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Introdução
No que diz respeito a metodologia, o tipo de pesquisa quanto a abordagem foi dentro do
paradigma qualitativo, quanto aos objectivos foi uma pesquisa exploratória em simultaneidade
com o procedimento do estudo de caso, fazendo-se recorrer de instrumentos que permitiram
registar os dados que contribuíram para a resposta à pergunta inicial deste estudo.
Os meios para obtenção de dados para análise e reflexão sobre o tema principal desta pesquisa
foram a entrevista e os questionários dirigido aos professores e o corpo directivo da escola que
acompanharam todo o processo desenvolvido.
Após o processo, foi possível coligir dados advindos das várias fontes que permitiram a
compreensão sobre o nível de implementação da expressão dramática na Escola Primária
Completa de Napipine.
1.1.Contextualização
Esta pesquisa foi realizado na cidade de Nampula, principalmente na Escola Primária Completa
de Napipine. A Escola Primária Completa de Napipine, localiza-se no Bairro de Napipine, na
Rua 5003, na cidade de Nampula, no espaço da Missão católica de São Pedro. Ela apresenta os
seguintes limites: Norte – Edifício residencial dos Padres Missionários da Igreja de São Pedro-
Napipine, Sul – Centro de Saúde e Jardim Infantil de São Pedro de Napipine, Este – Casas
populares circunvizinhas, Oeste – Campus Universitários da universidade Pedagógica de
Napipine.
A Escola Primária Completa de Napipine foi fundada no ano 1943 e surge a partir da escola
Missionária de São Pedro, dirigida pelos Missionários Católicos que por ali se instalaram,
criando uma capela e uma garagem.
Ao passar do tempo a escola Missionaria de São Pedro passa a ser uma escola estatal em 1957,
nessa altura do seu funcionamento leccionava simplesmente até 3 ͣ classe, formando professores
do posto escolar. Em 1970, foi erguido um bloco de duas salas de aulas do professor e bloco
administrativo que dista a 100 metros do recinto).
1.2.Problematização
Todavia, a utilização do teatro como instrumento de ensino, permite que o aluno conheça, o
corpo, domine, as expressões e aprenda a trabalhar em grupo. Nessa concepção, o teatro aplicado
à educação possui o papel de mobilização de todas as capacidades criadoras e o aprimoramento
da relação vital do indivíduo ; As actividades dramáticas liberam a criatividade e humanizam o
indivíduo, pois o aluno é capaz de aplicar e integrar o conhecimento adquirido nas demais
disciplinas da escola e principalmente na vida. Isso significa o desenvolvimento gradativo na
área cognitiva e afectiva do ser humano.
Esta é, portanto, uma questão, ponto do qual levanta-se a seguinte questão: qual é o nível de
aplicação da expressão dramática na EPC de Napipine?
1.3.Objecto de estudo
1.4.Justificativa
Além disso, sob a perspectiva da obra de arte, o teatro abrange, no sentido filosófico, porque faz
repensar e querer modificar a realidade instaurada. Ademais, possui carácter lúdico e construi-se
como forma de lazer.
É nesta perspectiva que o autor desta pesquisa achou conveniente fazer estudo desta pesquisa
onde pretende saber até que ponto a expressão dramática pode contribuir para o desenvolvimento
intelectual das crianças no ensino básico.
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1.5.Objectivos de pesquisa
Qualquer trabalho cientifico que seja, passa por uma planificação com base, nos objectivos
previamente definidos, os quais espalham os resultados esperados.
1.6. Hipóteses
A formulação de hipóteses num projecto é uma suposição ou possível resposta que vai desmentir
ou confirmar daquilo que se pensa se resposta da questão.
Segundo GIL (1999:56), hipótese é “ uma suposição que pode ser colocada a prova para
determinar a sua validade”, isto é uma suposta resposta ao problema a ser investigado. Sendo
assim, a pesquisa supõe que:
1.7. Metodologias
Assim nesta parte são apresentadas e descritas as escolhas metodológicas que foram seguidas
nesta pesquisa. Para isso apresenta-se a descrição dos principais elementos constituintes da
metodologia adoptada na prossecução dos objectivos apresentados.
Esta investigação está inserida no paradigma qualitativo, este paradigma , para RICHARDSON
(1991:80 apud BEUREN e RAUPP 2008) menciona que “os estudos que empregam uma
metodologia qualitativa podem descrever a complexidade de determinado problema, analisar a
interacção de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por
grupos sociais”.
