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NOME DA INSTITUIÇÃO

NOME DO CURSO

RUAN RIBEIRO MONTEIRO

ASPECTOS RELACIONADOS A UTILIZAÇÃO DE NOVAS ENERGIAS NO


ÂMBITO DA MARINHA MERCANTE

CIDADE

1
2023

RUAN RIBEIRO MONTEIRO

ASPECTOS RELACIONADOS A UTILIZAÇÃO DE NOVAS ENERGIAS NO


ÂMBITO DA MARINHA MERCANTE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Nome do Curso, da Universidade
Nome da Universidade, com objetivo principal
em compor a nota de finalização da faculdade.

CIDADE

2023

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................................05

1.2 OBJETIVOS..................................................................................................................06

1.2.1 Objetivos Gerais.........................................................................................................06

1.2.2 Objetivos Específicos.................................................................................................06

1.3 JUSTIFICATIVA.........................................................................................................06

2 METODOLOGIA............................................................................................................07

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.......................................................................................08

3.1 Evolução histórica da energia na Marinha Mercante...............................................08

3.2 Novas energias na indústria marítima........................................................................09

4 NOVAS ENERGIAS NA MARINHA MERCANTE...................................................12

4.1 Energia Solar................................................................................................................13

4.2 Aplicações e benefícios................................................................................................13

4.3 Desafios e limitações....................................................................................................13

4.4 Energia Eólica..............................................................................................................14

4.5 Tecnologias em desenvolvimento................................................................................15

5 BENEFÍCIOS AMBIENTAIS E ECONÔMICOS......................................................16

5.1 Eficiências energéticas e a redução de custos operacionais.....................................16

6 RESULTADOS E DISCUSSOES.................................................................................16

7 CONCLUSÕES..............................................................................................................17

REFERÊNCIAS....................................................................................................................

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ASPECTOS RELACIONADOS A UTILIZAÇÃO DE NOVAS ENERGIAS NO
ÂMBITO DA MARINHA MERCANTE

Ruan Ribeiro Monteiro


(Autor)
Nome do Orientador
(Orientador)

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo analisar os diversos aspectos relacionados à utilização
de novas energias no âmbito da Marinha Mercante. Para tal, A busca por alternativas
energéticas mais sustentáveis e renováveis tem se tornado cada vez mais necessária,
principalmente no setor marítimo, que apresenta grande demanda e impactos ambientais
significativos. Os resultados obtidos revelam que a utilização de novas energias na Marinha
Mercante ainda é incipiente, todavia, detentora de um grande potencial de desenvolvimento.
Dentre as opções de novas energias, destaca-se a energia renovável, que pode ser uma
alternativa sustentável e economicamente viável. Desta forma, conclui-se que a temática
abordada pertence aos quesitos da energia solar, energia eólica e energia das marés, avaliando
suas vantagens, desvantagens e possíveis aplicabilidades na Marinha Mercante.
Palavras-chave: Novas Energias; Marítimo; Impactos; Potencial; Aplicabilidades.

ABSTRACT

This work aims to analyze the various aspects related to the use of new energies in the context
of the Merchant Marine. To this end, the search for more sustainable and renewable energy
alternatives has become increasingly necessary, especially in the maritime sector, which has
great demand and environmental impacts. The results obtained proved that the use of new
energies in the Merchant Marine is still incipient, however, it holds a great potential for
development. Among the new energy options, renewable energy stands out, which can be a
sustainable and economically viable alternative. In this way, it is concluded that the theme
addressed belongs to the requirements of solar energy, wind energy and tidal energy,
evaluating its advantages, protection and possible applicability in the Merchant Marine.
Keywords: New Energies; Maritime; Impacts; Potential; Applicability.
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1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo, analisar e discutir os aspectos relacionados à
utilização de novas energias no âmbito da Marinha Mercante. A priori, em primeiro momento
será apresentado um panorama sobre a importância da Marinha Mercante e sua contribuição
para a economia global. Em seguida, serão abordadas as principais fontes de energia
utilizadas na indústria marítima, destacando-se a evolução histórica da energia na marinha
mercante, novas energias neste meio e as aplicações e benefícios.
Em síntese, devido às preocupações ambientais existentes no mundo e à necessidade de
reduzir as emissões de gases do efeito estufa, surgem cada vez mais pesquisas e estudos
direcionados para a utilização de novas energias neste âmbito. Para isto, mediante o exposto,
este artigo terá como base norteadora a metodologia bibliográfica, baseada em estudos e
pesquisas inteiramente sobre o tema e suas raízes e contextos. Nesse sentido, se faz necessário
discorrer acerca da utilização de novas energias no âmbito da Marinha Mercante, ao qual, tem
se tornado uma temática de grande relevância nos últimos anos. Com o avanço das
tecnologias que detém o poder de conectar pessoas e dirigir os relacionamentos profissionais e
pessoais no âmbito virtual, e a crescente preocupação com a sustentabilidade ambiental,
diversos país tem por objetivo central, buscado alternativas mais sustentáveis e eficientes para
o setor marítimo.
Nesse contexto, a referida escolha por uma metodologia capaz de auxiliar na
elaboração deste estudo se dá pela necessidade de compreender a evolução histórica das
energias utilizadas no setor marítimo, bem como as tendências e perspectivas futuras. Por
este cenário alvo de estudo, se faz necessário ressaltar que, no mundo atual, o uso de energia
renovável tem se mostrado uma alternativa indispensável para mitigar os impactos ambientais
causados pela queima de combustíveis fósseis. De modo que, a Marinha Mercante, por sua
vez, existe e exerce um papel fundamental no transporte de cargas e pessoas pelo mar, sendo
responsável pelo transporte marítimo de cargas.
Destarte, ao longo deste trabalho, buscou-se compreender os avanços e desafios
enfrentados na adoção de novas energias, como a energia eólica e solar. Em que, obteve-se
como objetivo principal identificar as principais vantagens e limitações dessas fontes
energéticas alternativas, além de propor estratégias para superar os obstáculos encontrados.
Em vista disso, tornou-se evidente que a utilização de novas energias no âmbito da Marinha
Mercante trouxe novas preocupações as mentes que regem esses parâmetros, e os resultados

