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CAMPUS DE VILHENA
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
VILHENA - RO
Setembro, 2023
SUELI OLIVEIRA DE CAMPOS
VILHENA - RO
Setembro, 2023
FICHA CATALOGRÁFICA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA – UNIR
CAMPUS DE VILHENA
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
Dedico esse trabalho a meus filhos que são
meu maior tesouro e minha inspiração.
A minha mãe que é meu exemplo de vida.
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
nesta década também que o imperador D. Pedro I assinou a primeira lei de educação
no Brasil datada de 15 de outubro de1827. Registrada a fl. 180 do livro 4º de registro
de cartas, leis e alvarás que por sua vez era em formato de carta como vemos abaixo.
Com a promulgação da Constituição de 1891, seção II, artigo 72, parágrafo 6°,
diz o seguinte a respeito da educação em nosso país: “Será leigo o ensino ministrado
nos estabelecimentos públicos”. Durante muito tempo foi assim, até que com a
promulgação da Constituição de 1946 ficou definido as incumbências da união,
estados e municípios. Segundo Raposo apud Coelho (2016).
Assim o tempo foi passando e no ano de 1967 deu -se a promulgação de uma
nova Constituição que, por sua vez, no artigo 176 descreve o seguinte a respeito da
educação: “A educação, inspirada no princípio da unidade nacional e nos ideais de
liberdade e solidariedade humana, é direito de todos e dever do Estado, e será dada
no lar e na escola”. No Art. 1° e 2° descreve de que forma deverá ser feita essa
educação.
educação ao referenciá-la do Art. 205 ao Art. 214. Até aquela época a exigência de
formação para professores polivalentes era curso de magistério.
Com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), em 20
de dezembro de 1996, passou a ser exigida a formação em nível superior.
No Art. 61 da LDB trata dos dois períodos da formação polivalente.
Como vimos acima, o inciso I trata-se da primeira formação exigida para atuar
nos anos Iniciais do Ensino Fundamental que naquela época tinha duração de 4 anos.
No inciso II já apresenta a formação em nível superior.
Somente em 20 de dezembro de 1996, com a entrada em vigor da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação (LDB), a formação superior foi exigida, mas mesmo
assim não extinguindo os profissionais já atuantes com o magistério. Em 20 de abril
de 2009 foi apresentada a proposta de alteração da lei no artigo 62 que trata da
educação que a partir da aprovação no ano de 2013 passou a vigorar com o seguinte
texto.
O campo escolhido para a produção dos dados desta pesquisa para posterior
análise foram três instituições localizadas na cidade de Vilhena, estado de Rondônia.
Essas instituições foram escolhidas por serem de fácil acesso para a pesquisadora e
também por nelas existirem o objeto da pesquisa. São duas instituições públicas
mantidas pelo poder público municipal através da Secretaria Municipal de Educação
(SEMED) e uma instituição mantida pela iniciativa privada.
Uma das instituições mantida pelo poder público, fica localizada na região
central e outra mantida pelo mesmo poder fica numa região mais periférica da cidade.
A instituição mantida pela iniciativa privada fica localizada na região central da
cidade.
Na instituição 1 localizada na região mais periférica da cidade eu já havia
desenvolvido dois estágios, um sendo educação fundamental na qual estagiei no 4°
ano e o outro o estágio de gestão escolar no qual pude acompanhar o trabalho da
diretora e demais corpo decente e também tive a oportunidade de vivenciar
atendimentos na sala de recursos (AEE) Atendimento Educacional Especializado.
A instituição 2, foi escolhida pois atualmente faço parte do projeto de residência
pedagógica oferecido pela UNIR juntamente com a CAPES na qual essa instituição e
meu campo de atuação.
A instituição 3, esta particular foi escolhida de maneira aleatória, afim de
levantar e comparar dados entre escola pública e privada.
Meu foco de pesquisa foi professores que atuam nos dois primeiros anos do
ensino fundamental, pois essa é a fase que compreende o ciclo de alfabetização,
foram entrevistados 2 professores de cada instituição, sendo respectivamente uma do
1° ano e uma do 2° ano.
A pesquisa foi apresentada para a diretora responsável pela instituição e ela foi
a responsável por falar com os professores e saber se alguém tinha interesse em
colaborar com a pesquisa.