Destaca ainda que abordar um problema qualitativamente pode ser uma forma adequada para
conhecer bastante a natureza de um fenómeno social. Todavia foi compreendido o nível de
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Quanto aos propósito, este tipo de pesquisa foi uma pesquisa exploratório, por que a sua
finalidade foi obter um esclarecimento sobre a dramatização (teatro) Na Escola Primária
completa de Napipine. Por sua vez:
Esta pesquisa foi importante porque v ajudou o pesquisador na acção de respostas para a solução
do problema sobre a dramatização na EPC de Napipine, esta acção foi ser realizada de forma
colaborativa. Participação e colaboração dos outros no processo de investigação foi um dos
pilares desta metodologia.
A pesquisa exploratória tem desvantagens porque os seus dados são menos confiáveis. Uma das
razões é a sua data de colecta. Visto que determinados dados exigem actualizações contínuas.
Foi um estudo de caso, que segundo GIL, ( 2002, p. 58) “O estudo de caso é caracterizado pelo
estudo profundo de um ou de poucos objectos, de maneira a permitir seu conhecimento amplo e
detalhado”.
Este procedimento foi importante porque ajudou ao pesquisador a basear-se principalmente pelo
estudo concentrado de um único caso. O estudo realizado por este projecto refere-se ao caso da
EPC de Napipine, a partir de um estudo da dramatização.
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A importância dos questionários passou também pela facilidade com que se interrogou um
elevado número de pessoas, num espaço de tempo relativamente curto.
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A técnica apresenta as seguintes vantagens sobre as demais técnicas de colecta de dados tais
como: Possibilitou atingir grande número de pessoas, mesmo aqueles que estiveram dispersas
numa área geográfica muito extensa, já que o questionário pode ser enviado pelo correio;
Implicou menores gastos com pessoal, posto que o questionário não exigiu o treinamento dos
pesquisadores; Garantiu o anonimato das respostas; Permitiu que as pessoas o respondessem no
momento em que julgaram mais conveniente;
Por outro, ele aponta pontos negativos da técnica: Excluiu as pessoas que não sabem ler e
escrever, o que, em certas circunstâncias, conduz a graves deformações nos resultados da
investigação; Impediu o auxílio ao informante quando os outros não entendiam correctamente as
instruções ou perguntas; Não oferece a garantia de que a maioria das pessoas devolvam-no
devidamente preenchido, o que pode implicar a significativa diminuição da representatividade da
amostra; Envolve, geralmente, número relativamente pequeno de perguntas, porque é sabido que
questionários muito extensos apresentam alta probabilidade de não serem respondidos;
proporciona resultados bastante críticos em relação à objectividade, pois os itens podem ter
significados diferentes para cada sujeito pesquisado.
2ᵃ etapa: foi aplicado a entrevista neste sentido GIL (1994:113) considera que a entrevista é “a
técnica em que o entrevistador se apresenta frente ao investigado e lhe formula perguntas, com
o objectivo de obtenção dos dados que interessam a investigação”. Pois possibilitou, obter
informações e opiniões sobre o fenómeno em estudo.
Sendo a entrevista uma conversa entre o entrevistado e um entrevistador que tem o objectivo de
extrair determinada informação do entrevistado permitiu ao pesquisador captar a informação
desejada de uma forma directa e imediata praticamente com o corpo directivo e sobre os mais
variados tópicos. A técnica de entrevista possibilitou, também, ter acesso ao que as pessoas
pensam sobre a dramatização, aos seus pontos de vista, aos seus valores. Permitiu também
aceder aos significados que as pessoas atribuem às coisas e às situações respeitando como os
seus próprios quadros de referência – a sua linguagem e as suas categorias mentais. Deste modo,
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1.7.5. Universo
1.7.6. Amostra
Entende-se por amostra da pesquisa, a parte mais ínfima e representativa do universo. Assim,
para a realização desta pesquisa recorrereu-se a uma amostra de 25 sujeitos entre eles; o corpo
directivo e os professores.
Quanto a amostra, este tipo de pesquisa foi estratificada. Para AZEVEDO (2011) este tipo
“Consiste na divisão de uma população em grupos (chamados estratos)”. É importante porque
serviu para produzir estimativas mais precisas, produzir estimativas para a população como um
todo e para subpopulações, dentre outras.
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Esta parte acolhe a recolha teórico conceptual realizada sobre conceitos que sustentaram uma
linha orientadora que serviu de base ideológica a esta pesquisa. A literatura da especialidade
permitiu encontrar definições, visões e perspectivas de vários autores sobre os conceitos de
expressão dramática e o desenvolvimento intelectual da criança no ensino.
O encontro de uma base conceptual sobre estes conceitos permite estabelecer o contexto que
serve como ponto de partida para o desenrolar do trajecto.
