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COMPONENTES

PROTÉTICOS EM PRÓTESES
IMPLANTOSSUPORTADAS
Flávio Domingues das Neves

capítulo 02
a

INTER-RELAÇÃO PRÓTESE IMPLANTE | 079


s próteses implantadas atuais são frutos das pesquisas do Dr. Bra- Elementos constituintes
nemark e equipe, e foram inicialmente apresentadas ao mundo na O implante equivale
conferência de Toronto em 1982. Reconhecida como técnica segu- Deve ser ressaltado que, ao desenvolverem as próteses implan- à raiz dentária
ra, com alto índice de sucesso e excelente previsibilidade, passou tadas, os pesquisadores respaldaram-se em técnicas protéticas
a ser rotina nos consultórios de todo o mundo. A escolha do me- e materiais odontológicos consagrados: inclusões e fundições
lhor pilar e da sequência clínica mais adequada para cada caso de diferentes metais, prensagens e polimerizações de resinas,
continua, entretanto, a ser um tema polêmico e que gera calorosas cocção de cerâmicas dentais puras e sobre metais.
discussões. O grande número de sistemas de implantes e os inú-
meros fabricantes, muitas vezes amparados por trabalhos telediri- Desta forma as próteses implantadas, de certa forma, imitam as
gidos, dificultam o acesso a uma literatura clara, livre de conflitos convencionais sobre dentes: o implante é um parafuso de titânio
o pilar equivale
de interesse e que busque efetivamente facilitar o aprendizado. Tal que corresponde à prótese da raiz (instalado e justaposto ao osso
ao pino/núcleo
fato dificulta ainda mais o acesso a quem pretende iniciar, ou que remanescente), na área da polpa, onde se pode, no dente natural,
busca aprender e solucionar casos clínicos mais simples, que roti- fixar um pino (núcleo) que permite a fixação de uma coroa; no im-
neiramente fazem parte do universo de um clínico geral. plante (com raras exceções) tem uma rosca interna que permite,
por meio de um parafuso, a conexão do chamado pilar, também
O objetivo ao discutir estes temas é justamente tentar abordar o chamado de intermediário ou transmucoso, que corresponde ao
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assunto, livre da influência das empresas, fornecendo subsídios pino metálico, de zircônia ou de fibra que dá retenção às próteses
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para que um clínico resolva de maneira simples e objetiva casos sobre raízes dentárias, cujas coroas clínicas foram destruídas. O
de até quatro ou cinco elementos. pilar para próteses implantadas é, no entanto, mais complexo que
dosorriso

a coroa protética
o núcleo, uma vez que está posicionado mais profundamente e SOBRE DENTE E
Para tanto se faz necessário, previamente à apresentação de técnicas, relaciona-se com uma área de homeostasia, ou seja, tecido con- SOBRE IMPLANTE
uma padronização dos seguintes pontos: juntivo e epitelial que faz o equilíbrio entre o meio externo (boca
e sua flora) e interno (osso). Finalmente, assim como na prótese
– elementos constituintes das próteses implantadas;
REABILITAÇÃO do

convencional sobre dentes, o último constituinte é a prótese da


– tipo de prótese quanto à configuração final;
coroa clínica propriamente dita conectada ao pilar (Figura 01).
REABILITAÇÃO

– tipos de pilares em próteses implantadas e suas chaves;


– número de dentes perdidos;
– extensão de tecidos perdidos;
01 – Analogia de próteses sobre dente e sobre implante, com os respec-
– comércio envolvido nesta área. tivos componentes.
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O pilar equivale ao pino/núcleo

Quanto aos procedimentos técnicos necessários para então ser fixada definitivamente. No entanto, existem Ou se trabalha a partir do pilar (Figura 03), selecio- Neste caso o pilar é transferido para o modelo de gesso,
chegar ao resultado final, também são semelhantes aos diferentes técnicas de fazer o provisório e a moldagem, nado e instalado na boca e sobre o qual faz-se todo o que receberá uma réplica agora do pilar e não do implante.
das próteses convencionais sobre dentes: faz-se um mas que podem ser resumidas em duas únicas formas: trabalho protético.
bom provisório que serve como uma maquete do traba- a partir do implante ou a partir de um pilar.
lho futuro e, em alguns casos, serve para condicionar
o tecido gengival. Após o condicionamento gengival e Assim, ou se trabalha a partir do implante (Figura 02),
aprovação do paciente passa-se às etapas de molda- transferindo sua posição e inclinação para um modelo
gem e montagem em articulador semiajustável. Após de gesso por meio de transferentes e réplicas (dispo-
a confecção da estrutura pelo técnico a mesma deve nibilizados comercialmente), construindo ou personali-
ser provada, bem como a cerâmica aplicada a seguir, zando pilares e próteses até a última sessão, quando
devendo passar por ajustes funcionais e estéticos, e são montados na boca.

A
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A B C B C

02 A-C – Plataforma do implante (A) sobre a qual se confeccionará provisório (B) e que será transferida para as etapas laboratoriais(C). 03 A-C – Pilar instalado (A) sobre o qual será confeccionado provisório(B) e que será transferido para as etapas laboratoriais (C).
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Tipos de próteses implantadas quanto à configuração final Tipos de pilares em próteses implantadas

Esta classificação diz respeito aos componentes protéticos Segmentada cimentada: implante, pilar, normalmente Pilares são peças manufaturadas com o objetivo de se- transmucosos (para favorecer a estética e a saúde gen-
que fazem parte da prótese pronta: parafusado ao Implante, e prótese propriamente dita, rem anexadas ao implante, permitindo a construção da gival ao fazer a conexão entre implante e prótese pro-
cimentada ao pilar (Figura 04B). prótese propriamente dita; podem ser pré-fabricados ou priamente dita) e diferentes alturas protéticas (para
Segmentada parafusada: implante, pilar, normalmente personalizáveis. adequar-se ao comprimento da coroa clínica).
parafusado ao implante, e prótese propriamente dita, pa- Não segmentada: implante e prótese, esta parafusada
rafusada ao pilar (Figura 04A). ao implante (Figura 04C). Pré-fabricados: aqueles usinados pelo próprio fabri- Obs: por serem vendidos já com a forma que se apre-
cante do implante e que não possibilitam nenhuma sentarão quando instalados, as empresas normalmente
personalização; normalmente são oferecidos comer- oferecem acessórios que otimizam o trabalho protético,
cialmente em diferentes diâmetros (para adequar-se trazendo mais facilidade e segurança para os procedi-
à emergência do dente a ser substituído), diferentes mentos clínicos e laboratoriais (Figura 05).
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A B C A B

