Você está na página 1de 14

PRÁTICAS COM O USO DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E

TECNOLÓGICA (EPT): UM POTENCIAL INOVADOR PARA O DESENVOLVIMENTO


DE AULAS PRESENCIAIS

Jacinta Lúcia Rizzi Marcom1


Sabrina Bleicher2

PRACTICES WITH THE USE OF TECHNOLOGIES IN PROFESSIONAL AND TECHNOLOGICAL EDUCATION


(EPT): AN INNOVATIVE POTENTIAL FOR THE DEVELOPMENT OF PRESENTIAL LESSONS

Grupo Temático1 - Ensino e aprendizagem por meio de/para o uso de TDIC


Subgrupo Aprender por meio das diferentes tecnologias – da educação básica à pós-graduação

Resumo: O presente estudo pauta-se na análise das práticas pedagógicas construídas pelos
estudantes do Curso de Qualificação Profissional em Tecnologias para Educação do Centro de
Referência em Formação e Educação a Distância do Instituto Federal de Santa Catarina
(Cerfead/IFSC), turmas 2016.2B e 2017.1A, que apresentaram a elaboração de uma prática
pedagógica como resposta à atividade proposta intitulada “Pesquisa e aplicação de Tecnologia
Educacional”. Seu principal objetivo visa identificar práticas educacionais inovadoras, e
posteriormente disponibilizá-las aos docentes da Educação Profissional e Tecnológica
enfatizando o potencial criativo na produção do conhecimento nos cursos presenciais. Essa
investigação destacou a importância do uso das tecnologias no cotidiano das instituições
escolares, entretanto percebeu-se que os docentes encontram dificuldades para utilizá-la
como ferramenta aplicada à educação. Ainda, destacamos que são poucas as atividades
mapeadas e registradas que tem como foco as unidades curriculares dos cursos técnicos.
Nesse sentido, agrega importância o incentivo entre os educadores do uso dos recursos
tecnológicos em práticas com o uso das tecnologias.
Palavras-chave: Tecnologias. Práticas pedagógicas. Processo ensino-aprendizagem.

Abstract: The present study is based on the analysis of the pedagogical practices constructed
by the students of the Professional Qualification Course in Technologies for Education of the
Reference Center for Training and Distance Education of the Federal Institute of Santa Catarina
(Cerfead / IFSC), classes 2016.2B and 2017.1 A, who presented the elaboration of a
pedagogical practice in response to the proposed activity entitled "Research and application of
Educational Technology". The main objective claim to identify these innovative educational
practices and then make them available to teachers of Professional and Technological
Education, emphasizing the creative potential in the production of knowledge in face-to-face
courses. This investigation highlighted the importance of technology in the day-to-day life of
school institutions, however, it was noticed that teachers find difficulties to use it as a
appliance applied to education. Even, we emphasize that are a few mapped and properly
registered activities that focus on the curricular units of the technical courses. In this sense,
add importance the incentive among educators that use technological resources in practices
with the use of technologies .
Keywords: Technologies. Pedagogical practices. Teaching-learning process.

1
Pedagoga IFSC, jacinta.marcom@ifsc.edu.br
2
Professora IFSC, sabrina.bleicher@ifsc.edu.br
1. Introdução
As tecnologias vêm evoluindo de forma muito acelerada e conquistando cada vez
mais espaço nos ambientes escolares. Na atualidade, não é possível fazer de conta que não
se perceba a influência dos meios digitais no dia a dia de nossos estudantes. Entretanto,
poucas são as práticas que encontramos escritas cujo uso das tecnologias seja aproveitado
de forma inovadora e criativa para a produção do conhecimento e a interação entre o
professor e os estudantes nos cursos presenciais da Educação Profissional e Tecnológica
(EPT).
É importante salientar que as práticas com tecnologias nos remetem à possibilidade
de transformar a sala de aula em espaço de pesquisa, comunicação e interação, podendo
transformar as referidas ações educativas em objetos de aprendizagem significativos que
motivem os chamados “nativos digitais” cuja vida encontra-se embasada nos recursos
tecnológicos que os acompanham sempre.
Certamente agrega valor acrescentar que o ensino precisa de meios que facilitem o
processo pedagógico. Para tanto, os docentes devem beneficiar-se das práticas que usam as
tecnologias como meios de reconfigurar a prática pedagógica de modo a responder às novas
demandas que chegam à sala de aula. Se a tecnologia pode revolucionar a educação, por
que não utilizá-la a nosso favor?
Por conseguinte, percebe-se a dificuldade dos docentes em utilizar, enquanto
potencial inovador, práticas que envolvam as tecnologias aplicadas à educação. Soma-se a
isso, o fato de que poucas são as atividades mapeadas e devidamente registradas que têm
como foco cursos da Educação Profissional e Tecnológica (EPT). Com este intuito, surge o
interesse pelo tema da presente pesquisa.
Entende-se que, para além de discutir e aprofundar o assunto, é de primordial
importância identificar práticas educacionais inovadoras com o uso de tecnologias e
disponibilizá-las aos docentes da EPT, enfatizando o potencial criativo e inovador na
produção de conhecimento percebido nestas atividades para os cursos presenciais. Cabe
também ressaltar que o uso destas práticas deve ser recheado de criticidade para que elas
não se transformem em apenas mais uma atividade.
Assim, o presente trabalho objetivou selecionar as práticas educacionais inovadoras
que possam ser aplicadas à Educação Profissional e que façam uso de tecnologias de
informação e comunicação para serem executadas. As práticas pedagógicas aqui destacadas
foram selecionadas a partir de uma análise feita em um banco de dados que contém
atividades pedagógicas idealizadas, utilizadas e socializadas por estudantes do Curso de
Qualificação Profissional em Tecnologias para Educação do Centro de Referência em
Formação e Educação a Distância do Instituto Federal de Santa Catarina (Cerfead/IFSC),
turmas 2016.2B e 2017.1A.
O objetivo foi a identificação das práticas pedagógicas relatadas, obter um
compêndio destas experiências que fomentem a interação, a motivação e a criatividade dos
professores da EPT em suas aulas ministradas aos estudantes dos cursos técnicos presenciais
integrados, concomitantes, subsequentes e superiores nos câmpus do Instituto Federal de
Santa Catarina.
No cenário de novos paradigmas, justifica-se a relevância social e acadêmica do
estudo proposto, pois, segundo Perrenoud (2000, p. 139), as novas tecnologias demandam a
passagem de “uma escola centrada no ensino [...] a uma escola centrada não no aluno, mas
nas aprendizagens”. Deste modo, este conjunto de práticas pedagógicas tem a intenção de
contribuir com a sistematização e o compartilhamento das práticas pedagógicas entre
aqueles que o consultarem, visando a modificação e dinamização dos processos educativos
por meio da articulação da tecnologia e a produção do conhecimento, além de agregar e
potencializar experiências educacionais ao fazer pedagógico docente que em tempos de pós-
modernidade precisa se reinventar constantemente.
Ainda, espera-se que funcione como uma tentativa de empoderar os profissionais da
educação profissional com práticas pedagógicas capazes de permitir uma melhor assimilação
do conteúdo pelos estudantes. A tecnologia, enquanto riqueza, está em conseguir unir as
diversas possibilidades, trazendo ao estudante motivação para ser participante do processo
de construção do estudo e do processo de ensino e aprendizagem.