A procura de uma definição para a Expressão Dramática pode levar ao encontro de vários pontos
de vista e referências conceptuais que apontam para vários trajectos.
Numa perspectiva diferente, DOMINGUEZ (1978) destaca sua experiência positiva com
espectáculos teatrais no ambiente da escola, afirmando que a “produção de peças é uma das
formas que a actividade “teatro na educação” pode assumir.” E que, ainda que o professor que
Trabalha com o teatro enfrente problemas como número de aulas insuficientes para o
desempenho de um bom trabalho, classe inteiras e com grande quantidade de alunos, o
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preconceito com a actividade artística, tida como empecilho para outras actividades intelectuais,
essa é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento social, intelectual e cultural do aluno.
“ao se trabalhar com teatro na escola deve-se ter como objectivo levar os
alunos a desenvolver características fundamentais para o melhor
desempenho escolar como: espontaneidade, aceitação de regras,
criatividade, auto-conhecimento, senso crítico, raciocínio lógico, intuição,
conhecimento do grupo e de si próprio e do conhecimento do ambiente”.
No entanto, o autor alerta para a dificuldade de se trabalhar como esse tipo de técnica, sugerindo
que para alcançar tais objectivos o professor que se propuser a trabalhar com teatro, deve
desenvolver suas actividades de modo que os alunos estejam sempre motivados, produzindo
efeitos positivos como a emancipação e iniciativa na realização de actividades dentro e fora da
escola. Com isso, estabelecer formas de motivação proporcionada com excesso de imposição de
disciplina e privação da liberdade de acção ao aluno, poderá acarretar problemas de ordem social
(aluno-professor-escola).
A experiência exposta por DOMINGUEZ (1978) como uma eficiente forma de se trabalhar o
teatro na escola, sugere delegar aos alunos a função de liderança no grupo, ficando o professor
como mediador da tarefa, auxiliando os alunos na resolução dos conflitos que eles não saibam
superar, à medida em que forem aparecendo.
Pois para este autor, aonde o professor se torna indispensável é justamente em clarear, em
levantar, em resolver as barreiras emocionais que o grupo encontra e que impede o trabalho se
desenvolva de uma forma harmónico DOMINGUES(1978:21).
Como se pode perceber, esse tipo de aplicação do teatro depende do cuidado e do bom senso do
educador, o qual deve estar, antes de qualquer coisa, preparado intelectual e pedagogicamente
para as técnicas dos trabalhos dramáticos, inclusive, no momento da avaliação que, segundo
DOMINGUEZ (1978) “é uma tarefa complexa, uma vez que os pontos de referência de
desempenho da actividade são muito subjectivos.”
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2.1.Conceitos Básicos
Para ROBSON (2005:1) teatro é “uma forma de arte em que actor ou conjunto de actores,
interpreta um história ou actividade para o público em um determinado lugar, com auxilio de
dramaturgos ou situações improvisadas, de directores e técnicos”.
Assim o espectáculo tem como objectivo apresentar uma situação e despertar sentimentos no
público.
Segundo a Enciclopédia Britânica, a palavra teatro deriva do grego theaomai (θεάομαι) - olhar
com atenção, perceber, contemplar (1990, vol. 28:515). Theaomai não significa ver no sentido
comum, mas sim ter uma experiência intensa, envolvente, meditativa, inquiridora, a fim de
descobrir o significado mais profundo; uma cuidadosa e deliberada visão que interpreta seu
objeto (Theological Dictionary of the New Testament vol.5:pg.315,706).
Surgimento do teatro
Cerca de 500 anos o homem descobriu que a terra lhe dava comida. Com a descoberta da
agricultura o homem ganha o desenvolvimento da memória. É passagem de testemunho por
histórias contadas pelos idosos durante o tempo em que este já não praticavam a caça, por caus
de idade.
Tempo, lazer, histórias, tradição, foram os elementos que condicionaram o nascimento do teatro.
Outro elemento que também nasce com a agricultura é o público. Pode se definir-se o teatro
como a arte de parecer, de exprimir a realidade representando-a.
Pode-se chegar a um acordo sobre a expressão dramática, seja qual for o método pedagógico
recomendado, se se encarar a expressão dramática como técnica educativa, encontraremos a sua
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História do teatro
A História também pode servir de aparato de compreensão sobre importância e função do teatro
como ferramenta para o educador. Do teatro grego até o expressionista, pode-se perceber que
cada período histórico, dá um contorno específico para o teatro, em relação ao espaço cênico ou
à quantidade de personagens, por exemplo. Tudo, no âmbito teatral, é bastante significativo em
relação ao tempo/espaço que a peça é representada.
No teatro grego, conforme cita REVERBEL (1993), a máscara era utilizada como forma de
concretizar a separação actor/personagem.
