Você está na página 1de 10

Matemática

Inutilidade da Função Quadrática na Arquitetura

Docente: Nuno Fernandes


Discente: Nuno Pias nº19 10ºA
Ano Letivo: 2022/2023
Índice

Índice.....................................................................................................................1
Introdução............................................................................................................. 2
Desenvolvimento.................................................................................................. 3
Conclusão..............................................................................................................6
Webgrafia/Bibliografia..........................................................................................7
Anexos.................................................................................................................. 8

1
Introdução

Atualmente, através de todo um desenvolvimento alargado e constante da tecnologia,


existem métodos de resolução de problemas muito eficientes para diversas áreas, tal como a
arquitetura, tudo com recurso à matemática. Porém, infelizmente, nesta área específica, não
depende apenas de uma boa otimização de construção, mas também do design que o arquiteto
pretende planear e construir. Este, por vezes, interfere na excelente otimização do uso dos
materiais e construção da obra arquitetónica.
O que se pretende abordar neste trabalho é a inutilidade da função quadrática em
obras arquitetónicas, ou seja, o objetivo é mostrar o uso desnecessário da função na
elaboração e construção do próprio edifício. Irei introduzir, primeiramente, a função
quadrática e toda a sua matemática envolvida, passando, de seguida, para o exemplo, Sydney
Harbour Bridge, mostrando o problema e dando a resolução para o mesmo.

Fig. 1 - Desenho arquitetónico utilizando a função quadrática

2
Desenvolvimento

Como referido anteriormente, irei começar por contextualizar e apresentar a função


quadrática e a matemática envolvida na mesma. Esta é uma função real de variável real f
definida por uma expressão na forma f(x)=a(x-h)+k, a≠0. O gráfico é uma parábola de eixo
vertical de equação x=h e vértice V(h,k). Quando a>0, a função tem concavidade virada para
cima, e quando a<0, o gráfico da função tem a concavidade virada para baixo. Se a>0, k é o
mínimo absoluto de f , sendo h o respetivo minimizante.

Fig. 2 - Gráfico com concavidade virada para baixo Fig. 3 - Gráfico com concavidade virada para cima

Após esta introdução à função quadrática, procedo à sua contextualização na obra


arquitetónica de exemplo. Através da imagem, conseguimos perceber que o arco que se
destaca por toda a ponte foi de desenhado através de uma função quadrática
1 2 33
𝑔(𝑥) =− 11
𝑥 + 10
.

Fig. 4 - Função quadrática na ponte Sydney Harbour Bridge

3
Tal como refere Henri Poincaré, “Geometria é a arte de pensar bem desenhando mal”
ou “Geometria é a arte de raciocinar sobre figuras mal desenhadas.” . Assim sendo, apesar do
arquiteto da Sydney Harbour Bridge ter dado o seu toque pessoal de design, o uso dos
materiais e o método de construção não foi totalmente otimizado através do uso da
matemática. Desta forma, irei apresentar uma alternativa de design, na qual será reduzida a
quantidade de material utilizada e simplificada a forma de construção da mesma.

Inicialmente, vou mostrar as duas vantagens que o design original da ponte trouxe
para facilitar a sua construção, de forma a ser possível comparar as vantagens que a nova
versão elaborada irá trazer.
Em primeiro lugar, o uso de pilares mais fortes nas laterais da ponte facilitaram o
transporte de materiais, sendo que estes conseguiam ser erguidos a partir duma estrutura
segura, de forma a serem disponibilizados para a construção, de um nível térreo inferior, para
o nível superior de construção da ponte.

Fig. 5 - Pilares laterais da ponte1

Para além disso, a construção de cordas em aço que sustentam o grande arco central
da ponte, evita que este colapse e protege a estrutura inteira da ponte, conferindo mais
solidez.

Fig. 6 - Cordas que sustentam o arco principal1

Após mostrar as principais e mais importantes vantagens que o design da ponte


trouxe, irei apresentar o principal problema: o uso excessivo e inútil de material. Este traz
diversas desvantagens, tais como o aumento do preço de construção, o aumento do número de
mão de obra e até a complicação do planeamento e do processo de construção da ponte. Para
resolver o mesmo, preservando as vantagens que o design original contém, irei fazer uma
adaptação, no qual darei ênfase na modificação ao arco principal da ponte.

