Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
m
-
1 'r
HV •% SOK
► v^
, .)
%
'^3**
if,
WÊi
m
**■>/
»' V^
^J.
■ALi
m
I
■ I
£4hm
z&
w '»!<
I
i'«
1
&í*.Sér>
A
%
nlé
b$
*""*^-s
ft*.
■■
\
1
K
•
^srVb •\-£v
CONSTITVIÇOES
SYNODAES DO BISPADO - W .J
D E C O I M B R A.
•
♦
PROLOGO
Deílas Confiituiçõcs, ás pefiôas cccleíiaftícãs
& íeculares, {ubái tos do Bifpado.
O M Ajfonjo de Caflelbrancoper mfr
ce de Deos $ijpo de Coimbra,Conde de
Arganil, & do cÕJelho de Sua Magcfla.
dt.ftJc. Aos muytosrcutrêchs Day^o}
Dignidades, Cónegos, $) Cabido da
nojja See: fç) aos reuerendos Priores}
7{eytons, Vigayros, &) Comenda-
r
dores; $) £enef ciados: f$) a codas as
pejjoas tclefiajlisas (£) feculares Jubdi-
tos & melh&s noJJ.v.Jaudi Q^pa^em
a Senhor.* uiinda que a antigtidade& perpetuidade dasleys humanasJi-
\amuytoencomendada^importante à Republica, (p] nào[e deuâomu,
dar fem grande cauja as queper muytos Annos em ella [eguardaram:
todauta como ellasJè\ãoJogeytAs A rz>,irtedade dos tempos ft) mudança dos
eufiumes, comem muitas ^vez^s mudarem Je com elfes, por acudir aos aba.
Kps que amdicia dos homès,por defraudar as leys Jantas t%) \uflas, inuen\
tou: como nos enfinao os Sagrados tjj eucumenicos Ccctlios $J os Sagrados
Cânones & leys imperiaes. Polo que, poflo que asConJlttuiçÕes Synodaes
defle Tijpado,feytasper mjjospredecejpresjojjemfeytas com tanta prudh
cia, (%/na qttcllcs tempos necejjarias Õ) proueytojos: todauia,como foraò
ordenadas antes do Sagrado Concãio Tridentino, que na reformação dos
cujtumes fé/gouemo da Igre\aprouto com muytos Jaudaueis Decretos ^eno
mdoos Cânones antigos, Q) cjlatuindo afgus de nouo. £ os Santos Padres,
que depois da publicação delle gouernarâo a Jgre\a do Senhor, federão mui-
tas leys extrauagantesproueitofas f£) necejjarias^araprouer algilas coufas
cm que antes náo eflaudfujficient emente prouido: nos pareceo que cumpria
* obrigação de nojjò offleio ft}Jaudc das almas de nojjosjubditos, & ao bom
gouerno defle noffo %Jpaào; ordenarmos Conflttuiçces, tomando das
untiguas, o que pelo Santo Concilio Tridenti no & leys Canónicas dos Pm -
tijices modernos Jc nÕo achm alterado ', ft) pareceo que comhJhat^
mudando fp derecentando o mais que, conforme ao mejmo Concilio g/
Sagrados Cânones Q} Santas determinações do Collegio dos liluflripmos
^Senhores Cardeães, f£) Concílios prouinciaes, achamos Jtr necejjario: £
para ijfo conuocamos SymdoT>ioce[ano com as folemidades que o dereyto
OTECÍ reqmre-
P-KOLOCO.'
r
nouzYt: onde forâo eleytos procuradores, afii do Cabido como do Clero,
peÚoas de eminentes letras &] prudência f£) experiência, com cu\o confi*
lho asfezemos: tendoJomenteanlé os olhos ojeruiço de Dcos ntjjo Scrfè}.
noÇíaobri?acâo$J ò proueito das almas: ftj foráopor elles depois nji^as &,
aprouadas. Pelas quaes auemospor reuogadas toaasféj quaesquer Cônjit-
wicÕesiOUZxtrauagantcs de ttojjos' antecederes: ft) ejlasjomentequere'
mos & mandamos que (eguardem. Epara que em cilas finâo pojja 4;
çrecentar^nemdeminuir, nem mudar couja algúa^jerâotodas em
0 fimafanadas per nós: ftj as que Je acharem fem o dijo
ímal9 mandamos que filhe nâodefec, nem cre-
dito algum. Dada em Coimbra
aos 28* de 'Nouembrô, de
s
Taboada deitas Conílítuícõesr
^ConíKíuiçáo. I. yuc
^ V/uuiu^u^au« A. Q^ue iuuu5
todos ticny
creão &
w, cõfeííem
tui^aciu aa FeeCatholíca
receai ílOJJCa fir2
ur-
m
tnctneoce, como a &nta madre Igreja a tem & conferia: & fabendo
H .
^a!gódifcrcpa>no!ofari:o íabcrparaniíToprouermos.
T1TVL0 SEGVNDOi
fcL u
Do Sacramento do 'Bautijmo.
^"Confiim^ão. I. ÇVuetodo oir.imno,ou minina fe bautize pelo
feuPiior,ou Cura,do d;a que naícercm oyto dias,na Igreja donde
forfreguez; foi i.
^[ Có.tituiçáo. II. Q-venfobautizé fora da Igreja Parrochialj&dõ-
e cuucr Pia bautiím&l: Ja!u ;> cm cafo de neceGidadc: &o roodoçue
lc terá nos caíbsfen-jeihanres. n fol.a.'
f Conftitui^ãò. III. Dos miniftrosdeíle Sacramento: «das diligé-
cias que o pic prio Parrccho deue fazei fobre os que fc Ião de bautiJ
zar. foi. 3.
<j Ccnítituiçío. UI!. Que nenhj Sacerdote fceular ou regular bau«
tizefreguezalheo. foi. 4,
% Cóitituiçáo. V. Dos padtinhos,& quantos pode & deuefer. fbl.j.
^ Conftituiçáo. VI. Como feráobaucizados oseícrauos^quaes
c]u r outros infiéis. E doliuro que auerá em cada Igreja para fc aílen*
t J :em nellcos nomes dosbauuzados, «ifmados, cafados, & defun-
ta, & os dos padrinhos. foI.£.
TITVLO TEXJCBT \0.
Do Sacramento da Confirmação.
^TConfíituiçâo. t. Como fedmem confirmar os que jafórembami
Zachs, & (ía idade que deuem ter. foi. 6*
CjXonííiijiçáo.II. Dos padrinhos que hão de aprefentar aos que
cujerem ds confirmar, & quahdades que hão de ter. foi. £•
T 1TVL0 gVAZJTO. '
Do Sacramento da Confifiâi.
<TConfíitiiíçáo. I. Que todos íeconfeífem, ao menoshúaveZná
Quarcfíiia: bí os Parrcchos facão roes cm que efer tuáo todos fcua
fre«
Taboada deftas Cònftimtções.,
fregkzesqueibrem de idade. fo!-7^
€ Conllituiçáo. II. Que todosfecôTefifem a feu próprioParrocho,
ou aos que pira iíTo teucrem noíla licença & foré aprouados. foi 9.
^ Cõíluuçáo. III. Que todos os Priores, & Curas, & pelfo-
as que teaerem obrigação dedtzer Miífa, fe ccfeflcra cada oy to di ts:
& a uã) digáo fem confeUàífe, quando teuerécaido em algu pecado
mortal. foi. 10*
<Ç Conítimiçjo. Illl. Qj^eosquéteueremcarosreferuados,fejáo
remetidos a rios, ou noffo Prouiíor: & quaes fao os cafos. fel. ti.
^ Conílituiçáo. V. Da forma daabfoluiçáo. foi. tu
q Coo ftituiçáo. Vi. Qu: os Priores, Rey tores, & Curas fe informe
dosfreguezesqU-haemíuisfceguezias. foi 13*
^ Conlhtuicão. VIl.Qipos Médicos amoeílemosenfermosque
leconfeíTenJík comunguem: &daspenas em que eàcorrcm os que
o.nâofizem* foi. 14.
l[Confti ú\$). VIII-DosConfeílores, ou penitentes qUe deíco-
bEem-asconfin.5es:&dcsqueptocuráomaIiciofamentefaber os íe*
gredos delias ; & das penas em que encorrem. foí. i 4
^ Conftmiiçáo. IX. Dos que tem poder para efcolherConfciTor,
por I ibileu,ou Bulia Apoftolica, geral ou efpecial, efcolhio fòméi
te os aprouados. *U. 15*
TITULO C^riT^TO.
Da S antifiimo Sacramentada Emhartflia.
^".Çonílitução. I. Que todos os de legitima idade comungue huâ
vez noanno pel$ Quarefma: & queelte Sacramentofenáodee apu-
bli ospeccadores. . foi. 1^-
^"Coniutuiçáo. II. Como fe ha de adminiítrar o Sacramento da
Euchanftia. foi. 17.:
ÇÇoBÍhtuição. III. da prociflao de Corpus Chrifti. foi 18.
^ Conílituição.IlII. Como fe dcuelcuar eíle Santo Sacramento
aosenfermos. foi. 19.
<f Conftituição. V. Como fe hão de preparar as cafas dos enfermos
a quem fe ha de leuar o SantiífimoSacramento: foi.ir*
^ Conitiíuicáo, VI. Que nas Igrejas fe faráo Sacrários em quceíjee
oSaii"
1
TaboadadeflasConfticuiçóes.
SSantiísimo Sacramento. (o\tií.
TITVL O SB XTÓl
T>o Sacramento da Vnção. í
^ConíHtuiçáo. I. Como & quando ic dará aos enfermos", fol.u,
^Conftituição. IT. Que não íedé premio por efte Sacramento, nc
outros:nem apliquem para fi os Confeííbres as penitencias ou refti-
tuiçoes dos penitentes, f0jt23j
T ITVLO
*"- - --
S BPT .
IMO.
_-.. ,j
Dos Santos Óleos.
f Coriftjmicão.' I. Atee quanto tempo os Priores, Reytdres^ Sc
Curashãodeleuaros óleos a fuás Igrejas ,&aquemfe hão de en-
«c8ar- . . „ foUj.
^Coníiitwçã-j. Ií DamaneyradequehãodeleuarosoleosdaSee
para as igrejas de tora: & como fe hão de guardar. ""' folz^,
T 1TVLO OITAVO. ~: *
"Do Sacramento da Ordem.
4f Cõftim'çáo Píimeyra. Do Sacramento da Crdeml fol.a^i
^ Conílifuição.ll. Da Pr meyra Tonfura. " fol.,24.
^ Conuítuiçáo. 111. Do S ubdíacono, f0|. z*j
■q CóíUtuiçáo. 1111. Que nenhú feja promouidoa otdés facras íé ti;
tuta de Beneficio, ou património fufficiente. foi, ^
^CóOituicão. V. DaordcmdeDiacono,oudeEuangclPio.fol27é
Ç Coníutuiçío. Vi. DasOrdésdeMifla. fclzji
ÇConftituiçio. VII. Como & em que forma fcfar*o& guardarão
os roes & matriculas dos ordenados :& como fe farão as carras das
õidcs* '"" '"" " falta
T ITVLO MONO.
Do Sacramento do Matrimonio.
^ Cõíutuiç lo Piimeyra. Do Sacramento do Matrimónio". fo!.$ô.
^ Conftituiçáo Segunda. Que fe não celebre Matrimonio* Cm
precederem as denuncia ções: & da maneyra em que fe dcuem
fazer. f0l.3O;
e nas
í Ç?í??í ?K*?! \lh Qu denunciaçôes fe declarem ao pono Oí
A impc:
Tabõãda deftâs Cônílituiçoes,
impedimentos que impedem & dirimem o Matrimoniou foI,3f2
€ Conftituição. Ilil. Quaes fáo os Parrochos que deuem fef pre-»
íentes ao Matrimonio. fol,35.
I[ Conftituição. V. Das penas que aueráo os q fe cafarem em gtaos
prohibidos: ou auendoantteellesfemelhante impedimento* foi 33»
^Conftituição. Vi. Da idade que hão de ter os queouueremdc
caiar. fòl,34-'
4[ Contituição. VII. Da idade que háo de ter os que prometem &C
fazem efpoíouros de futuro: & da pena ern que encorrem os efpoíâ-
dos, que tem copula antes de ferem legitimamente caiados: ou os
cafados per palauras dsprefente com licença antesde lhe ferem fey-
tas as benções da Igreja. foi 34*
^CóBtuiçáo. VIU. Que fe facão as biches nupcia es aos q calam,
& que não fe cometáo a outro facerdote, fe não per efetito. foi. 3$.
^ Cóftituição. IX. Dos tempos em q o dtrey to defende as loLnida^
desdoscafamentosj&ccmofeentendem. foi 35,
€ Conftituição .X. Dosquefendo religiofos pref íTcs/e caíâm,oU
tendo ordens facras!ou afegundavez, durando o primcyro matri-
monio: & da pena que auei ao. foi. 3 6/
^ Cóftituição. X I.Dos cftrágeyros, & vagabundos: & como fe lhes
daráheença para caiarem: & dos qae trazem configo molheres
íbfpeytas, cu fáo calados em outras partes. &I.3&
€" Cóftituiçío.X 11.Como os eferauos podem cafar&fcr recebidos
em face de Jgrej~a,entendendo o eftado do matrimónio, & fab ndo
adoutrioaChtiítaá. fol.37.
Ç Conftituição XIH.Queo Vigayrc geral conheça dasc&ufasrra
trimomaes, & faça per ft as pregu ntas às partes no principio: cV per-
gunte as teftemunhasde vifta: & o que fe fata quando ouuer prelun*
cáodeconluyos,& apenadosqueosfezerem. foi.37*
TJTVLO DECIMO:
'Dos Je]us de obrigação, 1gJ daprohtbiçâo da carnt\pim.Jg) leyte.
^Conftituição.Primeyra, Dos jejusdeobrigaçao. íú.59.
^ Conftir nicáo. 11. Dos dias de lejum, em que iao prohidosj cuos,
&ley te ôccojíasdelle, per detey to Canónico. fol.41.
Ç Confti-
Taboada delias Co^m*tuícões]
4
T ÍTVLÔ O^Z É.
'&ãsfefidi âo AnnOift) lembranças dellail
ÇCôílituição* I. Das feftas doAnno,quefe háode guardai & je-
Júat fol4ií
^Cõftituiçao. li* Que os fregueZesvão ôuuir MhTa á íua Fregue-
sia, èc. letlem configo íèus filhos, 5f os feucisfcjão apontados peta
Reytorí & que íenáo confinta freguez alheo* foi* 45*
Ç Conftituiçáo* III. Das penas dos que trabalhão em Os dias San-
tos, & como fepfocedetà contra elles* foi. 44;
% Conftituiçáo. II1I. Que nos Domingos & Santos não hajaau-
diencias,nem negócios Iudiciaes. foi. 46,
T ITV LOT>Ô£ B.
Dós Prions, T^eytoreSj ft) Curas: (£/ da refidmââ)
queemjuds JgrejOi deuem fazff*
f ConítituiçjíôPrimeyrâ* " " foi. 47?
<[ Coníhtuiçãò. li* Do exame que fcdeue fazer aos que não de feí
prouidos de IgrejasParfochiaes ou Beneficiâdos.-& daíufficiencia &t
calidades que deUem tef. fol.$o*
^ Conftituiçáo. III* Que calidades & fufííciencia hão de tef os que
teuetem Cura de almas! & a quaes fenão deuem dar* fel. 5 ti
^Conflituiçâo. U1L Que nenhum Sacerdote adminiftre Sacra-
mentos, fenáo aos feus fubditós* foi. 53J
^ Conftituiçãó. V. Que o tempo da Quatefmá âos Reytores, &
Curas feja feriado. & como cometerão a Cura das almas fendo
dU,
Taboada deílas ConmmiçÕes?
ata ^« »"•-—r»rfi
■ Das Procipes»
^Cóftituição.I.DasProcifsões. ~>.C f0F. 115^
í Conftituição.n.QucasProcifsões riãováoaouteyròsrnera aja
nellas clamores: & que vão em ordem. fol.117.
^ Coftiiuição. III. Dos que na Procífsão, ou nas igrejas, ou hermi<j
das a.rrancáo armas, ou fazem briga, ou reuolta. foi. 118.'
TITVLO Vl^TB B QVATT^O.
. --w _.«»
Fim da TaboadaV
.*•.*•
V X
-H%
.•«
./
< í
n h
- „ Foi. í;
TI TVL O PRIMEYRO
Da Fee Catholica.
4f Conflitmção J. que todos creáo %) confeffem a Fee Catholica
firmemente como a SanUa Madre lgre\a a tem &/ *'
confejfa: BJabendo que algum dijcrepa siolofa-
I ç ão Jakr para nifio prouermos.
5»
•"Conílituiçao /. Que todo o minino, ouminina,fe hautizji
por (eu Prior ou Cura, do dia que nafcer em oyto dias
na igreja donde for freguez*
iAtatriu "D^ ler conforme a direyto que o próprio Prior, ou Cura da I-!
tmm. te. 1 greja parrochial bautize, & não outro: Defendemos & manda-
XtrM^L mos que nenhu Clérigo bautize, faluo o dito Prior ou Cura donde
juN<í«ár. opay&mãy da criança for frcgueZj & em fua Igreja & Pia baucif-
f,u.H,7.' mal :ao qual amoedamos que fefentir que eftá em peccado mortal
primcyro queadminiírreeíle íãcramento fe confcfíè ou arrependa
de todo coração. Poré fe algú freguez, por algúa jufta caufa,ou por
fua deuação ou amizade,quizer que outro Sacerdote $: não o pró-
prio bautize a criãçacpodeloha fazer na própria Igreja Parrochial
com licença do Reytor ou Cura: & fe não lha quizer dar tendolha
pedido com humildade: nos por efta prefente Conftituição lha da-
mos, & a offertaferáfempredo Rey sor ou Cura da dita Igreja: &
não O fazendo afsim pagarão dito Reytor quinhétos rs excepto
fe allegar caufa legitima, ou inhabilidade,ou falta da peíToaqucquer
bautizar, que em tal cafo fera ouuido. Porem afsiftirâ o Reytor ou
Cura prefente para miniítrar o que for neceflario para o dito bau-
tifmo; para olhar fetoma mais padrinhosdos que fe requer ena Cõf
tituição de que abaxodiremos.
^ E feaconrecer q fe aja de bautizar filho dalgua peíToaeccleííaftica
( mandamos por euitar efcandalo no pouo) que não feja bautiza-
do na Igreja donde feupay for Beneficiado, Capellão,ouCura,ou
fteguez,fenão fora de fualgrejaicom tantoque fe ja na q eftiucr ma-
ischegada:nempoflâfcr acompanhado atè a Pia & tornar donde
to leuarem com mais peflbas que os padrinhos ordenados: E o que
fezer ocontrayro,fefor pay da criança pagara cinco cruzados depe-
na, &fe for outro Sacerdote que o baurizar, pagará mil is. E não
auen-
Titulo.2.DofacramentodoBautif. fol.4;
aucdo no lugar mais de húâ Piabautifmal, cm cila fe bautizaráíem
pompa: & cm tempo que na dica Igreja não eHec gente, fob a dita
pena.
^ Conjlituicão. 4» Que nenhu Sacerdote fecular ótè
regular hauúzsFrtmtzjdheo*
Titulo. 2. Do facramento da
Confirmação.
^* Conjlituiçâo. 1. Comoje dettem confirmar os que jã forem
bauttz&dos $ da idade que deitem, {tf dospadrt-
nhos £T qualidades de lies.
\
. Titulo. 3. doSacramentoda Confirmação.
Cat>\tle & lhes amoefteq quando vierem a receber oditoíâcramento traba
jumj de a lhem que venháo confeíIados,ou arrependidos de feus peccados^por
i'l*tíjZ% q recebendo o em peccado mortal peccão mortalmente: & venháo
em jejumjeíe poder fazer, & fem algua excomunhão, & com toda
a limpeza de confeiencia, para que cm eftado de graça orecebao: &
os ditos Priores, & Curas, & afsi os pays que niííõ forem negljgen-
tcs,os auemos por condenados em trezentos rs, ametade para as o-
bras de nona Sé, a outra para quem os aceufar.
^"E para que efte Sacramento fe pofla melhor miniítrar & todos o
recebáo: mandamos aos Priores, Curas, & Thefoureyros de noíTo
Bifpadô em virtude de obediência, que como fouberem que nas,
OU o Bifpo por nos deputado,imos criímar, o notefiquem a teus fre-
guezes, ou aos dos lugares pequenos comarcãos, para que venháo
ao lugar q mais conueniente feja par3 o dito officio. E terá ccydado
queaocempo qfc ouuer de celebrar tenhãop refles todo o neceíTario:
& auifarãoaos que ouuerem de receber a crifma que náo fe vão da
Igreja ou lugar onde o tal Sacramento fe miniflrar a tè receberem a
benção do Bifpo. Eos que clliuerem cmduuida fe fão crifmados ou
nãojfecrifmaraocom aproteftaçãoquediífemosno Sacramento do
Bautifmo t raandandolhes que mudem os nomes q teuerem,fe não
forem de fanótos canonizados pola Igreja (como ja diífemos) ou
beatificados.
<i.ois<
nit,
remi
mmts,
s
Ía CUJ° ^e8uc2 nc>& nao odcuedeyxar por outro algum (a inda q
M. i, X4. feja fora do tempo da Quatcfma) faluo quando oque a de fer côn-
sul* kflado efeolher outro mais letrado, & fufficiente, ou antre cllc, & a
« »_•»» dito feu Rey tor, ou Cura, ou feus parcn tes ouucr algu efcandalo,ou
ódioj que neftes cafos lhe deue pedir licença para fe confcíTar a ou-
trem, & o Rey tor lha não deue negar, & negando lha, nos pola pro
Centelha outorgamos, com tanto que feja confefíòr aprouado per
nôs; & afsi fe poderá confeflàr aos ftades mendicantes, que podem
ouuirlíurcmcntcdcconfifsãocfendoos confeíTcrcs por feus mayo-1
res, em cada hum annopeflfoalmente examinados, & apreíèntados
a nôs,ouaoditonoflbProuifor,&Vigayro:aquem hade pedir hil
milmente licença, para miniftrar cite Sacramento: cõfotme ao Cõ*
C
llTk*'c ci^° Latcrancn^>navn^c'raa^o-Sem a qual licença nãocon
Atinas de feflará a inda que os penitentes tenháobulla pata feconfefliar acllcs,
^irflTtf. Por ^ a ^ita bufo k entende,fendo idóneos & aprouados. Excepto
ts.dtm* fctcuçtcmpriuilegio particular em contrayro, o qual molharão X
nos»
Titnlo.4- Do facràmentò JaCoafiíf. íõ
nSs, ou a noílò Prouifor. Mas nao poderão os taes frades aprefen ta
dos, cometer a confifsão a ou trem, íèm ter para iflbeípccial proui-
fâo. E também fe poderão confeflàr a aquelle Sacerdote,a que no*
mcadamenteosditosReytores,ouCuras,cometemfuas vezes.pá
ra ouuir de ccnfifsão a algú freguez pofto,que não tenha Cura de ai
mas: ou a quellcs que tomarem para os ajudar de licença do no íío
Prouifor, & Viga yro, quando teuerem tamanhas fregueziasõ lhe
feja neceíTario ajuda:porque em tal cafo,lhps mandamos que,po-
lo tempo da Quarefmà fomente tomem hú ajudador, pofto q não
tenha Cura de aimas,fendo aprouado:porque por falta de confeflb
res não dey xem de eftar confelTadosfeus fceguezes ao tempo detre-
minado, com tal que feja dos aprouados por nós,ou por noiToPro*
uifor. Eos ditos Rey tores, ou Curas,não admitirão ao Sacramen-
to da cómunhãopeífca alguá,fem eícritodo cõfefiot á os confeflbu>
fende dos acima ditos. Excepto moftrandolhe tal graça* prouifáaj
ou pr/uilcgio,perque íe poffáo liurementeconfeflat aquém quife
ré, da qqal ie duuidarem, lhes afsinem tempo pata a vir aprefétar
a nollo Prcuifor. E por euitar enganos que nós taes cafos íe foern
fazer: nóspolaprefcnte pomos fentença de excomunhão neftesef-
critos,em quem ouuer falfamete o eferito da confiCão,& dellô
vzar, ôcaísinoconfeíTor queoder.