2 As práticas pedagógicas com uso de tecnologias em sala de aula no ensino


presencial no contexto da EPT
Em primeiro lugar, fez-se necessário compreender o que é prática pedagógica.
Amparamo-nos nas considerações de Fernandes (1999, p.159) que indica ser:

[…] prática intencional de ensino e aprendizagem não reduzida à questão didática


ou às metodologias de estudar e de aprender, mas articulada à educação como
prática social e ao conhecimento como produção histórica e social, datada e
situada, numa relação dialética entre prática-teoria, conteúdo-forma e perspectivas
interdisciplinares.

Veiga acrescenta argumento à discussão, quando de forma inteligente afirma que


uma prática pedagógica é “[...] uma prática social orientada por objetivos, finalidades e
conhecimentos, e inserida no contexto da prática social. A prática pedagógica é uma
dimensão da prática social” (1992, p. 16). Neste horizonte é importante destacar a latente
necessidade dos professores de dominar práticas pedagógicas enquanto meios que auxiliam
o ensino que integrem também as tecnologias.
Assim, pensar práticas que utilizem tecnologias no ensino presencial da Educação
Profissional vai além do simples fato de selecionar uma atividade e adequá-la para este ou
aquele curso. A produção destas práticas é algo desafiador, por isso, qualquer atividade
pensada para a modalidade da Educação Profissional e Tecnológica deve trazer em seu bojo
a produção de conhecimento.
Soma-se a isso o fato de que as práticas pedagógicas que usam tecnologias
desempenham papel importante no ensino presencial quando utilizadas no sentido de
qualificar o fazer pedagógico que acontece dentro das salas de aula. Sua função torna-se
essencial a partir do momento em que passa a ser sinônimo de socialização, de mediação, de
potencialização do desenvolvimento intelectual. Precisa-se considerar que o estudante
aprende ao construir modelos mentais, resolver problemas e compreender fenômenos
interagindo com as tecnologias. Assim, compreende-se que uma de suas principais funções
na utilização destas práticas em sala de aula é a condição facilitadora que conduz o aluno à
reflexão e à metacognição.
Indubitavelmente, no Brasil, há iniciativas de plataformas que reúnem, em seus
repositórios, objetos categorizados por série, disciplina e conteúdo, facilitando a busca dos
educadores por esses recursos. Entretanto, é comum nos depararmos com a necessidade de
utilizar um recurso didático próprio para uma situação de aprendizagem específica e
dificilmente encontramos objetos de aprendizagem prontos que satisfaçam completamente
a necessidade, essencialmente quando se trata dos cursos da Educação Profissional e
Tecnológica.
Neste mesmo contexto, ressalta-se com arroubo a necessidade da construção de
sistematização e compartilhamento das práticas pedagógicas, que utiliza tecnologias,
próprias para o uso dos cursos da educação profissional. Há que se reconhecer as
inquietações que envolvem o fazer docente e o uso das tecnologias e concordar que,

Embora as sofisticações tecnológicas sejam ainda maiores, existem dois aspectos


que devem ser observados na implantação dessas tecnologias na educação.
Primeiro o domínio do técnico e do pedagógico não deve acontecer de forma
estanque, um separado do outro. É irrealista pensar ser primeiro um especialista
em informática ou em mídia digital, para depois tirar proveito desse conhecimento
nas atividades pedagógicas. O melhor é quando os conhecimentos técnicos e
pedagógicos crescem juntos, simultaneamente, um demandando novas ideias do
outro. O domínio das técnicas acontece por necessidade e exigências do
pedagógico e as novas possibilidades técnicas criam novas aberturas, constituindo
uma verdadeira espiral de aprendizagem ascendente em sua complexidade técnica
e pedagógica (VALENTE, 2002, p. 32).

