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REPLICAÇÃO VIRAL E PATOGENIA REPLICAÇÃO VIRAL


ADSORÇÃO: Quando o vírus se choca à célula hospedeira e se liga a ela.

Reconhecimento
FIBRAS DE VÉRTICE dos Receptores de ESPÍCULAS
Membrana

REPLICAÇÃO VIRAL REPLICAÇÃO VIRAL


PENETRAÇÃO: Entrada do vírus na célula hospedeira. DESCAPSIDAÇÃO OU DESNUDAMENTO

Genoma viral desnudo


(liberado no citoplasma) =
pronto para produzir
proteínas que vão fazer
parte dos vírus.

ENDOCITOSE FUSÃO DE MEMBRANA INJEÇÃO DO ÁCIDO NUCLEICO

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REPLICAÇÃO VIRAL REPLICAÇÃO VIRAL


REPLICAÇÃO DO GENOMA VIRAL/ MATURAÇÃO E LIBERAÇÃO
TRANSCRIÇÃO E TRADUÇÃO
DNA
DNA: Vai ser transcrito, dando
origem ao RNA.
RIBOSSOMAS
RNA: Vai para os ribossomas e vai
ser transcrito em PROTEÍNAS.

PROTEÍNAS (2 destinos):
1- Formar novos capsídeos para
originar novas partículas virais;

2- Se inserir na membrana celular


da célula
i
hospedeira. i

REPLICAÇÃO DOS VÍRUS RNA REPLICAÇÃO DOS RETROVÍRUS


Vírus RNA (+) = AGENTE DA AIDS
RNA+ (POLIOMELITE/ PARALISIA INFANTIL – LISE
DOS NEURÔNIOS – PERDE SUA FUNÇÃO) ENZIMA TRANSCRIPTASE REVERSA

RNA+ Pode ser traduzido diretamente nos


ribossomas a proteínas virais do capsídeo
– Processo muito rápido. Enzima exclusiva nos RETROVÍRUS – Fazendo parte
origina uma Fita Complementar de material genético
célula hospedeira
RNA+ Cópias de RNA – (par sempre DNA.
negativo) RNA – Origem a cópias de RNA +.

Fita Comp. de DNA se libera do RNA e


Novas cópias de RNA+ vão nuclear essas transcreve uma nova Fita
proteínas do capsídeo, dando origem a
complementar - DNA FITA DUPLA (DNA
novas partículas virais.
convencional).
Novas Partículas Virais
Maturação e Liberação das partículas
virais – Lise celular.
LIBERAÇÃO

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PATOGÊNESE DA INFECÇÃO VIRAL PATOGÊNESE DA INFECÇÃO VIRAL


VISÃO GERAL Linfática PRINCIPAIS VIAS DE TRANSMISSÃO
VIAS DE Hematogênica
Transmissão Horizontal Indivíduo para Indivíduo
TRANSMISSÃO Neuronal
Assintomática ou
Sintomas Inespecíficos Portas de Entrada

Contágio Penetração Disseminação Infecção


Trato Respiratório Trato Digestório Trato Genital Pele Conjuntiva
Pródromos: sinais e sintomas inespecíficos
Aérea Fecal-Oral Sexual Contato
Doença Direto
Gripe Poliomelite AIDS
Sintomas Específicos HPV
Resfriado Hepatite A Verruga Conjuntivites
Período de incubação da doença Caxumba Rotavirose Herpes Genital virais
Varicela
Sarampo
Transmissão silenciosa Rubéola

REPLICAÇÃO E PATOGÊNESE DA INFECÇÃO VIRAL REPLICAÇÃO E PATOGÊNESE DA INFECÇÃO VIRAL


Transmissão Vertical
Transmissão Horizontal (Iatrogênica) Indivíduo/ Atos Médicos/ Indivíduo
Adquiridas Intra-Útero

AIDS • Agulhas contaminadas;


Hepatite B • Sangue ou plasma ou fluídos contaminados; AIDS
Conceptos que tem viroses intra-uterinas,
Hepatite C • Material cirúrgico contaminado... Rubéola
se ocorrer nascimento, podem apresentar
Citomegalovírus
doenças e sequelas graves decorrentes das
Hepatite B e C
infecções.
Zika
Transmissão pela picada de artrópodes (arboviroses)

Adquiridas durante o parto AIDS


Dengue
Hepatite B e C
Chikungunya
Zika
Febre Amarela
Adquiridas pela amamentação AIDS

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REPLICAÇÃO E PATOGÊNESE DA INFECÇÃO VIRAL PATOGÊNESE DA INFECÇÃO VIRAL


Tipos de Quadros Clínicos das Viroses HIV- AIDS;
Período de incubação (PI) das viroses:
CRÔNICA PAPILOMAVÍRUS-
Carcinoma de Colo;
AGUDA GRIPE HTLV – Leucemia.

