano capturado da Nação, em comemoração do ças que vinham do exterior.
durante os combates subsequen- seu 97.º aniversário, aquela insti- Na outra parte do pátio, está-
tes, constituído por um pronto-so- tuição museológica reservou um tuas de navegadores, capitães,
Os efectivos da Força Aérea Nacional visitaram no passado dia 12 de Setembro de 2019, corro que tinha por missão tirar os espaço sobre a vida e obra desta conquistadores e governadores
o Museu Nacional de História Militar, em alusão ao 17 de Setembro – Dia do Herói Nacional. tanques avariados na frente de ilustre figura, com uma sessão de portugueses que até bem antes
combate para a retaguarda, um exposição fotográfica. da “Dipanda” davam uma outra
Texto: Subtenente Ondino Clemente|
Cassper de transporte de tropas, Importa realçar que o Museu imagem às ruas da capital e não
capturados na Batalha do Cuito Nacional de História Militar é a só, estão hoje integradas embo-

O
grupo, constituído por Cuanavale, ocorrida em Março antiga Fortaleza de São Paulo ra a título provisório, no leque de
cerca de trinta militares de 1988 e considerada uma das Assunção de Loanda, fundada colecções que esta unidade mu-
dos mais distintos maiores travadas na África Aus- em 1576, pelo capitão português seológica é detentora.
graus e chefiado tral. Paulo Dias de Novais. Tomada Ainda no mesmo pátio, encon-
pelo senhor Coronel Bernardo Porém, à área contígua aos pelos holandeses em 1641, es- tram-se uma viatura de marca
Mafinja, Chefe da Repartição meios já mencionados encon- tes denominaram-na “Fortaleza Renault 6 de fabrico francês que
de Educação Patriótica da tram-se num “silêncio tumular” de Amsterdão”. Em 1648 o luso- foi utilizada pelo Dr. Agostinho
Direcção de Educação Patriótica duas aeronaves “expressão do -brasileiro Salvador Correia Sá e Neto no Congo-Brazzaville uma
da FAN, foi cordialmente recebido medo e do terror” da Força Aérea Benevides, a mando de Dom Se- ofertado então presidente Marien
pelo senhor Tenente-coronel Portuguesa TC-6 de “má reputa- bastião, Rei de Portugal, derrotou Ngouabi. A seguir, uma estação
Manuel Dias que fez as honras ção” que, “sedentas de sangue”, e expulsou os holandeses e pas- de rádio R-118, acoplada a uma
da casa ao apresentar com naquele longínquo e fatídico dia 4 sou a ser chamada por Fortaleza viatura de marca GAZ, servia
pedagogia e mestria esta unidade de Janeiro de 1961, participaram São Miguel de Arcanjo. Nela po- para assegurar as comunica-
museológica, servindo-se de guia num dos maiores massacres de demos encontrar a Capela mais ções, e dada a sua versatilidade,
durante a visita. sempre contra as populações da antiga do sul do Equador e, no entrava em controlo remoto com
A entrada principal tem formato Baixa de Cassange, em Malange interior desta, as estátuas de Sal- a Rádio do Congo-Brazzaville
de uma estrela que, nas palavras que protestavam pelas más con- vador Correia Sá e Benevides, para difundir o Programa Angola
do guia significa Progresso e no vado a actividades solenes, está de 2013, em memória a todos os dições de vida resultantes dos de São Miguel, Dom Sebastião Combatente e passar a mensa-
interior e exterior das paredes localizado o mastro de 75 metros filhos que tombaram pela causa baixos salários que a empresa e de Jesus Cristo, além da ban- gem às populações sobre o pro-
principais que a flanqueiam estão e pesa 25 toneladas que supor- da Independência e da Unidade belga algodoeira “Cotonang” pa- deira da Mocidade Portuguesa e cessoda luta de libertação. Na
esculpidas a bronze, partes da ta a Bandeira Monumento que Nacional. gava aos camponeses. Nesse o bacio baptismal no qual bapti- mesma secção, um Jeep WAZ
História de Angola que vão desde pesa 40 kg, com 18 m de compri- Na parte exterior, no lado esquer- dia, calcula-se que tenham morri- zavam-se os escravos antes de mesmo parado no tempo, conti-
a escravatura à Unidade Nacional mentos e 12 de largura, hastea- do à entrada, estão expostos vá- do cerca de 4 mil pessoas. serem vendidos e transportados nua a exibir a sua robustez, como
e ao centro do grande pátio reser- da pela primeira vez a 4 de Abril rios materiais de guerra, compos- No “Hall do Cavaleiro” ou Entrada para as Américas. Neste mesmo bem prova a sua estrutura metá-
do Cavaleiro depara-se com uma local celebravam-se missas às lica. Tratava-se de uma viatura

Revista Águia-24ª Edição I Junho-Outubro de 2019 Revista Águia-24ª Edição I Junho-Outubro de 2019
16 FORÇA AÉREA NACIONAL FORÇA AÉREA NACIONAL 17

protocolar que o Presidente Neto


utilizava para recepção de figu-
DSS/FAN REALIZA
ras políticas e estadistas de proa FEIRA DA SAÚDE
como Fidel Castro, Marien Ngou-
abi, Mobutu Sesse Seko, Nicolau
Chechesku, entre outros. O carro
de combate BTR é uma das co-
lecções mais insignes na secção
por lhe terem sido colocados por
cima os restos mortais do Funda-
dor da Nação, aquando da sua
chegada ao Aeroporto 4 de Feve-
reiro, proveniente de Moscovo.
No interior do museu, ou seja,
na casamata, variadíssimas co-
lecções colocaram os efectivos e imagens em torno dos aconte- de caça abatido na 5ª Região em sa Paixão que funciona na Clíni- A Direcção dos Serviços de saúde, partindo da higiene pessoal,
em contacto com o passado his- cimentos do 4 de Fevereiro e 15 1984, o seu fato de voo incluindo ca da FAN, disse que foi pela pri- Saúde da Força Aérea Nacional, alimentação, prática de exercícios
tórico nas mais distintas etapas. de Março de 1961. o capacete estão expostas atra- meira vez que visitou o museu e realizou uma Feira da Saúde físicos, os cuidados com o uso de
Os azulejos que revestem as Existe no local vitrinas reservada- vés de um boneco (manequim); referiu que das colecções, a que no território da Unidade de bebidas alcoólicas e do cigarro…
paredes representam a fauna e sa uma gama de documentação os meios de um comando sul-afri- mais a impressionou foi o quadro Apoio do Comando do Ramo no decorrer da feira elevamos os
a flora de Angola. Artefactos da e meios ligados aos movimentos cano Capitão Winan Du Toit que referente aos Acordos de Bices- de 4 a 5 de Agosto, com o lema níveis de prontidão que nos permite
Idade da Pedra, a espada de de libertação e não só, com des- em 1985 tentou sabotar a Base se rubricados em 31 de Maio “Prevenir é Melhor que Tratar”. contar com os militares aptos para o

O
Paulo Dias de Novais em estado cumprimento da missão e também
taque ao cessar-fogo entre as au- Petrolífera de Malongo, Cabinda; 1991 e incentivou os demais co- termos noção do quanto vale
de decomposição que foi retirada acto foi presidido pelo
toridades portuguesas e os três vários quadros que representam legas a visitarem o museu. Senhor Tenente-coronel preservar a saúde”.
aquando da exumação dos seus principais movimentos de liber- as grandes batalhas travadas Já o senhor Aspirante Valdemi- João de Deus Tchipungo, Para o Capitão Nelson Pereira
REPORTAGEM

REPORTAGEM
restos mortais em Massangano, tação; aos Acordos de Mombaça em Angola, sobretudo a do Cui- ro dos Santos Esteves, afecto 2º Comandante, em Gonga, Oficial de Educação
antigos mapas administrativos que decorreu a 5 de Janeiro de to Cuanavale, material bélico de ao Depósito Central de Abaste- Patriótica da Unidade de Apoio,
representação do Comandante da
doentão Reino do Congo, foto- 1974 e serviu de antecâmara para infantaria de vários calibres utili- cimento, referiu que “a visita é Unidade de Apoio. Participaram que aderiu à campanha “a iniciativa
grafias representando a dança e que os três movimentos rubricas- zados pelas FAPLA. Existe ainda importante uma vez que somos da actividade Oficiais Superiores, foi positiva e bastante proveitosa,
outros rituais dos povos de Ango- sem os Acordos de Alvor entre 10 uma vitrina reservada à exposi- militares… este tipo de visita Capitães, Subalternos, Sargentos porque foi possível a realização
la, objectos rudimentares como a 15 de Janeiro do mesmo ano; ção da Assessoria Militar Sovié- fortalece o nosso espírito de pa- e Praças. O encerramento contou de consultas e exames médicos e
arcos e flechas, lanças de ferro e as batalhas de Ntô, Kifangondo tica que naquela altura deu mui- triotismo uma vez que vimos es- com 125 efectivos que aproveitaram como diz o slogan da feira, prevenir
canhangulos, muito utilizados pe- e Ebo que se desenrolaram nas to apoio às FAPLA, participando pelhados vários quadros e equi- a ocasião para realizar diversas é melhor que tratar, ao fazerem os
los africanos nas guerras contra consultas e exames médicos. testes já podem prevenir algumas
vésperas da independência. mesmo em algumas operações pamentos que relatam a história
os colonizadores, preenchem a O momento cultural esteve a cargo situações em vez de esperar
No espaço denominado, Sala dos no território angolano. Outros dos nossos antepassados, aquilo que apareçam doenças graves
pomposa galeria. do Subtenente Atanásio dos Santos,
Heróis predomina a figura em acervos que chamaram a aten- que eles fizeram para o bem des- Psicólogo Clínico pertencente aos para ir atrás dos medicamentos
Na casamata central estão ex- bronze do Dr. Agostinho Neto e, ção dos presentes foram telefone ta nação”. Órgãos de Saúde da FAN, que e dos hospitais. Devemos louvar
postas colecções que retratam segundo o guia, o museu aguar- TA-57 que o presidente cubano Entretanto, ao cair do pano, o abrilhantou a actividade com suas a organização e pedir para que
a História Contemporânea de da a aprovação da Assembleia utilizava para comunicar-se com senhor Coronel Bernardo Mafin- também se possa estender noutras
canções de intervenção social
Angola a partir dos anos 50 aos Nacional para se incluir no recinto o presidente Neto e a caneta que ja na qualidade de Chefe do e resgatou muitos aplausos dos unidades”, finalizou.
dias actuais, e pareceu-nos ser o outros heróis nacionais, daí a ra- o actual General Abreu Muengo Grupo reiterou que “esta visita assistentes.
local mais visitado pela presença zão das “múmias em bronze” pre- Ukwatchitembo “Kamorteiro” uti- representa um acção pedagógi- A Feira da Saúde teve como
massiva de alunos e estudantes sentes à volta daquele espaço. lizou na assinatura do Acordo de ca militar, porque a partir daqui, objectivo principal prevenir a
de todos os níveis e de diferen- No outro flanco, patentes de Paz, a 4 de Abril de 2002. os jovens que connosco vieram doença e promover a saúde. Vários
tes instituições de ensino, turistas vários graus e uniformes das O senhor Tenente-coronel Ma- conseguiram apreender conhe- militares aderiram à campanha,
nacionais e estrangeiros, bem FAPLA, simbolizam a irreverência nuel Dias ao manifestar os agra- cimentos válidos das peripécias, fazendo consultas e testes rápidos
como membros das mais distin- de VIH, Malária e de Diabetes;
e a tenacidade dos combatentes decimentos pela visita dos efec- da própria história em si, quer
tas organizações. assim como também serviu para
que tiveram o privilégio de enver- tivos da Força Aérea, disse: “por da história contemporânea, quer informar os efectivos relativamente
«…Não se pode falar da História gá-las com honra e patriotismo. ser representante da Força Aé- da história passada militar, para
de Angola sem antes falar dos a estes aspectos e ter-se em linha
As provas das agressões sul-afri- rea… no Museu, em particular o conhecimento da sociedade, de conta que unidos teremos uma
Movimentos de Libertação Na- canas de que Angola era vítima sinto-me satisfeito…”. para o conhecimento deles mes- saúde melhor, e que “prevenir é
cional», foi com esta frase que o são bem visíveis com os destro- Refira-se que o Museu Nacional mos, logo está aí a importância melhor que tratar”.
guia situou os efectivos militares ços de um caça Mirage 3 abatido de História Militar foi umas das desta visita… um aprendizado é O Senhor Tenente-Coronel João de
para mais uma incursão à magní- pelas FAPLA; imagem em foto unidades museológicas mais visi- sempre importante para toda a Deus, 2º Comandante da Unidade
fica sala onde estão expostos os dos restos das pernas dilacera- tadas no transacto ano, tendo um vida”. Apoio, ao longo do seu discurso
principais espólios dos três prin- das de um comando sul-africano balanço de visita aproximado de Actualmente, o Museu Nacional afirmou “Nos dois dias da feira de
cipais Movimentos de Libertação, que tentava sabotar a Refinaria 10 mil visitantes, que é uma mé- de História Militar é dirigido pelo saúde, tivemos a oportunidade
FNLA, MPLA e UNITA, diversos de Luanda em 1981; imagens dia de mil visitantes por mês. Brigadeiro/FAN Luís Inácio Muxi- de aprender sobre os cuidados e
objectos, artefactos, documentos como devemos dar conta da nossa
dos restos mortais de um piloto Em entrevista, a sra. Capitã Mari- to.
Revista Águia-24ª Edição I Junho-Outubro de 2019
18 FORÇA AÉREA NACIONAL FORÇA AÉREA NACIONAL 19
e reiterada, a prestação de assis-
tência nos termos da lei.
A fuga à paternidade é a nega-
ção ou rejeição de assumir as
responsabilidades paternais ou
maternais em relação aos filhos
nascidos.
A fuga à paternidade pode tam-
bém ser caracterizada como vio-
lência económica porque implica
a herança e outras questões pa-
trimoniais. A fuga à paternidade
Pelo: Major José Maria Mendes de Carvalho| tem sido uma constante, não só
Oficial da Secção de Formação da Repartição de Ensino/DPRECOME/FAN pela falta de prestação de ali-
mentos, devido ao abandono das
A PROBLEMÁTICA DA FUGA
cionados em termos sociais. O cipalmente em locais de maior
crianças, mas também, por negli- problema é de educação e de concentração populacional, so-
gência e maus-tratos. crise de personalidade da pes- bre as consequências e as me-
À PATERNIDADE EM LUANDA 1.2 Causas da Fuga
à Paternidade
soa que devia ser o suporte da
família.
didas de prevenção de tais prá-
ticas.
Introdução O Instituto Nacional da Criança
A família é um sistema complexo que está directamente ligado aos processos de transformação 1.3 Consequências (INAC) defende os interesses
a) A perda de valores morais por
histórica, social e cultural. Sendo assim, apresenta um contínuo processo de modificação, o que das crianças para que tenham
parte de certos progenitores; A falta de um membro da família,
implica alterações em sua composição e dinâmica (Grisard, 2003; Pereira & Arpini, 2012; Silva, estabilidade física, mental, emo-
b) A falta de responsabilida-
2010; Staudt & Wagner, 2008). Nesse contexto, no qual se evita falar em família, no singular, o pai ou mãe, causa à criança um cional e social.
de dos pais para com os filhos;
mas sim em famílias, considerando sua pluralidade e múltiplas formas de apresentação (Staudt desvio de conduta, criando um O INAC, nestes casos, tem o pa-
c) A falta de entendimento dos
& Wagner, 2008), as relações de parentesco e o desempenho dos papéis parentais, em espe- sentimento de rejeição por todos pel de mediador, de conciliação
casais nos lares, desemprego, a
cial a paternidade, ganham complexidade. que a rodeiam. Também provoca e aconselhamento jurídico das
separação dos cônjuges e os lití-
ARTIGO

