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RESUMO: A questão da investigação criminal preliminar pelo Ministério Público transcende do en-
foque corrente na dogmática pátria. Contudo, num primeiro momento, a questão da possibilidade
ou não do exercício de tal método investigativo deve ser abordada, pois, conquanto contestada
por parte da doutrina e jurisprudência, se se aferir a temática sob um enfoque hermenêutico,
bem como considerando a necessidade de tutela de direitos fundamentais, inexoravelmente a
conclusão será positiva. Evidentemente esta primeira questão deve ser analisada sob o âmbito
da proporcionalidade, ou seja, será legitima a investigação criminal pelo Ministério Público se
houver o respeito aos direitos e garantias fundamentais, evitando-se excessos que os agridam.
Embora pertinente e necessária à abordagem do tema, esta primeira questão não o limita. Para
além da possibilidade ou não da investigação pelo Parquet, está-se diante de uma outra questão:
como deve ser realizada essa espécie de persecução. Buscando rever alguns conceitos ainda
majoritários acerca da investigação criminal, o presente texto apresenta algumas hipóteses de
solução ao problema, bem como algumas propostas para estabelecer-se a forma pela qual serão
conduzidas as investigações pelo Ministério Público. Tem-se, por finalidade, assim, a apresenta-
ção de um modelo investigativo sem totalidades, confrontado pelo controle extrainstitucional
do Ministério Público, na busca da adequação com o que se espera de uma investigação criminal
preliminar ideal ao Estado democrático de direito.
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requisitar a sua instauração. Assim, pode se referir que o “inquérito policial é autêntico
procedimento administrativo, presidido pela autoridade policial, com objeto e destina-
tário próprios” (FELDENS; SCHIMIDT, 2007, p. 14, grifo do autor).
Outrossim, havendo elementos suficientes para o embasamento da opinio
delicti do titular da ação penal (Ministério Público), pode-se dispensar a instauração do
inquérito policial, consoante os artigos 39, § 5º, e 46, § 1º, ambos do CPP. Todavia, tal
premissa não significa que a autoridade policial tenha discricionariedade em instaurar
ou não o referido expediente investigatório, visto que, ao tomar conhecimento de um
ilícito criminal, lhe é obrigatória a sua instauração, não lhe cabendo qualquer juízo
acerca de exclusão de ilicitude ou de causas de extinção da punibilidade, circunstâncias
em que serão impositivas as interferências (deliberações) do Ministério Público e Poder
Judiciário (ibid., p. 17-18).
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aos Estados-membros, Distrito Federal e Municípios, sendo que, por evidente, as limita-
ções jurídicas de atuação nos referidos entes serão as previstas na Constituição Federal.
É consectário lógico que a limitação do poder de investigação da Comissão Parlamentar de
Inquérito, afora a hipótese de reserva de jurisdição, é a mesma prevista às modalidades
investigativas nos âmbitos dos demais poderes, em especial a inerente à vinculação do
juiz. Ademais, tal método investigativo tem autonomia no que respeita aos atos investiga-
tivos, prescindindo de autorização prévia do Poder Judiciário, podendo, inclusive, haver
condução coercitiva de testemunha, bem como a determinação do afastamento do sigilo
bancário dos investigados (FELDENS; SCHIMIDT, 2007, p. 64-68).
Para Streck e Feldens (op. cit., p. 92-93), ao Poder Judiciário compete – jamais à
polícia – a persecução criminal diante da prática de crimes por magistrados – exegese do
artigo 33 da Lei Complementar nº 35/79 (Lei Orgânica Nacional da Magistratura). O artigo
43 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal dispõe que “ocorrendo infração à lei
penal na sede ou dependência do Tribunal, o Presidente instaurará inquérito.” Não se pode
confundir, entretanto, tais possibilidades investigativas com a possibilidade de coleta de
provas pelo juiz no âmbito da investigação criminal – ou ação penal –, conforme dispõem
os artigos 156 e 209, ambos do CPP, visto que nas primeiras a investigação é presidida por
membro de Judiciário, enquanto nas segundas tais atribuições são de caráter subsidiário
e facultativo (FELDENS; SCHIMIDT, 2007, p. 63-64). Aliás, estas últimas hipóteses, a nosso
ver, devem ser revistas num crivo de constitucionalidade, pois carregam uma carga da
inquisição, sendo passíveis de repristinar algumas indesejáveis situações de abusos e deci-
sionismos, incompatíveis com o atual sistema constitucional (acusatório).
