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Neuroartropatia de Charcot
Úlceras de Pé Diabético
Deformidades podais
(UPD)
IWGDF, 2001
PÉ EM RISCO
O paciente em risco é aquele com diabetes que não tem uma úlcera
de pé, mas que tem pelo menos perda da sensibilidade protetora
(PSP)*, doença arterial periférica (DAP)*
IWGDF, 2020
POR QUE PREVENIR?
1. Qualidade de vida
2. Morbidade
3. Mortalidade
4. Custo
1. Qualidade de vida
2. Morbidade
3. Mortalidade
4. Custo
20.165
hCp://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i4.13837
POR QUE PREVENIR?
1. Qualidade de vida
2. Morbidade
3. Mortalidade
Segundo o MS (2020):
4. Custo
43 amputações/dia
(↑ de 5,26%)
hCp://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i4.13837
Agência Brasil, 2021
POR QUE PREVENIR?
1. Qualidade de vida
2. Morbidade
3. Mortalidade
4. Custo
DOI: 10.1056/NEJMra1615439
POR QUE PREVENIR?
1. Qualidade de vida
2. Morbidade
3. Mortalidade
4. Custo
§ Pessoas com UPD têm uma taxa de mortalidade maior, quando comparadas com aquelas
sem complicações nos pés.
§ A UPD deve ser vista como sinal de pior prognóstico e, portanto, deve ser evitada.
DOI: 10.1111/dme.14151
POR QUE PREVENIR?
1. Qualidade de vida
2. Morbidade
3. Mortalidade
Custo hospitalar:
4. Custo $27.721.000,039
Custo ambulatorial:
$333.500.000,00
TOTAL:
$361.000.000,00
DOI: 10.3390/ijerph15010089
PREVENÇÃO PARA QUEM?
• Fatores de risco: PSP (OR 3.184; IC95% 2.654-3.82), DAP (OR 1.968; 1.624-2.386) e deformidade no pé,
histórico de UPD e qualquer tipo de amputação de membros inferiores (AMI) (OR 6.589; 2.488-
17.459).
• Fatores de risco adicionais: idade avançada, longa duração do diabetes, hipertensão, retinopatia
diabética, tabagismo, doença renal crônica, vulnerabilidade social.
• Ausência de sintomas em pessoas com diabetes não exclui a doença. (...patients have usually
lost the “gift of pain”)
IWGDF, 2020
DOI: 10.3310/hta19570
DOI: 10.1016/j.diabres.2020.108113
DOI: 10.1056/NEJMra1615439
COMO PREVENIR?
1. Identificar o pé em risco
2. Inspecionar e examinar regularmente o pé em risco
3. Educar o paciente, a família e os profissionais de saúde
4. Garantir o uso rotineiro de calçados adequados
5. Tratar fatores de risco para ulceração
6. Cuidado integrado com os pés
IWGDF, 2020
1. IDENTIFICAR O PÉ EM RISCO
Rastreamento estruturado*:
1. Histórico: úlcera/amputação anterior de membros inferiores,
claudicação
2. DAP: palpação dos pulsos dos pés (pedioso e tibial posterior)
3. PSP: avaliação com uma das seguintes técnicas:
• Percepção de pressão com monofilamento de Semmes-Weinstein de 10 g
• ou teste a sensação tátil pelo Ipswich Touch Test, se o monofilamento não
estiver disponível
• mais percepção de vibração com diapasão de 128 Hz, se PSP presente
*Pessoa que possui conhecimento, experiência e habilidades para realizar uma tarefa específica na triagem, exame ou tratamento de uma pessoa com diabetes em risco de UPD.
IWGDF, 2020
1.1. ESTRATIFICAR O PÉ EM RISCO
Recomendação 1 Recomendação 2
Os fatores de risco de uma pessoa podem mudar ao longo do tempo, exigindo monitoramento conBnuo.
*opinião de especialistas.