ARTIGO
traumas e reduz a auto-estima famílias e quando não se resolve

M
gios conjugais; em tudo que faz, deixando-a vul- o conflito, encaminha-se o caso
uitos progenitores
d) Acusações de feitiçaria por nerável a diversas situações. para o Tribunal de Família.
continuam a ter atitudes
parte da família às crianças; Resulta na mudança de compor- Na Lei sobre a Violência Domés-
irresponsáveis perante
e) A geração de filhos sem pla- tamentos e atitudes nos filhos, tica (Lei n.º 25/11, de quinta-fei-
os compromissos
neamento familiar; uma vez que quando surge a ra, 14 de Julho de 2011), estão
no lar, esquecendo-se que os
f) A falta de condições sociais e situação os menores tornam-se previstas penalizações para os
filhos necessitam de assistência
económicas por parte dos pais indefesos, frágeis e facilmente casos de fuga à paternidade.
alimentar e de um crescimento
e muitos deles se sentem obri- se perdem em más condutas que
sadio, prejudicando, de certa
gados a fugir à paternidade, por prejudicam o seu futuro. 1.5 O Papel do Estado e
forma, a vida das crianças e o seu
impossibilidade de condições fi- Uma criança que convive com da Sociedade na Protecção
desenvolvimento na sociedade,
nanceiras; fuga à paternidade está pro- das Vítimas
por causa da infidelidade conjugal
g) Consumo excessivo de bebi- pensa a tornar-se num indiví-
dos pais.
das alcoólicas. duo em conflito com a lei. Segundo o INAC, a legislação
A infância determina toda a vida
Os principais problemas resu- consagra que o Estado deve
do ser humano e por isso deve
mem-se particularmente na falta 1.4 Responsabilidade apoiar as famílias, mas estas
ser bem instruída e encaminhada
de incumprimento de pensão, dos Infractores também têm as suas responsa-
pelos pais.
abandono dos lares por parte dos bilidades e devem assumi-las por
A relação entre pai e filhos define nante era que “os problemas de depende a estabilidade da socie-
pais, questionamento da paterni- Uma das sanções da fuga à pa- inteiro.
a igualdade do pai e da mãe no família resolvem-se em família”. dade, é feita a partir das próprias
dade dos filhos após nascença, ternidade é a inibição da prática Ser pai ou mãe não significa
exercício da autoridade paternal No entanto, com a forte erupção famílias. Por essa razão, é pre-
interferência familiar, entre outros de poderes que integram a auto- apenas gerar filhos, mas é saber
e deve ser direccionada para o do público dentro do quotidiano, ciso termos famílias saudáveis
factores. ridade paternal. instruir, educar, garantir saúde,
interesse e benefício dos filhos e também esta realidade passou para termos uma sociedade tam-
Muitas pessoas que cometem ac- As medidas punitivas não são su- habitação e alimentação aos me-
da sociedade, contribuindo assim para a esfera pública. Agora se bém saudável.
tos contra a moral não são pouco ficientes para eliminar os elemen- nores até atingirem, pelo menos,
na educação, instrução e forma- compreende que a assunção da
instruídas como se pensa, nem tos nocivos do desenvolvimento a maioridade, ou seja os 18 anos.
ção para que venha a ser um ci- responsabilidade por parte dos
carenciadas em termos financei- da sociedade ligados à moral. Se Todos os casos de fuga à pater-
dadão socialmente útil. pais (e mães) é algo que compe- 1.1 Fuga à Paternidade
ros. No nosso país, registam-se tivermos mais educação moral nidade têm merecido a atenção e
A paternidade responsável tor- te a todos.
queixas por fuga à paternidade vamos ajudar os que fazem a lei seguimento da instituição compe-
nou-se nos últimos anos num Os pais têm um papel preponde- A fuga à paternidade é a absten-
e falta de prestação de alimen- a dirimir as clivagens sociais. tente, mas também outros tantos
assunto de grande importância. rante na vida da criança, servindo ção de um pai em assumir a sua
tos contra juízes, procuradores, Para diminuir os casos, as insti- casos registam-se um pouco por
Antigamente pensava-se que a como exemplo, apelando maior responsabilidade para com os
ministros, deputados, generais, tuições de direito devem realizar toda província sem o devido co-
paternidade se reduzia ao âmbito responsabilidade aos mesmos. filhos, ou seja, qualquer conduta
entre outros cidadãos bem posi- palestras de sensibilização, prin-
privado, à família. A ideia domi- A segurança das famílias, da qual que desrespeite, de forma grave nhecimento das instâncias afins,

Revista Águia-24ª Edição I Junho-Outubro de 2019 Revista Águia-24ª Edição I Junho-Outubro de 2019
20 FORÇA AÉREA NACIONAL FORÇA AÉREA NACIONAL 21
por incapacidade ou negligência da província de Luanda, que é fazendo com que as pessoas te-
das vítimas na participação dos a mais problemática e onde a nham a cultura e o espírito de
casos para a sua tramitação de- população infantil é maior. Mas denunciar, sem medo de sofre-
vida. este grande flagelo social é tam- rem represálias.
Entretanto, a sociedade não bém notório com grande preo- As Campanhas de sensibiliza-
pode ser indiferente a esta rea- cupação nas províncias de Ben- ção de género permitiriam a
lidade, a segurança dos filhos guela, Uíge e Moxico. chamada de atenção da socie-
compete a todos e a cada um. O dade, de que a fuga à paterni-
Estado no seu próprio campo de CONCLUSÃO dade deve ser banida dos lares,
COOPERAÇÃO NO DOMÍNIO DA DEFESA
acção deve continuar a ampliar locais de trabalho, entre outros.
ENTRE PORTUGAL E ANGOLA PROGRAMA-QUADRO 2018-2021
a sua capacidade, para acau- A falta de um elemento da fa- A maioria dos casos envolve
PROJECTO 3 – FORÇA AÉREA NACIONAL
telar as condições necessárias
que permitam uma maior garan-
mília, o pai ou a mãe, causa à
criança um desvio de condu-
recém-nascidos, crianças dos
zero aos 16 anos de idade, bem
ASSESSORIA PORTUGUESA À FORÇA AÉREA
tia legal diante desta situação.
O Estado e a Sociedade civil de-
ta, criando nela um sentimento
de rejeição por todos que a ro-
como aquelas com má-forma-
ção congénita e outros males.
NACIONAL ANGOLANA
vem continuar a realizar acções deiam. As mulheres reclamam muito Texto: Coronel/FAP, Luís Miguel Ribeiro|

A
de propaganda jurídica, visando Além disso, provoca-lhe trau- sobre esta atitude dos homens
s relações de ciais e um Sargento, desenvolve gestão das frotas e na operação
comunicar, incentivar o respeito mas e reduz-lhe a auto-estima, que as engravidam e abando-
cooperação e amizade, a sua actividade no Instituto Su- das aeronaves, com supervisão
à lei, para mudança de compor- deixando-a vulnerável a várias nam sem assumir o fruto de suas
entre Angola e Portugal perior da Força Aérea Nacional diária dos Assessores Técnicos
tamentos da população. situações. Entretanto, a infância relações e decisões comuns no
encontram-se bem (ISFAN) e na Academia da Força de Manutenção.
A família, como núcleo fun- determina toda a vida do ser hu- momento do acto sexual.
vincadas nas actividades de Aérea Nacional (AFAN), na Ca- A Assessoria da Força Aérea Por-
damental da sociedade, deve mano e por isso deve ser bem A geração de filhos sem progra-
cooperação Técnico-Militar tumbela, em apoio ao Comando tuguesa tem ainda previsto, ao
trabalhar para a instrução dos instruída e encaminhada pelos mação também leva à falência
acordadas entre os dois Países destes Estabelecimentos de En- abrigo do Programa-Quadro em
filhos. É importante que os pais. as funções da família, por falta
e nomeadamente no que às suas sino Superior, na sua organiza- vigor, poder vir a efectivar asses-
pais dêem atenção aos filhos e A perda de valores morais tem de capacidade dos progenitores
Forças Aéreas diz respeito. ção e funcionamento, a ministrar sorias e apoio em áreas como a
acompanhem a sua educação. levado muitos pais a tomarem salvaguardarem os superiores
O Programa-Quadro 2018-2021, aulas e conferências e na instru- Logística, a Segurança de Voo e
As escolas devem ministrar au- decisões irresponsáveis, in- interesses da criança.
assinado em Luanda em 17 de ção de pilotagem aos cadetes Prevenção de Acidentes, a Bus-
las de educação moral e cívica fluenciando negativamente no
ARTIGO

ARTIGO
Maio de 2018 pelos Ministros da alunos Pilotos Aviadores. Outro ca e Salvamento Aéreo, os Aci-
para que as crianças e os jovens desenvolvimento da criança.
Defesa Nacional de ambos os órgão com particular incidência dentes e Socorro às Vítimas e ao
se habituem a respeitar os valo- São necessárias grandes cam- Referências Bibliográficas
Países vem reforçar a importân- em termos de actividade com a Centro de Psicologia.
res da sociedade. panhas, trabalhar mais com as
cia das relações de cooperação colaboração da Assessoria da Além das áreas que estão tipifi-
Só há respeito pelos valores famílias, para que possamos Aries, P. (1981). História social
no âmbito técnico-militar, tipifica- Força Aérea Portuguesa é a Es- cadas no Programa-Quadro, a
morais se as famílias estiverem devolver aqueles valores que da criança e da família (2a ed.).
das no desenvolvimento de cinco cola Militar Aeronáutica da Força Assessoria tem vindo a colaborar
educadas, instruídas e estrutu- hoje estão em crise, porque se (D. Flasksman, Trad.). Rio de
projectos entre os quais se efec- Aérea Nacional (EMAFAN), no e apoiar outras áreas de activida-
radas: “a violência é fruto da ig- a nossa base de valores for bem Janeiro: Guanabara. (Obra origi-
tiva o Projecto 3-Força Aérea Na- Lobito, onde é facultado apoio ao de de acordo com as necessida-
norância que atinge muitos sec- segmentada, situações dessa nal publicada em 1973).
cional (FAN). Comando da Escola, na sua or- des apresentadas pelos diversos
tores da sociedade”. natureza já não teremos. Bornholdt, E. A., Wagner, A., &
Este Projecto tem três Objectivos ganização e funcionamento, são órgãos e serviços da estrutura da
A família é a primeira esfera de Esta problemática não está pre- Staudt, A. C. P. (2007). A vivên-
Específicos, cuja concretização ministradas aulas e é efectuado Força Aérea Nacional.
socialização e é ela que trans- sente apenas em pessoas com cia da gravidez do primeiro filho
leva ao desenvolvimento de di- apoio técnico na manutenção, na
mite os valores morais. É im- necessidades, mas também em à luz da perspectiva paterna.
versas actividades de assesso-
portante que os pais assumam cidadãos que têm a vida bem or- Psicologia Clínica, 19 (1), 75-92.
ria.
o seu verdadeiro papel e sejam ganizada e estabilizada. Costa, J. F. (1983). Ordem médi-
Para o efeito, a Assessoria da
o principal catalisador da instru- Há necessidade de se continuar ca e norma familiar (2a ed.). Rio
Força Aérea desenvolve-se a
ção dos filhos. a sensibilizar a sociedade, per- de Janeiro: Graal.
partir de dois locais distintos. Um
Importa realçar que a formação mitindo que se quebre o silêncio,
em Luanda onde se encontra o
da sociedade não depende só
Director Técnico do Projecto 3,
do Estado, mas de todos os ci-
cujo empenhamento se concre-
dadãos. No entanto, se cada um
tiza na gestão do Projecto em
de nós trabalhar para a melhoria
coordenação com o Chefe da
de um cidadão teremos, no futu-
Direcção de Preparação Comba-
ro, um país cada vez melhor.
tiva e Ensino da FAN, no apoio
Muitas crianças acusadas de fei-
ao Comando da Força Aérea
tiçaria não aguentam os maus-
Nacional e aos Órgãos de Esta-
-tratos dos pais, abandonam
do-Maior e Direcção, e um outro
os seus lares e preferem viver
Pólo em Benguela, concretamen-
nas ruas. Existem algumas pro-
te nos municípios da Catumbela
víncias críticas, onde os núme-
e do Lobito. A Assessoria da For-
ros em termos de violação, ou
ça Aérea Portuguesa composta
violência, são altos. Falamos
por cinco elementos, quatro Ofi-