Por fim, vale esclarecer que, conforme estabelece o artigo 27 do CPP, qualquer
pessoa do povo poderá provocar iniciativa do Ministério Público (a fim de providências
criminais – ajuizamento da ação penal pública, por exemplo), entregando-lhe docu-
mentos, informações escritas ou demais evidências de prova que possam indicar a exis-
tência de um fato delituoso, com a indicação de tempo, local e demais elementos de
convicção. No mais, há a possibilidade de investigação criminal presidida por membro
do Ministério Público, conforme o artigo 18, II, parágrafo único, da Lei Complementar
nº 75/93, em crimes cometidos por agentes ministeriais. As demais possibilidades de
persecução criminal por membro do Ministério Público serão analisadas a seguir.
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chamada pena de inutilizzabilità, sendo que os atos investigativos não mais poderão ser
utilizados (LOPES JÚNIOR, 2006, p. 267).11
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Nesse escopo de reestruturação institucional, diante da nova roupagem que lhe foi dada
pela CF88, o Parquet propôs-se a proceder, de forma direta e independente, à investiga-
ção criminal, causando grande controvérsia na prática forense.
Com base em diversos argumentos que questionam a legitimidade ministerial
para tal desiderato, foram propostas ações diretas de inconstitucionalidade13 bem co-
mo impetrados diversos hábeas corpus14 perante o Supremo Tribunal Federal, buscando
exaurir a possibilidade da persecução criminal pelo Ministério Público. Igualmente, mui-
tos trabalhos científicos foram produzidos a fim de dirimir a controvérsia.
Embora o impasse acerca da possibilidade ou não permaneça no campo dog-
mático-científico, o problema maior não aí reside. A questão fundamental não é se o
Ministério Público pode investigar, mas, sim, como deverá se proceder tal investigação,
na medida em que não há regulamentação legal para tanto. Portanto, a legitimidade da
investigação criminal pelo Ministério Público radica na forma como ela será realizada, e
não mais em sua implementação. Sendo assim, somente alcançará tal status de legitimi-
dade se houver o respeito às garantias e aos direitos fundamentais do investigado.
De toda a sorte, vale perquirir alguns argumentos doutrinários acerca da discus-
são primária (se pode ou não o Ministério Público investigar), a fim de subsidiar uma
resposta à questão secundária (de que forma será realizada a investigação).
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Nesse prisma, entende-se que o texto do artigo 129 da CF88 não prevê o poder in-
vestigatório do Ministério Público, pois extrair “interpretação em sentido contrário do rol
contido no dispositivo constitucional referido [artigo 129] seria legislar sobre matéria que o
constituinte deliberadamente não o fez”. Conclui-se que o Parquet, como ente público que
é, ficaria adstrito ao controle do princípio da legalidade (BITENCOURT, 2007, p. 241).15
Como se observa frente a tais assertivas, bem como pelo fato de a CF88, no artigo
37, caput, evidenciar como princípio inerente à administração pública – vinculativo, pois,
aos órgãos estatais (incluindo-se o Ministério Público, por óbvio) – a legalidade, ou seja,
que somente será viabilizado o agir administrativo mediante a lei prévia, tem-se expressa,
pelo texto constitucional (ou pela vontade do Constituinte originário), a impossibilidade
de investigação criminal pelo Ministério Público diante de tal omissão legal.
