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Caso 6:
Hepatites
Existem vários tipos de hepatite, sendo os mais comuns aqueles causados por infecções virais, conhecidos como
hepatites virais. Aqui estão os principais tipos de hepatite:
Hepatite A (HAV):
● Causa: Vírus da Hepatite A.
● Transmissão: Geralmente através da ingestão de água ou alimentos contaminados, contato
próximo com uma pessoa infectada ou por falta de higiene pessoal.
● Gravidade: A maioria dos casos é aguda, mas geralmente não se torna crônica. Os sintomas
podem variar de leves a graves.
Hepatite B (HBV):
● Causa: Vírus da Hepatite B.
● Transmissão: Principalmente através de contato com sangue, fluidos corporais ou relações sexuais
desprotegidas com uma pessoa infectada. Também pode ser transmitida de mãe para filho durante
o parto.
● Gravidade: Pode ser aguda ou crônica. A hepatite B crônica pode levar a danos hepáticos graves,
como cirrose e câncer de fígado.
Hepatite C (HCV):
● Causa: Vírus da Hepatite C.
● Transmissão: Principalmente por contato com sangue contaminado, como através do uso de
agulhas compartilhadas por usuários de drogas injetáveis. Também pode ser transmitida por
relações sexuais desprotegidas e de mãe para filho durante o parto.
● Gravidade: A hepatite C geralmente se torna crônica e pode levar a cirrose e câncer de fígado.
Hepatite D (HDV):
● Causa: Vírus da Hepatite D (HDV), que requer a presença do vírus da hepatite B para se replicar.
● Transmissão: Geralmente ocorre em pessoas já infectadas com hepatite B, através do contato com
sangue ou fluidos corporais contaminados.
● Gravidade: Pode agravar a hepatite B, levando a uma forma mais grave de doença hepática.
Hepatite E (HEV):
● Causa: Vírus da Hepatite E.
● Transmissão: Geralmente através da ingestão de água ou alimentos contaminados, semelhante à
hepatite A. Também pode ser transmitida de mãe para filho durante o parto.
● Gravidade: A hepatite E é geralmente uma doença aguda e autolimitada, mas pode ser mais grave
em mulheres grávidas.
Icterícia
A colúria ocorre quando a bilirrubina conjugada não é adequadamente excretada na bile ou não é
convertida em urobilinogênio e estercobilinogênio no intestino. Isso pode ser devido a várias condições,
incluindo:
● Obstrução das vias biliares: Qualquer bloqueio ou obstrução nas vias biliares pode impedir a excreção da
bilirrubina conjugada na bile, resultando em sua acumulação no sangue e eventual eliminação na urina.
● Doenças hepáticas: Problemas no fígado, como hepatite, cirrose ou insuficiência hepática, podem afetar a
● Hemólise: Quando há uma destruição excessiva de hemácias no sangue (hemólise), a bilirrubina é liberada
inflamatória localizada. A hepatite é uma inflamação do tecido hepático, geralmente causada por infecções virais,
embora também possa ser causada por outros fatores, como substâncias tóxicas ou drogas. A inflamação é uma
parte fundamental da resposta do corpo a uma infecção ou agressão, e pode levar ao aumento do órgão. Aqui está
Resposta Inflamatória: Quando o fígado é infectado por um vírus, como o vírus da hepatite, as células do
sistema imunológico do corpo são ativadas para combater a infecção. Isso desencadeia uma resposta
inflamatória no tecido hepático.
Infiltração de Células Inflamatórias: Como parte da resposta inflamatória, células inflamatórias, como
leucócitos (glóbulos brancos), se infiltram no fígado. Essas células são atraídas para a área inflamada
como parte do processo de combate à infecção.
Inchaço e Edema: A presença de células inflamatórias, juntamente com a retenção de líquido devido à
inflamação, pode levar a um inchaço do tecido hepático. Isso pode fazer com que o fígado aumente de
tamanho.
Proliferação Celular: Em resposta à lesão e inflamação, o fígado pode tentar se regenerar, resultando em
uma proliferação de células hepáticas. Esse processo pode levar ao aumento do tamanho do fígado, um
fenômeno conhecido como hepatomegalia compensatória.