04 A-C – Configuração esquemática de uma prótese segmentada parafusada (A). Configuração esquemática de uma prótese segmentada cimentada (B). Configura- 05 A,B – Pilar pré-fabricado e seus acessórios, para prótese parafusada (A) e cimentada (B).
ção esquemática de uma prótese não segmentada (C).
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Personalizáveis: são peças que são Chaves: Embora existam implantes chamados de maioria dos sistemas utilizará parafusos para prender
adaptadas ou, como o próprio nome peças únicas (Figura 07 e 08), e implantes cujos pila- os pilares aos implantes e até mesmo boa parte das
diz, são personalizadas para uma de- res são instalados por pressão (Figura 09), a grande próteses (Figura 10).
terminada situação clínica (Figura 06).

A B C
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D E

06 A,B – Pilar personalizável, sendo pre- 07 A-E – Situação clínica (A) e radiográfica (B), em que o espaço protético mésio-distal de 5 mm impede a instalação de um implante estreito tradicional. Selecionou-se
parado por preparo convencional (A) e o Implante Direct (Nobel Biocare), sendo que o implante e o pilar são usinados na mesma peça e não podem ser desconectados (C-E).
em CAD/CAM (B).
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A B

A B
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C D E

C D

08 A-F – O provisório é instalado


em carga imediata (A,B). Radio-
grafia pós-operatória (C) mostra
o implante em posição (D). Após
osseointegração, a restauração de-
finitiva é construída sobre a estru-
tura de zircônia (E-F). E F F G

09 A-G – Implante Facility – Neodent (A), o pilar é instalado por pressão, não há parafusos nem rosca interna no implante (B-D). O efeito Morse
manterá o pilar em posição, pressionado contra o implante (E), por meio de dispositivo específico (F). Acompanhamento com três anos (G).
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Desta forma um parafuso precisa de um
mecanismo em sua cabeça, que permita o
encaixe de uma chave para aperto. Assim
existem: parafusos de fenda (Figura 11),
tipo Allen (Figura 12), Phillps (Figura 13)
e de boca (Figura 13). Estes mecanismos
amplamente utilizados na Engenharia fo-
ram trazidos para as chaves dos implantes
odontológicos, inclusive com torquímetro,
A B que permite o aperto correto, como suge-
rido pelos fabricantes (Figura 14).

A
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C D B

10 A-D – Parafusos utilizados para prender pilares parafusados contra implantes (A,B). Parafusos prendendo prótese contra pilares (C), kit protético com chaves e torquímetro da 11 A,B – Parafuso e chave de fenda (A). Parafuso e chave de fenda montados para aperto (B).
empresa Neodent (D).
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A B C

A B
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D E F

G H I C

12 A-I – Parafuso e chave tipo Allen hexagonal 0,9 muito utilizada em parafusos de cobertura ou tapa implantes (A,B), e em alguns pilares, como exemplo o munhão universal parafuso passante 13 A-C – Parafuso e chave quadrada (A). Parafuso e chave de boca (B), montados para aperto, no caso de um mini pilar Neodent (C).
CM da Neodent (C,D). Parafuso e chave tipo Allen hexagonal 1,2 muito utilizada não só para os parafusos de pilares como munhão universal CM maciço e para HE e UCLAs (E,F), mas também
para parafusos de transfers e protetores de mini pilares. É conhecida como chave de cicatrizador devido ao fato de ser a chave que, na maioria das empresas, permite o aperto e desaperto dos
pilares de cicatrização ou cicatrizadores (G). Parafuso (neste caso um pilar CM - Neodent) e chave tipo Allen - hexagonal 1,6 (H). As mesmas peças montadas para aperto (I). Importante sa-
lientar que alguns pilares semelhantes em forma a este são apertados, unicamente, com uma chave de boca, como é o caso do mini pilar – Neodent, nunca com uma chave hexagonal.
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Tipos de próteses implantadas quanto ao número de elementos dentais perdidos

Próteses unitárias

São próteses implantadas que substituem um único dente, confecção (Figura 15). Os resultados estéticos, entretanto,
são muito conservadoras, já que não geram desgaste em podem se ruins em casos com alta exigência estética e per-
dentina ou esmalte, e são de fácil higienização e de simples das ósseas verticais e/ou ausência de papila(s).
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14 – Torquímetro Neodent sendo utilizado para aperto de pilar em prótese implantada. 15 – Prótese implantada unitária, exame clínico e radiográfico. Acompanhamento de 16 anos.
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Próteses múltiplas

Diz respeito às próteses que subs-


tituem dois ou mais dentes perdi-
dos; podem ser ferulizadas – uni-
das (Figura 16) ou individualizadas
(Figura 17).

