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#DeuRuim?

Olá! Vamos apresentar dois casos em que a metodologia de ensino empregada em sala de aula
não foi eficiente. E mais do que isso: você vai verificar como os educadores conseguiram contor-
nar os obstáculos para obter o máximo de aprendizagem dos estudantes.

No primeiro caso, Solange Flores é uma educadora que trabalha em uma escola municipal de
Santa Catarina ministrando a disciplina de Língua Portuguesa. Dentre suas abordagens de sala
de aula, ela tentou instigar os alunos do ensino fundamental a serem mais participativos e ques-
tionadores quanto aos temas abordados em sala de aula. Inicialmente, separava os minutos fi-
nais para os alunos fazerem perguntas sobre a aula recém-encerrada, mas poucos faziam ques-
tionamentos, e quando faziam eram geralmente perguntas pouco elaboradas.

Com o baixo desempenho desta tentativa, ela resolveu aplicar a técnica conhecida como Minute
Paper, pedindo aos alunos que arrancassem uma folha de seu caderno e que escrevessem uma
pergunta sobre a aula recém-encerrada, dando a eles a oportunidade de pensar sobre a matéria
e elaborar uma pergunta pertinente sobre o assunto. Em seguida, a educadora pinçava os pon-
tos de questionamento e indicava os alunos que fizeram os questionamentos mais pertinentes.
Com essa mudança de abordagem Solange percebeu que os alunos se dedicavam mais aos seus
questionamentos e a refletir e pensar criticamente sobre os assuntos expostos por ela em aula.
Esse é um excelente exemplo de como metodologias ativas podem gerar interesse e muitas vezes
romper a barreira que podem existir na relação ensino-aprendizagem.

Nossa segunda análise é referente à educadora Isabelle Rodrigues, médica-veterinária e mestre


em Fisiologia Humana, que trabalha como educadora em uma universidade do estado de São
Paulo. Ela percebeu que sempre que se iniciava um novo semestre letivo os alunos novos tinham
dificuldades ao serem abordados com questionamentos e interações feitas em sala de aula. A
participação colaborativa dos alunos era baixa e eles raramente faziam perguntas ou respondiam
aos questionamentos. Quando Isabelle começou a perceber que essas características se repe-
tiam em praticamente todas as turmas de novos estudantes ela resolveu mudar a abordagem, na
tentativa de que os alunos se tornassem mais participativos.

Para isso ela começou a criar dinâmicas em grupo no decorrer das aulas e em pouco tempo os
alunos venciam as barreiras da vergonha e timidez com os colegas e com ela, gerando mais con-
fiança para responderem perguntas e fazerem questionamentos durante a aula. A partir disso, as
aulas se tornaram mais fluidas, dinâmicas e participativas. A educadora percebeu que os novos
alunos precisavam primeiro se conectar mais com os próprios colegas de classe para aí sim come-
çarem a ser mais participativos em aula.
Para que os educadores consigam maior aproveitamento em suas aulas é necessário conhecer
qual é o perfil do aluno com o qual se está lidando. Por isso é importante que a escola/universida-
de mantenha um diálogo aberto com os alunos, de maneira que os profissionais conheçam quais
são seus interesses e estilos. Consequentemente, a sala de aula precisa se tornar um ambiente
de diálogo que instigue o aluno à reflexão, tanto sobre si quanto do meio, de maneira que ele
explore o autoconhecimento e una conhecimentos diversos. O educador também deixa o papel
histórico de detentor do conhecimento e passa a ser um mediador do diálogo ao longo da jorna-
da do aprendizado.

Gostou das dicas? Esperamos que esses exemplos ajudem a visualizar melhor como o emprego
de diferentes metodologias educacionais pode ser crucial para aperfeiçoar o aprendizado dos
seus estudantes.

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