Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
01 A canção do Exílio, de Gonçalves Dias, é um dos poemas mais citados nas escolas para
se abordar a intertextualidade.
No caso do poema de Murilo Mendes, a relação intertextual
a) capta a ideologia subjacente ao texto pelo processo de alusão.
b) manifesta a citação de um discurso marcado graficamente.
c) reafirma os sentidos e valores explorados no texto citado.
d) subverte o sentido do texto original por meio da paródia.
02No poema Canção do Exílio, “as aves que aqui gorjeiam” simbolizam:
a) os poetas famosos da terra natal;
b) os heróis nacionais;
c) os heróis do exílio;
d) os poetas menores da terra do exílio;
e) os poetas menores da terra natal.
Canção do Exílio
Gonçalves Dias
[...]
[...]
a) citação.
b) interrupção.
c) intercalação.
d) discurso direto.
e) discurso indireto.
05 No título do poema “Canção do exílio”, a preposição tem o mesmo valor semântico que
a destacada na frase:
a) Nem sempre o seu silêncio é de ouro.
b) Ele se nutre de saudades.
c) O poeta morria de amores pela pátria.
d) De noite, seu sofrimento aumentava.
e) O poeta admirava de longe os primores nacionais.
lá?
ah!
sabiá...
papá...
maná...
sofá...
sinhá...
cá?
bah!
O recurso intertextual utilizado por José Paulo Paes, ao retomar a Canção do Exílio, de
Gonçalves Dias, é a/o
a) colagem.
b) paródia.
c) pastiche.
d) paráfrase.
e) referência.
“...na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte
para lá, isto é, para cá”.
8 Após a leitura desses versos, pode-se depreender que o “Sabiá”, do poema Canção do
Exílio, simboliza:
a) todos os grandes poetas nacionais;
b) o eu-lírico, o verdadeiro poeta da língua;
c) o poeta menor, discriminado;
d) o poeta emudecido no exílio;
e) o poeta-cantor, transgressor do idioma.
O poema ‘Canção do Exílio’ de Gonçalves Dias é um dos textos mais conhecidos em língua
portuguesa e também um dos mais parodiados. A seguir podemos ler as duas primeiras
estrofes do poema:
Minha terra tem palmeiras Onde canta o sabiá; As aves que aqui gorjeiam, Não gorjeiam
como lá.
Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais
vida, Nossa vida mais amores.
Abaixo, podemos ler uma paródia, escrita por Oswald de Andrade: ‘Canto de Regresso à
Pátria’ Minha terra tem palmares Onde gorjeia o mar Os passarinhos daqui Não cantam
como os de lá
Minha terra tem mais rosas E quase que mais amores Minha terra tem mais ouro Minha
terra tem mais terra
10 Assinale a única alternativa ERRADA no que diz respeito à interpretação e comparação
dos dois poemas.
a) Gorjear e cantar são sinônimos
b) Não há intertextualidade entre os dois poemas
c) A intertextualidade é um elemento constitutivo das paródias
d) Apesar de semelhanças de forma e vocabulário entre os dois poemas, a ideia
contida nos títulos é antagônica (Exílio X Regresso)
O poema ‘Canção do Exílio’ de Gonçalves Dias é um dos textos mais conhecidos em língua
portuguesa e também um dos mais parodiados. A seguir podemos ler as duas primeiras
estrofes do poema:
Abaixo, podemos ler uma paródia, escrita por Oswald de Andrade: ‘Canto de Regresso à
Pátria’
Sobre o poema:
I-O poema de Oswald de Andrade está construindo num sentido oposto ao romântico
Canção do Exílio de Gonçalves Dias, porque ele não está celebrando a nação, muito pelo
contrário, está sim ironizando-a.
II-Minha terra tem Palmares foi a forma que o autor usou para citar a escravidão do Brasil.
III-Mostra um momento do modernismo, onde ele escreve sobre o seu retorno para São
Paulo e as riquezas dessa terra.
IV-O autor ainda mantém o caráter nacionalista na poesia, mas sob um olhar crítico. A Rua
15, que abriga as principais agências bancárias do país, contrapõe-se ao progresso de São
Paulo, que implica em mais poluição, desapropriação da natureza para dar lugar aos
arranha-céus e à desigualdade social.
13 São corretas:
a) I, III e IV.
b) II, III e IV.
c) I, II e III.
d) I, II, III e IV.
“Vou voltar / Sei que ainda vou voltar / Para o meu lugar / Foi lá e é ainda lá / Que eu hei de
ouvir cantar / Uma sabiá. / Vou deitar à sombra / De uma palmeira que já não há / Colher a
flor que já não dá / E algum amor talvez possa espantar.” (Chico Buarque e Tom Jobim,
“Sabiá”)
“Céu de vidro azul fumaça / Quatro graus de latitude / Rua estreita, praia e praça / Minha
arena e ataúde / Não permita Deus que eu morra / Sem sair desse lugar / Sem que um dia
eu vá embora / Pra depois poder voltar.” (Raimundo Fagner, “4 Graus”)
14 Os dois trechos transcritos acima servem como exemplo de intertextualidade,
fenômeno que ocorre quando há uma referência explícita ou implícita de um texto em
outro. No caso, a referência é ao poema
15 Assinale a opção cuja afirmativa NÃO se sustenta em função das possíveis leituras do
texto
Thiago Amud
20 A respeito dos poemas que compõem o livro Últimos Cantos (1851), do maranhense
Gonçalves Dias, assinale a alternativa correta.