Ç E porque nefta Conftituiçáo fe faz menç.ão,dc confcíTor idoneoi
& aprouado,dédaramos fer aquelle a que he, ou for cometidaCu
radealmas(náo fendo fufpenfo) ou for para iíío deputado per nós
ou por direyto,ou por priuílegio &aprouado:& deue íer pcílca dif
c
[etaívirtuofai& de bom exéplojetrado na fagrada efetiptura, ou c t. §. a
direyto canonicojouaomenosfaberos cânones penitenciaes,& ca ^H^LÍ.
los deconfciencia,&quefayba defeernir os peccados,poishadefer 2>.r*aw.
luiz delies. Para o qual mandamos aos ditos Priores, & Curas, & 'tMMf.
outros confeír0res,que fe exercitem no facramentalj&liuroSj ou *£££l
tratados decon6fsão:comoheo Manual deNauarto,Caietano,& Cí^OíSJ
outras fummas:& trabalhem por alimpar as conciencias dos peni- *f #Àt
tetes. Afsi mefmo lhe mandamos, que confeíTem fempre décto na
igreja,* não fura dçbay xo de aruores,ou fombras: &íefor molher
Ca. *: náo
1
* Título. 4.. do Sacramento áa Confiflao.
moconfelTasãono Thcfouro, nem Coro, né Hermida, nem eni
lugares!*ecreros,&apartudos. Eosquetodoofobredito nãocura-
pnrem,os condenamos,por cada vez,em qninhentos rs,para as o
bras da See, & cara quem os aceufar*
:
Confi .tu'çào. Vil Qutis Mzàhoiamoeflem os
enfermos cjue fc confefjem & comungue: (£/ das -ú !
o iegundod a o nao curara fob a dica pena: & íob a mcíma pena má-
daipo» a todofoiCyrurg.ãrsgueguardcmeflaneiía ConflitoicS* l
quando virem íernecefor m.
ícr neccífcno.
SM Ef^«»»*»««>m»wiiuConlBtu^ododUo Santo PaJ
í"ir „ ?""* P'° ^ T am°eft"™ em o Senhor a todas as pcíTo
*l *'V"°r«,ouIamd,a,esdacafa«1,queeíWoerifermo.&afe
usparcotes, qjetapto qu, aáo«cr. dem logo tecadod^To ao con-
eS,C m n,efn Col fcíror f
S tf f' ° °° '° * '°P« «^M & anime
fEosMedicosque idonam guardarem fceumprirem muyimev
ramente,procederemos contrael/escomofordereyto,*conforme
aConfiituicaododitoSír. tap^,.P,„,-,..:...
a Conííí tuÍ£áo do dito Santo Padre Pio Quinto, ' >*"""?«»?
|#
ftedefcobremasconfifSes^doscue '
procurdomaliaojamentefder '*
osjegrcdosdellas^dasp, À
torrem. ^
f. /ÍJacer
j"Sá? V^
Q«£ÍS£ ^'""f^^^^Priõíòb Cora; 55
outra pefloa que poder tenha, não o diz Confeflor como a
ap
nome;
Titulo. ^.DofacramentodaCônfilíáq. iy.'
homé:mas comominiltrodeDcOs. Ê feoconfenordefcobtiflcal-
gúacouía da confifsáo.feriacaufa de muy tosào râl Sacrameto nao
virem tio facilmente. E querendo » ilTo prouet confotmandonos
com os Sanflos Canbnes, mandamos que o confeflorpor nenhum «tf*»
«k
Titulo.^. Dofacramêtoda ConfiíTão.
■Q.í%m+ rè t0
^ S«í«í y merecer, legundo as circunílancias & graueza da culpa. E to*
%%íuin doS0S ^ue ou*irem algum pcccadoda confifsãohora fejaacinte, ho
+4. ify. ra acalo,o terão em muyto fegredo, & nem per palaura, nem peral
•4J»tf. ' g'jaoutraviaodefcubrirão,<lireaencindireaejporqueaindac]ueo
ligilio da confifáão obrigue fomente aos confeíFores, as Ieys diuinas
& humanas obr igão a todos a ter nefte cafo fegredo. E todo aquellc
que defcobrk peccado que pola dita mancy ra ouuir, fe para o ouuir
& faber fe ingirio tomando habito & pefíòa de confeíTor, alem da ex
comunhão mayorem que encorre,prouãdofelhej fera prezo, & fen
âo Clerigó,depoftoperpetnamentedoofficio,& aueráasmais penas
de cárcere & degredo que merecer: & fendo leygo fera condenado
fem dous annos de penitencia em hummofteyro, & pagará finco
éta cruzados para aSee & Meyrinho: & fe defcobrir o q a cafo ouuif
»nãofeinginndo,pagará hum Marco de prata do Aljube.
^Eporquealgúsimprudentes pregadores com grande efcandalò
do pouo em fuás pregaçõesreprendem peccados fecretos declarado
tircúftancias per onde fe vem a £• bcr,ou prefumir a pefíôa, ou peflb
as que os cometerão, & o pouo fe efeandaliza, & fofpeyta que no
púlpito dizem o que ouuem nas confifsões: Mandamos a todos os
Pregadores, que na reprenção dos peccados, renhão tal cõfideracao
que não falem em peccados fecretos, particularizando circúítancias
das peflbas, das culpas, do lugar, ou tempo em que fe cometerão,'
|>or onde fe venha a entender,ou prefumir quaes íãoos queascome
terão. E fazendo ocontrayro ferão fufpeníos doofficio de pregai
pcrhumannOj&auerãoamaispenaque merecerem, conformeá
culpa, ou defcuydo que teuerem. ' '
» *
■
VT R fi m damô s< ue vi
*ÊÚ 0 n P > í r l P« «uáedagúIubiieô, oubull*
iUclm. ^^apoaohcageral, ou efpecial quede licença para efeolher con-
'trSÁ feírot rc&ular>ou ícSular>nâo P°?a í?í cfc°l^o para iíTo fenã o que
He/efultu. "' tçuef
Timló. 4.. Dô Sacramento <3a Confílíaò; \6*
ttuer beneficio curado^ ou curadalmas, per nôs, ou noflb Prouiíbr
aprouado:pofto que as bulias & graças apoítolicas o não declarem:
pot eíla fer a intenção dos San&os Padres, quando não declararem
o contrayro:E os que abfolucrem de algúasCenfuras cm que teuc • ": í*; Z
remencouido, mandarão fatisfazer pimeyro, podédo: &não po« *trhrj*
dendo,fe lhe tomara caufáo na forma acima dita na Conftituiçac ao Ê '
quarta: & lhes declararão queeítaabfoiuiçãolhesnãoaproueyta
para o foro exterior, no qual fendo denunciados, ferão obrigados
a auer recurfo, & abfoluição;
Ç E não poderão outro fi per virtude de qualquer lubilleo difpéYar
nas irregularidades, & outras penas poftas por derey to, ou per fen
tença de algú Iuyz,nem fazer outra algua dífpenfação.
^ Outro fi, madamos a todos os Cófeúorcs,ou Sacerdotes que no
artigo, ou perigo da mor te, ou por outro legitimo impedimento
abfolueremaígú de algua excomunhão pofta per derey co, ou per
algúaCoftituição, eítatmo,ou per algú luyz aquém a abfoluição
da tal excomunhão fe dcuera pcdir,fe tal impediméto não ouuera;
lhe declarem que não o fazendo afsi, tornão a cair na mefma exco tj{ C*íH
munhão referuada aos mcfmos fupcriores,ou Iaizes como dantes -r(0J<je"£
era. E o Confcffor que ocõtrayro fezer ficará fufpenfode auer de up. tos»
x,í
nós recurfo, ou de noflb Vigayro,& pagara mil reaes para as obras jj^ *
daSee,&Meyrinho. '
A
Zntmh. dentinos& pelas Icysíeculares & tão recebida per cuftumc geral da
s
SC' igreja, foy inftimida, & ordenada para exaltação defte diuino Sa-,
ij.f.5^ mmcnto,&lionra& gloria de Deos,&coníolação dosficys&co-
Camn 6
' * fuzão dos hereges,* por uTo deue fer mais a cõpanhada de Cãtos, 5C
ífymnos efpiricuacsq prouoqué adcuaçao,4defeaas profanas &las
Triiit.A. ciuasquemouáoatizo:conformandonoscom o fagrado Concilio
Sí/.IJ,C.5 Xridentino,& com o Prouincial: Ordenamos & mandamos,que na
dita prociísao não haja reprefentaçãoaigúadeshonefta, nem molhej
tcs que repreícntem Tantas, cu outras inuençóes indecentes. E mã-
damos ao ncíícProyifor, & Vigay ro nolugat onde cttcueté, & ao*
Arciprcfies nos lugares de íuajurifdiçjío,* aos Priores, Reytores,
ou Curas onde náo ouuerArcipreftes,que na dita prccifsão náo co-
%tao coufa algúa das fobre ditas. E os que o contray ro fezerem pa-
garão mil rs, depena, que aplicamos a Confraria do San&ifsimo
Sacramento.
ava.Se/. f[ E conformandanos com a difpofição do fagrado Concilio Tri*
SèVE dentinoj&declatacáoquea coflainftanciafobre eHe cafo fezeráo
Titulo.?. DôracramétodaEucliâriftiâ. 19*
os Senhores Catdcaes deputados pata declaração dellc > manda-
mos autoritate apoftolica,de que nefta parte vZartiôs, & ordinária,
a todos os clérigos íeculares defte noíto Bifpado, que teuerem õroés
(acras, ou qualquer beneficio, ou que ao tépo da dita ptocifsáo nefta
Cidade refidirera, fob pena de excómutiháo ijpfo hão incurrenda,
& vinte cruzados para a confraria do Sanctiísimo Sacramento, &
Meyrinho, acompanhem com fuás Sobrepelizes a dita procifsão q
fc faz no dito dia de Corpus ChriíU, & afsi a do dia feguinte. E fob
a mefma pena, mandamos a todos, & quaes quer religiofos, ou cie
rigosdequaesquermoíleyros^ oucollegios deftaCidade,pofto q
fcjão izentos & immediatos à See Apoftolica , qúe nos duos dias
a. companhem as di tas procifsóes com fuás cruzeSj ficado nos ditôá
mofteyros & collegios fomente os religiofos, que para ò minifterio
<Ja cafaao tal tempo foré decefsariòsiôc hirácada mofteyró,ou collê
gio nolugar de fuaântiguidade,ou dequecftcuer em pofíèi & tendo
algum pnuilegioefpecial para não ferem compellidos â hir &as di-
tas prõcifsõcs, o moUrarao, & não o rhoftrando fe procederá cOntrá
«Hes, até com eríeytô obedecerem» ou moílrarem priuilegio que o*
defobrigue»
$ E porque o mefmo Concilio manda, & encarrega a todos os qué
forem Paftórès,& teuerem cura dalmas, que nos.diasdos Domin-
gos, & feftas principaesdigãoao pouo quando eftão ás miflas algúà
coufa defte Sacramento fan&ifsimo, éníinandolhe, & lembrando* Trtitftf.
lhe os grandes fruy tos efpmtuaes que alcançao ósque o recebem & thtlh\pm,
frequétáocomodeuem» Mandamos a todos os Priores, & Curas, J"^4
que per íi, ou per outrem, nas feitas do anno principaes, & húa vez rifti* s**
em cada mes, á eftação facão ao pouo eftas tão prouey roías lembra c^2t?t
Ç.as,cxortandoos,&perfuadindoos que frequente efte diuino Sacra Htcquidé
mento i&ofará cada hum pelo melhor modo que poder, &íbu> t^M.
ber,atènôs lhe ordenarmos liuro de praticas efpirituaes, que o dito >/*4; <*e
Concilio Tndentinoencomenda, fob penade quinhentos rs, por Mr*iui.i+
cada vez: & os noíTos Vifitadotesperguntarão fe fe cumpre eira Jjj!"jj'
f
Conftituicáo com diligencia* *$$bt\
Titulo. ?. cIoSacramentodaEuchariflia.
ff Conflituíção. II11. Como fe deuc Uuar efie San ~
Eto Sacramento aos enfermos.
I
Titulo. |, Do facramcta da, Euchariftk,
nao fpu digno, que vos entreis çrn minha morda: roas dita a vof
fô fanfta palaura, a minha alma fera falua' £ iftodiga três vezes
E np cabo dirá, Senhor em voflas mãos encomendo minha alma*
Vos me remiftçç D.eos de Verdade.
Í Acabado de çomúgar, lhe diga, í rmão day muy tas graças a noí
.. Senhor, par efla gíande roerce que vos fez, é auer porbé de vos.
Yi(uar,& fe apofeatar em voíTa aíma.-flcây muy to alegre & esforç*
do:, porque com tal Senhor afsj. o.deUeisdeeftarcconfiay na fuami
fcricprdia,& piedade, que elle lerá fémpre com vofeo. E também
Irmão pedis (fe neccíTario for) o Sacramento da Vnção? Diga Cu
f 2 íHaafsi fcy to cõ a íolennidadc & aparato cõ que fe Ieua.ro Sã-*
íto Sacrameutoao enfermo,com a mefraa fe tornara para a Igreja i
E fahiráo rezado o Pfal.Miferete meiDe*,& chegado à Igrejao po-
nha. noaItar:^moH;ralohàaopouo, & de pois delhomoftrar, dí]
g4hes o merecimento que tem ante Deos, por acompanhar o Sail
íta Sacramento. E que nos outorgamos quarenra dias de perdão a
$odp$osquéo acompanharão, ik\ na ida, como na vinda,&lhoí
outorgara da rioiía parte,lançandolivesabençáo;& meterá o Sááta
Sacramento np Sacrário,
% £ não o haufdo na Igreja (euará o Sacerdote húafoo Hoftia cojdj
&grada>para dar ao enfermo. E de pois de o. enfermo commugatí
Ioga hi na meíma, cafa tiraràa capa, & eftcHa: & outorgaráos dito*
perdões ao pouo. E porque ha de tornar fem Sacramento, não Ie-
uar aquando tornar lume diantedefi, nem tornará com folennida
de,pprque o pouo não adore o calcz,ou cuôodia. çuy dando que vai
Dejla o Sacramento. E feoenfermo,que.reccbetaSãcramento te-!
uer tal doença, que por algum accidepte» ou vomito, cu algu*
outra ajteraçáa 0 náp potfaou deua,receber: o Sacerdote lho moP
trará, & o prouocará a toda a deuaçãa, para que oadore fomente*.
E iítoficarà em arbítrio do Sacerdote* ppkenfor mação quedado-
ente teuer,
f Ípor ^Ptpquandodiflêr ro iâ^parja confagrar, &leuar o Saneia?
^çramento a algum eufermo,na %r£>a.é que n áo oauer SactajW
M*pfa comungar oa sniflã, nunqua tomarão lauatoriei atsã vesj
nb*
<?.
• »
Titulo:?. DòfacrametodaEucharlíliaí
r
21.
íiha de cazá do enfermo: para que fendo cafoque o enfermo o não
poíTa receber pelasxaufas 'obre ditas , & tornar com o San&o Sacra
mento a Igreja: a hi com unge outra veza & tome olauatoriopois
não ha Sacrário, nem lugar onde fe guarde. E o Sacerdote que to-
do afsi não cumprir, pagará por cada vez quinhentos f s, & auerá
amais pena xijue feuexceíTo merecer.
qCanjimiçáp. K ComoJe hãode preparar <u cajai[dos
x '■ enfermoiyaqtiemfef)cide.lmaro Sm-'
Eiijsimo Sacramento.
W) O l\ que muy tas vezes acontece íertão pobre o enfermo,que
1; não tem com quêcoarer tara caía em quehadecomungar,nem
meza onde fe ponha o Sanfto Sacramento: Ordenamos, & manda
mos, que fendo ferto o Prior, ou Cura de tal pobreza: tenha êuyda-i
do de bufear pela vizinhança, ou de fua caZa,ou donde íe melhor po
der auer, todooneceílãrio para confertar a câzaerri que ha de entrar
O Sando Sacramento: & meza em quefe ha de pôr -y não cófiderádo
ihonra doshomés, mas o acatamento &reuerencia,que fe deuea
tão alto mifterio. /
*[ E acontecendo morar O enfermo tão longe da Igreja donde h 1 de
fair o Sanóto Sacramento á caza em q eftá o enfermo, q haja quarto
de legoa, ou quafn & poíto que eja menos, fe o caminho for tal,
ou o tempo for de tanto vento, ou chuua, quefe naopoíTa lcuat o Sã
&o Sacramento com a reuerencia, honeftidade, & acatamento que
' ^ontiem íoufe temer algum perigo polo defeonferto do tempo, ou
do caminho: em taes caíos auemos por bem, & feruiço de Deos, q
auendo algua Hermida juntodonde o enfermoefteucr, fe diga nella
mifla, & não auendo na Hermida ornamentos, leuenfe da Igreja:
&da dua Hermida feleuará o Sanita Sacramento ao enfermo. E
não auendo Hermida, fe poderá dizer miflfa em qualquer Oratório
de cazas priuadas, ou em Altar dedicado ao oculto diuino; & por nc
nhúa via o Sacerdote leuará Alçar portátil, nem dirá mifla nelle, po-<
fto que a Igreja, ou Oratório eftè longe, por afsi eftar determinado
pelo fanâo ConcilioTridentino:mas' leuará o Sanétifsimo Sacra-
mento da Igreja, Hermida, ou Oratorio,queefteuermais ve2Ínho
F ácaza
Titulo.^ Dofacramétoda Euchariflia.
ácaza do enfermo com a mais decencia,& deuação que lhe forpofsi
uel* E fe não ouuct Igreja, nem Oratório no lugar onde o enfermo
efta, nem mea legoa delle, & a necefsidadctlo enfermo for tal,q não
poderá efperar que fe lhe traga da fua, ou de outra Igreja, ou o temr
po não der lugar a iflb, de maneyrâ que o Parrocho entenda que a-
uendofede trazer da Igrcja,o enfermo eftá em perigo de morrer fem
elle, ou de açontefer algum outro grande perigo; em tal caio pode
rá dizer mula em altar portátil, porque ocorrendo tal necefsidade,
não há lugar a prohibição de direy tot Mas feja auifado o Sacerdote,
que íêmefta grande necefsidade, ou perigo^ão diga mula em al-
tar portátil, íob pena de fufpençáo per hummes, & de2 cruzados pa.
iraas obras da Igreja, &Meyrinho.
^ Conftitmção. Vi, Que nas Jgre\asfefarãofacrarios em aue
:e(iê o Sanãijsimo Sacramento
tàb. s*ne /^Onfiderando os Sanâos Padres a necefsidade, que os enfer-
me ceitbr. V^>mos té,de receber oSá&ifsimo Sacra meto da Comunhão em
ilíafiíikupaíTamento,&úconfolação dosfieysChrifláos: ordenarão,que
tuá r%
* \ nas Igrejas curadas, &mofteyros cftcuefleo fan&ifsimocorpode
sef.i"c*6> fcofíb Senhor, em facrarios deputados pàrâ iflb, para íe dar aos en-
fermos quando o quiferem receber: o quallhes darão, fe ouuer hi tal
nccefsidadejque pareça não fe poderdilatar: pofto que tenhão comi
do, & feja denoy te. Por tanto mandamos, que em todos os moftey
toscònuentuaes,& Igrejas collegiadas, & também nas curadas,
que teucrem quarenta vezinhos á ellas conjuntos em pouoação, ÔC
dahi para cima:fàção hórados facrarios á eufta das meímas Igrejas,
ou molteyros,oudequé'dircytofor ;ondeeítèoSan<Stifsimo Sacra-
mento, o qual cftarà no Altar Mor, fe pofsiuel for, em q fe ponhão
ao menos três hoftiasconfagradas,húa grande para leuaraos enfer-
mos, o Sanâo Sacramento: & duas pequenas, para elles comunga
rem: & eflarão fechados com boas fechaduras, Ôcchaucs, com todo
oacataméto, & veneração,fegudoa íàculdade de cada Igreja:&te
ráas chaues o Prior, Rcytor,ou Cura,ou o Prior Crafleyro do mo-
fíeyro,onde Cura não cuuer.E não as cometerá a outra pefíba algua;
íáluoemcafo de legitima necefsidade:& fendo Sacerdote.
f Eícjão
Titulo. ?. Do facrameto da Euchariftia. %i
%Ê fcjão auizados q tenhão o San&tfsimo Sacràméto em cayxâ êt
pao forrada de velludo, ou fetim, & não em prata porque a fido fur
tem: & feja poíh em pedra de Ara,& em corporaes muyto limpos
fora de roda humidade, ErenoUalohão, de õy to, em oy to dias, 64
krão lauar os corporaes per Sacerdotes, oU Diáconos, & de mez, 6
ftiez, lhos porão latlados, olhando primeyro o Sacerdote que tirâc
os velhosj que não fique nellesalgúa relíquia do Sanctifsimo Sacra
meto. Eaueráfempre ante o San&o Sacramento hua lâmpada bc
confertada.combomazeyte,4cuítada Igreja, ou Mofteyto, ouõ!
