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MATURIDADE EMOCIONAL

Fp.4:11-13.

É a capacidade de conhecermos e administrarmos as nossas emoções, de compreendermos o


estado emocional dos outros e de lidarmos, de modo adequado, com os conflitos. Mt.22:39;
Mc.12:28-34; Fp.2:3; Rm.12:10

A maturidade emocional requer de cada um de nós a capacidade de ver as coisas como elas
realmente são: sem medos, fantasias, preconceitos, dependências, raivas, frustrações e ciúmes. É
ainda a habilidade de recuperarmos o ânimo e a motivação após experiências estressantes.
Nm.13:25-33; Mc.10:17-22; Mt.26:50; I Sm.30:6

A maturidade emocional deveria acompanhar o desenvolvimento físico e intelectual. Mas nem


sempre é o que acontece. Um dos efeitos da Queda é que ela desconectou as diversas partes de
nosso ser entre si, trazendo graves conflitos interiores. A idade biológica nem sempre coincide com
idade emocional. Alguns de nós, não estão crescendo, mas apenas ficando mais velhos. Tem corpo
de adulto, exerce funções e habilidades de adulto, mas emocionalmente são ainda crianças.
Sl.42:5a; Rm.7:15. Mas não é esta a vontade de Deus. Um crescimento integral é o projeto dEle
para todos os homens (Lc.2:40,52; Cl.1:20-22,27-28).

São três as idades emocionais:

1.A criança: quer todas as suas necessidades atendidas, e rápido. Não sabe (e não quer aprender) a
lidar com a frustração de modo algum. Quer ser o centro das atenções.

2.Adolescente: já aprendeu que não pode ter tudo o que quer, mas ainda tem crises de infantilidade
quando contrariado. É ainda dependente de atenção.

3.Adulto: suporta e supera a frustração. Aprendeu a distinguir entre fantasia e realidade, ou seja,
discernir entre o que ele deseja é o que é possível. Aprendeu também a perdoar, a reconhecer seus
próprios erros e a rir de si mesmo.

Geralmente, não temos dúvidas quanto à necessidade de cuidarmos de nossa saúde física, ou de
crescermos nos estudo e em habilidades profissionais. Mas não temos a mesma visão no que diz
respeito à nossa condição emocional. Na realidade, deveríamos buscar a maturidade emocional
com o mesmo empenho e obstinação com os quais buscamos nos manter saudáveis ou buscamos
uma graduação acadêmica. Temos que entender e aceitar que, sem vida emocional de qualidade não
há vida de qualidade!

Talvez a maior dificuldade reside no fato de que nossa vida emocional se desenvolveu “ao acaso”.
Poucos de nós tiveram o privilégio de crescer em um lar emocionalmente sadio, nos quais as
relações foram positivas e geraram alicerces emocionais firmes. Alguém assim, aprendeu desde
cedo os benefícios da disciplina, de como manter as emoções sob controle e de como se aperfeiçoar
ao longo da vida. Enfim, um crescimento integral.

Infelizmente, na maior parte dos casos, iremos apenas reproduzir e perpetuar a imaturidade de
nossos pais. Já foi notado que 90% de nossos pensamentos são repetitivos, ou seja, gastamos 90%
de nosso tempo mental pensando em fatos passados, que geralmente só trazem medos, culpas e
dúvidas.
Funciona assim: a massa de nossas memórias fica armazenada no nível inconsciente. Mas, vez ou
outra, mediante algum estímulo, uma lembrança vem para o consciente, como uma “alfinetada”,
produzindo um mal-estar físico e emocional, que se torna temporariamente o centro de nossos
pensamentos. Este padrão repetitivo é uma das causas da imaturidade emocional, pois ficamos
presos no passado (em lembranças de quando éramos crianças indefesas, carentes, incapazes de
agir). E não só isto: fazemos uma espécie de “atualização” da sensação de incapacidade e a
aplicamos no agora, agindo como crianças, cheias de medos e incertezas. E isto 90% do tempo,
como vimos. Sobram 10% do tempo para dividirmos entre o presente e o futuro. Por isso que
vivemos de maneira tão pobre o presente e planejamos de maneira tão medíocre o nosso futuro.

Alcançar a maturidade emocional exigirá de nós superar hábitos e crenças profundamente


enraizadas em nosso ser, para que possamos enxergar e agir na vida de outra maneira (Jo.3:5-12;
Fp.3:7-8).

E não há como este processo ser indolor. Toda mudança implica em algum desconforto, algum
conflito. A própria Bíblia exemplifica isto: Abraão em Canaã, Jacó com seu sogro, Moisés no
deserto, Daví fugindo de Saul, Paulo na estrada de Damasco, apenas para citar alguns exemplos.
Através do Seu tratamento, Deus quer remover de nossa vida tudo o que tem impedido o nosso
crescimento como Seus filhos. E nos desligar do passado é um dos principais alvos dEle. Em certo
sentido, o passado simboliza tudo o que não tem utilidade porque não pode mais ser mudado.

O passado não pode ser mudado! Mas a influência que ele exerce no presente pode e deve ser
anulada.

Gn.2:24; 12:1; Jz.6:25; IPd.1:18

A nossa maturidade emocional progredirá na medida em que...

• reconhecermos quem realmente somos em Cristo (Mt.6:9; Jo.1:12);

• identifiquemos aquilo desperta em nós medos, pânicos, ansiedades, o que nos tira do sério,
e a enfrentar estas circunstâncias com os recursos da Palavra (Pv.2:1-11);

• nos responsabilizemos pelos nossos próprios atos e não mais encubramos fracassos com
desculpas (I Tm.1:12-13);

• aprendermos a lidar com as críticas, perdas e oposições (Fp.1:15-18; I Co.4:3-4);

• desenvolvermos uma autoimagem equilibrada (Rm.12:3; I Co.15:9-10);

• um projeto de vida que vá além das necessidades do dia-a-dia (5).

Ser maduro emocionalmente não é uma opção, é uma necessidade. E se há um grupo social que
tem o dever de manifestar a maturidade emocional, somos nós, os cristãos, pois em primeiro lugar
nosso paradigma é o homem mais maduro que já pisou este planeta, Jesus; e em segundo lugar, nós
livremente entregamos a direção de nossas vidas para Ele, a ponto de O chamarmos de Senhor!

Somente integralmente maduros é que poderemos ter o poder de Deus fluindo através de nossas
vidas. Somente integralmente maduros é que poderemos realmente sonhar e realizar um projeto de
conquista.

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