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• Jurisprudência selecionada
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Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (...) § 7º. São isentas de
contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que
atendam às exigências estabelecidas em lei.
[RE 636.941, rel. min. Luiz Fux, P, j. 13-2-2014, DJE 67 de 4-4-2014.]
EMENTA
3. O Plenário da Corte, no exame do ARE n° 638.315/BA, Relator o Ministro Cezar Peluso, com
repercussão geral reconhecida, assentou que a imunidade recíproca prevista no art. 150, VI, a,
da Constituição Federal alcança a INFRAERO, na qualidade de empresa pública prestadora de
serviço público.
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recursos, o primeiro, recurso extraordinário interposto pelo Município de Salvador, no qual alega
violação dos artigos 21, XII, ‘c’, 150, IV, ‘a’, § 2º e § 3º, 173, § 2º, e 177 da Constituição Federal.
Sustenta o recorrente, em suma, que a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária –
INFRAERO – não faz jus à imunidade recíproca. O segundo recurso trata de apelo extremo
interposto pela INFRAERO, no qual sustenta violação dos artigos 5º, XXXV e LV, 7º, XXIX, 93, 145,
§ 2º, e 150, VI, ‘a’, da Constituição Federal. Sustenta a recorrente que a taxa de limpeza pública
cobrada pelo Município de Salvador é inconstitucional. Insurgem-se contra acórdão, assim
ementado:
1. Agravo retido não conhecido, uma vez que não houve interposição de recurso por parte do
Município de Salvador/BA.
2. ‘A imunidade recíproca definida no art. 150, VI, ‘a’, CF afasta a exigência de impostos pelos
demais entes federativos sobre receitas auferidas pelas empresas públicas federais que não
exerçam atividade eminentemente econômica e prestam serviços públicos de interesse da
União, principalmente quando em regime de monopólio. A INFRAERO foi criada pela Lei
5.862/72, sob a forma de empresa pública federal, tendo por objeto implantar e administrar a
infraestrutura aeroportuária, serviço público que, nos termos do art. 21, XII, ‘c’, da Constituição
Federal, é de competência exclusiva da União.’ (AC 2006.33.00.016177-5/BA, Rel. Juiz Federal
Convocado Osmane dos Santos, Oitava Turma, e-DJF1 p.582 de 27/02/2009)
6. Ressalte-se, no ponto, que não se aplica às taxas o instituto da imunidade tributária, que se
refere somente a impostos, nos termos do art. 150, VI, a, da Carta Magna. Precedentes do STF
em casos similares (RE 532940 AgR, Relator Min. EROS GRAU, Segunda Turma, julgado em
24/06/2008, DJe-152 DIVULG 14-08-2008 PUBLIC 15-08- 2008 EMENT VOL-02328-06 PP-01233;
RE 364202, Relator Min. CARLOS VELLOSO, Segunda Turma, julgado em 05/10/2004, DJ 28-10-
2004 PP-00051 EMENT VOL-02170-02 PP-00302).
Decido.
Verifico que a irresignação do Município de Salvador não merece prosperar. Note-se que
esta Corte, em sede de repercussão geral, confirmou a jurisprudência no sentido da
aplicabilidade da imunidade tributária recíproca à INFRAERO, conforme consta no julgamento
do ARE n° 638.315/BA, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 31/8/11. Nesse sentido:
1. Ao julgar o ARE 638.315, da relatoria do ministro Cezar Peluso, o Plenário Virtual do Supremo
Tribunal Federal reconheceu a repercussão geral da questão constitucional analisada e
resolveu reafirmar a jurisprudência desta nossa Casa de Justiça no sentido de que as empresas
públicas prestadoras de serviço público estão abrangidas pela imunidade tributária recíproca
prevista na alínea ‘a’ do inciso VI do art. 150 da Magna Carta de 1988. Ressalva do ponto de
vista pessoal do relator.
‘EMENTA:
• Precedente Representativo
(...) observo, inicialmente, que o Supremo Tribunal Federal fixou balizas quanto à
interpretação dada ao art. 145, II, da CF/1988, no que concerne à cobrança de taxas pelos
serviços públicos de limpeza prestados à sociedade. Com efeito, a Corte entende como
específicos e divisíveis os serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de
lixo ou resíduos provenientes de imóveis, desde que essas atividades sejam completamente
dissociadas de outros serviços públicos de limpeza realizados em benefício da população em
geral (uti universi) e de forma indivisível, tais como os de conservação e limpeza de logradouros
e bens públicos (praças, calçadas, vias, ruas, bueiros). Decorre daí que as taxas cobradas em
razão exclusivamente dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de
lixo ou resíduos provenientes de imóveis são constitucionais, ao passo que é inconstitucional a
cobrança de valores tidos como taxa em razão de serviços de conservação e limpeza de
logradouros e bens públicos. (...) Além disso, no que diz respeito ao argumento da utilização de
base de cálculo própria de impostos, o Tribunal reconhece a constitucionalidade de taxas que,
na apuração do montante devido, adote um ou mais dos elementos que compõem a base de
cálculo própria de determinado imposto, desde que não se verifique identidade integral entre
uma base e a outra.
[RE 576.321 QO-RG, voto do rel. min. Ricardo Lewandowski, P, j. 4-12-2008, DJE 30 de 13-2-
2009, Tema 146.]
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RELATÓRIO
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vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos sobre
patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros.
3. Vencida na fase recursal, a parte apelante deve arcar com o pagamento dos honorários
recursais, conforme § 11 do artigo 85 do Código de Processo Civil.