Já que se acreditava na criação como uma dádiva dos deuses, o actor era um mero executante.
Apenas mais tarde, na cultura ocidental, é que se percebe a aproximação do actor às
características do personagem, caracterizando uma simbiose artística. Além do mais, a máscara e
demais adereços de figurino eram usados para que os personagens pudessem ser construídos
segundo o enredo, uma vez que só havia homens envolvidos na actuação.
No período conhecido como expansionista, séculos XV e XVI, a ação do teatro foi nitidamente
pedagógica, em virtude de sua utilidade nas missões jesuíticas, em que missionários pregavam o
ideal contra-reformista por meio da mímica e até mesmo via texto teatral, em que os próprios
nativos encenavam como forma de aprendizagem, aliás, muito eficiente, dos valores da
catequese católica. O Auto de São Lourenço, do Padre José de Anchieta, é um exemplo de teatro
pedagógico.
Era um hábito comum do século XIX a elite frequentar os teatros após uma farta ceia, pois era
uma diversão ver as peças famosas sendo encenadas, com suas produções e figurinos suntuosos.
O teatro, a partir daí, ganha status de espectáculo, competindo talvez com as apresentações de
circos e, bem depois, com o cinema, o qual ocupa importante lugar no ranking de exibições da
modernidade configurada no século XX.
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Mas com o passar do tempo e o surgimento das novas tecnologias, das máquinas a vapor, fruto
da Revolução Industrial, e, posteriormente, do cinema e da televisão, o teatro passou a sofrer
uma influência desses veículos, de modo que alguns programas ou filmes passaram a adoptar
moldes de interpretação do teatro.
Ensino Básico
Desenvolvimento intelectual
Expressão
É acção de assumir um vida imaginaria, realizada pelo actor. O actor mete-se na pelo do
personagem.
Jogo dramático
Encenação
Actor
É aquele que empresta a sua voz, o seu corpo, ao personagem. Actor é o individuo que empresta
o seu corpo, emoções, sentimentos.
Drama
Ou “peça de teatro” é o projecto escrito com a finalidade de dar á peça literária, poderá se uma
pequena história pensada já para ser levada ao teatro, ou a fabula, ou um romance a sua
expressão teatral.
Analisar o meio social, geográfico, cultural, e outros atributos em que o personagem vai
agir e saber a linha de sua composição tipológica;
Ter consciência de que o teatro não é um campo para vaidades pessoais e colectivo, deve
predominar sobre o individual;
Manter a fé cénica no que o personagem acredita e estudar cuidadosamente as intenções
do seu personagem tipológico e na relação o contexto da peҫa e sentir prazer e o
compromisso por esse momento mágico e encantador.
A dicção
É umas das técnicas chave do teatro, muitas vezes é dela que depende se a peça é percebida pelo
público ou não, por isso os actores apostam muitas vezes em trabalhar a dicção. Mas também no
nosso dia-a-dia a dicção é importante para sermos percebidos e conseguir argumentar as nossas
ideias claramente.
A projecção da voz
É outro elemento muito importante, com esta técnica o actor fala alto sem esforçar as suas
cordas vocais e isto, associado à dicção, é um elemento chave para que o nosso publico entenda a
peça para no final poder comentar se gostou ou não, se entendeu qual a história da peça, etc.
Podemos utilizar estas duas técnicas em conjunto na apresentação de projectos quer seja na
universidade, que é o nosso caso, como no trabalho. Isto vai facilitar a compreensão do trabalho
e futuramente a crítica.
Quando um actor recebe em mãos a próxima peça a ser realizada, a primeira coisa que faz é lê-la
do princípio ao fim, para compreender o tipo de peça (se é uma comédia, um drama, um
suspende, etc.). Depois pode sublinhar as falas da sua personagem, para a distinguir das outras
quando for para decorar. Mas, antes de passar para fase de decorar as nossas falas e as deixas das
outras personagens, temos que perceber a personagem, quais são as suas características, quais
são os seus defeitos e os seus sentimentos em relação à história.
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Quando decoramos a peça temos que a dividir por partes quando esta é muito grande, podemos
ler em voz alta a nossas falas para decorar, podemos pedir ajuda a alguém que nos dê as deixas
para depois dizermos as nossas falas.
O actor é que tem que escolher a que se adapta melhor a si. Esta forma de estudar o texto pode
ser aplicada nos estudos como no trabalho, primeiro temos sempre que compreender um texto
para poder depois decorar, o que vai facilitar a memorização, porque a partir do momento que
temos as ideias chave do texto torna-se mais fácil memorizá-lo
A respiração toráxica faz que a nossa voz, quando é projectada com os nervos, saia tremida, e
isso faz com que o público não perceba as falas daquele actor. Por isso a respiração abdominal
substitui a toráxica, para a voz sair firme e segura, sem se notar o nervosismo inicial do actor que
depois de pisar o palco passa, esquecem-se os nervos e encarna-se a personagem.
