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Introdução

O presente estudo subordina-se ao tema “expressão dramatiza e o desenvolvimento intelectual


das crianças do ensino Básico”, parte de uma questão investigativa inicial que procura saber o
nível de aplicação da expressão dramática na Escola Primária Completa de Napipine. Assim
objectivo geral do estudo foi compreender o nível de aplicação da expressão dramática na
Escola Primária Completa de Napipine e os objectivos específicos do estudo foram: Identificar
as dificuldades encontrados pelos professores na prática de expressão dramática; Descrever a
frequência da prática de expressão dramática na Escola Primária Completa de Napipine e Propor
estratégias de ensino aprendizagem da expressão dramática. Foi estabelecido um constructo
teórico que define a Expressão Dramática como uma técnica educativa que pretende se
privilegiar a capacidade de expressão pelo gesto e pela palavra do domínio da personagem na
perspectivas de vários autores que debruçam se sobre a expressão dramática.

No que diz respeito a metodologia, o tipo de pesquisa quanto a abordagem foi dentro do
paradigma qualitativo, quanto aos objectivos foi uma pesquisa exploratória em simultaneidade
com o procedimento do estudo de caso, fazendo-se recorrer de instrumentos que permitiram
registar os dados que contribuíram para a resposta à pergunta inicial deste estudo.

Os meios para obtenção de dados para análise e reflexão sobre o tema principal desta pesquisa
foram a entrevista e os questionários dirigido aos professores e o corpo directivo da escola que
acompanharam todo o processo desenvolvido.

Após o processo, foi possível coligir dados advindos das várias fontes que permitiram a
compreensão sobre o nível de implementação da expressão dramática na Escola Primária
Completa de Napipine.

A pesquisa em destaque, obedece a seguinte estrutura em termos de organização: tem três


capítulos, no primeiro Capitulo foi apresentada uma contextualização do tema escolhido para o
seu desenvolvimento durante o processo do estudo, ainda foi desenvolvida os procedimentos
metodológicos; no segundo capitulo há uma apresentação da fundamentação teórica sobre a
expressão dramática, a sua importância no desenvolvimento da criança; e o terceiro capitulo
aborda sobre, apresentação e descrição analise e interpretação de dados.
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CAPITULO I: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

1.1.Contextualização

Esta pesquisa foi realizado na cidade de Nampula, principalmente na Escola Primária Completa
de Napipine. A Escola Primária Completa de Napipine, localiza-se no Bairro de Napipine, na
Rua 5003, na cidade de Nampula, no espaço da Missão católica de São Pedro. Ela apresenta os
seguintes limites: Norte – Edifício residencial dos Padres Missionários da Igreja de São Pedro-
Napipine, Sul – Centro de Saúde e Jardim Infantil de São Pedro de Napipine, Este – Casas
populares circunvizinhas, Oeste – Campus Universitários da universidade Pedagógica de
Napipine.

A Escola Primária Completa de Napipine foi fundada no ano 1943 e surge a partir da escola
Missionária de São Pedro, dirigida pelos Missionários Católicos que por ali se instalaram,
criando uma capela e uma garagem.

Ao passar do tempo a escola Missionaria de São Pedro passa a ser uma escola estatal em 1957,
nessa altura do seu funcionamento leccionava simplesmente até 3 ͣ classe, formando professores
do posto escolar. Em 1970, foi erguido um bloco de duas salas de aulas do professor e bloco
administrativo que dista a 100 metros do recinto).

Em 1964, o estado compreendeu um esforço no sentido de construção de mais um pavilhão de


cinco salas de aula. Em Julho de 1976, o Governo Moçambicano nacionalizou o ensino, assim
esta passou a chamar-se de Escola Primária Completa de Napipine que gradualmente foi subindo
em efectivos e níveis de ensino até a categoria de ensino primário do 2 grau. Actualmente a
Escola Primária Completa de Napipine lecciona 7 classes nomeadamente 1ª,2ª,3ª,4ª,5ª,6ª e 7ª
classes distribuídos em três (3) turnos. Porém o primeiro turno inicia das 06 ás 10h, lecciona
3ª,4ª e 5ª classes; o segundo turno inicia das 10 ás 13h, lecciona 1ª e 2ª classes e o terceiro turno
inicia das 13h ás 17h com 6ª e 7 ª classes.
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1.2.Problematização

A escola é um lugar de socialização do conhecimento e é especialmente importante para os


alunos que têm nela uma oportunidade de acesso ao mundo letrado, do conhecimento científico,
da reflexão filosófica e do contacto com a arte.

A Expressão dramática é uma técnica que pretende responder a necessidades definidas,


apoiando-se na improvisação de situações sobre temas propostas á crianças ou escolhidos pelo
professor.

Na Escola Prímária Completa de Napipine, Observou-se que os alunos têm dificuldades de


expor-se, de comunicar-se, não tem coragem de manifestar suas opiniões diante de tantos
colegas, os alunos não lê em voz alta, com naturalidade, para a classe. São muito desmotivados
para com aprendizagem, apáticos aos conteúdos e deficientes em sua expressão comunicativa e
expressiva. Problema este, que contribui negativamente para o aluno não desenvolver
características fundamentais para o melhor desempenho escolar como: espontaneidade, aceitação
de regras, criatividade, auto-conhecimento, senso crítico, raciocínio lógico, intuição,
conhecimento do grupo e de si próprio e do conhecimento do ambiente.

Todavia, a utilização do teatro como instrumento de ensino, permite que o aluno conheça, o
corpo, domine, as expressões e aprenda a trabalhar em grupo. Nessa concepção, o teatro aplicado
à educação possui o papel de mobilização de todas as capacidades criadoras e o aprimoramento
da relação vital do indivíduo ; As actividades dramáticas liberam a criatividade e humanizam o
indivíduo, pois o aluno é capaz de aplicar e integrar o conhecimento adquirido nas demais
disciplinas da escola e principalmente na vida. Isso significa o desenvolvimento gradativo na
área cognitiva e afectiva do ser humano.

Esta é, portanto, uma questão, ponto do qual levanta-se a seguinte questão: qual é o nível de
aplicação da expressão dramática na EPC de Napipine?

1.3.Objecto de estudo

O objecto de estudo do projecto é a dramatização.


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1.4.Justificativa

Estudar e investigar a expressão dramática e o desenvolvimento intelectual da criança no Ensino


Básico é importante pelo aprofundamento do ser reflectivo e social, neste sentido o teatro tem
um papel importante na vida dos alunos, uma vez que, sendo devidamente utilizado, auxilia no
desenvolvimento da criança e do adolescente como um todo, despertando o gosto pela leitura,
promovendo a socialização e, principalmente, melhorando a aprendizagem dos conteúdos
propostos pela escola.

Além disso, sob a perspectiva da obra de arte, o teatro abrange, no sentido filosófico, porque faz
repensar e querer modificar a realidade instaurada. Ademais, possui carácter lúdico e construi-se
como forma de lazer.

A relevância pessoal do estudo é: na prática do teatro aprimora a capacidade do indivíduo


expressar-se de forma mais clara e representativa, melhorando substancialmente sua
comunicação e sua capacidade de influenciar seu público, seja qual for a área de actuação;
estimula a espontaneidade, aumenta a autoconfiança em exposições pública, melhora a expressão
corporal e a fala, tornando mais clara a comunicação, treina a assertividade, a síntese e a clareza
das ideias, estimula o bom humor e a capacidade de rir de si mesmo; estimula o uso de
imaginação e criactividade.

A relevância da escola no estudo é: na prática do teatro estimula a relação de reciprocidade entre


o professor e aluno na sala de aula, motiva os alunos a participarem nas aulas de maneira activa e
não passiva.