Revista Águia-24ª Edição I Junho-Outubro de 2019 Revista Águia-24ª Edição I Junho-Outubro de 2019
22 FORÇA AÉREA NACIONAL FORÇA AÉREA NACIONAL 23

Pelo: Capitão José Manuel António, Oficial de Educação Patriótica|

REFLECTINDO SOBRE A EDUCAÇÃO


teúdos com carga de valores morais A verdadeira educação começa em aquilo?
ou éticos, porque tem em mira a for- casa, na família. Os bons costumes Cada cidadão é porta-voz do resga-
mação de pessoas. As pessoas têm ou hábitos apreendidos na família te dos valores morais ou éticos. É
consciência, têm sentimentos e têm são os principais alicerces que, en- com esses valores que se educam
emoções. São realidades que fazem riquecidos nas demais instituições as pessoas e concomitantemente se
parte da dimensão afectiva da pes- de socialização, tornam as pessoas constroem nações onde os seus fi-
soa, que é a dimensão fundamental, bons cidadãos, partícipes na edifica- lhos podem viver com dignidade. Um
quando a questão for a educação. A ção de um mundo melhor para todos. país só conhecerá desenvolvimento,
REFLEXÃO

REFLEXÃO
pessoa pode saber, pode saber fa- O mundo hoje vive grandes dificulda- quando os seus filhos tiverem uma
zer, se não souber ser e estar consi- des e se fizermos uma introspecção, educação integral. “A educação
go mesmo, com o outro, com Deus chega-se à conclusão que o proble- muda os homens e os homens
e com as coisas, nada foi feito. É a ma não é político, não é económico, transformam o mundo”. (Pedago-
dimensão que se deve trabalhar com não é social, mas sim, ético. A Ética go-Paulo Freire).
conteúdos específicos para que atin- é a ciência do bem e intervém onde Portanto, cada um onde estiver com
jam o âmago das pessoas para que existem problemas morais. Ela colo- o seu saber, deve trabalhar, procurar
estas se tornem pessoas humanas, ca-nos a seguinte questão: Porquê, dar o melhor de si, com o desígnio de
sensíveis aos problemas da alterida- que as mulheres e homens de hoje deixar o mundo melhor, do que como
de e aprendam a amar o próximo. Di- fazem isto, enquanto deviam fazer o encontrou…
zia o Bispo Damião Franklim, em feliz
memória, e eu cito. “Cada um deve
preparar o seu filho para ser, pois
o mundo o preparará para ter”. Fim
Educação… a auto-educação. Igreja e outros grupos sociais. de citação.
Palavra simples, mas de extrema O ser humano por vezes torna-se A educação não se esgota apenas Não se pode falar da perfeição hu-
importância para a vida das Pes- improdutivo, não prestativo, incoe- em saber ler e escrever, deve abran- mana, ela apenas a Deus pertence.
soas no mundo. rente, ausente… porque não honra ger as principais dimensões da pes- O que se pode afirmar é que as mu-
Educar é termo que provém do latim com a escolha que faz na vida. Em soa humana: a cognitiva (o saber) lheres e homens de hoje falham, co-
e apresenta-nos dois sentidos: Moral, fala-se de Opção Fundamen- a psicomotora (o saber fazer) e a metem erros, enganam-se, magoam
“Educare”- significa alimentar ou tal, qualquer escolha que a pessoa afectiva (o saber ser e estar consigo uns aos outros, tantos males sociais
criar, indica a direcção de fora para faz na vida, deve ter por base a edu- mesmo, com o outro, com Deus e no mundo, porque a educação é uma
dentro. É Tudo o que absorvemos cação. Porque à volta da escolha com as coisas). É capacitar o indiví- realidade vista à margem duma orga-
dos outros e da sociedade para o feita, surgirão situações adversas, duo para que seja capaz de identi- nização social.
nosso desenvolvimento cognitivo. É que a pessoa por ter escolhido, as ficar os fenómenos sociais, interpre- Quando se fala de educação impli-
a hetero-educação. deverá assumir incondicionalmente. tá-los e, por si mesmo, dar respostas citamente se fala da Moral, da Ética
“Educere”- significa conduzir ou ex- A mulher e o homem não nascem às várias situações da vida. que nos remetem para o mundo da
trair, indica a direcção de dentro para feitos ou realizados. Obedecem um Uma instituição de ensino, seja pri- axiologia. A vida do mundo hoje se
fora. O conhecimento que formamos processo de ensino-aprendizagem mária, secundária, técnico-profis- apresenta sem qualidade porque
a partir de dentro deve ser posto ao por meio da socialização através da sional ou superior, ao desenhar um perderam-se os tradicionais valores
serviço dos outros e da sociedade. É educação na Família, na Escola, na currículo escolar, deve abarcar con- que levam a uma sã convivência en-
tre os humanos.

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FAA
UM PARADIGMA PARA A PACIFICAÇÃO
E DESENVOLVIMENTO DO PAÍS

uma nova legitimidade para inter- A Defesa Nacional é entendida do espaço sujeito aos poderes
REFLEXÃO

REFLEXÃO
venções, impondo forçosamen- como uma actividade desenvolvi- de jurisdição do Estado angolano
te a definição dos mecanismos da pelo Estado e pelos cidadãos em cooperação com os serviços
nacionais e internacionais com no sentido de garantir, no respei- de Estados estrangeiros ou com
capacidade para garantir a Paz to das instituições democráticas, organizações internacionais de
I. UMA REFLEXÃO SOBRE globalizante e individualizante. Devido ao processo de mundia- e a Estabilidade Internacional e a independência nacional, a inte- que Angola seja parte. Segundo
A CONCEPTUALIDADE DE Hoje, a Segurança vê o seu con- lização, a permeabilidade das de permitir aos actores com res- gridade do território e a liberdade este novo paradigma, eviden-
SEGURANÇA E DEFESA ceito alargado a domínios como fronteiras foi ampliada. O seu ponsabilidade na sociedade inter- e segurança das populações con- cia a noção de intervenção out
a política, a economia, a diplo- conceito hoje é flexível, o que im- nacional uma orientação da sua tra qualquer agressão e ameaças of area, que possibilita o alargar
A entrada no Terceiro Milénio macia, os transportes e comuni- põe aos Estados soberanos um acção. externas, actuando a República da área operacional, podendo vir
continua cheia de incertezas. cações, a educação e a cultura, a novo tipo de entendimento da A preocupação com o estabele- de Angola pelos meios legítimos a realizar intervenções militares
São evidentes as mudanças pro- saúde, o ambiente, a ciência e a sua inserção na Comunidade In- cimento desses mecanismos re- adequados para a defesa dos in- fora das suas fronteiras geográ-
fundas da conjuntura internacio- técnica, procurando fazer face a ternacional. guladores, ou para poder acorrer teresses nacionais. ficas, desde que justificadas por
nal. O Mundo deixou de ser bi- riscos e ameaças, em que a von- A Defesa tem obrigatoriamente às situações de instabilidade, por Mas o interesse e a independên- alegadas razões humanitárias e/
polar, apresentando tendências tade e os interesses particulares de procurar corresponder a este forma a diminuir ou reduzir as cia nacional não são só postos ou razões claras de violação dos
multipolares diversificadas; a dos diferentes actores se mani- conceito alargado de Segurança, suas consequências, conduziu a em causa quando está ameaça- Direitos Humanos, sem a neces-
ameaça que estava bem definida festam neste ambiente. e de flexibilização de fronteiras diversos projectos no domínio da da a integridade do território, pelo sária aprovação a priori do Con-
desapareceu, dando lugar a ris- A Segurança também modificou através de uma articulação das procura da garantia da Seguran- que se deve ter em atenção os selho de Segurança das Nações
cos e perigos, uns novos, outros o seu valor, passando-se de uma várias componentes, onde a ca- ça e Estabilidade Internacional, interesses dos países parceiros, Unidas e caso haja interesses da
antigos, que apenas subiram na segurança de protecção dos inte- racterística determinante será competindo às Nações Unidas alianças e organizações suprana- organização em jogo.
hierarquia das preocupações dos resses vitais ameaçados por um a inovação, a flexibilidade e a (na sequência lógica da Agenda cionais e internacionais nas quais Como política transversal que
Estados. Nesta ordem de ideias, inimigo comum, ou seja de uma oportunidade de actuação. Hoje para a Paz), o papel primordial, participamos. Assim, a Defesa é em relação às outras políticas
apercebemo-nos de que desco- Segurança previsível, para uma cada vez mais, a Segurança e a assim como às organizações re- Nacional, para além da tradicio- sectoriais, a Defesa Nacional tem
nhecemos quais as variáveis que segurança agora orientada para Defesa asseguram-se na frontei- gionais (em conformidade com nal salvaguarda da integridade um carácter nacional e perma-
devem ser controladas para o de- riscos diversos, mais difusos na ra dos interesses e num quadro a própria Carta das Nações Uni- territorial e da independência na- nente, exercendo-se em todo o
senvolvimento e materialização forma, origem espaço e actores, colectivo. das), das quais são referências a cional, tem também de prosseguir tempo e em qualquer lugar, tem
de um quadro institucional que onde a imprevisibilidade aumen- A procura de resposta aos de- União Africana ou a SADC (Co- a defesa dos interesses nacio- uma natureza global, abrangendo
corporize uma “nova ordem”. ta as condições para a eclosão safios de Segurança, Defesa e munidade de Desenvolvimen- nais nos grandes espaços onde componentes militares e não mili-
O conceito de Segurança também de conflitos. A Segurança passou Desenvolvimento num mundo in- to da África Austral), a CEEAC estamos inseridos. Lembramos, tares e de âmbito interministerial,
sofreu alterações. Estas resultam assim a ter interesses além dos terdependente coloca aos Esta- (Comunidade Económica dos por exemplo, a Lei de Segurança cabendo a todos os órgãos e de-
essencialmente da turbulência e vitais, por vezes materializados dos uma multiplicidade de desa- Estados da África Central), a Co- Nacional da República de Angola, partamentos do Estado promover
da instabilidade, originadas pela longe da base territorial dos Es- fios. A resposta a esses desafios munidade dos Países de Língua no seu n.º 2 do artigo 4.º refere as condições indispensáveis à
simultaneidade dos movimentos tados. passa pela conceptualização de Portuguesa (CPLP) e o Golfo da que os órgãos e serviços públicos respectiva execução. Assim a Po-
Guiné. de Segurança podem actuar fora lítica de Defesa Nacional consis-
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te no conjunto coerente de prin- Na grande maioria dos países e comunidades, leis, economia,
cípios, objectivos, orientações e como exemplo de Angola, na sua educação, medicina e outros as-
medidas adoptadas para assegu- Constituição estabelece que “as pectos de uma sociedade civil.
rar a Defesa Nacional tal como é Forças Armadas são instituição Conforme refere o Jurista bra-
definida. nacional permanente, regular e sileiro e especialista em Direito
apartidária, organizada com base Constitucional, José Afonso da
II. HISTÓRICO SOBRE O SUR- na hierarquia, na disciplina e na Silva, as Forças Armadas “[...]
GIMENTO DAS FORÇAS AR- obediência aos órgãos de sobe- constituem, assim, elemento fun-
MADAS ANGOLANAS COMO rania competentes, sob autori- damental da organização coerci-
ORGANIZAÇÃO MILITAR dade suprema do Presidente da tiva a serviço do Direito e da paz
As Forças Armadas de um país República e Comandante-em- social. Esta, nelas repousa pela
representam o instrumento de -Chefe. afirmação da ordem na órbita
garantia da sua soberania. A sua No entanto, as funções precípuas interna e do prestígio estatal na
presença dentro das sociedades delas são defender militarmente sociedade das nações. São, por-
é tão antiga que remonta des- o País contra agressões e outro tanto, os garantes materiais da
de os tempos bíblicos, nas mais tipo de ameaças externas e in- subsistência do Estado e da per-
antigas formas de organização ternas, garantir a independência feita realização de seus fins. Em
social. Elas devem reflectir os nacional, a integridade territorial, função da consciência que te-
valores e sentimentos básicos a a soberania e asseguramento a nham da sua missão está a tran-
serem preservados dentro da so- liberdade e segurança da popula- quilidade interna pela estabilida- angolanos têm demonstrado a Chefe do Estado-Maior General ciliação nacional, o respeito das
ciedade. Valores e sentimentos ção, mas também as instituições de das instituições. É em função sua força moral e o seu elevado das Forças Armadas Angolanas diferenças ideológicas, sarar as
esses que não devem ser afron- democráticas, visando à garantia de seu poderio que se afirmam, espírito de patriotismo, a sua ele- a activação de órgãos operacio- feridas do conflito armado e olhar
tados sob pena de perturbar o dos poderes constitucionais ema- nos momentos críticos da vida in- vada qualidade e competência, nais. Cabe às Forças Armadas para o futuro tendo como suporte
equilíbrio das relações entre a so- nantes do povo e, por iniciativas ternacional, o prestígio do Estado muito apreciadas e elogiadas por Angolanas, como atribuição sub- fundamental a disciplina militar, a
ciedade e a organização militar. destes, da lei e da ordem pública, e a sua própria soberania”. todos quantos têm oportunidade sidiária geral, cooperar com o coesão e o espírito de corpo.
Desde cedo, as normas estabele- bem como o desenvolvimento de Ao longo da nossa História, as de os observar ou de com eles desenvolvimento nacional e a de-
cidas muitas vezes pela tradição missões de interesse público, nos Forças Armadas Angolanas têm
REFLEXÃO

