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TRABALHO:
OUTUBRO DE 2023
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Atualmente o aluno que está se especializando nesta pós-graduação, está gerente de um Casarão
sediado na Barragem Santa Lúcia. Este foi construído entre meados de 1900 a 1912, ele foi
tombado em 1992 (a pedido e mobilização da Comunidade do Morro do Papagaio),
restaurado/reformado pela Prefeitura de Belo Horizonte e entregue (em dezembro de 2022) para
a Associação Cultural Casa do Beco (composta por moradores da favela) para que realize a gestão
desse novo espaço sociocultural, a ser disponibilizado para a valorização da memória da
comunidade e o usufruto da cidade. Este espaço foi carinhosamente nominado de Fazendinha Dona
Izabel, para homenagear a senhora, dona de casa, salgadeira, preta e favelada, que por mais de 60
anos foi a dona e responsável por mantê-lo de pé.
A Fazenda do Leitão foi desapropriada em 1894, pela Comissão Construtora da Nova Capital
encarregada de construir a nova capital do Estado de Minas Gerais e passou por diversos usos:
• Em 1967, o Museu teve seu nome alterado para Museu Histórico Abílio Barreto em
homenagem ao seu idealizador, mas permaneceu como um museu celebrativo do passado, até
1993.
• O período de 1994 e 1998 testemunhou uma reestruturação física e institucional.
Outro desafio foi a obtenção de recursos financeiros para a restauração e manutenção da Casa da
Fazenda do Leitão. A preservação de um patrimônio material requer investimentos significativos,
e encontrar fontes de financiamento adequadas pode ser um processo complexo.
A primeira curiosidade que o especializando teve em relação ao seu objeto de pesquisa, os Modos
de Fazer o Queijo Minas Artesanal, foi a notícia de que está em processo de se tornar Patrimônio
Imaterial da Humanidade. Se reconhecido pela Unesco, o processo será o primeiro item
gastronômico brasileiro a entrar na lista
“O que o IPHAN reconheceu anos atrás como Patrimônio Imaterial Brasileiro não foi o
queijo como materialidade, não é aquele que você vai pegar no mercado e vai comprar
pra casa, tem um patrimônio aqui, não. O que a gente reconheceu são os modos de fazer,
porque a riqueza cultural está justamente nas relações sociais, nos saberes, nos
conhecimentos aplicados à produção do queijo. Ou seja, a gente está falando das pessoas
e das suas tradições, que são passadas geração em geração naquela região, que é a região
da Canastra, da Serra da Canastra”. (ESTADÃO. 26/07/2023)
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Minas Gerais é conhecida como a “Terra dos queijos”. É difícil encontrar alguém que desconheça
pelo menos um dos diversos tipos do alimento produzido no estado. A história e conhecimento
que passam de geração em geração e encantam não só o país, mas o mundo. O modo mineiro de
fazer queijo artesanal é patrimônio imaterial do estado, do Brasil e, em breve, poderá ser do mundo.
O modo de fazer Queijo Minas Artesanal se tornou patrimônio imaterial de Minas Gerais em 2002.
Foi em 2008 que o método usado pelos produtores mineiros foi reconhecido em nível nacional
pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Hoje em dia, o país tem seis patrimônios culturais imateriais da humanidade inscritos pela Unesco.
São: Arte Kusiwa, Círio de Nazaré, Samba de Roda, Frevo, Roda de Capoeira e Bumba Meu Boi.
O ‘nossjeitinminêrodifazê oqueij” poderá ser o 7º. Para isso, segundo o Iphan, o bem cultural basta
seguir os critérios abaixo, já que ele tem o potencial de aprovação. São eles:
2.1 O que fez o jeito mineiro de fazer o queijo ser reconhecido como patrimônio imaterial?
O próprio site do IPHAN, na parte de Bens Culturais Registrados, é possível encontrar os detalhes
que levaram ao registro dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal ter sido reconhecido
como patrimônio imaterial do Brasil:
A produção artesanal do queijo de leite cru nas regiões serranas de Minas Gerais
representa até hoje uma alternativa bem sucedida de conservação e aproveitamento da
produção leiteira regional, em áreas cuja geografia limita o escoamento dessa produção.
O modo artesanal de fazer queijo constitui um conhecimento tradicional e um traço
marcante da identidade cultural dessas regiões. Cada uma delas forjou um modo de fazer
próprio, expresso na forma de manipulação do leite, dos coalhos e das massas, na
prensagem, no tempo de maturação (cura), conferindo a cada queijo aparência e sabor
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Reconhecer os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como patrimônio imaterial é de grande
importância por vários motivos. Primeiramente, esse reconhecimento valoriza e preserva a
tradição e o conhecimento transmitido ao longo de gerações na produção desse queijo específico.