Por outro lado, refutando os argumentos acima, alguns doutrinadores referem
haver um “equívoco” interpretativo (incorrido pelos que tendem a “retirar” o poder in-
vestigatório do Ministério Público) que incidiria, basicamente, ao fato de que os poderes
investigatórios criminais seriam intrínsecos à atuação ministerial, bastando uma minu-
ciosa análise do texto constitucional/legal para se retirar tal conclusão, máxime ao se
considerar a concepção atribuída a esse órgão com a insurgência do Estado democrático
de direito, modelado pela CF88.16
Com efeito, no artigo 129 da Constituição, que dispõe sobre as “funções institu-
cionais do Ministério Público”, há dois incisos que demonstrariam claramente a possibili-
dade de sua investigação criminal: inciso I, que impõe a obrigatoriedade de “promover,
privativamente, a ação penal pública”; e IX, que possibilita o exercício de “outras fun-
ções”, desde que compatíveis com sua finalidade institucional. Verifica-se que a “nor-
ma constitucional sob apreço qualifica-se como uma cláusula de abertura – legalmen-
te concretizável – ao exercício, pelo Ministério Público, de ‘outras funções’” (STRECK;
FELDENS, 2006, p. 76-78), como, por exemplo, a investigação criminal. No campo legal,
a legitimidade de tal função extrai-se dos artigos 8º, II e V, da Lei Complementar nº
75/93.17 Dessa feita, resulta nítida a relação meio-fim resultante da conformação entre
15
Nesse sentido, cabe referir que “[...] como na questão de competência dos órgãos jurisdicionais, é evidente que por força do
princípio reitor (legalidade), as atribuições aqui também são exclusivas e, de consequência, excludentes, até para efeito de respon-
sabilidade” (COUTINHO, 1994, p. 450).
16
Para se ter, ao menos, uma pequena noção da importância institucional do Ministério Público brasileiro após a Constituição Federal de
1988, basta um perpassar de olhos sobre o que refere o artigo 127, caput, da referida Carta: “O Ministério Público é instituição perma-
nente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses
sociais e individuais indisponíveis”. Além disso, Streck e Feldens referem que: “Agora, alçado à condição análoga a um poder de Estado,
o Ministério Público figura, em face das responsabilidades que lhe foram acometidas, no epicentro dessa transformação do tradicional
papel do Estado e do Direito. Os princípios e as funções institucionais que lhe dão vida afiguram-se consagrados em uma Constituição
democrática, a qual, afastando-o do Poder Executivo, tornou-lhe, em uma consideração programática, esperança social” (2006, p. 41,
grifo do autor). Sendo assim, o Ministério Público deve ser concebido e praticado levando-se em conta suas funções inerentes de trans-
formador social, utilizando-se de seus meios jurídicos para o exercício de suas atribuições, sempre objetivando a garantia dos direitos
fundamentais, para o fim de que, realmente, seja erigido como guardião do Estado democrático brasileiro (RITT, 2002, p. 21-23).
17
Artigo 8º: “Para o exercício de suas atribuições, o Ministério Público da União poderá, nos procedimentos de sua competência:
[...] II - requisitar informações, exames, perícias e documentos de autoridades da Administração Pública direta ou indireta; [...]
V – realizar inspeções e diligências investigatórias; [...] Parágrafo 2º Nenhuma autoridade poderá opor ao Ministério Público, sob
qualquer pretexto, a exceção de sigilo, sem prejuízo da subsistência do caráter sigiloso da informação, do registro, do dado ou do
documento que lhe seja fornecido.” (BRASIL, Lei Complementar nº 75, 1993).