A B

A
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B C D

16 A-F – Próteses múltiplas feruli-


zadas – Segmentadas parafusadas
ou seja, confeccionada sobre pila-
res: clínico (A), e radiográfico em C D
acompanhamento de 16 anos (B-D).
Próteses múltiplas ferulizadas – não 17 A-D – Próteses múltiplas anteriores superiores individualizadas: exame clínico (A) e radiográfico (B), acompanhamento de 12 anos. Próteses
segmentadas, ou seja fabricadas di- múltiplas anteriores inferiores individualizadas: exame clínico (C) e radiográfico (D), acompanhamento de 18 anos.
retamente do implante, clínico quan-
do do término do tratamento (E) e
radiográfico em acompanhamento
de 17 anos (F). E F
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Tipos de próteses implantadas quanto à extensão dos tecidos perdidos Comércio

Próteses sem compensação: reabilitam ou restauram Próteses com compensação: reabilitam, além dos As diferentes empresas de implantes oferecem catálogos catálogos das empresas peças pré-fabricadas de peças
apenas os tecidos dentais perdidos. São utilizadas em dentes propriamente ditos, gengiva e osso alveolar impressos e digitais, nos quais constam seus produtos. Os personalizáveis é observar se existem acessórios disponi-
indivíduos que praticamente não perderam outros teci- (Figura 18C,D); podem ser em cerâmica ou resina e nomes comerciais, de maneira geral pouco didáticos, re- bilizados para uso com uma ou outra peça (Figura 19A-C).
dos de suporte (osso e gengiva) (Figura 18A,B). ainda fixas ou removíveis. ferem-se normalmente a uma característica da peça, nem Lembrando que os pilares personalizáveis não têm estes
sempre auxiliando no entendimento e uso da mesma. As- dispositivos. Após entender isso, qualquer empresa (catá-
sim, no Brasil, invariavelmente encontramos as palavras: logo) pode ser ajustada a este raciocínio.
pilar (português), abutment (inglês) e munhão (derivada
do espanhol muñón) significando peças muito diferentes Outro fato que torna este tema complexo é que, além de
umas das outras, e até a mesma “palavra” com diferentes diferentes empresas fabricantes (Figura 19D) e destas fabri-
significados em diferentes empresas. Desse modo nos ve- carem diferentes sistemas junção pilar/implante, sendo os
mos em meio a uma miscelânea de nomes que cria ou pode mais comuns hexágono externo, hexágono interno e cone
criar uma verdadeira torre de Babel na comunicação entre Morse (Figura 20A). Além disto, estes ainda são oferecidos
protéticos e dentistas. O objetivo das empresas é fidelizar o em diferentes diâmetros, sendo que alguns têm o mesmo
cliente fazendo com que aprenda a sua nomenclatura. Na diâmetro de rosca interna, independente do diâmetro do
A B
prótese, entretanto, o cirurgião-dentista atende clientes vin- implante (Figura 20B,C) e outros oferecem componentes
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dos de diferentes cirurgiões que usam diferentes marcas específicos para implantes de diâmetro estreito, regular e
comerciais, com preferências individuais por algum siste- largo (Figura 20D). Assim é fundamental que, para adquirir
ma, levando a uma grande confusão, A ideia de classificar o componente protético correto, o protesista saiba a mar-
as próteses em: segmentada parafusada, segmentada ci- ca, o sistema e, em alguns casos, o diâmetro do implante
mentada e não segmentada tem por finalidade facilitar o instalado. Por prudência não se recomenda intercambiar
entendimento dos catálogos independente do nome dado componentes de diferentes marcas, sejam pilares sobre im-
a este ou àquele componente. Sendo assim, precisamos plantes, sejam acessórios sobre pilares, a não ser que uma
saber no catálogo: quais são os pilares pré-fabricados e pesquisa prévia mostre que determinados componentes
quais os personalizáveis disponíveis para cada uma das sejam realmente compatíveis, o que não é comum dado às
C D
três possibilidades técnicas. Uma forma de diferenciar nos diferenças de tolerância entre diferentes empresas.
18 A-D – Imagem de prótese sem compensação, ou seja, substitui apenas os dentes perdidos. Vista clínica de uma carga imediata (A) e sua radio-
grafia (B). Imagem de prótese com compensação que substitui dentes e estruturas anexas perdidas. Vista clínica de uma carga imediata (C) e sua
radiografia (D).
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A

A
B
19 A-D – Imagens do catálogo
da empresa Neodent, mostran-
do pilares pré-fabricados e seus
acessórios para prótese parafu-
sada (A) e cimentada (B) e um
pilar personalizável (C). Catá-
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logos de diferentes empresas,


sendo que os mesmos também
podem ser acessados nos res- B C
pectivos sites (D).

20 A-D – Imagem da parte do implante ex-


posta para confecção da prótese em diferen-
tes junções pilar/implante (A). Implantes de
diferentes diâmetros, mas que utilizam os
mesmos pilares (B) e (C). No exemplo, im-
plantes cone Morse Neodent, onde a perfura-
ção interna tem o mesmo diâmetro e possi-
bilita a utilização dos mesmos pilares (B,C).
Implantes de diferentes diâmetros e que exi-
gem pilares diferentes para implantes de diâ-
metro estreito, regular ou largo. O cirurgião
deve ter arquivado marca e diâmetro, para a
D qualquer tempo passar estas informações, de
D modo a possibilitar o trabalho protético (D).
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Seleção de Pilares

Para a escolha do melhor pilar, algumas empresas dis-


ponibilizam kits de seleção, com réplicas dos pilares em
plástico ou alumínio esterilizáveis (Figura 21A), mas,
independente de ter ou não o kit, o cirurgião-dentista
deverá estar apto a escolher, entendendo os aspectos
relevantes nesta escolha, que são: A B C

– cimentar ou parafusar as próteses (Figura 21B-E);

– análise do espaço protético (Figura 22A,B);

– inclinação do implante (Figura 22C,D);

– profundidade e espessura gengival (Figura 22E-I); A

– posicionamento infra-ósseo do implante – neste caso D E F


para implantes cujo protocolo de instalação leva a um
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posicionamento infra-ósseo (Figura 23).