A relevância da comunidade no estudo é: o teatro treina as crianças a terem capacidades de


improvisação e resposta rápida a problemas imediatos, falar em público sem medo de errar, dar
suas opiniões nos programas da rádio e televisão; participar em convívio sociais entre amigos e
nas palestras públicas efectuadas na comunidade.

É nesta perspectiva que o autor desta pesquisa achou conveniente fazer estudo desta pesquisa
onde pretende saber até que ponto a expressão dramática pode contribuir para o desenvolvimento
intelectual das crianças no ensino básico.
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1.5.Objectivos de pesquisa

Qualquer trabalho cientifico que seja, passa por uma planificação com base, nos objectivos
previamente definidos, os quais espalham os resultados esperados.

1.5.1 Objectivo geral

 Compreender o nível de aplicação da expressão dramática na Escola Primária Completa


de Napipine.

1.5.2. Objectivo específico

 Identificar as dificuldades encontrados pelos professores na prática de expressão


dramática;
 Descrever a frequência da prática de expressão dramática na Escola Primária Completa
de Napipine;
 Propor estratégias no ensino aprendizagem da expressão dramática.

1.6. Hipóteses

A formulação de hipóteses num projecto é uma suposição ou possível resposta que vai desmentir
ou confirmar daquilo que se pensa se resposta da questão.

Segundo GIL (1999:56), hipótese é “ uma suposição que pode ser colocada a prova para
determinar a sua validade”, isto é uma suposta resposta ao problema a ser investigado. Sendo
assim, a pesquisa supõe que:

 A falta de formação continuada de professores nas áreas de arte influência para a


desmotivação dos professores;
 A falta de inclusão da arte no ensino Básico como as diversas disciplinas influência para
o aluno não desenvolver capacidades de expressão, relacionamento, imaginação,
observação e percepção.
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1.7. Metodologias

As opções metodológicas assumidas numa investigação esclarecem sobre as decisões que


pretende ser tomadas na recolha de instrumentos ou ferramentas que melhor vão alimentar a
procura dos objectivos estabelecidos. Os métodos apresentados para uma investigação confluem
no pressuposto da “tentativa sistemática de atribuição de respostas as questões” (TUKMAN,
2000:5).

Assim nesta parte são apresentadas e descritas as escolhas metodológicas que foram seguidas
nesta pesquisa. Para isso apresenta-se a descrição dos principais elementos constituintes da
metodologia adoptada na prossecução dos objectivos apresentados.

É descrito um percurso metodológico e é descrito o contexto onde este percurso foi


desenvolvido. No final, são apresentados e caracterizados os instrumentos que procederam à
recolha da informação considerada pertinente para a tentativa de resposta às questões
investigativas inerentes a esta investigação.

1.7.1. Tipos de pesquisa

1.7.2. Pesquisa quanto a abordagem

Quanto a abordagem, recorreu-se a pesquisa qualitativa, nesta abordagem, são interpretados em


vez de mensurar e procurou-se compreender a realidade tal como ela é, experienciada pelos
sujeitos ou grupos a partir do que pensam e como agem (seus valores, representações, crenças,
opiniões, atitudes, hábitos).

Esta investigação está inserida no paradigma qualitativo, este paradigma , para RICHARDSON
(1991:80 apud BEUREN e RAUPP 2008) menciona que “os estudos que empregam uma
metodologia qualitativa podem descrever a complexidade de determinado problema, analisar a
interacção de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por
grupos sociais”.

Destaca ainda que abordar um problema qualitativamente pode ser uma forma adequada para
conhecer bastante a natureza de um fenómeno social. Todavia foi compreendido o nível de
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implementação da expressão dramática na Escola Prímária Completa de Napipine Cidade de


Nampula.

Esta abordagem é importante porque ajudou o pesquisador a particularizar e a compreender os


sujeitos e os fenómenos na sua complexidade e singularidade. Permitiu ao pesquisador descrever
o fenómeno em profundidade através da apreensão de significados e dos estados subjectivos dos
sujeitos pois, nestes estudos, capturou-se e compreendeu-se, com pormenor, as perspectivas e os
pontos de vista dos indivíduos sobre a dramatização. Ajudou também o pesquisador, uma vez
que foi se preocupar mais com a compreensão e a interpretação sobre como os factos e os
fenómenos como se manifestam. Este tipo de pesquisa colocou o investigador em contacto
directo e aprofundado com os indivíduos e permitiu compreender com detalhe o que eles pensam
sobre a expressão dramática (teatro).

Esta abordagem apresenta as seguintes vantagens: Correspondeu à compreensão do tema sobre a


expressão dramática numa forma mais ampla subjacente a um contexto específico, permitiu
maior potencial de revelação do fenómeno social estudado, maior conexão de significados com a
realidade pesquisada e os dados foram utilizados para estudos de todo o processo; na abordagem
qualitativa, o pesquisador procurou aprofundar-se na compreensão dos fenómenos que estudou –
acções dos indivíduos, grupos ou organizações em seu ambiente e contexto social –
interpretando-os segundo a perspectiva dos participantes da situação enfocada, sem se preocupar
com representatividade numérica, generalizações estatísticas e relações lineares de causa e
efeito; O método qualitativo foi útil e necessário para identificar e explorar os significados dos
fenómenos estudados e as interacções que estabelecem, assim possibilitando estimular o
desenvolvimento de novas compreensões sobre a variedade e a profundidade dos fenómenos
sociais.

Esta abordagem apresenta as seguintes desvantagens: A subjectividade do pesquisador envolvida


na própria pesquisa; conclusões foram baseadas em características pessoais do investigador; foi
necessário de maior disponibilidade de tempo para colecta dos dados, interpretação, análise de
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conteúdo de entrevistas, etc; E requereu ainda alto nível de experiência e habilidade do


pesquisador.

1.7.2. Pesquisa quanto aos objectivos

Quanto aos propósito, este tipo de pesquisa foi uma pesquisa exploratório, por que a sua
finalidade foi obter um esclarecimento sobre a dramatização (teatro) Na Escola Primária
completa de Napipine. Por sua vez:

BEUREN e RAUPP, (2008) compreendem que “Pesquisa exploratória consiste em conhecer


com maior profundidade o assunto, de modo a torná-lo mais claro ou construir questões
importantes para a condução da pesquisa”.

Esta pesquisa foi importante porque v ajudou o pesquisador na acção de respostas para a solução
do problema sobre a dramatização na EPC de Napipine, esta acção foi ser realizada de forma
colaborativa. Participação e colaboração dos outros no processo de investigação foi um dos
pilares desta metodologia.

A pesquisa exploratória tem vantagens porque ajudou ao pesquisador a interpretar e


compreender, um dado caso real, e não generalizar, que é uma base extremamente débil neste
método. Foi flexível, criactividade e a informalidade onde por meio dela obteu-se o primeiro
contacto com a situação a ser pesquisada, sendo seu objectivo geral a descoberta.

A pesquisa exploratória tem desvantagens porque os seus dados são menos confiáveis. Uma das
razões é a sua data de colecta. Visto que determinados dados exigem actualizações contínuas.

1.7.3.Pesquisa quanto aos procedimentos

Foi um estudo de caso, que segundo GIL, ( 2002, p. 58) “O estudo de caso é caracterizado pelo
estudo profundo de um ou de poucos objectos, de maneira a permitir seu conhecimento amplo e
detalhado”.

Este procedimento foi importante porque ajudou ao pesquisador a basear-se principalmente pelo
estudo concentrado de um único caso. O estudo realizado por este projecto refere-se ao caso da
EPC de Napipine, a partir de um estudo da dramatização.
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Este procedimento apresenta as seguintes vantagens: ofereceu inúmeras possibilidades de estudo,


compreensão e melhoria da realidade social e profissional; permitiu analisar com intensidade e
profundidade diversos aspectos do fenómeno, do problema e da situação real; tem como objecto
de investigação uma unidade particular que foi uma organização;

Este procedimento apresenta as seguintes desvantagens: Exigiu muito reforço ao pesquisador;


muita concentração sobre o objecto de estudo; foi limitado uma vez que seus resultados não
foram generalizáveis a outros objectos.

