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longistaminata, Oryza punctata, Oryza rufipogon e Oryza sativa) é uma planta da família das
gramíneas que alimenta mais da metade da população humana do mundo. É a terceira maior
cultura cerealífera do mundo, apenas ultrapassada pelas de milho e trigo. É rico em hidratos de
carbono.
Para poder ser cultivado com sucesso, o arroz necessita de água em abundância, para manter a
temperatura ambiente dentro de intervalos adequados, e, nos sistemas tradicionais, de
[carece de fontes]
mão-de-obra intensiva. Desenvolve-se bem mesmo em terrenos muito inclinados
e é costume, nos países do sudeste asiático, encontrarem-se socalcos onde é cultivado. Em
qualquer dos casos, a água mantém-se em constante movimento, embora circule a velocidade
muito reduzida.
O arroz é uma das culturas mais importantes a serem domesticadas a nível mundial, sendo a
Ásia (Oryza sativa L.), a África (Oryza glaberrima Steud) e a América (Oryza sp.) discutidas
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como os berços da domesticação.
Ásia
A visão comumente aceita é que o arroz foi cultivado primeiramente na região do vale do Rio
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Yangtzé na China. Estudos morfológicos de fitólitos de arroz no sítio arqueológico
Diaotonghuan mostram claramente a transição da coleta de arroz selvagem para o cultivo de
arroz plantado. O grande número de fitólitos de arroz silvestre no nível de Diaotonghuan que
data de 12 000-11 000 AP indica que a coleta de arroz selvagem fazia parte dos meios locais de
subsistência. Mudanças na morfologia de fitólitos de Diaotonghuan datados de 10 000-8 000 AP
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mostram que o arroz existente por este tempo era cultivado. Logo depois, as duas principais
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variedades de arroz asiático e arroz japonês foram sendo cultivadas na China Central. No final
do 3º milênio a.C., houve uma rápida expansão do cultivo de arroz no território continental do
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sudeste da Ásia e em direção oeste para a Índia e Nepal.
Em 2003, arqueólogos coreanos afirmaram ter descoberto o mais antigo arroz do mundo
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cultivado. A época indicada, que remonta há 15 000 anos, desafia a visão aceita de que o
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cultivo do arroz se originou na China há cerca de 12 000 anos. Estes resultados foram
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recebidos com forte ceticismo pela comunidade científica, e os resultados e sua divulgação
têm sido citados como sendo impulsionados por uma combinação de interesses nacionalistas e
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regionais. Em 2011, um trabalho conjunto da Universidade de Stanford, da Universidade de
Nova York, da Universidade Washington em St. Louis e da Purdue University forneceu a
evidência mais forte de que existe apenas uma única origem de arroz cultivado, no Vale do
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Yangtzé, na China.
No Japão, é cultivado há pelo menos 7 mil anos, o arroz é presença marcante no quotidiano do
povo asiático. Em muitas culturas do continente, é comum que uma mãe dê ao recém-nascido
alguns grãos de arroz já mastigados, num ritual que significa sua chegada à vida.
Pesquisadores encontraram evidências para a domesticação de arroz selvagem há cerca de 4
000 anos em Monte Castelo, em Rondônia, uma região da Amazônia que também foi
provavelmente o berço da domesticação de outras culturas importantes, como mandioca
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(Manihot esculenta), amendoim (Arachis hypogaea) e pimenta (Capsicum sp.).
No Vietnã, o cereal está tão integrado à alma dos camponeses que muitos fazem questão de ser
sepultados nos arrozais. Durante os enterros há farta distribuição de arroz, como muitas festas,
cantos e danças. Os Hani do sul do Japão evitam fazer barulho quando estão nos campos, pois
crêem que os espíritos dos arrozais se assustam facilmente e, ao fugirem, podem provocar a
infertilidade da terra. Desde a época do Japão antigo, jogar arroz em recém-casados é um ato
que representa votos de abundância ao novo casal; este costume passou depois ao Ocidente,
sendo hoje muito comum em Portugal.