É relevante acrescentar que a maior parte das tecnologias possíveis de serem


utilizadas em atividades pensadas para a educação não foram criadas para isso e requerem
criatividade e conhecimento técnico para que essa transposição didática seja realizada de
maneira eficaz. Deveras, é pertinente refletir sobre quais são as características necessárias
para que uma prática pedagógica que use o aparato tecnológico seja considerada indicada
para a educação profissional e tecnológica.
Redesenhando o cenário das atividades pedagógicas construídas para serem
aplicadas à educação profissional, ressaltam-se várias características importantes,
entretanto, se a análise for feita ao pé da letra, torna-se difícil separar as práticas que sejam
exclusivas desta modalidade de ensino. Ousa-se afirmar que o que diferencia uma prática
para a educação profissional de outras modalidades centra-se no conteúdo trabalhado, uma
vez que este se pauta em conceitos do mundo do trabalho. Acrescenta-se que a tecnologia
utilizada nas referidas atividades tem que ser o meio e não o fim, devendo ter o poder de
diálogo neste espaço onde o foco principal é profissionalidade.
Outra característica importante centra-se na necessidade de que a prática construída
para a EPT deve fazer relação com o cotidiano dos estudantes. É salutar perceber que a
tarefa não se resume apenas a transmitir informações, mas para além disso, deve articular e
mediar os saberes e as técnicas. “A escola de hoje é fruto da era industrial, foi estruturada
para preparar as pessoas para viver e trabalhar na sociedade e agora está sendo convocada
a aprender, devido às novas exigências de formação de indivíduos” (SERAFIM; SOUZA, 2011,
p. 20).
A capacidade de motivar os estudantes é outro elemento importante enquanto
característica das práticas que encontramos no repositório proposto. “As tecnologias não
são a solução mágica, mas permitem pensar em alternativas que otimizem o melhor do
presencial e o melhor do virtual” (MORAN, 2006, p. 355). Formiga também contribui
afirmando que:

Exercitar a aprendizagem significa baseá-la em conteúdos significativos e em


problemas a serem discutidos com foco na sua resolução. [...]. Os diferentes
métodos, a terminologia e os meios tecnológicos são processos facilitadores em
direção ao fim maior da aprendizagem — os conteúdos. Faz-se necessário enfatizar
a fluência tecnológica e o domínio linguístico em um determinado campo de
conhecimento, mas apenas como condições intermediárias. Compete ao aprendiz
nunca se deixar levar pela rigidez da ditadura terminológica, nem se deixar tragar
pela avalanche de informações. A aquisição do conhecimento por meio de uma
aprendizagem de conteúdos significativos tem relação determinante com o
processo cognitivo de exercitar a imaginação, a memória, a criatividade e a
capacidade de transferência para aplicar os conhecimentos na vida profissional e
no mundo real (2009, p. 44).

O estudante deve ter papel de protagonista no seu processo de aprendizado,


retirando-se do papel passivo de receptor do conhecimento. Ademais e como consequência
do exposto, usando as TICs na prática de ensino do professor, deve-se também ainda
estabelecer um diálogo com o currículo da educação profissional e o mundo do trabalho.

2.1 As práticas pedagógicas como potencial inovador para o desenvolvimento das aulas
presenciais
Práticas pedagógicas inovadoras desafiam as práticas tradicionais e são capazes de
tornar o aprendizado mais significativo, isso é fato. O uso das tecnologias em atividades
voltadas para a EPT deve ser pensado de modo a ultrapassar o medo de errar. Usar de forma
adequada as tecnologias aplicadas a atividades pedagógicas contribui para desenvolver a
capacidade de criar estratégias que estimulem a produção do conhecimento nas unidades
curriculares, o desenvolvimento de habilidades de comunicação, autonomia e criatividade.
É importante considerar que o potencial inovador trazido pelas atividades que usam
as tecnologias deve levar o professor a pensar que “O desafio imposto aos docentes é mudar
o eixo do ensinar para optar pelos caminhos que levem ao aprender” (BEHRENS, 2013, p. 79)
e isso não é fácil, nem simples. Faz-se importante pensar sobre o significado de um potencial
inovador. Inovação é mais do que somente ter boas ideias; é o processo de fazê-las evoluir a
ponto de terem um uso prático (TIDD; BESSANT, 2015); “a inovação existe em determinado
lugar, tempo e circunstância, como produto de uma ação humana sobre o ambiente ou meio
social” (CUNHA, 2008, p. 24); inovar exige, também, ao mesmo tempo, boas ideias e
capacidade de executar essas ideias.
Neste viés, afirmar que as práticas pedagógicas possuem potencial inovador é
concordar que o seu uso pode levar o estudante a novas descobertas facilitando que novos
conhecimentos surjam. Os estudantes enquanto foco das atividades não aceitam o uso de
qualquer ferramenta tecnológica, e mais que isso, a escola pode ter todas as ferramentas
tecnológicas possíveis e as práticas profissionais serem inadequadas para o momento em
que se vive. Os estudantes do ensino técnico exigem que o foco, nesse caso, seja o
conhecimento tecnológico vinculado aos conhecimentos necessários para sua educação
profissional. O papel do professor, da mesma forma, é de oferecer ao educando uma série
de caminhos possíveis para construir o conhecimento que, se vinculado à tecnologia e
atrelado a atividades diversificadas, torna-se mais eficiente.
Observando as práticas propostas pelos estudantes dos cursos elencados, numa
busca aguçada, faz-se a análise de uma prática encontrada, buscando compreender as
diretrizes necessárias para embasar este objeto de estudo. Toda e qualquer atividade
envolve, segundo os autores Moran, Masetto e Behrens (2009), que a escola busque
propostas inovadoras que se apoiem em elementos importantes tais como:
Conhecimento integrador e inovador – novas formas de trabalhar conteúdos;
Desenvolvimento de autoestima – valorização do aluno;
Formação de estudantes empreendedores – criativos e com iniciativas;
Construção de alunos cidadãos – com valores individuais e sociais.
As práticas pedagógicas socializadas farão parte de um repositório cuja base da
construção do conhecimento se fortalece num processo de ensino aprendizagem pautado
no planejamento das referidas atividades que utilizam as tecnologias e que objetivam
trabalhar conteúdos com os estudantes da Educação Profissional. “As novas tecnologias
podem reforçar a contribuição dos trabalhos pedagógicos e didáticos contemporâneos, pois
permitem que sejam criadas situações de aprendizagens ricas, complexas, diversificadas”
(PERRENOUD, 2000, p. 139).
Neste mesmo horizonte, D’Ambrósio constata que:

