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Trabalho
Ser razoável
O valor do acordo extrajudicial trabalhista deve ser razoável e sempre deve considerar a realidade fática
do contrato para ser entabulado. Valores muito baixos e totalmente desassociados dos dados do contrato
não são recomendados.
Discriminar as verbas
Para uma melhor compreensão do que está sendo pago e facilitar a homologação é importante
discriminar todas as verbas de forma individualizada, com valor e natureza, preferencialmente
demonstrando por meio de uma tabela no corpo da petição ou em anexo.
Anexar documentos
Para uma melhor análise do juiz, instruir a petição de acordo com documentos básicos do contrato, tais
como por exemplo: Contrato de Trabalho, Ficha de Registro, Convenção Coletiva, TRCT, etc. Caso o
acordo seja posterior à rescisão e já tenha havido o pagamento das verbas rescisórias, recomenda-se
juntar os comprovantes de pagamento para demonstrar regularidade.
Contextualizar o acordo
Colocar em pelo menos um parágrafo inicial da petição uma contextualização fática da relação de
emprego. Informar também eventuais situações especiais que justificam a celebração do acordo entre as
partes.
Assinatura do empregado
Colher a assinatura de todas as partes, inclusive empregado como um reforço da boa-fé.
Forma de pagamento
Preferencialmente realizar o pagamento integral do acordo mediante depósito judicial ou diretamente na
conta indicada pelo empregado, não sendo recomendável pagamento total e/ou parcial na conta de seu
advogado para evitar fraudes e/ou arguições de nulidades.
Cláusula penal
Como demonstração de boa-fé e para facilitar a homologação inserir cláusula penal razoável no caso de
descumprimento.
Custas e recolhimentos
Deixar muito claro na petição como se dará o pagamento das custas e demais recolhimentos fiscais e
previdenciários de modo a facilitar a homologação.
Quitação
Elencar todas os pontos de algum modo controvertidos do contrato de trabalho que estão sendo quitados
com o acordo de modo a facilitar a sua homologação, já que uma quitação ampla e genérica não tem sido
bem vista pelos juízes.
Levantamento do FGTS
Deixar clara essa questão na petição de acordo de modo a mitigar problemas com a CEF.
Com o advento da Lei 13.467/2017, popularmente conhecida como reforma trabalhista, o instituto do
Regime de Tempo Parcial foi aperfeiçoado e ganhou artigo próprio para concepção de seu regramento;
Desta forma, a partir de 11 de novembro de 2017, ficou permitido às empresas realizarem a contratação
de empregados pelo Regime de Tempo Parcial nas seguintes modalidades:
Outra mudança foi a possibilidade de realização de horas extras, sendo que estas poderão ser
compensadas até a semana posterior a sua realização. Nos casos de ausência de compensação o
pagamento destas horas deverá ser feito na folha de pagamento do mês subsequente.
Quanto às férias, outra modificação foi inserida e os empregados sujeitos a este regime também poderão
converter 1/3 do período em abono pecuniário.
O artigo 58-A da CLT, trouxe ainda a possibilidade de os empregados com contrato de trabalho ativo
adotarem o Regime de Tempo Parcial, desde que manifestem expressamente sua vontade perante a
empresa e que tenha previsão em Negociação Coletiva.
Os demais direitos trabalhistas e previdenciários são aplicados de forma ampla aos empregados optantes
pelo Regime de Tempo Parcial e nada diferem dos empregados contratados pelo Regime de Tempo
Integral.
Por Ana Rosa Gonçalves Dias Freitas, Advogada Trabalhista do Escritório BECKER DIREITO EMPRESARIAL.