Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FACULDADE DE FARMÁCIA
FARMACOTÉCNICA I - NOTURNO
Arranjo Arranjo
molecular molecular
desordenado ordenado
Polimorfismo:
Propriedades diferentes que as Arranjos estruturais diferentes de
cristalinas, não apresentam ponto de uma mesmo molécula.
fusão (não há rede cristalina) → Maior
solubilidade.
A maioria dos fármacos exibe
polimorfismo estrutural. 2
Estado Sólido na Indústria Farmacêutica: Uma Breve Revisão
Prado, L. D.;* Rocha, H. V. A
http://www.uff.br/rvq
O que pode alterar o arranjo estrutural:
Polimorfismo
• Arranjos estruturais diferentes de uma mesmo molécula → alterações
3
Não confunda com Pseudopolimorfismo
• Hidratos e solvatos: durante o processo de cristalização,
moléculas do solvente ficam retidas no retículo cristalino –
cristais apresentam propriedades diferentes que a forma
anidra. Solubilidade?
Anidro x Hidrato
6
Técnicas para reduzir o Tamanho de
partícula
• Cominuição (Redução):
– processo de propagação da quebra, no qual, por meio de aplicação de uma
força localizada, são produzidas tensões nas partículas capazes de provocar
ruptura dos pontos de ligação levando a quebra ou rachaduras.
7
Técnicas para reduzir o Tamanho de
partícula
• Método por Compressão (gral e pistilo, moinho de
rolos)
Moinho de rolos
Moinho de almofariz (Pequena escala)
(Pequena escala)
8
Tamanho de partícula (tenuidade)
• Impacto (moinho de martelos, vibratório)
9
Tamanho de partícula (tenuidade)
• Atrito (rolos)
10
Tamanho de partícula (tenuidade)
11
Redução do tamanho de partículas
• Energia fluida → Micronizadores por ar comprimido: o
equipamento tem uma turbina que produz um jato de ar em
alta velocidade que arrasta as partículas e quando estas atingem
um anteparo quebram em partículas menores.
• Alimentado por partículas de 20 a 100 mesh;
• Gera partículas de 1 a 20 micra.
13
Diferença dos métodos para Redução de partícula
15
Como selecionar o método?
– custo do processo, tamanho de partícula requerido, propriedades das
partículas a serem modificadas (dureza, resistência, fiabilidade,
abrasividade).
16
Distribuição de tamanho das partículas
Particulas de pequenas
dimensões
Designação do pó Abertura de % Abertura de
malha (m) malha (m)
Pó grosseiro 850 60 425
Pó mediamente 425 60 250
grosseiro
Pó fino 180 60 125
Pó muito fino 125 100 125
custo.
18
Análise de tamanho de partícula
• Tamisação:
diâmetro da peneira
Info necessárias: n° de malhas / área
Partículas de várias formas Abertura dos fios
Diâmetro do fio
19
Análise de tamanho de partícula
• Microscopia;
20
Operação unitária importante na
forma farmacêutica sólida
MISTURA
Importância:
Poucos produtos farmacêuticos são constituídos por apenas um
componente.
21
Tipos de Mistura
– Convecção: transferências de grupos de partículas para outra
região; misturador de palhetas e pás;
– Cisalhamento: deslocamento do material em forma de camadas,
as quais deslizam uma sobre as outras, que pode ocorrer em
misturadores por tombamento, e há um gradiente na velocidade
das diferentes camadas formadas; misturadores de alto
cisalhamento/deslizamento instável;
– Difusão: mistura aleatória, deslizamento ou fluxo do leito de pós
e ocupação de um volume maior, com o movimento individual
das partículas, em que uma camada de partículas que está em
repouso é forçada a se movimentar/fluir, aumenta o volume por
diminuição do empacotamento possibilitando as partículas
caírem por força gravitacional com baixa velocidade de mistura.
