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CRIMINOLOGIA

Introdução
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online

INTRODUÇÃO

A palavra criminologia vem do latim crimino (crime) e do grego logus (estudo).


A criminologia se dedica ao estudo do crime.
Desde a Antiguidade, diversos pensadores e escrituras desenvolveram e
apresentaram conceitos relacionados à criminologia, aos delitos e a suas san-
ções.
Nesse período, foram lançadas as bases ou premissas éticas do delito, bem
como da sua punição:
• Código de Hamurabi (corrupção praticada por funcionários públicos);
• Mandamentos recebidos por Moisés – traziam aspectos punitivos;
• Isócrates (436-338 a.C.) – conceito de coautoria;
• Protágoras (485-415 a.C.) – caráter preventivo da pena;
• Sócrates (470-399 a.C.) – importância da ressocialização;
• Hipócrates (460-355 a.C.) – premissas da inimputabilidade penal;
• Platão (427-347 a.C.) – ganância, cobiça e cupidez geram a criminalidade
(aspecto econômico);
• Aristóteles (388-322 a.C.) – também visualizou aspectos econômicos na
causa do crime;

Período da Idade Média:


• Santo Agostinho (354-430 d.C.) – a pena deve assumir um papel de defesa
social, promovendo a ressocialização.
• São Tomáz de Aquino (1226-1274) – precursor da Justiça Distributiva, via
na pobreza uma das causas do roubo, defendendo o furto famélico (ideia
de excludente de ilicitude);
• Massimo Pavarini: para entender o objeto criminológico, temos que antes
entender qual a demanda por ordem naquele momento histórico, dentro do
horizonte das conflitividades sociais.
ANOTAÇÕES

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CRIMINOLOGIA
Introdução
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online

A criminologia não é imparcial. A definição do que é crime vai evoluindo (modi-


ficando) com a sociedade. Assim, a criminologia é fruto de uma construção his-
tórico-social. E as diversas escolas criminológicas, cada uma refletindo as influ-
ências do momento de sua concepção, bem revelam isso.
• Durante o período da Inquisição, há relatos de criminalização de condutas
contrárias às ideias vigentes.
• No século XVII, o poder punitivo do absolutismo começa a ser criticado, a popu-
lação passa a se identificar com o executado, e não com o monarca. O Direito
Penal surge então como maneira de limitação ao poder punitivo absolutista
(que visava tão somente garantir o poder – crime de lesa-majestade).
• Na segunda metade do século XVIII, na Europa, o conflito é confiscado,
o Estado passa a administrar o conflito. O medo da peste, dos invasores
mouros faz com que a “vadiagem” seja criminalizada.
• Com a ascensão da burguesia ao poder, na Revolução Francesa, surgem
as ideias de respeito à propriedade, de contrato social. O surgimento da
instituição asilar vai gerar um grande confinamento dos pobres, loucos,
indesejáveis.
• Mais tarde, com a Revolução Industrial, os incapazes passaram a ser um
problema. Quem não está nas fábricas passa a ser visto como criminoso.
• Já no século XX, filmes americanos passaram a colocar na condição de ini-
migos/criminosos os russos (guerra fria) e, posteriormente, árabes, latinos
(tráfico), máfia chinesa etc.
• Essa percepção facilitará a compreensão do conceito de criminologia e as
teses das diversas escolas criminológicas.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Bernardo Barbosa.
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