Estamos entrando na era do que se costuma chamar a “sociedade do


conhecimento”. A escola não se justifica pela apresentação de conhecimento
obsoleto e ultrapassado e muitas vezes morto, sobretudo, ao se falar em ciências e
tecnologia. Será essencial para a escola estimular a aquisição, a organização, a
geração e a difusão do conhecimento vivo, integrado nos valores e expectativas da
sociedade. Isso será impossível de se atingir sem a ampla utilização de tecnologia
na educação. Informática e comunicações dominarão a tecnologia educativa do
futuro. (1996, p. 80).

Assim sendo, observa-se que há uma relação entre as práticas pedagógicas adotadas
pelo professor e o processo ensino aprendizagem. A autonomia do aprendiz é, portanto, um
fim e também uma base para a boa aprendizagem.
Conclui-se com o exposto que o grupo de aspectos considerados no momento da
análise das práticas pedagógicas deverão apresentar: potencial inovador, o uso de
tecnologias e a possibilidade de serem aplicadas no contexto da EPT. Os procedimentos
metodológicos que resultaram nas práticas escolhidas estão descritos a seguir.

3 Resultados e discussão: Análise das práticas pedagógicas


Analisando os resultados encontrados, cita-se que na plataforma Moodle do IFSC,
base desta análise, as duas turmas citadas na referida investigação apresentaram 145 (cento
e quarenta e cinco) atividades. Destas, 71 (setenta e uma) usavam de tecnologia em sua
construção e davam conta de serem aplicadas também ao ensino presencial da EPT.
Afunilando a categorização das práticas pedagógicas, bem como sua análise na perseguição
do objetivo proposto, além de usar uma tecnologia, ser aplicada à educação profissional,
deveria ter potencial criativo e inovador. Neste momento do trabalho de análise, mais 52
(cinquenta e duas) práticas foram descartadas, restando então, enquanto resultado deste
detalhado estudo, 22 (vinte e duas) práticas pedagógicas, as quais estão descritas no anexo
“A” do trabalho.
As práticas foram descartadas por não estarem de acordo com os elementos
abarcados pelo conceito de inovação. Salienta-se que estas práticas (descartadas) têm
potencial para serem utilizadas em todos os cursos da educação profissional, de forma que
se resguarda o fato de adequá-las ao conteúdo da disciplina trabalhada. Para, além disso, é
importante o uso da criatividade quando da utilização das práticas em questão nas
atividades dos cursos técnicos. Neste viés, registra-se que, de acordo com Uano (2002), a
criatividade na escola deve ser construída principalmente sobre três pilares: a
heterogeneidade, as percepções que o aluno e o professor têm de si mesmos e o clima de
sala de aula. As atitudes, palavras e ações do professor ecoam nos alunos. O gráfico abaixo
dá uma ideia geral das práticas, conforme apresentado.