1.7.4. Técnicas de colecta de dados

Estando esta investigação inserida no paradigma qualitativo houve a necessidade de estipular,


meios de obtenção de dados para analise e reflexão sobre o tema principal desta pesquisa. Estes
dados permitem a realização da triangulação de informações obtidas pela observação,
questionário e entrevistas. Estes dados alimentaram a construção de uma teia de informações
criada a partir das várias fontes.

A colecta de dados ocorreu conforme das seguintes etapas.

1 ᵃ etapa : foi aplicado o questionário é “ um instrumento de colecta de dados, constituído por


uma serie ordenado de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem presença do
pesquisador” (LAKATOS & MARCONI, 1991:88).

Um questionário foi extremamente útil, pois, ajudou ao pesquisador na recolha de informações


sobre a expressão dramática. Deste modo, através da aplicação de um questionário a um público-
alvo constituído de professores daquela escola, foi possível recolher informações que permitiram
conhecer melhor as suas lacunas, bem como melhorar as técnicas de ensino podendo, deste
modo, individualizar o ensino quando necessário.

A importância dos questionários passou também pela facilidade com que se interrogou um
elevado número de pessoas, num espaço de tempo relativamente curto.
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A técnica apresenta as seguintes vantagens sobre as demais técnicas de colecta de dados tais
como: Possibilitou atingir grande número de pessoas, mesmo aqueles que estiveram dispersas
numa área geográfica muito extensa, já que o questionário pode ser enviado pelo correio;
Implicou menores gastos com pessoal, posto que o questionário não exigiu o treinamento dos
pesquisadores; Garantiu o anonimato das respostas; Permitiu que as pessoas o respondessem no
momento em que julgaram mais conveniente;

Por outro, ele aponta pontos negativos da técnica: Excluiu as pessoas que não sabem ler e
escrever, o que, em certas circunstâncias, conduz a graves deformações nos resultados da
investigação; Impediu o auxílio ao informante quando os outros não entendiam correctamente as
instruções ou perguntas; Não oferece a garantia de que a maioria das pessoas devolvam-no
devidamente preenchido, o que pode implicar a significativa diminuição da representatividade da
amostra; Envolve, geralmente, número relativamente pequeno de perguntas, porque é sabido que
questionários muito extensos apresentam alta probabilidade de não serem respondidos;
proporciona resultados bastante críticos em relação à objectividade, pois os itens podem ter
significados diferentes para cada sujeito pesquisado.

2ᵃ etapa: foi aplicado a entrevista neste sentido GIL (1994:113) considera que a entrevista é “a
técnica em que o entrevistador se apresenta frente ao investigado e lhe formula perguntas, com
o objectivo de obtenção dos dados que interessam a investigação”. Pois possibilitou, obter
informações e opiniões sobre o fenómeno em estudo.

Entrevista desempenhou um papel importante na actividade científica e especificamente na


pesquisa em educação.

Sendo a entrevista uma conversa entre o entrevistado e um entrevistador que tem o objectivo de
extrair determinada informação do entrevistado permitiu ao pesquisador captar a informação
desejada de uma forma directa e imediata praticamente com o corpo directivo e sobre os mais
variados tópicos. A técnica de entrevista possibilitou, também, ter acesso ao que as pessoas
pensam sobre a dramatização, aos seus pontos de vista, aos seus valores. Permitiu também
aceder aos significados que as pessoas atribuem às coisas e às situações respeitando como os
seus próprios quadros de referência – a sua linguagem e as suas categorias mentais. Deste modo,
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a entrevista possibilitou um grau de profundidade dos elementos de análise recolhidos que


constituem uma das grandes vantagens desta técnica.

Dentre as vantagens da técnicas de entrevista são: Flexibilidade na aplicação; Facilidade de


adaptação do protocolo; Viabiliza comprovação e esclarecimento de respostas; Taxa de resposta
elevada; Pode ser aplicadas a pessoas não aptas a leitura;

Dentre as desvantagens da técnica de entrevista são: Custo elevado; Consome tempo na


aplicação; Requer treinamento especializado; Questões que direccionam a resposta; Não garante
o anonimato;

1.7.5. Universo

O universo da pesquisa entende-se como conjunto de todos elementos ou corpo evolvidos na


pesquisa. De acordo LAKATOS & MARCONI (1991:91), universo da pesquisa “é o conjunto
definido de elementos que possuem determinadas características”. Os participantes nesta
pesquisa, os quais devo designar como colaboradores foram professores e a corpo directivo sem
discriminação de género e/ou raça constituída de 75 elementos.

1.7.6. Amostra

Entende-se por amostra da pesquisa, a parte mais ínfima e representativa do universo. Assim,
para a realização desta pesquisa recorrereu-se a uma amostra de 25 sujeitos entre eles; o corpo
directivo e os professores.

Quanto a amostra, este tipo de pesquisa foi estratificada. Para AZEVEDO (2011) este tipo
“Consiste na divisão de uma população em grupos (chamados estratos)”. É importante porque
serviu para produzir estimativas mais precisas, produzir estimativas para a população como um
todo e para subpopulações, dentre outras.
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CAPITULO II : FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Esta parte acolhe a recolha teórico conceptual realizada sobre conceitos que sustentaram uma
linha orientadora que serviu de base ideológica a esta pesquisa. A literatura da especialidade
permitiu encontrar definições, visões e perspectivas de vários autores sobre os conceitos de
expressão dramática e o desenvolvimento intelectual da criança no ensino.

O encontro de uma base conceptual sobre estes conceitos permite estabelecer o contexto que
serve como ponto de partida para o desenrolar do trajecto.

A procura de uma definição para a Expressão Dramática pode levar ao encontro de vários pontos
de vista e referências conceptuais que apontam para vários trajectos.

Neste estudo desenvolveu-se a expressão dramática e o desenvolvimento intelectual no ensino


básico a partir da perspectiva de REVERBEL, (1996:25), enfatiza que

“o teatro na educação deve ser explorado pelo educador dentro do espaço


da sala de aula com o objectivo primeiro de desenvolver as capacidades
de expressão relacionamento, espontaneidade, imaginação, observação e
percepção, as quais são próprias do ser humano, mas necessitam ser
estimuladas e desenvolvidas. As actividades dramáticas (mímicas, jogos,
improvisos, recriação, nessa perspectiva, são um valioso instrumento
para o professor. Entretanto o professor, o professor deve adaptar as
actividades e ordem de aplicação de cada conjunto as condições de
espaço, de material colocado á disposição das crianças e, principalmente,
partir da sua própria percepção dos tipos de personalidade das crianças
com quem trabalha. O educador deverá adaptar o ensino a cada momento
a cada criança e a cada grupo”.

Numa perspectiva diferente, DOMINGUEZ (1978) destaca sua experiência positiva com
espectáculos teatrais no ambiente da escola, afirmando que a “produção de peças é uma das
formas que a actividade “teatro na educação” pode assumir.” E que, ainda que o professor que
Trabalha com o teatro enfrente problemas como número de aulas insuficientes para o
desempenho de um bom trabalho, classe inteiras e com grande quantidade de alunos, o
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preconceito com a actividade artística, tida como empecilho para outras actividades intelectuais,
essa é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento social, intelectual e cultural do aluno.