A produção dos dados ocorreu durante o primeiro e o segundo semestre do ano
de 2023. Os professores já haviam trabalhado o conteúdo do primeiro bimestre e já
estavam finalizando também o segundo bimestre. As entrevistas aconteceram de
duas maneiras, sendo que parte dos professores preferiram a entrevista de maneira
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presencial e a outra parte de maneira remota, mas todas as entrevistas foram feitas
individualmente de maneira a atender a disponibilidade dos professores.
No Quadro 2, a seguir é apresentado 18 unidades de registros que surgiram
através de três eixos temáticos, sendo respectivamente os seguintes: perfil docente;
formação oferecida pelo PNAIC; conteúdos trabalhados no ciclo de alfabetização.
Este apresenta as unidades de registro aplicados nas instituições públicas,
sendo assim instituição 1 e 2.
4.1 Instituição 1
Quando solicitada sobre sua titulação máxima pude identifica que tanto P1
como P2 possuem especialização em nível de pós graduação lato sensu, mas em
áreas diferentes. P1 possui pós graduação em psicopedagogia institucional e clínica
e P2 possui pós graduação em gestão escolar.
Quando perguntado sobre seu tempo de formação, P1 possui 10 anos de
profissão, e P2 possui quase o mesmo tempo sendo 9 anos de profissão.
A respeito da carga horaria semanal de trabalho, P1 tem um contrato de 30
horas semanais, mas devido à falta de professores na rede pública de ensino da
cidade de Vilhena ela trabalha em dois períodos fazendo horas extras, já P2 diz que
seu contrato é de 40 horas.
A respeito da formação específica na área da matemática, não possuem
nenhuma formação.
Quando perguntado se possuem alguma outra formação em nível de
graduação, P1 responde que está fazendo uma segunda graduação, mas na área do
direito. Após sua resposta, perguntei porque o interesse em direito e ela respondeu
que o processo de educação está ficando muito difícil para trabalhar, no início da sua
atuação profissional havia mais respeito ao professor e vem se perdendo com o
tempo; P2 disse não ter outra formação, mas tem vontade de fazer psicologia.
Quanto ao EIXO TEMATICO 2, formação oferecida pelo PNAIC, Identifiquei as
seguintes respostas: Quando solicitado se teve alguma formação oferecida pelo
PNAIC, P1 respondeu que não teve nenhuma formação oferecida por essa política
pública, pois durante seu tempo de profissão ela atuou por 8 anos nos anos finais da
do ensino fundamental 1, sendo respectivamente 4° e 5° anos. Já P2 disse ter feito
essa formação, mas apenas uma vez.
Sobre a formação ser suficiente para o ensino da matemática, P1 não soube
responder pois não participou, P2 disse que não, pois acredita que essa formação é
muito pouco para abarcar todas as situações que envolvem o ensino da matemática.
Quando solicitado se notou algum avanço na turma após aplicação de atividade
aprendidas pelo PNAIC, P2 disse ter notado sim.
Quando perguntado se as atividades oferecias pelo PNAIC contemplam as
habilidades trazidas pela BNCC, P2 disse que nem todas as atividades, pois tem
coisas que ficaram ultrapassadas ao longo do tempo e hoje já não são mais
necessárias serem trabalhadas, P2 acredita que a educação tem que estar ligada as
questões do dia a dia da criança.
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4.2 INSTITUIÇÃO 2
livro didático, resposta essa que podemos verificar com a análise do livro didático
distribuído pela secretaria municipal de ensino na cidade de Vilhena.
Sobre o ensino da álgebra P3 disse trabalhar de uma forma mais concreta,
utilizando matérias como: “massinhas de modelar, palitos, tampas de garrafas, até
números e figuras”, mesmo com esses matérias ela não dispensa a utilização de
livros.
A respeito do uso do lúdico durante o ensino da matemática, P3 relata trabalhar
com jogos, e atividades lúdicas, um exemplo disso é o mercadinho, resposta que traz
sentido ao PCN (Brasil,1997) que diz que no ensino da matemática deve-se utilizar
diferentes linguagens-verbais, matemáticas gráficas, plásticas e corporais, para que o
educando posso produzir cultura e viver em sociedade.
Na mesma instituição, também entrevistamos a professora P4 que por sua vez
deu as seguintes respostas.
Ao indagar a professora P4 sobre sua formação, ela responde que possui
graduação em pedagogia,
Na segunda unidade de registro, qual a sua titulação máxima, P4 é pós
graduada em Gestão Escolar, já atuou na área da gestão, mas sua paixão é pela
alfabetização.