REFLEXÃO
contactar. fesa civil, na forma determinada III. O PAPEL DAS FORÇAS
cultural eram um meio de manter termos da Constituição e da lei. mostrado que constituem o mais Temos legítimas razões para nos pelo Presidente da República. ARMADAS ANGOLANAS NA
o grupo coeso com finalidade de As Forças Armadas são institui- sólido e firme bastião da con- orgulhar desta tão relevante ac- As Forças Armadas Angolanas SEGURANÇA E NO APOIO À
enfrentar as guerras e produzir o ções nacionais autorizadas pela tinuidade de uma Angola inde- ção. As mesmas razões e motiva- conhecem bem a sua missão e PACIFICAÇÃO E AO DESEN-
sustento económico. sua Nação a usar a força – ge- pendente, livre e soberana e o ções assistem também à totalida- sabem, perfeitamente, do que ne- VOLVIMENTO HARMONIOSO
Com o decorrer dos tempos e ralmente através do emprego de mais fiel guardião dos valores de da comunidade nacional, em cessitam para a Defesa Nacional. DO PAÍS
com o desenvolvimento das so- armas – em defesa do seu País nacionais, guardião da Paz e da nome de quem as Forças Arma- Entretanto, apesar de cultivarem
ciedades, as normas militares (incluindo atacar outros países, Democracia, mostrando a sua das Angolanas têm levado a cabo elevado grau de patriotismo e Desde os primórdios da sua exis-
passaram a ser impostas pelos em defesa dos interesses nacio- elevada capacidade e eficiência essa acção. sendo uma organização castren- tência o Homem, na qualidade
Estados, que passaram a ditar nais). Isso pode ser feito através e prestigiando o nosso País. Em As razões para que Angola te- se, são regidas por normas milita- de ser bio-psico-social, achou-se
as regras dentro dos limites das do combate real ou da simples funções de comando, nos esta- nha Forças Armadas são funda- res que dimanam da Constituicão sempre na necessidade de viver
suas fronteiras, dando-se a esta ameaça do uso da força. Elas, dos-maiores internacionais, nas mentadas nas consequências da da República, as quais têm cum- em sociedade. Nas variadas for-
estrutura estatal, burocrática e muitas vezes, funcionam como unidades, destacamentos opera- importância da posição geoestra- primento incondicional em cadeia mas de organização social, pre-
centralizadora a função precípua sociedades dentro de socieda- cionais e nos exercícios conjun- tégica de Angola, nos domínios de comando, desde o topo até ao valeceu sempre a hierarquização
de produzir as leis militares. des, por terem suas próprias tos e combinados, os militares do actual cenário internacional e mais baixo nível de Comando. cuja finalidade é direccionada
numa perspectiva de futuro das Mesmo num quadro de rigorosa para a orientação, coordenação
relações internacionais, e numa subordinação, é diferente de ou- de acções, tendo em vista a sa-
visão de “Angola como País pro- tros serviços públicos, uma vez tisfação de necessidades e inte-
dutor e fornecedor de Seguran- que em circunstâncias excepcio- resses.
ça”, não só como garantia da nais podem assumir atribuições A evolução deste princípio de or-
soberania nacional, em terra, no por norma cometidas à autorida- ganização sociativista deu origem
mar e no ar, mas também para de civil. A fórmula constitucional ao conceito de Estado, consti-
satisfazer compromissos interna- do Presidente da República ser o tuído por diversos órgãos, com
cionais do Estado, nos quadros Comandante-em-Chefe das For- objectivos bem definidos, con-
regionais, continental e mundial. ças Armadas Angolanas demons- substanciados no bem comum,
O emprego das Forças Armadas tra que o vínculo entre a Institui- na segurança e na justiça social,
na defesa da Pátria e na garan- ção Militar e o Estado é mais forte o que veio assim impor a neces-
tia dos poderes constitucionais, do que a ligação entre outros ser- sidade da Instituição do poder
da lei e da ordem, e na participa- viços e o Executivo. político e consequentemente, do
ção em operações de paz, é de Com o fim da guerra que assolou poder militar, as Forças Armadas.
responsabilidade do Presidente o País durante décadas, um dos Quem olha para as Forças Arma-
da República, que determina ao desafios que as Forças Armadas das Angolanas como Instituição
Ministro da Defesa Nacional e ao Angolanas abraçaram foi a recon- militar do passado, não sabe o

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que é o Estado moderno. Essa ao Estado de direito democrático
visão é errada e perigosa. Quan- e o respeito pelas convenções in-
do falamos das Forças Armadas ternacionais. Estes comandos le-
Angolanas, falamos de defesa do gais são o adquirido, indiscutido
território e da integridade nacio- e indiscutível, do nosso regime
nal, da produção de segurança político.
através de missões internacio- Angola precisa de ter umas For-
nais, de compromissos de segu- ças Armadas credíveis, coesas e
rança nacional e global, assumi- treinadas, capazes de assegurar
dos em parceria com os nossos o cumprimento das suas missões
aliados, para além das tarefas de dentro e fora do território nacional
apoio às populações. e a necessidade da acção de co-
Os angolanos sabem o valor da mando ser centrada nas pessoas,
paz e vão desfrutando já os bene- dando especial atenção aos pro-
fícios que dela decorrem. E essa blemas concretos dos militares.
paz e democracia só foram e são É nas pessoas que reside a de-
possíveis, graças ao empenho terminação das Forças Armadas
das Forças Armadas Angolanas e é sobre elas que recai a respon-
no campo de batalha. E é com sabilidade do exercício da função
a paz conquistada pelos milita- e que se fazem sentir as maiores
res, fraternidade e democracia, função principal, procuram con- pacificação e desenvolvimento suais. dústrias de defesa para que pos- dificuldades.
que estaremos em condições de dições para assegurar a paz, e do País. A capacitação científica e tecno- sam ser geradora de empregos Historicamente, as Forças Arma-
fazermos de Angola um grande são consideradas mutuamente Aliás, como poderíamos conce- lógica deve ser entendida como de qualificação. das Angolanas desempenham
País. Nunca devemos perder de úteis quando se constituem veí- ber um País que enveredou pela elemento chave tanto na política Afinal, terminada a guerra, porquê um conjunto de actividades cuja
vista que a fraternidade é fun- culos de segurança e de apoio ao Paz, sem indicadores práticos de internacional e na diplomacia, Angola deve continuar investindo execução contribui para minorar
damental para a nossa unidade, desenvolvimento do País. Este verdadeira unidade e reconcilia- quanto na defesa nacional. As na manutenção, estruturação, problemas de ordem social que
que temos de consolidar sem afligem a população angolana,
REFLEXÃO

REFLEXÃO
paradigma moderno é a aposta ção nacional? Igualmente, seria actividades no campo da ciência, rearmamento, desenvolvimento
hesitações. Que a verdade seja actual de fazê-las um verdadei- utópico pensar-se em desenvolvi- tecnologia e inovação, a forma- tecnológico, treinando e capaci- especialmente em áreas remo-
dita. É nas Forças Armadas onde ro símbolo de unidade nacional, mento harmonioso e sustentável ção nas instituições de ensino mi- tando as suas Forças Armadas? tas do País. Essas actividades,
se assenta e se consolida o factor irmandade e de reconciliação de dentro dum ambiente de guerra, litar contribuem fortemente para o Os relevantes serviços que as subsidiárias em relação à missão
de unidade nacional. As actuais todos os angolanos, por pautarem sem que tivéssemos o contributo crescimento económico e o bem- Forças Armadas prestam ao País constitucional precípua das For-
gerações têm o dever de saber pelo princípio de igualdade de di- das Forças Armadas Angolanas. -estar da sociedade, assim como dão-lhe motivo pelo qual são ças Armadas Angolanas, têm-se
disto, o dever de ajudar a cons- reitos e deveres no seio do seu Vivemos uma era de profundas para a segurança e para a estabi- merecedoras de atenção e de ampliado em passado recente
truir o País que muito custou san- colectivo, importante factor de mudanças no mundo com impor- lidade do País. investimentos para o seu reequi- e envolvem acções tão diversas
gue derramado para se viver. pacificação. A forte coesão inter- tantes repercussões na questão O sector da Defesa tem sido pro- pamento, modernização e desen- como a assistência hospitalar,
Portanto, numa perspectiva na- na e permanente disponibilidade fundamental da soberania. São tagonista de diversos acordos volvimento científico-tecnológico, programas de capacitação profis-
cional, regional, continental e para assegurar a defesa nacional agora muito mais visíveis os ris- bilaterais e alvo de investimen- pois temos vindo a constatar que sional, implantação e conserva-
mundial constatamos que “... pela força das armas, com todos cos políticos, estratégicos e eco- tos nos últimos meses. Segundo muitas vezes nestas situações ção de infra-estrutura e auxílios
Sem Segurança não existem os riscos inerentes, incluindo o nómicos e situações de distinto o Executivo, a estratégia atende como afirma Andre Le Sage, no de urgência a regiões carentes.
condições de desenvolvimento sacrifício da própria vida, impõem carácter se sucedem, no quoti- a diferentes vertentes: estímulo seu livro African Counterterrorism As Forças Armadas Angolanas
e sem desenvolvimento susten- aos seus militares o acatamento, diano. Mais do que nunca, o ter- à economia nacional, parcerias Cooperation: Assessing Regional devem estar aptas para a defe-
tado não existe uma conjuntura observância rigorosa ao respeito rorismo e os crimes organizados estratégicas com nações aliadas, and Sub-Regional Initiatives, “... sa do País e para o desempenho
de Segurança...”. O desenvolvi- por um conjunto de normas espe- assumem feição global e seus além de desenvolvimento científi- fazer e manter a paz é mais difícil de missões de interesse público,
mento sustentado surge, como cíficas, nisso consistindo a disci- episódios estão tragicamente co, tecnológico e inovador dentro do que fazer a guerra...”. bem como para o cumprimento
factor potenciador da Segurança plina militar, com a perpetuação gravados na consciência de to- de Angola. É essencial a existência de For- de missões externas humanitá-
e vice-versa, pois a Segurança é de sentimentos que aproximem dos. Conflitos armados ocorrem e Devemos pensar sempre em par- ças Armadas Angolanas prontas rias, de apoio à paz e de coope-
também um factor potenciador e cada vez mais os militares e a mostram tendências a perpetuar- cerias com países amigos para e preparadas para servir o País, ração.
fundamental do desenvolvimento população, garantindo a paz, se- -se em distintas regiões, como na que haja transferência de tecno- com uma capacidade de respos- Essas missões exigem maiores
sustentável. “... Não existe Se- gurança e harmonia. Europa, no Médio Oriente e em logia, de inovação e de capacita- ta adequada e assente na eficá- níveis de desempenho, de pron-
gurança sem Forças Armadas Estes valores e princípios pró- África. Tendências depressivas ção tecnológica, tudo em função cia da organização, na qualidade tidão e grande suporte tecnoló-
credíveis e não existem Forças prios da organização castrense no plano económico aumentam a do desenvolvimento. Queremos dos equipamentos e na motiva- gico. Mantendo a coerência dos
Armadas sustentáveis sem um norteiam e constituem a pedra instabilidade social e política, em que o País tenha ganhos efec- ção dos seus quadros e tropas. A valores é preciso melhorar as
Estado de Direito...” basilar das Forças Armadas An- especial nas nações do Terceiro tivos para que o nosso cidadão complexidade do processo obriga qualificações dos recursos huma-
As Forças Armadas Angolanas golanas e, sem sombra de dúvi- Mundo. Ao lado de alarmantes seja capacitado a desenvolver a uma preparação rigorosa e de- nos, modernizar o pensamento e
são, no entanto, instrumentos das, transformam esta franja da eventos ambientais, graves pro- novos projectos e que o desenvol- morada. Os Exércitos não se im- as formas de actuação. Assim, os
de paz, de reconciliação nacio- sociedade num paradigma, num blemas globais a longo prazo, vimento desses projectos tenha, provisam. Preparam-se. vectores principais desta trans-
nal e produtoras de segurança e modelo organizacional e com- como o aquecimento da atmosfe- cada vez mais, a participação de As Forças Armadas Angolanas formação na defesa nacional
de desenvolvimento sustentado. portamental a seguir para o com- ra, continuam em pauta sem que empresas nacionais. Também é estão comprometidas com a de- consistem na qualificação dos
Mesmo fazendo a guerra, como pletamento do vasto processo de se avizinhem soluções consen- importante que tenhamos as in- fesa da Constituição, a fidelidade re¬cursos humanos, no reequi-