B C

G H I
21 A-E – Kit de seleção de pilares para implan-
tes cone Morse da empresa Neodent (A). Próteses 22 A-I – Espaço protético que pode ser analisado na boca (A) ou no modelo (B) e que pode ser classificado como favorável ou desfavorável. Inclinação do implante
cimentadas (B,C) e parafusadas (D,E), reversibi- favorável (C) em que se pode resolver com pilares retos, e desfavorável (D), que obriga o uso de pilares angulados ou componentes dinâmicos. A chave em posição
lidade e previsibilidade de retenção para as para- já remete a essa análise. Diferentes profundidades de implantes (E), que obrigam a utilização de diferentes transmucosos para os pilares (F). Sendo calibrados em
fusadas, contra a despreocupação com o orifício milímetros (G), os cicatrizadores calibrados da Neodent, entre outros, permitem a análise da profundidade gengival sem necessidade de remoção. Na parte superior
de acesso das cimentadas. associada ao risco de do cicatrizador aparece o diâmetro (plataforma do implante) e o comprimento (H). Este valor, subtraído da parte que está exposta (I), é a profundidade gengival do
excessos de cimento subgengival. D E
implante. E a profundidade, menos um ou dois milímetros (sulco), é igual ao transmucoso necessário.
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Na definição inicial (cimentar ou
parafusar), por eliminação, todos
os pilares específicos para o tipo de
prótese não escolhido já estarão des-
cartados; este tema envolve aspec-
tos técnicos, mecânicos e pessoais, e
é discutido em separado no próxi-
mo capitulo.

A figura 24 ilustra situações que


obrigam o uso de próteses não seg-
mentadas. Logo parafusada. A

A B
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C D B

23 A-D – Definição de transmucosos para implantes com protocolo de instalação infra-ósseo (maioria dos implantes cone Morse): o pilar definitivo 24 A,B – Indicação de prótese não segmentada devido ao espaço protético (A) ou
deve idealmente estar aproximadamente 1 mm acima do osso (A) e aproximadamente 1 mm abaixo da gengiva (B). O procedimento correto com posicionamento superficial do implante (B).
os implantes CM começa com a escolha do cicatrizador, que deve estar rente à margem gengival (C) e não acima dela (D).
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Técnicas A figura 26 mostra parte da linha de pilares da empresa Neodent para este tipo de prótese. Sugere-se para estas
situações sempre instalar os pilares na boca e trabalhar sobre os mesmos.
Próteses Segmentadas Parafusadas

De maneira geral, as empresas disponibilizam pila- empresa para outra, no catálogo ou no site deve cons-
res pré-fabricados cônicos curtos, retos e angulados tar: espaço protético mínimo, inclinação das paredes e
para esta finalidade e, apesar de ter variações de uma cintas metálicas disponíveis (Figura 25).

20º

40º
5,0 mm
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A B

25 A,B – Orientações da empresa Neodent sobre limitações para uso do mini pilar. Notar espaço protético (A), inclinação de paredes e conicidade 26 – Alguns dos mini pilares disponíveis para próteses segmentadas parafusadas em casos múltiplos da empresa Neodent, para implantes hexágono
para eixo de inserção (B), além da cinta cervical metálica, que se torna uma limitação para casos estéticos e implantes superficiais, cuja gengiva não externo (HE), hexágono interno (HI) e cone Morse (CM). Na foto para HE e CM. O primeiro e o terceiro, com seus respectivos transportadores, que
mascara a menor cinta que é de 1,00 mm para o pilar reto ou de 2,00 mm para o angulado. auxiliam na instalação destes pilares.
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Os vários acessórios disponíveis e sua utilização são mostrados a seguir ao ilustrar uma sequência clínica com
estes pilares para prótese segmentada parafusada.

Sequência clínica para confecção de prótese segmentada parafusada

1ª sessão clínica: instalação, torque e confecção de provisório

A B C
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D E
A B

C D E F G

27 A-E – Sequência clínica para confecção dos provisórios em próteses segmentadas parafusadas: ausência dos dentes 12,11 e 21 para o arco superior, e 41 e 42 para o 28 A-G – Cilindros temporários, ou componentes provisórios, devem ser parafusados contra os pilares, e o cirurgião-dentista deve ter demarcado a região de infra
inferior; durante o período de osseointegração a paciente usou um par de próteses parciais removíveis temporárias (A). Vista dos arcos após cicatrização gengival – já -oclusão (A), o componente é então removido e seccionado (B), após o que deve ser reapertado para verificar se realmente está em infra-oclusão (C). São então
realizada a reabertura dos implantes(B). Instalação dos pilares: micro pilar para implante CM Neodent, instalado na região equivalente ao 12, e mini pilar para implante removidos novamente e envolvidos em resina – cor de provisório fora da boca (D), devendo ser instalados em seguida à presa (E). Os dentes da prótese devem
CM Neodent instalado na região equivalente ao 21(C), torque de 32 Ncm no micro pilar (D) e torque de 32 Ncm no mini pilar (E). ser removidos (F), e um orifício confeccionado na região equivalente aos implantes (G).
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A B C

I J

D E
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F G H K L

29 A-L – Sequência clínica para confecção dos provisórios em próteses segmentadas parafusadas: os dentes da antiga prótese removível são então provados de maneira a ficarem para a estética desejada, devendo obviamente serem marcadas novas sessões até se conseguir o resultado possível. A etapa seguinte só será possível após o referido condicionamento.
livres de toque em relação aos cilindros envoltos por resina (A), com resina acrílica quimicamente ativada faz-se a união das partes (B). Após polimerização da resina, deve-se ana- Para o arco inferior (G), implantes Facility (Neodent): a instalação dos mini pilares foi realizada com martelo específico (H), e o método de confecção de provisório reconduzido sobre
lisar os contatos proximais e oclusais, após o que o conjunto é desaparafusado da boca e um correto perfil de emergência dado à prótese provisória (C,D). Após polimento a prótese os mini pilares (I), como realizado para o arco superior (J,K). A paciente passa a ter assim provisórios fixos sobre os pilares (L).
é parafusada contra os pilares (E) e os orifícios de acesso vedados com Teflon e resina acrílica (F). Pode ocorrer de não ser possível, em uma só sessão, condicionar o tecido gengival
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2ª sessão clínica: moldagem dos pilares e relacionamento intermaxilar