~ * 'ff r . . i . ° /IAí>/*C d.c, Sane
que aulo for obrigado, de maneyra que nUnquaefieôSancto Sacra «dfin.de
mento fem lume, porque afsi o manda o direyto. Significando pe- £S^
Mumecorporal a claridade, ôacfplandorefpiritUal, com que O
Saa&iísituo Sacramenro alumia as almas daquelles que digna-
mente o recebem* E nas Igrejas cujas rendas não paílarem de crin*
ta miíteacsjfenãoouuereímolíaordenada paia a lápada,ordenefc
Huapeffca denota que peça paraella: & o que a efmolla,& petitório
n
ão bailar, fcfupra pelas rendas da dita Igreja, ou fupfaô os moído
toos das coafrarias,nouamente iníiúuidas pelas efmollâs que rece-
bem. E os Píiores, Reytotes,8i Curâs,& peílbas a que pertencer,
que oíobreditonãocuprirem, quanto ao fazer do Sacratio,dapu«
bl ícaçlo delta a féis mezes, por efle mefmo feyto,os aUemos por có
dr nadou em mil rs:& por cada vez que a dita Iãpada não efteuef
•cíZ i a rmy or perte do dia, & toda a noy te, pagara o que delia te-
tttt cuydido, fiucoenta reaes. E fe a culpa for táo grâue,que mere-í
Ç* mayot pena, fera punido mais graueméte ao arbítrio do noflb
^rouifor, Vigayro, ou Vifitadores, aosquaesmandamos,que cõ
todo o cuydado, & diligencia o íàçãoafsicuprir, & guaidar,comd
por nos eftà ordenado.
»— — • _
A
f Titulo. 6 * Da facraméto da Vnção 1%.
também,fe o enfermo efteuer em tal paflbjquefeduuide fehe morto
ouviuo: porque então lho dará com proteftação, que ô não vnja
fe he morto.
f E a peífoa que por defprezo, ao menos fendo requerido, o deixar cic.Trti:
de receber, falecendo/erlhehá denegada a ecclefiaftica fepulturâ. E SC/MM
o Rey tor, ou Cura, que todo o íobre dito nao cumprir, lera caftiga V»#.í.$.«í.
T
do como merecer fua culpa. E acabado de dar o dito Sacramento, Jf£%t
encarregamos aos Priores, Reytores, & Curas, que trabalhem de dqiaa
eftar com os enfermos, & os esforcem & ajudem abem morrer, tra
Zendoíhe á memoria a payxáo de noílb Senhor lefuChrifto, como
fe contem no titulo da rezidencia. E os viíuadores procurem quefe
cumpra efte capitulo nos lugares onde fe poder cumprir. E o Cura
a que falecer enfermo fem elte Sacramento por fuâ culpa, ou mani-
feftanegligencia^haueráa pena que diífemosno titulo da confifsãç»
capitulo. 6.
m
* f * •
jccrat. Qleo infirmorum, ate que venhãoper nouos óleos, por que íbbre-
uindo no meyo tempo algum perigo de morte a algum enfermo, o
pofsão com elle vngir: & o contrayro fazendo, fe lhe de graue caíH
go. Por tanto conforroandonos com ellc$ ordenamos & mãdamos
a todos os Priores,Reytores, & Curas, & outras peífoas a que per-
tencer ter os ditos oleos, que em cada hum anno vão ou mãdem poí
pcflbas de ordens facras,& não per outras,pelos òleos,nouos& chrií*
ma a nofla Igreja Çathcdral, ate trinta dias depois de Paícoa, fobpô I
nade trezentos rs.*
^ E por eíla defendemos ao Sòbthcfourey ro da nofla See,ou aqueto
cargo teucr dos Sanâo s óleos, que os não de, fe não a Clérigo conft»
tuído em ordes facras, fob pena de quatrocetos rs, para o nofío Mc/
linho i o qual Clérigo jurará que os leuará a bó recado fem diminui-
ção .E fe o Sacerdote que for pdos oleos, depois de lhe ferem entre*
guês, for impedidode maneyra que os não pofla leuará ígreja onde
hão de fer poftos, mandalos ha por outro Clérigo de ordes facras»
& não os entregue a IcygOj fob pena dequinhentos rs.
hão de guardar.
Câp u- TJ Por fer injuria de toda a ordem & eftado clerical, os que fáo dedi
con
55JjJj^
Trid i-r^cadosaomtniíteriodiuino,&reruiçoda Igreja, mendicarem,
u. dt re ou exercitarem officios vis, mandarão os Cancncs antigos renoua-
íéjfnèmt dos pdo Concilio Tridentíno, que nenhum feja promouido a ordés
»? tf.sã facras, fem primeyro conftar que tem & poíTue pacificamente Bene
dijié' ' ficio ecdefiaítito, íufficientepara fua fuflen tacão. E os que teuerem
património, penção,juro, ou tença, cu outro titulo temporal perpe
tuo, & certo, & íufficiente para fe íuílentarem, podojão fer ordena
djs, pârccendonosquefãoneceífarios,ou proueytofos à Igreja, co
mo pelo mofino Concilio efiá ordenado.
Ç E por que muy tos, para effey to de ferem ordenados, hão de feus
paes, parentes, ou amigos doações de bens & fazendas, das quaes
fazem eferituras, tomãopoíTe,obrigandofepor eferito, ou prome-
tendo per palaura, tanto que forem ordenados, tornarem a alargar
lhe a dita fazenda, ou de não lhe leuarem os rendimentos delia.
Mandamos a noíTo Prouiíor, & Vigay ro, & aos examinadores que
com muy ta diligencia vejão as doações, & títulos dos patrimónios
que lhe forc aprefentados, a qualidade da fazenda, os rendimentos
delia, as peíToas que a desão i & Tendo o que a deu Pay, ou Auoo vi
jafe,
Titulo. 8. DoSacramento da Ordem. 27?
jafe,fe lhe cabe em lcgitima,& terça, & fe tem cafados outros filhos, TridMU
ou ordenados primeyro, a que fua terça já leja obrigada} & f ndo-^"'
parentes ou peílòas éfiranhas, veríeha íe os que a derão fáo cafados,
fe outorgarão fuás molhcres; fe pedem dar a tal fazenda fem prejudi
carás legitimas de feus filhos ,&feeflá obrigada a alguém por ge-
ral,ou eípecial hipohtecaj& fe realmente eftáo de poílè dos taes bensi
& mandarão febre iflo fazer diligencias,publicas,ou fecretas;que lhe
parecerem mais neceflàrias,
^ E fe algum com pouco temor de Deos, pôr engano fe feZer orde
R
ar fem titulo de beneficio, ou património, alem da irrigularidade rã^rri,
c
tn queencorre, fera prezo & degradado para Afírica,ou outra par y£p{ff£
te fora do Reyno que a nos cu hoflõ Vigayrc parecer ♦ E o que alcá- tomãntc.
Çar dalgum Clérigo Beneficiado que nosfru&os de fua Igreja, cu ÍV.V/Úé
beneficio lhe Ccnítitua titulo a que fejaprouidojoude algum Cleri* ]>«*•
go,ou leygo que lhe cõftituâ pati imonio a cujo titulo fe ordene,jurá
do, cu prometendo de nUnqua lhe pedir coufaalguâ, nem o inquie-
tar fobre iffo; o queafsi lhe conftituir tal titulo, íendo Clérigo encot
fera em fufpenfáo de fuás ordens & orneio clerical per rres annos:
E o queafsi for ordenado, fica irrigular para não poder jamais vfar
das ordés que tem, nem receber outras; faluo auendo diípenfaçao
da See Apoftohca por afsi eílar determinado per dircy to Canónico* Cêp. /«»»
^ E porque os que ião ordenados a titulo de Beneficio, o não pode jíu!u.
renunciar, fem primey ro terem outro titulo de Beneficio, penção, *•»}/»*«
ou património, ou outro ícmelhante,declarando que foráo ordena*
dos ao titulo delle; & fazendo o contrayro, a tal renunciação & tu*
do o que delia fe feguirhenullo. E osque*fão ordenados ao titulo
de património, não o podem alhear fem terem outra couía ferta &
perpetuadeque viuão: mandamos âonofio Efcriuãoda Camara,q
em o termo em que efercue os oue íe ordenão, declare o Beneficio a
eujo titulo cada hum foy ordenado, & o património jtreíladando as
doações no dito termo, para per elle confiar como eftà obrigado,
&fefabct (dalgum renunciou, ou alheou o Beneficio, ou patrimó-
nio a cujo titulo foy ordenado,tomo não deuia, & fe proceder no
cafo como for júítiça.
G3 f^ft
Titulo. 8. Do Sacrameto da Ordem.
«
matriculas para lha darem, mandamos que fc não leuc mais da do^
braquecmcuflumceftáaleuarfe.
utitfimn ^ E porque todas as peflbas que no minifterio defte Sacramento in-
jfjj.íue teruem,deuemfugir muytotodaafofpeyta de íimonia, ou cobiça,
rtf«r,(>i conformandonoscom o Concilio Tridentino, mandamos a todos
os examinadores, aísiftentes, ajudadores, &Norayro,que cónoflb,
ou com outro Prelado de nona licença, neíle Bifpado afsifíirem ao
mimfíeriode todas as ditasordés,& cada hua delias, & afsida pri-
me y ra Tonfuta-, que o facão de graça & liberalmente; & não afleyte
de algum dos que fe hão de ordenar coufa algúa,pofto que feja de co
mer, ou"menos valia-, ainda que de íua vontade lha offereçao. Eo
Eíctiuãoda Camará pelo trabalho de osaíTentar na matricula,ou de
os nomear quando íe ordenão, não poderá leuar, nem pedir coufa.
algúaj&polas cartas das ordens,oudimiflbrias,leuará fomente a de*
cima parte de hum cruzado, como o Concilomanda» Eos Sacerdo
tes, a ísifíentes, examinadores, que cõtra forma defta prouifáo algua.
couía recebem, alem das cenfuras, & penas que per direy to encorré,'
pagarão vime cruzados, & nunqua mais feruiráo no dito officio:8£
o tfcriuáo que algtla coufa mais leuar, que o que aqui lhe he taixa^
do, perderá o officio para nunqua mais o feruir.
^ E outro fi mandamos,que nas letras dimúTorias, quefe paflàrertt
á alguns fubditos defte Bifpado, que fe ouuerem de ordenar em ou-
tra par te, fe declare como vay examinado, & fey tas tedas as diligeti
cias que per direy to Canonico,& Concilio Tridentino fe requerem j
& fe for d: ípenfado, inrra têmpora, afsifc lhe declarem também. E
eftas letras dimillbrias, ou reuerédas, não pode paílàr Abbade algúy
ou Prior fecular, ou regular defte neflò Bifpado, a peflba algúa fecu-
fiHjtf,'ar><lue fe ouuer de ordenar; nem o Cabido, See vaganre,as paflàrá
7-derefor dentro de hum anno, contado do dia que vagarj íaluo para eíFey
W4ttt
'to de auer algum Beneficio com eífeyto , ou tendo Beneficio
por cujo refpcyto íèhaja de ordenar: & fazendo o contrayro os
Abbades, Prior es, & Cabido encorrem em fentença de interdiftoí
& os ordenados encorrerãoem fufpcnção da execução de fuás ordés*
ipfo jure, até o Prelado,que foceder, mandar o contrayro.
* """"'" ÇOrdç
J
Tituló.8. Do Sacramento da Ordem. 50.
M
1
Título. 9. Do Sacramento do Matrirnô. %il
Ç Sejurou, ou prometeo cafar elle com algua parenta delia no pri- ***£&
ttieyro gráo, corao he mãy, filha, irmaádaquella com que quer ça*ftfi14.de.
íar; ou ella prometeo cafat com parenta dellc nomcfmo gráo, <pc^™£*
emdireytofechamaimpedimemo de publica honeftidade; porque f^.j.
efic impedimento dirime o Matrimonio, ainda que o parente, ou pa
réta a quem prometerão, fejáo falecidos, ou lhe remitiíTem a obri-
gação não fendo os taes efpofouros per algúa razão nullos.
«[ Se algum delles em facede Igreja, ou em outra parte,fendo prefé- ******
te o Parrocho, & duas ou três teítemunhas, fe cafou com palauras de Extrauag*
prefente, com algum parente>ou parenta do outro, dentro do quar-1 j^^
to grão, que jáíeja falecido; ainda que o Matrimonio não foíTe con- &t,
fumado per copula: porque ainda que por tal Matrimonio não íe
contrahè impedimento de amnidadc,nafcedelle outro impedimen
to femelhante,baftantc para impedir & desfazer o Matrimonio até
o quarto gráo, como per hum Motuproprio de Pio Quinto he de-
clarado.
,f Se algum delles he mouro, ou gentio, & ainda não he bautizado, g^jí
& outro Chriftão bautÍ2ado -, por que eftes não podcm,nem deuem riràôf.'
cafar, & cafando nãovaloMatrimonio* ^d^l".
^ Se algum delles he catiuohauido por liure, & o outro não labe q ■.«*£»
he catiuo ,mas tendo para fique heliurecafa: & também 'ifto fe àe-cu7u
ue de defeubrir j porque a ignorância do catiuey to anulla o Matrimo
nio; & conuem íaberfe a condição da peííoa, para ter • confentimen*
to legitimo.
f Se por erro, ou engano elle recebeo húa, tendo intenção'de tttt^JJ*
ter outra, ou eilaoutroi '..■;. . & «*•**
f Sc fendo algum caiado outra vez, deu cáufa,ou cometeoadulte-^^;.
tio com outra» prometendo cafar com cila, & para efte fey to ordena j.1,
» . 11 J^ tJu]>.boc
raoamorteaprimcyramolherjOU mando» <ie «»•?«»
If Sealgum delles tem perfilhado, ou outro que em direyto fe çW-^fM*
ma parenteníco leear, ooraue durando elle não podem cafar, & ca- c.ue cogi
lane o, o Matrimonio he nullo.
^ Se he doudo, ou defacizadodemaneyra, que não entenda o que M
faz, nem pode ter legitimo cõfenliméto, tedo diiucidos inMruallos -, -
Titulo. 9. Do Sacramento do Matnmo,
no tempo delles podeta cafar.
t.\M rap- ^ Se clle a tem roubada per força, não pode cafar té cila fer pofta cm
unb.Tri. War feguro, & poíTaConfcntir liuremente.
reformai. ^ Os impedimentos que nao dirimem fao os ieguintes, dos quaes
( 6
*]>' ' lambem fãoobrigados a denunciar os quedelles fouberem:porque
ainda, que o Matrimonio neíles cafos valha, com tudo não fc deué
fazer j & a Igreja manda que fe nãofaçáo.
cmmiin. ^ Se algum delles íez algum voto fimplczdc caftidade,ou religião»
e
STaút íX í ^ prometeojou jurou cafar com outra ou cila com outro.
rLnimtHu tj Se per algum juiz có jufta cauía lhe eftá interdigo o Matrimonio,
e
fpoiíf. & mandado que náocafe.
í.%.ar>$d« ^ se algôa outra peílba o pede por marido, ouellapor molher,&pe
(õtract d de fobre íflb demanda; por que té a demanda fc acabar, & fer abfolil
"ti**"', to nao pode cafar.
t.fuf. bot $ Sao também ptohibidos por direyto cafar os què matao fuás mo-,
á
çJnoMt. Iteres, ou as que matáoíeus maridos: os que cometem peccado de
c4e///<»'í«inceftô, ou adultério: os que matao clérigos: os que roubãoefpof*
uomtcon alhea: os que fendo outra vez cafádos, quifetaofer padrinhos de feuS
Janzuinil''dihosKÍ para prejudicarem ao debito conjugal: & qualquer peccado
pelo qual lhe feja poda penitencia publica. £ mandamos a todos 0$
fobre ditos que leáô efta Conftituição ao pouo, declarandolhe que
cites fáo os impedimentos de que deuem denunciar, encomendando
lhes q os faybão, & tenhão na memoria, para que quando fe correré
os banhos a algús poíTáo dizer o que conuem, & fao obrigados.
t.pmtru ^ E pofíoque de cada hum dos impedimentos fobre ditos, que impe
i*íf6J' dem, &dirimem o Matrimonio, nao haja mais que hua teíiemunha
de certeza, ainda que feja Pay, ou may, ou parente; ou muytos que
teftefiquem de fama publica, & confiante, o Prior, ou Cura, não ce-
lebrarão Matrimonio, & os remeterá ao noíTo Prouifor, ou Vigay»
ro, como dito he.
^"EquandofedeuunciatemalgUns,quejáforãooutra vez cafados,
lhe nomearão também a molher primeyra com queelle foy caiado,
ou o marido primeyro com que cila ja *foy cafada, '& feus pães, #
mães, & as terras em que viueráo, & não ferão recebidos até cofiar
lcgu»
Titulo p.Do Sacramento do Matrimónio? 35
legitimamente que a primcyra molher, cu marido fáomortos; 8tt.mpr*fi
lendo osmorrcsdamefmafregreziaem que cafáo,poderá oRey- Í-J. ^*
tor,ouParrocho rccebelos, cenftandolhe da morte dos primeyros:
mas fendo doutra freguezia, cu Cidade, ou lugar, & may ormente
doutro Bifpado, ou Reyno,nihura Prior, ou Parrocho os receberá
tem mãdado noíío,ou de noíío Prouifor,ouVigay ro,no qualdeclare
como íejuítificou ante elie a mortedos primeyros.
^ Outro fi, ordenamos, &mádamos, que fendo algu dos que que-
'emcafardeforadoBifpado>oudeoutroconcelho,as certidões dos
pregões que vierem de fora, fe leuem primeyro ao neflb Prouifof,
°u Vigayro, para que ante ellefe jufíifiquc-,&com fua jumficaçáo &
^ípach&fe leuarão ao Parrocho. E ao noflb Proinfor,& Vigayro má
damos, que náo aceytem cerridáo de freguez, nem lhe dem defpa-
c
noíédo de fora do Bifpado j Saluo vindo reconhecidas per certidão
^tenticadoPxouifor, ou Vigayro Geraldo dito Bifpado debayxo
fi
" fcu íinal3& feIlo,polo perigo cj niíTo pede auer .Eo Piiorxu Parro
cho que contra forma deftaConftituiçáo receber a!gus, íemfecone
te
«nosbanhos,oufemnoflb cfpecialmandado, per que csremita-
^os, ençorreráem fufpenção defcuofficio per hum anno, & pagará
"^ cruzados para as obras da See, & Meyrinhb,& auerá as mais pe-
nas
q a noflb Prouifor,ou Vigayro parecer,fegfido a calidade da cul
Pa.
^ Conftimçâo. 1111. Quaesjãoos VArrochos que deuem
fer pre lentes ao Matrimonio.
I ai»-
Titulo, o. Do Sacramento do Matrimonio
>t «M a licença ha de ferexprcífa: porque tacita per feieocia &permifsa<)
de C*rlit. do Ordinário, ou Parrocho,náo vai, como pelo Collegio dos Cav
.«A.45J. deães he declarado. E para tirar todas as duuídas fe dará por efcritO'
«| fc porque temos vilto per expcricncu^querauy tos por fe defobri'
garem de outras molheres com que tem jurado, ou prometido de
cafar,ouporlhenãodefcobrirem algunsfemelhantcs inipedimeív
tos, cm grande prejuy20 das partes,& encargo de fuás confeiencia?»
v com pouco temor de Deosjchamáo os Parrochos, fingindo outraJ
necefsidades,& por força,ou por medo os detém, & fazem fer pre
fenteí, & diante dcllcs com tefterq unhas fe cafáo. Nós por atalhar 3
tão grandes males, quanto em nós he, pomos nas peíToas dos que
por tal maneyra fe cafarem, enganando, ou fazendo força, ou medo
a fcuParrocho, fentençade excomunhãoipfofado:cujaabfoluicáo
anos referuamos, & ícrãopreíbs,&do Aljubeferão cõdenadcsem
hum annodsdegredo para tbradoBifpado,&cincoenta cruzados!
& não podido pagar efta pena, auetáo o degredo dobrado,& as m*
is penas q conforme ácahdade do cafomercceréiôc na meímapefl*
cncorreráoasteítemunhai-,q por vontade fe acharem piefentes.
A Lguaspcííbas,pcítpoíto o temcrdeDeos,&emmanifcíiopG
rigode fuás conícienctas,le calão acinte cm gráos prohibido*
C/íMJ.I. de de confanguinidade, ouaífimdade:ou íendo de ordens facras,ou tf
ío os
nitTf"íMè ^ ptofcíTos :os quaes alem da íentenca de excomunhão em <j
riUnuf^1^0 &&0) cncorrem:caem em outras penas deDereyto Ciuil, #
tas.c. de i 'cys do Reyno. Polo qual mâdamos que os q taes Matrimónios c&
c
«ejt.mp. crahirem, além das ditas penas,paguem cada hum dous mil rs, am
tadepara ásobras da See,&aoutraameradc para quem os acufat*'
0
&paga aditapena,íejáo abfoltosda excomunhão emejencorrera '
E cõíiderando de quátos inconuenientes ião cauía os clérigos, & \tf
gos,quc fão preícntes a taes cafamemos, cu efeofeutos: manda'
-
L
Titulo. 9. Do Sacramento do Matrimonio.
que pertencer prouer & remediar eftes males,que não admitão caia
rem os taes eftrangeyros facilmente; & manda aos Priores Reyto*
reSj & Curas que LSLJ coníintão os taes cafamentos, nem fcjáo prei
fentesaelles,fem primeyrofc fazer muy diligentemente exame #
informação das taes peflbas,como podem calar: & a informação que
afsitomarem enuiarão com diligencia ao Prclado,cu feuProuifor,#
fem fua licença fe não receberão.
^ Por tanto mandamos,que nenhum Prior, Reyror, cu Cura, oil
Clcrigodefte noíTo Bifpado receba pcílba alg^a eftrangeyraque não
íeja conhecido per íoiccyrc,fem noflfi ucença,cu de ncílb Promfrr,»
qual lhe fera dad 1, amoftrando píimey ro per eíírumento ou teíiemU
rihaicomohefoheyrOj&portalauidona terra onde hcnatuia!>#
onde viucíle a mayor parte do tempo de fua vida.
<[ £ o Clérigo que afsi o não cumprir pagirádous mil f samerade p*
ra as obras da See,ametade para oMe^nrjho;queoacufar, &fer3
caftigado como o cafo merecer.
^ E le algús íáo infamados que fio cafados cm eutra parte, &naO
f i2em vida com fuás molhercs,logo os ditos Pricic?, Reytores, #
Curas,o faráo a faber a nos cu neflo Prouifor, para n íTJ prcuerm??
como nos parecer fetuiço do Senhor.
ij" E afsi fe ouucr pobres,cu outras pcífoas que tragâo ccnfgo mclfc
ies,fendoeftrangeyros,osduosPíJores,K.cytcrts, & Curas os n^
cõfmtirão pedir em íuas freguezias>nem tilar mais de cL UJ» das, aíc
coníhr per cer tidáo que fáo cafados.
ff E porque algús vzandoenganclamente deite Sacramento do Ma
ttimoniOjA: iludindo a Iufti>a para mais foltamenie permanecerei!»
em f:usp.ccadas,com grande perigo de fuascõfcicncias(pcípt^
o temor de Deos) fazem que algús homé>,rrincipa!mentc feuscri*
doç,fc cafem fingidarnente com molheresque ellcstctr porrr*
1
cebas,& ainda dão dinhey ro porque as recebáo por melheres, a fifl
depermaneGerem no dito pecrado. Querendo nós a ificproue''»
defendemos aos íobteditos,huns& outros, que não facão taes caU'
mcntos.nem procurem que fe facão, nem fejáo teítemunhas nclí^j
&fa2endo ocontrayroneíiesptefentescfcrnos,pómos em cada^
Titulo.o. Do Sacrameto do Matrimõ. 37.
delles fentcça de excõmunhão,da qual não fcrao abfolros atèpagarc
vinte cruzados,alé da mais pena de prifãofc degredo que merecerê.
fÇE por feeuitarem azos de peccar, mandamos que tanto qucalgúa
que íoy manceba de Clérigo, ou leygo cafar, não entre mais em ca.
fa do tal Clérigo ou leygo, nem tenha conuerfaçáo com elle, nem
ellearecolha. E fazendo algum ocontrayro, por cada vez que for
comprendido pagará mil rs;& fendo compredido mais que húa vez,
alem da dita pena, eftar á no Aljube vinte dias: & a mefma pena aue-
lãoosque tomarem por comadres as que dantes teUeráo por mance
bas, fe depois lhe forem viflas cm cafa.
