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Prof. Dr.

Paulo Helene

Patologia

pato → grego páthos = doença


logia → grego lógos = estudo, ciência
patologia → ramo da engenharia que se
ocupa do estudo da natureza, origem,
mecanismo e causa dos problemas e
defeitos nas construções civis
Patologia é a ciência. (Ex.:fissura não
é patologia, é sintoma)
São manifestações patológicas
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Patologia de estruturas

 Parte da engenharia que estuda os sintomas,


mecanismos, causas e origens dos defeitos, falhas,
erros do projeto, da construção e do uso e
manutenção;

 Estudo multidisciplinar das partes visando o


diagnóstico correto do problema;

 Tem o objetivo de ajudar a definir a melhor


intervenção (restringir uso, reforçar, proteger,
demolir, etc.) e evitar repetição de problemas

Patologia de estruturas

Profissionais e entidades envolvidas na solução de problemas patológicos:

 Engenheiro civil; Engenheiro mecânico;

Engenheiro químico; Geólogos;

Físicos; Metalurgistas;

Universidades; Institutos de Pesquisa;

Laboratórios de controle tecnológico dos materiais;

Órgãos Públicos, Prefeituras, Proprietário, arquitetos

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Manifestações patológicas

 Podem ter origem em qualquer etapa do processo


construtivo;

 São normalmente provocadas por agentes agressivos,


esforços internos e externos ou por procedimentos equivocados
de projeto, execução ou utilização;

 Na apresentação das manifestações patológicas procura-se


explicitar: origem do problema, agentes causadores
mecanismos, formas de prevenção e alternativas de correção.

Profilaxia

“disciplina” da engenharia encarregada do


estudo sistemático de como evitar problemas
patológicos nas construções, ou seja, como
“bem projetar”, como “bem construir”, como
“bem operar” e como “bem manter”

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Terapia

“disciplina” da engenharia encarregada do


estudo sistemático de como intervir em
construções que apresentam problemas
patológicos

 Diagnóstico é o parecer conclusivo sobre um


problema patológico que pressupõe a resposta
a qual o sintoma típico, qual a origem do
problema, quais os agentes causadores e como
foi o mecanismo de deterioração

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 Prognóstico é uma previsão sobre o
desenvolvimeno e consequências futuras de
um problema patológico frente a diferentes
cenários, no mínimo frente a um cenário de
não intervenção.

MECANISMOS DE
ENVELHECIMENTO E
DETERIORAÇÃO

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ABNT NBR 6118
"mecanismos de deterioração e envelhecimento”

Concreto
 lixiviação;
 expansão  sulfatos
 expansão  DEF & AAR
 intemperismo  sujeira, fuligem, pirita/ferruginosos

Aço
 corrosão por carbonatação
 corrosão por cloretos

Estrutura
ações mecânicas, movimentações térmicas, impactos,
ações cíclicas, retração, fluência e relaxação

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Concreto
Lixiviação

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Concreto  Lixiviação

Eflorescência =
Manifestação

Lixiviação =
mecanismo

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Lixiviação
A água carreia produtos do concreto

Cobertura do
Prédio da FAU-USP

hidróxido de cálcio reage com CO2 e cria o


carbonato de cálcio

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concreto tem baixa
permeabilidade, porém, em
locais com deficiência, há a
lixiviação

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Lixiviação,
manchas e
eflorescências
Manifestações

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Lixiviação  diagnóstico

Mecanismo
:
 dissolução da pasta de cimento principalmente, mas pode
haver outros
 carreamento de sais solúveis pela água, Ca(OH)2

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Lixiviação
estrutura do concreto = silicato de cálcio hidratado

C-S-H NaOH

KOH
C-S-H
Ca(OH)2 Mg(OH)2

Ca(OH)2 Mg(OH)2 Ca(OH)2 são alcalinos -


protegem a
C-S-H NaOH
KOH
armação
NaOH C-S-H
KOH
Ca(OH)2

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Lixiviação
CO2 CO2
CO2
C-S-H
CO2 CO2 C-S-H

CO2

C-S-H C-S-H
Ca(OH)2 Ca(OH)2 Ca(OH)2
Ca(OH)2 Ca(OH)2
CO2 CO2 CO2

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Lixiviação
carbonato de cálcio Quando está
dentro do
CaCO3 CaCO3 CaCO3 concreto
CaCO3 Carbonatação
CaCO3

C-S-H C-S-H

C-S-H
C-S-H
20 Quando o carbonato de cálcio sai do concreto =
lixiviação
Quando há o transporte (lixiviação) Forma a
eflorescência
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Lixiviação  diagnóstico

Manifestação, Sintoma, Vício

 Exposição dos agregados


 Superfície friável
 Manchas esbranquiçadas na superfície CaCO3
 Eflorescência, pode até formar estalactites

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Lina Bo Bardi, 1968


Figueiredo Ferraz
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Créditos: The Photographer

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Lixiviação  prognóstico

 Aumento da porosidade interna do concreto

 Redução do pH deixa de ser alcalino e fica ácido

 Risco de corrosão das armaduras

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Lixiviação  profilaxia

Como evitar, prevenção

 Reduzir relação a/c, usar adições

 Melhorar condições de cura;

 Impermeabilizar evitando água.

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Lixiviação  terapia
Como corrigir:

Projeto de Intervenção Corretiva


(curso inspetor II)

Procedimento de Manutenção

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Águas
ácidas e
industriais
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Ataque ácido
 Remoção da pasta e exposição dos agregados;
 Aumento da porosidade do concreto;
 Diminuição da resistência;
 Despassivação e posterior corrosão das armaduras.

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Cortina a 35 m de profundidade

branco= lixiviação
Preto = indica já corrosão
da armadura

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branco = alcalino

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preto = ácido

o hidráxido de cálcio
já saiu, baixou o PH e
está ocorrendo
corrosão da armadura

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Processos de galvanoplastia

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Bibliografias de referência

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Concreto
aparente &
Detalhes
arquitetônicos
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Arquitetura planejada

BRITEZ, Carlos; PACHECO, Jéssika; CARVALHO, Mariana; HELENE,


Paulo. Arquitetura Planejada Visando a Longevidade de
cornijas, beirais,
Estruturas de Concreto. 59º Congresso Brasileiro do Concreto, 2017,
Bento Gonçalves/RS pingadeiras ...

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direitos reservados PhD 2010
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40 anos de idade...
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ABNT NBR 6118:2014, item 7.2.4 ?

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Arquitetura planejada (norma)

ABNT NBR 6118:2014, item 7.2.4:

“Todos os topos de platibandas e paredes devem ser


protegidos. Todos os beirais devem ter pingadeiras
e os encontros em diferentes níveis devem ser
protegidos por rufos”

de quem é a responsabilidade?

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“do Laboratório de Pesquisa ao Canteiro de Obras”

www.concretophd.com.br
www.phd.eng.br

11-2501-4822 / 23

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