Dano Celular: A inflamação também pode causar dano direto às células do fígado. Isso pode levar à
liberação de enzimas hepáticas no sangue, como a alanina aminotransferase (ALT) e a aspartato
aminotransferase (AST), que são frequentemente usadas para diagnosticar a hepatite
VACINAS:
→Hepatite A: VÍRUS INATIVADO
→Hepatite B: DNA Recombinante
Testes para Hepatite B (HBV):
HBsAg (Antígeno de Superfície do HBV):
● Positivo: Indica infecção aguda ou crônica pelo HBV. Pode persistir na infecção crônica.
● Negativo: Sugere ausência de infecção atual pelo HBV.
Anti-HBc (Anticorpos contra o Antígeno do Core):
● Positivo IgM: Indica infecção aguda pelo HBV.
● Positivo IgG: Indica infecção passada ou atual. Pode persistir na infecção crônica.
Anti-HBs (Anticorpos contra o Antígeno de Superfície):
● Positivo: Indica imunidade adquirida, seja por infecção anterior ou vacinação.
● Negativo: Sugere falta de imunidade.
Caso 7
Toxoplasmose
A toxoplasmose é uma infecção causada pelo parasita Toxoplasma gondii. A infecção pode ser transmitida de
● Ingestão de Cistos em Carne Crua ou Mal Cozida: A ingestão de carne crua ou mal cozida de animais
infectados, principalmente carne de porco, carneiro, cabra e boi, pode transmitir a toxoplasmose. Os cistos
do parasita estão presentes na carne e podem se tornar ativos quando ingeridos.
● Ingestão de Ovos de Parasitas em Vegetais e Frutas: Os cistos de Toxoplasma gondii podem ser
encontrados no solo, onde podem contaminar vegetais, frutas e outros alimentos. A ingestão desses
alimentos crus ou mal lavados pode resultar na infecção.
● Consumo de leite Não Pasteurizado: O leite não pasteurizado de vacas infectadas pode conter o parasita.
Se o leite não for devidamente tratado antes do consumo, ele pode transmitir a toxoplasmose.
● Transmissão de Mãe para Filho (Congênita): Uma mãe infectada pode transmitir o parasita ao feto durante
a gravidez. Isso pode ocorrer quando a mãe é infectada durante a gestação.
● Ingestão de Oocistos em Água ou Alimentos Contaminados: Os oocistos de Toxoplasma gondii podem ser
encontrados em água contaminada e em alimentos, devido a fezes de gatos infectados. A ingestão de
água ou alimentos contaminados é outra via de transmissão.
● Transmissão por Transplante de Órgãos e Transfusões de Sangue: É possível que a infecção seja
transmitida por órgãos ou sangue de doadores que estejam infectados.Manuseio de Gatos Infectados:
Embora seja raro, é possível adquirir a infecção pelo manuseio de fezes de gatos infectados. Isso ocorre
quando o parasita está presente nas fezes e a pessoa não lava as mãos de maneira adequada após a
limpeza da caixa de areia de um gato infectado.
Toxoplasmose na Gravidez
1o Trimestre: Quando o feto adquire a toxoplasmose congênita, em geral a manifestação clínica
é o aborto.
2o Trimestre: Quando adquirida a toxoplasmose congênita, a manifestação clínica é a Tétrade
Sabin : Coriorretinite, Calcificações Cerebrais, Pertubações Neurológicas e Hidrocefalia
3o Trimestre: Quando adquirida a toxoplasmose congênita nesse período, ao nascer o bebê não
demonstra nenhum sintoma, mas com a evolução do crescimento, é comum que essa criança
evolua para um coriorretinite, retardo mental.
Infecção Aguda:
● Se uma pessoa é recentemente infectada pelo Toxoplasma gondii, os anticorpos IgM
(imunoglobulina M) são produzidos em maior quantidade. O teste de avidez permite avaliar a
avidez dos anticorpos IgM, fornecendo informações sobre a força com que esses anticorpos se
ligam ao antígeno.
Infecção Crônica ou Passada:
● Quando a infecção é mais antiga, os anticorpos IgG (imunoglobulina G) tornam-se
predominantes. O teste de avidez IgG permite avaliar a força com que esses anticorpos IgG se
ligam ao antígeno. Anticorpos IgG de alta avidez indicam uma infecção crônica ou passada.
Avidez Alta:
● Se os anticorpos IgG têm alta avidez, isso sugere uma infecção mais antiga e crônica. Isso é
tranquilizador em situações como a gravidez, onde uma infecção recente pode representar um
risco maior para o feto.