HVS-1

LATENTE COM
PERSISTENTE – 2 QUADROS RECORRÊNCIA
HERPES LABIAL

CATAPORA HERPES ZOSTER


VÍRUS DA VARICELA ZOSTER HVS-2
HERPES GENITAL

PATOGÊNESE DA INFECÇÃO VIRAL PATOGÊNESE DA INFECÇÃO VIRAL


CRÔNICA
AGUDA
HIV - AIDS
GRIPE

• A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) é uma infecção viral que
• É uma infecção aguda do sistema respiratório, provocado pelo vírus da influenza,
destrói progressivamente certos glóbulos brancos e é tratada com medicamentos
com grande potencial de transmissão. antirretrovirais. Se não for tratada, ela pode causar a síndrome da imunodeficiência
adquirida (AIDS).
• Existem quatro tipos de Vírus Influenza/gripe: A, B, C e D.

• O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus • As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que
influenza A responsável pelas grandes pandemias. o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de
outros para continuar a infecção.

• Doença sexualmente transmissível.

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VM1

PATOGÊNESE DA INFECÇÃO VIRAL PATOGÊNESE DA INFECÇÃO VIRAL


CRÔNICA CRÔNICA

HIV - AIDS HTLV - LEUCEMIA


• É um vírus da mesma família do HIV e infecta células importantes para a defesa do
organismo.
Principais formas de transmissão:
• Os dois principais tipos virais são o HTLV 1 e HTLV 2 e possuem algumas características em
Troca de fluidos corporais (sêmen, líquido vaginal, sangue, leite materno), geralmente por comum, podem ser encontrados no sangue, leite materno, sêmen e secreção vaginal
sexo vaginal ou anal, compartilhamento de agulhas ou VERTICAL (de mãe para filho de pessoas infectadas. A sua dispersão pelo corpo humano acarreta diferentes formas
durante a gravidez, parto ou amamentação). de transmissão, como por exemplo, através de drogas injetáveis, transplante de órgãos e
pela via sexual.

• Infecção sexualmente transmissível.

Principais formas de transmissão: Vertical (mãe para bebê) – Parto ou


amamentação; Drogas injetáveis, etc.

PATOGÊNESE DA INFECÇÃO VIRAL PATOGÊNESE DA INFECÇÃO VIRAL


CRÔNICA
CRÔNICA
Papilomavírus (HPV) – Carcinoma de Colo

HTLV - LEUCEMIA • É um vírus que infecta pele ou mucosas (oral, genital ou anal), tanto de homens quanto
de mulheres, provocando verrugas anogenitais (região genital e no ânus) podendo
• O HTLV do tipo 1 pode causar uma doença neurológica crônica e grave chamada evoluir para um câncer.
Paraparesia espástica tropical ou Mielopatia associada ao HTLV-1 (HAM), que pode
comprometer o movimento das pernas e o controle da bexiga. Outra condição que pode • A infecção pelo HPV é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST).
é a leucemia-linfoma de células T do adulto (ATLL).

• Não apresenta sintomas na maioria das pessoas. Em alguns casos, o HPV pode ficar
• O HTLV do tipo 2 ainda não tem associação comprovada com doenças específicas. latente de meses a anos, sem manifestar sinais (visíveis a olho nu), ou apresentar
Necessita a realização de exames para identificação do tipo do vírus (essencial para um manifestações subclínicas (não visíveis a olho nu).
tratamento adequado).
• A diminuição da resistência do organismo pode desencadear a multiplicação do HPV,
provocando o aparecimento de lesões. A maioria das infecções em mulheres
• Não tem cura. Apenas tratamentos para melhorar a qualidade de vida dos infectados. (adolescentes) tem resolução espontânea, pelo próprio organismo, em um período
aproximado de até 24 meses.

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VM1 Valéria Mosca; 11/10/2023


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PATOGÊNESE DA INFECÇÃO VIRAL PATOGÊNESE DA INFECÇÃO VIRAL


Primeiras manifestações - 2 a 8 meses (mas pode demorar até 20 anos para aparecer
algum sinal da infecção).

Mais comuns em gestantes e em pessoas com imunidade baixa.

O diagnóstico do HPV é atualmente realizado por meio de exames clínicos e


laboratoriais, dependendo do tipo de lesão, se clínica ou subclínica.