Isso ajuda a manter viva a cultura e a identidade de determinada região ou comunidade.
Além disso, o reconhecimento como patrimônio imaterial pode contribuir para a proteção e
promoção desse modo de fazer o queijo, garantindo suas consequências e qualidade. Isso pode
incluir a implementação de medidas de segurança, como a criação de regulamentações específicas
e o estabelecimento de boas práticas na produção.
Outro aspecto importante é o potencial econômico e turístico que o reconhecimento pode trazer.
O Queijo Minas Artesanal pode se tornar um atrativo para turistas e consumidores que buscam
produtos tradicionais e de qualidade. Isso pode contribuir para a economia local e promover o
desenvolvimento sustentável da região.
O reconhecimento dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como patrimônio imaterial é
fundamental para preservar a cultura, promover a qualidade e trazer esse produto e contribuir para
o desenvolvimento econômico e turístico da região.
Outro aspecto importante é o impacto econômico e social que a valorização do Queijo Minas
Artesanal pode trazer. Ao promover e cultivar a produção artesanal, apoiamos os produtores locais
e contribuímos para o desenvolvimento sustentável das comunidades rurais. Além disso, o
reconhecimento e a valorização desse queijo podem atrair turistas e consumidores específicos em
produtos tradicionais e de qualidade, impulsionando a economia local.
Valorizar os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal é preservar a cultura, garantir a qualidade
do produto e promover o desenvolvimento econômico e social das comunidades envolvidas.
É importante ressaltar que o registro do Queijo Minas como patrimônio imaterial também pode
trazer alguns desafios e potenciais prejuízos. Um dos principais problemas é a possibilidade de
restrições e regulamentações excessivamente impostas aos produtores de Queijo Minas Artesanal.
Essas restrições dificultam a produção e comercialização do queijo, limitando a liberdade dos
produtores e afetando as qualidades de sua sustentabilidade econômica.
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Além disso, o registro como patrimônio imaterial pode levar a uma padronização excessiva do
processo de produção do Queijo Minas, o que pode comprometer a diversidade e a criatividade
dos produtores. A imposição de regras pode limitar a inovação e a experimentação na produção
do queijo, resultando em uma perda de variedade e qualidade.
Outro ponto crítico é o impacto no mercado. Com o registro, pode haver um aumento na demanda
pelo Queijo Minas Artesanal, o que pode levar a um aumento nos preços e à exclusão de pequenos
produtores que não atendem a essa demanda crescente. Isso pode levar a uma concentração do
mercado nas mãos de grandes produtores, prejudicando a diversidade e a sustentabilidade da
produção.
Por fim, embora o registro do Queijo Minas como patrimônio imaterial tenha seus benefícios,
como a preservação da cultura e a promoção da qualidade, é importante considerar os potenciais
prejuízos, como restrições excessivas, padronização e impacto no mercado, para garantir um
equilíbrio adequado na proteção esse patrimônio.
Embora o reconhecimento dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como patrimônio
imaterial traga benefícios significativos, também pode trazer alguns desafios para a comunidade.
É importante considerar que esses problemas podem variar dependendo do contexto específico e
das situações locais. Alguns possíveis problemas incluem:
REFERÊNCIAS:
SITE: Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão – IPHAN – Bem Casa da Fazenda do Leitão –
DISPONIVEL EM: https://sicg.iphan.gov.br/sicg/bem/visualizar/699 - ACESSADO DIA
18/10/2023
SITE G1 - Entenda como Queijo Minas Artesanal pode se tornar Patrimônio Imaterial da
Humanidade pela Unesco – DISPONIVEL EM: https://g1.globo.com/mg/sul-de-
minas/noticia/2023/10/21/entenda-como-queijo-minas-artesanal-pode-se-tornar-patrimonio-
imaterial-da-humanidade-pela-unesco.ghtml - ACESSADO DIA 18/10/2023
Jornal Estado de Minas – Matéria: Nossa História: Museu Abílio Barreto reúne acervo que revela
em detalhes o passado de BH - Disponível em:
https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2015/05/23/interna_gerais,650569/nossa-historia-
museu-abilio-barreto-reune-acervo-que-revela-em-detalh.shtml - Acessado em 21/10/2023
Matéria: Lei.A indica: 10 patrimônios de Belo Horizonte para conhecer e celebrar seus 124 anos
https://leia.org.br/lei-a-indica-10-patrimonios-de-belo-horizonte-para-conhecer-e-celebrar-seus-124-
anos/ - - Acessado em 22/10/2023