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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS


LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS
ELEMENTOS DA LINGUAGEM VISUAL

LADY MARIA DA CONCEIÇÃO FERREIRA


LEILYANE DA SILVA MOURA
NIELLY AGUIAR OLIVEIRA

ELEMENTOS BÁSICOS DA COMUNICAÇÃO VISUAL: Tom.

SÃO LUIS
2019
LADY MARIA DA CONCEIÇÃO FERREIRA
LEILYANE DA SILVA MOURA
NIELLY AGUIAR OLIVEIRA

ELEMENTOS BÁSICOS DA COMUNICAÇÃO VISUAL: Tom.

Trabalho apresentado à disciplina Elementos


da Linguagem Visual para obtenção da
Terceira nota do primeiro período.

Profº José João Santos Lobato

SÃO LUIS
2019
SUMÁRIO

1 ELEMENTOS BÁSICOS DA COMUNICAÇÃO VISUAL: Tom...........................04


REFERÊNCIA......................................................................................................06
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1- ELEMENTOS BÁSICOS DA COMUNICAÇÃO VISUAL: Tom.

No capítulo 3, doravante “Elementos Básicos da Comunicação Visual”, disposto


na obra “Sintaxe da Linguagem Visual” de Donis A. Dondis são abordadas as
características dos elementos visuais. A autora desmembra os elementos da
comunicação visual em Ponto, Linha, Forma, Direção, Tom, Cor, Textura, Escala,
Dimensão e Movimento, e trata de explicar com muitos detalhes cada um deles.
Segundo Dondis, a substância visual da obra é composta a partir de uma lista básica
de elementos, “sempre que alguma coisa é projetada e feita, esboçada e pintada,
desenhada, rabiscada, construída, esculpida ou gesticulada” e, portanto, devemos ter
máximo cuidado em não confundir esses elementos com os materiais utilizados na
produção ou fabricação da obra de arte, como a madeira, a argila, a tinta ou o filme.
Na tocante ao “tom”, a autora enfatizou a importância da luz na formação
daquilo que se vê, com a utilização da justaposição de tons que interferem na
“intensidade da obscuridade ou claridade de qualquer coisa vista”, como por exemplo
na elaboração de “esboço rápido ou um minucioso projeto mecânico”.
Segundo Dondis, conseguimos enxergar graças a presença ou ausência
relativa de luz, todavia, a luz não se emana com uniformidade no meio ambiente, seja
ela emitida pelo Sol, pela Lua ou por alguma fonte artificial, pois do contrário
estaríamos vivendo na mais profunda escuridão. Portanto, a luz circunda as coisas,
reflete em superfícies brilhantes e finaliza por incidir em objetos que possuem eles
próprios, claridade ou obscuridade relativa.
Portanto, segundo a autora, o que faz ser possível distinguirmos as
informações visuais presentes no ambiente são as variações de luz e tons existentes.
Basicamente, é dizer que só enxergamos o que é escuro, pois está próximo ou
superposto ao claro, ou vice-versa.
Dondis explica que na natureza, o caminho da obscuridade até chegar à luz,
perpassa por múltiplas gradações que são sutis e extremamente limitadas nos meios
humanos de reprodução, tanto na arte quanto no cinema.
Portanto, segundo a autora, quando vemos a tonalidade na natureza, estamos
diante da verdadeira luz. Todavia, quando se fala em tonalidade nas artes gráficas,
pintura, fotografia e cinema, certamente, “falamos em pigmentos, tinta ou nitrato de
prata, que são utilizados para simular o tom natural”.
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A autora informa que entre a obscuridade e a luz na natureza, existem


inúmeras gradações tonais, já nas artes gráficas e na fotografia, há uma limitação
exponencial de tons. Como exemplo, temos o pigmento branco e o preto, que
segundo Dondis, na escala tonal, comumente utilizada, há apenas 13 gradações.
A escola Bauhaus entre outras, incentiva os alunos a descobrirem mais
gradações tonais entre o branco e o negro. A autora afirma que usando a
sensibilidade e a clareza, “o número de gradações pode chegar a trinta tons de cinza,
todavia, pode não ser prático para o uso comum, por ser excessivamente sutil, em
termos visuais”.
A autora questiona e responde de que modo o visualizador pode lidar com essa
limitação tonal. “Bastando utilizar a manipulação do tom através da justaposição”, pois
ao ser colocado numa escola tonal, o tom de cinza pode modificar-se. Portanto,
abriria espaço para uma representação tonal muito mais vasta.
Vivemos em um mundo bidimensional, sendo assim, o tom é um dos melhores
instrumentos para identificar esta dimensão. Outro elemento especial é a perspectiva,
pois pode representar com perfeição uma “forma tridimensional que vemos em uma
forma gráfica bidimensional”. A perspectiva evoca alguns artifícios que simulam a
distancia, a massa, o ponto de vista, o ponto de fuga, a linha do horizonte, o nível do
olho, todavia, somente com a linha da perspectiva não seria possível criar uma ilusão
convincente da realidade, para que tal situação se torne possível, é necessário a
inclusão de tons, pois é a tonalidade que irá “reforçar a aparência de realidade
através da sensação de luz refletida e sombras projetadas”.
As representações monocromáticas de nossa realidade existentes nas artes
visuais reforçam a importância da claridade e da obscuridade para a percepção do
meio ambiente. É o que observamos em um simples esboço, ou nos tons cinza de
uma fotografia, nas gravuras e etc. Na verdade, trata-se de uma realidade inventada,
criada. De fato, essa realidade não existe, mas só somos capazes de enxergá-la
devido a existência dos tons em nossas percepções.
Portanto, a autora finaliza afirmando a importância da sensibilidade tonal para a
nossa sobrevivência. “Só é superada pela referencia vertical- horizontal enquanto
pista visual do relacionamento que mantemos com o meio ambiente”. que nos faz
perceber o movimento súbito, a profundidade, a distancia e outras referencias do
ambiente”. Todavia, o valor tonal merece total atenção, pois é graças á ele que
conseguimos enxergar.
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REFERÊNCIA

DONDIS, Donis A. Sintaxe da Linguagem Visual. 3ª ed. Martins Fontes. São Paulo.
2007.

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