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No dia 17 de outubro de 2023, assistimos à conferência “Autoestradas do Mar “dirigida por

Luís Valente Oliveira.


O orador começou por explicar o conceito “autoestradas do mar”, é um termo “pomposo” para
transporte marítimo. Cerca de 85% das cargas mundiais, sejam sólidas, líquidas ou gasosas são
transportadas pelo meio marítimo, uma vez que é um transporte relativamente lento, tem
menores custos. As rotas são definidas pelos locais de origem e destino, existindo gargalos-
locais em que se encontram fluxos de forma mais notável, por exemplo: estreito de Malaca,
canal da Mancha. Destaque para o canal do Panamá e o canal de Suez transformaram a
economia mundial, cada construção é única devido às variáveis e meios envolvidos.
O transporte marítimo nunca é suficiente, é um elo de outros transportes, o destino é sempre um
porto de abrigo, seja artificial (Leixões/ Sines) ou natural (Douro). É essencial haver um arco
completar: arco ferroviário, uma via interna usada só pelos camiões que vão ao porto, exemplo,
porto de Vigo e Leixões. A parte tradicional das cargas eram as pessoas, o estivador, fazia a
estiva, carregar os porões. O contentor é a medida padrão, o importante é ter carga para todo o
contentor havendo dois tipos de contentor: contentor simples e duplo, a maior companhia de
contentores é dinamarquesa.

Um país importa e exporta várias mercadorias, série de organismos a ter de se pronunciar sobre
o que é carregado e descarregado. Criação da “janela única, reduzindo custos administrativos
dos navios que entram nos portos, o ponto principal é a coordenação.
Os portos têm todos limitações, a principal é a profundidade, terraplenos, limitações físicas,
necessidade de fazer armazenagens de segunda linha, tendo sempre de assegurar a fluidez das
relações. A eficácia do porto mede-se pelo tempo e custo que demoram as atividades, e
atualmente, pelo custo ambiental.

A tecnologia desempenha um papel crucial nos portos, a digitalização e a descarbonização são


marcos cruciais. A mecanização, a movimentação global de cargas e as mudanças nos ciclos de
poder são considerações relevantes para o setor portuário. Na europa, o maior porto europeu
é Roterdão, o porto mais elaborado em termos de mecanização é o de Hamburgo situação
especial dentro da terra, a 70 km do mar.

Geopolítica dos portos, interfere nas dinâmicas, a China desempenhando um papel


significativo na redefinição das rotas comerciais, procura redefinir a Nova Rota da Seda. Portos
como Pireu, na Grécia, foram adquiridos pela China, consolidando a sua influência global.

No contexto português, os portos de Lisboa, tem ótimas águas profundas, cais de Alcântara,
Setúbal, contudo o preço dos transportes de contentores e a ocupação urbana afeta as
operações portuárias. Portos bem geridos, como Leixões, investem em coordenação, inovação
e ligação para garantir a eficiência das operações.

Em suma, destacou-se a complexidade e a importância do transporte marítimo, dos portos no


contexto global, mostrando a necessidade de inovação, coordenação eficaz e adaptação às
mudanças tecnológicas para garantir operações portuárias eficientes e sustentáveis.

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