/
N
X Titulo .o. Do Sacramento doMatrimò,
t
1 T x
I Odos os quarenta dias da Ouareímá. t-quadn.
* JL ^ As quatro têmporas do anno, que lao as leguintes. decõ/ecr.
d
3 $ Á primêyra quarta feyra , íefía, & íabbado depois de dia de T'?'...
Cinza. càjcj.76.
4 ^ Áprimeyrâ quarta feyra, feita* & fabbadó, depois do Pehthe- f/,!'ti9
CoítC. vesdtcon
4 J
5 Gf A primeyraquarta feyrâ,feftaí &Sabbâdo, depois de Sanóta*^ ''
r
Cruz de Setembro.
$ ^ A primeyra quarta feyra, íefta, & fabbado, depois de San&a
Luzia.
? % Os primeyros doús dias das ladainhas, poftó que não fejão
de obrigação de jejum, fe não pode nelles comer carne, ■
* ^ O terceyro dia das Ladainhas, que hé vefpera da Afcenção,fe t, mfeti
jejuará, per cuftumedefteRey no. 16-dijt.^
5
f Vefpera do Spiritu San&o, qucheao fabbado,fc jejuará.
10
^ Todas as vefperas das fcftas, & fan&os, que câcm pelos me-
fes> abayxo declaradas, fe jejuarão*
Wé
Titulo, Iò. Dos jejus cie obrigação,' 4.1^
^Couflituiçâo. 11. Dosdiasde]e\Um,emauefãoprohihidos
OHOSI f£j leyte i {£) coujas dclle, per dtreyto Canónico*
T I T V L O. XI.
Das feitas do Anno, & lembran-
ça delias.
€ ConftimiçM. /. Das feflas do Ànm^ejehâ»
de guardar^ \i\mu
IANEYRO.
r
^ Conjlituiçâo. 111. Daspenas dos que trabalhão em os
dias (anãos0 f£j como fe procedera contra elles.
TitQló.n.DôsPriores^RcytòresA Cifras. ^
fcntandofe por merios tempo fem deyxar Cdrá= idorieó, como dito»
he5 fera preZo,& do Aljube grauementecaftigado fcgundo á culpa"
que teíier i & o prejuízo que de fua áufencia fe leguio aos que morre-
rão fem os Sacramentos, que ellelhe hera obrigado adriíinillrá^Efe
algum Prior, ou Rey tor andando auíente de fua refidettciá, fem cau-
fa juíta, & licença como ditohe, ainda que adoeça dedoença tão- gra
«equenáopoíratorriarafualgtejâ,feráaúidóposnãó refidente, &
f crderáosfrudos de todo o tempo que eíteiíer áufente, àindã quci
alleguc & pr oue que fc não á doècéra, fe houuera devir r efidir mais
fedo cm feu beneficio,& os que com licença & cáufâ jufta forem âufé UM Mi
tes, óudcntrodosquinzediasperqUefcpodcmauícntat femliccn- fjfc*
9, adoecerem de tal doença que tiao pofsãò tornarfe,ferão áuidoi alâudà*
por refidéntés todo o tempo que confiar, que por cauía de fuádoerí- ^ ^
Ça fc não poderão tornar á fuás Igrejasíporqtic conforme ádirey to*
os queadocccmrefidindò, ou andando aúfentes com cauíá juíta, &:
licença, fãoauidos por teG(lentes,& não os ejue fota de fua refiden
cia caem cm ínfirmidades-f . . . j
ÍEporquefomosinformadosiqueosPrioreSjReytorcsdasIgrcjai
que tem coadjutores,ou Curas, fe tem petfuádido que cumprem cõ
a obrigação de fua rèfidenciá, eftando em fuás Igrejas, tendo nellas
feu domicilio,* na ádmiuiftrãoper fi os Sacramentos a feus fregue-
ses, mayóf mente o Sacramento da GonGísão, 6c efpeeialmente aos
«flfermos &que eftão em perigo de morte* nem lhes pregão ou" *ft?
feâô o que íhes conuem pára fua faluação, carregando tudo fobre o
Curàjóu coadjutor í noquegrauemenreenearregão fuás cònfcien-
cias, nem fazem refidcncia como (ao obrigados, &odireyto man- jjgM*
da: aqual confifte em pregar, enfinar,& miniftf ar per fi os Sácramé- /„,«» de
tosaosditQsrcusfrcguezesrDeclatamosa todos os fobre ditos de ^j;^
Qualquer condição quefejáo, que nem rio foro da confeiéneia, nem $&**
no exteriorizem refidencia,osqUe peííbalmente refidem no lugar* nJ<" *í*
fe não cumprem com as coufas fobre ditas i & que os còadjuto*
*es, &Cucaslhefãodadôsperajudàdoresnotfabalho,p^raque aju*
dadosdclíes pofsão melhor cumprií com a dita obrigação, más hão
para ficarem izentos delia. E outro filhe encarregámos, que tenháo
■----"-- $>) "* muyto
'Titulo» 12. Dos PrioresjRcy cor es, & Curas.
mtiy to particular cuydado das fregueses que âdoeceré, vifítandoos
muy ias vezes, principalmcte no artigo damorte,& em perigodella,
a coiifelh indo os, & enfinandolhes com a caridade deuida o que cum
pi e a fua laluaçáo; trabalhando por lhe defencârregarem fuás confci-
encias, & fazendo os reítituit tudo o que deuem, & poderem fatisfà'
zer, & reconciliarfecõfeuspfóximosi&nãodeyxemiftoaos Curas,
ou coadjutores, quando clles ô poderem per fi fazerjporque nefteté-
po mais que em outrofáo obrigados vigiar fobrc íuas ouelhas,quá-
d o ellas té mais necefsidades, & as tentações do imigo fáo mayorcs.
E os noflbs Vifitadotes perguntarão na vifitaçáo fe os Priores,&
Reytores o cumprem afsi, & dos que acharem que nitio fáo defcuy-
dados èi não fazem o que deuem, fará fumario para fe proceder ce-
tra clles, & terem caííigados conforme a fuás culpas.
^ Efe algum Prior, ou Vigayro, não tendo coadjutor, ou Cura, a*
dòccer de doença prolongada, fera obrigado encomendar fua Igreja
á algum Sacerdote idóneo, dos queja tciíeráocuradalmas, &forá*
per nósaprouados, que poderá feruir por elle, fem outra carta ou li-
cença noíía até hum mes,paírado,oqualnáoferuirá mais fem auef
donos, ounoíToPrcuifòr carta de Cura, ou licença para curar adita
Igreja em quito o Prior,ouReytor for doétc E feOPrior,ouReytof
cair em infertilidade perpetua de quefe não efperé que cóualefcerá»
qiié pef cila, ou per fua muyta idade fe entenda que não poderá mais
pér fi cumprir com a obrigação de feu beneficio: Mandamosaos Af-
dipreftês que nolo facãoà iabcrj & os noíTos Vifitadores, quando fo*
rem vifitar achando Priores, ou Reytores por fua enfermidade oú
[ idade perpetuamente impedidosj íe informeirí diílb, & nolo facão *
faber, para que lhes dem os coadjutores idóneas com falario compe-
> de\e'tii tente como perdireyto fomos obrigado*: & fe os Arciprefles, ou Vi
fe^OUty fixadores hifto forem remihos,os oaftigaremos como nos parecer.
%">f* <f E os Curas, ou Càpellâes que de nos, ou nono Prouuor teueré ca*
tàs de Cuta para curarem aígúa Igrejajhôtafejão coadjutores dos
Priores, & Reytores para os ajudarem nó tniiuítcrio, ou (òs tenhao
cura das almas, ferão obrigados viber continuamente ca fua freguc*
zia, juntoá Igreja, ounolugar mais vizinho a ella« E tendo aítàr
guez»*
T
|3 Ojk quanto o gõueínõ efpiritual, & Cura das dalmas he cargo £íhsde CK IttClt
ele
* muytodifficultofo & importante, & que nas pefloas que deile th,e.ptn
náo de fer prouidos, requete íciencia,cUftumes, prudência, & bom £%'%
«xcmplo de vida, &Zello de faluação das almas; ordenarão os San-ç^j-
^osCanoneseípecialmenteo ConcilioTridcrttinoi& Extráuâgan-^/,.;.
te do Papa Pio, q todos os q ouuefle de fer prouidos de Igrejas Parro uá.n*
chiaes, ou que tem cura dalmas, fejáo primeyro examinados. E para Jpendis
queo exame fefaça como conuem, & os que hão de fer examinados *f *:
íaybão as coufas em que fe hão de inftruir, & as qualidades que deuc
terparaosaucrem porfumeientes. Ordenamos, &mandamos,que
todos tragão a folha corrida pelos omeiaes do auditório ecclefiaíli-
co,fédodefte Bifpado,ourcfidindonellealgusãnos: ôífédodeforaa"
tragão corrida dos Biípados donde fáo natu.raes,õu refidiré:& baila
ráíer corrida pelos officiaes do ecclefiaítico, quando ao rempo que
Vem ao exame foré já Clérigos de ordens facras, pola s diligencias
que fazem quando fe ordenão; & fendo de ordens menores ao tem-
po õ fe examinão para fere prouidos dos benefícios, fe lhes correra à
jsj x f°lha
7
dem
s gundodifpoíifáo de direyto nenhum Sacerdote pede curáiaí
ias,nem adminiílrar os Sacramentos neceíTarioSj faluo os que
%."dífd Por ra2^° ^c ^cus benefícios, ou officios, tem fubditos em que a po-í
f>me.\s. dem &deuemexercitar polaobrigaçãodelles, ou aquelles áquent
per nós, ou noflôProuifor for concedida: Eafsi como o Prior^ ott
Rcytor tem necefsidadede titulo, ou inftituição canónica para re*
gerfeus fubditos & lhesadminiflxar os Sacramentos^ afsi os Cura*
3c carta nolía, ou de noífo PromCot* porque lhe cometamos á cut*
de alguas almas* Polo que mandamos a todas as peílbas a que pér-j
tence aprefentar Curas, ou Coadjutores, &cflão de pofle dílb, o*
aprefentemanósjounoflb Prouifor dentro de hum mes, antes do
dia de Sam Ioão Bautiftadecâda hum anno, para ferem examina-
dos, & fe lhes paflàr carta de cura» & começarem aferuirdoditodi*
por dianre: E não aprefentando nodito tempo, o noílò Prouifor p^
dcràprouet de Curas, & Coadjutores,onde forem aeccfííLnos, d«
maneyt*
Titulò.u.DosPríórcs]Rcftóres&Curis^ 75
maneyra que atee dia de Sanâiago não fique Igreja algua por pro-|
Uer: E nenhum Sacerdote, hora íeja aprefentado pec outré era Cu-
rahoraprouido pornoíTo Prouifor, poderá feruir deCuraou Coad
jutor íem primeyro ter a íua carta de Cura paliada per noffa chan-
celaria, por quanto pola dita carta lhe auemos por cometida a cu-
ia das almas, & doutra maneyra não.
f E polas ditas cartas feruirâo atee outro tal dia de fam Ioão do an*
no feguinte, & mais não: & o que feruir íem a dita carta ou mais ti
po que o dito armo, alé de peccar grauemente miniftrando Sacra-
mentos que não pode, pagara do Aljube cinco cruzados pata a See
& Meytinho.
% E fe em qualquer tempo antes do antio acabado o Cura falecer,
ou fe auzétar, o Prior ou R.ey tor,ou qualqr peflba a q pertence apre
fentalo o aprefétarà logo,& có fua prefetação poderá feruir por te-
po de hu mesj&rnais náodrentro do qual fe viràexaminâr,&auerá
carta de Cura:& náo auendo que aptefente ou nomee logo,por efía
damos poder a qualquer Sacerdote que na tetra fe achar, que não et
teuer irregular, íofpenfo, ou excomungado, ou per outra maneyrâ
impedido, que por tempo de quinze dias poíTa curar a dita Igreja
para fe remediarem as necefsidade, & atalharão* perigos que ncílc
tempo podem (bceder,,& o juiz da Igreja nojo fará a faber ou a noW
fo Prouifo: para fe prouer como conuem ,fobpenade quinhctçs rs.
I
s
. .•—^ -*
i »
C Pcccados mortaes.
O primeyro he foberba.
O fegundo he auareza.
O teiceyrohc luxuria.
O quartoheira.
O quinto he gula.
Oíextoheinueja. Jjk,
Oíeptimo hepriguíçaZ
^ Cinco fentidogj
Optimeyrohe ver.
O íegundo ouuir.
Otcrceyrogoiiar,
Oquar.ochcyrar.
O quinto apalpar.
^Asfeteefpirituacs?
Aprimeyrahcenfinarao$fímplezes,&nâoeníinados. r
A fegunda dar bom confelho a quem o pede, & ha miftcrj
A tcrceyra caíligar, a quem ha mifter caíligo.
A quarta confolat ao trifle, & defconfolado.
A quinta perdoar a quem lhe tem errado*
A fexta foportat as injurias com paciência.
A íèptima togar a Deos pelos viuos, que os Iiuredos peccados,& pè
iosmoitos, que Deos osliure das penas do purgatório, &osie-
ue á Tua íanta gloria.
\Eda Pafcoa atee o São loão lhe enfinarão osjète Sacramhos da lgre)à}
1%J as três ^virtudes Theologaesfâ) as quatro Car deães,
outro Çtnd forma feguinte*
0
^ Os Sacramentos da Igreja.
Oprimeyro he Bauptifmo.
O fegundo Confirmação. ti^
^tcrccyro ConfiíTam.
^quattoCómunháOé
^ quinto Extrema Vnção.'
^ fcxto a Ordem Sacerdotal.
- óptimo o Sacramento do Matrimonio.
^ As Virtudes Theologaesi
'Vtacyra he Fce?
2re8u^aEfpcrança:
Aterceytacharidade:
P i Ai
Titulo.i2.DosPríóres,Reytores,& Curas
<{" As Virtudes Cardeaes^
AprimeyrahePrudenea.
A iegunda Iuftiça.
A tcrceyra Fortaleza.
A quarta Temperancai
■
LCgodirárTendeagoraarrependimentòdos peccadosmõrtaèí
cora prepofíto de os confeíÈirdes quando manda a Igreja, di*
J?ey a confiflam geral pêra que neflo Senhor vos perdoe os peccados
.veniaes, & dizey comigo afsi.
íj" Eupeccador confcflfoa Deos todo poderofo, & á bemaucrurada
femprevirgcJVl2ria,aobemauenturado fam Migue! Archanjo, ao
bemauéíurado fam leão Bauciíh, aosfanros Apoftolos fam Pcdí0>
& S.PauIo, & a todos os fantos,& a vos Padre, quepcqueymuyias
ve2es por peníâméío,pa!aurjs,& obras: por minha culpa jminh»
culpa, minha grande cuipa .Portanto rego á bemauéturada fempre
Virgem Maria, aabemauenturado fam Miguel Afchanjo,ao bem-
auenturado fam Ióao Baatitta, aos fantos Apoftolos S. Pedro,62 S*
Pau!o,& a iodos os fanU'S,& a vosPadre,quc rogueis por mia Dcoi
nefib Senhor.
^ E logo dirá, Dizey tedos três veies, Senhor pequey auey miíeft-
cordia de mi. Ou dirácj digáo três vezes, Beta, & louuada feja a pa/
xáo de ncíTo Senhor Iefu Chrillo. E entte tanto elle dirá:
q Mifirtaturrvejlnonmipotcns Deus,& âimifsis omnilus peccatis <í>£
finsperducat OJOS In <vitam alternam^ cimen. hàulgmáarn^ç.
% E logo lhes lançará a benção, dizédo, Abençáo de Dcos Padre, #
o amor do Pilho^a graça do Efpiritu Santo feja fempre có voíco;
Amen.
Ç O que tudo dirá com grauidade, &repoufoem voz alta intellígí'
vel E quando diflèr a doutrina irá fempre de vagar, de modo que o
pcuo tenha lugar peta dizer cada pa!aura depois q a elle diíTer. '
*A ~ ' : " " — ^ T~ - TíTVJ
6t
TíTVLO XV. DOS BEMEFi*
ciados de Betieficiosfittipliccs, óc
femetias delles,c5c dôs rafo-'
eyrosj&lconomos*
ConfUtuiçáoprimeyrâ.
outras corna
melhoí
Bcncfi, sípllces,& feruentias dc\Usl 6£
n^lhor lhepareccr: obr igandoos a iííb cõ defcontos: & Te qualquer
dos ditos Prelados de omradiocefi celebrar o Pontifical cm algum
dos dias de neflà obrigação, fc acharão todos prefentes como acima
dito he, mas não feráo deícontados como faltando aos noflbs.
Benefie.fimpKces,(5crcíuemia(Iellei; &
6 m dcfc nt0 SÍ âfsi fara
7Z°l c * ° , ? ° q^oouucraígum *a
a tra tat C0? Cabido us na
Wo. i ^ ™ fofra dibçáo, nam auçndo
5 ÍC reqUCrem ârafe
^iiílri^-ub,,lados !!?? ou cftarei P P°^ fazer, fcm
* q»ie?n * ! > « "tados per feus diaS>& am
d CÍdàde fC ndIa fCOã0 achaC
< Dn ? r ^confcr
t me a dere
' t0
° ™*™ C5PC
*» Uon * y - E adendo nos aufentes chama
lc
nolo f COnt,umac,Muc na? W*a<> vir com defcontos,oPrefidé
ira aber U aonofl p
t!cScft
COfl f '° ° ™ifcr,para <pe procedamos cótea
*E' HoforIuniça.
a raS I rc as CoIIe íadâs
Be!Hfi ; ? S ' g ficarão fempre na Igrejamiatro
l )0U iconom
^tiJ °soiuefiiuão: & acontecendo que fc aufeu
rW^"njOl^nSofiqucná Igreja o dito numero de quatro
**otn U,í°ndcIia'oPri0foa<luca> Ptcfidir no Choro,mádarácha
d4 Ucefteaacrnnials ert0
rçaj? P » & que menos necefsidade tcuecc
t3r & roc€der
^qu, ac • > T ác5rracIlesperdercótos,afsi&da
* muditohc. ' " - - - -
n
Benefic. fimplices>& feruentia deli es. 70
POr quato em as vifitaçócs que fezcmos na See & Igrejas col-
legiadas, achamos que muytos efiatutos são contra direyto,
doutro, perigoíos & difficultofos, & que náo comuem ao bom go-
u
ernoeípiritual& temperai: Mandamos ao ncfíbCabido,& aos
Priores, Vigayros & beneficiados das outras Igtcjas collegiadas in-
knores,que da publicação deitas noíías Coníhtuicóes a quatro me-
% fiçáo & iefcrmem feus eOatutos, conformandole com o direyto
Canónico & fagrado ConcilioTridentino,& com e^asnoflàs Ccri-
ftituicões, &có os curtumesaprouados& recebidos pela Igreja Ro-
sana i os quacs feráo viftos & aprouados pír nos: & as Igrejas infe-
riores íe conformarão nos ditos cftatuiosem tudo o que poder fec
c
om os da noffa See: o que compriráo fob pena de obediência, & de
ptocedermos contra elles com as cenfuras & penas que nos parecer,
enforme a culpa & contumácia que mffb teuerero.
t •
Inda que per direy to algus veftidos fe achem efpecialméte pro Cap. ptn.
hibidosaos Clérigos, todauia não eftá determinado quaessáo ZrY.íê
°s dequedeúem vzar: mas íflofe deyxa ao arbítrio dos Prelados,» <«"'»<<«
conformandole com os bons culiumes da prouincia, determinem- mjutt.
qual dcue fer o habito clerical: Polo que conformádonos com os ca- J([j*J^
fi
oncs antigos & modernos, & com os curtumes deite Reyno, & cá »«/)«* d
» asConftituiçóes de nollbs predeceíforestdeclaramos que os vcmdos^^j;
& habito clerical de q os C erigos & beneficiados deucm vzar, são, 6.
Veftidos de pano preto que lhe chegue ao colo do pec: & ferão lobas
aradas debayxo das quaes poderáo trazer roupetas curtas que de-
íáoabayxo dos giolhos: & fendo a roupa rupetior,manteo ou lob*
a
berta,traráo debayxo roupeta cerrada ou abotoada que lhe chegue
também ao artelho do pee.
í E poderão trazer o manteo & roupeta de gorgorãovOU chamalo-
te
séagCTasoucajante,ououtro5femelháte,comonaC5ftituiçáoprc»
^dente temos dico: & também poderáo trazer roupetas de chama-
ste com aguas, mas os máteos ou lobas que trouxerem íbbre os ve«
ftidos não poderão fer do tal chamalote.
<í Sobre as lobas poderão trazer capellos as dignidades,Concgoá,oti
beneficiados da See, & os Priores: & Clérigos que fore Doutores ou
Licenciados é Theologia ou Cânones h & os outros Cler igos & be-
neficiados que náoteuerem eftasqualidadcs,as não poderáo trazer,
f E poderão todos & quaes quer Clérigos trazer os colares das rou-
P«as,& mãteos,ou lobas,forrados de qualquer feda razarmas pelas
bordas não poderão trazer feda,fenáo os Cónegos & peíToasContti-
. tuidas em dignidades, & Doutores, ou Licenciados como duo he.
í Não poderáo trazer lobas, manteos, nem roupetas de feda algua
Tituloró'Da"vic[a&
nem é as roupetas, lobas & manteos de pano, chamalote, ou qual-
quer laã3poderão trazer.debrú,barra,ou peftana, ainda q fi ja do mef-
mo pano ou Iaã;né outra algfia g iarnição por £jra,de feda ou linhas.
^ Os gibões ferão brãcosdeolaudaou linho, ou pretos, ou roxos,
ou pardos, & não doutra cor: & poderão Ter de qualquer ftdaraza»
com tal que náo tenhão efpiguilhas, debrum, nem b.irras cortadas
da mefma,ou de outra feda:&nas mangas ou colare>dosgibões não
podarão rrazer peftana cortada nem abanos, ainda que íejáo chio*
da mefma feda ou pano.
<[ Ni cabeça trarão barretes redepJos acuftumados,& não trarão
carapuças de pano ne de dò, ainda que feja per morte de Pay,Mãy,
ou irmáojou qualquer outro parente*& podelos hão trazer ferrados
deq-jalquer feda qquifeté.Poderão trazer pela Cidade, por reíguar
doda calma ou frio,ou a caualo,(ombreyros q ferão de abas compri'
das, & copas redondas, & náo cufcuzeyros, nem quadrados :& pc 1-
les poderão trazer fitas ou cordoes, ou tranças de feda ou rctroz.