IDF, 2021
IWGDF; 2020
2. INSPECIONAR E EXAMINAR REGULARMENTE O PÉ EM RISCO
IWGDF, 2020
3. EDUCAR PACIENTES, FAMILIARES E PROFISSIONAIS DE SAÚDE
SOBRE OS CUIDADOS COM OS PÉS
*pode assumir várias formas, como educação verbal individual, entrevista motivacional, sessões educacionais em grupo, educação em vídeo, livretos, softwares, questionários e educação pictórica
por meio de desenhos animados ou imagens descritivas.
IWGDF, 2020
3. EDUCAR PACIENTES, FAMILIARES E PROFISSIONAIS DE SAÚDE
SOBRE OS CUIDADOS COM OS PÉS
hCps://doi.org/10.1186/s12889-021-11300-y
3. EDUCAR PACIENTES, FAMILIARES E PROFISSIONAIS DE SAÚDE
SOBRE OS CUIDADOS COM OS PÉS
*para que esta recomendação seja eficaz, uma pessoa precisa possuir pronto acesso, saber usar um termômetro de maneira correta e estar em comunicação com um profissional de saúde
devidamente capacitado.
IWGDF, 2020
4. GARANTIR O USO ROTINEIRO DE CALÇADOS ADEQUADOS
IWGDF, 2020
4. GARANTIR O USO ROTINEIRO DE CALÇADOS ADEQUADOS
IWGDF, 2020
4. GARANTIR O USO ROTINEIRO DE CALÇADOS ADEQUADOS
*a Bahia não conta hoje com nenhuma oficina ortopédica habilitada na RCPD.
IWGDF, 2020
4. GARANTIR O USO ROTINEIRO DE CALÇADOS ADEQUADOS
SESAB, 2020
4. GARANTIR O USO ROTINEIRO DE CALÇADOS ADEQUADOS
SESAB, 2020
4. GARANTIR O USO ROTINEIRO DE CALÇADOS ADEQUADOS
SESAB, 2020
4. GARANTIR O USO ROTINEIRO DE CALÇADOS ADEQUADOS
SESAB, 2020
5. TRATAR FATORES DE RISCO PARA ULCERAÇÃO
IWGDF, 2020
5. TRATAR FATORES DE RISCO PARA ULCERAÇÃO
6. CUIDADOS INTEGRADOS DO PÉ
• Intervenção que, no mínimo, integra o cuidado regular com os pés e o exame por um profissional
adequadamente capacitado, educação estruturada e calçado adequado.
• Tomados em conjunto, os cuidados integrados pode prevenir em até 75% todas as úlceras do pé
diabético.
• Redução da incidência de UPD em pacientes que receberam cuidados integrados com os pés em
comparação com aqueles que não receberam.
IWGDF, 2020
EM RESUMO
CUIDADOS INTEGRADOS DO PÉ
Inspeção e Aumentar nível de
Rastreamento Calçado a2vidade diária
exame 6-12
estruturado neuropá2co (1000 passos/dia) e
meses
mobilidade para os
Risco 1
PSP e/ou DAP pés
Inspeção e
e/ou passado
Sim Estratificar Risco 2 exame 3-6 Calçado
de UPD ou
meses terapêu2co Automonitorar a
AMI?
Risco 3 personalizado temperatura da pele
Inspeção e e/ou órtese/ dos pés
Não prótese
exame 1-3
Educar pacientes e meses
Risco 0 familiares e sobre os Melhora clínica
cuidados com os pés das calosidades Não
Rastreamento e/ou da UPD?
estruturado Tratar lesões pré- Considerar
anual ulcera2vas Sim intervenção
ortopédica
Manter
calçado
IWGDF, 2020
CONSIDERAÇÕES FINAIS
• O objetivo de um rastreamento mais frequente é a identificação precoce dos fatores de risco que podem
aumentar as chances de desenvolver uma UPD.
• O rastreamento de todos esses fatores deve ajudar a aumentar a conscientização; embora também possa
suscitar preocupação ou sentimentos de ansiedade em alguns pacientes.
• Toda a triagem pode levar a uma oportunidade de educação, aconselhamento e apoio ao paciente.
IWGDF, 2020
DOI 10.3310/hta19570
REFERÊNCIAS
1. International Working Group on the Diabetic Foot (IWGDF). International Consensus on the Diabetic Foot. BMJ. 2001;9;321(7261):642.