• Lesões clínicas: se apresentam como verrugas na região genital e no ânus (condilomas


acuminados e popularmente conhecidas como "crista de galo", "figueira" ou "cavalo de
crista"). Podem ser únicas ou múltiplas, de tamanhos variáveis, achatadas ou papulosas
(elevadas e solidas). Em geral, são assintomáticas, mas podem causar coceira no local.
Essas verrugas, geralmente, são causadas por tipos de HPV não cancerígenos.

• Lesões subclínicas (não visíveis ao olho nu): podem ser encontradas nos mesmos locais
das lesões clínicas e não apresentam sinal/sintoma. As lesões subclinas podem ser
causadas por tipos de HPV de baixo e de alto risco para desenvolver câncer.

PATOGÊNESE DA INFECÇÃO VIRAL PATOGÊNESE DA INFECÇÃO VIRAL


PERSISTENTE – 2 QUADROS
PERSISTENTE – 2 QUADROS
1º Catapora (VARICELA)
1º Catapora (VARICELA)

• Doença infecciosa e altamente contagiosa causada pelo vírus Varicela-Zoster que se


manifesta com maior frequência em crianças. Principais formas de transmissão:
Contato com o líquido da bolha ou pela
• A principal característica clínica são lesões na pele acompanhadas de coceira.
tosse, espirro, saliva ou por objetos
Importante: Uma vez adquirido o vírus Varicela, a pessoa fica imune à catapora.
contaminados pelo vírus, ou seja, contato
direto ou de secreções respiratórias.
• Mais rara - Catapora em adultos. Mesmos sintomas incômodos que a catapora que atinge
crianças e bebês, PODENDO EVOLUIR para complicações respiratórias.

• Pode apresentar riscos em gestantes. Na gravidez pode causar risco de malformação


durante as primeiras semanas de gestação, além de outras complicações de maior
seriedade.

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PATOGÊNESE DA INFECÇÃO VIRAL PATOGÊNESE DA INFECÇÃO VIRAL


2º Herpes Zoster
PERSISTENTE – 2 QUADROS
• 1 ou 2 dias depois dos primeiros sintomas A pele fica avermelhada com surgimento de
2º Herpes Zoster bolhas com líquido dentro Vesículas que transportam os vírus.

• Doença que aparece na pele, causada pelo Vírus Varicela-Zoster (VVZ), o mesmo que
provoca a catapora. • O vírus tem a capacidade de correr por dentro do nervo que passa por onde aparecem as
bolhas e pode causar dor muito forte no local Nevralgia : Em idosos podem durar até
100 dias. Crianças e jovens, é possível que nem apareça.
• Após a catapora, vírus permanece “adormecido” no organismo durante toda a vida da
pessoa, podendo ser reativado na idade adulta ou em pessoas com baixas defesas no
organismo: • As regiões do corpo mais atingidas pela doença são o tórax, pescoço e costas.
 Doenças crônicas como hipertensão, diabetes, câncer, AIDS;
 Pacientes transplantados, etc.
• Lesões da Herpes-Zoster no rosto RISCO de provocarem problemas nos olhos (paciente
deve ser acompanhado por médico oftalmologista).

PATOGÊNESE DA INFECÇÃO VIRAL PATOGÊNESE DA INFECÇÃO VIRAL

PERSISTENTE – 2 QUADROS PERSISTENTE – 2 QUADROS


2º Herpes Zoster – Complicações
2º Herpes Zoster
•Ataxia cerebelar aguda - que pode afetar o equilíbrio, fala, deglutição, movimento dos
olhos, mãos, pernas, dedos e braços;
• Sinais e sintomas antes do aparecimento das lesões:
 Dores nos nervos; •Trombocitopenia - baixa quantidade de plaquetas, responsáveis pela coagulação, no
 Formigamento, agulhadas, adormecimento, sensação de pressão; sangue;
 Ardor e coceira locais;
 Febre; •Infecção bacteriana secundária de pele – impetigo, abscesso, celulite, erisipela, causadas
 Dor de cabeça; por Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes ou outras que podem levar a quadros
 Mal-estar. sistêmicos de sepse, com artrite, pneumonia, endocardite, encefalite ou meningite e
glomerulonefrite;

•Síndrome de Reye - doença rara que causa inflamação no cérebro e que pode ser fatal,
associada ao uso de AAS, principalmente em crianças;