^ Não trarão calças imperiaes, nem eítofadas, ne cortadas, ou gol-
peadas, ainda que as tragão debay xo de roupetas ou lobas cerradas»
nem trarão ncllas veidugos,ou debrús, nem torfaes, &efpeguilhas
de feda, ou laãmem trarão em aíguadas roupas, mayormente nas
que (e aparecem ,golpes, lauoress dtbtus, pafíàmanes, ou outros íe*
melhantes lauores. -
•
H, Os máteos das camiías ferão de fefto fem guarnição detranfwhas,
desfiados, nem rendilhas,nem outrasfemelhantesguarnições: #
nas mangas não trarão abanos algús, poílo que íejáo pequenos,nen»
as ditas guarniçóesrpor todas eftas coufas lhe íerem per dtrcy to pro*
hibidas,& mais conuenientes a toldados íecuiares que peíToas Eccie;
íiafticas.
Ç£m nenhum dos veílidos interiores ou exteriorespederão trazer
guarnição algua de ouro,nem de prata; nem poderão trazer cadef
de ouro ao peLoço, nem fio de pérolas ou aljôfar, demaneyra que ff
1
lhe apareça: nem contas que tenháo eilremos, cu cruz douro: ne.i
em a Cidide ou lugares onde refidirem, nem ainda per can.ii.hc>
P0^**0. ^?c*na? m*0?aneys douro com pedra, né iem ella, lJa°
hotieítidade cios Clérigos? 72
is
dignidades, Cónegos & beneficiados da See, ou Doutores & Li*
«nciados emTheologia ou direyco Canónico, & Priores: & efles
táo poderão trazer mais que hum sô anel.
í Não trarão nas Igrejas ou pela Cidade roupões de cores,faluo pre
t0s
> ou roxos, ou pardos, ou de algúa femelhante cor honefta: & os
r
°upoes que trouxerem nas Igrejas ou pela Cidade não terão cabe*
Ç°« grandes, nem colares mais altos que as roupetas :& não terão
^piguilhas, paíTamanes, nem barras de feda nelles, nem alamares
ou
outras femelhantes guarnições pola parte de fora*
*
OS Clérigos & beneficiados que forem fora defta Cidade & lu2
gat deíua refidencia,poderáo lauar pelo caminho a caualo ou
a
|*e roupetas abertas & manteos, os quaes ferão pretos, pardos, oti
ío
xos, ou de qualquer cot honefta que cefor me com as íobreditas: &
Roupeta &mãteoferão de tal comprimétoque cubrãoosgiolhos:
Herão leuar fombreyros algua coufa mais pequenos q os q hão de
tr
^er na Cidade t, mas feráo de copa honefta redonda, & não eufeu-
%tos, nem quadrados j & a faldraíeráde bua mão traueflà ao me-,
n
°s,com coidóes, fitas, ou femellas como mais quiferem.Poderão
s
° fco:)brcyrosfer pretos ou pardos côas guarnições da mefma cor:
^bayxo poderão trazer carapuças de qualquer feda, as quaes pode-
rio
também trazer per fuás caías :mas não ferão gualteyras nem de-
fyçáo que o pareçáo. E eftes vertidos afsi curtos pela maney ra fobre
dúa lhe permitimos somente per caminho; mas no lugar de íuas re-
ceias, não poderão trazer, (enão veílidos compridos «tê o arte-
lh
°. E vindo a efta Cidade ou a algíías ddsvillas grandes deite Bif-
Pa<ío a negocear, poderão andar nella três dias có os veílidos de ca-
minho, tnas deiendofe per mais tempo, não poderão mais trazer 08
ditos veft,dos curtos. J 0
í Nenhum Clérigo, ainda que feja per caminho, poderáandar a gi-
esta, nem tra2er feitas guarnecidas
J
de velludo,nena íeda, nem cabe-
° ' " ' ' çadas,
- Titulo i6. Da vida &
çadas,eftribeyras,briclasjGU frcos dourados,nem prateados;netn n»
minas,ou outrasfemelháies guarniçõesdefeda. Em as gualdrapas,*!
íeráo de couro ou pano preto: não poderão trazer barra, né debrum
de feda nem de pano, fenáo hum foo debrum pela bordaj nem fra°'
ja de feda ou linhas.
^ E todos os q contra a prohibieão dos fanftos Cânones & eíía n^'
fa Conftituiçáo, trouxerem algum vertido, guarnição ou peça dotí'
ro, ou de prata, que per ellalhesãodcfeíàs: pela primeyra vez^
for comprendido,alem das penas que per direyto& Conftituiçáoe*
trauagante do fan&o Padre Papa Pio Quinto nofíò Senhor ,encoí'
rermpola primeyra vez,perderáfem remiísáo os veítidosjpeças,*)11
peça que leuar defeza: & pagará dous mil rs, amerade para o Mtf'
0
íinho ou peflba queoacufar,a outra para as obras da noflà Sce:& p '
ní
la fegunda, fendo beneficiado ou pcíToa de qualidade, pagará apc
dobrada:& não fendo beneficiado, nem peflba nobre, alem dos do$
mil fsde pena é que pola primeyra vez encorre,cítará trinta diasc°
s
aljubeíem remiísáo:& fendo a rerceyra vez comprendido,alem w
0
dirás penas pecuniarias,ferá degradado per hú anno fora doBifpad '
i»
E.Card.rrodat»
lo. Ang. Papius^
Regifttata apud Io. Angclum Secretarium.
A.deAlexijs.
An
no aNatiuitateDomini Millcfimo Quingenteíimo oauag^
fl
«Jo nooo, indiaione fecunda ,die veto decima oftaua Mentis
^nuat^Pontificatus fanáiÍMmi inChriao Patiis & Dninoílri D.
Six
t» diuina prouidencia Paps V i Anno cius quarto,Retrofcripis
taraf-apoftolícsaffixx & publicais fuetunt in valuis Bafilicarum
íaníti loannis Lateranenfis, & lanai Petti Principis apoftoloium de
Vr
be> nec non Cancellaris apoftelies, &acie campi Flors, vt mo-
"seftjper nos Hicronymú Lucium,8do. Baptiftam Bagni $. D.N.
Ça
P*Cutíbres.
Alexand.ParabiacliusMag.Curf.
r
"' ■";* (Ç Alubflancu
Tituloi?. Dós Beneficiados de
% AfubftãciadeftaConftituição hc,que todos os Clérigosdeorde*
íâcras ou menores, ou da primeyra tonfura > & ainda caiados, que
conformcaConíhtuiçãode Bonifácio Ottauo gozáo do priuiltg^
clerical^ todos osque teuerem quaefquerbeneficiosEcclefialhcoS
ou penlõesrereruadasfobreellcsjtragao tontura &habuo ciei kaU
que hs veftido comprido & honefto,que chegue aos artelhos ou pey*
to do peei &andando fura do dito habito & tonfura , aíem das penas
que pelos cânones antigos encerrem, polo mefmo feyro,íem efpc-
rar outra fenrença condenatória> & fem outra aIgua citação»nem
amoeftação, decreto ou miniíkrio de luiz, fiquem ipfo facto priu-i'
dos d? quaefquer benefícios que teuerem>& todas as penfões que ou*
«eré,fique logo cafladas,& os. benefícios (cbt eq fáo poflas, heres, #
osq as pagão abfoljtos&defobrigados delias, & não encorrãoefl»
ceníuras polas não pagar :& o* benefícios que per efte caio vagara
fiquem reíeruados a See apoftolica. E os foldados ou caualeyros àt
algúa das mil cias aprouadas,como fáo nefte Rey no a deChtillo,Sa*
ôiago, & de Auiz, & os de iam Ioão, de fantto Eftcuáo, & de lat»
,ú
Lourenço, & Outros femelham es, feráo obrigadosa trazer o habi
difuatmUcia :& nãootrazendo,petderáo polo n.efmomodoesbc
tieficics regulares, ou pençóes que per razão da milícia teuerem. £
da publicação da dita coníii tuicão em diante, fenão dem benefie i :>•<>
nem pencóes, (ênáo aos que andarem em habito & tonfura clerical»
nem benefícios ou pençóes militares,fenão aos que trouxerem o h?
buo da miliciâ.
^"E depois declarou o mefmo fanto Padre peroutra fua eonítituí'
$áo,queos que teuerem pençóes que não chegarem a felTenta cruz*"
dosdeCamera,queíáottintamilrsda noíTa moeda pouco mais o$
menos não fejáo obrigados a andar em habito & tôíura; mas sen>?
te os Clérigos que teuerem penfões que cheguem á dita cc ntia. í,
l[ E porque fe pode duuidar fe encorté é as penas da ditaCc nftW
ção os Clengos& beneficiados, &penfionarios que rrazé qualquCf
1
dasreupas & vcftidos perdireyto& pornoirasConftitui^cespick '
dos: Conformandonos com as palauras da mefmaConftmuçsc» ^
viftofer penal, declaramos que nas penas delia encoircmsôix:cPtC
honeftidade dós Clérigos. yj
os que não trazem tonfura, & os que não trouxerem habito com-
prido, roupeta fie manteo,ou loba, atee os artelhos, como neiíafe
declara: & os que trazendo tonfura&veítidos exteriores & com-
pridos atee o pey to do pee, trouxerem algús dos veftidos, ou bar2
ras,oucoufasperdireyto &eíUs noflàs Conftitucões prohibidas^1
encorreráo nas penas per ellas declaradas, & nas mais que per di-'
ícytolhçsfaopoflas;
ouuic
I
™ cr>tar alguém no dito juízo , nem para fer algu folto íòbre fían* *»'• **•
*«Parque alem de per direy to não poderem fazer femclhante fian- gSJ*
, aoco nucm< uc orc a
f" , I P ft viafiqucm obrigados àjuftiça f.culárV^
i Outro fi defendemos a todos os clérigos do fcoflb Bifpado, qnãd
jCcufein JCygo algum no juizo fecular como peflba do pouo; mas
^ente o poderam fazer com as protcíhçóes deusas, quan- ^'tíZS
^profeguirem injuria quefeja feytaa elles,ou a algum feU parente &%?£
C,ltt
c o no íegundo grão: porque efta mefma prohibição tem os fe * ^Jja
^ates,para não poderéaccuíar os clérigos. Poderão toda via aceu ttfdí
y^l-\ua Icygo no juizo Ecclcfiaftico por crimede hercfia, ou *«ifcí*
J
^' cniia,o'uoutrofemelhanreque tenha cometido contra âloiji
*£rcJa:&oqueocontrayro feZer cncorrtrácm pena de íufpençáo
\T[t}$^efes,* mil rspara oMcyrinho &ebras pias. E eiiapro*
J V-o aucrá fomente lugar nos queaceufáo; masnão nosq.iede«
n
^ cIarcm em vifuaçáo &deuaíTa gerahitada pernos, ou noflb*
^ S?c?; porq neíles cafos podem & dcuem os clérigos Iiureméte
. t'$ que Couberem na forma que per direy to & noites Cohftitui*
^^determinado. ' '
* Ac
tdp.i. de f^ Onformandonos com'a difpoíiçao de dirçyto Canónica .,d
cientoyt V.^ fendemos a todos os Clérigos de noíTo Bifpado que náo í^.
\eafTatjorcsdç Coelhos, Lebres, Veados, ou outra fcmeíhãte í*T
€t
que
■*
fe chawacUramorofajdc
...
maneira que
_-. _ .~ ~-5..L_ ........... 4
vSo
......
a eilas
. -
muitas *^
Jr :
honeftidade dos Clérigos. 8i
tornando ifib por oíficio, mas para fua recrearão poderão alg-^as ve
*e% mas poucas, caçar em hab.tohoneíto,& de maneyra cóp vilos
pareçaque vão a r cercarfe. , i
Rdenamos & mandamos que nenhum Clérigo de hoíTo Bif- < ^W»
pado jogue ca ttas ou dados, nem cutte a'gum jogo dtfeZo rc &uúp.
Prouado per direy to, que teja jogo mais ordenado para le ganhar di^ **
n
^iro nellc, que para recreação j tília: & ô que jogar algum j"go illi c«t»4
ci
Mcfezoperdireyto,Ojleysdo Re>no, fendo no mcín o jogo'""-
c
°t»prendí4o perderá para o noffo Meynr hotcdoodinheyio^ V
tcu
er no jegor & pagarádous mil fa pola primeyra vez, & pc la te-
g^nda o dobro, ôdendomais vezes achado & conuenfido, auerá
a
niais pena que merecer. E não lhe prohibimos os jogos licitôs oj
Pçmntidos per díreyco & lcys do Reyno para fua recreação, os
^Jacs todauia náo jugarao na rua, nem em lugares públicos onde
incorrem muytos fceulares a jugar & ver o jogo,ainca q fejí tola
°u mancaes: mas poderão jugar os ditos jogos lícitos & permitidos
et
fi fuás cafas cõ outros clerigos,ou ainda \ey gos bem acuftumado?,
°« em quintaes fechados, ende não aja concur fo de ley gos.
% E afsi lhe prohibimos que náo joguem pella nos jegos públicos,
principalmente defrindt íe em callas & gibão, como âlgúscó po"'
Titulou Da vida&
co refpey to de feu eftado fazem: por que fazendo o, & fendolhe pro<
uado os caftigaremos conforme á qualidade da culpa.
noytedepoisdo Çm<K
& amancebados.
\ &nfthuiçâoprimeyr<t Que nenhum Clérigo tenha
melhtrjojpeyta em Jua cajá*
Tj OR. que O Apoftolo São Paulo nos manda apartar não fome-»'f^. tm
A
te do mal ,mas de tudo aquillo que tçm efpeçic de mal, defende fey?t™
os
U* a todos os Clet igos, & peíToas EccléfiaíHcas,que não fe firuáo; bontjt.
e
f feu* filhos ou netos nas Igrejas, nem confintão que os ajudem CaHÍ dt
31
MiíTas & diuinos officios, poriercoufa d^honeflaôcqucgeià"^"*-^
jeandalo: nem os tragão configo à Igreja, oU Choro,•: nem ainda ^jb.
letras de fi como criados pela Cidade & lugares ondefpjcm tidos
au Triiftfi
idos por feusfilbos. E o que fezer o contrayro pagará pola pri-$. m
nie
yra vez mil rs, & pola fegunda encorrerà em pena dobrada; éj^fi*5»
Pola teiceyta fera prezo & caítigado conforme fuás culpas»
Y fEfe
i Título. i% Dós Cl cri sós amaiicebados
* » O
d.c.cà de. ^ E fe o pay & filho forem ambos Sacerdotes, mandamos que na"
fil. is.jk fituâo ambos em a meíma Igreja ao meímo tempo, nem poderão
^.^^ ambos terem a mcfma Igrcjabeneficios,por lheferperdireytode
(tfrâ. iêzo & Cõcilio Tr ideotino: nem poderão juntamente em a rnc&
ma Igreja dizer MiíIâ,feruindo hum de Sacerdote outro de Dfci
cono,cu Subdiaccnomem íethum Cura outro Iconomo: nem cafl
lar ambos ámefmaEíiante, ou no meímo Choro. E oqtiefezero
contray to fera pola primeyra vez cõdeaado em dous mil reaes, #
pola fegjnda no dobro, & pola tercey ra prezo & osais grauemete
caíligado.. E cada vez que em cada hum dos cafos fcbreditosforcffl
compiendidoSjfcrãoamoeítadosqucfe emédem: & daamoefta*
çãofe fará termo para em todo o tempo cooftarqfáo contumaz^
ou incorregiueis, & ferem cafiigados como merecerem.
^"Efob a meíma pena lhe prohibimos que náo fejso pad?inhos^c
ííus filhos em Bautifmo 8c Confirmação, & quando os caíart r&°,
lhes foçáo vodàS folénes em fuás caías:E ifto auerà lugar nos filho*
& netos dos Clérigos que forem gerados depois de ícus paes tercf*
©rdésfacra?_oufeudo (oíteytosunasem osque,feudocafados ouu^
rem filhos & depois fc fezerem Clérigos náo auer ãj lugar as pena*
deita Coníiiruiçáo.
f™/*. í E os$*n°ie neftenoíToBifpadoreacharem que tem benéfica
fi npíez,ou curado,konomia,ou outra adminiftraçáo Ecdcfiaftú*
na m^fma Igrejaondefeuspaestáoincitoladòs,feram conftrang»'
dos os filhos que renunciem feus beneficics,ou os per mudem co®
S* . outros dentro de tresmezes, paliados os quaés ficarão delíes priu*
c
d os. E fe ouuer atgãs que com dtfpenfaçáo Apoftolica Cenhão Be^
ficio na méfma Igreja onde feu pay o tem: mandamos aos no^o*
Vificaddrès que vejáo com diligencia fuás letras, & fc informe »e
' ha diífo efcandalo» & do que achatem nos darão informação paf *
procederemos no calo como nos parecer juftiça, & fciuiço do SCJ
nhor&berhdafua Igreja.
r. for. 4 $ NS poderão outro fi foceder nos benefícios q forão de feus pa)' ']
&£5$'*em os tctms lgrt')*s onde feus paysos tem ou teuerão,aioda q1*
um de feja per incçrpofitaspefloas, nem ter penfão algua nos bèneficios%
,
&quetemmolheresemfuacafa. 86»
faoouforãodefeusPays, Sctcndoasasauemospornullas &íbrrctí
cl
«faluotendofufficientcdifpcnfaçãoda Sce Apoftolica, aqualfe
Vc
ta & examinará pata fe ver fe nella fc narrou verdade,
ff E por quanto algús Clérigos com pouco temor de Dcos fc concec
tãocóoutros Clerigosquetcmfilosparaauercmdercíignaros be
neficiosquetem hús em os filhos dos outros, paraqueafsi defraude
a
prohibiçáo dos Canonci: mandamos que taes renunciações reci-
procas por Clérigos cm feus filhos fenão façáo,& fazendofe, não Va iia$ l,t'*
lhas como pelo Sancto Concilio Tridcntino eflá determinado, &
acorrerão em pena de vinte cruzados para o Mey rinho & obras pi
as
>& ferãofufpcnfos dos benefíciosqafsitrataré de renunciar, por
fcysmczes.
Constituição. 1111. Que os Clérigos náo frequentem.
Adojleyros de Frcyras.
SOMOS informado qucalgus Clérigos & Religiofos frequen- Céj>t ««•
iáo os Mofteyíos de frcyras,náo tédo para iflò cargo algu ncllcs, ™£™£.
n
coicaufajuftaparao fazer; do quefe feguem muytos inconueni- %***&
e
«tcs & inquietação das Religiofas, 8c cícandalo ao pouo: Pelo que
c
°nformandonos com os Sagrados Cânones, mandamos a todos
°s Clérigos & pcflbas Ecclefiafticas noflôs fubditos, que não freque
tem os Moftcyrosdas frey ras,náo tendo para iflb cargo no mefmò *
^lofteyro, ou outra algua razão juftajque fejaatodos manifcfta. £
a
^ielle fc dirá que frequenta, que íemeaufa vai aos moftcyros
guitas vezes. E o que contra efta nofíà Coílituiçáo for comprendi-
*°» fera amoeftado per nòsounofíb Vigayro ouVifitadores,&da
^oiocftaçáo íe fará termo: & fendo duas ou tres vezes amoeftado,fic
na
° fc emendando/crá fufpenfo do officio pelo tempo que a nós ou
n
°fio Vigayro parecer-, & pagará vinte cruzados para o Mey rinho
** obtas pias: & fc não tcuer por onde pague, eftará no Aljube dous
^«tes fem rcmifsáo.
ffE a mefma prohibiçáo pomos aos leygos, os quacs fendo tres vc-
*es amoeftados, não fc emendando, ferio exomungados}& não fc-
^oabfoliosatcconftar quefão emendadados, 6c datem caufáon*
ormadedirey to, de obedecer aos mandados da Igreja.
E e
X* ff P !*
Titulo. 17.D0S Clérigos amancebados
tMfini*i^Epelamefmâ maneyfaprohibimosásReligiofas denoífavifita?
uap.mo- ta$ao, principalmente as Abbadeíías, PrioteíTas, & regedoras que
nã
AWfc£ o falem nem confintáo falar frequentemente asRehgiofas com
komji. peíToas de fora, frades, & Clérigos, nem feculares, que na câfa não
teuerem algum cargo, poí razão do qual o deuão fazer, ainda qu«
f
os religiofos fcjãode íua ordem: & fazendo o contrayro ferão pe
nós ou nonos Viíitadores fofpenfas dos officios que teuerem na reli*
gião pelo tempo que nos parecer. E as particulares que não teuerc
officios ferão cafligadas conforme á culpa.
TITVLO.XVHLD A VIDA
& honeftidâde dos Cónegos Rô^
grantes* & Freyràs*
■
Constituição Primeyrd
• 1
Co4itukaoJUDàiAhhAd4<xs\PriQre^<u^Freyr4t^
*
S Abbadeíras,8iPríóreítas,&^reyrasdefloíravifitaçaotfii
rao tambefua regra 6c ConftituiçÕes delia J& vzarãodos vefti-
Realçados & toucados que fuá regra & eftátutos lhe mandarem*
*J nâo de outros âlgGs ainda que fcjáo honeílos.
pConfeíTarfehão nas quôtrofefias do ânno, alem dás mais que per cu**.ntt
fua
fcgradcuemeofeíTarfe, 6c comungar polo menoscada mes húa '^J*
v
«»camo o diro Concilio manda. E confcfíarfehão á ConfeíToreí j«^-
*JP Jado*s per nos,& não a outros í ôc áuetão de nós «c de feus fuper io« ftj}. 'qM
tcs
> alem do ConfeíTor ordinário que teuerem, outro extráOtdina- vfim*
,!
° <luc chamão altuiâdor, para que fem pejo algum pofàmfazcr
*Timlo. 18. Davúkóchonéílidacltcíos
inteyras&YeraadeyrasconhTsõcsdefeuspeccados.
Triífejj. í Náo terão o San&ifsimo Sacramento dentro do Choro ou c|a fu*
as. WC- clauftra, fenao na Igreja publica como c Sancto Concilio Tridenii*
jirm «o. no man(ja. gj tcn(j0 0j n^s & noír0s Víitadores lho faremos muda*-
á Igreja para o Altar mor, ou outro lugar mais conueniente.
ÇTerãoliurodcreccyta &dcfpc233paraqucfcpoíTcifabcr & tom**
contado que fe recebe & dcfpcnde cm cada hum anno.
0
^ Terão tombo cm liurocnquadernado,cu liuros de toda fua faz*
da & propriedades de raiz, & inuentayro de todos os moucys da#
?a, como mandamos que aja em todas as Igrejas.
temido ^ Viuiráo em perpetua claufura, nem poderão fair delia, faluofl^
£$/%%<MOS que pelo Concilio Tridentino £ ConíHtuiçao do Papa M
fí^H' Quinto lhefáopermitidos,faluoaucndo difpenfação Apoftolica»'
jregúur. & faindo do Mofteyro fora dos ditos cafos,encorrcrão em excóm11;
nn 0 & 0
S'c"í *° ^^y ^ k™ %undo fua culpa cafligados.