a) O nacionalismo romântico se expressa no antológico poema “Canção do exílio”, que
abre o livro com um tom laudatório: “Nosso céu tem mais estrelas, / Nossas várzeas
têm mais flores, / Nossos bosques têm mais vida, / Nossa vida mais amores”.
b) O embate entre tribos indígenas, com a consequente prisão de um guerreiro, é
narrado em “I-Juca-Pirama”, poema marcado por variedade métrica: “O prisioneiro,
cuja morte anseiam, / Sentado está, / O prisioneiro, que outro sol no ocaso / Jamais
verá!”.
c) A pureza racial dos indígenas brasileiros é exaltada no poema “Marabá” por meio da
descrição da personagem-título: “— Meus olhos são garços, são cor das safiras, / —
Têm luz das estrelas, têm meigo brilhar; / — Imitam as nuvens de um céu anilado, /
— As cores imitam das vagas do mar!”.
d) O aspecto fúnebre das lendas românticas é representado no poema “O gigante de
pedra”, em que se destaca a monstruosidade do personagem: “Gigante orgulhoso,
de fero semblante, / Num leito de pedra lá jaz a dormir! / Em duro granito repousa o
gigante, / Que os raios somente puderam fundir”.
e) O lirismo romântico prefere temas delicados, como as brincadeiras inocentes da
criança em “Mãe-d’água”: “Minha mãe, olha aqui dentro, / Olha a bela criatura, / Que
dentro d’água se vê! / São d’ouro os longos cabelos, / Gentil a doce figura, / Airosa
leve a estatura; / Olha, vê no fundo d’água / Que bela moça não é!”.
Um sabiá e fantástico,
um sabiá, o longe.
24 Tendo como referência o poema Canção do exílio , escrito pela poeta Gonçalves Dias
e publicado em 1846, julgue o item a seguir.
a) Certo
b) Errado
27 A exemplo dos versos destacados, o poema de Gonçalves Dias é considerado épico por
causa
a) do caráter narrativo e da tendência de voltar-se para o passado em tom heroico.
b) do depoimento do narrador e da garantia de que é uma história da tradição do povo.
c) da coragem do índio Tupi e do senso de nacionalismo inerente ao tom de seu
comportamento.
d) da imagem indianista do cenário e do teor de ambientação bélica da história.
e) da construção dialogada do texto e do tipo descritivo detalhadamente explorado.
cana-pitu,
Texto I
Cana rajada e cana-do-governo, e
Fazendeiros de cana
muitas
Minha terra tem palmeiras?
outras
Não. Minha terra tem engenhocas de
Canas de garapa e bagaço para os
rapadura
porcos
E cachaça e açúcar marrom,
Em assembleia grunhidora diante da
Tiquinho, para o gasto.
Moenda movida gravemente pela junta verde garrafa.
de bois
E sessenta mil réis em imposto
De sólida tristeza e resignação. fazendeiro.
29 No texto I, Drummond retoma o original romântico de Gonçalves Dias (Texto II), como
fizeram vários outros poetas modernos. Neste texto, o poeta itabirano
a) recria o ideal de nativismo do texto original, reescrito em outro tempo com outra
linguagem, marcadamente mais coloquial e contemporânea.
b) restringe à linguagem e à estética contemporâneas a retomada do original
romântico, que exalta a natureza tropical e exuberante da terra natal.
c) retoma o texto original de Gonçalves Dias, mas promove uma ruptura ideológica
visceral na postura do sujeito poético.
d) se afasta da ideia original de distanciamento do poema romântico e mostra um
olhar próximo e crítico em relação à realidade de pobreza e isolamento do interior
do Brasil.
Gonçalves Dias é um grande poeta, em parte por encontrar na poesia o veículo natural
para a sensação de deslumbramento ante o Novo Mundo [...]. O seu verso, incorporando o
detalhe pitoresco da vida americana ao ângulo romântico e europeu de visão, criou
(verdadeiramente criou) uma convenção poética nova. Esse cocktail de medievismo,
idealismo e etnografia fantasiada nos aparece como construção lírica e heroica, de que
resulta uma composição nova para sentirmos os velhos temas da poesia ocidental.
(Formação da literatura brasileira. Rio de Janeiro: Itatiaia (8. ed.) vol. 2, 1975, p. 73.)
a)
O eu-lírico do poema, homem branco, esforça-se em compreender o universo
indígena, ressaltando seus hábitos de guerra.
b) O eu-lírico do poema, homem indígena, é constituído por Gonçalves Dias de maneira
fidedigna à realidade do índio, sem influência da cultura europeia.
c) O eu-lírico do poema, homem indígena, é constituído por Gonçalves Dias à
semelhança da imagem do cavaleiro medieval europeu, caracterizado por honra, fé
e valentia.
d) O eu-lírico do poema, homem branco, compreende o universo indígena à
semelhança da imagem do cavaleiro medieval europeu, caracterizado por honra, fé
e valentia.