Em conformidade com a autora citada anteriormente, DOMINGUEZ(1978) considera que,

“ao se trabalhar com teatro na escola deve-se ter como objectivo levar os
alunos a desenvolver características fundamentais para o melhor
desempenho escolar como: espontaneidade, aceitação de regras,
criatividade, auto-conhecimento, senso crítico, raciocínio lógico, intuição,
conhecimento do grupo e de si próprio e do conhecimento do ambiente”.

No entanto, o autor alerta para a dificuldade de se trabalhar como esse tipo de técnica, sugerindo
que para alcançar tais objectivos o professor que se propuser a trabalhar com teatro, deve
desenvolver suas actividades de modo que os alunos estejam sempre motivados, produzindo
efeitos positivos como a emancipação e iniciativa na realização de actividades dentro e fora da
escola. Com isso, estabelecer formas de motivação proporcionada com excesso de imposição de
disciplina e privação da liberdade de acção ao aluno, poderá acarretar problemas de ordem social
(aluno-professor-escola).

A experiência exposta por DOMINGUEZ (1978) como uma eficiente forma de se trabalhar o
teatro na escola, sugere delegar aos alunos a função de liderança no grupo, ficando o professor
como mediador da tarefa, auxiliando os alunos na resolução dos conflitos que eles não saibam
superar, à medida em que forem aparecendo.

Pois para este autor, aonde o professor se torna indispensável é justamente em clarear, em
levantar, em resolver as barreiras emocionais que o grupo encontra e que impede o trabalho se
desenvolva de uma forma harmónico DOMINGUES(1978:21).

Como se pode perceber, esse tipo de aplicação do teatro depende do cuidado e do bom senso do
educador, o qual deve estar, antes de qualquer coisa, preparado intelectual e pedagogicamente
para as técnicas dos trabalhos dramáticos, inclusive, no momento da avaliação que, segundo
DOMINGUEZ (1978) “é uma tarefa complexa, uma vez que os pontos de referência de
desempenho da actividade são muito subjectivos.”
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2.1.Conceitos Básicos

Para ROBSON (2005:1) teatro é “uma forma de arte em que actor ou conjunto de actores,
interpreta um história ou actividade para o público em um determinado lugar, com auxilio de
dramaturgos ou situações improvisadas, de directores e técnicos”.

Assim o espectáculo tem como objectivo apresentar uma situação e despertar sentimentos no
público.

O termo teatro e seus significados

Segundo a Enciclopédia Britânica, a palavra teatro deriva do grego theaomai (θεάομαι) - olhar
com atenção, perceber, contemplar (1990, vol. 28:515). Theaomai não significa ver no sentido
comum, mas sim ter uma experiência intensa, envolvente, meditativa, inquiridora, a fim de
descobrir o significado mais profundo; uma cuidadosa e deliberada visão que interpreta seu
objeto (Theological Dictionary of the New Testament vol.5:pg.315,706).

Surgimento do teatro

O teatro surgiu com a necessidade da representação, surgiu com a humanidade, na Grécia, na


agricultura.

Cerca de 500 anos o homem descobriu que a terra lhe dava comida. Com a descoberta da
agricultura o homem ganha o desenvolvimento da memória. É passagem de testemunho por
histórias contadas pelos idosos durante o tempo em que este já não praticavam a caça, por caus
de idade.

Tempo, lazer, histórias, tradição, foram os elementos que condicionaram o nascimento do teatro.
Outro elemento que também nasce com a agricultura é o público. Pode se definir-se o teatro
como a arte de parecer, de exprimir a realidade representando-a.

Surgimento da expressão dramática

Pode-se chegar a um acordo sobre a expressão dramática, seja qual for o método pedagógico
recomendado, se se encarar a expressão dramática como técnica educativa, encontraremos a sua
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continuação lógica na representação teatral deste modo pretende-se privilegiar a capacidade de


expressao pelo gosto e pela palavra do domínio da personagem.

História do teatro

A História também pode servir de aparato de compreensão sobre importância e função do teatro
como ferramenta para o educador. Do teatro grego até o expressionista, pode-se perceber que
cada período histórico, dá um contorno específico para o teatro, em relação ao espaço cênico ou
à quantidade de personagens, por exemplo. Tudo, no âmbito teatral, é bastante significativo em
relação ao tempo/espaço que a peça é representada.

No teatro grego, conforme cita REVERBEL (1993), a máscara era utilizada como forma de
concretizar a separação actor/personagem.

Já que se acreditava na criação como uma dádiva dos deuses, o actor era um mero executante.
Apenas mais tarde, na cultura ocidental, é que se percebe a aproximação do actor às
características do personagem, caracterizando uma simbiose artística. Além do mais, a máscara e
demais adereços de figurino eram usados para que os personagens pudessem ser construídos
segundo o enredo, uma vez que só havia homens envolvidos na actuação.

No período conhecido como expansionista, séculos XV e XVI, a ação do teatro foi nitidamente
pedagógica, em virtude de sua utilidade nas missões jesuíticas, em que missionários pregavam o
ideal contra-reformista por meio da mímica e até mesmo via texto teatral, em que os próprios
nativos encenavam como forma de aprendizagem, aliás, muito eficiente, dos valores da
catequese católica. O Auto de São Lourenço, do Padre José de Anchieta, é um exemplo de teatro
pedagógico.

Era um hábito comum do século XIX a elite frequentar os teatros após uma farta ceia, pois era
uma diversão ver as peças famosas sendo encenadas, com suas produções e figurinos suntuosos.
O teatro, a partir daí, ganha status de espectáculo, competindo talvez com as apresentações de
circos e, bem depois, com o cinema, o qual ocupa importante lugar no ranking de exibições da
modernidade configurada no século XX.
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Mas com o passar do tempo e o surgimento das novas tecnologias, das máquinas a vapor, fruto
da Revolução Industrial, e, posteriormente, do cinema e da televisão, o teatro passou a sofrer
uma influência desses veículos, de modo que alguns programas ou filmes passaram a adoptar
moldes de interpretação do teatro.

Ensino Básico

O ensino primário, educação primária ou instrução primária constitui o primeiro estágio da


educação escolar de diversos países, sendo normalmente realizado por crianças com idade a
partir dos seis anos.

Desenvolvimento intelectual

Piaget define o desenvolvimento intelectual como um contínuo processo de construção e


reconstrução que ocorre em uma sequência de acções mentais. Durante todo o processo, é
possível integrar novos dados nos esquemas já existentes, (assimilação); fazer aquisição de
novos esquemas ou alterar os esquemas existentes, (acomodação). REIS (2005).

Expressão

É acção de assumir um vida imaginaria, realizada pelo actor. O actor mete-se na pelo do
personagem.

Jogo dramático

É uma técnica que pretende responder a necessidade definidas apoiando-se na improvisão de


situações sobre temas propostos á criança ou escolhidos de entre os que ela imaginou. É a arte de
dar a conhecer dizendo-a a arte de mostrar a vida sem viver, tendo em comparação com outras
formas de arte.

Encenação

É a direcção do espectáculo, é o próprio espectáculo.


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Actor

É aquele que empresta a sua voz, o seu corpo, ao personagem. Actor é o individuo que empresta
o seu corpo, emoções, sentimentos.

Arte dramática ou arte do teatro

É um forma de manifestação artística da literatura, assim como a própria arte do livro.

Drama

Ou “peça de teatro” é o projecto escrito com a finalidade de dar á peça literária, poderá se uma
pequena história pensada já para ser levada ao teatro, ou a fabula, ou um romance a sua
expressão teatral.