Avidez Baixa:
● Uma avidez baixa de anticorpos IgG pode indicar uma infecção mais recente. Isso é
importante, pois uma infecção aguda durante a gravidez pode representar um risco aumentado
para o feto.
é geralmente indicado quando há evidência de infecção aguda ou quando há risco significativo de transmissão
para o feto. O tratamento visa reduzir a carga parasitária e, assim, minimizar o risco de transmissão para o feto. No
entanto, a decisão de iniciar o tratamento deve ser cuidadosamente avaliada pelo médico, considerando o estágio
da gravidez, a gravidade da infecção e outros fatores clínicos.
O medicamento mais comumente utilizado no tratamento da toxoplasmose é a espiramicina. Este medicamento é
considerado seguro durante a gravidez e é frequentemente prescrito para reduzir o risco de transmissão vertical
para o feto. No entanto, a espiramicina não atravessa bem a barreira placentária e, portanto, pode não ser eficaz
no tratamento da infecção fetal.
AMNIOCENTESE:
O Ministério da Saúde recomenda no “Roteiro para Rastreamento Pré-Natal da Toxoplasmose” a realização do
exame de PCR de amostras de líquido amniótico para fins de diagnóstico da infecção fetal (BRASIL, 2010;
BRASIL, 2013).
Atualmente somente é indicada a metodologia de PCR em tempo real devido às melhores sensibilidade e
especificidade. Se na região houver possibilidade desse exame, a indicação é realizar a amniocentese quatro
semanas após a infecção materna ou após a 18 semanas e não ultrapassando 21 semanas de gestação
(BRASIL, 2006; BRASIL, 2013).
Caso 8
GASTROENTERITES PARASITÁRIAS E BACTERIANAS
● O edema na desnutrição geralmente é observado em áreas dependentes do corpo, como tornozelos e pés.
No entanto, pode ocorrer em outras partes do corpo dependendo da gravidade da desnutrição
Tipos de anemia
Anemia por deficiência de ferro: É o tipo mais comum de anemia e ocorre quando o corpo não tem ferro suficiente
para produzir hemoglobina.
Anemia hemolítica: Nesse tipo de anemia, os glóbulos vermelhos são destruídos mais rapidamente do que o corpo
consegue substituí-los. Pode ser causada por diversos fatores, como condições genéticas, infecções ou reações
autoimunes.
Anemia aplástica: Caracterizada pela diminuição da produção de células sanguíneas pela medula óssea. Pode ser
causada por fatores genéticos, exposição a produtos químicos tóxicos, radiação ou infecções.
Anemia falciforme: Uma doença genética em que os glóbulos vermelhos têm uma forma anormal, levando a
complicações como bloqueio de vasos sanguíneos, dor e danos aos órgãos.
Anemia Hipoprodutiva:
Neste tipo de anemia, a medula óssea não produz glóbulos vermelhos em quantidade suficiente para atender às
necessidades do corpo.
Anemia Hiperprodutiva:
Neste tipo de anemia, há uma destruição acelerada dos glóbulos vermelhos, superando a capacidade do corpo de
produzi-los rapidamente. Hemólise: Destruição prematura dos glóbulos vermelhos. Pode ser causada por
condições genéticas (como a anemia falciforme), infecções, reações autoimunes ou exposição a toxinas.
Sinais da anemia:
Glossite:
● Explicação: A glossite refere-se à inflamação da língua. Na anemia ferropriva, pode ocorrer uma
inflamação na língua, resultando em uma língua inchada e dolorida. A língua pode parecer lisa e
brilhante, devido à atrofia das papilas gustativas.
Queilite Angular (Queilose Angular ou Estomatite Angular):
● Explicação: Trata-se da inflamação das comissuras dos lábios, frequentemente manifestando-se
como fissuras ou rachaduras nos cantos da boca. A queilite angular é uma condição comum em
casos de anemia ferropriva e pode ser acompanhada por vermelhidão e sensação de queimação.
Koilonychia (Coiloníquia):
● Explicação: Refere-se à deformidade das unhas, especificamente às unhas em formato de colher.
Nesse caso, as unhas ficam finas, côncavas e apresentam uma concavidade acentuada. Isso é
observado em algumas pessoas com anemia ferropriva.