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PATOGÊNESE DA INFECÇÃO VIRAL PATOGÊNESE DA INFECÇÃO VIRAL


PERSISTENTE – 2 QUADROS LATENTE COM RECORRÊNCIA
2º Herpes Zoster – Complicações
HVS-1 – Herpes Simples tipo 1 - Labial
•Infecção fetal - durante a gestação, pode levar à embriopatia, com síndrome da varicela
HVS-2 – Herpes Simples tipo 2 - Genital
congênita (expressa-se com um ou mais dos seguintes sinais: malformação das
extremidades dos membros, microftalmia, catarata, atrofia óptica e do sistema nervoso
central); • Quase 70% das pessoas no mundo com menos de 50 anos idade têm o Herpes-Vírus
Simples Tipo 1, principal causador de Herpes Oral (Labial) (Organização Mundial da Saúde
•Varicela disseminada ou varicela hemorrágica - em pessoas com comprometimento - OMS).
imunológico;
• Da mesma família da Herpes Tipo 1, principal causador de Herpes Genital, afeta
•Nevralgia pós-herpética (NPH) – dor persistente por 4 a 6 semanas após a erupção aproximadamente 8% da população entre 15 e 49 anos de idade.
cutânea, que se caracteriza pela refratariedade ao tratamento. É mais frequente em
mulheres e após comprometimento do trigêmeo.

PATOGÊNESE DA INFECÇÃO VIRAL PATOGÊNESE DA INFECÇÃO VIRAL

LATENTE COM RECORRÊNCIA LATENTE COM RECORRÊNCIA

Qual a diferença entre a Herpes Simples tipo 1 e Herpes Simples Tipo 2? HVS-1 – Herpes Vírus Simples tipo 1 - Labial

Principais formas de transmissão HVS-1: De pessoa para pessoa, por meio de contato
• A principal diferença entre esses dois tipos de herpes é o local de manifestação no corpo.
direto ou de secreções respiratórias (saliva, espirro, tosse etc.) e, raramente, através de
contato com lesões de pele ou por meio de objetos contaminados.
• Ou seja, em ambos os casos, podem ocorrer dores, manchas vermelhas na pele e
pequenas bolhas que se rompem e cicatrizam com uma crosta (casquinha). HVS-1
O período de incubação do vírus é de 4 a 16 dias.
• HERPES LABIAL (ORAL), as manifestações se concentram na região da boca e dos lábios;

• HERPES GENITAL o foco são os órgãos genitais da mulher e do homem.


A transmissão se dá entre 1 a 2 dias antes do aparecimento das
lesões de pele e até 6 dias depois da fase de crostas das lesões.
HERPES LABIAL

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PATOGÊNESE DA INFECÇÃO VIRAL PATOGÊNESE DA INFECÇÃO VIRAL

LATENTE COM RECORRÊNCIA LATENTE COM RECORRÊNCIA


HVS-2
HVS-1 – Herpes Simples tipo 1 - Labial HVS-2 – Herpes Vírus Simples tipo 2 - Genital

Na pele e mucosas queratinizadas ulceradas ou mucosas não queratinizadas íntegras: Principais formas de transmissão HVS-2: Relação sexual
desprotegida. Gestantes para feto no parto vaginal
• Penetração no interior das células epiteliais; (quando ativo). Pessoa infectada pode transmitir mesmo
• Replicação; sem feridas aparentes.
• Multiplicãção de forma exponencial (número de partículas).

Sintomas: Ardor, coceira (prurido), formigamento e HERPES GENITAL


No tecido conjuntivo, essas partículas virais ganham acesso aos filetes nervosos e, gânglios inflamados. Em seguida surgem as bolhas
através deles, “viajam” até o gânglio neural (no caso da cabeça) TRIGEMIAL. características do herpes (pequenas vesículas que se
distribuem em forma de buquê nos genitais
Esse primeiro contato se dá, em geral, até os 5 anos de idade. masculinos e femininos).

PATOGÊNESE DA INFECÇÃO VIRAL DIAGNÓSTICO DAS INFECÇÕES VIRAIS

LATENTE COM RECORRÊNCIA


Vírus : Parasita Intracelular Obrigatório

Prevenção:

• Evitar o contato íntimo enquanto estiver em crise (potencial de transmissão é muito


maior nessa fase em que as feridas estão visíveis). Dificulta a detecção, contagem e identificação

• Recomenda-se a utilização de preservativos nas relações sexuais, evitar coçar e


estourar as bolhas, pois o líquido que está dentro é repleto de vírus e a facilidade de
contaminação é alta.

• Lavar bem as mãos após manipular as feridas.


Não se desenvolvem em meios de cultura convencionais,
necessita da presença de células vivas.