A B

A B
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C D

C D E F

30 A-D – Sequência de moldagem e obtenção de registros para montagem em articulador para próteses segmentadas parafusadas: arco superior após condicionamento 31 A-F – Sequência de moldagem e obtenção de registros para montagem em ASA para próteses segmentadas parafusadas: para o arco inferior (A),
gengival (A), componentes de moldagem ou transferentes de moldagem para micro pilar (12) e mini pilar (21), instalados sobre os mesmos (B). União dos componentes o mesmo procedimento foi realizado, parafusando-se os transferentes, já envoltos em resina (B), unindo-os com hastes metálicas por vestibular e
com hastes metálicas e resina acrílica ativada quimicamente – por vestibular e lingual (C) e moldagem de arrasto, ou moldagem com moldeira aberta, já que uma abertura lingual (C). e transferidos por meio de moldeira aberta e silicona pesada e leve em tempo único (D). Sequência de moldagem e obtenção de registros
foi construída na moldeira na região equivalente aos transferentes, que desapertados após o molde são “arrastados ou transferidos” para o interior do molde (D). Na se- para montagem em ASA para próteses segmentadas parafusadas: a relação intermaxilar da paciente (E) pode ser facilmente registrada por inter-
quência réplicas ou análogos são parafusados contra os componentes no interior do molde, possibilitando o vazamento do modelo, com as réplicas transferidas para o local médio de cilindros provisórios, unidos às barras de resina, sobre as quais se faz um registro intermaxilar (F). Como estes dispositivos provisórios são
exato dos pilares na boca. rotacionais, pois estão indicados para casos múltiplos, é obrigatória a utilização de pelo menos dois pilares por registro.
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3ª Sessão clínica: prova do metal

C
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32 A-C – Prova da estrutura em próteses segmentadas parafusadas: estas estruturas podem ser obtidas por meio de fundição e solda, ou por meio de
processos CAD/CAM, se em metal, ou por meio de CAD/CAM, se em zircônia. O fato é que, sendo a transferência deste tipo de pilar muito precisa,
não são necessárias etapas de solda ou transferências, tão comuns em próteses fixas sobre dentes; entretanto, uma correta prova e avaliação desta
estrutura é muito valiosa para impedir futuras estruturas não passivas que gerem carregamentos desnecessários e nocivos aos implantes osseoin-
tegrados. Assim sugere-se a seguinte sequência para tal prova (A) 1- Análise de ausência de báscula: sem parafusos e segurando nas extremidades
das estruturas com as duas mãos, um lado alternado do outro deve ser apertado de modo que os dedos que não estão apertando possam identificar
qualquer movimento (báscula), o que indicaria falta de assentamento. 2- Análise de ausência de retenção friccional: ainda sem parafusos a estrutura
deve ser posicionada e solta; como as paredes destes pilares são muito inclinadas e não se admite contatos axiais, a mesma deve “cair” ou se soltar
bruscamente. Ficar retida sob pressão pode ser muito ruim para os implantes que a estão “prendendo”, já que o aperto dos parafusos pode gerar
tensões (falta de passividade) nestas áreas. 3- Análise de assentamento vertical: um parafuso deve ser colocado e apertado até que a prótese fique
estabilizada (sem aperto demasiado) e uma radiografia obtida, sendo que a imagem deve mostrar adaptação dos componentes protéticos. Este teste
é importante desde que apertando-se todos os componentes. A pressão do parafuso levará ao assentamento forçado da peça, o que não é desejável
(falta de passividade). 4- Análise horizontal: todos os parafusos devem então ser apertados verificando se descem aproximadamente com o mesmo
número de voltas. Finalmente faz-se o registro para conferência da montagem em articulador (B) e a seleção de cor (C).
INTER-RELAÇÃO PRÓTESE IMPLANTE | 115
4ª sessão clínica: prova da cerâmica e 5ª sessão clínica: instalação

A B

A B
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C D C

33 A-D – Prova de cerâmica e instalação em próteses segmentadas parafusadas: após a aplicação da cerâmica, as peças são devolvidas ao cirurgião-dentista; por 34 A-C – O resultado final (A-C) traz, normalmente, o total restabelecimento da função e da estética a nível social.
serem parafusadas, a análise dos contatos proximais neste tipo de prótese é sempre um momento crítico, que pede bastante atenção do cirurgião-dentista (A,B).
Após o glaze a prótese é parafusada na boca, os orifícios são fechados com Teflon e resina fotopolimerizável (C), e as áreas de higienização analisadas e mostradas
ao paciente (D).
INTER-RELAÇÃO PRÓTESE IMPLANTE | 117
Próteses Segmentadas Cimentadas Prótese segmentada cimentada com pilares pré-fabricados

Para próteses segmentadas cimentadas, a maioria 1ª sessão clínica: instalação, torque e confecção de provisório(s) sobre pilar(es)
das empresas disponibiliza três possibilidades:

– Trabalhar com pilares pré-fabricados – instalar os


pilares e trabalhar (provisório e molde) sobre os mes-
mos. A figura 35 mostra alguns munhões universais
com os respectivos acessórios.

– Trabalhar com pilares personalizáveis – trabalhando


diretamente do implante para provisório e moldagem.

– Personalizar o pilar diretamente na boca e traba-


lhar como se fosse um dente natural preparado para
receber prótese.
REABILITAÇÃO do sorriso | 116

B C

35 – O munhão universal da Neodent é um versátil exemplo de pilar pré-fabricado para próte- 36 A-C – Seleção e instalação de pilar e confecção de um provisório para prótese segmentada cimentada com pilares pré-fabricados – no caso um
se segmentada cimentada, e é disponibilizado para implantes com diferentes junções. A ima- munhão universal-Neodent: reabertura de implante, após osseointegração. Ressaltando que na sua instalação teve travamento de apenas 20 Ncm
gem mostra pilares para CM e HE, com diferentes alturas protéticas ( 4 e 6 mm), diferentes de torque, não sendo possível colocação em carga imediata (A,B). Notar anotação no prontuário da paciente que contém diâmetro e altura de trans-
transmucosos e para os CM ainda diferentes diâmetros (3,3 e 4,5 mm). Notar os acessórios mucoso do pilar de cicatrização (C); tal informação norteia a seleção inicial dos componentes. Como após a abertura o referido pilar ficou a nível
disponibilizados para trabalho com o referido munhão. gengival, já que o tecido foi reposicionado para vestibular, buscando-se melhora na qualidade daquela área, deve-se optar pelo mesmo diâmetro e
transmucoso para o pilar definitivo. Mesmo assim deve ser provado e radiografado.
INTER-RELAÇÃO PRÓTESE IMPLANTE | 119
A B C