2.2. Técnicas teatrais

 Seguem os elementos básicos das técnicas de interpretação ou teatrais:


 Ter domínio do texto;
 Saber identificar a composição da personagem e analisar quais as reacções e acções dele
na relação com os outros;
 Manter a composição desse personagem até o fim da apresentação;
 Manter a concentração até o fim da peça;
 Deixar o corpo pronto para que a voz possa fluir sem bloqueios ou inibições;
 Saber usar a voz com se fosse um diapasão de música, variando a tonalidade e
intensidade de acordo com as inflexões correspondentes as emoções.
 Projectar a voz ao invés de gritar, pois i grito muito alto distorce a comunicação, e a
impostação torna mais audível e naturais a voz.
 Articular bem as palavras pronunciando sílabas por sílaba de forma natural para não
parecer artificial;
 Saber contracenar enquanto o outro fala, prestando atenção para dar ideia de que o outro
vai nos dar um contraponto para as nossas reacções;
 Evitar excesso de caricatura para não ultrapassar o limite do personagem e não
descaracteriza-lo;
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 Analisar o meio social, geográfico, cultural, e outros atributos em que o personagem vai
agir e saber a linha de sua composição tipológica;
 Ter consciência de que o teatro não é um campo para vaidades pessoais e colectivo, deve
predominar sobre o individual;
 Manter a fé cénica no que o personagem acredita e estudar cuidadosamente as intenções
do seu personagem tipológico e na relação o contexto da peҫa e sentir prazer e o
compromisso por esse momento mágico e encantador.

Técnicas de teatro e sua utilização no nosso dia-a-dia:

A dicção

É umas das técnicas chave do teatro, muitas vezes é dela que depende se a peça é percebida pelo
público ou não, por isso os actores apostam muitas vezes em trabalhar a dicção. Mas também no
nosso dia-a-dia a dicção é importante para sermos percebidos e conseguir argumentar as nossas
ideias claramente.

A projecção da voz

É outro elemento muito importante, com esta técnica o actor fala alto sem esforçar as suas
cordas vocais e isto, associado à dicção, é um elemento chave para que o nosso publico entenda a
peça para no final poder comentar se gostou ou não, se entendeu qual a história da peça, etc.
Podemos utilizar estas duas técnicas em conjunto na apresentação de projectos quer seja na
universidade, que é o nosso caso, como no trabalho. Isto vai facilitar a compreensão do trabalho
e futuramente a crítica.

Quando um actor recebe em mãos a próxima peça a ser realizada, a primeira coisa que faz é lê-la
do princípio ao fim, para compreender o tipo de peça (se é uma comédia, um drama, um
suspende, etc.). Depois pode sublinhar as falas da sua personagem, para a distinguir das outras
quando for para decorar. Mas, antes de passar para fase de decorar as nossas falas e as deixas das
outras personagens, temos que perceber a personagem, quais são as suas características, quais
são os seus defeitos e os seus sentimentos em relação à história.
27

Quando decoramos a peça temos que a dividir por partes quando esta é muito grande, podemos
ler em voz alta a nossas falas para decorar, podemos pedir ajuda a alguém que nos dê as deixas
para depois dizermos as nossas falas.

Técnicas para decorar um texto a partir das ideias chaves

O actor é que tem que escolher a que se adapta melhor a si. Esta forma de estudar o texto pode
ser aplicada nos estudos como no trabalho, primeiro temos sempre que compreender um texto
para poder depois decorar, o que vai facilitar a memorização, porque a partir do momento que
temos as ideias chave do texto torna-se mais fácil memorizá-lo

Forma como respiramos

A respiração toráxica faz que a nossa voz, quando é projectada com os nervos, saia tremida, e
isso faz com que o público não perceba as falas daquele actor. Por isso a respiração abdominal
substitui a toráxica, para a voz sair firme e segura, sem se notar o nervosismo inicial do actor que
depois de pisar o palco passa, esquecem-se os nervos e encarna-se a personagem.

A respiração abdominal pode ser utilizada quando temos que apresentar um projecto, ou quando
temos que falar em frente de centenas de pessoas e nos sentimos nervosos. A nossa voz vai sair
de forma perceptível, firme e segura, sendo que ninguém vai notar o nosso nervosismo, o que faz
com que, enquanto apresentamos, comecemos a sentir-nos mais relaxados, porque ninguém
notou a nossa insegurança inicial. Isto são pequenas coisas no nosso dia-a-dia que nem
reparamos como podem ser importantes no teatro, da mesma maneira que não reparamos como o
teatro pode ser tão importante para nos ajudar no nosso dia-a-dia.

2.3. Metodologias de ensino em pressão dramática

Já as metodologias de ensino em expressão dramática são:

O aluno-actor

O aluno-actor não pode comunicar idéias complexas e refinadas, como um actor profissional
experiente. Por isto a peça pedagógica é sempre simples e direta nos seus diálogos e nas suas
acções. Porém, por mais singela que seja, os actores precisarão de algum conhecimento e treino,
28

e de uma orientação capaz de imprimir ao espetáculo unidade e convencimento. A própria


experiência de treinamento para interpretar um personagem pode ser, ela mesma, educativa para
o próprio aluno ( e aqui está o ganho pedagógico.). Ele aprenderá sobre a sua própria pessoa ao
se comparar com a personalidade imaginária que irá representar.

Escolha de autores

Para escolher os actores, o coordenador do Projeto ( professor)terá presente que o aluno-actor


deverá trabalhar continuamente com seu corpo, sua fala e sua mente. Ele precisa ser apto sob
esses três aspectos:

Ter saúde;

Boa ressonância da voz;

Inteligência;

Não pode ser inseguro, ter dicção pobre, comportamento corporal desleixado. Deve demonstrar
também desejo de crescimento e liderança; interesse em desafios.

A primeira reunião

O professor fará a leitura do plano da peça com a indicação provisória das funções técnicas e
indicação dos personagens. Essa primeira leitura do plano da peça é para o:

 Esclarecimento do texto;
 Entendimento dos personagens;
 Entedimento do estilo;
 Entedimento da linguagem;
 Entendimento do ritmo da narrativa;
 Entedimento da encenação;
 Entendimento do seu objetivo educacional.
29

Leituras de mesa

Vencida a primeira etapa, o professor pode reunir-se com o elenco para a primeira leitura de
mesa, ou seja, a leitura em comum do texto, cada um com a sua fala, lida com leitura “plana”,
no tom normal de uma conversa. A leitura expressiva, com as entonações próprias de cada cena,
deve esperar pelo primeiro ensaio no palco, para ficar bem calibrada em relação ao espaço em
que o actor vai trabalhar. Para desarmar possíveis conflitos por ressentimentos e abusos de crítica
entre os alunos, o Professor ( com estratégia) poderá, antes de iniciar a sessão de leitura,
preveni-los de que haverá gaguejos, erros de pronúncia, e outras imperfeições que poderão ser
motivo de riso, mas que isto é normal na primeira abordagem do texto e não deve ofender
ninguém. ( função pedagógica).

Medo do palco

A maior diferença entre o palco e a tribuna de um comício é que, neste último, o político
preocupa-se primeiro com o que está falando, enquanto no palco os actores estão mentalmente
concentrados nas ações e nas circunstâncias e situações da peça, e não primeiramente nas
palavras. A ação elimina a tensão. O actor não precisará temer o esquecimento do texto: ao
concentrar-se na acção (gestos), as palavras que a acompanham fluirão naturalmente. As palavras
são pedidas pela ação, e por isso esta o ajudará a reter na memória a sua fala.

A primeira regra contra o medo é concentrar-se nas circunstâncias da representação. Diz


STELLA 2005, p. 30) que os actores têm, muitas vezes, pavor do palco, porque em cena,
sentem-se abandonados num lugar que lhes é estranho. “A tensão é em grande parte o resultado
de recorrer às palavras do texto e depender delas, esquecendo-se de que o lugar e a ação, mais
que as palavras, constituem o fulcro da peça.” o aluno actor deve treinar desde o início a pôr sua
atenção no que faz no palco, para não ser surpreendido por um medo paralisante no momento da
apresentação. Deve conscientizar-se da presença e da função dos:

 Objectos,
 Da mobília e das
 Características do cenário.
30

Aprendendo a representar

Identificação representativa onde o aluno fará uma critica comparativa para chegar a uma
identificação perfeita do tipo que irá representar, vai treinar o sotaque, profissões e seus
equipamentos contracenar.