3
Kxtrwg. ^"Náo terão dentro da clauftra do Mofteyro molher algUaleyg »
nora a
%J'Z"'* fy moça,ou velha, que não aja de fer Freyra ou conuerfa, lai'
U0 aS ue rcm
*^v \ÍT/" ^ *° ncccííarias para o feruiço da caía. E quanto ásW#
*ÍuH£\ mcrcs quc as Frcyras particulares tem para feu feruiço, f«guardai
1 re r & nofla$
wt'* ' *"* S * vifitaçõcs;as quaesmolheres não permitirem"'
quetehhãofenãoasFreyrasdemuytaidadc 5; annos de religião,*"*
enfermas que tenhao tenças ouprouimentos defeusparentes par*
as poderem foftenrar. E as molheres de feruiço que húa vez entrai
0
no Mofieyro, ou para feruir a caía em comum, ou aigúa Religi '*
cm-particular, não íàifao mais delle para tornarem a entrar, ^
guardarão a claufuracomo as Religiofas.
a a 3
mttUr*- í ^ fe fe" colher cazada por fe temer de feu marido com proU '
- ti» Céãu uel perigo de fua vida, íc acolher a algum Mofieyro,çom licença^
Abbad
%$$> cífa & C6uêto & noíTa, a poderão recolher; mas entrará (ff
lUr^siu criadas nem família, & guardará a claufura & o mais que as ReIigio"
fZor&fâsguardáonahoncftidadc^recolhimento: &feííàndo acaufa&
Mi. perigofefairálogo; &faindofehúavcz, anão poderão maisreco*
Jher.
Ij" E afsi poderão tomar moças & minínas de fete annos para ci#*
Cónegos Regrantes, ácFreyras. $f.a
-
Cmjlitukâo Primeyr*
*tè primeyro nos confiar cj eftao niífo ião emendados como deué.
í Emandamos aoThefoureyro & Socefourcyro da noíía See, &
aos Priores, Rcytores, Curas & Thefoureyros das outras Igrejas,q[
l
cm cargo dos ornamentos, que não dem guizamentos a algum
Clérigo que per nos ou nofíbs ofíiciaes foíTc ja caftigado por náo re
Zar
>ou outro algum que tenha mafama,fem lheconftarptimeyro
Stemaquelle dia rezado Matinas & Prima, íobpcna de mil ia, em
c
pcoauemos por condenado.
t ■
.a9» Capella & Sepultura, íbb pena de vinte cruzados & de não t.hm^
^rcoufa algúa o que fobre iflb fem noflfa autoridade fczerem. O £*£•£
en
■i ao auerá lugar no noíto Cabido que no dar das Sepulturas & lu 'fitòà*
^r« para Cape Ias, guardara feus eftatutos & curtumes. E namef-
a ic
c fe não dará Sepultura fem autoridade do Prelado conforme
r
^' ey to & feus eftatutos.
L nâ°/? entetra™na« Capcllas das Igrejas peítoaalgua fem noíla t**tfr
Cnd0Ca ella dosPaes & Au s c
Cd eos ^í °/ P ° <* ^usantepaíTados ÇJ
iocefforcs&defccndentesfepodem enterrar &deuem quá-
61 a mcfma terra on(Jc cfta a tal
tJa^" " r Sepultura de feus ante
r lados, ou fendo Padroey ro da mefma Igreja, por que efte fe pode
4 m*m açeça noflà enterrar na Capella Mor,ou em outra qual-
quer
Titulo. 20. Dos Officios Dluinòs,'
stp.fibj 16 quer pattCjpor fer eftc hu dos direy ros que a Igreja concede aos Pa'
sW'7- droeyros:Efe alguém fezer o contra yro pagara por cada vezinilrí*
f
& enterramentos,;&trintayrôs,&c;' ioi?
trayro ferão caftigados conforme á culpa que tcuerem, que fc julgai
la
pela idade,eirado, prudência ou fmiplioda<jedccada hum.
" Mas não defendemos que nas Mulas fepoíla vzar de cerco nume^
10
decandeas, não per íupermçâo, mas por reusrencia dos mifíeri-
0s
que a Sanita Madre Igreja venera, como fao rres à honra da San
ttilsimaTrindade, cinco a das cinco chagas, feteaos fere Dóesdo
pintu San&o, doze aos ApoHolos; porque com efie pio intento
ef
n outra fuperftição a Igreja as permite.
■ * , a*slfomos informado que algús Sacerdotes quando dizem os c. àemtjf
lr
inrayrosa que chamáo cerrados, no encerramento & recolhime- "£'"'!?
0
dclles tem & rezáo álgSs erros que fe lhe náo deuem pcrmitir,co«*É'f lli>:6-
n
J°ne,náo fairemdalgtejadenoyte,nem dedia ,ainda que íejáo ^.n.
9pr.a$ neceifarias & pias, comendo & dormindo nellas,& com elles^,'^'^.de
^jantao outros que nas Igrejas jogão & foJgao, & fazem as vezes iajaaifi.
0u Au
»os aucos efcandalofos & de pouco feruico de Deos. #-,'- u
i £ porque o encerramento dos trincayros íe ordenou para que os
a
cerdotesnosdiasem auediflerem as ditas MiíTaseíteueíTem mais
tolhidos & apartados de toda a ocafiáo de dittrahirle, & feus la-
"ciosfoílso Senhor mais aceytosj& náo para com ellesíc impe
lre
mas ob^aivirtuofas & neceífarias: Ordenamos & mandamos f.2.«Wí
^ per nenhú triutayro feimpidaaMilíadodia,antesfemembar ,a'íV1,JJ'
S0aeliefcd gaahorascuítumadas. E que fendo neceffirio hir o cal
acer
dote fora d* Igreja miniílraralgum Sacramento, o faça íiurc
ent
e :& poderá hir fora reconciliarfe, não rendo na Igreja pai a
0
comodidade: & ouuir pregação a outra Igreja, ou fazer pazes
4 eai
^ guaspeíToas defua obrigação que eítemem ódio, ou chama
e leu Prelado, porque per taes obras não fomente fenão perde
perecimento, mas fe alcança ante o Senhor graça.
nao
2 poderão os Sacerdotes dormir nc comer nas Igrejas,mas c.noncpor
S0Dra° Cm fuas caías>ílas °,uacs k*™0 Pc*a roanhaã cedo com fuás g^"*
fepelizes veftidas&caminhodireyto,com os olhos baxos,&
«i a deuação Sc moderna deuida fe irão para a Igreja fem fe deterc
csdaí^kllOCOmpeí^oaa^a, nem ^aertiremaoutroncSoc,0(í
^ iltraha do recolhimento da quelle: & na Igreja rezarão íuas ho-
Ce tas
/
Ce j * com
Titulo. 20. Dos Officios Diuinos,
com q te fc cubrão brancas ou vermelhas, oudeoutrafemelhante
cor cie linho ou feda queferuiram pelo Anno: ôiauerácòrtinas,
ou panes pretos, ou azuis com que fe cubrão na ÇHiatefma,os qua
es ferão chãos,fem pintura,ou terão pintados algús paífos daPaixão*
ou Cruzes fegundo a dcuação de cada hum.
CE o Sacrário cm q efteuer o Sanctifsimo Sacramento ora feia em
o Altar Mórcomo deue eílar,& temos dito no titulo da Euchariítia»
uo em outra Çapella, ou Altar: Mandamos que feja dourado ou
pintado nas partes conuenientes; & fendo de pedra, forrado de ma*
dcyra, ou alguafeda que receba a humidade, & Terá fechado, & ter*
fuás Cortinas de.Seda,
4fE em todos os Altares auerà Cruzes douradas que fempre eílem
nelles &taboas da Sacra bem concertadas, Eílantes, ou Coxins d«
Seda ou de como para os liuros. E todos teráo Frontaes contorna
à renda das Igrejas & terão todos toalhas quetenhao todo o coífl'
prímentodo Altar, & mais dous palmos ao menos ,q pendão ds
cada parte: &auerá para cada Altar ao menos dous pares de Corp0
racs, com fuás palas de olanda, ou pano de linho delgado: & não &
111
rão de Seda nem Algodão, & não terão os Corporaes lauor algu »
&auerá guardas em que andem enuoltos, as quaes terão alga (&»
com que fe diílingão dos mefmos Corporaes.
<|Em cada Altar aueráhua pedra dàra Sagrada, faam&cubcrta^
cozida em pano, de grandura que cayba bé nclla o Caliz & Hoíl>3'
s
ÇAuerá em cada Igreja dous pares de toalhas, tão compridas Qp
tomem toda a largura da Capella Mór, para quando naQuareí^J*
ou em outros dias feda o San&ifsimo Sacramento da Cómunh*0
aos freguezes.
<[ Auerãduas toalhas para feleuar o Sacramento da Vnçãoj &°o;
usvêos para o San&ifsimo Sacramento da Comunhão.
tc
.^Ás Veflimcntas, & Aluas,.& Ornamentos queda qui em dk°
fe fezerem, fe farão comoas da nofíà Capella, todas de hua cor, c°
fuás Cruzes defranja pelo meo, por ferem, afsi mais conformes a
Pontifical & vzo Romano. E as Aluas não teráo regaços,mas *&*
, todas de linho tee baxo. E da mefma maneyràíe farão os mais oc
"-_ — - -- •■— —•--- —»T~- ......... na05 ^
& enterramentos, & trintayrosj&c. 104.Í
^mentos: & não de diucrfas cores como atec gora fe cuítumou.
* Os Cálices das Igrejas feráo todos de prata^ & auerá para cada Al-1 uy4 jt
lar
hum Galiz, fe a renda da Igreja o forTrer: & feráo dourados, ao (<>»/'«**.
mcnos
por dentro, muy to lizos, & limpos, inteyros, &náo de pa tXelra.
r
aruzo quc fedefmanchem: & para cada hum Caliz aueráaome- MíJf'
n
°s dous fanguinhos por limpeza. E todos terão fuás caxas de couro
* dous panos em que fe cnuoluáo.
" Auerá em cada Igreja os MiíTaes que parecerem neceílàrios a nós
u
noflòs Vifitadores, que feráo R omanos com o Calendário nouo:
** afsi Manuaes Bautiftcyros para adminiftração dos mais Sacra-
mento s.
J Aue rà outro fi HG liuto de Miflâs Votíuas & defun&os, apontada
e
canto chão, que per noíTo mandado feimprimio, & hora manda
Remendar &acrcfcentar pelo nofíbMeftre daCapellaj& na nof
a
See & Igrejas collegiadas em que ha Beneficiados que cantão cm
c
horo auerá Salteyros, Antifonay tos, & Graduaes, & todos os ma
ls
'iurosneceíTariosparaasMiíras& DiuinosOfficios da reforma*
^°>&vzo Romano, &Mattirologios.
1 Auerá as galhetas que forem necefíarias, & dous caítiçaes bons &
ouenieotcs para cada Altar em todasas Igrejas; & feráo de latão
c
na fcy tos, & não de pao ou arame, ou ferro, como tee gora ouue
galgos: & nanoflá See & Igrejas collegiadas auerá mais para o
, Jtar Mor os caítiçaes neceílàrios para o numero das vellasque fe
^°dcafcender conforme ás feitas. Auerá cayxados San&os Óleos,
11 0 em x
C c li *" <¥ cftcjão fechados.
1 E c todas as Igrejas Parrochiacs,horafejaoMatrizes,horaFiliaes, ff*1!*
Oll At, .1 . •' J : VI//Í. 1./»
anexas, auera Pias de Bautizar que fejao capazes de tanta agua cj J.J.». }i,
r
Dd x £?#•
Título. 20. Dos officíos Díuinos,
ConfitMçâò.XlUl. Que todos os Beneficiados* & Ícone*
mos} & Clérigos jaybào cantar per Arte., ^yfte
todosJe ordenem tmdo idade,
Dd 3 Çonfk
1
Titulo. 20. Dos Officios Diurnos,
" Confamiçào, XV. Que ninguém pregue fem Jer aprouadopet
nós Q/'pregar na Seefendo nósprejentes ou nojjo Cabido.
Conftituicão PrimyrA,
Confof
»» w —
Titulo.21. Como fe dcuemfundar ôc
i.bUcuh.i Jj^^â^B^i Onformca direyto não pode edificar Igreia.Moflef
SuJfai w/Ê^ÊMÍ r0>ncmHermida,nemaleuanrar Altarfemlicença
f^ifr.á.i Jj l/yM^^E dos Prelados & íua aprouaçáo. Polo que mandamos
'tUfitdifi *$$*&!£&$£ *ob pena de excomunhão &cinccenta cruzadosga
Tri
'**• * wfeffi obras pias:q ncnhúa peíToa de qlqr cftado q fcjajtief
t!fbki. tenoflb Bifpado edifique ou fúde Moltcyro, Igreja, ou Hermida fe
«rjctf-w licença nofía: & fazendo o contrayro, alem das ditas penas cm que
fera condenado fem rcmifsáo,pola defobediencia íhe íérá derribado
tudo o que aísi fem licença ceuercmfeyto. E quando algum porfu*
'deuaçãoedificaraIgumMoftcyro,nolofarápnn:eyro afabcr,dafl'
do nos conta do lugar cm que o edifica, do inftitiuo dellc, dasreo*
das, & bens queíheaplica para foftentaçáo dos Rcligiofos, ou Reli*:
giofas, & feus miniftros, & para a fabrica dsile: & achando nos que
o lugar Indecente, & o Mofteyro ncceflàrio,& que tem edifícios
& Igreja capaz, & rendas fufficientes para fofténtaçáo dos RcHgió'
fos & miniftros & para a fabrica: ou fendo de Religioibs pobres me"
dicantes que fc poderão bem foílentar com as efmolas dos fieys #
moradores no lugar onde o tal Mofteyro fc edifica.& vezinhosdcf*
redor, lhe daremos licença & taxaremos o numero de ReligioíoSjOtí
^ Religiofas que ha deauer que das rendas ou cfmolías fe pode córcO'
t f«om2 damcntefoítentarfemdifficuldade: o qual fenáo poderá alterar der
bontjht pois que ror per nos nua vez taxado, por afsi fer conforme a direy &
Jf$;& Concilio Trideniino.
**t* fE quando feouucr de edificar algua Igreja ou Hermida, antes de
fe começar, fe nos dará conta do lugar ondefe quer fazer, que ú0
r uC
*T'í{ ^ ^çrmo,^dainuocaçâodoSanao, do modo & decência q
9
#í».n. *\ ha ^c tcr>& dos bens & rendas q para foftentação £ reparação dcll^»
1
:" da fabrica, & ornamentos fe lhe aplica. E fendo o lugar acóm^* '
do,a Igreja decente, a renda & bens baftantes para fe íofícntat #°r'
namentar, lhe daremos licença para que fe faça, fazendofe primei
ro diflb Iníhumcntos fufificientes. E por que ha algús que fazei*1
Hcrmidas &ascdificãfcfcm licença, & depois de as terem fcytasÇ*
0
dem a dita Jicença,& por impotunaçáo às vezes fe lhe concede,*^
fendo os lugares em que as fazem conuenientesmem ascafas idofle!
ih
reparar as ígrcja5,niofteyro's&h-ermida's. 107.
a
Snem osbes quclheaplicãobaítintes;o que não lie feruiço dy De e_»?»»o <fe
^neoidechorccicffla Igreja. Mandamos qiíe ninguém edifique,toje(r' "
nc
m comece edificar Igreja Mofteyre,ou Hermida em lugar algum
kni nofía licença efperando que depois de terem edificado Telhes
c
°ncedcrà:pofqneafsicL>mo a nós pertence a prouar o edifício, & hTlác*it;
r ,í e i
P «uerque tenha bens bafíantes-, afsi também pertence a prouar o ' "' ^' *
kg<ir & necefsidade oii conueniencia que ha de ter a tal Igreja, Hec
^da, ou Mofteyro: Efe algum fem noffa licença ed ficar com eíh
^nfiança lhe íerà a licença negada, & encorrerá nas ditas penas.
í H íe algúa freguezia ouuer tão grande & efpalhada que os fregue tm ai,J!cn;
2es
não poísán fem grandes dificuldades vir todos aella, ou no nu- *f í*[™
"^toteucr enchentes de nbeyros, ou outros femelhantes impedi- ind je/J.
fritos, poios quaes fiquem muytas vezes fem ouuir Mhfa, &/fem l(^^°r'
'CUieadniniftrarem os Sacramentos em fuásnccefsidades coma
^euid ide que conué. Mandamos aos nofíbs Vifuadores que quan-
do vifuatem confiderem bem a diftancia dos lugares, o numero dos
fr
«guczesque ficáo a fiftados da Igreja, as rendas delias, as dtrficul-
^es dos caminhos ,& todas as mais circunftanciasq podem auer,
* Pe«" fi meftnos com feus Efcriuaes, façáo diíTo autos com teftemu-
Jtas: & achando qne ha diftancia de legoa, ou mais, ou que ha jgVan
o« dificuldades polas quaes tenha acontecido morteré alguas pifo
as
íem os Sacramentos neccílarios, ou não poderem os freguezes
Vlr
^Miflàj&queosque viuemforaíáo em numero confiderauel:
re
L? *S ía té renda fijfriciente, para fe poder erigir dentro na Parro-
c
ta outra Igreja Filial, na qual feadrniniítrem os Sacramentos, &
fa
9oosdiuiaosor"ficios, aísi 0 mandará per fuafcntença,aqualfe
untará aos autos da informação que tomar, porque fe alguém o
contradiffer, poflfa conftar que fe fez com a confidenção deuida. E
a
'tandoqialquerdeííestequifitos, não mandai áo fazer Igreja, né
j)luidirão a Parrochia, principalmente fe a Igreja não tcuer fruy tos
.eficientes para fefoftenrarem os miniftros,& fabricarem duas Igrc
Jas:
porque menos inconueniente he virem os freguezes de longe,
* com difhculdade íerem curados, que fazerlelhe noua Parrochia
^Ue ^e não poííá foftentar com a decência deuida.
- Ec - fEflua*
Titulo, zi. Como fe deuem fundar de
€ E quando os nofíbsViíuadores, Prouifor,ou Vigayro mandate
fazer algúa Igreja Filial na Parrochia de outra, quando a fofientaçao
<JoCura,ouReytorque na Filial nouamente erigida fempre mW
datãoq íe píguc dos dízimos ôifruytosdi Matriz, & aplicarão ao
Rey tor, ou Cura que delia for,todas as oíFertas & pee de Altar delia»
& lhe declararão quaes fão os lugares donde a ella hão de vir facra-
mentarfe, & que moradores ficáo feus freguezçsrdo que íe fará auto
ou termo noslíuros da Vifitação, cujo treflado íe lançará no tombo
&liuros da mefma Igreja. Eafsi declararão que toda a fabrica,aí*1
de Cera para as MiíTas, como Ornamentos, RetaboIos,Imagés da
Capella Mor, & a edificação, & reparação, & concerto da meím*
Capella, & tudo o que nella for neceíTario íedeue pagar à cuítados
fi
fruytos da Matriz, com ametadedo ArcodoCruzeyro,&ametaa
doCruzeyro&todo corpo da Igreja fe fará à eufta dos fregu*
2cs,aos quaes femándaráqueajãode Sua Mageflade ou feus Procu-
c
radores Aluarás de fintas para as ditas Igrejas & fabrica delias. P°
de quanto ainda que conforme a direy to comum as Igrejas que co&
Uh/^di jufta caufá em o âmbito de outras fe edificão per mandado dosPrek:
itifS'de dos k aP° ^e echficat íabricar* & reparar dos dízimos & fruy tos à&
rtftMji outras: todauia o cuílume defie Biípado & de quafi tedosos outt°s
a
defte Reyno immemorial, tem introduzido que a edificação, rep '
ração & fabrica da Capella Mayor com ametadedoCruzeyroptf'
tença aos Priores, & Comendadores, ou peífoàs que leuão os.fruy*
tos da Matriz; & o corpo da Igreja com tudo o que nella for necel'
fario com ametadedo Ciuzeyro facão, repayrem, & fabriquem05
freguezes, & prouejão de tudo o neceíTario; & nós mandamos ^c
10
eftc cuílume fe guarde por fer pio & louuauel, íàluo feantre os P* '
a,a
res, Comendadores, & Freguezes ouuer algum contratoJegi» "
f>m«íe. mente celebrado, que nós náo entendemos derogar, fendo cclcbr*
cM c«tej- J0 com autoridade dos Prellados noflbs anteceflores,& fendo &y f
7m!n. fem autoridade do Prelado, por quanto fica peíloal & obriga fôu*
te os que o fezerao & não os íoceííbres,fe cumprirá fomente na vJ
do Prior ou Comendador que o fez, & depois de feu falecimcnt0>
en
guardará o que for conforme a direy to, & cufíume legitimarr>
reparar as Igrejis,mofteyrôs (Sc hermidas. no.
s
prefcriro.
í E outro íí mandamos aos noflbs Vifítadores, que achando ai-
gúa Igreja ainda que íeja Parrochial,em lugar deipouoadoque hú
«todc..Bcfta,oa mais, derredor delia não aja morador algum,*:
por eftar em tal lugat corra perigo de (cr roubada ou mal tratada, a
àção logo mudar para o lugar principal da fieguezia, que fe ja mais
acomodado para tedos os freguezes: ttabalHando qian:o rielles for
que ifto íe Érça com beneplácito dos Priores Comendadores, &,
&eytotes delias E quando injuílamente contradiflerem, todatna
a* mandarão mudar,íazédo primeyroíumariodas caufas & razoes
porqofué.&oqniíto mandaré farão executar, fèm embargo de
H^que appellaçâo,que neftécafonãoíofpende. ' ^"jr^
í E quanto as 1 grejas que acharem ruinofas & caídas, & que pola fa/,.I0. ■
Pobrezaíuafenãopodéreftaurarnemredificarnolugaronde eítao,
guardarão intéyramente o decreto do Concilio Tndcntino na
«cffaoai.cap.7,qucniftoprouècomoconucm.