Análise das Práticas


Pedagógicas
Com uso de
22 tecnologias e
71 aplicadas à EPT
52 Descartadas

Inovadoras

Fonte: Autoria própria


Em vários momentos, o principal questionamento que perpassava a seleção das
práticas em questão focava-se em definir quais características deviam ter uma prática
pedagógica para ser inovadora e voltada à educação profissional. O ser inovadora se ampara
no próprio conceito de inovação. Saviani (1989, p. 23-24) destaca que “inovador é o que se
opõe ao tradicional” e Cunha (2006, p. 19) acrescenta que se deve “tratar a inovação como
ruptura paradigmática e dar-lhe uma dimensão emancipatória. Nela não há a perspectiva de
negação da história, mas sim a tentativa de partir desta para fazer avançar o processo de
mudança”.
Agora, para afirmar que uma atividade tem como especificidade a sua aplicação aos
cursos técnicos, embasa-se na condição de adequar os conteúdos às possibilidades criativas.
Se “Para aprender a dirigir um carro, não basta ler muito sobre esse tema; tem que
experimentar, rodar com ele em diversas situações com supervisão, para depois poder
assumir o comando do veículo sem riscos” (MORAN, 2015, p. 03), para utilizar tais atividades
em sala de aula, faz-se necessário alinhá-las com os objetivos que se está buscando na
disciplina ministrada.
Faz-se mister acrescentar que os autores das práticas pedagógicas estudadas
apresentam possibilidades e fragilidades de cada uma delas, além do público alvo em cujo
foco se delineia. Entretanto, cabe registrar que a maioria das atividades descritas não
apresentam, pelos seus autores, a possibilidade de aplicação em cursos presenciais da EPT,
ou seja, não foram construídas especificamente para trabalhar com os estudantes da
educação profissional, mas apresentaram potencial para isso, se repensadas e
reestruturadas.
Desta análise inicial, já é possível realizar discussões relevantes para a conclusão da
pesquisa. Utilizar pedagogicamente uma prática que se construa baseada numa tecnologia
requer conhecimento e domínio da mesma. Neste terreno, percebe-se que a maioria dos
profissionais que atuam na educação profissional não tem formação para tal uso. Assim,
pensar um fazer pedagógico voltado para essa modalidade de ensino demanda muita
reflexão, uma vez que é necessário que tais práticas remetam docentes e discentes a serem
sujeitos ativos, abertos ao conhecimento na busca da ampliação dos saberes que podem ser
construídos através do processo ensino aprendizagem que acontece dentro das salas de
aulas.

O uso criativo das tecnologias pode auxiliar os professores a transformar o


isolamento, a indiferença e a alienação com que costumeiramente os alunos
frequentam as salas de aula, em interesse e colaboração, por meio dos quais eles
aprendam a aprender, a respeitar, a aceitar, a serem pessoas melhores e cidadãos
participativos (KENSKI, 2011, p. 103).

É necessário ainda pontuar que a Educação Profissional e Tecnológica carece de mais


identidade. As atividades descritas são em sua maioria adaptadas, entretanto, não foram
testadas. Desta forma, é possível que, nem todas, após aplicação prática, sustentem-se no
sentido de buscar munir os estudantes para além do domínio das tecnologias, ou seja, para
utilizá-las em prol da construção e domínio do conhecimento, calcada na perspectiva do “[...]
fortalecimento do pensar crítico, criativo, com o uso e entendimento da tecnologia
comprometida com o social” (BRASIL, 1998, p. 50). De acordo com Machado,

É próprio do ensinar-aprender tecnologia e, portanto, da docência na educação


profissional tratar da intervenção humana na reorganização do mundo físico e
social e das contradições inerentes a esses processos, exigindo discutir questões
relacionadas às necessidades sociais e às alternativas tecnológicas (MACHADO,
2008, p. 14).

