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Soluções e Alternativas para garantir a segurança jurídica sem prejudicar a

arrecadação.

Em face dos Temas 881 e 885 do STF, que abordam a questão da reversão da coisa julgada em
matéria tributária, os contribuintes encontram-se diante de um cenário repleto de incertezas. Esta
instabilidade jurídica pode ter impactos significativos, não apenas do ponto de vista legal, mas
também econômico. Portanto, é crucial que os contribuintes considerem estratégias proativas e
soluções alternativas antes que o STF module os efeitos dessas decisões.

Primeiramente, o diálogo se mostra como uma ferramenta valiosa. Associações empresariais e


entidades de classe podem estabelecer uma comunicação construtiva com o Poder Judiciário. O
objetivo desse diálogo é elucidar as reais consequências econômicas de decisões que alteram o
entendimento consolidado e ressaltar a imperatividade da segurança jurídica para a saúde econômica
do país.

Vale ressaltar, que é possível cogitar a hipótese de revogar o tributo, instruído de forma equivocada,
que fomentou o debate desses temas, sendo exte a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
(CSLL), por meio da edição de uma nova lei. Dessa forma, após sua revogação, um novo tributo pode
ser instituído, com o intuído de substitui-lo, porém, seguindo os corretos ditames normativo,
respeitando-se os princípios constitucionais como legalidade, anterioridade e irretroatividade, entre
outros.

Além disso, empresas que já possuem decisões judiciais favoráveis devem avaliar a solidez desses
julgamentos. Em um cenário onde tais decisões podem ser potencialmente afetadas pelos novos
entendimentos do STF, torna-se essencial entender suas possíveis vulnerabilidades.

Do ponto de vista financeiro, o provisionamento de recursos é uma estratégia prudente. As empresas,


antecipando a possibilidade de reversão de suas decisões favoráveis, podem se preparar para
eventuais passivos tributários, evitando surpresas que podem desestabilizar suas operações.

A negociação direta com a Fazenda Pública também pode ser uma via promissora. Em vez de
esperar por uma eventual cobrança, as empresas podem buscar acordos que reconheçam decisões
anteriores, facilitando uma transição menos abrupta e mais previsível.

Em paralelo, os contribuintes devem se manter vigilantes quanto às discussões sobre a modulação


dos efeitos das decisões do STF. A modulação, se ocorrer, determinará a partir de quando os novos
entendimentos serão aplicados, e estar preparado para ela é fundamental.

O apoio de especialistas, como advogados tributaristas, é fundamental. Eles podem fornecer


orientações precisas e estratégias detalhadas para enfrentar esse cenário volátil, mantendo as partes
interessadas informadas, seja acionistas, funcionários ou parceiros, sobre os potenciais impactos e as
estratégias adotadas com essas reformas, possibilitando reduzir incertezas e fortalecer a confiança.

Em resumo, diante dos desafios apresentados pelos Temas 881 e 885 do STF, os contribuintes não
estão desamparados. Com preparação, flexibilidade e proatividade, é possível navegar por esse
cenário complexo, defendendo direitos e minimizando impactos adversos.

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