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obtidos indicaram que, apesar dos avanços tecnológicos estarem ganhando mais força, a
utilização de novas energias no âmbito da marinha mercante ainda é relativamente limitada.
1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivos Gerais

O objetivo geral deste trabalho de conclusão de curso é analisar o panorama atual da


utilização de energia na Marinha Mercante e identificar as principais fontes de energia
utilizadas atualmente.

1.2.2 Objetivos Específicos

Investigar as limitações e desafios da Marinha Mercante e os impactos ambientais


associados.

Estudar as alternativas de novas energias disponíveis para a marinha mercante, tais


como energia solar, eólica, nuclear etc.

Avaliar a viabilidade técnica e econômica da implementação de novas formas de


energia na frota marítima, levando em consideração os aspectos positivos e negativos.

1.2.3 JUSTIFICATIVA

Considerando a utilização de novas energias no âmbito da Marinha Mercante se torna


cada vez mais fundamental em um contexto de preocupação com a sustentabilidade e a
redução das emissões de poluentes. Em síntese, aderiu à indústria naval juntamente com a
utilização de fontes de energia renováveis como forma de contribuir para a redução das
emissões de gases com efeito de estufa e para a proteção do ambiente.
Nesse ínterim, a marinha mercante é responsável por grande parte das emissões de
CO2 e outros poluentes atmosféricos, devido à utilização intensiva de combustíveis fósseis,
como o diesel e o petróleo pesado no meio marinho. Enquanto isso, o uso de combustíveis
fósseis como o diesel tem impactos ambientais e econômicos significantes.
Por este viés, pode se afirmar que, a busca por novas formas de energia dentro da
marinha mercante torna-se urgente. A introdução de tecnologias mais sustentáveis e eficientes
pode ajudar a reduzir os impactos ambientais negativos e diminuir os custos operacionais dos
navios. Além disso, a diversificação da matriz energética e o uso de fontes renováveis como
solar, eólica e biocombustível podem tornar os navios mais autônomos e menos dependentes
do petróleo.

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Sob o mesmo ponto de vista, outro lado positivo é a redução na emissão de gases
poluentes, o que ajuda a preservar o meio ambiente e ainda economiza custos para as
empresas do setor. Devido às oscilações do preço do petróleo no mercado internacional, a
dependência dos navios como fonte primária de energia tem sido um dos fatores associados
aos altos custos dos navios.
Nesse interim, a constante busca por alternativas ou meios de energias que sejam
significativas e mais sustentáveis, em que, podem trazer benefícios econômicos para as
empresas, principalmente a médio e longo prazo, tendo em vista, as novas energias podem ter
custos operacionais mais estáveis e previsíveis. Ademais, uma das principais razões para a
escolha deste tema é a busca por soluções mais limpas e sustentáveis para o setor marítimo,
que historicamente tem sido responsável por contribuir significativamente para a poluição do
ar e dos oceanos.

2 METODOLOGIA

O presente estudo tem como objetivo compreender e analisar os aspectos relacionados


à utilização de novas energias no âmbito da marinha mercante, por meio de uma abordagem
metodológica bibliográfica. Em que, para alcançar esse objetivo, será utilizado como base de
pesquisa um levantamento de materiais relevantes, como livros, artigos científicos,
periódicos, teses ou dissertações que abordem a temática aplicada.
A princípio, será realizada uma busca ampla de materiais bibliográficos relacionados
aos aspectos técnicos e operacionais da marinha mercante. Desta maneira, os materiais
utilizados serão constituídos principalmente por fontes bibliográficas, como livros e artigos
científicos. Para tal, esses materiais serão selecionados com base em critérios como
relevância, confiabilidade e plena abrangência da temática desejada, buscando fornecer
embasamento teórico consistente para a pesquisa.
Desse modo, a abordagem realizada neste artigo será a metodológica bibliográfica, ao
qual, consistirá na busca e seleção dos materiais mais atualizados e relevantes sobre o tema, a
fim de obter informações e dados consistentes que permitam uma análise aprofundada. Serão
utilizadas bases de dados como Google Acadêmico, Bibliotecas Digitais, Scielo e periódicos.
Ao analisar os aspectos relacionados à utilização de novas energias na marinha mercante,
serão considerados diferentes tipos de fontes de energia, como a energia solar, eólica , assim
como seus resultados e impactos no setor da marinha mercante.
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
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3.1 Evolução histórica da energia na Marinha Mercante

O conceito de navegação marítima refere-se á

Navegar significa o deslocamento no meio aquático por intermédio de uma


embarcação; a embarcação é o elemento indispensável à navegação em razão da
impossibilidade humana de deslocamento no meio aquático. Assim, o
desenvolvimento da navegação está intimamente relacionado aos desenvolvimentos
tecnológicos das embarcações. A função primordial da navegação é o transporte de
cargas e de pessoas, entretanto, as finalidades dessa função foram sendo alteradas ao
longo da história da humanidade (SANTANA, p 17, 2016).

