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GESTÃO
A importância do feedback dentro das
corporações
Da Redação

21 de março de 2019

O feedback é muito importante para fortalecer o laço entre o líder e os


membros da equipe, além de deixar todos alinhados em relação ao propósito
maior da empresa e o papel de cada colaborador. Muitas vezes, os problemas
que ocorrem em um ambiente de trabalho são causados por falta de
comunicação adequada.

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Segundo pesquisa da ARCH Profile Solutions, quase metade dos colaboradores


(43%) dizem que ficam desmotivados com o trabalho realizado ao receberem
uma crítica mal elaborada, ou até mesmo que perdem totalmente a vontade de
se esforçar.

Mas como fazer uso dessa prática sem que ela se torne negativa? Para Susanne
Anjos Andrade, especialista em desenvolvimento humano e autora do best-
seller O Poder da Simplicidade no Mundo Ágil (Ed. Gente), o feedback deve ser
dado sempre com viés positivo. “Com o objetivo de criar um elo de confiança e
um bom relacionamento interno, o feedback precisa ser utilizado tanto para
elogiar um funcionário – incentivando-o a manter o bom desempenho-, como
também para redirecioná-lo, solicitando que mude um determinado
comportamento, sempre contribuindo para o seu crescimento e
desenvolvimento como profissional”, explica.

Por mais que pareça uma tarefa fácil, é preciso tomar cuidado para que, mesmo
em situações em que o líder pontue alguns erros que estão sendo cometidos,
seja possível encontrar uma forma aceitável de se dirigir ao colaborador, sem
desmotivá-lo. “Por exemplo, em vez de dizer que ele não pode mais chegar
atrasado, fale com ele de uma maneira positiva, como: “Eu preciso que você
comece a chegar mais cedo”. Assim, o feedback será uma forma de auxiliar, e
não de desanimar”, exemplifica .

Essa ação também deve ser aplicada em situações contrárias, quando o


funcionário é quem dá o feedback ao seu líder, pois, ao mesmo tempo em que
fica sabendo o que deve continuar fazendo, e os pontos em que precisa
melhorar, também pode utilizar a oportunidade para dizer ao gestor a sua
opinião sobre o modelo de liderança. Dados recentes apontam que 60% da
Geração Z – ou seja, aqueles que nasceram a partir de 1996 e estão totalmente
ligados ao uso de smartphones – pedem esse retorno para os seus líderes e
querem manter o contato com eles diversas vezes ao dia, por meio e com a
ajuda da tecnologia.

A especialista explica que, por mais que alguns achem que o funcionário não
agrega nada em relação ao comportamento do gestor, ele exerce, sim, um
papel muito importante para que o líder também fique atento aos pontos que
devem ser melhorados. “Não podemos esquecer que ele é humano, e também
precisa de feedback para potencializar a sua liderança. Além disso, essa
comunicação frequente é importante para que se torne um hábito. No início, é
normal a pessoa se esforçar para dar um feedback e, às vezes, para pedir
também. Sendo praticado constantemente, vai chegar em um momento em que
ele se tornará cultura na empresa”, conclui.

O feedback traz experiência para o ser humano

Dentro as corporações, a prática de comunicação aumenta o bem-estar de


todos da equipe. Porém, o feedback também pode agregar novas experiências
para ambas as partes como seres humanos, já que será preciso praticar empatia
– por exemplo, quando o gerente se coloca no lugar do colaborador ao
imaginar a maneira como ele gostaria de ouvir as “críticas”, caso fossem com
ele. Além disso, ensina as pessoas a saberem criar um diálogo para que ambas
as partes troquem experiências.

Ou seja, o feedback dá espaço para que a pessoa se sinta reconhecida por tudo
o que ela faz, ou para que mude algo de seu comportamento no presente,
pensando no futuro. O esperado é que essa prática nas empresas – junto à
transformação digital e do mundo ágil -, aconteça, cada vez mais, de forma
constante e “face to face”. “A tendência, com o passar dos anos, é que deixe de
ser algo engessado e se torne comum, sendo realizado por meio de uma roda
de diálogo ou um espaço aberto para comunicação, onde tudo acontece
espontaneamente”, finaliza Andrade.

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