Outro fator que deve ser destacado refere-se ao fato de que as tecnologias devem
ser um apoio e não as principais protagonistas do processo ensino aprendizagem. Gatti
(1993) chama atenção de que a incorporação das inovações tecnológicas só tem sentido se
contribuir para a melhoria da qualidade do ensino. A simples presença de novas tecnologias
na escola não é por si só garantia de maior qualidade na educação, pois a aparente
modernidade pode mascarar um ensino tradicional baseado na recepção e na memorização
de informações. Moran (1995) contribui com a discussão afirmando que a presença de
aparato tecnológico na sala de aula não garante mudanças na forma de ensinar e aprender.
A tecnologia deve servir para enriquecer o ambiente educacional, propiciando a construção
de conhecimentos por meio de uma atuação ativa, crítica e criativa por parte de alunos e
professores.
Numa análise comparativa entre a antiguidade e a modernidade, é possível afirmar
que os sujeitos (professor e aluno) mudaram. A relação entre a construção do conhecimento
e o uso de ferramentas tecnológicas também se torna mais nítida quando a escolha das
atividades é pensada com critérios de justificação. As tecnologias são muitas e diversas e
estão ao dispor da educação, porém, a importância dos efeitos produzidos por esta relação
se materializa em resultados que abarcam a maneira como lidamos com estas ferramentas.
Esse é o maior desafio que se percebe no uso destas práticas pedagógicas em sala de aula
nos cursos técnicos.
Olhando por este ângulo, as atividades colocadas no repositório contribuem para a
ocorrência das interações dentro do processo educacional no qual o objetivo maior está na
aprendizagem motivadora, em que alunos e professores se sentem parte do processo de
construção coletiva e na formação de cidadãos atuantes na sociedade onde vivem. Os
estudantes não podem ser apenas usuários repetindo o que trazem as tecnologias, mas
devem ser desafiados a serem produtores de tecnologias inovando o meio em que vivem.
Nas atividades selecionadas, percebe-se que o comportamento do professor se
enriquece quando executa as funções de mediador, incentivador ou motivador da
aprendizagem, apresentando-se como elo entre o aprendiz e sua aprendizagem, sempre
inovando na aplicação de metodologias e tecnologias que estão a sua disposição.
Nesta análise, sobretudo das práticas exclusivas para a educação profissional e
tecnológica, foco principal deste estudo, traz-se a lume a importância da descrição da
mesma, de modo que o docente tenha presente informações capazes de lhe assegurar o uso
efetivo com vistas à melhoria do processo ensino aprendizagem dos estudantes dos cursos
presenciais na EPT. Faz-se importante observar o roteiro de informações para a descrição da
referida prática. Se tomarmos como base uma das atividades encontradas no material de
análise, é possível fazer algumas considerações pertinentes.
Todas as práticas encontram-se descritas neste formato, respeitando o roteiro
indicado:
Nome da tecnologia utilizada: Dicionário Online (Linguee)
Prática na qual a tecnologia foi utilizada: Trabalhar com traduções, utilizando o
Linguee como fonte de pesquisa.
Justificativa da escolha: Com os avanços tecnológicos, podemos encontrar,
basicamente, qualquer informação acerca do que queremos aprender e ensinar nos dias
atuais. Não é de hoje que os dicionários impressos estão ficando cada vez mais
desatualizados. Uma alternativa que podemos utilizar para suprir esse “gap” (lacuna) no que
diz respeito aos dicionários impressos, é fazendo uso dos dicionários online, que são
frequentemente atualizados. Existe um, em especial, que utilizo bastante e sempre
recomendo aos meus alunos: o Linguee. Mas o que esse dicionário/tradutor online tem de
tão especial? Diferente do Google, que traduz palavra por palavra, o Linguee é um dicionário
supercompleto que, além de dar o significado de cada palavra, contextualiza-a em diversos
contextos e situações reais. Bacana, né? Fazer com que os alunos percebessem a
importância de se contextualizar as palavras antes de sair escrevendo a primeira coisa que
lhes vem à mente e que encontram como equivalente na outra língua.
Para quem: Voltada aos alunos com os quais desenvolvo esse trabalho.
Potencialidades: Dicionário completo, com vocabulário, expressões e pronúncias.
Sempre contextualizando as palavras. 100% gratuito. Disponível no site e no aplicativo.
Fragilidades: Layout um pouco mais complexo do que o do Google Tradutor. Talvez
isso faça com que alguns usuários tenham mais dificuldade de se adaptar. Há algum tempo,
funcionava somente online. Hoje, já existem algumas alternativas para trabalhar com ele
offline. Outra fragilidade: necessidade do uso de uma sala de informática ou com que os
alunos tenham acesso a smartphones, o que, dependendo da realidade onde você estiver
aplicando a prática, pode ser um problema.
Autor da prática: Joao Paulo Martins
Observa-se que o roteiro é interessante, dá suporte às informações essenciais, é
objetivo e capaz de trazer ao professor da educação profissional os dados essenciais para a
compreensão da finalidade das atividades e se estas conseguem articular-se ao objetivo
proposto para o conteúdo a ser desenvolvido. Encontra as potencialidades e as fragilidades
que a atividade oferece, de modo a diminuir as dificuldades encontradas na sua execução.
Outro elemento que se torna basilar é entender a importância que tem a construção
de um conjunto de práticas, salientando-se que iniciativas como estas contribuem para dar
corpo a um processo de disseminação dos variados recursos e ferramentas educacionais
disponíveis. Nestes mesmos termos, não se pode deixar de acrescentar à discussão o que
traz Almeida quando afirma:

As tecnologias de informação e comunicação (TIC) são o ponto de partida para a


construção de uma sociedade da informação. O avanço do acesso a essas
tecnologias – sobretudo à Internet, aos dispositivos móveis e a um imenso número
de aplicações baseadas nesses dispositivos – traz, ao mesmo tempo, grandes
oportunidades e desafios para pais, educadores e gestores públicos (2014, p. 25).

Cabe pensar nisso e utilizar todos os recursos que se tem dentro da instituição a
favor da educação e da produção do conhecimento e, parafraseando Moran (2009, p. 13),
propõe-se reflexão que se aplica de forma igualada à contemporaneidade. “Muitas formas
de ensinar não se justificam mais, as aulas convencionais estão ultrapassadas, como então
ensinar e aprender em uma sociedade mais interconectada?” Responder tal indagação
requer dos educadores abrir possibilidades de conhecer outras áreas que nem sempre
dominam.
Outro fator fundamental que merece destaque é a formação pedagógica docente. A
postura do professor frente à tecnologia depende muito do domínio que ele tem ao usá-las.
Numa análise panorâmica do contexto que envolve a educação profissional, percebe-se a
valorização do uso das tecnologias em seus espaços. Para além da possibilidade de ter o
aparato tecnológico, cabe acrescentar que existem várias dificuldades quando se trata da
formação docente para uso das tecnologias. Fica evidente que na educação profissional
como em qualquer outra modalidade de ensino “é importante diversificar as formas de dar
aula, de realizar atividades e de avaliar” (MORAN, 2006, p. 32). Segundo Almeida (2001, p.
43),

[..] o professor, ao incorporar as TIC aos métodos ativos de aprendizagem, além de


desenvolver a habilidade de uso das mesmas, estabelece uma ligação entre esse
domínio, a prática pedagógica, as teorias educacionais refletindo sobre sua própria
prática buscando transformá-la.