Na história da indústria naval do país, verificamos alguns períodos distintos em seu


desenvolvimento: o seu auge na década de 1970, momento de crise nas décadas de 1980 e
1990 e o período recente de recuperação desta atividade no país (Jesus e Gitahy, p 3, 2007)
Segundo FILHO, p 310 (2011), “A indústria da construção naval pesada foi instalada
no Brasil no bojo do Plano de Metas, incluído na Meta 28, a partir da vinda do Estaleiro
Ishibrás, de origem japonesa, e do Estaleiro Verolme, de origem holandesa, para o Estado do
Rio de Janeiro”.
Sob o mesmo ponto de vista, o autor afirma que:
Foram incluídos nos planos de estímulo à construção naval pesada duas grandes
multinacionais, Ishibrás e Verolme, e os seguintes estaleiros de capital nacional:
Estaleiro Só, fundado em 1850, o Estaleiro Caneco, 1886, o Estaleiro Mauá, 1907, e
o Estaleiro EMAQ, 1914, todos de capital nacional, sendo que o primeiro se
localizava no Rio Grande do Sul e os demais, no Rio de Janeiro Porém, as condições
materiais que possibilitaram ao país fazer essa escolha e dar saltos, iniciados em
1958, foram forjadas no século XIX e início do XX. É dessas condições materiais,
herdadas do passado, que trata este artigo ( Filho, p 310, 2011).

A construção naval nacional somente deslancharia para a constituição de um parque


industrial na segunda metade do século 20, contando com o apoio e proteção governamental,
que passaria a promover fortes impulsos industrializantes (PASIN, p 23, 2002).
Desta maneira, no início, as construções navais dependiam exclusivamente da energia
dos ventos, impulsionados por velas. Esses navios, conhecidos como veleiros, percorriam os
oceanos utilizando a força do vento para se locomoverem. Entretanto, essas formas de energia
descrita acima obtinha suas limitações, dependentes das condições climáticas e da direção dos
ventos. Nesta sentido, pode-se analisar a partir do supracitado:
Entre o início do século XVII e o final do século XVIII, cerca de 200 anos, não se
verificaram alterações relevantes na construção naval, mas após a segunda metade
do século XIX realizou-se uma evolução galopante de década para década, numa
nítida aceleração temporal resultante da evolução da metalurgia. Essa evolução
tecnológica transformou as necessidades logísticas das marinhas mercantes e
militares, por exemplo a autonomia e o tempo de operacionalidade dos navios no
mar, o que contribuiu para a afirmação de diversas estratégias de guerra em especial
contra as economias inimigas, contra o livre comércio marítimo, não só através de
medidas típicas de embargo comercial, mas também em acções directas de guerra
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sobre os meios mercantes marítimos inimigos e que, no limite, se jogaram
igualmente sobre os meios comerciais dos países neutros ( LOPES, p18, 2019).

Acerca da historicidade desta referida indústria, averígua-se que:


Ao longo do século XIX e durante as primeiras décadas do XX, na indústria da
construção naval localizada no Rio de Janeiro, podemos observar um constante
fluxo intersetorial do Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro, dos estaleiros navais,
das fundições (pequenas siderurgias) e do comércio exportador e importador, que
possibilitou a manutenção e a ampliação do aglomerado de estaleiros navais ( Filho,
p 311, 2011).

Durante o período colonial, nas principais cidades do litoral, havia pequenos estaleiros
artesanais. A construção de canoas e barcos era realizada por moradores e proprietários locais,
para atender às demandas do transporte de cabotagem regional de pessoas e mercadorias
(Filho, p 312, 2011)

A construção de embarcações de porte um pouco maior começou a ser realizada


com a fundação dos Arsenais da Marinha, que também produziam munições e
armamentos e realizavam obras civis e hidráulicas. Em 1761, foi fundado o Arsenal
do Pará, localizado no sul da cidade de Belém. Em 1763, foi fundado o Arsenal do
Rio de Janeiro, localizado em frente ao Morro de São Bento. Em 1770, foi a vez do
Arsenal da Bahia, localizado na cidade baixa de Salvador, o mais importante da
Colônia até 1822. Em 1789, foi construído o Arsenal de Pernambuco, situado no
centro da cidade de Recife. Por volta de 1820, foi fundado o Arsenal de Santos, no
litoral paulista, e, por último, o Arsenal de Mato Grosso, que existia, desde 1827, em
Cuiabá, como trem naval, transformado em arsenal em 1860, e transferido para
Ladário em 1873 (FILHO, p 312, 2011).

Por outro lado, o contexto marítimo e/ou naval retratado posteriormente, analisa-se
por:
Especificamente, com relação ao espaço de trabalho, verifica-se que nas
embarcações as cargas e os motores ocupam quase toda a embarcação, restringindo
ainda mais o espaço físico dos trabalhadores. As mudanças tecnológicas ao longo
dos séculos ampliaram a capacidade de carga e a potência das propulsões das
embarcações, assim como redefiniram a organização do trabalho, extinguindo
ocupações e criando novas ocupações, com novas competências técnicas, porém, os
trabalhadores continuam espremidos entre cargas e motores (Santana, p 15, 2016).