Ensaio de palco

Depois de várias leituras do texto – em parte já decorado –, com os actores já conhecedores do


seu personagem e com a idéia de como vão interpretá-lo, se faz o primeiro ensaio no palco.
Embora ainda levem o texto escrito nas mãos, os actores já introduzem as acções. Movimentam-
se no palco conforme a orientação do testo, ensaiam as entonações da fala, e dão início à
interpretação dos respectivos papeis, progredindo pela seqüência de cenas.

Em ambas teorias pesquisadas para este Project, fica evidente que o teatro possui múltiplas
possibilidades de aplicação, basta apenas que o professor saiba como utiliza-las e conseguir
desenvolver as habilidades citadas.
31

CAPITULO III: APRESENTAÇÃO ANALISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS

3.1. Apresentação descrição, analise interpretação de entrevista dirigida ao corpo directivo


da escola

Esta parte é descrito a compreensão dos objectivos de estudo a partir das várias respostas às
questões que foram colocadas aos Professores e o corpo directivo da escola, e consecutivamente
é apresentado as conclusões sobre os dados colhidos.

3.1.1. Realização de espectáculos teatrais no recinto escolar

No que refere á questão (1)“ tem se realizado espectáculos teatrais no recinto escolar?” esta
questão foi colocada a 5 membros da direcção da escola, sendo que 3 que corresponde a 60%
responderam claramente que sim, tem se realizado espectáculos teatrais só apenas nos dias
comemorativos; 2 que corresponde a 40% reponderam claramente que não tem se realizado
espectáculos teatrais no recinto escolar; isto da entender que na Escola Primária Completa de
Napipine o teatro é visto que serve só no uso reiterado em datas históricas comemorativas e sem
nenhum objectivo de facto pedagógico, como aprofunda o pensador Reverbel (1996), “ o teatro
não deve ser realizado de formatos de espectáculos, em que as crianças apresentam uma peça
previamente ensaiada para um público. Já que esse tipo de actividade gera, segundo a autora,
uma expectativa por parte desses espectadores sobre o aluno. Pais, professores e colegas acabam
esperando um desempenho profissional e na escola não há actores, há alunos desempenhando
função lúdica, proposta como actividade didáctica.” De acordo a com a autora, o teatro deve ser
explorado pelo o educador dentro do espaço da sala de aula e com objectivo primeiro de
desenvolver as capacidades de expressão, relacionamento, espontaneidade, imaginação,
observação e percepção as quais são as próprias do ser humano, mas necessitam de ser
estimuladas e desenvolvidas. As actividades dramáticas (mímicas, jogos, improviso, recriação
etc), nessa perspectiva são um valioso instrumento para o professor.
32

3.1.2. Iniciativa da direcção e os professores para a produção de peças teatrais no recinto


para servir de técnica de ensino na sala

A questão (2) “ a direcção tem uma iniciativa em colaboração com os professores para a
produção de peças teatrais no recinto para servir de técnica de ensino na sala?” dos 5
entrevistados, 4 que corresponde a 80% responderam que a iniciativa para a produção de peças
parte dos professores aqueles que se voluntariam e depois apresentam a direcção da escola
tratando de situações sócias da comunidade e não conteúdos disciplinares propostos pela escola;
1 que corresponde a 20% respondeu claramente que a iniciativa tem sido da direcção da escola
em coordenação com os professores para apresentação no recinto escolar. Dos resultados obtidos
conclui-se que na Escola Primária Completa de Napipine a iniciativa para a produção peças
teatrais parte dos professores e seguidamente apresentam a direcção da escola tratando situações
da comunidade. De acordo com REIN (1999), O interesse pela inserção do teatro não deve
partir apenas do professor, tem que ser pensado com todos os componentes da comunidade
escolar. Na medida em que colocamos em nossos currículos teorias teatrais e paralelamente
actividades que desenvolvam a sensibilidade humana, ou seja, atingindo o intelecto e o
emocional, estaremos assim, construindo uma cultura de verdade.

3.1.3. Importância do teatro para o desenvolvimento intelectual da criança

Em relação a questão (3) “ na sua opinião qual é a importância do teatro para o


desenvolvimento intelectual da criança?” esta questão foi colocada a 5 membros da direcção da
escola 3 que correspondem 60% responderam que a importância do teatro é desenvolver
habilidades aos alunos a descobrir algum aspecto social através da dramatização que a escola
enfrenta como é o caso de desistências e atrasos dos alunos; 1 que corresponde a 20% respondeu
que o teatro é importante porque ajuda aos alunos a explicar sobre a prevenção de certas
doenças sexualmente transmissíveis; 1 que corresponde a 20% respondeu que o teatro é
importante para falar de actos destrutivos que as pessoas praticam na sociedade.

Da entender que na Escola Primária Completa de Napipine o teatro é reservado mais para
resolver os problemas que a escola enfrenta como o caso de “atrasos e desistências” dos alunos,
33

não se encara o teatro como um instrumento educativo ou um poderoso meio para gravar na sua
memória um determinado tema. Como consequência disso as crianças não desenvolvem seus
aspectos sócio cognitivos, como também, a criança não interage com os conteúdos de forma
prazerosa.

3.1.4. Actividades a serem desenvolvidas para implementar se espectáculos teatrais no


recinto escolar

A questão (4) “ quais são as actividades que devem ser desenvolvidas para implementar-se
espectáculos teatrais no recinto escolar?” dos 5 entrevistados, 1 que corresponde a 20%
respondeu que deve se produzir peças ao nível da escola sobre o atraso dos alunos, desistências e
suas consequências; 3 que corresponde a 60% responderam que deve se formar um grupo
especial para tratar assuntos de teatros nos dias comemorativos; 1 que corresponde a 20%
respondeu que deve se apresentar peças teatrais nas zonais sub-urbanos para estarem
actualizados.

Com essas respostas chegou a conclusão que na Escola Primária Completa de Napipine opta em
formar um grupo especial para tratar assuntos de teatros nos dias comemorativos. Não se aplica
teatro como técnica de ensino, naquela escola não existem professores preparados
pedagogicamente para as técnicas dos trabalhos dramáticos, como consequência disso as crianças
o aluno não melhora a aprendizagem dos conteúdos propostos pela escola, não modifica a
realidade instaurada e défice no aprofundamento de ser reflexivo e social.

3.1.5. Apresentação descrição, analise interpretação do questionário dirigida aos


professores

3.1.6. Realização de espectáculos teatrais no recinto escolar

No que refere a questão (1) “ tem se realizado espectáculos teatrais no recinto escolar”, esta
questão foi inquirido a 20 professores, 5 que corresponde a 25% responderam que sim, realizam
se espectáculos teatrais no recinto para sensibilizar os alunos de modo a aderirem e formarem um
grupo da escola; 12 que corresponde a 60% responderam claramente que não se realizam
espectáculos teatrais no recinto porque há falta do professor capaz para se entregar e formar
alunos para realizar os espectáculos dentro do recinto escolar; e apenas 3 não responderam a
34

questão. Com essas respostas apresentadas da entender que na Escola Primária Completa de
Napipine não existem professores formados na área do teatro para usufruírem esta técnica isto
faz com que os professores não fazem dramatizações de conteúdos que o professor quer que o
aluno aprenda de forma lúdica , conteúdos da disciplina. E o aluno acaba não se formando em
seu crescimento pessoal, com ele próprio e na sociedade.

