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As súmulas vinculantes à luz da Constituição de 1988

EBECKEN, Karina Braziliano.

Alice Alves Ferreira Costa

Metodologia Científica

Soraia Cristina De Morais


O artigo trata das súmulas vinculantes à luz da Constituição de 1988, com o objetivo de
analisar a constitucionalidade deste instituto e como ele garante a segurança jurídica. Para
isso, são utilizados métodos histórico-jurídicos, qualitativos e bibliográficos, que permitem
uma análise aprofundada sobre o tema, levando em consideração a evolução histórica do
instituto, a sua natureza jurídica e a sua relação com a Constituição de 1988. É destacado
que as súmulas vinculantes são reguladas pela Lei 11.417/2006, que tem a função de
regulamentar o procedimento de edição, revisão e cancelamento dessas súmulas.

Os precedentes vinculantes ajudam a uniformizar a jurisprudência, garantindo segurança


jurídica e previsibilidade nas decisões judiciais. Contudo, existem controvérsias em torno da
instituição, como possíveis violações da independência funcional dos juízes e restrições ao
acesso à justiça. Argumentos a favor e contra os precedentes vinculantes, enfatizando sua
constitucionalidade, são objeto de debate na doutrina e na jurisprudência. Por um lado, o
precedente vinculante é visto como uma importante ferramenta para uniformizar as
decisões judiciais, ajudando a aumentar a segurança jurídica e a celeridade processual. Por
outro lado, o precedente vinculativo tem sido criticado por limitar a independência funcional
dos juízes e o acesso à justiça.

É evidenciado que a finalidade das súmulas vinculantes é consolidar matérias já


pacificadas no Supremo Tribunal Federal, com a finalidade de se evitar decisões
conflitantes e gerar segurança jurídica à coletividade. Isso porque, os órgãos inferiores
estavam julgando diversamente dos entendimentos já pacificados na Suprema Corte, o que
estava assim, gerando grande volume de processos em tramitação no Supremo Tribunal
Federal. Diante de tal volume de processos, a Suprema Corte criou o instituto das súmulas
vinculantes para reduzir e filtrar os processos endereçados a ela, nos quais já eram
sedimentados os seus entendimentos.

Por fim, é apontado que é possível conciliar o princípio da segurança jurídica com a
independência funcional do juiz, desde que sejam observados os limites constitucionais e
legais das súmulas vinculantes. Além disso, é importante que haja um diálogo constante
entre os órgãos jurisdicionais para garantir a uniformização das decisões sem prejudicar a
autonomia dos juízes. É ressaltado que a aplicação das súmulas vinculantes deve ser feita
com cautela, levando em consideração as particularidades de cada caso concreto. Por fim,
é frisado que a constitucionalidade das súmulas vinculantes é objeto de debate na doutrina
e na jurisprudência, sendo necessário um constante aprimoramento deste instituto para
garantir a sua efetividade e a segurança jurídica.

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