A B
REABILITAÇÃO do sorriso | 118

D E C D

37 A-E – Seleção e instalação de pilar e confecção de um provisório para prótese segmentada cimentada com pilares pré-fabricados – no caso um munhão universal-Neo- 38 A-D – Seleção e instalação de pilar e confecção de um provisório para prótese segmentada cimentada com pilares pré-fabricados – no caso um munhão universal-
dent: no kit de seleção (A) seleciona-se o equivalente ao munhão pretendido (B), 4,5 por 1,5 (ver figura 36C), colocado em posição; pode-se escolher a altura protética 4 Neodent: após torque, um componente calcinável (plástico) ou provisório deve ser posicionado sobre o munhão para manter o tecido gengival afastado (A); enquanto
ou 6 mm (C). Selecionado o pilar, o mesmo deve ser instalado (D) e apertado com o torque recomendado pelo fabricante (E), no caso 15 Ncm para um munhão universal isso um dente de estoque deve ser selecionado (B) e preparado, ajustando-se as proximais, o comprimento e a parte interna (C) de modo a poder ser facilmente
com parafuso passante, com 4,5 de diâmetro por 1,5 de transmucoso e 4,0 de altura protética. instalado sobre o componente provisório, quando este estiver instalado na boca (D). A seguir será feita a captura do componente provisório com o dente selecionado,
de maneira a fazerem parte de uma mesma peça provisória, podendo-se usar para isso resina acrílica quimicamente ativada ou até mesmo cimento resinoso. O baixo
custo da primeira, contra a rapidez da segunda, norteará a escolha. O mais importante é que, após esta captura, a emergência desejada para a coroa seja realizada
fora da boca, de maneira a condicionar o tecido gengival com a forma pretendida. Esta forma pode não ser conseguida na mesma sessão e, em casos extremos, gastar
mais duas ou até três sessões de condicionamento, dependendo do volume do dente e do biótipo gengival.
INTER-RELAÇÃO PRÓTESE IMPLANTE | 121
A B C
A B
REABILITAÇÃO do sorriso | 120

C D E D E

39 A-E – Seleção e instalação de pilar e confecção de um provisório para prótese segmentada cimentada com pilares pré-fabricados – no caso um munhão universal-Ne- 40 A-E – Seleção e instalação de pilar e confecção de um provisório para prótese segmentada cimentada com pilares pré-fabricados – no caso um munhão universal-Ne-
odent: cimento resinoso fotoativado manipulado sendo colocado no interior do dente de estoque preparado (A), que é levado em posição (B) e fotoativado para presa odent: coroa provisória aguardando polimerização da resina acrílica colocada na região equivalente à área subgengival (A) e tendo os excessos desgastados com uma
final (C). Imagem do conjunto após presa e remoção (D) e início da obtenção do perfil de emergência subgengival da coroa (E), por meio de resina acrílica ativada ponta diamantada n.82 para peça de mão (B); em seguida é provada e polida (C) e instalada com cimento provisório- no detalhe foto oclusal (D) e lateral (E). Ressalta-se
quimicamente (pó e liquido pela técnica de Nealon). que esta cimentação é critica para qualquer destes pilares, devendo ser feita encaixando-se inicialmente a coroa com o cimento em uma réplica, para que os excessos
saiam e, em seguida, no pilar na boca, obviamente respeitando o tempo de presa do material.
INTER-RELAÇÃO PRÓTESE IMPLANTE | 123
2ª sessão clínica: moldagem do(s) pilar(es) e relacionamento intermaxilar 3ª sessão clínica: prova do metal

A B C
B
REABILITAÇÃO do sorriso | 122

D E F A C

41 A-F – Moldagem e obtenção de modelos em prótese segmentada cimentada com pilares pré-fabricados, no caso um munhão universal-Neodent: componentes de 42 A-C – Prova de metal em prótese segmentada cimentada com pilares pré-fabricados, no caso um munhão uni-
moldagem ou transfers e suas réplicas ou análogos para as possibilidades de trabalho com estes munhões - diâmetro de 3,3 ou 4,5 mm e altura protética de 4 ou 6 mm versal-Neodent: cilindro calcinável e cilindro provisório disponibilizados para, respectivamente, trabalho definitivo
(A), dois munhões universais: 4,5 por 4 mm instalados nas regiões equivalente ao 15 e 24 (B), transfers instalados em posição por pressão (C), detalhe de um deles (D) e o provisório (A), vista oclusal de uma das estruturas (B) e cervical da outra (C); estas peças são obtidas do en-
e transferência com silicona pesada e leve em tempo único (E). As réplicas são posicionadas por pressão digital contra os referidos transfers no interior do molde e um ceramento e da fundição dos cilindros calcináveis. Devem ser levadas à boca e provadas com os mesmos critérios
modelo obtido com gengiva artificial e gesso (F). usados nas coroas sobre dentes.
INTER-RELAÇÃO PRÓTESE IMPLANTE | 125
4ª sessão clínica: prova da cerâmica e 5ª sessão clínica: instalação