A respiração abdominal pode ser utilizada quando temos que apresentar um projecto, ou quando
temos que falar em frente de centenas de pessoas e nos sentimos nervosos. A nossa voz vai sair
de forma perceptível, firme e segura, sendo que ninguém vai notar o nosso nervosismo, o que faz
com que, enquanto apresentamos, comecemos a sentir-nos mais relaxados, porque ninguém
notou a nossa insegurança inicial. Isto são pequenas coisas no nosso dia-a-dia que nem
reparamos como podem ser importantes no teatro, da mesma maneira que não reparamos como o
teatro pode ser tão importante para nos ajudar no nosso dia-a-dia.
O aluno-actor
O aluno-actor não pode comunicar idéias complexas e refinadas, como um actor profissional
experiente. Por isto a peça pedagógica é sempre simples e direta nos seus diálogos e nas suas
acções. Porém, por mais singela que seja, os actores precisarão de algum conhecimento e treino,
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Escolha de autores
Ter saúde;
Inteligência;
Não pode ser inseguro, ter dicção pobre, comportamento corporal desleixado. Deve demonstrar
também desejo de crescimento e liderança; interesse em desafios.
A primeira reunião
O professor fará a leitura do plano da peça com a indicação provisória das funções técnicas e
indicação dos personagens. Essa primeira leitura do plano da peça é para o:
Esclarecimento do texto;
Entendimento dos personagens;
Entedimento do estilo;
Entedimento da linguagem;
Entendimento do ritmo da narrativa;
Entedimento da encenação;
Entendimento do seu objetivo educacional.
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Leituras de mesa
Vencida a primeira etapa, o professor pode reunir-se com o elenco para a primeira leitura de
mesa, ou seja, a leitura em comum do texto, cada um com a sua fala, lida com leitura “plana”,
no tom normal de uma conversa. A leitura expressiva, com as entonações próprias de cada cena,
deve esperar pelo primeiro ensaio no palco, para ficar bem calibrada em relação ao espaço em
que o actor vai trabalhar. Para desarmar possíveis conflitos por ressentimentos e abusos de crítica
entre os alunos, o Professor ( com estratégia) poderá, antes de iniciar a sessão de leitura,
preveni-los de que haverá gaguejos, erros de pronúncia, e outras imperfeições que poderão ser
motivo de riso, mas que isto é normal na primeira abordagem do texto e não deve ofender
ninguém. ( função pedagógica).
Medo do palco
A maior diferença entre o palco e a tribuna de um comício é que, neste último, o político
preocupa-se primeiro com o que está falando, enquanto no palco os actores estão mentalmente
concentrados nas ações e nas circunstâncias e situações da peça, e não primeiramente nas
palavras. A ação elimina a tensão. O actor não precisará temer o esquecimento do texto: ao
concentrar-se na acção (gestos), as palavras que a acompanham fluirão naturalmente. As palavras
são pedidas pela ação, e por isso esta o ajudará a reter na memória a sua fala.
Objectos,
Da mobília e das
Características do cenário.
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Aprendendo a representar
Identificação representativa onde o aluno fará uma critica comparativa para chegar a uma
identificação perfeita do tipo que irá representar, vai treinar o sotaque, profissões e seus
equipamentos contracenar.
Ensaio de palco
Em ambas teorias pesquisadas para este Project, fica evidente que o teatro possui múltiplas
possibilidades de aplicação, basta apenas que o professor saiba como utiliza-las e conseguir
desenvolver as habilidades citadas.
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Esta parte é descrito a compreensão dos objectivos de estudo a partir das várias respostas às
questões que foram colocadas aos Professores e o corpo directivo da escola, e consecutivamente
é apresentado as conclusões sobre os dados colhidos.