1E achindo algna Herm.da outro G em lugar defpouoado mal
fecM, c xpofta aos males & perigos que cada dia acontecem, a ta-
^omudar^endoneceiraríajparaomaisvezinho&acómodadola
8* da mefma freguczia:'& não fendo Hcr rnida do poao, Si necefla
,
«a»nusd:paflòa,particular,lhesmandarãoqueamudem} &nao
frendo mudar, lha farão derribar; Eifto farão também nas Her
^^sqieach irem desfechadas & mal repay radas: porque náoa-
^ndoquemqueyraobrigatfearepayralas&ornamentalas^apli
**e paraiíTo bensbaftantes,federribarão: porque menos mal hs
^oasauer^ as cafas& Oratórios do Senhor fere profanados co
Peccadoí, & mal reatados, & não terem o ornamentodeuido. j
í E feachuem a'gam lugar táo longe da Igreja, que nao pofla co-
modamente trazerfe delia o Sanítifsimo Sacramé to da Comunhão
J°*que ahiviuem, fe no tal lugar não ouuer Hermida, os noíios
V
»iuadores a farão fazer àcuftados mcfmos moradores: & lendo
lao
poucos & pobres que não bailem, contribuirão osPriores&os
mais freguezes por via de efmollarpara que quando fc lhe ouuer de
S5 a Sandifsima Comunhão aos freguezes do duo lugar, ?c P0^
'ima
Titulo. 21. Como fe dcuem fundar &
nas taes Hcrroidas dizer Mito, & também pofiâo os doentes hif«
çliarezir &cncomendarfe aDcos.
qumze d.as: fa!uo fe antes do d.to tempo vier algua fefta de noíTo »
ÍXf " ' ^ °U ? ^ °^° ^a cafa, porque
taes dias fe porá tudo limpo &Iauado de noHo, " *■
4.
f j S Cálice* com que fe diz Miíia deuerri fçr de prata & miiy- t,\»ft. e.
c
. o fáos & v, dado"», como no titulo precedente diíTemos: Po ^,!L.
^emandamasaquemdelles teucr cargo que cada oyto dias os
e
Ja &Jbe Lnceagua para ver íeíao bem vedados & fáos; &achan-
0
íjue fáo roros ou fazem aguarão confentiráo que com elies fe di-
a
6 Miilà tee fe mandarem concertar como conuem. E o Sacerdo-
"S^d.íTef MiíTacom Caliz que não fej^ íáo, &oqueihoder pa~
* |no fabendoo, ficará lufpenfo em quanro nós o ouuermos por
^ & pagará mil rs, para a Confraria do San&ifsimo Sacramtor
E a
^^Meyrinho. ^ mefmapena mandamos qtíe fc não diga «//»•'*
' a lem pedra de Ara que feia Sagrada.nem cm pedra que feia íen 2.,.f \»à
t& ou quebrada. ' **'*
^^adaquinzediasfcfarãonouas HoPuas/muytoIizas & brancas; gf(kf.
^ aueraem'todasas Igrejas vinho bom & puro, que cada dia feja
reíco nas
n j, °í Gaihetas: & náo fe dirá Mifla com vbho que
e ,as cftc
ja de muy cos dias, nem azedo,polos perigos que nino pQ-
v* \ de
f
Titulo.21. Comofe deuémfundara
'deauer': & as Galhctas fe lauaráo cada quinze dias fob pena de ào<
zentos rs.
tf Auerá em todas as Igrejas a cada porta per onde a ellasicentra,
húa Pia de Agua Benta bem laurada.com feu izope, & eflará fem-
pre ptouida de Agua fob a roefma pena: & cada Domingo fe en-
cherá de agua limpa para fc benzer.
«[ Tanto queasMuTas fe acabarem fe cubrirão logo os Altares»
Retabolos, & fe facudiráo do pô, principalméte onde efleucr o San*
&ifsimo Sacramento, o qual terá Cortinas com que fe cubra, #
Alampada continuamente acezadedia &denoyte à eufta de querfl
for. E afsicftará, como as mais Alampadasqucnas Igrejas &&'
" as Capellasouuer,eíhráofcmpre limpas &prouidas do neceíTario
fobpcnadedozentos h> por cada ves que nulo ouucr dcfcuydo: #
fe bar terão as Igrejas cada o y to dias: & cada mes fe facudiráo aspa*
redes do pô, & tirarão as teas de aranhas: & afsi o Choro & Sancril'
tia, para quea cafa do Senhor ande táo limpa & concertada quep*
reça, como he, domicilio íeu & cafa de Orarão.
Re
Ytor, ou Cura,ou Tefourey to leuar de cada húa das ditas coufas
de
Pedra, madeyra, ou telha, para cafas fuás, ou as vender ou der pa
*a vzos profanos, pagará mil rs de pena para o noílo MeytmtioK
&brica da Igreja, alem de rcftituir o que afsi leuar.
APrata,& ornamentos, & rooueys das ígreias não podem alhe^ ,&#
ar nem empenhar, fenao quando as necefàdades das meímas J^
%cjas forem ta es que fe nao pofsáo remediar dou tra maneyra:pot jnH
Ue
^ conforme a dircyto, tendo a Igreja ou feusminiítrosneceísida %ilw;
d r
í> edeue, podendo fer, remediar per empreítimo-, & quando íe -■- -
n
*° achar, fedeuem empenhar os bens, moueysou de raiz profcV mmri.%
nos
^e não fao efpecialmente dedicados ao culto diuino per benção
^con(agraçáo:& vltimamente quando não ouuer outro remédio,
^Poderâo^elasneceGidadesdaslgrejaspobresdelbs.&catiios,
Cltl
penhar a prata & ornamentos. E porque muytos Priores & Be
fiados empenháofacilmente por qualquer necefsidad: osvazos
de
pratadas Igrejas & omimcntos delias: Defendemos a todos que
Ctti
nenhum cafoalheem nem empenh*m prata ou ornamento al-
&% ou coufa que feja Sagrada ou benta, por algúa ncccfsidade tua
neiI
>aindada Igreja,fem nolfa efpecial licenciou donoíTo Prouiíor
Petefcrito:&tendoa Igreja tal necefsidade que fenãopoltiperou-
lro
modo remediar, fenáo empenhandofe algúa peçade prata ou oc
^ento, nos darão diíTo conta, oua noflb Prouifor 16 achando ler
• lsi> lhes daremos licença pata que fe empenhem a outras Igrejas
on
Titulo. 2i. Como fe deuemfundar &
ou a Clérigos j & nSo a peíToas feculares. E fe algum o contrayro fe
zer, fera prezo & do A jubecondenado em hum marco de prata po
la príroeyra ve2 que for comprend.dor & pola fegunda aueráa mais
pena que merecer. E fe com pouco rcmor de Deos vender algua das
ditas coufas, mayormente a leygos fem licença noíTa, a cpal lhe não
daremos feoáo em cafo deertreytilsirria neceísidade que per outro
modo fe não pofla remediar, fera pre20 & como facrilego caíiiga*
do} & não fera folio tee não tornar à Igreja a peca de prata ou orn^
mento que vendeo, & outro tanto para a fabrica delia.
^ E afsi defendemos a todas as peíToas, Clérigos, &leygosdefle
Bifpado que náo empreitem dinheyro ou outra coufa fobre prata,
ornamentos,ou coufas bentas da Igreja^nem as tomem empenhor,
aindaquefejaperautoiidadedaluítiça fecular,quenefíecafo a não i
Ç Ol AR Aquéõsbcscíaslgrciâsdepuíâdospata etifiàti
jpj
\.. .
o íemico delias &íuacnftaçãodosroiniQto&^;^
iJk.*'
LTITVLO. XXIII.DAS
Procifsõcs.
Confttuiçâo PrimeyrÃ
chuão: & fe ifío não baftar, fc nós formos na dita procifsão, proue-
rcmos como for juftiça: & não indo o fira o ooíio Prouifor a requeri
mento do dito Chantre ou Prefidente, nas pefíbas dos Beneficiados
& Capelláes da dita See fomente.
^ E fendo cafo, que nem nbs,nem o noffo Prouifor fe poíía achar na
ditaprocifsáo, damos jurdiçáo ao dito Chantre ou Prcfidente fc^
cometemos noífas vezes para que ellespofsáo proceder contra osq
le defordcnarçm,ou fezerem voltas, ou não obedecerem acs que re-
gem a dita procifsáOjCom defeontos & penas pecuniárias atè os vaM
^JX ao Aljube fegundoa culpa que merecer.
€ E nasprocifsóes que fe fezerem foradefta Cidade os Priores,Rey'
totes, & Curas, & afs\ todos os Clérigos dos lugares em que cilas le
fazem,& todos os mais das outras lgiejas & freguezias,q per eufr*'
meantigo foem vir ás ditas procifsòes com fuás Cruzes, lerão obn
gados ajuntarfe com fuás Sobrepelizes na Igreja donde a prociís*0
ouuerdeíair ás horas cu rumadas, para a acompanharem atee tor*
nar á mefma Igreja donde faio, ou fc acabar em ou tra^cenforn*
ao cuftume,queniftofe guardará. E os que nas ditas procidóes k»J
rem, fendo a iíTo per côtrato,ou pei cullume, ouperdereyto obr*
gados, pagarão por cada vez quinhentos rs,para a fabrica da meín1*
Igreja ondeaprocifsáoíefaz.EosClengosquenãotem oalgrej*
Beneficio, n:m obrigação, mas íáo nclla moradoies, fe não forej*
às ditas procifsòes com fuás Sobrepelizes, como dito he,enccrreta<J
em a meíma pena, & não lhe deixarão dizer Mifíà na dua Igreja, °*
os chamarão para os officios quenellafe fezeicmateeos pagarei*1'
E declaramos que todos efícsfáo obrigados a hir ásprocií.óes <PC
c
fe fezerem por bem comum,como íaodepeftc, forre, & outras» '
melhantes: & não as paticulares que fe fazem por deuação.
^ Eas pena>dosq não foré ás^ciísócs naCidade,as fará executar o
í
noíTo Vigayro jGerai:&fédo Beneficiados,cu C3pellác3daSé,c"
1
íidéce do Cabido fará executar osdeícontos qfezcr:& auedon^
penas os mádará é rol ao noíTo Promotot.E fora da cidade,os noí»1'
Arciprcftcsjcxecutaráo as penas, & os Priores, Re ytores, & Cur?
Titulo.'.iy Oasprócifsões.' 117;
<krão cm rol ao Iuiz da Igreja, para que os faça executar & a meta**
^ para a fabrica delia: & os que os não derem a rol, ou os não fezeré
executar, ou executarem,feráo condenados nellas per nòs ou noíTo
^igayro Geral, ou Vifitadores.
í E na procifsão q fe fazdarredorda nofía Sce nefta. Cidade, & fora
& faz nas Igrejas & lugares cuftumados o Domingo de Ramos,irão>
todos os Cónegos, Beneficiados, & Clérigos com fuás Palmas ou
^amos nas mãos,& os regedores da Cidade & das Viilas & lugares,'
& os não deyxaráofenão depois da procifsão fer acabada, guardajn»
do inteyramcnte o cuftume fob pena de dozentos rs.
f E na procifsão que fe faz dia da Purificação de NoíTa Senhora que
c
^;mão das candeasjeuatáo todos candeas acezas em quantodurar
* procífsáo, para que reprefentem como conuem o qus pelas ditas VtdtrUtu
c
andeas a Igreja pretende fignificarj as quies darão à eufta da nofla s"m.\o-
frenda 4^«
como
w ^
atec
,
gora
O
fefez,' & Sce vagante
r • J
as lo
dará o Cabido à^-W*
i/i .4 f VI-
c
uftadas rendas do Bifpado.afsi aosBenchciadosda í>ee, como aos fiuU**
Perigos & lcy gos nobres que na dita procifsão fe acharem a quem *>-
c
uftumão darfe
f E para decoro & folenidadc das dicas procifsóes, & edificaçáodò
P°uo: Mandamos a todos os Prouinciaés, Minillros, Priores, &
GuardiãesdcílaCidade, qae nas prochfões foiénes quenella fe feze-
*cm em que vay o noílb Cabido, vão clles com fuás Cruzes & Reli-
giofos. E nas procifío;s que fe fezerem nas Viilas Ôt lugares fora do
Êi
fpado,váo os mofteyros que nas ditas Viilas, & lugares, ou fre- f^**,/,
E^zias eíteuercm, hora fejão Mendicantes, hora não íejao, pofto q
íkntos fejáo: por quanto conforme a direy to & Concilio Tr identi-
n
° não (ao efeufos das procifsóes publicas & folcnes.
í Epoftoq nós podemos tãbê obrigar os Çollegiaesdefta Cidade a
vir
i não fôméte à procifsão de Corpus Chrifti, mas a todas as publi
Cas
>corno no decreto do Sãô Cócilio fe cótérfaluoosqcfpecialmê sttiarat.
tc
diuoforcifentospfuaSanaidadedepoisdoditoC5cil!Oi &osq ggj£J
yu
' éemmaiscírreytaclaufura; &acT:ualmente a guardáo, nóspo iu/iStum
fesoceupaçóes defeuseftudospereftaConftituicáo não obrigamos Jj™tjf™
* Vir os ditos Collegios: faluo à procifsão de Corpus Chtiíli, como *i 5 9 o%
Gg no
^Í3 Titulo. 23. Das prôcifsões.
tio titulo da Euchariftia fica dito:ou a outras femelfoantes é asquaeJ
for pela Cidade o Sanâifsimo Sacramento. E ás outras procitfóe5
folénes, ainda q nós & noflb Cabido nellas vamos, náo feráo obri-
gados a ir, faluo fendo per nós ou pelo noíTo Cabido efpecialmente
para inochamados:oquc não faremos, fenão com caufagraue,ori'
de ouuer algúa particular razão para fc acharem, todos. Másos
Moftcyrosferáo obrigados a ir a todas as procifsees cuftumadas,
fem ferem para ellas chamados, & todasas mais em que for o Cabi-
dojpofio q cuftumadas não fejão, íendo para iíTo, p e)le requeridos.
] EfcosRefigiofos hora fejão ifcntos,ounáo,aindaqje conforme
a fua regra deuáo viuer c eftreita claufura fe aaualmcte a náo guar-
darem, náo vierem as ditas procifsões, fe procederá contra elícs co
Cenfiiras & penas tce obedecerem: & náo querendo cbedecer/e a-
grauarão contra ellcs,& feráo caftigados conforme a culpa & cofl;
tumaciaqucteucrcm.
OR quanto acontece muy tas vezes na» procifsões & Igrejas j$jj£
& Hermidas auer brigas & reuoltas,com as quaes não fomen- & *Htb.
te
° Senhor hsgtauementeorTendido, mas feperturbão os officios-j^ JJ*
*»nos, & osfiey s íe efcandahzão: conformandonos com o der ey to^A^
^leys do Rcyno,quepoem grauifsimas penas aos q nas ditas pro-
cif
sões & ígrejas,ou Hermidas fazem brigas & reuoltas: Defende.
tolos eftreytamente a todas as peííòas,afsi Ecclefiaítícar, como fecu
,atc
s,fob pena de excomunhão mayor & vinte cruzados para as o-
bra
s da See■& Mey rinho, que nas procifsões,cu igrejas, ou Hermif
das
uão arranquem arma algúapara com cila ferirem ou iniuriareni
^«etn; nem façáo briga ou reuolta, vindo com outros ás mãos. E
fc
%im, não fomente arrancar arma, mas ferir, ou injuriar com
e
^ outro, ou lhe der pancadas, ou bofetadas, nas ditas procifsõcs &
fejas,alem da dita pena, fera prezo fccaftigado conforme áeul*
a:
P Sc os que fe tomarem fomente em palauras injuriofas & de efeã
^a'°s de maney ra que ajabrados & reuoltas, fem virem ás mãos» ne
lançarem arma, fendo Clérigos que não tenháo Beneficio, nem
"" " Ggi áigni-
1 ítulo. 2f Dósenterrametos dós dcíunãosi
dignidade,ou leygos piães pagarão mil rs do Aljube: & fendo Clà
gos Beneficiados, ou leygos de mayor condição, encorreráo cm ^0
brada pena de dinheyro,& ficará em noíFo arbítrio, ou de noíTo V'«
gayro mandalos prender, cu náo.
E C l aat0 s in urias &
frrllk í ^ í * Í Ê«"fi^õcs das partes, fendo os que ferircto
»0í ».5.« ou efpácarem outros nas procifsões, leygo?, & os injuriados C\&
(cj>tm. gos,guaidaríeha a forma do concordato no *. i8.conforme ao q^
podemferdemandados emon^ílòluyzo,oucmofecula^,qualíí
Clcrigos injuriados cfcoiherem.
S Domín s
"bui P?§S§H g° &> PA Igteja ínftituldos & uão&A
vcnCiat & uardar em
{blnJÍl \Wk ^ g memoria da Kefurreyçáo do S*,
fiinefZ >||l§|gCT nnor: & porque em rai dia teue o mundo principio tc0
*£*ttS Si^^Porâl&rcformaçáoeípiritual,&por ilTo cmtaes d**
's tao pelos Cânones Sanftos prohibidos o jejús,& exé-
quias de mortos, & todas as mais coufas que á feíla & fignificacãc <k
*%» tâ|dia parece que naoconuem. Polo que confermãdonos corri ilfo'
$.j. ' ordenamos, & mandamos que nos Domingos fenão fa^ão exequ*'
1
de defuntos, & auendofe de enterrar nos taes dsas neccírariamC ^
alguém, fendo pela manhaa,fe enterrará com hum fó Refponfo^
o ofôcío fe fará á tarde, & as MuTas fe dirão áfegunda feyra 4P'1*
imnhaã. ° '
:f £ nos dias de Nara!,Pafcoa,Efpirito San£to,& NciTa Senhora <*«
Agofto, nem pela manhaá, nem a tarde fe farão os ditos officios • *
*Ol5!^cdaíealgúfc enterrará a tarde precedendo a encomenda
fep^í
[ Titu!o.2^.Dosenterrametòsdosdefú^os. np
% fe poderá fazer o ofício da Sepultura fomente rezado em vozbaxa
^ iem horas: & ao dia feguinte fe fará o que pelo dcfunfto for manda
do
como duo he: & os Clérigos que contra cita prohibiçáo fezerem
10
í s cães dias exéquias, perderão os benefes & oíFcer ta s q do dito de
Mníto lhe vierem, para a fabrica da Igreja.
1 E porque fomos informados, que na nofla See & Igrejas do Bifpa "tA*i
d
<>aos Domingos depois das Matinas & Prima, & no cabo de todas {$£&
,s
horas da manhaá íè dizem Re^poníbs de defundos no Choro, 'ffl1-.4'
^ntados ou entoados conforme ás horas, o que náohe conforme a oóíjí
direyto, nem he bem que fe faça, que pois lenáo faz nos San&os
jMez que vem pela Semana,com mais razão fe deuem efctifaraos
^orijingos,nosquaesa Igreja reprefenta a memoria daRefurrey-
a
S o do benhor, & tem por Antífonas as horas, ás Allelutas. Polo q
lenamos comandamos que daqiuemdiante osditos Refponfos
^Ojaçáo.dos defuntos-t fe não digáoem os Domingos pela ma-
^*á: & as que entáo fe dey xarem de dizer, fe dirão na íegunda fey-
feguinte, ou o primeyrodia deíempedido com os mais que no tal
,a
íe ouuercm de fazer,porq.ie dsfta maney ra fe fatisfará à vontade
Os
defun£tos Síàíblénidadeda Igreja. E o mcfmofe guardará em
Jjjus as outras Igrejas collegiadas defte Bifpado: & mandamos ao
Ventre da noíTa See, ou aquém em feu lugar preíídir, que afsi o fa-
£° imeyramente cumprir fcV guardar. •
i ^or inconuenientes que podem acontecer de Te fazerem os enter-
, bentos denoy te; Mandamos que daqui em diante nenhfia peíToá
c
Qualquer eflado que feja , fe enterre depois das Auemarias
ltlc
ta que feja, Duque, Conde, ou Marques, quepor mais foléne
lll
°° pa o queyrão enterrar a taes horas com tochas: por que mais
e e
x yto te deue ter com o que conuem ao feruiçode Deos, & aos
ae
' s que de femelhantes exéquias fe foem feguir, que a eílès, apara
, sSueaproueytáopoucoaalmadodefunc"to. Emandamos ato- *>ái&m*.
°s°s Priores, Reytores,& Curas, & Beneficiados, & quaesquer H1'u
^os Clérigos, que te nao achem cm taes enterramentos que de-
y*e fe fezeiem, fob pena de mil rs: & iíto não aucrá lugar nos en-
4?mentos dos Reys, & Príncipes & Infantes feus filhos.
Titulo. 24. Dos enterramentos dos dei udtos.
^ E polamefma razão, defendemos que fe não façáo nas Igrejas ca 1
famentósdenoytecom tochas, nem depois do Scl poíto, ainda que r
©sbanhosfejao corridos: & os Clérigos que cm taes cafamentos fe j
acharem recebendo ouafsiftindo, & o» melmos noyuos. & feus P^W
drinhosencorreráo nas penas dos que fazem os cafamétos clandeft*
nos, & pagará cada hum mil rs.
€ E nenhum enterramento íefaráfemodefun&o fcrprimeyro en-
comendado pelofeu próprio Parrocho onde em vida recebia os Sai
11
cramentos, ou per outro Sacerdote a quem elle ifto cometer, ne *
fem fer acompanhado com a Cruz & Collegio da fua freguezia >le
nellao ouuer: & fe não for Collegiada,iráíempre o ísu Prior, VÇ
e
gay ro, ou Cura com elle, ainda que fe aja de enterrar em outra fr "
guezia, ou Mofteyro que não feja de noíTa Iurdicáo: faluo indofe c#
1
ter rar fora da Cidade & arrabaldes;porque em tal cafo não fera ob *
gado o fcuParrocho ou collegio da fua Igreja a companhalo, fenj0
feoderun£toafsiomandar,dcyxando por ilTo competete cfmol'3,
lJ
E os Priores, Reytores, & Curas, & Collcgios das Igrejas Colleg
das, que com fua Cruz não acompanharem o defuncto feu fregUe
à Sepultura, não auerão ccufaalgúa d is orTertas & benelles delle> *
pagatão quinhentos rs para obras pias: fie os que leuarem algunlíJC;
e
funcho que não for feu freguez a enterrar fem eíperarem pelo Cc»' í
gio'ou Parrocho do dito defun&o, perderão todos os fruy tos &W'1
neflês para os ditos Parrochos fem rcmifsão.
<| E outro fidefendemos quefenáo retém as horas dos finados05
cafas dos defunctos, nem pelas ruas, mas fempre fe rezarão dentj
das Igrejas onde feouueré de enterrar, ícb pena de quinhentos p
^ E nos officios & enterramentos que fe fezerem em qualquer
gar defte Bifpado fora da Cidade, ainda que feja aldeã pequena >l '.
s
dos os Clérigos tenhão Sobrepelizes, roupas compridas atec o * '
telhos, & náo pelotes, né roupas curtas: íob pena de mil rs, & of 1
;
jpeeder contra elles como pelToas que andáo fora do habito clefíf
c
ooas dos defuncms,fe tangerão os Sinos como hc cuítome.O que
fc cumpríráfob pena de mil rs, por cada vez; & concorrendo na fc-
g>mda feyra algum Sanem duplez ou oytaua,fe fará no ptimcyro
íufeguintedeíimpedido:rirandoos em que per curtumedefteBif- ;
: :
pado íe não fazem íemelhantesprocifsócs de dtfunótos. *
f E o Mmiftro que ouuet de dizer as Orações as não dirá ícm Cap*
^Afpcrges violada, & na Q^arcfma preta com Cruz & Aguaben
adiante: & nanofla Sce & Igrejas onde ouuer Adros & femiterio?
foradellas, tairáocom aprocifsáo per todo o Adro: íaluo quando
c
^oucr ,por que então fc fará fomente nas Igrejas & Clauflrasdelias,
fciílofc guardara nefta Cidade & em todas as Igrejas collegiadasdo.