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DIAGNÓSTICO DAS INFECÇÕES VIRAIS DIAGNÓSTICO DAS INFECÇÕES VIRAIS

Aplicações do Diagnóstico Virológico


• Inicialmente: inoculação em animais

• Década de 1930: cultivos celulares


• Suporte a investigações clínicas e epidemiológicas
• Diagnóstico e estudo dos aspectos biológicos dos vírus
• Vigilância epidemiológica
• Década de 1940: Reações baseadas no uso de anticorpos
• Monitoramento de resposta vacinal
• Década de 1980: Detecção do material genético viral
• Triagem de sangue em bancos de sangue

• Pesquisa do vírus e suas propriedades biológicas

DIAGNÓSTICO DAS INFECÇÕES VIRAIS DIAGNÓSTICO DAS INFECÇÕES VIRAIS


• Coleta (Fase Aguda)
• Métodos Diretos
 Detecção do vírus, antígenos ou ácidos nucléicos virais.

• Métodos Indiretos
 Detecção e quantificação de anticorpos antivirais específicos
 Resposta do hospedeiro à infecção

• Isolamento
 Isolamento e multiplicação em cultivos celulares, ovos embrionados ou
animais susceptíveis

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DIAGNÓSTICO DAS INFECÇÕES VIRAIS DIAGNÓSTICO DAS INFECÇÕES VIRAIS


• Métodos Diretos • Métodos Indiretos
Detecção e quantificação de anticorpos antivirais específicos
Detecção do vírus, antígenos ou ácidos nucléicos virais.
 Resposta do hospedeiro à infecção

DIAGNÓSTICO DAS INFECÇÕES VIRAIS DIAGNÓSTICO DAS INFECÇÕES VIRAIS


• Isolamento
• Principais tipos celulares utilizados e células-alvo
 Método direto de diagnóstico Virológico
 Obtenção do agente viável para estudos posteriores
 Isolamento e multiplicação em:

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DIAGNÓSTICO DAS INFECÇÕES VIRAIS DIAGNÓSTICO DAS INFECÇÕES VIRAIS


Principais tipos celulares utilizados e células-alvo Cultura de células é o processo pelo qual células são mantidas vivas e em
multiplicação fora de seu tecido original, em condições controladas.
VERO: quase todos os testes diagnósticos.
Uso de linhagens específicas: melhor replicação viral e maior segurança da prova. Objetivo: Isolar vírus potencialmente presente em determinada amostra, para fins de
diagnóstico e classificação viral.

As células de linhagem são usadas na replicação e titulação vírica e isolamento viral.

Problemática
 Lento (até 4 semanas para o resultado)
A escolha do melhor tipo celular a ser usado para o teste diagnóstico depende de três
 Baixa sensibilidade: condição da amostra
fatores:
 Suscetível à contaminação bacteriana
 Presença de substancias tóxicas que alteram ou invalidam
 Especificidade viral;
o resultado da cultura
 Linhagem celular;
 Alguns vírus não crescem em cultura celular: hepatite B e
 Número de passagem dentro da linhagem.
C, Parvovírus, Papilloma vírus

DIAGNÓSTICO DAS INFECÇÕES VIRAIS DIAGNÓSTICO DAS INFECÇÕES VIRAIS


HA - Hemaglutinação
Métodos diagnósticos convencionais:

 HA - Hemaglutinação

 ELISA
Métodos Sorológicos
 Imunofluorescência Direta

 IFI – Imunofluorescência Indireta


INTERPRETAÇÃO
 Western Blot (detecção de Antígenos) Detecção de genomas virais
Reação positiva: presença de vírus Reação negativa: Ausência de vírus

 PCR – Reação em Cadeia da Polimerase Amplificação

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DIAGNÓSTICO DAS INFECÇÕES VIRAIS DIAGNÓSTICO DAS INFECÇÕES VIRAIS


ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay) ou Ensaio Imunoenzimático
Infelizmente, nem todos os vírus hemaglutinam!
É uma técnica sorológica imunoenzimática amplamente utilizada em exames laboratoriais
para detectar a presença de antígenos ou anticorpos específicos em amostras biológicas,
 Influenza (gripe) através de reações enzimáticas.
 Rubéola Quatro tipos de ELISA:
 Parvovírus 1. ELISA Direto
 Coronavírus 2. ELISA Indireto
 Vários arbovírus 3. ELISA Sanduíche
 Adenovírus 4. ELISA de Competição

Testes Sorológicos de Doenças Infecciosas: ELISA é usado para detectar anticorpos


e vários outros... específicos em amostras de sangue, permitindo a identificação de infecções como HIV,
Hepatite, Sífilis, Dengue, entre outras.
Também é utilizado para monitorar a resposta imune após a vacinação.