2. International Working Group on the Diabetic Foot (IWGDF). International Consensus on the Diabetic Foot. 2019. Disponível em: https://iwgdfguidelines.org/wp-content/uploads/2020/12/Brazilian-Portuguese-translation-IWGDF-Guidelines-
2019.pdf
3. Almeida, Sérgio Aguinaldo de et al. Avaliação da qualidade de vida em pacientes com diabetes mellitus e pé ulcerado. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica [online]. 2013, v. 28, n. 1 [Acessado 14 Outubro 2021] , pp. 142-146. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/S1983-51752013000100024>. Epub 26 Set 2013. ISSN 1983-5175. https://doi.org/10.1590/S1983-51752013000100024.
4. Silva, A. A. S. d., Castro, A. A., Bomfim, L. G. d., & Pitta, G. B. B. (2021). Amputações de membros inferiores por Diabetes Mellitus nos estados e nas regiões do Brasil. Research, Society and Development, 10(4). http://dx.doi.org/10.33448/rsd-
v10i4.13837
5. Armstrong DG, Boulton AJM, Bus SA. Diabetic Foot Ulcers and Their Recurrence. N Engl J Med. 2017 Jun 15;376(24):2367-2375. doi: 10.1056/NEJMra1615439. PMID: 28614678.
6. Saluja S, Anderson SG, Hambleton I, Shoo H, Livingston M, Jude EB, Lunt M, Dunn G, Heald AH. Foot ulceration and its association with mortality in diabetes mellitus: a meta-analysis. Diabet Med. 2020 Feb;37(2):211-218. doi:
10.1111/dme.14151. Epub 2019 Dec 2. PMID: 31613404.
7. Toscano, Cristiana M et al. “Annual Direct Medical Costs of Diabetic Foot Disease in Brazil: A Cost of Illness Study.” International journal of environmental research and public health vol. 15,1 89. 8 Jan. 2018, doi:10.3390/ijerph15010089
8. Crawford F, Cezard G, Chappell FM, Murray GD, Price JF, Sheikh A, Simpson CR, Stansby GP, Young MJ. A systematic review and individual patient data meta-analysis of prognostic factors for foot ulceration in people with diabetes: the
international research collaboration for the prediction of diabetic foot ulcerations (PODUS). Health Technol Assess. 2015 Jul;19(57):1-210. doi: 10.3310/hta19570. PMID: 26211920; PMCID: PMC4781379.
9. Rastogi A, Goyal G, Kesavan R, Bal A, Kumar H, Mangalanadanam, Kamath P, Jude EB, Armstrong DG, Bhansali A. Long term outcomes after incident diabetic foot ulcer: Multicenter large cohort prospective study (EDI-FOCUS investigators)
epidemiology of diabetic foot complications study: Epidemiology of diabetic foot complications study. Diabetes Res Clin Pract. 2020 Apr;162:108113. doi: 10.1016/j.diabres.2020.108113. Epub 2020 Mar 9. PMID: 32165163.
10. IDF Clinical Practice Recommendations on the Diabetic Foot 2017. Disponível em: https://www.idf.org/e-library/guidelines/119-idf-clinical-practice-recommendations-on-diabetic-foot-2017.html
11. Ghisi GLM, Seixas MB, Pereira DS, Cisneros LL, Ezequiel DGA, Aultman C, Sandison N, Oh P, da Silva LP. Patient education program for Brazilians living with diabetes and prediabetes: findings from a development study. BMC Public Health.
2021 Jun 26;21(1):1236. doi: 10.1186/s12889-021-11300-y. PMID: 34174860; PMCID: PMC8236150.
12. Secretaria de Saúde do Estado das Bahia (SESAB). Plano de Ação Estadual - Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência – Bahia. Nov, 2020.
13. SBACV-SP Consenso no Tratamento e Prevenção do Pé Diabético/Marcelo Calil Burihan et al. - 1. ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2020. 76 p.; 21 cm.
Agradecemos a
sua par.cipação!