3.1.7. Gostar de espectáculos teatrais

No que se refere a questão (2), “você gosta de teatro?” dos 20 professores inquiridos, 18 que
corresponde a 90% responderam claramente que sim, gostam de espectáculos ou peças teatrais;
2 que corresponde a 10% reponderam que não gostam de espectáculos teatrais. Com essas
respostas da entender que na Escola Primária completa de Napipine os professores gostam do
teatro, mas não esta sendo explorado pelos os professores. Como aprofunda o autor Reverbel
(1996) diz que o teatro deve ser explorado pelo o educador dentro do espaço da sala de aula com
o objectivo primeiro de desenvolver as capacidades de expressão, relacionamento,
espontaneidade, imaginação, observação e percepção as quais são as próprias dos ser humano,
mas necessitam de ser estimuladas e desenvolvidas. Porém na Escola Primária Completa de
Napipine o teatro não esta se explorar.

3.1.8. Utilização do teatro na sala de aula como instrumento de ensino

A questão (3) faz referencia a utilização do teatro na sala como instrumento de ensino. Dos 20
inquiridos, 9 que corresponde a 45% reapoderam que sim utilizam o teatro na sala de aula como
instrumento de ensino porque é forma de motivar os alunos; 10 que corresponde a 50%
responderam claramente que não utilizam o teatro dentro do espaço da sala como instrumento de
ensino porque precisa de ter conhecimento para tal, não tem conhecimento para ensino de teatro;
1 que corresponde a 5% não respondeu a questão. Com essas respostas apresentadas da entender
que na Escola primária completa de Napipine, os professores não utilizam o teatro dentro do
espaço da sala como instrumento de ensino como consequência disso há muitos alunos
desmotivados para com a aprendizagem e o ambiente escolar ou apáticos aos conteúdos e
deficientes em sua expressão comunicativa e expressiva. Como aprofunda o autor MAGALDI
(2009), a utilização no teatro como instrumento de ensino, permite que o aluno conheça o corpo,
domine as expressões e aprenda a trabalhar em grupo.
35

3.1.9. Ajuda que gostaria de receber para realizar se espectáculos teatrais no recinto
escolar

No que refere a questão (4) “ que tipo de ajuda gostaria de receber para realizar-se espectáculos
teatrais no recinto escolar?” dos 20 professores inquiridos, 7 que corresponde a 35%
responderam que gostariam ter professores do teatro e disponibiliazar-se lugar suficiente; 10 que
corresponde a 50% responderam que deve se incluir o horário como as outras disciplinas e
formar instrumentos suficientes, para a realização do teatro tais como: mascaras, uniformes, e
outros; apenas 3 que corresponde a 15% não responderam a questão. As respostas obtidas da
concluir que na Escola Primária Completa de Napipine não esta incluído as artes, isto faz com
que o aluno não vivencia maior número de artes como aprofunda o pensador MAGALDI (2009),
cabe ao pedagogo o ensino das diversas disciplinas nos anos iniciais do ensino Básico, incluindo
artes, componente obrigatória. Se deseja no ensino Básico, que o aluno possa vivenciar o maior
número de artes.

3.1.10. A Importância do teatro para aprendizagem do aluno

No que refere á questão (5) “qual é a importância do teatro para aprendizagem do aluno” dos
20 professores inquiridos, 4 que corresponde a 20% responderam que o teatro é importante para
motivar alunos; 16 que corresponde a 80% responderam que o teatro é importante por que ajuda
ao aluno a expressar-se melhor e contribuir bastante na sala e ultrapassar as suas dificuldade.
Com essas respostas apresentadas da entender que na Escola Primária Completa de Napipine os
professores sabem que o teatro pode ajudar os alunos a ultrapassar suas dificuldades como
expressar-se e expor se perante os outros, mas não esta sendo explorado pelos professores
naquela escola, os professores não sabem como utilizar esta técnica para conseguir as habilidades
diferentes nas crianças e isto contribui negativamente para o aluno porque não desenvolve suas
capacidades de expressão, relacionamento, observação, percepção e espontaneidade as quais
necessitam de ser estimuladas.
36

3.3. Verificação das hipóteses

3.3.1. A falta de formação continuada de professores nas áreas de arte influência para a
desmotivação dos professores

Deu para perceber que a hipótese foi positivamente aprovada, de acordo com as declarações dos
professores sobre a questão (1) “tem se realizado espectáculos retrais aqui no recinto escolar?”
dos 20 professores inquiridos, 5 que corresponde a 25% responderam que sim, realizam se
espectáculos teatrais no recinto para sensibilizar os alunos de modo a aderirem e formarem um
grupo da escola; 12 que corresponde a 60% responderam claramente que não se realizam
espectáculos teatrais no recinto porque há falta do professor capaz para se entregar e formar
alunos para realizar os espectáculos dentro do recinto escolar; e apenas 3 não responderam a
questão. Com essas respostas apresentadas da entender que na EPC de Napipine os professores
assumem a necessidade de formação de professores na área do teatro porque regista-se escassez
da mesma, isto ajudaria as professores a estarem motivados para trabalharem com este tipo de
técnica.

3.1.2. A falta de inclusão da arte no ensino Básico como as diversas disciplinas influência
para o aluno não desenvolver capacidades de expressão, relacionamento, imaginação,
observação e percepção

Em relação á esta hipótese também foi positivamente aprovada, de acordo com as declarações
dos professores em relação á questão (4) “que tipo de ajuda gostaria de receber da escola para
começar a realizar-se espectáculos teatrais aqui no recinto escolar? dos 20 professores
inquiridos, 7 que corresponde a 35% responderam que gostariam ter professores do teatro e
disponibiliazar-se lugar suficiente; 10 que corresponde a 50% responderam que deve se incluir o
horário como as outras disciplinas e formar instrumentos suficientes, para a realização do teatro
tais como: mascaras, uniformes, e outros; apenas 3 que corresponde a 15% não responderam a
questão. As respostas obtidas da concluir que na EPC de Napipine deve estar incluído as artes
no horário semanal, isto facilitaria para o resgate de muitos alunos desmotivados para com a
37

aprendizagem e o ambiente escolar ou apáticos aos conteúdos e deficientes em sua expressão


comunicativa e expressiva .

Conclusão

Relativamente o estudo sobre a expressão dramática e o desenvolvimento intelectual das crianças


no ensino básico em particular na Escola primária completa de Napipine, deu para entender que
na EPC de Napipine não se aplica a expressão dramática dentro do espaço da sala de aula, tendo
comprovado este facto face aos resultados obtidos com os instrumentos de avaliação aplicados.

Os professoras relegam a área de Expressão Dramática/Teatro em relação às outras áreas,


embora lhe reconheçam valor educativo, nomeadamente para a formação pessoal e social dos
alunos. É menos reconhecida a sua possibilidade de aplicação dentro de espaço da sala de aula,
mas reconhecem a importância da fruição para as crianças. Assumem a necessidade de mais
formação, nomeadamente no que ao que ao Teatro diz respeito e registam a escassez da mesma.
De acordo com as declarações dos docentes, a área de Expressão Dramática/Teatro quase não
esta interligada com as outras áreas isto é não consta estabelecido no horário semanal.

Durante o estudo foram verificadas barreiras e dificuldades no que concerne o não querer
receber questionários por parte de alguns professores o que dificultava a recolha dos dados. Mas
também há que louvar o esforço da direcção em procurar criar condições para que a actividade
decorre-se da melhor maneira possível.

