Você está na página 1de 2

Curso de Licenciatura em Artes Visuais

EXERCÍCIO SOBRE A IMAGEM IDEALIZADA E A IMAGEM REALISTA

TEORIA DA IMAGEM 2023.2

Prof: Wendel Medeiros

Discente: Marta Maria Rodrigues dos Santos

Matricula: 20231014040354

Na figura 1 represento a forma idealizada que tenho de mim mesma, eu


busquei nessa composição demonstrar uma forma de seriedade, que busco
manter, sem perder a essência de quem sou, com acessórios, maquiagem,
coisas que geralmente uso se busco ser vista de forma diferente. O que não se
vê é que essa busca por demonstrar mais maturidade se dá ao fato de que
para a sociedade necessito me mostrar mais madura, mesmo que não me sinta
assim de fato. Todas essas imagens assinalam que há algo a olhar, porém,
algo que é necessariamente invisível (Foucault, 2005, p. 36) Por ser mulher, é
sempre esperada alguma maturidade que já é buscada em meninas em
detrimento de meninos. Isso, como descreve Foucault, não está
completamente visível para a sociedade, e só é enxergado por quem realmente
está tendo vivencia disso.

O pintor ocupa – e, com ele, convida o espectador a


ocupar – dois lugares sucessivamente, ou melhor,
simultaneamente incompatíveis: aqui e lá” (Foucault, 2005, p. 56).

Como cita Foucault, quando o espectador se coloca na posição do pintor, ele


consegue observar do que se trata a obra, nesse caso, conseguiria ver que a
diferença entre a figura 1 e a figura 2 é de fato, a forma como foi expressada a
leveza na figura 2, onde busquei demonstrar que quando estou a vontade, na
minha versão mais realista, mostro o sorriso no rosto, que carrega consigo
também a sensação de segurança de demonstrar o seu verdadeiro eu sem
julgamentos ou cobranças.

“Por mais que se diga o que se vê, o que se vê não se aloja jamais no
que se diz, e por mais que se faça ver o que se está dizendo por
imagens, metáforas, comparações, o lugar onde estas resplandecem
não é aquele que os olhos descortinam, mas o que as sucessões da
sintaxe definem” (FOUCAULT apud DELEUZE, 2006, p. 74-75)

Como descrito por Foucault, por mais que se explique ao observador o que
quero que ele veja, suas próprias questões e preconceitos já estão presentes
ao ver a imagem, estão vai depender de quem enxerga de fora ter a
sensibilidade de compreender o artista. Eu como criadora, me descrevo sobre
a segunda figura, sem maquiagem ou joias, sem um cabelo comportado ou
qualquer outro acessório, é como se estivesse nua, mas ao mesmo tempo,
coberta da segurança de ser e existir do meu jeito, sem nada além do sorriso
que mostra quem realmente sou, um sorriso que não esconde nenhuma
intenção do olhar de quem observa.

Você também pode gostar