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30 FORÇA AÉREA NACIONAL FORÇA AÉREA NACIONAL 31
pamento com novos meios e na conflito generalizado entre Esta- tivo da reserva de autonomia na como instrumento da política que
inovação dos mecanismos de ac- dos. Entretanto, renovam-se con- defesa e preservação de interes- são, têm sido porventura dos
tuação. flitos de caráter étnico e religioso, ses próprios de cada País. nossos melhores embaixado-
Assim, importa perceber o que exacerbam-se os nacionalismos Este novo ambiente requer de res, sobretudo pela visibilidade
está a acontecer no ambiente e fragmentam-se os Estados, Angola meios autónomos de res- e prestígio que têm feito reverter
estratégico internacional e inves- situações que afectam a ordem posta diversificados, mantendo, para Angola, como consequência
tigar como conseguiremos com- mundial. ao mesmo tempo, a solidarieda- da qualidade e profissionalismo,
petências e capacidades dife- Neste século, poderão ser inten- de do sistema de Alianças de que que lhes são reconhecidos em
renciadoras que nos permitam a sificadas disputas por áreas ma- o País faz parte, numa óptica de função da excelência do seu em-
vantagem estratégica no ambien- rítimas, pelo domínio aeroespa- Segurança colectiva e mesmo de penhamento em múltiplos teatros
te agónico em que vivemos. cial e por fontes de água doce, de Segurança cooperativa. Ao assu- de operações, constituindo assim
Uma pergunta que podemos fa- alimentos e de energia, cada vez mirmos uma postura pró-activa um dos vectores da política exter-
zer é porquê é que as Forças mais escassas. Tais questões po- nos processos de transformação na do Estado angolano. Mas as tado angolano para o reforço da tada, as Forças Armadas Ango-
Armadas precisam de se trans- derão levar a ingerências em as- em curso, designadamente no Forças Armadas Angolanas para segurança e da paz nas sub-re- lanas têm dado o seu melhor na
formar? A resposta não é difícil e suntos internos ou a disputas por âmbito da União Africana ou da poderem influir na política exter- giões da África Austral e Central materialização dos objectivos e
permite-nos mais facilmente per- espaços não sujeitos à soberania SADC e do Golfo da Guiné es- na, devem conservar, em per- e em todo o Continente africano. compromissos do Estado, atra-
ceber este trabalho. As Forças dos Estados, configurando qua- tamos também a contribuir para manência, capacidade suficiente E nesta empreitada, as Forças vés de operações militares de
Armadas têm de se transformar dros de conflito. Por outro lado, a criação no País de um espírito para constituir um factor de dis- Armadas Angolanas têm dado apoio à paz e ajuda humanitária.
porque a sua principal obrigação o aprofundamento da interdepen- mais empreendedor e inovador, suasão credível face a eventuais o seu melhor na materialização Deste modo, as Forças Arma-
é dominar os acontecimentos. dência dificulta a precisa delimi- afirmado como um factor de paz, agressões ou ameaças externas dos objectivos e compromissos das Angolanas, através do seu
Para quê transformar a Defesa? tação dos ambientes externo e estabilidade e desenvolvimento ao nosso espaço de soberania e do Estado, através de operações Mando Superior encabeçado
A definição de transformação na interno. não só das sub-regiões em que às linhas de comunicação inter- militares de apoio à paz e ajuda pelo Comandante-em-Chefe, o
Defesa pode resumir-se como Como se caracteriza o actual está inserida, mas também de territoriais que para esse efeito humanitária, como são os casos Camarada Presidente João Ma-
o processo de antecipar as mu- ambiente estratégico internacio- todo o continente africano. são vitais, mantendo uma presen- mais recentes, o apoio prestado nuel Gonçalves Lourenço têm
danças naturais em assuntos da nal? Depois do 11 de Setembro De facto,“cada um de nós, cada ça activa no nosso País; devem à Guiné Bissau e à República De- sabido conciliar as suas obriga-
esfera militar e da cooperação de 2001, as principais ameaças Estado deve constituir-se na ga- ver empregues os Serviços de mocrática do Congo. ções nacionais e internacionais
interna, através de uma combi- passaram a ser “imprevisíveis”, rantia de segurança dos outros Informações Militares em áreas
REFLEXÃO

REFLEXÃO
relativamente às questões da
nação de conceitos, capacida- transnacionais, sobretudo difu- a fim de criarmos um clima de de interesse estratégico nacional. CONCLUSÃO manutenção de paz, segurança e
des, indivíduos e organizações, sas, sem rosto, que vão desde boa vizinhança e estabelecermos Além disso, na actual conjuntura estabilidade, bem como da parti-
explorando as forças da Nação e o crime organizado à afirmação relações estáveis e duradouras internacional, devem ter disponí- Cabe às Forças Armadas Ango- cipação na reconstrução nacional
protegendo-a contra as ameaças dos fundamentalismos de base entre nós, necessárias para o veis meios que lhes assegurem o lanas, enquanto agentes de Se- e desenvolvimento do País.
externas e assimétricas. Neste integrista, aos nacionalismos desenvolvimento e para a nossa cabal cumprimento das suas mis- gurança Nacional, a salvaguarda Em jeito de conclusão, parece-
conceito está subjacente o poder agressivos, às máfias ligadas ao afirmação no plano internacio- sões, estes meios, estamos cer- da independência e soberania -nos ser possível afirmar que
e a capacidade de um País no tráfico de drogas, de armamen- nal”. tos de que são um claro indicador nacionais e da integridade terri- nunca o Poder do Estado, na sua
domínio interno e externo. to e até de materiais nucleares. No entanto, este “novo” quadro da credibilidade dos Estados. torial do Estado Democrático de manobra externa, se baseou tan-
Tudo isto levou à uma profunda geopolítico e geoestratégico con- É mister também dizer, que na Direito, da liberdade e da defesa to no vector militar, e que há muito
IV. AS FORÇAS ARMADAS AN- alteração do ambiente estratégi- temporâneo conduz os Estados e actual realidade geoestratégica do território contra quaisquer ris- Angola não tinha uma tão firme e
GOLANAS NA SEGURANÇA co internacional e à alteração do as organizações africanas, bem de Angola, o desenvolvimento cos e ameaças, assim como a prestigiada posição internacional,
REGIONAL, COMO FACTOR comportamento estratégico dos como toda a comunidade interna- do Estado e a afirmação regional realização da cooperação para para tal tendo contribuído a flexi-
GERADOR DO POTENCIAL diversos actores nas relações in- cional, a conferir maior relevância faz-se de igual forma assente no o desenvolvimento nacional e a bilidade que as Forças Armadas
ESTRATÉGICO DE DESEN- ternacionais. e atenção ao factor “Seguran- desenvolvimento e na capacita- contribuição para a paz e segu- Angolanas frequentemente têm
VOLVIMENTO DE ANGOLA O ambiente estratégico mundial ça”, pois sem paz e estabilidade ção do seu instrumento militar. rança internacionais. proporcionado.
em que vivemos valoriza o esta- não existem condições para um Neste contexto, as Forças Arma- É pois com base neste princípio, Assim, as Forças Armadas Ango-
O mundo vive desafios mais com- do de Segurança e realça a im- desenvolvimento sustentado, das Angolanas têm ao dispor me- fundado no n.º 2 do Artigo 202.º lanas não são um fim em si mes-
plexos do que os enfrentados portância da cooperação interna- ou noutra perspectiva podemos canismos proactivos de coopera- da Constituição da República de mo; são, e vão continuar a ser,
durante o período de confron- cional e a indispensabilidade de afirmar que não existe desenvol- ção regional que lhes permitem Angola (Sobre os objectivos e um instrumento da política, um
tação ideológica bipolar. Nesse se readequar o aparelho militar, vimento sustentado sem segu- contribuir para esse fim, nomea- fundamentos da Segurança Na- meio que o poder político pode
ambiente, é pouco provável um sem prejuízo, sempre, do impera- rança sustentada. Desta forma, a damente através da coopera- cional) que as Forças Armadas e deve utilizar (e utiliza), para al-
operacionalidade das Forças Ar- ção militar com destaque para a Angolanas têm participado acti- cançar os seus objectivos e afir-
madas Angolanas pode contribuir SADC. vamente nas tarefas de recons- mar o prestígio e a credibilidade
para incrementar o índice de se- A República de Angola, no domí- trução nacional e manutenção de internacional que hoje alcança-
gurança regional, constituindo-se nio das relações internacionais paz quer dentro como fora das mos; mas para tal tem que as
num mecanismo gerador de paz e multilaterais, tem desenvolvido fronteiras nacionais. sustentar e modernizar, sob pena
para o desenvolvimento, em que uma política externa de boa vizi- Portanto, é público o compro- de as esgotar prematuramente se
os Estados e as organizações re- nhança, de respeito pela igualda- misso do Estado angolano para em tempo não forem executadas
gionais africanas assumem um de soberana e integridade territo- o reforço da segurança marítima tarefas de revitalização.
papel estratégico na sua dinami- rial dos Estados e de cooperação do Golfo da Guiné, das Regiões
zação e operacionalização. com vantagens recíprocas. Austral e Central e de todo con- MUITO OBRIGADO.
As Forças Armadas Angolanas, É público o compromisso do Es- tinente africano. E nesta emprei-

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32 FORÇA AÉREA NACIONAL FORÇA AÉREA NACIONAL 33

“ÁGUIAS” DEBATEM SOBRE OS DESAFIOS E


RESPONSABILIDADES DA MULHER NA FAN

HOMENAGEADOS PARTICIPANTES
Texto: Elsa Pedro Paulo|
DA MISSÃO HUMANITÁRIA
E EM MOÇAMBIQUE
m alusão ao Dia da Mulher aproveitou o momento para apelar no continente africano, o panorama
Africana, assinalado à 31 às mulheres, a uma conduta de da mulher continua trágico, apesar
de Julho, consagrado à respeito, mais responsabilidade nas de pouco a pouco começarem
reflexão do papel da classe suas tarefas e ao cumprimento dos a aceder a uma independência
feminina de África na sociedade, regulamentos da instituição. económica e a cargos de decisão e
A Força Aérea Nacional homenageou no passado dia 31 de Maio de 2019, os
NOTÍCIA

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o colectivo feminino da FAN Para a doutora Cardona, de poder.
“Águias” realizou uma actividade Coordenadora Adjunta do colectivo As mulheres africanas, em militares do Ramo que participaram de 24 de Março a 3 de Maio na missão
no Fosso Olímpico do 197º RDAA feminino, a actividade serviu para muitos países, encontram-se, humanitária em apoio às vítimas do ciclone “Idai” na República de Moçam-
em Luanda, sob o lema “O que uma troca de experiências enquanto muitas vezes, em situações de bique. O Hangar do Regimento Aéreo de Helicópteros foi o local escolhido
Pensam as Mulheres Sobre a trabalhadoras deste importante dependência psicológica dos seus
Instituição que Servem, Desafios Ramo das Forças Armadas maridos ou companheiros, devido
para albergar o acto que teve a presidência de S/ Exa. General Altino Carlos
e Responsabilidades”. Angolanas e apelou ao colectivo a estereótipos ancestrais que só José dos Santos, Comandante do Ramo.
A necessidade da formação e mais união e responsabilidade nas serão debelados com o passar de

E
informação na classe feminina, foi mais variadas tarefas dentro e fora mais algumas gerações. m reconhecimento da grupo de dança Socadance, da e determinação, uma vez que
um dos pontos principais levantados da instituição. O programa foi recheado de vários
abnegação, espírito de Brigada Artística do Ramo, que sendo humanitária, teve um sig-
a fim de despertar as mesmas, para Importa salientar que a data em momentos, como, ginástica aeróbica,
coragem e de sacrifício, exibiu danças tradicional e mo- nificado transcendente, tendo
que tenham maior destaque nas comemoração foi instituída a 31 de rastreio sobre a hipertensão arterial
funções que desempenham. Julho de 1962, em Dar-Es-Salaam, e diabetes, painel sobre o cancro
que permitiram o derna e arrancou muitos aplau- em conta os laços de amizade
S/Exa. Tenente-General Domingos Tanzânia, por 14 países e oito da mama e do útero, prevenção e cumprimento zeloso da missão, sos dos convidados. e irmandade que unem os dois
Adriano da Silva Neto, então nas movimentos de libertação nacional, cuidados e por momentos culturais o Comando do Ramo decidiu No fim da cerimónia, em entre- povos do Atlântico e do Índico”.
vestes de Chefe do Estado-Maior na Conferência das Mulheres (música, dança e desfile) e por fim o conceder aos homenageados, vista, o sr. Tenente-coronel Pilo- Assistiram à cerimónia Oficiais
da FAN, agradeceu pelo convite e Africanas. cocktail e entrega de brindes a todas diplomas de reconhecimento e to Aviador Carlitos da Conceição Generais, Oficiais Superiores,
parabenizou o colectivo pelo dia e O dia continua a ser lembrado, pois, as mulheres. lembranças. Caley, Chefe da referida Missão Capitães e Subalternos; Sargen-
Os presentes na actividade fo- pelo contingente do Ramo, dis- tos, Praças, Trabalhadores Ci-
ram agraciados por um grande se que “embora a missão fosse vis, Assessores militares estran-
momento cultural oferecido pelo espinhosa, cumpriu-se com zelo geiros e Convidados.