DIAGNÓSTICO DAS INFECÇÕES VIRAIS DIAGNÓSTICO DAS INFECÇÕES VIRAIS


Imunofluorescência Direta e Indireta Imunofluorescência Direta: para identificar o agente viral, ou partes dele, é colocada na
lâmina a amostra do paciente, podendo conter esses antígenos. Sua identificação é
A Imunofluorescência, para o diagnóstico de infecções virais, pode identificar a presença realizada através de anticorpos primários ligados a fluoróforos/enzima.
de antígenos virais ou de anticorpos com reação direta ou indireta usando fluoróforos
capazes de emitir luz fluorescente quando excitados, lidas ao microscópio de Imunofluorescência Indireta: para identificar o anticorpo específico na amostra do paciente.
imunofluorescência. Células infectadas laboratorialmente pelo vírus investigado são cultivadas. A esse cultivo é
adicionado o soro do paciente, que pode conter anticorpos específicos contra esse vírus
(anticorpos primários) . Após uma lavagem, são adicionados anticorpos anti-imunoglobulinas
marcados revelando a presença ou ausência de anticorpos (anticorpos secundários ligados a
fluoróforos/enzima).

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DIAGNÓSTICO DAS INFECÇÕES VIRAIS DIAGNÓSTICO DAS INFECÇÕES VIRAIS


Western Blot (detecção de Antígenos) PCR – Reação em Cadeia da Polimerase
É um teste imunoenzimático usado no diagnóstico de doenças para detectar a presença de
anticorpos específicos ou proteínas associadas a uma doença em amostras de pacientes. Entre os métodos diagnósticos disponíveis, o da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) é
o mais comum para diagnosticar infecções virais. Sua versão clássica pode ser
operacionalizada em três etapas:
Confirmação de Infecções Virais: Como o HIV e hepatites.
• Isolamento do ácido nucléico viral a partir de uma amostra;
Ele detecta a presença de anticorpos produzidos pelo
sistema imunológico em resposta à infecção.
• Seleção da região a ser amplificada (construção do primer);
Os anticorpos são separados por tamanho através de
• Eletroforese do amplicon (ou detecção por hibridização).
eletroforese em gel, e então as proteínas são transferidas
para uma membrana onde são detectadas por anticorpos
marcados com corantes ou radioisótopos.
PCR-Multiplex: Técnica de grande destaque PERMITE a incorporação de diversos primers à
reação (uma mesma amostra pode ser testada para diversos alvos, o que facilita a
Isso ajuda a confirmar a exposição do paciente ao vírus.
detecção precisa de um patógeno quando as suspeitas não são direcionadas a um único
vírus).
B e C – Pacientes positivos (HIV)

DIAGNÓSTICO DAS INFECÇÕES VIRAIS CONTROLE DAS INFECÇÕES VIRAIS


VACINAS
PCR Real Time (Quantificação de genomas virais) Classificação: Atenuadas Agentes infecciosos vivos (enfraquecidos)

Melhorias para diagnóstico laboratorial: Inativadas


Agentes mortos ou partículas
De Subunidades
• Eliminação da necessidade de eletroforese;
• Resultados em menos de uma hora;
• Diminuição do risco de contaminação, visto que os amplicons não precisam ser
manipulados; Componentes dessas vacinas: Chamados de antígenos e têm como função reduzir ao
• Detecção de mais de um produto por reação. máximo o risco de infecção ao estimular o sistema imune a produzir anticorpos, de forma
semelhante ao que acontece quando somos expostos aos vírus, porém, sem causar
doença.
Há limitações quanto ao diagnóstico de doenças em que o vírus ainda não é bem
conhecido.

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CONTROLE DAS INFECÇÕES VIRAIS CONTROLE DAS INFECÇÕES VIRAIS


VACINAS
VACINAS

Atenuada Atenuada
Quando aplicado no corpo de um indivíduo, o vírus atenuado é capaz de se replicar de
O vírus encontra-se ativo, sem capacidade de produzir a doença. maneira lenta, sem causar maiores danos ao organismo.

A prolongada exposição ao vírus durante a lenta replicação viral induz uma resposta imune.
O método mais utilizado para a obtenção de vírus atenuados PROMOVE infecções Esta resposta leva à produção de células de memória (linfócito B e T), as quais garantem o
sequenciais de vírus patogênicos em culturas celulares in vitro, ou em ovos embrionados. estabelecimento de imunidade contra o vírus.

Contra Indicação: Imunodeprimidos e gestantes.


