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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO


Curso de Especialização em Gestão de Compras Públicas

Disciplina: Fundamentos Constitucionais das Compras Públicas Professor(a): Autor(a) Daniella M. Vargas
Aluno: Marcus Vinícius Gomes e Souza RA: 23010901065

Unidade 1 - CONTEXTO HISTÓRICO E CONCEITO DE COMPRAS PÚBLICAS


Atividade 1 - Envio de arquivo (Valor: 20,0)

Elabore um texto entre 15 a 25 linhas sobre a evolução e o contexto histórico das compras
públicas no Brasil, indicando as mudanças ao longo do tempo.

(Fonte Arial, tamanho 11, Espaçamento 1,5 e texto justificado).

A EVOLUÇÃO E O CONTEXTO HISTÓRICO DAS COMPRAS PÚBLICAS NO BRASIL

As compras públicas no Brasil têm uma longa história que reflete a evolução do próprio país e de sua estrutura
governamental. No período colonial (1500 a 1822 – final do século XVI até parte do século XIX), as aquisições
governamentais eram predominantemente voltadas para suprir as necessidades da metrópole portuguesa,
concentrando-se em matérias-primas, como o pau-brasil.

No século XIX, a partir da independência em 1822, o governo brasileiro passou a organizar suas próprias
compras, embora em grande parte ainda com foco em bens importados. Neste mesmo século, houve uma
mudança gradual no enfoque das compras públicas, com a expansão da administração pública e a aquisição
de bens e serviços para atender às necessidades internas do país, incluindo obras de infraestrutura e
equipamentos. Contudo, o processo era marcado pela falta de transparência e pela corrupção, o que levou a
esforços para reformar o sistema. A norma mais significativa sobre compras públicas no referido século foi o
Decreto n. 2.926/1862, que iniciou um o desenvolvimento de uma Gestão Pública eficiente;

Mas foi somente durante o século XX que o país experimentou seus maiores avanços na regulamentação das
compras públicas, com a criação de normas específicas, dentre as quais destacam-se: o Decreto n. 200/1967,
que instituiu as modalidades licitatórias da concorrência, tomada de preços e convite e pela primeira vez
introduziu expressamente em um texto legal vários princípios sobre compras públicas a serem seguidos pela
Administração Federal; a Lei n. 5456/1968 que estendeu a aplicação do Decreto 200/1967 aos Estados e
Municípios; o Decreto Lei n. 2.300/1986 que, em 5 artigos, abordou o tema Licitações e Contratos; a
Constituição Federal de 1988 – A Constituição Cidadã – uma Constituição que pela primeira vez abordou
o tema “licitações e contratos” e que, em seu Art. 37, trouxe os Princípios do Direito Administrativo que são
aplicados as Compras Públicas; a Lei n. 8.666/1993 - a Lei de Licitações e Contratos - um verdadeiro código
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de compras públicas, que buscou trazer maior transparência, igualdade de concorrência e eficiência às
aquisições governamentais e que em seu Art. 3º trouxe a mais completa definição sobre o ato de realizar
compras com o dinheiro público.

Já no século XXI, seguindo a onda de avanços do século anterior, inicia-se a informatização dos processos
licitatórios e, dentre as normas mais significativas, surgem: a Lei n.12.462/2011, que institui o Regime
Diferenciado de Contratações Públicas - RDC, um regime aplicável exclusivamente ao rol de licitações e
contratos relativos às Olimpíadas, à Copa do Mundo e para o PAC; o Decreto nº 7.7892/2013, que cria o
Sistema de Registro de Preços, resultado da regulamentação do Art. 15 da Lei nº 8.666/1993; e 30 anos após
o último código sobre Licitações e Contratos Administrativos, é aprovada a Lei nº 14.133/2021 – Nova Lei de
Licitações e Contratos - que trouxe importantes mudanças, como a modalidade de licitação por critério de
melhor técnica ou técnica e preço, a preferência por contratação de empresas brasileiras, e a instituição do
Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP), que centraliza informações sobre compras públicas.

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