4
Para começar com aperfeiçoamento do design da ponte, o arco principal e as suas
cordas, que o sustentam, serão retiradas da ponte. O objetivo é diminuir abruptamente o
número de material e dinheiro utilizado, para além da maior simplicidade na construção da
ponte. Neste momento, a ponte encontra-se sem nenhuma estrutura que a sustente.

Fig.6 - Ponte após a 1ª alteração1

Para resolver esse problema, irão ser retirados e repostos dois elementos que, para
além de terem a função de pilar, servem para mera decoração. Desta forma, as duas pequenas
torres, que se encontram nas laterais do arco principal, irão ser movidas mais para o centro da
ponte, aumentando de tamanho, para servirem de pilares principais. Com estas alterações
conseguimos substituir a estrutura principal da ponte, que utilizava a função quadrática, por
uma otimização dos dois pilares que lá anteriormente se encontravam.

Fig.7 - Ponte após a 2ª alteração1

Porém, como dito anteriormente, serão preservadas todas as vantagens do design da


ponte. Assim, percebemos que a primeira vantagem referida está a ser utilizada, sendo que os
pequenos pilares laterais da ponte estão intactos. No entanto, falta a utilização de cordas em
aço que sustentam a estrutura principal.
De forma a usufruir dessa vantagem, irão ser colocadas cordas em aço nos dois pilares
principais, com o propósito de serem ligadas à estrada, tal como é utilizado nas pontes mais
modernas, por exemplo na Ponte Vasco da Gama.

Fig. 8 - Ponte após a última alteração1

5
Conclusão

Concluindo, através do exemplo da ponte Sydney Harbour Bridge conseguimos


mostrar que, por vezes, a utilização da função quadrática na arquitetura é inútil. Ao longo do
trabalho, apontei as desvantagens que esta trouxe, nomeadamente o uso em demasia de
materiais, que levou a uma fraca otimização a nível de custos e tempo de construção da
ponte. Assim, podemos ver que, através de sucessivos passos, conseguimos melhorar o
processo de construção e de utilização de recursos.
Porém, isto só é possível devido ao desenvolvimento enorme da tecnologia. Como
podemos perceber, as alterações propostas eram quase impossíveis de realizar na época de
construção e elaboração da obra arquitetónica, sendo que algumas destas remetem a designs
recentes de pontes. Isto também é visível através da análise das sucessivas tentativas de
construção da ponte, que se encontram nos anexos por ordem cronológica. Através do seu
estudo, podemos perceber que ao longo das décadas de design da ponte foram surgindo novas
ideias e novas formas de construir, chegando ao resultado final.
Em suma, a utilização da função quadrática na arquitetura consegue ser substituida
por outras técnicas mais desenvolvidas, com o recurso ao avanço tecnológico que existe.
Assim, cada vez mais temos alternativas para a sua utilização e esta pode começar a
demonstrar ser um pouco inútil.

Fig. 9 - Alternativas na arquitetura para o uso da função quadrática

6
Webgrafia

Imagens:
● Capa -
https://www.9news.com.au/national/sydney-harbour-bridge-anniversary-history-facts-i
n-pictures/fb9ae4ca-ce55-488c-a6b2-81ec7345aaf4
● Fig. 1 - https://www.artpal.com/buy/drawings/buildings-architecture/?i=56674-187
● Fig. 9 - Selected Sketches of 2017 (some digital edited). | Architecture design
concept, Concept architecture, Architecture concept drawings (pinterest.com.mx)
● Anexo 3 - Every Day Is Special: March 19 – Sydney Harbor Bridge
(every-day-is-special.blogspot.com)
● Anexo 1 e 2 - Sydney Harbour Bridge original designs revealed | The Courier Mail

Texto:
● Citações - https://recursos-para-matematica.webnode.pt/cita%c3%a7%c3%b5es/

Bibliografia

Texto:
● NEVES Maria Augusta Ferreira, GUERREIRO Luís, SILVA António Pinto. Máximo
Matemática 10ºA Parte 2, 1ª edição, Maia, Porto Editora, 2021

7
Anexos

Anexo 1 - Alternativas de design inicial

Anexo 2 - Melhoramento do design inicial

8
Anexo 3 - Design final da Sydney Harbour Bridge

Você também pode gostar