O que se obtém após a série de passagens são cepas virais menos virulentas (atenuadas),
as quais sofreram mutações genéticas pontuais que comprometem o funcionamento de Exemplos: Caxumba
fatores virais necessários à patogenicidade, sem, no entanto, gerar prejuízos à capacidade Febre amarela
“replicativa” do vírus. Poliomielite oral – VOP Vacina BCG (Tuberculose e Febre
Rubéola Tifóife) - atenuadas bacterianas.
Sarampo
Varicela

CONTROLE DAS INFECÇÕES VIRAIS CONTROLE DAS INFECÇÕES VIRAIS


Febre Amarela - Atenuada
Protege ativamente contra a doença. A febre amarela (FA) é uma doença viral aguda, que • Em situações de risco (municípios onde haja circulação do vírus da febre amarela com
afeta humanos e primatas não humanos, causada pelo vírus da febre amarela. registro de casos em humanos), idosos, gestantes e outros grupos de precaução devem ser
vacinados, desde que não haja contraindicação médica.
Em humanos, a doença varia de infecções assintomáticas a doença sintomática não
específica e febre hemorrágica, podendo ser fatal.
A imunização é contraindicada em alguns casos.
O número de doses recomendado depende da faixa etária. Alguns aspectos também
devem ser considerados no caso de idosos e pessoas que vão viajar para áreas de risco ou • Crianças abaixo de 6 meses de idade.
que exigem o certificado internacional de vacinação.
• Para crianças abaixo de 2 anos, não deve ser administrada concomitantemente com a
• Dose única a partir dos 4 anos de idade e até os 60 anos. vacina de sarampo.
• Crianças que tomarem a primeira dose aos 9 meses devem receber uma segunda dose aos
4 anos. • Indivíduos infectados pelo HIV, sintomáticos e com imunossupressão grave comprovada por
• Idosos necessitam de prescrição médica para aplicação. exames laboratoriais.
• Para viajantes com exigência da vacinação e apresentação do certificado internacional
de vacinação, é necessária a comprovação de uma dose, obrigatoriamente a dose plena
(não é aceita a dose fracionada).

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CONTROLE DAS INFECÇÕES VIRAIS CONTROLE DAS INFECÇÕES VIRAIS

• Pacientes que estejam com febre no dia da aplicação, é recomendado adiar. Vacina da Febre Amarela – REAÇÕES ADVERSAS
• Pessoas com imunodepressão grave por doença ou uso de medicação.
A vacina febre amarela é muito segura, porém, assim como outras imunizações, pode
apresentar reações adversas em alguns indivíduos.
• Pacientes pós-transplante de órgãos, pacientes com câncer, e pacientes com doenças
do timo ou ausência deste.
Comuns: Manifestações gerais, como febre, dor de cabeça e dor muscular são os eventos
• Pacientes que tenham apresentado doença neurológica.
mais frequentes e podem ocorrer de 3 a 10 dias após aplicação da vacina.
• Doenças Desmielinizante no período de seis semanas após a aplicação de dose anterior
Raros: Podem ocorrer também, dor, vermelhidão, inchaço e coceira no local da
da vacina.
aplicação. O desconforto pode durar um ou dois dias na forma leve ou moderada.
• Pessoas com história de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina
Muito raros: Reações alérgicas, doença neurológica (encefalite, meningite, doenças
(ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina ou outras).
autoimunes com envolvimento do sistema nervoso central e periférico) e doença
viscerotrópica (infecção pelo vírus vacinal causando danos semelhantes aos da doença).
• Gestantes.

• Mulheres amamentando bebês com menos de 6 meses.

CONTROLE DAS INFECÇÕES VIRAIS CONTROLE DAS INFECÇÕES VIRAIS


VACINAS VACINAS

Inativada Contém o vírus inativado por agentes químicos ou físicos.


Inativadas e De Subunidades

De Subunidades São fragmentos do vírus (antígenos) purificados.


Exemplos: Poliomielite injetável (VIP)
Hepatite A
Não chegam a “imitar” a doença como as atenuadas, o que fazem é “enganar” o sistema Gripe
imune, pois este acredita que o agente infeccioso morto, ou uma partícula dele, representa Raiva
perigo real e desencadeia o processo de proteção.
Por trabalhar com microrganismos completamente incapacitados de provocar sintomas
de uma doença, as vacinas inativadas, são formuladas com adjuvantes (componentes
que ajudam na estimulação do sistema) e tendem a ter esquemas vacinais multidoses,
Sem risco de causar infecção em pessoas imunodeprimidas ou em gestante e seu feto.
como as vacinas de poliomielite injetável (VIP) e de subunidades da hepatite B.