22
Equipamento para realizar Mistura:
Misturador em “V”
• Trituração
• Espatulação
• Peneiramento
24
Misturas especiais
• Mistura eutética: são sólidas isoladamente, mas quando juntas fundem-
se.
– Utiliza-se diluentes para evitar problemas de liquefação (cânfora, mentol);
• Diluição geométrica
– Pequena quantidade de fármaco e muito diluente
– Fármacos potentes
25
Diluição geométrica: como fazer
26
Importante: Evitar segregação
• No processo de mistura, os pós devem ser
semelhantes quanto ao tamanho, forma e
densidade das partículas para evitar segregação.
29
Como Corrigir a segregação
• Pela redução do tamanho (cominuição) das partículas de forma
uniforme;
31
Estudo das propriedades de fluxo
• Garantir uma formulação adequada, ideal;
• Adesão (em superfícies diferentes)=forças
moleculares que fazem com que partículas solidas
tendam a se aderir;
• Coesão (entre as partículas de um sólido – Força
de van der Waals e outras forças atrativas, como
eletrostática).
Quando a força de atração entre as partículas são fortes os pós apresentam fluxo
ruim,
32
entretanto quando as forças são fracas os pós apresentam fluxo bom a regular.
Estudo das propriedades de fluxo
• Efeito do tamanho de partícula – adesão e coesão são
fenômenos de superfície, por isso o tamanho influencia no
fluxo → maior área superficial (menor tamanho) = maior
coesividade (< 100µm). *Fluxo livre > 250 µm;
• Forma da partícula – partículas esféricas (menos irregulares) =
melhor fluxo (partículas irregulares podem sofrer
entrelaçamento mecânico de adesão/coesão);
• Densidade da partícula - maior densidade = menor
coesividade (considerando mesma forma e tamanho).
33
Caracterização do fluxo de pós
• Métodos indiretos: Índice de Carr:
Ângulo de repouso: Densidade bruta x Densidade de compactação
➢ > 50º = fluxo deficiente;
➢ ~ 25º = fluxo bom.
% Compressibilidade = Dc - Da x 100
Dc
chrome-
extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https
://www.scielo.br/j/qn/a/DXfb56MXq9jCwnjSpXpv7fS
https://www.portalsaofrancisco.co /?format=pdf
m.br/fisica/angulo-de-repouso
34
Caracterização do fluxo de pós
• Métodos diretos
• Velocidade de escoamento (tempo que o pó leva para
escoar completamente);
• Fluxômetro (tempo que o pó leva para escoar
completamente sob uma balança=velocidade de
escoamento e uniformidade de fluxo): Velocidade com
que escoa do alimentador (método mais simples de se
medir o fluxo de um pó).
35
Adequação do fluxo: melhora na fluxibilidade
36
Formas Farmacêuticas Sólidas
▪ Pós e granulados ▪ Comprimidos
▪ Cápsulas ▪ Comprimidos revestidos e drágeas
➢ Vantagens:
▪ Menor sensação de gosto
▪ Facilidade de administração e transporte
▪ Maior estabilidade
▪ Menor volume do que o ocupado pelas formas líquidas
▪ Economicamente viável
➢ Desvantagens:
▪ Dificuldades de deglutição
▪ Dependência de maquinário
37
Pós
Uso interno
ou externo
38
Pó: Definição
39
Formas de apresentação
40
Formas de apresentação
• Pós para administração oral
– antiácidos, antidiarréicos, dietéticos
– Pós efervescentes
• Mistura composta de bicarbonato de sódio e ácidos (ácido cítrico e
ácido tartárico).
• Quando adicionados à água, os ácidos e base reagem formando
dióxido de carbono → efervescência.
• Possibilita mascaramento do sabor indesejável de alguns fármacos.
41
Formas de apresentação
• Pós para administração tópica
– Aplicação sobre superfície
da pele e mucosas;
– Aplicação por aspersão;
– Deve ter capacidade de aderência;
– Fármacos: anti-sépticos, antifúngicos, protetores,
adsorventes, anti-pruriginosos.