No que refere á questão (1)“ tem se realizado espectáculos teatrais no recinto escolar?” esta
questão foi colocada a 5 membros da direcção da escola, sendo que 3 que corresponde a 60%
responderam claramente que sim, tem se realizado espectáculos teatrais só apenas nos dias
comemorativos; 2 que corresponde a 40% reponderam claramente que não tem se realizado
espectáculos teatrais no recinto escolar; isto da entender que na Escola Primária Completa de
Napipine o teatro é visto que serve só no uso reiterado em datas históricas comemorativas e sem
nenhum objectivo de facto pedagógico, como aprofunda o pensador Reverbel (1996), “ o teatro
não deve ser realizado de formatos de espectáculos, em que as crianças apresentam uma peça
previamente ensaiada para um público. Já que esse tipo de actividade gera, segundo a autora,
uma expectativa por parte desses espectadores sobre o aluno. Pais, professores e colegas acabam
esperando um desempenho profissional e na escola não há actores, há alunos desempenhando
função lúdica, proposta como actividade didáctica.” De acordo a com a autora, o teatro deve ser
explorado pelo o educador dentro do espaço da sala de aula e com objectivo primeiro de
desenvolver as capacidades de expressão, relacionamento, espontaneidade, imaginação,
observação e percepção as quais são as próprias do ser humano, mas necessitam de ser
estimuladas e desenvolvidas. As actividades dramáticas (mímicas, jogos, improviso, recriação
etc), nessa perspectiva são um valioso instrumento para o professor.
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A questão (2) “ a direcção tem uma iniciativa em colaboração com os professores para a
produção de peças teatrais no recinto para servir de técnica de ensino na sala?” dos 5
entrevistados, 4 que corresponde a 80% responderam que a iniciativa para a produção de peças
parte dos professores aqueles que se voluntariam e depois apresentam a direcção da escola
tratando de situações sócias da comunidade e não conteúdos disciplinares propostos pela escola;
1 que corresponde a 20% respondeu claramente que a iniciativa tem sido da direcção da escola
em coordenação com os professores para apresentação no recinto escolar. Dos resultados obtidos
conclui-se que na Escola Primária Completa de Napipine a iniciativa para a produção peças
teatrais parte dos professores e seguidamente apresentam a direcção da escola tratando situações
da comunidade. De acordo com REIN (1999), O interesse pela inserção do teatro não deve
partir apenas do professor, tem que ser pensado com todos os componentes da comunidade
escolar. Na medida em que colocamos em nossos currículos teorias teatrais e paralelamente
actividades que desenvolvam a sensibilidade humana, ou seja, atingindo o intelecto e o
emocional, estaremos assim, construindo uma cultura de verdade.
Da entender que na Escola Primária Completa de Napipine o teatro é reservado mais para
resolver os problemas que a escola enfrenta como o caso de “atrasos e desistências” dos alunos,
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não se encara o teatro como um instrumento educativo ou um poderoso meio para gravar na sua
memória um determinado tema. Como consequência disso as crianças não desenvolvem seus
aspectos sócio cognitivos, como também, a criança não interage com os conteúdos de forma
prazerosa.
A questão (4) “ quais são as actividades que devem ser desenvolvidas para implementar-se
espectáculos teatrais no recinto escolar?” dos 5 entrevistados, 1 que corresponde a 20%
respondeu que deve se produzir peças ao nível da escola sobre o atraso dos alunos, desistências e
suas consequências; 3 que corresponde a 60% responderam que deve se formar um grupo
especial para tratar assuntos de teatros nos dias comemorativos; 1 que corresponde a 20%
respondeu que deve se apresentar peças teatrais nas zonais sub-urbanos para estarem
actualizados.
Com essas respostas chegou a conclusão que na Escola Primária Completa de Napipine opta em
formar um grupo especial para tratar assuntos de teatros nos dias comemorativos. Não se aplica
teatro como técnica de ensino, naquela escola não existem professores preparados
pedagogicamente para as técnicas dos trabalhos dramáticos, como consequência disso as crianças
o aluno não melhora a aprendizagem dos conteúdos propostos pela escola, não modifica a
realidade instaurada e défice no aprofundamento de ser reflexivo e social.
No que refere a questão (1) “ tem se realizado espectáculos teatrais no recinto escolar”, esta
questão foi inquirido a 20 professores, 5 que corresponde a 25% responderam que sim, realizam
se espectáculos teatrais no recinto para sensibilizar os alunos de modo a aderirem e formarem um
grupo da escola; 12 que corresponde a 60% responderam claramente que não se realizam
espectáculos teatrais no recinto porque há falta do professor capaz para se entregar e formar
alunos para realizar os espectáculos dentro do recinto escolar; e apenas 3 não responderam a
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questão. Com essas respostas apresentadas da entender que na Escola Primária Completa de
Napipine não existem professores formados na área do teatro para usufruírem esta técnica isto
faz com que os professores não fazem dramatizações de conteúdos que o professor quer que o
aluno aprenda de forma lúdica , conteúdos da disciplina. E o aluno acaba não se formando em
seu crescimento pessoal, com ele próprio e na sociedade.