Na década de 1860, em função da Guerra do Paraguai, que aumentou as demandas


navais, começaram a surgir estabelecimentos de origem estrangeira nos serviços de
construção e reparos navais. Podemos citar os de Capdeville & Saharon, Clavel Riesenberger
& Hayden e John Foster & A. Mac Lennan, todos situados na Saúde (FILHO, p 319, 2011).

3.2 Novas energias na Indústria Marítima


A nova indústria naval brasileira reúne uma série de aspectos que se desenvolveram ao
longo do contexto histórico do país. Na historicidade antiga do mundo, destacado no período
passado, desde os primórdios da colonização, o Brasil sempre obteve uma forte relação com o
mar, seja através da exploração de suas riquezas naturais ou do comércio marítimo.
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Segundo Jesus e Gitahy, p 18, (2007), “a nova indústria naval brasileira reúne boas
condições para firmar-se e voltar a ser uma das mais importantes do mundo, o que acarretaria
em uma boa expectativa num relevante papel que a mesma exerce de criação de um
considerável número de empregos”.
A atividade industrial naval é intensiva em mão-de-obra e incorporadora de economias
de escala, apresentando ainda grandes efeitos sobre a cadeia produtiva, especialmente a
montante. Não à toa, portanto, foi concedida especial atenção ao seu desenvolvimento no
País, em particular a partir de meados do século 20 (PASIN, p 138, 2002).
Neste sentido, contextualizando a temática, averígua-se que o conceito de navegação
marítima e de indústria refere-se as atividades relacionadas à movimentação de embarcações
nos oceanos e mares, bem como às operações e processos envolvidos na produção,
distribuição e comercialização de bens e serviços, desse modo:
Navegar significa o deslocamento no meio aquático por intermédio de uma
embarcação; a embarcação é o elemento indispensável à navegação em razão da
impossibilidade humana de deslocamento no meio aquático. Assim, o
desenvolvimento da navegação está intimamente relacionado aos desenvolvimentos
tecnológicos das embarcações. A função primordial da navegação é o transporte de
cargas e de pessoas, entretanto, as finalidades dessa função foram sendo alteradas ao
longo da história da humanidade (SANTANA, p 17, 2016).

De acordo com Jesus e Gitahy, p 03 (2007), “O surgimento da indústria naval


brasileira remonta ao final do século XIX, contudo permaneceu incipiente até meados do
século XX. A partir deste momento foi concedido por parte do governo incentivo para
expansão e consolidação desta indústria”.
Nesta vertente, no entanto, foi apenas a partir do século XX que a indústria naval
começou a se consolidar no país como um setor estratégico e promissor. Com o crescimento
da economia e a necessidade de modernização das frotas marítimas, o Brasil passou a investir
em estaleiros e em estudos tecnológicos, a fim de impulsionar sua indústria naval. Sendo
assim, vigorarm em efeitos positivos, trouxe à tona, um conjunto de benefícios ao País, desse
modo:
Ao pensar acerca das energias provenientes dos resultados que a Industria Marítima
pode proporcionar, ressalta-se:
Atualmente a matriz energética mundial é composta basicamente de fontes não
renováveis como carvão, petróleo e gás natural. As fontes renováveis representam
uma parcela inexpressiva na atual matriz energética mundial, e isso ocorre devido
aos altos custos de instalação, inexistência de tecnologias e redes de distribuição, e
ausência de conhecimento por grande parte da população (SILVA, p 4, 2019).

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Neste contexto, as diversas energias em conjunto ampliam a potencialidade da
Industria Marítima, sendo assim, pode-se afirmar que:

Quanto as energias renováveis as que mais se destacam são a solar, eólica, biomassa,
hidroelétrica, maremotriz e geotérmica. A energia proveniente de hidroelétricas
além de limpa, possui um baixíssimo custo de produção, referente apenas à
manutenção da usina. No entanto, há um custo inicial muito elevado, grandes danos
ao ambiente local, devido a necessidade de inundação para construção de represas, e
fonte dependente da elevação da água. Vale ressaltar na matriz energética mundial a
fonte hidráulica não possui muita representatividade, entretanto, na matriz brasileira,
esta possui grande representatividade e impacto econômico (SILVA, p 05, 2019)
A energia do significado físico é a capacidade que um corpo, uma substância ou
sistema físico possui de realizar um trabalho. Em relação a isso obtêm-se ainda dois grupos
distintos de energia: as renováveis e não renováveis (SILVA, p10, 2019).
Por outro lado, pode se destacar que:
A energia nuclear passou a ser vista como uma alternativa promissora de fonte de
energia após as crises internacionais do petróleo, na década de 1970, e a subsequente
crise energética, recebendo assim grandiosos investimentos, como analistas e
empreendedores. Embora não contribua para o efeito estufa, e não polua o ar, os
resíduos produzidos emitem radioatividade por muitos anos, e o impacto em casos
de acidentes é catastrófico (SILVA, p 4, 2019).