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No mesmo sentido, Diaulas Costa Ribeiro (2003, p. 185-186) destaca que o surgimen-
to do intento ministerial, em alocar poderes investigatórios na Constituição Federal, deu-se
com anteprojeto da Comissão Afonso Arinos, o qual havia por regulamentar o controle ex-
terno, pelo Ministério Público, da atividade policial. Nesse sentido, referindo-se a atribui-
ções ministeriais, “o primeiro projeto da Comissão de Sistematização fez referência [...] à
competência para ‘promover a instauração de inquéritos, requisitar investigações criminais,
podendo acompanhá-las e efetuar a correição na Polícia Judiciária, sem prejuízo de perma-
nente correição judicial’” (grifo do autor). No entanto, o autor aduz que, com o advento
da Emenda nº 2T01579-8, optou o Constituinte, tão somente, pela atribuição ministerial de
requisitar à polícia diligências investigatórias e instaurar o inquérito policial.
Observa-se, pois, que a vontade do Poder Constituinte Originário restou limitada
ao reconhecimento, em se falando de investigação criminal, da faculdade requisitória
do Ministério Público, sem que a este órgão fosse permitida a aferição, direta, dos
elementos de convicção a consubstanciar a ação penal pública. Por tal motivo, restou
silente a CF88 quanto à persecução penal preliminar realizada pelo Parquet.
Entretanto, advertem Lenio Luiz Streck e Luciano Feldens (2006, p. 109-110) que:
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que tudo (ou quase tudo) pode abarcar. Assim, a assertiva de “quem pode o mais pode,
também, o menos”, não serve de critério interpretativo, pelo menos num Estado dito
democrático de direito que se estruture sem totalidades.
Ademais, mesmo que se entenda ser possível a investigação criminal pelo Ministério
público – ou seja, respondida a questão preliminar se pode o Ministério Público investigar
criminalmente –, deve-se enfrentar outra indagação, talvez até mais importante: de que
forma seria realizada essa investigação? Parece óbvio (mas não o é) que essa questão te-
nha como premissa lógica o respeito das garantias e direitos fundamentais. Todavia, em
muitas hipóteses, essa premissa é relativizada com um argumento – temerário – de que
a fase de investigação seria de matiz inquisicional, não havendo, assim, espaço para o
contraditório e a ampla defesa. Sem pretensão de adentrar na discussão sobre o sistema
processual penal adotado pelo Brasil (inquisitivo, acusatório ou misto), vale deixar claro
que a investigação criminal (mesmo se concebida no âmbito do sistema inquisitivo) não
é um locus ausente do mundo. Ou seja, não é uma realidade fora do sistema e, portanto,
deve sofrer influxos da Constituição Federal – aliás, uma filtragem constitucional nesse
instante pré-processual é condição de possibilidade à sua legitimidade. Nesse prisma,
debruçar-se-á o enfrentamento da temática.
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7 Conclusão
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ABSTRACT: The issue of preliminary criminal investigation by the Government Attorney’s Office
beyond the current focus on Brazilian dogmatic. However, at first, the question of whether or not
the exercise of such investigative method should be addressed, therefore, though disputed by the
doctrine and jurisprudence, if you measure the subject from a hermeneutical approach, as well as
considering the need for guardianship fundamental rights, the conclusion is relentlessly positive.
Of course, this first question should be analyzed under the scope of proportionality, in other wor-
ds, is it legitimizes the criminal investigation by Government Attorney’s Office, if any respect for
fundamental rights and guarantees, while avoiding excesses that abuse them. While relevant and
necessary to approach the subject, this first issue does not limit you. Apart from the possibility or
otherwise of the investigation by the parquet, we are facing another question: how should be done
this kind of persecution. Seeking review some concepts about majority of criminal investigation,
this paper presents some possible solutions to the problem and some proposals to settle the manner
in which investigations are conducted by the prosecutor – Government Attorney’s Office. There is,
for purpose, so the presentation of a model without investigative wholes, confronted by extra-
institutional control of the Government Attorney’s Office in the search for adequacy with what is
expected of a preliminary criminal investigation ideal for democratic rule of law.
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