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Expansão Marítima Ibérica

Antecedentes:

Antes das Grandes Navegações, os europeus tinham a firme crença de que o mundo se limitava a Europa, Ásia e África.
Que quando se passasse de um determinado meridiano, por mar, cairia em um abismo sem fim, pois a Terra era plana,
redonda, como uma moeda. O Sol e a Lua passavam por cima dela e por baixo (explicando o ciclo lunar e o ciclo de
dias e noites).

Condições políticas:

Os europeus passavam por mudanças em suas políticas e governos:


1- Centralizações políticas: O reino de Portugal foi um dos primeiros a centralizar o poder na mão de uma única
pessoa: O Rei. Com poder máximo, pode controlar a economia e canalizar o esforço nacional para empreendimentos
como as NAVEGAÇÕES, que eram bem arriscadas.
2- As economias buscavam mais autonomia e praticavam o mercantilismo, ou seja, buscavam através do comércio e
da acumulação de metais preciosos (ouro e prata) a independência de cada país. Como Ouro era pouco, buscar ele
onde fosse possível era o estímulo para aventureiros e empresários.

Tecnologias da época:

Além da concentração política e das riquezas, os países tinham a sua disposição novas tecnologias ou melhoramento
das antigas, muitas delas eram de contatos com outros povos e leituras de textos antigos.
A- Bússola: antigo instrumento magnético que permitia se orientar pelos pontos cardeais, seguindo o
NORTE MAGNÉTICO. Era o mínimo para se localizar bem.
B- Astrolábio: É um instrumento usado para determinar a posição das estrelas. Ajudava na navegação em
conjunto com a bússola e mapas. Bom para ser usado em noites.
C- Sextante: Instrumento ótico que era usado para medir a distância com o auxílio dos astros.
Complementava o Astrolábio
D- Navios: As caravelas eram as “Ferraris” da época. Tinham toda a tecnologia para enfrentar o Oceano
Atlântico com certa segurança. Eram desconfortáveis mais duráveis. Equipadas com vários tipos de
velas, podiam navegar a favor do vento ou contra ele. Futuramente, naquela época, seriam substituídas
pelas “Naus”.

Portugueses: Os primeiros:

Os portugueses foram os primeiros a se lançarem aos mares. Isso aconteceu porque eles já estavam CENTRALIZADOS
politicamente. Tinham uma tradição de pesca de alto mar (pescavam bacalhau na Noruega). Como era um país
pequeno, sempre teve necessidade de comércio e a rota por terra para a Índia estava bloqueada pelos muçulmanos
(desde as Cruzadas). O mar era a escolha melhor, se não a única..

Os portugueses começaram a sua expansão pela costa africana. Nunca se afastando muito. Sempre de olho nas costas
africanas para não se perderem. Com o tempo, e novas tecnologias, se encorajaram a ir mais para o Oceano, sem ver
terras por um tempo, onde os ventos eram melhores e as correntes marítimas mais rápidas. Para os europeus, o
mundo terminava na África. Descobriram que não. Confirmaram que existia uma rota marítima para a Índia...e para
além dela, chegando até a China. Com o tempo, e se aventurando mais para o Oceano, descobriram também a costa
do Brasil.

Espanhóis: os segundos:
Os espanhóis foram os segundos a se lançar aos mares. Isso porque demoraram mais para se centralizar
politicamente. Enquanto os portugueses já eram uma nação com Rei central, os espanhóis estavam envolvidos com a
“Guerra da Reconquista” onde buscavam expulsar os muçulmanos do seu território. Isso atrasou suas aventuras
marítimas.
Com a rota por mar pela África para a Índia controlada por portugueses, tentaram outro caminho. Pelo Oeste. Nesse
momento, ideias de uma terra redonda já eram bem aceitas entre os “ilustrados”. Seguindo esse caminho,
descobriram o continente americano e passaram a explorar suas riquezas. Principalmente ouro e prata.

Tratado de Tordesilhas:

Como eram as única potências marítimas até então na época, Espanha e Portugal entraram em choque como era
esperado. Como eram somente as duas se acharam no direito de dividir o novo mundo entre si. Com o apoio do Papa
(que validava esse acordo), as duas nações fizeram um tratado em que as novas terras a Oeste, de uma linha
imaginária, seriam espanholas e as terras a Leste seriam portuguesas. Os Oceanos e Mares seriam território sem dono,
vias de acesso livres. A linha deixava sobre controle português a costa da África (como eles queriam) e uma parte da
costa da América do Sul (na época não tinha esse termo) que corresponde a costa do Brasil.

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