No que se refere a questão (2), “você gosta de teatro?” dos 20 professores inquiridos, 18 que
corresponde a 90% responderam claramente que sim, gostam de espectáculos ou peças teatrais;
2 que corresponde a 10% reponderam que não gostam de espectáculos teatrais. Com essas
respostas da entender que na Escola Primária completa de Napipine os professores gostam do
teatro, mas não esta sendo explorado pelos os professores. Como aprofunda o autor Reverbel
(1996) diz que o teatro deve ser explorado pelo o educador dentro do espaço da sala de aula com
o objectivo primeiro de desenvolver as capacidades de expressão, relacionamento,
espontaneidade, imaginação, observação e percepção as quais são as próprias dos ser humano,
mas necessitam de ser estimuladas e desenvolvidas. Porém na Escola Primária Completa de
Napipine o teatro não esta se explorar.
A questão (3) faz referencia a utilização do teatro na sala como instrumento de ensino. Dos 20
inquiridos, 9 que corresponde a 45% reapoderam que sim utilizam o teatro na sala de aula como
instrumento de ensino porque é forma de motivar os alunos; 10 que corresponde a 50%
responderam claramente que não utilizam o teatro dentro do espaço da sala como instrumento de
ensino porque precisa de ter conhecimento para tal, não tem conhecimento para ensino de teatro;
1 que corresponde a 5% não respondeu a questão. Com essas respostas apresentadas da entender
que na Escola primária completa de Napipine, os professores não utilizam o teatro dentro do
espaço da sala como instrumento de ensino como consequência disso há muitos alunos
desmotivados para com a aprendizagem e o ambiente escolar ou apáticos aos conteúdos e
deficientes em sua expressão comunicativa e expressiva. Como aprofunda o autor MAGALDI
(2009), a utilização no teatro como instrumento de ensino, permite que o aluno conheça o corpo,
domine as expressões e aprenda a trabalhar em grupo.
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3.1.9. Ajuda que gostaria de receber para realizar se espectáculos teatrais no recinto
escolar
No que refere a questão (4) “ que tipo de ajuda gostaria de receber para realizar-se espectáculos
teatrais no recinto escolar?” dos 20 professores inquiridos, 7 que corresponde a 35%
responderam que gostariam ter professores do teatro e disponibiliazar-se lugar suficiente; 10 que
corresponde a 50% responderam que deve se incluir o horário como as outras disciplinas e
formar instrumentos suficientes, para a realização do teatro tais como: mascaras, uniformes, e
outros; apenas 3 que corresponde a 15% não responderam a questão. As respostas obtidas da
concluir que na Escola Primária Completa de Napipine não esta incluído as artes, isto faz com
que o aluno não vivencia maior número de artes como aprofunda o pensador MAGALDI (2009),
cabe ao pedagogo o ensino das diversas disciplinas nos anos iniciais do ensino Básico, incluindo
artes, componente obrigatória. Se deseja no ensino Básico, que o aluno possa vivenciar o maior
número de artes.
No que refere á questão (5) “qual é a importância do teatro para aprendizagem do aluno” dos
20 professores inquiridos, 4 que corresponde a 20% responderam que o teatro é importante para
motivar alunos; 16 que corresponde a 80% responderam que o teatro é importante por que ajuda
ao aluno a expressar-se melhor e contribuir bastante na sala e ultrapassar as suas dificuldade.
Com essas respostas apresentadas da entender que na Escola Primária Completa de Napipine os
professores sabem que o teatro pode ajudar os alunos a ultrapassar suas dificuldades como
expressar-se e expor se perante os outros, mas não esta sendo explorado pelos professores
naquela escola, os professores não sabem como utilizar esta técnica para conseguir as habilidades
diferentes nas crianças e isto contribui negativamente para o aluno porque não desenvolve suas
capacidades de expressão, relacionamento, observação, percepção e espontaneidade as quais
necessitam de ser estimuladas.
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3.3.1. A falta de formação continuada de professores nas áreas de arte influência para a
desmotivação dos professores
Deu para perceber que a hipótese foi positivamente aprovada, de acordo com as declarações dos
professores sobre a questão (1) “tem se realizado espectáculos retrais aqui no recinto escolar?”
dos 20 professores inquiridos, 5 que corresponde a 25% responderam que sim, realizam se
espectáculos teatrais no recinto para sensibilizar os alunos de modo a aderirem e formarem um
grupo da escola; 12 que corresponde a 60% responderam claramente que não se realizam
espectáculos teatrais no recinto porque há falta do professor capaz para se entregar e formar
alunos para realizar os espectáculos dentro do recinto escolar; e apenas 3 não responderam a
questão. Com essas respostas apresentadas da entender que na EPC de Napipine os professores
assumem a necessidade de formação de professores na área do teatro porque regista-se escassez
da mesma, isto ajudaria as professores a estarem motivados para trabalharem com este tipo de
técnica.
