Operações Unitárias I

Propriedades dos sólidos

particulados (parte II)
PROF. DR. NICHOLAS CANABARRO

canabarro@fei.edu.br
 Exercício proposto 1
 Uma empresa que trabalha com extração de compostos bioativos de da borra de café deseja
projetar um reservatório para armazenar o material. Dados provindos do setor responsável pela
preparação do produto informaram o engenheiro responsável que em média 500 kg de borra de
café secas precisam ser armazenadas. Sabendo disso o engenheiro vai até o setor de controle da
qualidade e pede uma tabela com as propriedades do sólido que será estocado, como pode ser
visto abaixo. Calcule o volume do reservatório e a porosidade do leito formado pelas partículas.
Tabela 1 – Propriedades do material a ser armazenado.
Borra de café ρbulk (kg/m³) ρap (kg/m³) ρr (kg/m³)
1 380 1120 1135
2 262 1120 1135

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 Exercício proposto 2
 Uma indústria tem a intenção de secar grãos de arroz em grande escala e, com isso, tem a
necessidade de caracterizar o material em termos de massa específica, diâmetro equivalente e
esfericidade. Para isso, 490 grãos com formato de um esferoide prolato foram tomados como
amostra. Os grãos possuem em média valor de raio menor de 0,970 mm e raio maior de 4,61
mm. A massa da amostra foi aferida com ajuda de um cadinho (massa de 30,5 g), que após
adição dos 490 grãos acusou uma massa total de 43,5 g. Para determinar a massa específica foi
utilizada a técnica de picnometria líquida, fazendo uso de um picnômetro de 50 mL e 22,3 g. Ao
enchê-lo com água, verificou-se que o recipiente acusou massa de 73,2 g. Por fim, para
conhecer a massa de água deslocada, foram adicionados os grãos ao sistema, acusando massa
de 74,3 g.
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 Neste sentido, determine:

a) A massa específica de água determinada por picnometria;

b) A massa de água deslocada;

c) A massa específica do arroz determinado por picnometria;

d) O diâmetro da esfera de igual volume ao do arroz, com base nos resultados da picnometria;

e) Uma expressão para o diâmetro da esfera de igual volume ao do arroz, sabendo que o volume de um
esferoide prolato é dado por (a é o raio maior e b o raio menor) e

f) A esfericidade dos grãos de arroz, sabendo que a área superficial dos grãos é 0,449 cm².

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 Agenda – Aula 02

DEFINIÇÃO DE APLICAÇÕES E MÉTODOS DE MEDIDA

TAMANHO IMPORTÂNCIA

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 Objetivos
1. Entender a importância de conhecer o tamanho de um partícula;

2. Conhecer as formas de avaliar o tamanho;

3. Conhecer algumas consequência no tamanho das partículas;

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 Definição de tamanho
 De que partícula estamos falando?
 Homogêneas: quando temos partículas iguais, para determinarmos o tamanho de
uma partícula (ou de um conjunto) basta medirmos a dimensão linear de maior
importância (diâmetro ou aresta, por exemplo)
 Neste caso, falamos em tamanho;
 Heterogêneas: neste caso precisamos avaliar uma fração de amostra, ou seja, um
conjunto de amostras que irá caracterizar todo o resto;
 Neste caso, chamamos de distribuição de tamanho.

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 Tamanho das partículas
Granulometria
Pós 1 μm até 0,5 mm

Sólidos
0,5 a 10 mm
Granulares Termo usado para
Distinguem-se pelo
tamanho cinco tipos de Blocos Pequenos 1 a 5 cm
caracterizar o tamanho
sólidos particulados: das partículas de um
Blocos Médios 5 a 15 cm sólido particulado

Blocos Grandes > 15 cm

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 Importância de conhecer o tamanho

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 Exemplo 1
Secagem de materiais particulados
Secagem de folhas

Secagem grãos de sorgo

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 Exemplo 2
T RA N SP O RTE D E SÓ LI D O S PA RTI CU L A D O S – BO R RA D E CA F É

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 Exemplo 3
SEPARAÇÃO POR AÇÃO DA
FORÇA CENTRÍFUGA–
CICLONES

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 Como medir?
 Quando falamos de tamanho de partícula, vimos que muitas vezes apenas
com um paquímetro é possível realizar uma determinação confiável;
 Se as partículas forem homogêneas, basta medirmos uma partícula que
teremos a ideia do tamanho das demais;

 E quando não é possível utilizarmos um paquímetro? Ou quando não temos

partículas homogêneas?
 Se faz necessária a escolha de um método para caracterizar as partículas.

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 Métodos para medir o tamanho

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 Peneiramento
 Conseguimos avaliar as frações em cada
peneira a partir da massa retida (fração
mássica);
 Faz-se passar uma quantidade de material
através de uma série de peneiras, pesando
o material retido em cada uma;

Processo “passa/não passa”

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 Quando realizamos uma análise de peneiramento (análise granulométrica),
podemos utilizar os seguintes termos:
 diâmetro máximo e diâmetro mínimo (abertura da maior e da menor
peneira);
 diâmetro médio (média aritmética das aberturas das peneiras em análise);
 dimensão máxima característica (abertura da malha cuja porcentagem
retida acumulada é igual ou inferior a 5% em massa);

As dimensões de tais aberturas são

dadas em milímetros (ou micrômetros)
ou em mesh (número de aberturas por
polegada);

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 Difração de luz
 Técnica utilizada para obtenção de diâmetros médios de
partícula inferiores a 75 μm;
 Funcionamento: um feixe de laser é enviado em direção à
amostra a ser analisada;
 Quando o feixe encontra as partículas, parte dele é
difratado e, consequentemente, focado por meio de lentes
até o detector;
 O diâmetro das partículas é inversamente proporcional ao
ângulo sofrido pelo laser. (menor tamanho, maior ângulo)

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 Análise de imagens
Refere-se a análise de imagens computacionais digitalizadas;

Esse tipo de análise possibilita a determinação do que chamamos de diâmetro de Feret;

 No trabalho de Laitinen et al. (2002) os

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autores compararam os diâmetros
obtidos pela análise de imagens com
aquelas obtidas por peneiramento e
difração a laser;
 Problemática: amostragem (100 e
2000 partículas).
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 Análise de imagens

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 Próxima aula
Análise granulométrica

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