Alotriofagia:
● Explicação: A alotriofagia é um termo que descreve o hábito de comer substâncias não alimentares,
como terra, gelo ou papel. Algumas pessoas com anemia ferropriva podem desenvolver esse
comportamento, conhecido como pica, como uma resposta à deficiência de ferro no organismo.
O teste específico para identificar a anemia falciforme envolve a pesquisa da presença do gene da hemoglobina S
(HbS). O exame mais comum para diagnóstico é o teste de eletroforese de hemoglobina, que separa e identifica
diferentes tipos de hemoglobina no sangue.
Eletroforese de Hemoglobina:
● Resultado Normal (Não portador de Anemia Falciforme): Presença predominante de hemoglobina A
(HbA) e talvez pequenas quantidades de hemoglobina A2 (HbA2) e hemoglobina Fetal (HbF).
● Resultado Indicativo de Anemia Falciforme (Homozygous HbS, HbS/HbS): Presença significativa de
hemoglobina S (HbS).
Se uma pessoa possui duas cópias do gene da hemoglobina S (HbS) — o que é conhecido como homozigoto para
a hemoglobina S (HbSS) —, ela é diagnosticada com anemia falciforme. Se a pessoa possui apenas uma cópia do
gene HbS e outra cópia de um tipo normal de hemoglobina (como HbA), ela é considerada portadora assintomática
(heterozigoto) da anemia falciforme.
A diarreia é um sintoma gastrointestinal caracterizado pelo aumento na frequência e fluidez das evacuações. Pode
ser causada por uma variedade de fatores, incluindo infecções virais, bacterianas ou parasitárias, intolerâncias
alimentares, e condições crônicas como doenças inflamatórias intestinais. A diarreia ocorre quando o processo
normal de absorção de água e eletrólitos no intestino é interrompido, resultando em fezes líquidas. A desidratação
é uma preocupação comum associada à diarreia, pois as fezes líquidas resultam em uma perda significativa de
água e eletrólitos. Os sintomas de desidratação podem incluir sede intensa, boca seca, urina escura e diminuição
da produção de urina. Em casos mais graves, pode ocorrer confusão, tontura e batimentos cardíacos acelerados.
Mecanismos de Desidratação:
Perda de Água: A diarreia aumenta a perda de água através das fezes, comprometendo o equilíbrio hídrico
do corpo.
Perda de Eletrólitos: As fezes líquidas também resultam na perda de eletrólitos, como sódio, potássio e
cloreto, essenciais para o funcionamento normal do corpo
Plano A (sem sinais de desidratação): é feito por via oral no domicílio do paciente. É orientado que ele beba
bastante líquido e faça reposição de zinco (20 mg/dia em > 6 meses por 10-14 dias). Se não houver sinal de
melhora, orienta-se que o paciente retorne ao atendimento hospitalar.
Plano B (desidratação leve): tratamento feito em UBS via oral, com administração de solução de reidratação
oral de 50-100 ml/kg por 4-6 horas. Depois de uma reavaliação constante desse paciente, se melhorar,
adotamos o plano A; se continuar desidratado, é adotada a sonda nasogástrica; e, se piorar, faz-se o plano C
de reidratação.
Plano C (desidratação grave): hidratação endovenosa em unidade hospitalar, feita através de duas fases:
expansão e manutenção e reposição. Na fase de expansão: para > 5 anos, vamos administrar soro fisiológico
0,9% (30 ml/kg por 30 min) + ringer lactato/solução polieletrolítica (70 ml/kg por 2h e 30 min). Na fase de
manutenção, dar ao paciente soro glicosado a 5% e soro fisiológico a 0,9% na proporção de 4 pra 1, sendo
que o volume depende do peso do paciente: se ele tiver até 10 kg, daremos 100 ml/kg; se tiver entre 10-20
kg, 1000 ml + 50 ml por cada quilo que exceder os 10 kg; e, por fim, se tiver mais que 20 kg daremos 1500 ml
+ 20 ml a cada quilo que exceder 20kg.
Tipos de diarreia:
Diarreia Aguda:
Diarreia Crônica:
Etiologia da diarreia:
Diarreia Secretora:
Caracterizada pelo aumento na secreção de água e eletrólitos no intestino, resultando em fezes líquidas.
Normalmente causada por toxinas bacterianas, hormônios, e outros agentes que estimulam a secreção excessiva
no trato gastrointestinal.