G H

I J K

A B C
REABILITAÇÃO do sorriso | 124

D E F L M

43 A-M – Prova de cerâmica em próteses segmentadas cimentadas com pilares pré-fabricados, no caso um munhão universal: trabalho vindo do técnico (A). Um dos munhões, limpos, paciente deve ser orientado a fazer um movimento por vez, com a fita carbono do lado vermelho interposta. Se na região anterior as guias de movimento deverão
pronto para a prova (B). Prova de cerâmica em próteses segmentadas cimentadas com pilares pré-fabricados, no caso um munhão universal-Neodent: o primeiro passo é o ajuste ser ajustadas, já na posterior qualquer marca vermelha deve ser vista como interferência e removida. Se necessário, finalmente serão realizados os ajustes esté-
proximal (C), marcado com uma fita carbono, sendo que os excessos devem ser desgastados (D) até que a área de contado proximal permita a passagem do fio dental com ligeira ticos e a peça enviada para glaze e polimento. Instalação de próteses segmentadas cimentadas com pilares pré-fabricados, no caso um munhão universal: após
pressão. O segundo é a conferência da adaptação cervical, que raramente apresentará problemas, visto que já foi feita prova do metal, e o terceiro o ajuste oclusal; para isso, sem limpeza e isolamento relativo dos munhões na boca, manipulação de cimento à base de fosfato de zinco (I) e colocação nas paredes axiais de uma das coroas (J).
a prótese, deve-se marcar em vermelho os contatos oclusais (E). Em seguida a coroa é levada em posição e a fita, agora do lado preto, é usada novamente (F); estando tudo bem, Posicionamento contra uma réplica (K), eliminando os excessos, e contra o munhão universal na boca. Após a presa, os excessos devem ser removidos com sonda
o preto cobre o vermelho. Havendo contatos prematuros, eles aparecem em preto e devem ser desgastados (G), até que o preto cubra o vermelho (H); para os ajustes excursivos o exploradora e fio dental (L). Vista lateral do caso pronto (M).
INTER-RELAÇÃO PRÓTESE IMPLANTE | 127
Prótese segmentada cimentada com pilares
personalizáveis em laboratório

1ª sessão clínica: confecção de provisório


direto do implante

2ª sessão clínica: moldagem do implante e


relacionamento intermaxilar

3ª sessão clínica: prova do Pilar A B C


personalizado

4ª sessão clínica: prova da metalocerâmica


ou da cerâmica pura
A
5ª sessão clínica: instalação

As figuras 44 a 48, como dito anteriormente, ilustram


a sequência clinica de um pilar personalizável em la-
boratório. Por ter uma técnica semelhante à confecção
REABILITAÇÃO do sorriso | 126

de um provisório sobre mini pilares, só que com com-


ponentes provisórios que são parafusados diretamente
sobre o implante, entendemos que não seria necessário
mostrar a técnica de confecção de provisório, nem aqui
nem para as próteses não segmentadas, cujo provisório
é obtido da mesma forma.

B C

44 A-C – Sequência clínica para confecção de uma prótese segmentada cimentada com
pilares personalizados em laboratório: após confecção de provisório e condicionamento
D E
gengival, moldagem com personalização do transfer ou componente de moldagem direto
do implante; para isso o provisório, na boca, tem seu contorno gengival delimitado por
45 A-E – Após a polimerização, o provisório é removido (A). Um transfer ou componente de moldagem direto do implante é então parafusado contra a réplica (B), e
uma lapiseira (A), é então removido e preso a uma réplica de implante. Uma camada de
uma camada de resina acrílica ativada quimicamente é então vertida no entorno, entre o transfer e o contorno gengival (C), personalizando o referido componente,
cera utilidade é posicionada, contornando a marcação da lapiseira, separando a região
que agora terá posição definida, devendo ter sua vestibular marcada. Após a polimerização da resina o transfer é removido (D) e posicionado na boca (E), devendo ser
subgengival (B). Sequência clínica para confecção de uma prótese segmentada cimentada
radiografado para certificar a adaptação dos hexágonos de implante e transfer.
com pilares personalizados em laboratório: na sequência uma porção de silicona pesada é
prensada por pressão digital contra a réplica e a parte subgengival do provisório, reprodu-
zindo o contorno gengival (C).
INTER-RELAÇÃO PRÓTESE IMPLANTE | 129
A B C

46 A-C – Sequência clínica para confecção de uma prótese segmentada cimentada com pilares personalizados em laboratório: o paciente é então moldado com silicona leve e pesada em
tempo único utilizando uma moldeira aberta na região do implante, o parafuso é desapertado, e o molde é removido; ver detalhe do contorno gengival (A). Uma réplica de implante é então
B
posicionada e parafusada contra o transfer (B) e o modelo obtido (C).
REABILITAÇÃO do sorriso | 128

A B C

A C
47 A-C – Prótese segmentada cimentada com pilares personalizados em laboratório: no laboratório o pilar é personalizado para a situação clínica em questão, o provisório é removido (A) e
o pilar provado na boca, vista oclusal (B) e vestibular (C). Nesta fase o pilar dever ser analisado como quem avalia um preparo dentário, ou seja, quantidade de desgaste, em referência ao
48 A-C – Prótese segmentada cimentada com pilares personalizados em laboratório: a coroa é então confeccionada, a estrutura e a cerâmica são enviadas para prova,
futuro material restaurador, inclinação de paredes e eixo de inserção protética e posição e forma do término cervical. Estando tudo bem, pede-se a coroa pronta; entretanto, se necessário,
em seguida aplica-se o glaze, e faz-se a instalação final; vista oclusal (A), vista lateral com afastador (B) e lateral durante o sorriso (C).
pequenos ajustes podem ser feitos nesta etapa. Caso se observe erros de maiores proporções, recomenda-se nova moldagem. Em casos maiores recomenda-se um registro para análise da
montagem em articulador ainda nesta fase, associado à escolha da cor. Situações em que o pilar está reto e tem os contornos axiais muito semelhantes, sugere-se um guia, construído em
resina acrílica, para posicionar o pilar de maneira prática e segura na boca. É comum, mas desnecessário e até perigoso, o laboratório enviar o coping (infraestrutura) em metal ou zircônia
neste momento. Um erro no preparo e perdeu-se o trabalho e a peça; por isso recomenda-se a prova do pilar preparado, sem a estrutura.
INTER-RELAÇÃO PRÓTESE IMPLANTE | 131
Prótese segmentada cimentada com pilares Uma quarta variação destas possibilidades para prótese
personalizáveis na boca segmentada cimentada seria fazer o provisório direto do
implante, moldar o implante e no laboratório personalizar
1ª sessão clínica: instalação do pilar, preparo o pilar e fazer um provisório. O pilar volta para prova e ade-
e confecção de provisório direto no pilar
quação do provisório. Em seguida o metal é confecciona-
A B
2ª sessão clínica: moldagem do pilar e do, o pilar é instalado definitivamente e a estrutura é trans-
relacionamento intermaxilar por técnica ferida. Finalmente a cerâmica é aplicada e a coroa provada
convencional e definitivamente fixada. Entendemos. Entretanto. que tal
3ª sessão clínica: prova do metal modificação não traz nenhuma melhoria ao processo.