Desta forma, a energia solar pode ser aproveitada através da instalação de paineis
solares em navios, aproveitando a luz solar e convertendo-a em energia elétrica. Ele pode
fornecer uma fonte de energia limpa e renovável para sistemas de iluminamento, eletrônicos e
propulsão naval. Além disso, a energia eólica obtida a partir da energia eólica também pode
ser utilizada com a ajuda de turbinas eólicas instaladas a bordo do navio para gerar energia
para alimentar vários sistemas a bordo. Nesse sentido, deve-se enfatizar que:
A energia solar ainda está ganhando espaço no cenário mundial. No Brasil, em
particular, a alta incidência de raios solares com elevados valores cobrados pelas
distribuidoras de energia elétrica estão acarretando uma demanda cada vez maior de
instalação de painéis fotovoltaicos em residências. No entanto, o custo destas
instalações ainda é elevado (SILVA, p 05, 2019).

Para além disto, a então combinação de diferentes fontes de energia, como solar,
eólica e das ondas, permite um suprimento mais estável e confiável, reduzindo a dependência
de combustíveis fósseis e suas emissões de carbono.

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4 SUSTENTABILIDADES NA MARINHA MERCANTE

4.1 Energia Solar

Segundo Sousa, p 86 (2016) “O mar é um reservatório imenso de energia: geotérmica,


marés, ondas, correntes, algas, e como local de produção de energia eólica”.
O direito da energia tem relações próximas com outros âmbitos normativos, porém,
mantém especificidades, sendo autónomo, perante esses outros âmbitos. Ao direito da energia
podem aplicar-se como direito comum algumas normas e regimes desses indicados âmbitos
(SOUSA, p 90, 2016).
Nesta vertente, torna-se viável destacar que:
As ondas do mar geram energia cinética devido ao movimento da água e da sua
altura, isto é, o movimento oscilatório das ondas. Quer na maré alta, quer na maré
baixa gera-se energia elétrica, ora enchendo ou esvaziando o reservatório, com
passagem pela turbina. Este método, até à data tem a desvantagem de não se
assegurar o fornecimento contínuo e com o mesmo rendimento (SOUSA, p 87,
2016).

Sob o mesmo ponto de vista, a necessidade de reduzir a dependência dos combustíveis


fósseis têm impulsionado o desenvolvimento e a adoção de fontes renováveis e energias mais
limpas na indústria Marítima Mercante. Essa transição não apenas contribui para a
sustentabilidade ambiental, mas também pode trazer benefícios econômicos significativos.
Desse modo, torna-se cabível afirmar que:

A crescente preocupação com as questões ambientais e a necessidade de se


perpetuar a economia sustentável, emerge da necessidade de buscar fontes
energéticas menos impactantes ambientalmente e economicamente viáveis. Não se
deve dissociar temas como desenvolvimento socioeconômico, matriz energética,
consumo, exploração de recursos naturais, mitigação da emissão de poluentes,
dentre tantos outros. Surge, assim, a necessidade de uma avaliação conjuntural e
sistêmica dos impactos ambientais e financeiros da substituição, ainda que parcial,
de combustíveis fósseis e outras fontes mais tradicionais de energia elétrica, tal
como a hidroeletricidade, por fontes menos impactante ambientalmente, como por
exemplo, a energia eólica e solar (Bertoncello, p 3, 2015).

A energia eólica é um forte exemplo de sustentabilidade, atuante como uma solução


viável para o meio marítimo. Os navios podem ser equipados com turbinas eólicas que
aproveitam a energia do vento para gerar eletricidade. Desse modo, a eletricidade destacada
pode ser usada para alimentar as necessidades elétricas dos navios, como a iluminação

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interna, instrumentos de navegação, comunicação e sistemas de controle. Neste sentido,
possibilita-se analisar que:
Segundo o art. 3.º do DL.n.º 172/2006 als. ff) consideram-se energias renováveis: as
energias eólica, solar, aerotérmica, geotérmica, hidrotérmica, oceânica, hídrica,
biomassa, e gás de aterro e de estações de tratamento de águas residuais e biogás.
Necessita-se de licença se a potência de ligação à rede for superior a 1 MVA, se a
central se situar em espaço marítimo sob jurisdição/soberania estadual, etc (SOUSA,
p 85, 2016).

4.2 Aplicações e benefícios

O surgimento da Marinha Mercante remonta à antiguidade, quando navios eram


utilizados para realizar comércio entre diferentes regiões do mundo. Acerca deste fator, torna-
se viável destacar que:

A Marinha Mercante brasileira teve seu apogeu a partir das décadas de 1960 a 1980,
quando a indústria naval brasileira estava em pleno apogeu, e chegou a ser o
segundo maior construtor naval do mundo. Nesse momento, o Brasil tinha grandes
proprietários de navios mercantes, e celebrou sua soberania constitucional, com a
extinta armadoria-de-armadores Lloyd Brasileiro, que pôs fim à soberania que se
traduzia na importação e exportação da produção nacional para todas as partes do
mundo. Nos anos 90, mais precisamente em 1997, ocorreu o pior momento da
Marinha Mercante. A frota nacional se reduziu drasticamente a alguns navios
estrangeiros, que ainda insistiam em permanecer na ativa, e ainda conservaram
algumas rotas de baixo custo (BAHIA, p 23, 2015).