3.1.2. A falta de inclusão da arte no ensino Básico como as diversas disciplinas influência
para o aluno não desenvolver capacidades de expressão, relacionamento, imaginação,
observação e percepção
Em relação á esta hipótese também foi positivamente aprovada, de acordo com as declarações
dos professores em relação á questão (4) “que tipo de ajuda gostaria de receber da escola para
começar a realizar-se espectáculos teatrais aqui no recinto escolar? dos 20 professores
inquiridos, 7 que corresponde a 35% responderam que gostariam ter professores do teatro e
disponibiliazar-se lugar suficiente; 10 que corresponde a 50% responderam que deve se incluir o
horário como as outras disciplinas e formar instrumentos suficientes, para a realização do teatro
tais como: mascaras, uniformes, e outros; apenas 3 que corresponde a 15% não responderam a
questão. As respostas obtidas da concluir que na EPC de Napipine deve estar incluído as artes
no horário semanal, isto facilitaria para o resgate de muitos alunos desmotivados para com a
37
Conclusão
Durante o estudo foram verificadas barreiras e dificuldades no que concerne o não querer
receber questionários por parte de alguns professores o que dificultava a recolha dos dados. Mas
também há que louvar o esforço da direcção em procurar criar condições para que a actividade
decorre-se da melhor maneira possível.
É de salientar que os professores mostraram que não sabem como utilizar o teatro de forma a
desenvolver habilidades dos seus alunos porque na sua maioria não estão preparados
intelectualmente e pedagogicamente para as técnicas dos trabalhos dramáticos. No entanto os
Profissionais de Educação deveriam e devem continuar a obter formação nesse sentido, de forma
a terem contacto com novas técnicas, troca de ideias, de dificuldades, de facilidades, sugestões
entre muitos outros pormenores que tornariam a sua prática educativa mais direccionada para a
Expressão Dramática, tendo em conta que é uma área que surge como possível de ser dinamizada
a partir de qualquer conteúdo a ser leccionado, em qualquer área disciplinar.
38
Propostas
Bibliografia
BEUREN, I. M.; RAUPP, F. M.; Metodologia da Pesquisa Aplicável às Ciências Sociais. São
Paulo: Atlas, 2008. p. 46-97.
CARMO, H., & Ferreira, M. Metodologia da investigação. Guia para auto aprendizagem. 2ª.
Edição. Lisboa: Universidade Aberta. (2008).
DOMINGUEZ, José António. Teatro e educação: Serviço Nacional do Teatro, uma pesquisa. Rio
de Janeiro: 1978.
GIL, António, Carlos. Metodologias e técnicas de pesquisa social. 4ed.SP Editora, Altas, 1994.
LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Maria Andrade, Metodologia Cientifica 2 ed.SP. Atlas
1991.
REIN, Hagen, Mark. Vampiro: mascara, São Paulo, devir livraria LTDA, 1999.
Apêndice
41
Não 2 10
3 Você utiliza teatro na sua Sim, é uma forma de motivar os 9 45
turma como instrumento de alunos
ensino para os alunos? Não, precisa de ter 10 50
conhecimento para tal
Não respondeu a questão 1 5%
4
lugar suficiente e com professor 7 35
de teatro
Que tipo de ajuda gostaria de Incluir-se o teatro no horário 10 50
receber da escola para começar como as outras disciplinas e
a realizar se teatros aqui no fornecer instrumentos para a
recinto escolar? realização do teatro tais como:
mascaras uniformes e outros
44
Pretende-se com esta entrevista, colher informações acerca da expressão dramática (teatro), caso
EPC de Napipine. Com esta entrevista visa apurar os dados que ajudarão a superar dificuldades
de expor ideias e opiniões dos alunos na sala de aula.
Identificação
Questões de entrevista
6. Quais são as actividades que devem ser desenvolvidas para a realizar-se peças teatrais no
recinto escolar?
Com este questionário visa apurar dados que ajudarão a superar dificuldades de expor ideias e
opiniões dos alunos na sala de aula. São questões que estão relacionados com expressão
dramática (teatro) Não é obrigatório que coloque o seu nome. Faz parte de um trabalho de
investigação que estou a desenvolver e para o qual peço a vossa colaboração.
Parte I: Identificação
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3. Você utiliza teatro na sua turma como instrumento de ensino para os alunos? Sim ( ) não ( ).
Prque?________________________________________________________________________
4.Que tipo de ajuda gostaria de receber da escola para começar a realizar-se teatros aqui no
recinto escolar?
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