4ª sessão clínica: prova da cerâmica


Próteses não Segmentadas
5ª sessão clínica: instalação

A figura 49 ilustra as etapas clinicas de uma prótese


Esta técnica não será mostrada por guardar muita
não segmentada.
semelhança com os procedimentos rotineiros da pró-
tese sobre dente. É desaconselhada para pilares que 1ª sessão clínica: confecção de
exigem grandes preparos por risco de aquecimento
REABILITAÇÃO do sorriso | 130

provisório(s) direto do(s) implante(s)


ao conjunto pilar/implante. Entretanto, pilares como C D
2ª sessão clínica: moldagem do(s) implante(s)
o munhão anatômico da Neodent para implantes CM
e relacionamento intermaxilar
necessitam apenas de uma adequação do preparo
(normalmente em crista), e são muito utilizados com 3ª sessão clínica: prova da estrutura
esta técnica. 4ª sessão clínica: prova da cerâmica

5ª sessão clínica: instalação

E F G

49 A-G – Sequência clínica para confecção de uma prótese não segmentada: após confecção de provisório e condicionamento gengival,
moldagem com personalização de transfer, exame clínico (A) e radiográfico (B), como mostrado para prótese segmentada cimentada
para pilares personalizáveis, em que também se trabalha inicialmente (provisório, moldagem e registro) diretamente do implante. Sequ-
ência clínica para confecção de uma prótese não segmentada – da mesma forma o molde é realizado (C), a réplica instalada (D) e o mo-
delo obtido. Sequência clínica para confecção de uma prótese não segmentada: o metal é obtido a partir de um tubo UCLA com hexágono
ou com travamento por ser unitário (E) e enviado para prova e escolha de cor, ver radiografia periapical (F) e devolvido para aplicação
da cerâmica. Sequência clínica para confecção de uma prótese não segmentada: foto final, caso instalado após prova, glaze e fixação de-
finitiva, com fechamento do orifício com Teflon e resina fotopolimerizável (G).
INTER-RELAÇÃO PRÓTESE IMPLANTE | 133
Considerações Finais mestrandos Lucas Tavares (Figura 1), Caio e Fred, pela de-
dicação e ajuda a qualquer hora. Ao doutorando Thiago
O objetivo, como falado, foi fornecer subsídios para se tra- Carneiro pelo caso dos munhões universais. Ao TPD Pe-
balhar com qualquer empresa; os exemplos dados, em sua dro Murilo de Freitas e às equipes da PMF e da Maxillaris
maioria, abordaram a empresa Neodent, líder do mercado em Leiria-Portugal. Ao TPD Marco Aurélio Dias Galbiatti,
nacional. Entretanto, entende-se que havendo necessidade sempre muito prestativo. A Prado e Neves e à equipe da
de reabilitação de um paciente, com implantes já insta- Eikon Odontologia Especializada, em especial ao Dr. Célio
lados, o profissional busque com o cirurgião a marca e o e às THB Fabiana e Erika. Aos colegas Lucas Zago e Pablio
diâmetro do implante em questão. Acesse o site da empre- Caetano (caso de prótese segmentada parafusada). Aos
sa, entenda quais são as opções (de preferência por códi- colegas Sérgio Bernardes e Gustavo Seabra, sempre pron-
go) comercialmente disponíveis na empresa para se fazer tos para o trabalho. Às minhas amigas irmãs, Ivete e Mar-
prótese segmentada parafusada, segmentada cimentada ta, que, a meu ver, quando a palavra competência toma a
e não segmentada, e se há necessidades de chaves espe- forma humana, aparece uma delas. À minha filha Laura
ciais, para que possam ser obtidas. Na sequência remova o Garcia Neves, por organizar as fotos do capítulo (domin-
A B
cicatrizador e investigue: espaço protético, inclinação e pro- go de tarde), aos profissionais que sempre me ajudaram
fundidade gengival, ficando assim apto a escolher a melhor na Faculdade de Odontologia da UFU-Uberlândia (MG),
opção para cada caso. Após selecionar o pilar e a forma de na Maxillaris-Leiria-Portugal, na EIKON-Uberlândia (MG),
REABILITAÇÃO do sorriso | 132

trabalho, entendemos que uma das sequências mostradas no Nap-Odonto-São Paulo (SP) (Intensivo de Próteses Im-
levará a uma adequada condução do caso. plantadas, casos de próteses segmentadas cimentadas e
não segmentadas), na ABO-Brasília (DF). Aos pacientes
que permitiram as fotos e à cirurgiã-dentista Kemilly de
Agradecimentos Oliveira Nabbout que fez a última correção, sem os quais o
capítulo não seria o mesmo. Finalmente, meu maior agra-
Aos professores da área de Oclusão, Prótese Fixa e Ma- decimento que é à minha família: Fernanda, Olivia, Laura
teriais Odontológicos da UFU, pelo apoio. Aos colegas e Júlia, que apesar de minha ausência mostram tanto ca-
do NEPRO-CNPq, especialmente à Karla Zancopé e aos rinho e respeito por meu trabalho. Obrigado!
C D

50 A-D – Nestes casos, a base da coroa, confeccionada sobre o UCLA, apresenta um dispositivo antirrotacional ou um travamento (A). Casos múltiplos devem ser feitos
sobre UCLAs sem hexágono, ou rotacionais, ou ainda sem travamento (B), já que necessitam de um eixo de inserção que o antirrotacional atrapalharia, e não correm
risco de desapertar por serem utilizados em próteses múltiplas. Notar em foto oclusal (C) e lateral (D) o aspecto final de uma prótese múltipla construída com pilares
UCLA “rotacionais”.
INTER-RELAÇÃO PRÓTESE IMPLANTE | 135
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