A respeito do tempo de formação, P4 possui 22 anos de formação, e sua
atuação no ciclo de alfabetização já tem duração de 20 anos.
Quando perguntada a respeito de sua carga horaria P4 responde trabalhar por
40 horas semanais.
A respeito da última unidade de registro, se possui alguma formação na área
da matemática, ela responde não, apenas cursos de formação continuada em serviço.
A respeito do EIXO TEMATICO 2, formação oferecida pelo PNAIC, a professora
P4 diz já ter participado.
Quando questionada se a formação oferecida pelo PNAIC é o suficiente para o
ensino da matemática, ela responde que não, mas alega que “esse tipo de formação
ajuda muito quem está iniciando sua carreira na docência.”
Quando perguntada se ela notou algum avanço nos alunos após utilizar
métodos aprendido através da formação do PNAIC, ela responde da seguinte forma,
“não posso dizer que seja um avanço significativo, mas sempre há uma novidade”,
com sua resposta cheguei à conclusão que ela concorda que mesmo que de maneira
sutil há avanços na turma ao utilizar métodos aprendidos através do pacto.
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4.3 Instituição 3
toda dentro da rede privada não participou de nenhuma formação oferecida pelo
governo, mas participou de diversas formações oferecidas pela iniciativa privada.
A respeito da formação oferecida pelo PNAIC ser suficiente para o ensino da
matemática, P2, P3 e P4 acredita não ser suficiente, pois há muitas demandas no
ensino da matemática e a formação oferecida é muito pouca para abarcar todas as
questões. P1 não soube responder, e P5 diz que todas as formações em que ela
participou o ganho foi extraordinário.
Quando interrogado a respeito de avanços na turma após aplicação de
atividade aprendidas através PNAIC, P1 e P5 não souberam responder, já P2, P3 e
P4 disseram ter notado sim, mas muito pouco acreditando que esse avanço é mais
por esforço próprio, que pela formação.
A respeito das atividades trabalhadas na Pacto, se elas contemplam as
habilidades trazidas pela BNCC, P1 não soube responder, já P2, P3 e P4 respondem
sim, pois desde 2017 a BNCC é o documento que norteia o ensino fundamental.
Quanto a P5, disse que toda a formação recebida está em consonância com a BNCC.
Ao que se refere a utilização de tecnologias no ensino da matemática, todos
foram unânimes na resposta, “sim” utilizam desde as mais simples tecnologias as mais
sofisticadas. Quando perguntado se utilizam materiais distribuídos pelo PNAIC, P1,
P2, P3 e P5 disseram não, embora P3 já tenha utilizado, e P4 diz sim, pois ainda tem
materiais que pensa ser interessantes.
A respeito de outras formações oferecidas pelo governo, P1, P2, P3 e P4 todos
disseram ter participado do Pró-letramento e P4 disse também ter outras formações.
Já P5 diz ter participado de várias formações disponibilizadas pela iniciativa privada.
A respeito do eixo temático 3, conteúdos trabalhados em matemática no ciclo
de alfabetização, todos foram unânimes em responder que os conteúdos são:
conhecer os números, ordem de numerais, as operações básicas de adição e
subtração com até dois algarismos, leitura e escrita de numerais até 50, identificar
figuras planas e não planas e comparar retas numéricas. O que muda é a forma de
aplicação desse conteúdo que varia de profissional para profissional, neste quesito
pude notar que os livros didáticos distribuído pelo PNLD trazem o conteúdo.
No que se refere ao ensino da álgebra, todos utilizam formas mais lúdicas para o
trabalho. P1 respondeu trabalhar com o conteúdo do livro, mas de uma forma
concreta, pois acredita ser de mais fácil entendimento para os educandos. P2, P3, P4
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
C) Valorizar o corpo docente para que o profissional tenha tempo para se dedicar
as atividades que serão aplicadas em sala de aula;
D) Disponibilizar mais vagas nos cursos de especialização gratuitos na área da
matemática.
Desta forma, fica claro a necessidade de investimentos na área da educação,
principalmente referente ao ensino da matemática nos anos inicias pois, é onde tudo
começa. Se tivermos uma boa base no início do aprendizado matemático muitos
problemas de defasagem de aprendizado serão evitados.
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REFERÊNCIAS
GIL, A. C Como elaborar um projeto de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
ANEXOS
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APÊNDICES