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Em 1920 a maioria das pessoas pretendia esquecer os horrores da 1.ª Guerra Mundial.
Queriam sair e divertir-se em clubes nocturnos e salas de dança, em cinemas e teatros. Em
especial os jovens queriam gozar a vida, de tal modo que a década é muitas vezes designada
pelos “Loucos anos 20”, e para compensar o facto de as mulheres serem agora mais
numerosas que os homens em alguns grupos etários, não era necessário companheiro em
muitas das novas danças.
Os locais de convívio aumentaram e alteraram-se. Os teatros esvaziaram-se e os cinemas
encheram-se. Os “cabarés”, os “night-clubs”, os casinos e outras casas de espectáculos eram
muito frequentados, até de madrugada. Desenvolveram-se os clubes mundanos. Durante a
tarde, outros locais de convívio eram procurados: as leiteiras, as cervejarias, os cafés, as casas
de chá e os restaurantes. As viagens aéreas, quer de avião quer de automóvel, reduziam o
tempo de percurso para paragens distantes, enquanto a produção em série baixava os preços
de muitos automóveis, de modo que um maior número de pessoas se podia dar ao luxo de os
ter. Os transportes públicos também melhoraram em muitos lugares, com bons serviços de
comboios e um maior número de autocarros.
As viagens de dia para o campo ou para a praia tornaram-se populares, mesmo para as
pessoas que não tinham carro e muita gente entrou para clubes pedestres e de ciclismo que se
formavam em inúmeras cidades.
Os anos 20, em estilo art-déco, começaram por trazer a arte construtivista – preocupada com a
funcionalidade, além de lançamentos literários inovadores, como "Ulisses", de James Joyce. É
o momento também de Scott Fitzgerald, o grande sucesso literário da época, com o seu
"Contos da Era do Jazz".
Em 1925, pela primeira vez, os surrealistas mostraram seus trabalhos em Paris. Entre os
artistas estavam Joan Miró e Pablo Picasso. Foi a era das inovações tecnológicas, da
electricidade, da modernização das fábricas, do rádio e do início do cinema falado, que
criaram, principalmente nos Estados Unidos, um clima de prosperidade sem precedentes,
constituindo um dos pilares do chamado "american way of life" (o estilo de vida americano).
Toda a euforia dos "felizes anos 20" acabou no dia 29 de Outubro de 1929, quando a Bolsa de
Valores de Nova York registrou a maior baixa de sua história. De um dia para o outro, os
investidores perderam tudo, afectando toda a economia dos Estados Unidos, e,
consequentemente, o resto do mundo. Os anos seguintes ficaram conhecidos como a Grande
Depressão, marcados por falências, desemprego e desespero.
BELLE EPOQUE
A “Belle Époque”, do francês “bela época”, foi um período de grande otimismo e paz,
desfrutado pelas potências ocidentais, sobretudo as europeias, entre 1871 até 1914, quando
eclode a Primeira Guerra Mundial.
Esta “época áurea” foi possibilitada em grande parte pelos avanços científicos e tecnológicos,
os quais tornaram a vida cotidiana mais fácil, bem como firmaram a crença de prosperidade e
esperança no futuro.
Principais Causas
Com o fim da guerra Franco-Prussiana, surge na Europa uma política de estabilidade, apesar da
insatisfação francesa em perder os territórios de Alsácia-Lorena para a Alemanha em 1871, o
que acabou gerando também uma tensão militar entre aquelas potências.
A despeito da corrida armamentista que se desenrolava, o clima de progresso da Segunda
Revolução Industrial provocou um forte êxodo rural e favoreceu o desenvolvimento de uma
cultura urbana cosmopolita e de divertimento, fomentada pelos avanços nos meios de
comunicação e transporte.
Principais Características
O ponto marcante desta época foi o estilo de vida boêmio e otimista, com destaque para a
França, a qual se tornou o centro Global de toda influência educacional, científica, médica e
artística após a instauração da Terceira República Francesa, em 1870. Ademais, se a nação
francesa era o polo difusor, Paris era o núcleo da Belle Époque Mundial. Ora, foram criações
francesas (parisienses) notáveis deste período: as políticas de saneamento público e
urbanização de Haussmann – que renovaram Paris (drasticamente) sob os preceitos dos
saberes médicos-higienistas e reduziram as taxas de mortalidade, tornando aquela um modelo
para o Mundo; os cabarés, como o Moulin Rouge; a Torre Eiffel (1889); o Casino de Paris
(1890); o Metrô de Paris, etc.
Outros artistas de renome da Belle Époque foram Odilon Redon (1840-1916), Paul Gauguin
(1848-1903), Henri Rousseau (1844-1910), Pierre Bonnard (1867-1947), Émile Zola (1840-
1902), dentre outros.
Também vimos nesse período à organização dos sindicatos trabalhistas e partidos políticos,
bem como a ascensão do Socialismo.