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34 FORÇA AÉREA NACIONAL FORÇA AÉREA NACIONAL 35

GENERAL HANGA LEVA À REFLEXÃO


Papel das FAA na Pacificação e Desenvolvimento de Angola

subordinada ao tema “FAA - Um tor, mostrou-se regozijado pela


Paradigma para a Pacificação amabilidade do convite para,
e Desenvolvimento do perante uma audiência que con-
País”, de que foi prelector o siderou “estimável” falar sobre
antigo Comandante da Força um tema pertinente e vasto. O
Aérea Nacional, actualmente General na reforma repartiu o
reformado, General Francisco tema em quatro partes: a pri-
Lopes Gonçalves Afonso meira tratou de reflexões sobre
“Hanga”. a conceituações de segurança
Realizada à luz das jornadas e defesa; a segunda remeteu a

BAL ACOLHE CONFERÊNCIA SOBRE que visaram saudar o 28º ani-


versário das FAA, o acto foi
audiência a um histórico sobre
o surgimento das Forças Arma-

PROJECTO DE CÓDIGO PENAL


presidido por S/Exa. General das como organização militar; a
de Exército António Egídio de terceira parte abordou o papel
Sousa Santos, Chefe do Esta- das Forças Armadas Angolanas
Texto: Subtenente Jorge Alexandre| do-Maior General. na segurança e no apoio à pa-

A
A actividade foi presenciada cificação e ao desenvolvimento

A
Base Aérea de Luanda, Generais membro do Comando Excelência Tenente-General Carlos sala de conferências “28 por distintos Oficiais Generais, do País, com reflexões directas
acolheu no passado dia e Estado-Maior da FAN, Oficiais Vicente apresentou o primeiro livro de Agosto”, afecta ao membros do Estado-Maior Ge- dos seus fundamentos, dimana-
30 de Julho de 2019 no Superiores, Capitães, Subalternos, da parte especial que falou dos Comando do Exército neral das FAA e dos Comandos dos das normas militares, sendo
Refeitório dos Oficiais Sargentos e Praças do Ramo. Crimes Militares em Tempo de Paz. em Luanda, pareceu dos Ramos Militares, Oficiais que quarta parte buscou com-
NOTÍCIA

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Superiores uma Conferência O momento cultural foi abrilhantado Por último, falou-se dos Crimes pequena para albergar a vasta Superiores, Capitães, Subalter- preender o papel das FAA na
sob o lema “Código Penal Militar pelo grupo Oásis da Brigada Militares em Tempo de Guerra, por plateia composta por centenas nos, Sargentos, Praças, Traba- segurança regional, como factor
(Projecto)”. O acto foi presidido por Artística da FAN, que exibiu Sua Excelência Tenente-General de participantes que no dia 30 de lhadores Civis e Convidados. gerador do potencial estratégico
Sua Excelência T/General Baltazar uma peça teatral sugestiva e Cristo António Salvador Alberto, Setembro assistiram à palestra Ao tomar a palavra, o prelec- de desenvolvimento de Angola.
Bernardo Francisco Pimenta, arrecadou muitas salvas de palmas. que terminou a conferência com o
Comandante Adjunto da Força A conferência foi dividida em três painel dos Livros 2 e 3, que fez uma
Aérea Para Educação Patriótica em Painéis, a parte Geral e parte apresentação célere uma vez que o
representação de Sua Excelência Especial do Livro um (1) e a parte tempo não favorecia para analisar
o General-Comandante. O Especial dos Livros dois (2) e (3) artigo por artigo.
Dirigente encontrava-se ladeado no três, onde encontramos no livro A conferência teve grandes êxitos e
presidium pelos Tenentes-Generais 1 “Os crimes Militares em Tempo culminou com bastante satisfação
Cristo António Salvador Alberto, de Paz” , no Livro 2 “Os Crimes por parte dos participantes uma vez
Gabriel João Soki, Carlos Vicente, Militares em Tempo de Guerra” e que os conferencistas dissiparam
Venerandos Juízes Conselheiros do no Livro 3 “Os Crimes de Guerra”. as suas dúvidas com perguntas e
Supremo Tribunal Militar. Sua Excelência Tenente-General respostas e tiveram a oportunidade
Estiveram ainda presentes na Gabriel João Soki fez a dissertação de dar várias contribuições no
cerimónia, distintos Oficiais da parte Geral do 1º Painel e Sua projecto do Código Penal Militar.

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36 FORÇA AÉREA NACIONAL FORÇA AÉREA NACIONAL 37

BANDA DE MÚSICA APERFEIÇOA DIRECÇÃO DE PRECOME TEM NOVO CHEFE


ESPECIALISTAS Oficial General.
Brigadeiro Mateus Simão assume
Texto: Subtenente Jorge Alexandre|
assim o cargo de Chefe da Direcção
António Eduardo, presidente de Preparação Combativa e
do acto, disse na ocasião que Ensino, após ter desempenhado
o Curso revestia-se de grande o cargo de Chefe da Repartição
importância para o Ramo, uma
vez que permitirá potenciar os
de Instrução e Ensino daquela
efectivos ligados à Banda de Direcção.
Música com conhecimentos S/Exa. Brigadeiro Mateus Simão
científicos e experiências, João da Silva, filho de Simão
garantindo desta forma uma Manuel João da Silva e de Filipa da
melhor realização dos acordes Cunha Junqueira da Silva é natural
musicais em actividades de de Luanda, nascido aos 31 de
honras militares e protocolares. Maio de 1962. É o sexto filho de oito
Mais adiante referiu que os bons irmãos. É Piloto de helicópteros,
resultados a serem alcançados Jurista formado na Universidade

R
com aquela formação iriam Agostinho Neto e Mestre em Direito
ealizou-se no Centro de Unidade da Guarda Presidencial justificar o esforço e expectativa
Qualificação Técnica da e da Polícia Nacional, distintos Público na Universidade Nova de
correspondendo com os
Força Aérea Nacional Oficiais Superiores, Capitães, Lisboa.
objectivos pelos quais o curso foi
(FAN) no dia 31 de Julho Subalternos, Sargentos e Praças preconizado. Estiveram presentes na cerimónia
de 2019 a cerimónia de abertura do Ramo. de promoção, Oficiais Generais;

S
O Oficial Superior disse ainda
do 2º Curso de Formação de O evento cultural foi abrilhantado que a participação naquele ob Decreto Presidencial, A Cerimónia decorreu no passado Oficiais Superiores; Oficiais
Sargentos Especialistas de pelo poeta Aldemiro Cassange ciclo formativo traduz o esforço nos termos da “Lei dia 7 de Junho de 2019, na Sala de Capitães e Subalternos; e
Música da FAN. Kinguri “Legason” que fez delirar do Comando do Ramo para da defesa Nacional e Reuniões do Posto de Comando Sargentos do Ramo.
O acto foi presidido pelo senhor os presentes com a sua poesia a valorização da componente das Forças Armadas Central, em Luanda. Brigadeiro Mateus Simão vem
NOTÍCIA

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Tenente-Coronel Pára-quedista intitulada “Acredita”. humana e exortou: “vós Angolanas”, ouvido o Conselho de O acto foi preisidido por S/Exa. substituir no cargo o agora
António Eduardo, Director do Em seguida o momento foi militares jovens, devereis sair Segurança Nacional, foi promovido General-Comandante da Força reformado Tenente-General
Curso, que esteve ladeado pelos da leitura do Despacho do bem preparados nas matérias ao grau militar de Brigadeiro, o até Aérea Nacional, Altino Carlos António Santiago, após uma
senhores Coronel João Cristiano Comandante da FAN sobre a de conhecimentos de sons então Coronel Mateus Simão João José dos Santos que procedeu passagem deste pelo Ramo, digna
de Oliveira Neves “Tara” em realização do Curso que foi harmonizados, musicalizados da Silva. à imposição de patentes ao novo de referências.
representação da Direcção de proferida pelo senhor 2º Sargento em tons cerimoniais e honras
Preparação Combativa e Ensino Jamelson Jimbi, Secretário do militares. Devereis observar
e pelo senhor Major Abel António Curso. todas as matérias que serão
“Cubano”, Director da Banda de Em representação dos alunos, a aqui administradas durante
Música da FAN. Soldado Isabel do Nascimento, o curso para que sejam bons
Estiveram presentes na fez a leitura do compromisso de profissionais apresentando-
cerimónia representantes das honra. se como homens magníficos
bandas de Música do Exército, da Durante a sua intervenção, senhor e prontos para o cumprimento
Marinha de Guerra Angolana, da Tenente-Coronel Pára-quedista das obrigações”.

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38 FORÇA AÉREA NACIONAL FORÇA AÉREA NACIONAL 39

Durante a sua intervenção, o Mi- Dar particular atenção aos refor- e compensadoras”.
nistro da Defesa admitiu: “Não mados das Forças Armadas An- Os Oficiais Generais e Almiran-
desejaria distinguir as qualidades golanas é um dever de honra do tes licenciandos à reforma re-
FAA LICENCIAM OFICIAIS GENERAIS ou a acção de um ou outro em
particular, porque correria o risco
Estado e uma obrigação moral
da sociedade, reflectindo a preo-
ceberam diplomas
de honra. O acto

E ALMIRANTES À REFORMA de ser injusto por omissão ou por


defeito. Entretanto, gostaria de
enaltecer as acções que protago-
cupação do nosso Executivo em
dar solução compatível, aos pro-
blemas que afectam este grupo
terminou com uma
foto de posteridade
defronte à sala de
As Forças Armadas Angolanas (FAA) realizaram no dia 14 de Outubro do ano em curso na sala
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nizaram, pois, é um exemplo que de homens que se bateu digna- conferências “28
de conferências “28 de Agosto” afecta ao Comando do Exército em Luanda, uma cerimónia de
perdurará no historial das For- mente pela Independência de Agosto” e
homenagem a Oficiais Generais e Almirantes licenciados à reforma. ças Armadas Angolanas. A vos- Nacional e pela Paz”. um brinde
sa singular dedicação à causa A terminar, General Kian- de confra-
Texto: Subtenente Jorge Alexandre| da Pátria é a prova da vitalidade da não deixou ainda de ternização

O
dos angolanos e da sua vontade sublinhar: “A partir de no salão de
acto foi presidido por No seu discurso, S/Exa. Gene- me ocasião, tenho a oportunida- indómita de transpor obstáculos, hoje, vão iniciar uma festas do
Sua Excelência General ral Salviano Sequeira, Ministro de de me dirigir a vocês, antigos salvaguardando a sua unidade nova fase da vossa Comando
Salviano de Jesus da Defesa Nacional, manifestou companheiros de armas, que como povo, a integridade do seu vida, usando os vos- do Exér-
Sequeira “Kianda”, a emotividade e satisfação por doravante vão passar à reforma, território e a soberania tão dura- sos conhecimentos e cito.
Ministro da Defesa Nacional e presidir o acto e salientou: “é com depois de uma longa e brilhante mente conquistada”. experiência, acumu-
estiveram presentes na magna muito orgulho que, nesta subli- carreira militar”. O Dirigente realçou ainda: “... lados durante anos,
cerimónia, Oficiais Generais, em prol do desen-
Oficiais Superiores, Capitães e volvimento do País e
Subalternos; Sargentos, Praças, para a formação das
Convidados e familiares dos novas gerações, em
reformados. diferentes esferas de
O acto teve início com a leitura
da Ordem do Comandante-em-
actividades. Há campos “Não desejaria
considerados ainda virgens,
-Chefe das Forças Armadas An- nos quais podem emprestar distinguir as
golanas sobre a passagem do
serviço militar activo à reforma
a vossa contribuição, enalte- qualidades ou
cendo os valores espirituais
dos Oficiais Generais e Almiran- de solidariedade, partilha, ca- a acção de um
tes visados. maradagem, igualdade, direi- ou outro em
Na cerimónia, General Pascoal tos humanos, combate à po-
Miguel Zombo Diló, em repre- breza e à fome. Para terminar,
particular,
sentação dos Oficiais Generais é justo recordar que, durante porque corre-
e Almirantes à passagem à re-
forma, fez a entrega do espólio e
muitos anos vivenciamos ex- ria o risco de
periências memoráveis, num
procedeu à leitura de uma men- grupo coeso, mantendo rela- ser injusto por
sagem em nome do colectivo.
Seguiu-se a leitura da síntese
ções de trabalho e convivência omissão ou
salutares. Essas experiências fo-
biográfica de cada Oficial ora ram desafiantes, algumas vezes
por defeito.”
homenageado, sob melodia de dolorosas, mas no final de con-
baixo tom da Banda de Música. tas, profundamente gratificantes