42
Formas de apresentação
• Pós para reconstituição
43
Formas de apresentação
• Aerossóis – administração pulmonar
Tamanho de
partícula:
1 a 6 µm
44
Vantagens
- Estabilidade no armazenamento (Pós x Preparações líquidas)
47
Acondicionamento
• Pós a granel:
– Pó ou mistura de pós em grande quantidade acondicionados em
recipientes de boca larga para facilitar a saída do pó,
– Exemplos: antiácidos (sal de frutas ENO®), suplementos alimentares.
• Pós divididos:
– Pós acondicionados em pequenas embalagens para 1 dose
(sachês)
– Exemplos: pós efervescentes (antiácidos)
49
Granulados: Definição
50
Granulação
• Processo de aglomeração de partículas pulvéreas
chamadas grânulos.
0,2 a 4 mm.
FF de 2 a 4 mm.
51
Vantagens – Granulados x Pós
• Melhoria do fluxo do material e da estabilidade;
52
Vantagens – Granulados x Pós
• São preferíveis para produtos que serão
reconstituídos.
53
Razões para granulação
• Prevenir segregação dos constituintes de uma mistura;
• Melhorar propriedades de fluxo da mistura;
• Melhorar características de compactação da mistura;
• Reduzir geração de poeira tóxica formada durante manipulação
de pós;
• Evitar formação de massa compacta em pós muito higroscópicos
(grânulos mantem fluxo mesmo com a absorção de certa
umidade);
• Grânulos são mais densos,
por isso ocupam menor volume
(melhor estoque e transporte).
54
Métodos de granulação
VIA SECA VIA ÚMIDA
• Via de Granulação a seco
55
Métodos de granulação
• Via de Granulação a seco
– partículas pulvéreas agregadas sob alta pressão.
56
Métodos de granulação
• Via de Granulação a seco
– Compactação:
• formação de comprimidos grandes (compactos) em
máquina de comprimir ou;
• Compactação em rolo - Pó é pressionado entre dois
rolos produzindo lâmina de material pulvereo;
57
Granulação por via úmida
• Método tradicional
– Formação de uma massa da mistura de partículas
pulvéreas primárias usando líquido de granulação.
LÍQUIDO DE GRANULAÇÃO
59
Granulação por via úmida
• Líquido de granulação
60
Pesagem
Equipamentos secagem:
• Estufa Secagem dos grãos
• Leito Fluidizado úmidos = Etapa crítica
Calibração / Tamisação
Malha 12 -18
(Normalização)
61
Granuladores para via úmida
• Cisalhamento (misturadores planetários) → granulador
oscilatório/rotatório força a passagem pelo tamis → coleta em bandejas
para posterior secagem em estufa → tamisação adicional.
62
Granulação por via úmida: secagem
• Leito fluidizado → mistura, granulação úmida e
secagem em um único equipamento → grânulos
mais porosos e superfície recoberta com agente
aglutinante.
63
Granulação por via úmida: secagem
• Spray-drying → secagem por aspersão → grânulos
esféricos e ocos.
64
Operações da granulação via úmida x seca
RESUMINDO.....
65
Pós e grânulos efervescentes
66
Granulado efervescente
• Método por fusão
– Ácido cítrico → C6H5O7.H2O (hidrato)
– A molécula de água presente no ácido cítrico atua como o líquido de
granulação na mistura de pós.
– Mistura dos pós rápida em ambiente de baixa umidade.
– A mistura de pós é colocada para secagem (30 – 40ºC)
– A molécula de água presente no ácido cítrico é liberada e atua como
aglutinante na mistura de pós.
– Ocorre um pouco de efervescência → Massa esponjosa → tamis →
Produção dos grânulos no tamanho desejado.
67
Granulado efervescente
• Método a úmido
– Todos os pós podem ser anidros
68
Bibliografia
69