É de salientar que os professores mostraram que não sabem como utilizar o teatro de forma a
desenvolver habilidades dos seus alunos porque na sua maioria não estão preparados
intelectualmente e pedagogicamente para as técnicas dos trabalhos dramáticos. No entanto os
Profissionais de Educação deveriam e devem continuar a obter formação nesse sentido, de forma
a terem contacto com novas técnicas, troca de ideias, de dificuldades, de facilidades, sugestões
entre muitos outros pormenores que tornariam a sua prática educativa mais direccionada para a
Expressão Dramática, tendo em conta que é uma área que surge como possível de ser dinamizada
a partir de qualquer conteúdo a ser leccionado, em qualquer área disciplinar.
38

Propostas

 Os professores devem desenvolver e valorizar as actividades teatrais no processo de


ensino e aprendizagem;
 Formação continuada do professor na área de arte;
 Os professores devem encarar o teatro como um instrumento educativo, visando
desenvolver a criança, nos aspectos sociais e culturais;
 A inserção do teatro no ensino Básico;
 Realização de espectáculos teatrais no ambiente da escola;
 A inclusão do teatro no horário como outras disciplinas;
39

Bibliografia

AZEVEDO, Caio, Introdução á amostragem estratificada (AE), 2011.

BEUREN, I. M.; RAUPP, F. M.; Metodologia da Pesquisa Aplicável às Ciências Sociais. São
Paulo: Atlas, 2008. p. 46-97.

CARMO, H., & Ferreira, M. Metodologia da investigação. Guia para auto aprendizagem. 2ª.
Edição. Lisboa: Universidade Aberta. (2008).

DOMINGUEZ, José António. Teatro e educação: Serviço Nacional do Teatro, uma pesquisa. Rio
de Janeiro: 1978.

GIL, Antônio Carlos. Técnicas de pesquisa em economia e elaboração de monografias. 4ª ed.


São Paulo: Atlas, 2002.

GIL, António, Carlos. Metodologias e técnicas de pesquisa social. 4ed.SP Editora, Altas, 1994.

LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Maria Andrade, Metodologia Cientifica 2 ed.SP. Atlas
1991.

MACHALDI, Sábado, iniciação ao teatro, 3 ed. São Paulo: editora Ática,2006.

REIN, Hagen, Mark. Vampiro: mascara, São Paulo, devir livraria LTDA, 1999.

REVERBEL, Olga. O texto no palco. Porto Alegre: Editora Kuarup, 1993.

STELLA, Adler :Técnica da representação teatral, Civilização Brasileira, Rio, 2005.

Tuckman, B. Manual de investigação em educação. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa:


(2000).

Reis, L. Expressão Corporal e Dramática. Lisboa: Produções Editoriais, Lda, 2005.


40

Apêndice
41

Apêndice A. Grelha de entrevista ao corpo directivo da escola

nº Questão Resposta Respondente %


1 Tem se realizado espectáculos Tem se realizado espectáculos 3 60
teatrais no recinto escolar? teatrais nos dias comemorativos
Não se realiza espectáculos 2 40
teatrais no recinto escolar

2 A direcção tem uma iniciativa A iniciativa para a produção de 4 80


em colaboração com os peças parte dos professores e
professores para a produção de depois apresentam a direcção da
peças teatrais no recinto escolar escola cujo temas abordados são
para servir de técnica de ensino casos de situações sociais da
na sala? comunidade
A iniciativa tem sido da direcção 1 20
da escola em coordenação com
os professores para apresentação
no recinto escolar aos alunos
tratando temas que abordam
sobre situações sócias da
comunidade

3 Na sua opinião qual é a Desenvolver habilidades aos 3 60


importância do teatro para o alunos a descobrir algum
desenvolvimento intelectual da aspecto social através da
criança? dramatização das situações que a
42

escola enfrenta como é o caso de


desistências e atrasos dos alunos
Ajuda aos alunos a explicar 1 20
sobre prevenção de certas
doenças sexualmente
transmissíveis
É importante para criticar actos 1 20
maus que as pessoas praticam na
sociedade
4 Quais são as actividades que Produção de peças sobre atraso 1 20
devem ser desenvolvidas para dos alunos falando sobre a
implementar-se espectáculos questões de desistências e suas
teatrais no recinto escolar? consequências
Formar um grupo especial para 3 60
tratar assuntos de teatros nos
dias comemorativos
Apresentar peças teatrais nas 1 20
zonas escondidas, postos
administrativos e distritos
43

Apêndice B. Grelha do questionário aos professores da escola Primária Completa de


Napipine

Nº Questão Respostas Respondentes %


1 Tem se realizado espectáculos Sim, para sensibilizar os alunos 5 25
teatrais aqui no recinto escolar? de modo a aderirem a formarem
um grupo da escola
Não, há falta do professor capaz 12 60
para se entregar para formar
alunos para realizar peças
teatrais no nosso recinto escolar
Não responderam a questão 3 15
2 Você gosta de peças teatrais? Sim 18 90

Não 2 10
3 Você utiliza teatro na sua Sim, é uma forma de motivar os 9 45
turma como instrumento de alunos
ensino para os alunos? Não, precisa de ter 10 50
conhecimento para tal
Não respondeu a questão 1 5%

4
lugar suficiente e com professor 7 35
de teatro
Que tipo de ajuda gostaria de Incluir-se o teatro no horário 10 50
receber da escola para começar como as outras disciplinas e
a realizar se teatros aqui no fornecer instrumentos para a
recinto escolar? realização do teatro tais como:
mascaras uniformes e outros
44

Não responderam a questão 3 15


5 Quantas vezes deve utilizar Uma vez por mês 4 20
teatro como instrumento de
Uma vez por semana 15 75
ensino nas aulas?
Nenhuma vez 1 5
6 Qual é a importância do teatro Motivar alunos 4 20
para aprendizagem da criança?
Ajuda o aluno a expressar-se 16 80
melhore e contribuir bastante na
sala e ultrapassar as suas
dificuldades
45

Apêndice C. Guião de entrevista ao corpo directivo da escola

Pretende-se com esta entrevista, colher informações acerca da expressão dramática (teatro), caso
EPC de Napipine. Com esta entrevista visa apurar os dados que ajudarão a superar dificuldades
de expor ideias e opiniões dos alunos na sala de aula.

Identificação

Idade________, Sexo__________, Anos de experiência profissional____________, Ano de


experiência na escola______________

Questões de entrevista

1.Tem se realizado espectáculos teatrais no recinto escolar?

2. A direcção tem uma iniciativa em colaboração com os professores de produção de peças


teatrais no recinto escolar ou na sala de aulas?

5. Na sua opinião qual importância do teatro para o desenvolvimento intelectual da criança?

6. Quais são as actividades que devem ser desenvolvidas para a realizar-se peças teatrais no
recinto escolar?

Muito obrigado pela participação!


46

Apêndice D.Questionário aos professores

Com este questionário visa apurar dados que ajudarão a superar dificuldades de expor ideias e
opiniões dos alunos na sala de aula. São questões que estão relacionados com expressão
dramática (teatro) Não é obrigatório que coloque o seu nome. Faz parte de um trabalho de
investigação que estou a desenvolver e para o qual peço a vossa colaboração.

Parte I: Identificação

Classe __________, Turma ________, Sexo__________

Parte II: questões do questionário.

1.Tem se realizado peças teatrais aqui no recinto escolar?

Sim( ) não ( ), porque

______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

2.Você gosta de peças teatrais? Sim ( ) não ( )

3. Você utiliza teatro na sua turma como instrumento de ensino para os alunos? Sim ( ) não ( ).
Prque?________________________________________________________________________

4.Que tipo de ajuda gostaria de receber da escola para começar a realizar-se teatros aqui no
recinto escolar?

______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
47

______________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

5. Qual é a importância do teatro para a aprendizagem da expressão?

______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

Muito obrigado pela participação!

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