Neste sentido, é necessário frisar que a educação profissional embasa-se na


articulação entre a teoria e a prática. Entretanto, nos dias atuais, percebe-se que a escola já
superou a lógica, mas ainda busca formas de qualificar as práticas pedagógicas. Consta-se
também, que estas práticas são recursos metodológicos que o professor deverá utilizar para
mediar situações de aprendizagem desafiadoras e inovadoras fazendo com que o estudante
mude sua postura frente ao conhecimento.
Sabe-se que a formação profissional faz a diferença quando se trata de pensar
práticas voltadas para o ensino profissionalizante. A maioria dos docentes que atuam na
docência da EPT não tem formação pedagógica e tampouco possui formação para o uso das
tecnologias. São muitas as oportunidades oferecidas que ensinam ao professor a
importância do uso das tecnologias, mas se reduzem bastante às capacitações que propõem
o exercício de criação de práticas pedagógicas, bem como que oferecem suporte para
compreensão das formas de melhor utilizar as referidas práticas no ensino técnico.
Muito se tem que evoluir ainda em termos de formação docente na EPT e utilizam-se
as belas palavras de Belloni (2009, p. 24) quando afirma que:

A integração das TIC’s aos processos educacionais não pode ocorrer apenas através
da instrumentalização de recursos tecnológicos. Junto com a adesão de novas
tecnologias é de fundamental importância promover espaços de formação docente
que propiciem aos professores reestruturarem o seu fazer pedagógico, refletindo
sobre o seu papel no processo de ensino e aprendizagem frente a uma sociedade
tecnológica.

Por fim, porém não menos importante, frisa-se a importância de investir na formação
docente compreendendo a tecnologia enquanto capacidade de criação e inovação capaz de
contribuir para a formação dos alunos de educação profissional fazendo o diálogo com o
mundo do trabalho e com a sociedade tecnológica da qual fazemos parte. Machado
complementa que:

Os professores da educação profissional enfrentam novos desafios relacionados às


mudanças organizacionais que afetam as relações profissionais, aos efeitos das
inovações tecnológicas sobre as atividades de trabalho e culturas profissionais, ao
novo papel que os sistemas simbólicos desempenham na estruturação do mundo
do trabalho, ao aumento das exigências de qualidade na produção e nos serviços, à
exigência de maior atenção à justiça social, às questões éticas e de sustentabilidade
ambiental. São novas demandas à construção e reestruturação dos saberes e
conhecimentos fundamentais à análise, reflexão e intervenção críticas e criativas
na atividade de trabalho (2008, p. 15).

É importante que o professor desenvolva habilidades para adotar as diferentes


formas de ensinar através de atividades pedagógicas que façam uso de tecnologias. Pensar a
formação de professores deve abarcar os saberes docentes, enquanto prática no cotidiano
escolar. Além disso, a formação deve levar à reflexão de sua prática, num contexto real
vivido.
Neste contexto, “[...] o uso das tecnologias é pensado como forma de tornar o
processo de ensino-aprendizagem mais eficiente e eficaz no sentido de que a aprendizagem
realmente aconteça e seja significativa” (KONRATH; TAROUCO; BEHAR, 2009, p. 2). Ou seja,
os docentes vão utilizar estas práticas para preparar suas aulas buscando aproximar a
construção do conhecimento do universo do aluno transformando a maneira como
aprendemos e como ensinamos. A priori, estas ferramentas facilitam o trabalho do professor
e a experiência do aluno, propiciando momentos de aprendizagem e trocas que vão para
além do espaço da sala de aula.
Todas as práticas apresentadas pelos estudantes das turmas e do curso definido
como escopo para a pesquisa dão suporte à construção deste conhecimento, baseado na
compreensão de que esta é uma opção para fazer com que o processo ensino aprendizagem
seja brindado pelo desenvolvimento da análise crítica de seus alunos, bem como a tomada
de consciência em relação ao poder de escolha, para que não se transformem em meros
estudantes passivos e consumidores em potencial.

4 Considerações Finais
Concluindo as reflexões sobre o tema, observa-se que muitos são os desafios que
ainda permeiam o campo da construção de atividades que utilizam as tecnologias específicas
para a educação profissional. Neste sentido, após a finalização desta investigação, conclui-se
que:
Um conjunto de práticas pedagógicas que usam as tecnologias para a educação
profissional é fundamental, pois poderá, no futuro, constituir-se num repositório e ser
“alimentado” com novas experiências e poderá servir como um espaço de trocas
colaborativas entre seus participantes. Afinal, por mais que tenhamos a sensação de que as
mesmas práticas podem ser aplicadas a todas, ou quase todas as modalidades de ensino, ter
este ambiente próprio facilita o trabalho dos docentes que ao buscarem um material,
encontram-no, além de considerar a qualidade das práticas mencionadas, uma vez que a
construção se deu com objetivos claros.
Outro elemento importante ampara-se na necessidade de compreensão das
características que diferenciam uma prática específica para uso da educação profissional das
práticas pensadas e estruturadas para outras modalidades, o que se conclui ainda que
necessita de mais estudos e pesquisas, uma vez que não há materiais que descrevem tal
questão. Resgata-se, portanto, a necessidade de repensar e melhor definir para todo esse
conjunto de práticas quais são os elementos fundantes que as identificam como tal, bem
como as diretrizes essenciais que agregam valor pedagógico às mesmas.
Também se registra o fato de que as atividades propostas utilizam a tecnologia.
Entretanto, citando Moran (2000, p. 48), “pode-se dizer que não é a tecnologia em si que
causa a aprendizagem, mas a maneira como o professor e os alunos interagem com ela”.
Assim, percebe-se a necessidade de qualificar a formação continuada dos professores que
atuam no ensino profissional, e ainda mais, os que atuam no ensino profissional com uso de
tecnologias.
As práticas pensadas e descritas no repositório têm grande potencial inovador, são
âncoras indispensáveis à educação. Entretanto, considera-se de suma importância adentrar
no mundo das tecnologias e fazer dela uma das formas de diversificar as atividades em sala
de aula para não correr o risco de “dar um verniz de modernidade, sem mexer no essencial”
(MORAN, 2009, p. 63).
Deve-se ter presente que as tecnologias são importantes para os profissionais que
atuam em espaços cujo foco seja o mundo do trabalho. Se se perscrutar a ideia de que existe
uma relação biúnica entre conhecimento e tecnologia, pode-se afirmar que esse novo
paradigma emergente dá conta de encarar os desafios que surgem no campo do trabalho,
com a introdução destas ferramentas pedagógicas.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, M. E. B. de. Educação, projetos, tecnologia e conhecimento. São Paulo:


