Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ORIENTADOR:
PUBLICAÇÃO:
ANÁPOLIS
2021
Mariane Dias Silva
ANÁPOLIS, 2021
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo apresentar e descrever o método estrutural da Ponte do Saber, ponte
concluída em 2012 e que fez parte de um dos melhoramentos da cidade do Rio Janeiro para a recepção
dos Jogos Olímpicos no Rio em 2016. Por ser uma ponte estaiadas ela possui um vão livre e um método
de execução diferente do usual na engenharia civil, por isso o seu estudo é interessante no sentido de
soluções tecnológicas recentemente empregadas.
This paper aims to present and describe the structural method of Ponte do Saber, a bridge completed in
2012 and which was part of one of the improvements in the city of Rio de Janeiro for the hosting of the
Olympic Games in Rio in 2016. Because it is a cable-stayed bridge it has a free span and an execution
method different from the usual in civil engineering, so its study is interesting in the sense of recently
employed technological solutions.
1. INTRODUÇÃO
2. REFERENCIAL TEÓRICO
financiada pelo estado e pela Petrobras. (BORGES, 2012). Esta obra fez parte do
Programa de Recuperação Ambiental do Canal do Fundão, um dos melhoramentos da cidade
do Rio de Janeiro feita para os Jogos Olímpicos de 2016, na ponte o orçamento foi de R$ 69
milhões (G1, 2012).
2.1.1. Arquitetura
Figura 3 – Biguá
Como a ponte é estaiada, e não precisa de pilares para cruzar o canal, faz com
que a obra seja de rápida execução, além disso a obra não causa consequência na
navegação do canal por ser livre de pilares (COPPE – UFRJ, 2012).
Originalmente, a Ponte do Saber seria construída toda com concreto branco,
entretanto devido ao alto custo o projeto, isso foi alterado para uma composição de apenas
concreto claro que ainda refletia a luz como era a ideia original (SANTOS, 2012).
A Ponte do Saber, também foi um projeto de interligação para suprir à demanda
de tráfego na Cidade Universitária e possibilitou uma entrada à Via Expressa Presidente
João Goulart (Linha Vermelha) (FIGURA 4), no Rio de Janeiro (GOMES, 2013).
O pilone do projeto, tem que ser capaz de suportar toda a força transferida pelos
estais, uma vez que não existem pilares de sustentação por baixo, para isso, foram
adotadas estacas a percussão de aço do tipo ASTM A242 (que possui alta resistência a
corrosão, a escolha foi feita devido a alta acidez do solo devido a contaminação) com um
diâmetro de 965mm capazes de suportar 4000kN, e que foram concretadas nos primeiros
5 metros de profundidade. Ao todo 70 estacas com um espaçamento de 2,40m entre elas
foram implementadas no bloco de concreto de 15x24 metros com uma altura de 4,80
metros (FIGURA 6) (GOMES, 2013).
para complementar o sistema foi adotado, assim as forças horizontais podem ser
resistidas. As escoras foram utilizadas ligando os dois blocos e assim resistindo aos
esforços horizontais na direção transversal, já as estroncas foram utilizadas ligando os
blocos de retaguarda e o bloco do pilone resistindo assim aos esforços horizontais no
sentido longitudinal (GOMES, 2013).
2.2.4. Pilone
Segundo Gomes (2013), no pilone foi adotado uma altura de 94 metros para
atender aos aspectos arquitetônicos, nessa altura era possível distribuir os estais de forma
eficiente e funcional. Ele é constituído todo em concreto com uma resistência a
compressão de 50Mpa, sua seção transversal possui 20x9 metros na base e 1,96x2,48m
no topo. (FIGURA 9).
Além disso, segundo Gomes (2013), também foi previsto no pilone acessos para
a manutenção dos estais e espaços para as ancoragens. Esses pontos foram previamente
posicionados (FIGURA 10).
2.2.5. Tabuleiro
O tabuleiro foi projetado em formato de seção tipo caixão (FIGURA 11) devido
a necessidade de distribuição dos estais, e com concreto com resistência à compressão a
50Mpa, possui duas faixas cada uma com 4,50 metros de largura e está fixada entre a face
do pilone e o apoio externo. A seção do tabuleiro possui no total 11,30m de largura e 2,10
de altura além disso existe uma viga longitudinal interna usada para enrijecer a estrutura
com uma altura de 124,5cm, outro ponto notável no tabuleiro é a existência de duas lajes,
uma inferior e uma superior, com o objetivo de deixar a estrutura mais robusta e resistir
melhor aos esforços (GOMES, 2013).
O sistema de estais da ponte utilizou cabos de cordoalhas múltiplas que são feitas
de sete fios galvanizados e depois são cobertos por uma cera de petróleo, esses cabos
possuem um diâmetro de 15,7mm, eles estão espaçados de 10 em 10 metros ao longo do
tabuleiro e de 4 em 4 ao longo do pilone, já o sistema de ancoragens é formado por duas
ancoragens, uma fixa e outra livre e regulável, isso permite um alívio das tenções
conforme a aplicação de força (GOMES, 2013).
3. CONCLUSÕES
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SANTOS, Altair. Com Pilone Único, Ponte do Saber tem estrutura inovadora. Massa
Cinzenta. 11 de junho de 2012. Disponível em: <
https://www.cimentoitambe.com.br/massa-cinzenta/com-pilone-unico-ponte-do-saber-
tem-estrutura-inovadora/>. Acesso em: 30 de julho de 2021.