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40 FORÇA AÉREA NACIONAL FORÇA AÉREA NACIONAL 41

REGIÃO AÉREA NORTE ORGANIZA “…AONDE MAIS NINGUÉM IA”


PALESTRA SOBRE DOAÇÃO DE SANGUEE ANTIGO PILOTO DA FAPA/DAA
LANÇA LIVRO DE MEMÓRIAS
Texto: Subtenente Ondino Clemente|

O antigo piloto da FAPA/


DAA, Tenente-coronel na
Reforma Fernando José
Pereira Jardim Ferreira,
lançou oficialmente no dia
9 de Agosto de 2019, com
venda e sessão de autógra-
Em saudação ao Dia Internacional do Dador de Sangue, assinalado a 14 de
junho, A Região Aérea Norte (RAN), organizou no passado dia 28 de Agos- fos, o livro de Memórias
to, no Clube de Oficiais da Base Aérea de Luanda, uma palestra com o tema «E o General Respondeu:
“Quem Doa Sangue, Doa Vida”. O acto foi presidido por S/Exa. Tenente- ‘Porque Vocês Iam Aonde os presentes, principalmente os nerais, Superiores, Capitães,
-General José Adriano Paulino, Comandante da RAN, que esteve ladeado no
presidium pelo Sr. Coronel Francisco Octávio Isaac Spínola, Comandante da
Mais Ninguém Ia’», no antigos militares a seguirem o Subalternos; Sargentos, Praças
Parque Museológico da exemplo do “Comandante Jar- e Trabalhadores civis do Ramo;
Base Aérea de Luanda, como anfitrião. dim”, a escreverem suas memó- Docentes e Discentes de Uni-
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Força Aérea Nacional, sito rias para que as novas gerações versidades públicas e privadas,

A
mesma teve Estiveram presentes nesta na Base Aérea de Luanda. conheçam o percurso histórico Pilotos e Técnicos Seniores da
como prelectores palestra Oficiais Generais, de uma gesta de jovens com- Companhia de Bandeira TAAG e
uma comissão Superiores, Capitães e batentes que não virou a cara SONAIR e a distinta presença do
proveniente do Subalternos; Sargentos;
Hospital Militar Principal/ Praças e Trabalhadores à luta, uma vez que, segundo Major-General na Reforma Pe-

A
Instituto Superior (HMP/ Civis da Região Aérea referida obra, sob a realçou, somente os livros po- dro de Pezarat Correia, um dos
IS), composta pelos Norte. chancela da Editora dem perpetuar o que se fez no proeminentes oficiais portugue-
especialistas sra. Tenente- Ao terminar, o grupo teatral passado. ses da “Revolução dos Cravos”
“Mayamba”, é mais um
coronel Médica, Mariquinha Tuabixila fez uma repre- Para o Tenente-General Balta- que desbaratou o regime de Sa-
de Carvalho e Major sentação cénica intitulada repositório que retrata
a trajectória e vivências de um zar Bernardo Francisco Pimen- lazar e Marcello Caetano, a 25
Simões Neto, pertencentes ‘’A importância da doação
ao Departamento de de sangue’’, que deixou os patriota que ainda na flor da ta que presidiu a cerimónia, em de Abril de 1974, que no dia 7 de
Hemoterápia e a sra. Márcia espectadores muito satis- juventude e no calor do conflito representação de S/Exa. o Ge- Agosto do ano em curso lançou
Pedro, do Departamento de feitos e sorridentes. armado deu o melhor de si, neral-Comandante da FAN, na oficialmente a sua recente obra
Nutrição, daquele hospital. ocasião, destacou a trajectória «Da Descolonização Do Proto-
servindo abnegadamente desde
O foco da palestra que do Comandante Jardim retra- -Nacionalismo Ao Pós-Colonia-
durou cerca de 1 hora e a afirmação da 1ª República,
contribuindo na edificação da tada neste “primeiro rebento” e lismo», no Auditório do Memorial
meia, foi no sentido de
mobilizar e sensibilizar aviação civil em geral e militar, sublinhou: «A colocação no livro Agostinho Neto.
os militares do Ramo das em particular. de episódios significantes que
Unidades da RAN em O General na Reforma Francisco marcaram sua trajectória como
Luanda para uma adesão piloto aviador com algumas pe-
Lopes Gonçalves Afonso, ex-Co-
massiva à prática de doação ripécias curiosas à mistura, traz
de sangue, com o intuito mandante da Força Aérea Nacio-
nal, na qualidade de apresenta- ao de cima a vontade deste ho-
de salvar vidas e prestar-
se uma melhor assistência dor da obra, fez um breve roteiro mem em particular e mais do
médica e medicamentosa, sobre o livro que está repleto de que isso deixar o seu teste-
face ao défice que se tem emoções, com episódios de fa- munho às novas gerações».
registado no que refere a A cerimónia contou com a
zerem chorar, e também de pro-
transfusões sanguíneas presença de ilustres De-
naquela e noutras vocar risadas hilariantes.
O General reformado incentivou putados da Assembleia
unidades hospitalares.
Nacional, Oficiais Ge-

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42 FORÇA AÉREA NACIONAL 53
FORÇA AÉREA NACIONAL 4

TÉCNICOS MILITARES MENINOS DA OPA VISITAM


POTENCIADOS EM DIGITALIZAÇÃO ESTRUTURAS DA FAN
A Direcção de Operações da Força Aérea Nacional realizou de 24 de Julho à 24 de Agosto, no Centro de
Requalificação Técnica, em Luanda, um curso de desenho técnico digitalizado na carta. O objectivo princi- No âmbito das actividades programadas em alusão à jornada comemorativa do
pal do mesmo foi, proporcionar aos formandos, conceitos básicos de cartografia e representação gráfica, mês da criança, uma delegação da Organização do Pioneiro Angolano (OPA),
capacitá-los para a utilização autónoma das potencialidades do aplicativo gráfico a fim de optimizar o tra- proveniente do distrito da Maianga, visitou no passado dia 16 de Julho de 2019,
balho para alcançar os resultados pretendidos na elaboração e inserção do desenho operacional na carta.
Participaram do mesmo, Oficiais, Sargentos e Praças de distintas áreas funcionais do Ramo.
o Depósito Central de Abastecimento (DCA) da Força Aérea Nacional.

Texto: Elsa Pedro Paulo|

REFLEXÃO
NOTÍCIA

NOTÍCIA
O
encerramento nas suas Unidades. “Isto
Em entrevista, o sr. Major Gomes do Nasci-
do curso é um processo dinâmico
mento Andrade, Chefe do Centro de Proces-
realizado no dia das novas tecnologias
samento de Dados da Direcção de Inteligên-
30 de Agosto, foi de informação e comu-
cia Militar Operativa, um dos beneficiários da
marcado pela entrega de nicação é preciso que
formação, disse estar feliz com os conteú-
certificados e um pequeno pratiquem todos os dias
dos absorvidos. Explicou que esta ferramen-
coffee break. os conhecimentos ad-

D
ta ajudará a economizar tempo, visto que
O sr. Coronel Nascimento quiridos para que não e v i d a m e n t e apresentado o historial da Uni- Quadros de Honra da Unidade
antes as coisas eram feitas manualmente e
António Gomes de Figuei- percam as vossas habi- uniformizada, com dade. e da Força Aérea.
agora os trabalhos serão digitalizados o que,
redo, Chefe da Repartição lidades”, sublinhou. predominância do No término da apresentação, No final da actividade, e como
na sua opinião, “torna o
de Geografia e Cartogra- De realçar que o Softwa- azul celeste em suas o Sr. Coronel Jacinto Afonso é de tradição, a delegação foi
traba- lho mais rápido
fia da Direcção de Ope- re CorelDraw é uma fer- vestes, a delegação da OPA “Progresso”, Comandante do convidada a postar para uma
e efi- caz”, rematou. era composta por trinta e duas DCA/FAN e seus Oficiais fize- fotografia de família com os
rações, ao longo do seu ramenta digital para cria-
discurso afirmou que os ção e edição de grafismos (32) crianças, com idades ram questão de responder e membros de direcção do DCA,
recém-formados estão ca- vectoriais. Actualmente, é compreendidas entre os nove esclarecer algumas inquieta- terminando com um coffebreak
pacitados para realizar o a ferramenta principal nas (9) e os quinze (15) anos de ções sobre o funcionamento da no refeitório dos Oficiais, diri-
jogo de guerra na carta e indústrias criativas, para idade. Força Aérea, levantadas pelas gido pelo Comandante da Es-
Chefiada pelo sr. Bonifácio crianças. quadra de Apoio, Subtenente
outras actividades a partir a produção de artefactos
Humberto, representante da- Durante a visita, os pequenos Eliseu Ngunga Caimbi. Aí, os
do aplicativo CorelDraw. visuais como identidades,
quela Organização e mem- foram guiados a conhecer um petizes mostraram o que sa-
Apelou aos mesmos de- ilustrações, layouts para bro do Conselho Provincial da pouco da Unidade e tiveram bem em termos culturais, de-
dicação ao trabalho que impressão Web e dese- OPA, os meninos foram rece- a oportunidade de conhecer clamando poesias e cantando
cada um desempenha nhos técnicos. bidos e acolhidos na sala de como funcionam algumas Sec- em gesto de agradecimento
reuniões do DCA onde lhes foi ções do DCA e apreciaram os pela hospitalidade recebida.

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ESPECIALISTAS DA AVIAÇÃO
ATENTOS ÀS MUDANÇAS
DE PARADIGMAS

R
ealizou-se de 19 a 21 de carreira especial dos navegantes dificuldades enfrentadas durante a
Agosto último, na sala de e Controladores de Tráfego Aéreo criação do primeiro Conselho e os
Reuniões da Direcção de (CTA); apresentação dos debates desafios que se impuseram no decurso
Armamento e Técnica em sobre o projecto do normativo de das actividades.
Luanda, a 1ª Reunião do 2º Conselho selecção dos candidatos a navegantes Disse ainda que os desafios que se
de Especialidade da Arma de Aviação. e a CTAS; apresentação da proposta esperam não serão poucos, mas
A sessão de abertura foi presidida por do regulamento geral de voo da adiantou que o melhor será o envidar
S/Exa. Brigadeiro Horácio António FAN; apresentação da proposta do esforços para a sua minimização,
Neto, Vice-Presidente do Conselho, regulamento sobre o limite de horas focando nas questões consideradas
em representação de S/Exa. Tenente- de serviço, de voo e descanso dos essenciais, buscando a resolução de
General Eugénio Carlos Bamby, navegantes e CTAS; resumo das problemas.
Presidente do Conselho, esteve ladeado actividades desenvolvidas pelo Brigadeiro Horácio Neto sublinhou:
por S/Exa. Tenente-General Fernando Conselho; debate sobre a necessidade “as preocupações irão acontecer, quer
Sengani Suadi, como anfitrião. de reestruturação orgânica da Direcção dizer que a iniciativa legislativa em
A reunião teve como agenda de de Aviação e diversos. termos de documentos, em termos
trabalho a apresentação sumarizada No discurso de abertura, S/Exa. de doutrina não deverá partir apenas
dos documentos elaborados durante a Brigadeiro Horácio António Neto da parte da Direcção de Aviação, mas
vigência do 1º Conselho; apresentação reconheceu que não foi fácil chegar também poderá partir deste segundo
e debate sobre o regulamento da àquela data devido àlgumas órgão que hoje nasce”.

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OPERAÇÃO DE APOIO À PAZ


E AJUDA HUMANITÁRIA
CPLP Aprimora Capacidade Operacional
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) realizou o seu mais recente exercício militar,
denominado “Felino 2018/2019”, acolhido pela República de Angola, de 9 a 27 de Setembro último, na
região de Cabo Ledo, em Luanda. O exercício consistiu em treinos na carta e posterior projecção no terreno
através de manobras tácticas, no âmbito de operações de apoio à paz e de ajuda humanitária.

presidido por S/Exa. General organização e execução. gola, Brasil, Cabo-Verde, Guiné-
Salviano de Jesus Sequeira, Os exercícios felinos são desen- Bissau, Moçambique, Portugal,
Ministro da Defesa de Angola. hados em duas modalidades, São Tomé e Príncipe e Timor
O acto registou a presença de sendo uma, exercícios na carta Leste.
visitantes ilustres da CPLP, do e outra, exercícios com forças No evento, e por razões que não
Comité de Defesa da União Af- no terreno. A sua realização é pudemos apurar, registou-se a
ricana e demais organizações anual e rotativa entre os países ausência da Guiné Equatorial.
como convidados e membros membros, tendo cada país, a Importa lembrar que a Guiné
do Executivo da República de liberdade de escolher a modali- Equatorial é um país da África
NOTÍCIA

NOTÍCIA
Angola. dade que pretende realizar de Ocidental que tem como línguas
As actividades, segundo opin- acordo com as suas possibili- oficiais o português, o espanhol
ião dos depoentes, atingiram o dades e capacidades de ordem e o francês. Integra a CPLP des-
máximo de proficiência, uma vez económica e técnica. de o ano 2014, sendo o último
que ultrapassaram as expecta- Oito países participaram do “Fe- país a constituir-se membro da
tivas, no que refere ao grau de lino 2018/2019”, são eles: An- Comunidade.