Uma das principais aplicações está no transporte de mercadorias em grandes


quantidades, em que, os navios cargueiros são utilizados para transportar matérias-primas,
produtos manufaturados, commodities e outros tipos de carga de um país para outro. Sendo
assim, essa forma de transporte efetiva-se como essencial para suprir a demanda global por
produtos e garantir o abastecimento de mercados em diferentes partes do mundo.

4.3 Desafios e limitações

Um dos principais desafios enfrentados pela Marinha Mercante está relacionado à


competitividade. Em mundo globalizado e interairmanete conectado ao mercado econômico,
as empresas de transporte marítimo enfrentam uma concorrência acirrada, tanto de outras
empresas do mesmo setor, como também de outros modais de transporte, como o transporte
aéreo e terrestre. Essa concorrência pode resultar em dificuldades para as empresas da
Marinha Mercante se manterem rentáveis e competitivas.
Como de praxe, os altos custos operacionais e de manutenção também representam
uma limitação para a Marinha Mercante. Mediante ao supracitado, cabe ressaltar que:
A intensificação do comercio mundial, usualmente chamada de globalização, tem
tido sua dinâmica determinada pelos conglomerados transnacionais, que, para fazer
14
frente a abertura dos mercados, ao aumento da concorrência e às exigências
crescentes dos consumidores buscam maior eficiência produtiva tanto pela de suas
plantas industriais par países que apresentem vantagens comparativas como pela
reestruturação da forma de se produzir plantas existentes (LIMA E VELASCO,
p168, 2026).

O aumento de trocas comerciais tem se dado principalmente no interior dos setores


industriais, entre empresas complementares) fornecedoras de matérias-primas e insumos
industriais de partes e componentes e etc.) LIMA E VELASCO, p168, 2026).
Crises financeiras, recessões e instabilidades políticas podem afetar negativamente o
comércio internacional, reduzindo a demanda por serviços de transporte marítimo. Nesta
vertente, este contexto pode gerar a elevação de uma queda nos volumes de carga e,
consequentemente, à redução da sua atividade. Sendo assim, como forma de retenção para
minimizar os possíveis danos e falhas, o planejamento e eficaz para equilibrar os degastes
econômicos.
Em supra, por meio disto, pode se afirmar que:
O controle de frotas marítimas está extremamente concentrado nos países
desenvolvidos, quaisquer que sejam os indicadores utilizados. Isso significa dizer
que a maior parte dos ganhos gerados pelo aumento da demanda por transporte
marítimo está sendo apropriada pelas próprias economias desenvolvidas (LIMA E
VELASCO, p179, 2026).

Ao interligar ao contexto brasileiro, a indústria marítima mercante, responsável pela


construção e manutenção das embarcações, emprega muitos trabalhadores, desde engenheiros
e técnicos até operários. Além disso, também tem um papel importante na segurança e defesa
do país, de modo que, se pode utilizar navios mercantes adaptados para fins militares, é
possível garantir a segurança das rotas marítimas e a proteção das fronteiras marítimas
nacionais. Por este viés, vale ressaltar:
A Marinha mercante Brasileira de longo curso sempre foi um setor bastante
protegido e com grande intervenção do governo. O setor privado recebeu grandes
incentivos a partir dos anos 70 com a implementação de sucessivos planos nacionais
de construção naval. As três empresas existentes nesse período eram estatais e
operavam em segmentos distintos (LIMA E VELASCO, p188, 2026).
A exportação pela construção naval no Brasil tem grande potencial de geração de
empregos, rendas e divisas. No entanto, a competição no mercado internacional é intensa.
Alguns dos principais países produtores adotam medidas protecionistas que distorcem as
condições competitivas, dificultando o acesso a seus mercados e diminuindo artificialmente
os custos de produção de suas indústrias (LACERDA, p 42, 2003).

4.4 Energia Eólica


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A energia eólica é uma forma de energia renovável que utiliza a força dos ventos para
gerar eletricidade. Essa forma de energia vem sendo cada vez mais explorada devido ao seu
baixo impacto ambiental e sua abundância em várias regiões do mundo. Nesse sentido, torna-
se possível destacar que:

A energia eólica é um tipo de energia renovável, ou seja, é obtida através de um


recurso natural que é naturalmente reabastecido. Ela é obtida através do vento mais
precisamente, através da coleta e uso da energia cinética do vento, que é
convertida em energia mecânica, gerando, assim, eletricidade. Esse processo de
conversão da energia cinética em energia mecânica é possibilitado pelas turbinas
eólicas, que são um tipo de gerador elétrico, e por meio de suas pás realizam todo
esse processo (VAICBERG et al, p 115, 2021).

Em síntese, a energia eólica é uma fonte obtida através de aerogeradores, que podem
ser denominados ou também conhecidos como turbinas eólicas, que transformam a energia
cinética do vento em energia mecânica. Desse modo, esse movimento mecânico é então
convertido em energia elétrica por meio de um gerador. Sendo assim, os aerogeradores são
compostos por pás, em que, captam-se a energia do vento e a transformam em movimento
rotacional. Acerca do supracitado, é viável trazer à tona a relevância da temática, em que:

Devido às grandes mudanças que essa nova fonte de energia renovável


invariavelmente trará para que seja possível a operação e produção em
comparação com as energias terrestres, diversos pontos a seguir serão
esclarecidos tomando como base as frotas de países mais avançados nesta
fonte de energia. O primeiro ponto, refere-se à escassez de armadores
especializados para suportar as cargas dos navios (VAICBERG, p 138, 2021).

Quanto mais forte o vento, maior será a rotação das pás e, consequentemente a geração
de energia elétrica. Para tal, vale ressaltar que uma das principais vantagens da energia eólica
é a sua capacidade de ser gerada em grande escala e de forma contínua. Isto devido que, os
ventos são uma fonte inesgotável de energia, o que torna a energia eólica uma opção mais
sustentável e econômica em comparação com outras formas de energia.

4.5 Tecnologias em Desenvolvimento

Como reflexo da necessidade de evitar o consumo de combustíveis fósseis, além de ser


uma tentativa de frear os efeitos do aquecimento global, o uso recorrente de combustíveis
alternativos no setor de transporte naval é positivo em diversos aspectos (Pimenta e Martins, p
38, 2021).

Este desenvolvimento prospera grandes indícios para que a Marinha Mercante possa
atuar de maneira ampla, sendo assim:

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Portanto, para alcançar e manter essa Soberania faz-se necessária a existência desse
Poder. Com relação ao mar, trata-se do Poder Marítimo, formado pelo seu
componente militar (a frota armada e suas forças de apoio), e também por
componentes não-militares de uso do mar, tais como: uma marinha mercante
atuante, a exploração de seus recursos, construções e reparações navais, etc.
(SILVA, p 98, 2010).

Nesta vertente, torna-se possível ressaltar que a relevância no que diz respeito ao
poder marítimo, a Marinha Mercante atuante desempenha um papel estratégico na defesa do
território nacional. A capacidade de transporte e logística proporcionada pelo setor é crucial
para o abastecimento das forças armadas em operações militares, bem como para o suporte
logístico em situações de desastre e emergência. Deste modo, cabe ressaltar:
Portanto, é possível entender a importância do desenvolvimento da Marinha
Mercante para o país, seja para garantir seu comércio pelo mundo, seja para
contribuir para a construção de um forte Poder Marítimo para a nação em questão.
Neste sentido, entender as variáveis que influenciam o desenvolvimento da Marinha
Mercante, e em especial, o caráter estratégico da navegação de cabotagem, se
reveste de especial importância para o Poder Marítimo e o Poder Naval (SILVA,
p13, 2021).

Dessa forma, investir no desenvolvimento da Marinha Mercante é estratégico para


alavancar um país, promovendo o desenvolvimento sustentável e a projeção global.

5 RESULTADOS E DISCUSSOES

Os resultados obtidos evidenciaram que a utilização de novas energias, como a energia


eólica, solar e hídrica, tem sido uma Utilização de novas energias no âmbito da Marinha
Mercante. A revisão bibliográfica teve como objetivo identificar e analisar as principais fontes
de energia sustentáveis que podem ser utilizadas na indústria marítima, bem como os desafios
e benefícios associados a sua implementação. Sendo assim, foram destacadas algumas das
fontes de energias mais promissoras para ocasionar uma maior sustentabilidade, tais como
energia solar, energia eólica e etc.
A utilização de novas energias no âmbito da Marinha Mercante está se tornando uma
preocupação global devido aos impactos ambientais causados pelo uso de combustíveis
fósseis. Nesse contexto, o presente estudo tem como objetivo investigar os aspectos
relacionados à aplicação de novas fontes de energia. A busca por alternativas sustentáveis e
mais limpas tem se intensificado, visando reduzir os danos ao meio ambiente e promover a
transição para um sistema de transporte marítimo mais sustentável. A adoção de outras formas
de energia, como as renováveis, tem o potencial de diminuir as emissões de gases ambiente.
Diante disso, este estudo teve como objetivo analisar e compreender os diferentes aspectos
relacionados à adoção de novas fontes de energia na Marinha Mercante.

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Os combustíveis fósseis, amplamente utilizados na indústria naval, têm contribuído
para a emissão de gases poluentes, como dióxido de carbono e óxidos de nitrogênio, que
impactam negativamente a atmosfera e aceleram o processo de aquecimento global. Além
disso, o transporte marítimo é responsável por outros problemas ambientais, como a
contaminação de águas por derramamentos de óleo.
Diante dessas problemáticas, a busca por soluções alternativas para abastecer os
navios tem se tornado primordial. Dentre as opções mais promissoras, destacam-se m disso, o
transporte marítimo é responsável por grande parte das emissões de dióxido de enxofre (SO2),
um poluente atmosférico que, além de contribuir para o aquecimento global, também causa
danos à saúde humana e ecossistemas marinhos.
Diante desse cenário, há uma crescente busca por alternativas de energia mais limpa e
sustentável para o setor da Marinha Mercante. Dentre as novas fontes de energia, destacam-se
a utilização de energia solar, energia eólica, energia das ondas e energia das marés.
A energia solar é obtida por meio da captação da radiação solar e sua transformação
em energia elétrica. Essa forma de energia pode ser utilizada tanto para a propulsão dos
navios, por meio de painéis solares instalados em suas superfícies, quanto para a utilização de
energia eólica através de turbinas instaladas nas embarcações. A busca por novas fontes de
energia na Marinha Mercante se faz necessária devido à crescente preocupação com a redução
das emissões de gases de efeito estufa e com a preservação do meio ambiente.
Os combustíveis fósseis, como o diesel e o óleo combustível, utilizados
tradicionalmente na propulsão dos navios, são altamente poluentes e contribuem
significativamente para o aquecimento global. Além disso, sua disponibilidade é cada vez
mais limitada, o que gera preocupações quanto à segurança do abastecimento e aos custos
elevados desses combustíveis.
Diante desse cenário, a utilização de novas fontes de energia renovável vem se
tornando uma alternativa viável e promissora para a Marinha Mercante. A crescente
preocupação com os efeitos negativos dos combustíveis fósseis no meio ambiente tem levado
a Marinha Mercante a buscar soluções mais sustentáveis. Nesse sentido, a utilização de novas
fontes de energia renovável tem ganhado destaque como uma alternativa viável e promissora.