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CONTROLE DAS INFECÇÕES VIRAIS CONTROLE DAS INFECÇÕES VIRAIS


Vacina da Gripe - Inativada Vacina da Gripe Tetravlente – REAÇÕES ADVERSAS
A gripe, causada pelo Vírus Influenza, é uma das doenças infecciosas mais comuns do A vacina da gripe trivalente, oferecida na rede pública, confere proteção contra dois subtipos de
mundo. Devido à sua alta capacidade de mutação, o vírus do tipo A já provocou outras Influenza A e um subtipo da Influenza B.
pandemias no passado.
A vacina da gripe quadrivalente, também conhecida como tetravalente, confere uma proteção
ainda maior, pois é composta por dois subtipos de Influenza A e mais dois subtipos de Influenza B.
Vacina da Gripe Tetravalente
• A vacina da gripe é indicada para crianças a partir de seis meses, adolescentes, adultos e É considerada pouco reatogênica, ou seja, não costuma causar muitos incômodos. Os efeitos
idosos. adversos mais comuns costumam ser:
• Toda criança com menos de 9 anos que toma a vacina de gripe pela primeira vez deve
receber duas doses com intervalo 30 dias. Nos anos seguintes, apenas uma dose é • Dor e vermelhidão e endurecimento no local da aplicação
necessária. • Febre baixa
• Essa vacina é feita com o vírus inativado, portanto é incapaz de causar a doença. • Náuseas
• O vírus Influenza sofre mutações frequentes. Por esse motivo, a vacina é atualizada todos os • Dor de cabeça.
anos.
• É contraindicada para pessoas que têm alergia grave a algum componente ou à dose *Caso perceba algum sintoma diferente dos citados acima, procure atendimento médico, pois ele
anterior. pode ou não estar associado à vacina.

CONTROLE DAS INFECÇÕES VIRAIS QUIMIOTERAPIA ANTIVIRAL


VACINAS
Replicação viral e Quimioterapia Antiviral
• Atualmente algumas vacinas são obtidas por engenharia genética, como a vacina para
hepatites B e a vacina preventiva para infecções com vírus do papiloma humano (HPV). • A replicação do ácido nucléico viral é um processo fundamental na vida do vírus, pois é
responsável pela produção das cópias do material genético do vírus e de seus
componentes essenciais. Isso é uma parte crítica do ciclo de vida do vírus.
• Nessas vacinais, emprega-se a informação genética do patógeno responsável pela
codificação de proteínas que representem antígenos relevantes para a proteção. • Especificidade na replicação viral é a base da quimioterapia antiviral. Trata-se da
capacidade de desenvolver medicamentos que visam especificamente os mecanismos
de replicação do vírus, impedindo sua propagação.
• É possível produzir proteínas recombinantes por meio de sistemas de expressão
heteróloga usando outros micro-organismos como bactérias e leveduras, ou células de
mamíferos ou de insetos, como fonte para os antígenos a serem incorporados nas
formulações vacinais.
Dependência dos Vírus das Células Hospedeiras
• Vírus só se replicam em células hospedeiras e são dependentes delas para nutrição e
reprodução.
• A disseminação das técnicas de manipulação genética, alterou de diferentes maneiras a
pesquisa e o desenvolvimento de vacinas. Por meio de estratégias de clonagem gênica • Agentes antivirais eficazes precisam entrar na célula e prevenir a replicação viral.
e mutagênese, podemos gerar vírus atenuados de forma precisa e com mais segurança.

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QUIMIOTERAPIA ANTIVIRAL QUIMIOTERAPIA ANTIVIRAL

Características de um Agente Antiviral Ideal


Uso de Substâncias Naturais
• Agente antiviral ideal não interfere com as defesas da célula hospedeira, mas sim
complementa a resposta imune.

• Deve ter amplo espectro de atividade, potência suficiente para inibir completamente a • A utilização de substâncias naturais provenientes de plantas com valor medicinal na
quimioterapia antiviral é uma abordagem promissora. Muitas plantas contêm compostos
replicação viral e baixa toxicidade.
bioativos que têm propriedades antivirais.

• Abordagem racional na quimioterapia antiviral envolve a pesquisa de produtos naturais já


Desafios na Descoberta de Antivirais utilizados na medicina popular como fontes de tratamentos eficazes contra infecções virais.
• Encontrar alvos específicos para vírus é desafiador devido à estreita relação entre vírus e
célula hospedeira.

• Programas de teste de agentes antivirais enfrentam dificuldades devido à complexidade


da interação vírus-célula.

QUIMIOTERAPIA ANTIVIRAL

Antivirais

• As drogas antivirais podem atuar interferindo em qualquer uma das etapas da


replicação viral, como a adesão da célula, a penetração, a eliminação do envoltório
viral para liberar seu material genético e a produção de novas partículas virais por parte
da célula.

• Como os vírus somente replicam no interior das células e utilizam as mesmas vias
metabólicas que as células sadias, as drogas antivirais são frequentemente mais tóxicas
para as células humanas que os antibióticos.

• Os vírus podem desenvolver rapidamente resistência às drogas antivirais.

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