Diarréia Inflamatória:
Envolve inflamação da mucosa intestinal, causando danos aos tecidos e resultando em fezes frequentemente
acompanhadas de sangue e muco. Normalmente causado por doenças inflamatórias intestinais, infecções
bacterianas invasivas e condições autoimunes.
Diarreia Invasiva:
Caracterizada pela invasão direta de patógenos no revestimento do intestino, causando danos e inflamação.
Causado por infecções por bactérias ou parasitas que penetram nas células do intestino, levando a danos mais
graves.
Diarreia Osmótica:
Resulta do acúmulo de solutos não absorvíveis no intestino, criando um ambiente onde a água é atraída para o
lúmen intestinal, resultando em fezes líquidas.
Pacientes com Gastroenterocolite Aguda (GECA), uma condição caracterizada pela inflamação do trato
gastrointestinal, podem apresentar vários sinais e sintomas. A gravidade e a combinação dos sintomas podem
variar, mas alguns sinais clínicos comuns incluem:
A presença de fezes soltas e frequentes é um sintoma proeminente. A diarreia pode ser aquosa e, em alguns
casos, conter sangue ou muco, dependendo da causa subjacente da GECA. A febre é um sinal de inflamação e
pode acometer a GECA. A temperatura corporal pode estar elevada, indicando a resposta do corpo à infecção ou
inflamação. Alguns pacientes podem experimentar náuseas e, em casos mais graves, vômitos. A perda de líquidos
através da diarréia pode levar à desidratação. Sinais de desidratação incluem sede intensa, boca seca, urina
escura e, em casos mais graves, tontura e confusão. A GECA pode causar uma sensação geral de fraqueza e
fadiga, devido à desidratação, perda de nutrientes e ao estresse do sistema gastrointestinal.
Caso 9
ESQUISTOSSOMOSE
● Se a hipertensão portal ocorre após os sinusóides hepáticos, a pressão acaba extravasando para o
abdômen, uma vez que não há muito espaço para aumentar dentro do sistema portal.
● Isso pode resultar em ascite, que é o acúmulo de líquido no espaço abdominal, devido ao aumento
da pressão no sistema venoso.
● A ascite é um gotejamento lento de linfa para a parede abdominal
●
Hipertensão Portal Pré-Sinusoidal:
● Se a hipertensão portal ocorre antes dos sinusoides hepáticos, ela afeta diretamente o sistema
portal, levando a varizes, circulação colateral e hepatomegalia (aumento do fígado) como
respostas adaptativas.
● As varizes podem ocorrer no esôfago (varizes esofágicas) e no estômago (varizes gástricas),
representando caminhos alternativos para o fluxo sanguíneo devido à obstrução na circulação
normal do fígado.
● A hepatomegalia pode ser causada pelo aumento do fluxo sanguíneo e pela congestão no fígado.
Localização da Obstrução:
● Esplênica e Mesentérica:
● A obstrução vascular geralmente ocorre nas veias esplênicas e mesentéricas, contribuindo para a
hipertensão portal. Isso, por sua vez, desencadeia as complicações descritas, como ascite e
varizes.
● Semicírculo de Skoda: O paciente fica em decúbito dorsal, e por isso, os líquidos se acumulam na
região periférica à cicatriz umbilical, então quando realizar a percussão na região ao percutir temos a
presença de Macicez, enquanto que na região central do umbigo permanece Timpânica
● Macicez móvel: O paciente faz um Decúbito Lateral, e quando isso ocorre o líquido se acumula na
região encostada na cama e no meio do abdômen, assim, na região mais superior teremos à
percussão timpanismo, e na região média e inferior macicez.
CASO 10
LEISHMANIOSE
Leishmaniose Visceral:
Febre Prolongada:
● A leishmaniose visceral muitas vezes se manifesta com febre de longa duração, que pode persistir
por semanas ou até mesmo meses. A febre é frequentemente intermitente.
Esplenomegalia (Aumento do Baço):
● Um sintoma comum é o aumento do baço (esplenomegalia). Isso ocorre devido à infecção das
células do sistema retículo endotelial, levando à hipertrofia do baço.
Hepatomegalia (Aumento do Fígado):
● O fígado também pode ser afetado, resultando em hepatomegalia. A infecção das células hepáticas
é uma característica da leishmaniose visceral.
Leishmaniose Tegumentar: