Você está na página 1de 2

RESUMO AULA 3

As hepatites são um grupo de doenças hepáticas causadas por diferentes vírus, cada um com
características específicas em relação à transmissão, capacidade de causar infecções crônicas
e existência de vacinas. Vamos explorar essas diferenças e entender as nuances das hepatites.

Há vários tipos de hepatites, sendo as mais comuns as hepatites A, B, C, D e E. A hepatite A é


transmitida principalmente via fecal-oral, muitas vezes associada a condições precárias de
saneamento. Felizmente, ela não causa infecção crônica e é prevenível por meio de uma vacina
eficaz.

A hepatite B e C, por outro lado, são transmitidas pelo sangue e fluidos corporais, tornando-se
um desafio de saúde pública global. A hepatite B tem uma vacina disponível, enquanto a hepatite
C ainda carece de uma vacina preventiva. Ambas podem levar à infecção crônica, aumentando
o risco de cirrose hepática e câncer.

Quanto aos testes diagnósticos, a detecção de antígenos e anticorpos específicos para cada tipo
de hepatite é crucial. Além disso, a dosagem das aminotransferases no sangue ajuda a avaliar o
dano hepático associado a essas infecções.

A hepatite A é caracterizada por uma infecção aguda que, embora possa causar sintomas como
icterícia, fadiga e febre, geralmente se resolve sem causar doença crônica. Para diagnosticá-la,
os testes são direcionados para a detecção de anticorpos IgM e IgG contra o vírus, com IgM
sendo detectável na fase aguda.

No que diz respeito à profilaxia, a vacinação é uma medida eficaz para prevenir a hepatite A. Em
situações de exposição recente ao vírus, como surtos, a profilaxia passiva com imunoglobulina
é recomendada.

No caso da hepatite B, os principais marcadores incluem HBsAg (antígeno de superfície do HBV),


HBcAg e HBeAg, cada um com significado específico na infecção. A evolução sorológica inclui
fases aguda e crônica, com mudanças nos marcadores ao longo do tempo.

As hepatites apresentam uma gama de respostas imunológicas. A produção de anticorpos,


incluindo IgM e IgG, é parte importante da resposta do corpo. No entanto, a capacidade do vírus
de evadir o sistema imunológico pode levar à infecção crônica, especialmente na hepatite C.

A hepatite C é uma infecção transmitida pelo sangue, frequentemente assintomática em sua fase
inicial e capaz de causar infecção crônica. O diagnóstico envolve testes de anticorpos anti-HCV
e detecção de RNA viral por PCR.

O tratamento da hepatite C mudou drasticamente com o advento dos medicamentos antivirais


de ação direta (DAAs), que têm altas taxas de cura, tornando possível a eliminação do vírus em
muitos casos.

A hepatite D ocorre apenas em pacientes previamente infectados com hepatite B e pode levar a
diferentes tipos de infecções clínicas: aguda, fulminante ou crônica. Os testes diagnósticos para
hepatite D envolvem a detecção de antígenos e anticorpos específicos para o vírus.

Por fim, a hepatite E é transmitida via fecal-oral e geralmente causa hepatite aguda. Para o
diagnóstico, são utilizados marcadores como anticorpos IgM e IgG contra o vírus.
Em resumo, as hepatites representam um grupo diversificado de doenças hepáticas virais, com
características distintas em relação à transmissão, capacidade de causar infecções crônicas e
existência de vacinas. O diagnóstico e a compreensão dos marcadores sorológicos são
essenciais para prevenção, tratamento e manejo adequados dessas infecções que afetam
milhões de pessoas em todo o mundo.

Você também pode gostar