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A transição para a utilização de energias renováveis na Marinha Mercante tem
diversos benefícios. Primeiramente, reduz os impactos ambientais, uma vez que as energias
renováveis não emitem gases de efeito estufa e não contribuem para o aquecimento global.
Além disso, também diminui a dependência de combustíveis fósseis, que são recursos não
renováveis e sujeitos a variações de preço no mercado internacional.
Dentre as novas fontes de energia investigadas neste estudo, destacam-se a energia
solar e a energia eólica. Essas formas de energia renovável são abundantes e não geram
emissões de gases de efeito estufa durante sua geração, tornando-as alternativas promissoras
para substituir os combustíveis fósseis na Marinha Mercante.
A utilização da energia solar na Marinha Mercante pode ser feita por meio da
instalação de painéis solares nos navios. Esses painéis captam a luz solar e a convertem em
energia elétrica, que pode ser utilizada para alimentar os sistemas de bordo, como iluminação,
comunicação e até mesmo os motores auxiliares. Além disso, a energia solar também pode ser
armazenada em baterias, garantindo o fornecimento contínuo de energia mesmo em períodos
sem exposição direta ao sol.
Já a energia eólica pode ser aproveitada por meio da instalação de aerogeradores nas
embarcações, que captam a energia dos ventos para gerar eletricidade. A energia das ondas e
das marés também pode ser explorada, utilizando dispositivos que convertem o movimento
das águas em energia mecânica, que posteriormente é convertida em energia elétrica.
Além das energias renováveis, outra alternativa investigada foi a utilização de
combustíveis de baixo teor de enxofre, como o gás natural liquefeito (GNL), que possui
menor impacto na emissão de poluentes atmosféricos em comparação aos combustíveis
fósseis tradicionais. O GNL pode ser utilizado tanto para a propulsão das embarcações quanto
para a geração de eletricidade a bordo.
No entanto, a adoção de novas fontes de energia na Marinha Mercante enfrenta
desafios técnicos e econômicos. A substituição dos combustíveis fósseis por energias
renováveis, como a energia solar e eólica, requer investimentos significativos em
infraestrutura e tecnologia.
A energia solar pode ser uma opção promissora para suprir as necessidades energéticas
das embarcações, uma vez que é uma fonte inesgotável e abundante, além de não emitir
poluentes durante sua geração. No entanto, a eficiência e armazenamento dessa energia ainda

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precisam ser aprimorados para atender às demandas exigentes da Marinha Mercante. Outra
alternativa é a utilização da energia eólica, que aproveita a força dos ventos para gerar
eletricidade. Os navios podem ser equipados com turbinas ou velas rotativas para capturar e
converter essa energia em propulsão. No entanto, existem desafios em

6 CONCLUSÃO

Ao longo deste trabalho, foram abordados os aspectos relacionados à utilização de


novas energias no âmbito da Marinha Mercante. O objetivo principal desta pesquisa foi
analisar e apresentar as principais alternativas de energia que podem ser aplicadas nas
embarcações da Marinha Mercante, a fim de reduzir a dependência dos combustíveis fósseis e
minimizar os impactos ambientais.
Objetivando alcançar este objetivo, este artigo obteve como base os seguintes
objetivos específicos: revisar a literatura especializada sobre as novas energias utilizadas na
Marinha Mercante; destacar as vantagens e desvantagens de cada uma dessas energias;
apresentar os avanços tecnológicos e as iniciativas em andamento no setor; e discutir os
desafios e as perspectivas futuras relacionadas ao uso dessas novas energias na Marinha
Mercante.
Por este interim, a constante necessidade de buscar alternativas capazes de
ressignificar um contexto econômico mais sustentável mediante a Marinha Mercante, como
um instrumento fundamental, traz à tona, uma questão que ganha cada vez mais relevância no
contexto atual. Desse modo, o crescente desenvolvimento tecnológico e o aumento das
preocupações ambientais têm motivado tanto governos quanto empresas a investirem em
pesquisas e implementação de novas formas de energia.
Nesse contexto, o presente artigo obteve como objetivo principal analisar os aspectos
relacionados à utilização de novas energias no âmbito da Marinha Mercante. Para isto, foram
realizadas pesquisas bibliográficas a fim de levantar informações atualizadas e relevantes
sobre o tema. Ao longo do estudo, foram identificados alguns objetivos específicos:
identificar as principais fontes de energia utilizadas atualmente na Marinha Mercante,
investigar as vantagens e desvantagens de cada uma dessas fontes, analisar os desafios
enfrentados na implementação de novas energias na navegação marítima e propor possíveis
soluções para aumenta eficiência e sustentabilidade no setor da marinha mercante.

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