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ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA

Dr. Pedro Antônio Ozório Dias


OAB/SP n° 69.234
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DR. JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO
ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE LINS – ESTADO DE SÃO PAULO.

JOSÉ ROMÁRIO APARECIDO


RODRIGUES, brasileiro, solteiro, barbeiro, portador da CI-RG n° 52.577.190 –
SSP/SP, e-mail: não possui, residente e domiciliado na Rua: Araxá, n° 235 – Bairro:
Jardim Paineiras, no Município de Lins, Estado de São Paulo, CEP n°: 16.406-045, e
JEAN CARLOS MENDES VIEIRA, brasileiro, união estável, auxiliar geral,
portador da CI-RG n° 61.915.791 – SSP/SP, e-mail: não possui, residente e domiciliado
na Rua: Jacob Melges Camargo, n° 190 – Bairro: Rebouças, no Município de Lins,
Estado de São Paulo, CEP: 16.400-803, via de seu advogado e bastante procurador, que
esta subscreve, conforme mandato procuratório incluso (cf. doc. 1), vem,
respeitosamente, perante Vossa Excelência propor à presente:

AÇÃO POR DANOS MORAIS

em face de PERNAMBUCANAS, pessoa


jurídica de direito privado, cadastrada no CNPJ n.º 61.099.834/0132-50, com sede no
endereço na Rua: 21 de Abril, n° 162, Bairro: Centro, neste Município de Lins, Estado
de São Paulo, CEP n° 16.400-000, pelas razões de fato e de direito adiante expendidas.

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Rua: 15 de Novembro, nº 130 - 1º Andar – Sala 108 - Edifício Rubiácea - Fone: (014) 3522-2955
CEP: 16400-035 - LINS - SP
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PRELIMINARMENTE

- Os Autores JOSÉ ROMÁRIO


APARECIDO RODRIGUES e JEAN CARLOS MENDES VIEIRA, requerem
nesta oportunidade, os Benefícios da Justiça Gratuita , por serem pobres na
acepção jurídica do termo, não tendo condições de arcarem com quaisquer
despesas processuais , oficial de justiça , honorários advocatícios , precatórias ,
etc. . . , pois isso poderá acarretar-lhes prejuízos nos seus próprios sustento e de suas
famílias, conforme comprova-se com as declarações de pobreza em anexo e seus
IRPF referentes aos anos 2017, 2018 e 2019. (cf. docs. 2/3).

DOS FATOS

- Os Autores JOSÉ ROMÁRIO

APARECIDO RODRIGUES e JEAN CARLOS MENDES VIEIRA em data de


08.05.2019 estava na loja requerida, olhando modelos de aparelhos celulares para
compra, após saírem da loja, uma funcionária de nome: Ana Carolina da Silva Batista,
ex companheira de uma das vítimas, lhes chamaram para voltarem até a loja, pois ela
disse que tinha visto eles furtarem algum objeto da loja.

- Após contestarem que não tinham furtado


nenhum objeto foram até a loja novamente, onde a funcionária pediu para o seu gerente
olhar as filmagens de segurança, pois tinha certeza que viu os Autores JOSÉ
ROMÁRIO APARECIDO RODRIGUES e JEAN CARLOS MENDES
VIEIRA furtarem algum objeto, dizendo “eu trouxe os três aqui, pode olhar as
filmagens”, sendo que os Autora foram surpreendidos perante diversos clientes.

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- Os Autores JOSÉ ROMÁRIO

APARECIDO RODRIGUES e JEAN CARLOS MENDES VIEIRA tiveram


suas sacolas revistadas, sem qualquer discrição, sendo taxados de ladrões, sem o
mínimo de discrição e cuidado dos representantes da Requerida.

- Após minuciosa inspeção foi constatado que


nada tinha sido furtado e que revendo as imagens informaram que cometeram um
engano.

- Latente foi o constrangimento dos Autores


JOSÉ ROMÁRIO APARECIDO RODRIGUES e JEAN CARLOS MENDES
VIEIRA, que perante diversos clientes foram abordados, chamando a atenção de todos
no local.

- Os Autores JOSÉ ROMÁRIO

APARECIDO RODRIGUES e JEAN CARLOS MENDES VIEIRA então


registraram o evento junto a delegacia de polícia desta cidade, conforme boletim de
ocorrência nº 3027/2019 faz prova. A conduta negligente da Ré culminou com o evento
em questão, que ao não proceder as cautelas devidas, causou grave constrangimento aos
Autores.

II – DO DANO MORAL

- Por estes fatos acima narrados e no intuito de


ver os incômodos e dissabores sofridos reparados, é que se ingressa com a presente
ação, visando não só uma reparação pelo abalo imposto, mas também para servir tal ato,
como uma reprimenda ao réu, para cessar, por completo tais práticas abomináveis.

- O fato de ser considerados ladrões e serem


abordados em meio a loja lotada, e tendo as suas sacolas revistadas, sem que desse
causa ou motivo que gerasse o indigitado evento é motivo de revolta.

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- Caracterizado o ato ilícito por parte do réu e
o dano sofrido aos Autores JOSÉ ROMÁRIO APARECIDO RODRIGUES e
JEAN CARLOS MENDES VIEIRA, surge o dever de indenizá-los. O
doutrinador Yussef Said Cahali, ensina que:

“… o dano moral indenizável, carece de


demonstração, pois emerge do agravo de
forma latente, sofrendo-a qualquer um que
tenha o mínimo de respeito e apreço por sua
dignidade e honradez.” (Dano Moral, São
Paulo: RT, 2. ed., 1998, p. 431).

- No âmbito jurisprudencial, o Tribunal de


Justiça Catarinense assim tem decido:

“A dor moral não pode ser medida por técnica


ou meio de prova do sofrimento e, portanto,
dispensa comprovação.” (ACV nº 00.004917-
4, de Taió, Rel. Des. Carlos Prudêncio).

- Ante o exposto, insurge-se os Autores JOSÉ


ROMÁRIO APARECIDO RODRIGUES e JEAN CARLOS MENDES
VIEIRA contra o Réu, para serem reparados os danos morais sofridos.

III – DO PEDIDO FINAL.

Ante o exposto, requer:

a) O recebimento da presente ação:


b) A citação do Réu, para, querendo, responder a presente ação, sob pena de revelia
e confissão;

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c) A procedência do pedido para condenar o Réu ao pagamento de indenização por


danos morais, em valor a ser arbitrado por este balizado Juízo;

d) Condenar o Réu ao ônus da sucumbência, honorários advocatícios na base de


20% (vinte por cento), ao pagamento de juros legais a partir do evento danoso
(Súmula 54 do STJ), correção monetária a partir do arbitramento da condenação,
custas processuais e demais cominações legais;

e) Provar o alegado por todos os meios de provas admitidas em direito;

- Dá se a causa o valor de R$ 38.160,00


(trinta e oito mil, cento e sessenta reais).

P. Deferimento.

Lins/SP, 08 de Julho de 2019.

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DR. PEDRO ANTÔNIO OZÓRIO DIAS
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