PROEM, 2001.
ALMEIDA. F. J. de, FRANCO, M. G. Tecnologias para a Educação e Políticas
Curriculares de Estado. In: TIC e Educação 2013. Pesquisa sobre o uso das Tecnologias
de Informação e Comunicação nas escolas brasileiras – ICT Education, 2013./ 2014.

BRASIL. Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998. Dispõe sobre a organização da Presidência


da República e dos Ministérios, e dá outras providências. Retificada em 05 de junho de 1998

BELLONI, M. L. O que é mídia-educação? Campinas, SP: Autores Associados, 2009.

BEHRENS, M. A. Projetos de aprendizagem colaborativa num paradigma emergente.


In: MORAN, J. M; MASETTO, M. T.; BEHRENS, M. A. Novas tecnologias e mediação
pedagógica. 21 ed. Campinas, SP: Papirus, 2013.

CUNHA, M. I. da. A universidade: desafios políticos e epistemológicos. In: _____(Org.).


Pedagogia universitária: energias emancipatórias em tempos neoliberais. Araraquara:
Junqueira & Marin, 2006.

CUNHA, M. I. Inovações pedagógicas: o desafio da reconfiguração de saberes na


docência universitária. Cadernos de Pedagogia Universitária, número 6. São Paulo: USP,
2008.

FERNANDES, C. À procura da senha da vida-de-senha a aula dialógica? In: VEIGA, I. P.


A. (Org.). Aula: gênese, dimensões, princípios e práticas. Campinas: Papirus, 2008.

FORMIGA, M. A Terminologia da EAD. In: Litto, M. F.; FORMIGA, M. Educação a


Distância: estado da arte. Volume 1. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.

GATTI, B. Os agentes escolares e o computador no ensino. Acesso. São Pauto: FDE/


SEE. Ano 4, dez.93.

KENSKI, V. M. Educação e Tecnologias: o novo ritmo da informação. 8 ed. Campinas, SP:


Papirus, 2012.

MACHADO, L. R. S. Diferenciais inovadores na formação de professores para a educação


profissional. Revista Brasileira da Educação Profissional e Tecnológica. Ministério da
Educação, Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. v. 1, n. 1, jun. 2008 - .
Brasília: MEC, SETEC, 2008.

MORAN, J.M. Novas tecnologias e o reencantamento do mundo. Revista Tecnologia


Educacional. Rio de Janeiro, vol. 23, n 2 .126, set. / out. 1995.

MORAN, J. M. et al. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas: Papirus,


2000.

MORAN, J. M. Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias audiovisuais e


telemáticas. In: MORAN, J. M. l.; MASETTO, M. T.; BEHRENS, M. A. Novas tecnologias e
mediação pedagógica. 12. ed. Campinas (SP): Papirus. 2006.

MORAN, J. M. (2004). Propostas de mudanças nos cursos presenciais com a educação


online. Texto apresentado no 11° Congresso Internacional de Educação a Distância.
Disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/site/textos/educacao_online/propostas.pdf.
Acesso em 26 de abril de 2019.

MORAN, J. M. Mudando a educação com metodologias ativas. In Convergências


Midiáticas, Educação e Cidadania: aproximações jovens. Coleção Mídias
Contemporâneas. 2015. Disponível em:
http://www.eca.usp.br/prof/moran/site/textos/educacao_online/propostas.pdf. Acesso em 23
de abril de 2019.

MORAN J. M.; MASETTO, M. T; BEHRENS, M. A. Novas tecnologias e mediação


pedagógica. 16. ed., Campinas, São Paulo, Papirus, 2009.

PERRENOUD, P. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes


Médicas, 2000.

SAVIANI, D. A filosofia da educação e o problema da inovação em educação. In: GARCIA,


W. E. (org). Inovação educacional no Brasil: problemas e perspectivas. São Paulo:
Cortez, 1989.

TIDD, J; BESSANT, J; PAVITT, K. Gestão da Inovação. 5 ed. Porto Alegre: Bookman,


2015.

UANO, L. M. de. La creatividad? Un talento exclusivo de los artistas o una capacidad


de todo ser humano? Linhas Críticas. Brasília, v. 8, n. 15, p. 265-287, jul./dez. 2002.

VALENTE, J. A. A espiral da aprendizagem e as tecnologias da informação e


comunicação: repensando conceitos. In: JOLY, M. C. (Ed.) Tecnologia no ensino:
implicações para a aprendizagem. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002.

VEIGA, I. P. A prática pedagógica do professor de Didática. Campinas: Papirus, 1992.

Você também pode gostar