A
pós conferência final de tária, tais como gestão de crises, de altas entidades e assistências
planeamento realizado escolta a comboios humanitários, médicas incluindo com evacu-
em Julho último, a postos de observação, reconheci- ações.
abertura aconteceu no mento, manobras com meios aé- O encerramento, vulgo “Vip day”
dia 9 de Setembro, sob o lema: reos, patrulhamento, segurança deu-se no dia 27 de Setembro,
“Operações de Apoio à Paz e
Ajuda Humanitária”, em acto
presidido por S/Exa. General de
Exército António Egídio de Sousa
Santos, Chefe do Estado-Maior
General das Forças Armadas
Angolanas, na qualidade de
Coordenador do Exercício, na
presença de altas patentes
militares da CPLP e das Forças
Armadas Angolanas.
Os exercícios tiveram duração de
dezoito dias e visaram exercitar
os vários procedimentos a apli-
car em operações de manuten-
ção de paz e de ajuda humani-

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48 FORÇA AÉREA NACIONAL FORÇA AÉREA NACIONAL 49

Entrevistas
General de Exército António Egídio de Sousa Santos, CEMG/FAA: “…
FUNDAÇÃO KISSAMA RECONHECE
APOIO PRESTADO PELA FAN
Os exercícios da série Felino constituem o principal fórum de teste e avaliação de
procedimentos para a familiarização de todos os membros da CPLP neste tipo
O Comité Executivo da Palanca daquela Instituição. Executivo da Fundação Kissama
de operações de acordo com as normas comuns vigentes”. Negra Gigante e a Fundação Foi possível alcançar dois e Coordenador da Unidade
Kissama, agradeceram a Força objectivos inicialmente Técnica do Comité Executivo
Aérea Nacional pelo apoio preconizados, com a marcação do Projecto de Protecção da
Coronel Timóteo Salambi Neves, Director dos Exercícios Felino 2018/2019, balan- prestado na materialização de 15 animais (9 fêmeas e 6 Palanca Negra Gigante.
ceou as actividades positivamente, afirmando: “Os Exercícios da Série Felino 2018/2019 da operação de captura e machos) e a realização de um Com este feito, a FAN cumpre
correram de acordo com aquilo que foi planeado. Tivemos uma primeira etapa de uma marcação de palancas negras inventário preliminar das cinco mais uma tarefa inserida no
semana de exercícios na carta, fizemos depois a transição do exercício com forças no gigantes que decorreu em Julho manadas sobreviventes na âmbito social de preservação do
terreno, com desdobramento do batalhão de apoio à paz e algumas capacidades dos de 2019 na Reserva Natural Reserva Natural Integral do ecossistema.
Ramos das Forças Armadas. Jogámos o Exercício com a direcção dos exercícios in- Integral do Luando, na província Luando. No apoio ao projecto
jectando os incidentes e a Força-tarefa conjunta e combinada, respondendo de acordo de Malange. Os parceiros do Projecto de de marcação, captura e
com a doutrina e os preceitos das operações de apoio à paz e ajuda humanitária”. O auxílio prestado pela Conservação da Palanca Negra conservação da palanca,
Força Aérea Nacional a esta Gingante enviaram uma nota o Ramo, para além do
actividade decorreu com de agradecimento à Força engajamento de homens, conta
sucesso como espelha uma Aérea Nacional assinado pelo com a utilização dos vectores
Tenente-coronel Sebastião Andreza, Chefe da delegação santomense: nota de agradecimento vindo Senhor Vladimir Russo, Director “hélios” All-III e Mi-17.
“Este é um exercício em que se treina e consolidam-se as ideias para o cum-
primento duma determinada missão que, neste caso foi o apoio à paz e ajuda
humanitária. Os resultados excederam as expectativas, por isso, as Forças Ar-
madas Angolanas estão de parabéns e, de igual modo, a CPLP”.
NOTÍCIA

NOTÍCIA
Coronel Suaibo Camará, Chefe da delegação da Guiné-Bissau: “Estes
exercícios “felino” foram de capital importância para nós, porque permitiu-nos co-
lher experiência sobre como lidar com operações de apoio à paz e ajuda huma-
nitária. Iremos acolher os próximos exercícios, vamos procurar fazer o máximo,
aplicar a experiência administrativa e operacional que colhemos de Angola. Dizer
que o Felino 2018/2019 foi benéfico, porque os laços de amizade e as relações
entre os países membros saem mais fortes”.

Capitão-de-Mar-e-Guerra Walter Sobrinho, Chefe da delegação do Brasil: “Nós


saímos, como CPLP, mais fortalecidos nessa questão de nos prepararmos para
actuarmos juntos numa missão de paz ou humanitária, sob a égide da ONU.
Então, este exercício veio para complementar, para adquirirmos e partilharmos
conhecimentos sobre este tipo de actividade militar e acho que foi muito bem-su-
cedido aqui em Angola. Desta vez, trabalhámos num processo de planejamento
melhor. Talvez a gente possa, a partir desse ponto, evoluir para uma metodologia
que facilite realmente a planificação antes de chegarmos aqui”.

Tenente-coronel Domingos Costa Santos, Chefe da delegação de Timor Leste:


“Estamos do outro lado do mundo, mas estamos sempre juntos. Para nós foi uma
rica oportunidade de ganhar novas experiências com os colegas e aumentar a
nossa capacidade de conduzir operações de paz. Ficamos orgulhosos e com
todas as ferramentas disponíveis que a organização colocou ao nosso alcance”.

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50 FORÇA AÉREA NACIONAL FORÇA AÉREA NACIONAL 51

FAN MELHORA SERVIÇOS DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARABÉNS, CENTRO DE PSICOLOGIA!


Com o encerramento do mais recente curso de relações públicas, protocolo e cerimoniais, a 6 de Com pompa e circunstância, o Centro de Psicologia da FAN comemorou
Agosto, no Depósito Central de Abastecimento (DCA), perspectiva-se um serviço melhorado no o seu 28º Aniversário, no dia 9 de Agosto de 2019. Chefia do Ramo, funcionários
atendimento público em actos solenes. O acto foi presidido por S/Exa. Tenente-General Cristóvão do Centro e amigos juntaram-se para apagar as velas.
Miguel da Silva Júnior, 2º Comandante do Ramo.
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52 FORÇA AÉREA NACIONAL FORÇA AÉREA NACIONAL 53

PARABÉNS, BANDA DE MÚSICA! ENCERRAMENTO DE CURSO


21º Aniversário da Banda de Música, 15 de Agosto de 2019
DE MÍSSEIS S-125-M1
Numa cerimónia presidida por S/Exa. T/General Baltazar Bernardo Pimenta, Comandante Adjun-
to da FAN p/ Educação Patriótica, teve lugar no 176º RDAA, em Cabinda, no dia 16 de Agosto, o
encerramento de um curso de Mísseis S-125-M1. T/General José Adriano Paulino, Comandante da
Região Aérea Norte, Brigadeiro Sebastião Alberto, Chefe Adjunto da Direcção de Defesa Anti-Aé-
rea e Oficiais da Arma presenciaram a actividade.
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SERVIÇOS DE SAÚDE SEGUEM NA FORMAÇÃO
O recentemente inaugurado Centro de Formação da Direcção dos Serviços
de Saúde/FAN, sito na Base Aérea de Luanda encerrou, no dia 17 de Agosto,
o 1º Curso de Suporte Básico de Vida .

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PROCURADORIA DA FAN QUER


REFORÇO DA DISCIPLINA
A Procuradoria Militar da FAN realizou a 8ª Reunião dos seus Órgãos de 29 a 30 de Agosto, em
Luanda, sob o lema “Intensificar as Acções de Educação Jurídica e Prevenção Criminal, para o Re-
forço da Disciplina e Hierarquia nas Unidades, Estabelecimentos de Ensino e Órgãos da FAN”.

ABERTURA DA CAMPANHA DE MORALIZAÇÃO


DA SOCIEDADE NAS FAA, 30 DE AGOSTO/2019
FLASH

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56 FORÇA AÉREA NACIONAL FORÇA AÉREA NACIONAL 57

ABERTURA DA CAMPANHA DE MORALIZAÇÃO O SABER NÃO OCUPA LUGAR


DA SOCIEDADE NA FAN, 11 DE SETEMBRO/2019 TC DOMINGOS JOSÉ
LICENCIADO EM SOCIOLOGIA

T
enente-coronel car-se na conclusão do trabalho província de Luanda. O estudo
Domingos José ingressou de fim de curso, até que, final- de caso nos bairros Prenda e
no ano de 2008, na mente, no dia 1 de Junho de Rocha Pinto”.
Faculdade de Ciências 2019,vestido da respeitada túni- O Oficial Superior responde ac-
Sociais da Universidade ca de finalista, conseguiu, fruto tualmente ao cargo de 1º Oficial
Agostinho Neto, em Luanda. da sua entrega pessoal, lograr de Planeamento e Estatística
Frequentou o curso superior de uns merecidos 14 valores de da Repartição de Equipamento
Sociologia, terminando a parte média final na defesa do inte- e Instalações da Direcção de
lectiva em 2011. ressante tema “Os factores que Logística da Força Aérea Nacio-
A partir de então passou a dedi- influenciam a fuga da mulher na nal.

PERFIL
Nome completo: Domingos José
Filiação: José Bingolo
e Isabel da Silva
Naturalidade: Kibala, província
do Cuanza Sul

FORMAÇÃO
Estado Civil: Casado
Descendência: 10 filhos (5 rapa-
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zes e 5 meninas)
Residência: Bairro Gamek,
Luanda
Função: 1º Oficial de Planeamen-
to e Estatística da Repartição de
Equipamento e Instalações da Di-
recção de Logística da FAN
Especialidade: Logístico
Formação Militar: Curso Médio
de Logística geral na Escola Na-
cional de Aviação Militar “Coman-
dante Bula” (ENAM), Negage -
Uíge 1982 à 1984
Prato preferido: Massa com todos
Desporto: Futebol e Basquetebol
Música: Apreciador de quase to-
dos os estilos
Tempo livre: Leitura e TV notícias
País preferido: Angola
Perfume: Hediterrâneo (DIOR)
Língua falada: Kimbundo, Portu-
guês e conhecimentos básicos de
inglês
Virtudes: Honestidade
e Humildade
Últimas palavras: «A esperança
é a última coisa a morrer».

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58 FORÇA AÉREA NACIONAL FORÇA AÉREA NACIONAL 59

O SABER NÃO OCUPA LUGAR

MAJOR ELIAS
LICENCIADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA

P
sicologia Clínica foi nais de 2019, terminando Luanda de Março a Abril de
a área de formação a 17 de Outubro quando, 2019”.
escolhida pelo Major pelo esforço empreendido, O Oficial exerce, na actuali-
Elias Morais quando os juris concederam-lhe 14 dade, o cargo de Oficial para
em Março de 2012 ingressou valores na defesa do tema Normas, Regulamentos e
no Instituto Superior de “Estados emocionais dos Publicações Técnicas da
Ciências da Saúde (ISCISA)
da Universidade Agostinho
Neto, em Luanda.
Frequentou o curso até fi-
pacientes com cancro da
próstata, atendidos no ser-
viço de urologia do Hos-
pital Américo Boavida em
Repartição de Planeamento
e Organização da Direcção
de Defesa Anti-Aérea da
Força Aérea Nacional.
CORRENTES DA VIDA
(Para ti Ângela, minha esposa)

PERFIL
Nome Completo: Elias Morais Faz de mim teu plasma
Filiação: Morais Tendula e Adeli- E dos teus braços meu leito de obter
na Quissanga
Sou a esperança que pasma
Naturalidade: Uíge
O ondim que mais te quer
FORMAÇÃO

Estado Civil: Solteiro

CULTURA
Nome da Esposa: Delfina Maria
Panzo Deixa-me rir solto
Descendência: 10 Filhos Para ser a liberdade em teus olhos brancos de leite
Residência: Bairro Mulenvos de
Cima, Viana, Luanda
Função: Oficial para Normas, Re- Sonhar com a silhueta na noite
gulamentos e Publicações Técni- E fazer crescer as flores das pétalas
cas da Rep. Plan.e Org./Dir.DAA/ sensíveis
FAN
Especialidade: DAA
Deixa-me mostrar o teu caminho
Formação militar: Curso de
Mando Táctico e Técnico de MAA/ Para trazer entre os braços o sol-ninho
EODAA - Luanda E escutares a minha voz tremente
Prato preferido: Funge de bom- E dizer-te ah na hora do desejo
bó, pevide e fúmbua
Perfume preferido: Angel
Desporto preferido: Futebol Óh! Ângela linda minha
Música preferida: Antilhana e Mulher bela da nascente próxima
gospel Prata como o sol matutino
Ocupação de tempos livres: Ficar contigo no teu universo
Leitura
Na dobra do teu lençol
País preferido: Angola
Local para gozo de férias: Uíge Na dobra do teu...
Virtudes: Humildade É a minha vida infinita!
Defeitos:«Não gosto de amea-
Justino da Glória “Vastok”
ças»
Uma palavra final: “Existe ape-
nas um bem, o saber, e um mal,a
ignorância” - Sócrates Kuito, Bié/08/01/1988

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