^ifpado.
í E nas outras onde ouuer fomente hum Prior, Reytor,ou Cura ,fe
c|
Í2 for obrigado dizer MiíTa á fegunda feyra, fairápela mancyra
Credita (obre os defuntos com a Cruz diante, que lhe leuará hum
freg ie2. & Agua benta: ainda que não tenha outro algum Clérigo
H«c o ajude. Bonde não ouuer obrigação de o Prior, Reytor,ou
c
ura,dizcrem MiíTa a fegunda fcyra,fairáo fobre os defuntos com
a
?roafsáo na forma fobre dita ao Domingo acabado o Afperges
a?
»tes d2 entrar à Miflfa, como atec agora fe fez & eftaua mandado
Per noíTos anceceílòrcs: & ifto permitimos fazer aos Domingos
Por fcr obrigação necefíària, & não auet outto dia cm que fc faça
^ando as Igrejas náo tem obrigação de MiíTaà fegunda fcyra. E
0s
Priotes,Reytorcs,ou Curas, ou Coílegios q afsi o não cóprirc,pa
gitão por cada vez quinhétos rs,Pa a fabrica da igreja & Meirinho.
-* , *-_— - ^Epot '
I
- y
.*
íc
Titulo. 24.. Dos enterrametos dos defutós. 122.
e
» deyxão,&nãoaos hcrdcyros & teflamenteyros dos defun&osJ
contra os quacs náo ha auçáo, faluo no caio acima dito, em que o
defun&o náo fez menção da fua fteguezia, nem lhe mandou dar, nc
tirar offerta: porque ncítc cafó hs viílo conforme ao cuftume querer
^uefe dec oucra tanta offerta a fua freguezia.
01 S queentrão nas batalhas & depois fe não acháV, nem fabe j„v/,.£ A
5 n0
deiles, conforme a direy to fepreíumcm mortos, & feus bés» *** :
"h&ndasie entregao a íeusherdcyros, como ie verdadeyramen -fim. &n*
,c
cónftafljí de íua morte: & porque não he razão quepara 'herdaré *'j:^"'
«cus bens os ajáo por mortos, & pata lhe fazerem osoíficios cuftu- ?nj/,í?<«
^dos os tenháo por viuos,& a(si careçáo perpetuamente dos fuíFca tT//" »dw
giosdeu?dos: Mandamos a todos os Priores, Reytores, & Curas, tmejt.
^ Capeljáes, que a todos os feus fregueses que na jornada dei Rcy
^°ín Sebaítiá? foráo com cllc a AfFrica, & náo tornaráo,nem íc fa-
2
° delbs, façam logo da publicação deita a trinta dias os officios euf-
arados, conforme a fua qualidsde & fazenda: & as efmoilas dclles
Pediráoafcusherdeyros,ou pefíòas que em feu poder teuerem ícus
"ens: & os euitatam da Igreja ateeíatisfazerem: & não querendo,
0
^oflo Vigiyro Geral procederá contra elles atee com effsy to com
r
P ifcm: porque ainda que poíía acontecer que algum deíles íeja
v
iuo & torne,melhor he fazeré fe lhe os omeios fendo viuos,que íal
lat
«m lhe fendo defun&os.
í £ o mefmo guardaram os Priores, & Reytores, & Curas, da^
Sui cm diante com todos feus freguezes que forem cmalgúajor-
na
da de guerra por Terra, ou per Mar, fe depois de tornados os
preitos & armadas, elles nam aparecerem, &ouuer fama que fáo
♦tecidos dentio de hum anno. • - w
Hh A CEos
Titulo. 24.. Dôs enterrametôs dos defútos.
* ^
j. 1. it v ^ E os que forem para fora do Reyno, ainda que não vam a guerra»
&
ta*i!>fZ andarem aufentes dez annos, ou roais fem èfcreuercm a fuasca-
íH/V-ííS fas, nem aucrnouasdelles, tanto que conforme ás Leys do Reyno»
^finti os feushcrdeyros ou parentes pedirem feus bens, & lhes forem cn-
ttc ucs com an â ou cr
'"!%* f*- S fi Ç > p qualquer outro modo: Mandamos qu«
|«a»iw da mefmamaneyrafe lhe facão osoríicios como aos fobreditos:o
)»nZ. ^ ^ gu'uc^ar^ ^Si n0* °iue nora ha roais de dez annos que (io au-
t. cutujtr ícntes,ôi fc náo fabc dellcs,comoaos que da qui cm diante o foremí
j$iM4A Por íluanto ^otnos informados que a cites eufentes, porque nunqu*
oshâo por mortos, nunqua fc lhe fazem os officios, & afsi ficáo pc*
petuamente fem ellcs. O que cumprirão todos os Priores, Rcy W
ics, & Curas, fob pena de mil rs, jkí cada vez que fe defcuydatefli*
& os nofíbs Vifuadorcs faberã© fe afsi o fazem.
v, \
Titulo.2^.daalliéação,dosl)esc]a$ igrejas.
: Conptukâo Primcyra. Que os bem da lgre\4 fe mo alkecnè
jcm mdititt njplidade) ou necessidade^ Jolemdade,
R mu tas VC2CS or
?%"£ T) ° Í y P importunação dos que pedem, fe faZ^
fef ft*-1 emprazamentos, ou promefías de bens que náoeOáo vagos, n°c
itnAA.i ^uc> a|em JQ pcrjg0 ^ p0cjc auer je çs cjefcjar a mortedos qu
pí
poiTuem,fe dáoccafiáo a ódios & demandas. Mandamos, fob pe
decxcõmuháo&dcviotccruzados,quenenhúsbenscertos & n°*
meados que andem emprazados, ainda que fejaem derradeyra Vij
da, fe emprazemouprometáo a outra peflba antes de vagarem»
ainda que aquelle que os poífuc déa iflb conlentimcnto. faluo fe &
Ic renunciar o prazo cu titulo que tem dos ditos bens liurement*
àlgtcja,ouMofteyroquc dclles hedireyto Senhorio, para que *
Igreja os empraze a outrem: porque em tal cafo , parecendo b<?
ao Prior & Beneficiados, ou ao Prior onde Beneficiados não oU'
uer,ou aos qae teuerem cargo de emprazar csraes bens, lhe po*
| dctãoaceytararenunciaçáo,& emprazar, a peíToa que o renunc|'
ante nomear, precedendo primeyro diligente tratado, & as tnai*
folennidades eufiumadas & declaradas na Conftitúição legume»
úC
E faíendofe ou pretendendoíe algum prazo certo & nomeado <\
1
outrem poflua em outra forma,alem das penas fobreditas, o tal efl ;
1% prazamento ou promeua não valerá. ^
1
[Titulo, ts, áaallicação, dos bes das Igrejas, ii|
*
j Anto que algú prazo for vago, ou per morte, ou per dcmifslà
•*• do pofluidor, ou por caírem comiílo julgado já por final ícnté
& que paíTaíTc cm coula julgada:ou auendoícde emprazar de ncuo
*'SUS matos maninhos ou terras defaproucy radas, ou outras feme-
jantes que feja de vtilidadeeuidente da Igrejacrnprazarem fc:fen-
a
%eja Colegiada, cm que aja Cabido, ou fenio Moftcyro, ou uuaitijê
^cilcgio regular, tratarão em dous Cabidos ao menos por inter- í** PHnS
Ua "oclcdousdiasantrehum& outrojcom a deliberaçãodeuida felrtbxti.
c
°nucm fazerfe o tal empra2amcnto,ou 6car antes incorporadoeflè'^^
prazo na Igreja, & o nicdoporq íe feç,aquemaisproucytofolhc{c*r<#4íi«t
)j> & as condições & claufulas que terá. E íe a mayor parte do Cabi-
y iQt de parecer que íe faça emprazamento, fe fará diílò auto afsina
y per todos, ou lendo os votos iguaes, aísinado pelos que forem
p parecer que fe faça, & nolo enuiaráo a nó s ou a nofíb Ptouifor, oii
Sayro, tendo para iííònoíTacfpecialcomífsáOiper hum dos Be-
Jcnciados,ou peílòafem fofpeyta, que não feja a parte aquém feha
'^zer o prazo: declarando no dito auto como tratarão em dous
doidos, & feaíTentoii que fe fezefíè porfer proucyto da Igreja,'&
s
fezões porque lhe parece que he prouey to! & declararão mais, fc
s
^cs bes iao terras brauas, matos maninhos, ou cafas, & edifícios
Ult
^ofos que nunqua andarão emprazados: ou fe fão terras boas Zc
.Pcoucytadas, & as cafas nouas, ou moinhos: & fe efião perto ou
°nge da lgreja,de maney ra que fe exprimão todas as circunflancias
pks quaes fe pofsa bem entender fe ferá vtilídade da Igreja fazer-
la
' l emprazamento. E tanto que o dito auto afsinado pelo Prior ôc
oficiados yier a nós ou a peCfoa q teucr noílà efpecial comifsão,
°s ^formaremos diílb:& achado q as razoes q ha ga íe fazer o tal
ni
?ra2amento &a!heação, fãodasqodireytopermite, lhe man-
cos paííar carta de vedoria em forma, fazendonos petição, na
al
le declarem as caufas que ha para fc emprazar, & as qualidades
sD
es, & todas as mais circunftanciás acima ditas: a qual comete-
mos a duaspelfoas EccleGaíhcasquecomdoustauradares hornes
t
ÇflV
Título. 25. da atheaçao dos bcs das igrejas. 127.
r^Onfor mandemos com ò dírcy to & Conftituiçõcs de noílbs pre Jutb.fni
^ J-ceíTorcs, ordenamos & mandamos que os prazos dos bés das '^bim*
%ejas fenáo facão fenão cm tres vidas foomente, hora fcjãoM
P^oaslogo no emprazamento declaradas, hora q a primeyra no-;
"lee a fegunda, & a fegunda a terceyra, & o marido & molher não
poderão ler ambos húa vida, nem outras duas pefloas, fazendofe
fi^rá o prazo valendo nas tres vidas & pefloas fômemc,fcndo o ma dâ.Umb.
ndo ou molher a primeyra vida, ôt o outro a fegunda, & a teteey ra, T**^\t
a
que notitulofedeclarar,ou elles nomearem, iegundo a forma do Ctutf.«-
c
°Utrato. E todos os prazos afsi os que adiante fe fezerem ,como os £t%j£
SUe ja forem feytos para mais que tres vidas & pefloas, fe reduzirão[* "/'•
1 \.
as r, * i 1 1 1 -vi !RtfȒ.7*.
«nas tres lomente, como pcidircyto hc mandado. Nem outro mmtr» z.
fi k poderá cm o titulo do emprazaméto que fc fezer cm tres vidas jj/jj^
P°r claufula que acabadas as ditas tf es vidas lho aforão, ou hão por- Uuod <«-
a
torado, ou emprazado cm outras tres: polo mcfmo nem por ou • 2yyJJ2£
l
ro foro, nem por oueíe obriguem a cmpraza!o,por fer em fraude namtr».*,
^ Igreja & da ley :& fazédoíc,não valerá coufa algúa a dita claufula.
1i^OR.Queconformead!rcyto,hamuytaspcnoasproh}bidasa
-*" quem os prazos da Igreja não podem v ir, & outras a que nam
c
°nuem que venháo, poftoque lhe não feja expreiíamente prohibi-
iÇ Ordenamos & mandamos que fe não emprazem propriedades
--^ -.. Kk |gfi
Título. 2^Da alhSâçaodos besdas Igrejas*
í^f»,». algííâs, ou herdades das igrejas, Moíteyros, Collegios, ou Bene&ci»
1^'^^osjaMofteyro^ncmâGolltgiojncmàoutraIgreja, Hofpital» ne
lugar pio: aísiporq por rafcáo de feus priuilegios (tv&a podem Wfl^
bem auerdellesaspenções,& demandar as perdas & danificações 4
1
deiles fe fezerem ,ncm petóè nos cafos em que per culpa dos poutt
dores fe perdem, comotambem potquenunqua vagáo, patafepo*
r
dera Igreja melhorar. Nemfcemprâzará propriedade algèa,ho *
c
feja rultica,hoTa vtbanaa peíToa que teuer outra f*melhant« propi*
dade pegada com cila que leja fua própria, dirimo a Deos > 0°
í0
prazo de outra Igreja ou pefíba, para que as propriedades fen
çonfundáojoualgúa parredcllas venha aperderfe, como oauyíaí
vezes a contece»
cm
íí»^«i- ^ N outro fi fefaráemprazamentodebesaígusda tgrcjaafilko
M^i"' efpurio, inceftuofo,ou adulterino,ou naturaido Prior» Abbadc» Be
c7/4fr«y. neficiado, ou Comendador da Igtcja cujos íao osbés>ticm * w^°
0
t(dtf. cfpUri0j ou peí qualquer via iÍlegitimo\ ainda que feja legitima^
ou defpcnfado por elRey noifo Senhor: porque, pois os taes não p°
cm occ< ec nc cs rC
- x ®t ^ ^ ^ ft bes quando outra couíâ fe não declara> pola p '
ti.cmfrt função que ha de a Igreja não querer que feus bes venha© a peflòtf
t0
ÍS.40 pxdfay tá° odiofas, não he razão que deiles fe lhes faça empra^*
mento: Saluo fendo legitimados per fua San&idade ou quem fettp0
der tenha para poderem auer os taesbés & foceder nelles. E iíto auc
• talugar afsinos prazosque forem concedidos aalgúa petíoa, &»*
1
filho ou neto jeomo nosque fe concederem com claufula» queo p* '
mcyropoífa nomear a fegunda pcllba, & a fegunda a terceyra>olí
ainda que diga que poík nomear liurementcquem quifer: por<JtíC
zC$
todas eftas claufulas fe entenderão de pefíoâs legitimas & capa '
ou que para ino fejão habilitados pela See Apoftolica»
0f Nem outro fi poderão fazer prazo debês algús a molheres cptf
13
nháo ou ajão tido por mancebas, ou com que teueífem ou te»*
mà fama j nem a feus filhos delias, nem a fuás noras» ou genros» °,
oí
netos dos Priores, Rcytores, ou Beneficiados das Igrejas cujos *
os bés que ícouucrem de emprazar» O queafsi mandamos a^P^
n
lo quç conuena à honeftidadc Ecclefiafíica, como porque v&
*
Titulo.25r.Daallieaçã6dosbesdasígrejas."
AContcce muytas vezes que alguas pellbas pofliiem bens dai
Igrejas,pagandodelles penção cm cada hum anno como cm-
phiteutas, osquaesnão tem títulos, ou por feauerem perdido, otl
porque osouuerão de feus pays, ou anteccflbres, como p razos da*
ditas Igrejas,& nío fc achâo titulos. Cõformandonos com a difpo•
tTSfr fi$áoxledircyto&ConfíituiçóesdcnoírospredeceíTcres:Ordena-*
bo reptiit mos &mandamos,que os d poiTurré bés pela dita mancyra por cf-
deitem. pa£° oc quarenta annos,reconnecendo a Igreja coro pençao annua
phi.dtú- como dito he,fcjáoauidos nos duos bés& prazo por derradevra*
Jio rerm. »j >í / " 11 i
2^a.z. Viaas: íaluo le naquellas terias onde per quarenta annos polTuirem
os taes bés pagando delles pendão, todas as roais propriedades CJUC
a Igreja teuer forem íatiofins perpétuos, comoacõtece nos pôíiySf
brejos, & matos maninhos, quefe dáo em foroperpetuo aos que oí
cultiuaráo: porq em tal caio os que per quiçenta annos os políuiré
çom boa fce pagando as ptnçóes, ficarão emphiteutas perpetuei
comoos mais feus vezinhos que trazem outras taes propriedade*
das Igrejas.
^ E íe algum moftrar título de emprazamento^ contra o dito tti
tulo feallegar algum defeytode íolénidadepuld qual nã)deuav^
let: Mãdaniosque íz do therr do dito titulo náo confia tclaramétf
queatalfolénidadefaltou.em tal calo, fe per efpaço de quarenta
c.ptunitJ annos pollúir os ditos bés, fejaauidopoi legitimo emphiteuta n*'
fX&Sl <luelIa Vlíía ^ PeI° dit0 Pra2° me COUDer •* Por quanto por ta ntoj
».7. wry. annos fe deueprefumir que no dito prazo interuicrão todas as fole
to.-tittc r /§ . • li ' . _'*"■- *
l
J'f■ * O O M O S Informados que algus priores, & Beneficiados, com
2*' /. jt T^ pouco temor de Dqos, arrendáo os fruy tos & rendas de feus Bc
j^/-ncficiospelomefmo tempo a diuerfaspeíToas, recebendo delias di-
nheyro, & depois anttc os rcndcyrosfemouem grandes demanda*
fobre qial deue fer preferido ,.& perdem muytas veres fua*
fazendas: Mandamos a todos os Beneficiados, & a todosos que tfij
uerem prcílimonio, ou fruy tos em pençáo, que náo façáo pelo meí-
mo tempo arrendamento a diuerfaspeíToas, hora feja per eferitora
publica, hora por feu afsinado: E fazendo algum o contrayro, íeri
prezo, & do Aljube pagará trinta cruzados para obras pias-,&ná<>
fcrã folto tee fatisfazer áspartesoqueihedeucr: & aucrá as ma»*
penas que por direy to (ão poftas aos que faze femelhantes cólu)c s'
/amtiu«^ ^ concorrendo diuerfos arrendamentos domefmo Bedeficio có-
ih dd. U firmados per nós ou noflb Vigayro, fc algum já, per vettude de ícil
wtuymi. arrendamento efteuer cm poíT^eíTe correrá a renda efleanno,poíto
que o feu arrendamento feja derradeyroem tempo: & náo tendo nc
nhumdclles poífc, precederá o que tcuer primeyro arrendamento
1
&fc concorrem a pedir confirmação, fe dará ao primeyro. E fc fa*
cila algum começar a correr a renda, não poderá allegar poíTe par*
auer de fer preferido,& pagará dous mil is, para a fabrica da Igteía
&Meyrinho,
^ E para qu: eftas noíTas Conftituiçóes fobre os arredamentos do*
bens das Igrcjasíe cumprâo & guardem como conuem: Mandado*
a todos os queos tomarem por arrendamento, que não feentreme-
táocm arrecadirosfruytos,né corrão a renda fé primeyro moflrat6
os arrendamentos ao noflb Vigay roGeral, o qual verá fe fão cõíot'
mes aditeyto & noflas Conftituiçóes: & achando que o fão, mand*
ráque fecúpráo.ElhcpaíTaráícuAluarádecorrer:tachando q°
Titulo. 2?.Da alheação dós bes das Igrejas. 13}
n
áo fáo, aCsi o declarará, per feudefpacho. E mandamos que todos
0s
Wadores & pcffoas <p fam obrigadas a pagar ás Igrejas dizi-
as, & primícias, foros, rações & quaesquer fcuy tos, Ou dinhey^
r
o> não ccúdáo com eiles aRendeyro algum, fem primeyro na efta-
& fw publicado o arrendamento confirmado per noOb Vigayro,;
* Aluará de correr como hc cuftume.
í E outro fi mandamos a todas as comunidades & peíToas Eccíe-
líticas, tendo Tuas rendas arrendadas per hum anno, ou per mais
temp0l fegundoforma de noíTa> Conftituições, durante o dito tem-,
po, náof^áo arrendamento a outras pefloas para auer de começar
babado aquellc, recebendo algum dinheyro dantemão dos íegurt*
^sRendcyros: & frzendo o,perderà o que receber dante máopâi
r
«l fc gaRar em a fabrica da Igreja & obras pias, & o Rendcyro lhe
**ao poderá pedir.. *■■"'-•'■
í E porque a!g'JS Beneficiados 'da nofifa Sec arrendamos fruy to*
&fuas prebendas,ou mcos,ou tercenarias algúas vezes dante mão
Ctt
ifcu notaueiprejuizo, &fczematrendamêtosadiuerfaspelicas^
^quaes querem vender os fruytosem oCeleyrõ do Cabido, o
^e náoconuem,&algãsdosditosBeneficiadosdefpois deterem
Prendados os fruytos do Celeyro, os pedem & mandão receber
P°r ícus criados, do que fe feguem demandas,^ quey xumes, por íe
citarem cftes & outros incóueníentes: Ordenámos & mandamos,1
u
S « arrendamento algu de BeneficiodanoíTaSee,oufruytos do Ce
ky to, fe não guarde nem cumpra fem fer primey f o vifto pelo noíTo
^Udoj&aprouado&corfirmado p^o noíTo Vigayro Geral. E
^andamos a todos os queorafáo,ou pelo tempo forem officiaes
^ Celeyro do Cabido que cumpráo efla noíTa Conftituiçáo intey-
rat
^cnte,fob pena de vinte cruzados para a Sec & Meyrinho,&de
Pagarem de fua cafa tudo o que contra forma delia derem.
Confátiáçâo.XUllgmhofertas ^petâeAlt^u
jenam arrendem a Leygos* ^
S offertas dos fieys Chriftãos, que fe chamão pee de Altar.co- t'- tntt; ,„'
forme a diteyto pertencem aos miníftros delle ^aualmente/^^,
Titulo,^?.Da alheaçío dos bêsdas fgrejas.
feruem: Polo que mandamos aos Priores, Reytores,& Comcnt»'
dores, Colégios, Comunidades, &Mofteyros, que teuerem Igre'
cíB
jas,oa Hermidas, nasquies não refidáoanualmente,que de)x
todas as orkrtas ôq>ee de Altar aos Curas & Capclláes que per eíles
feruirem:&aindaq refidáo, ná<>poderão arrendar as ditas críertas
& pee de Altar a peíToa algúa,hora feja Clérigo, hora Leygo: & ffy
ri
Zendoocontrayro,alem de ler o arrendamento nenhum, pag*
dousmilrs,paraaSee& Mcyrinho. ;
q E fob a mefma pena, defendemos aos Curas & Opcllaes, qúfi Vi£
p2ríi,neminterpofitapeiToarccebáo as ditas orTcrtas& pee de A**
tarpor arrendamento dos Priores, Reytores,oude quaísqueroU*
tráspeíToas, nem ellesarrendarão a outrem a* fuasorfertus & pec#
Altar que teuerem.
ÇE por que algús Priores & Beneficiados & outras pelToas quan<j°
arrendáofeus Benefícios dão poder aos feus Rende yros que pof*^
nomear ou aprefcntar os Curas & Iconomos:& os Rendeyros *c
concertão com os clérigos que haode feruirde Curas, & CapellacS>
& lconomo;,paraÍheaueremdefcruirostaes Benefícios curado*
&Capel!aniaspor menos çítipédio do quepernoílàs ConílituiÇÓcS
eílã taxado, & Ihetomãopa^tedopecdeAltarou todo, ou o arre"'
uC
dãoaos meimosCurasi&pafoqfecontentemcom os partidosq
s s
clles lhe tezerem, bufeáo não os mais idóneos como deuem, ma °
quefe contenção com o que elles querem •, o que he caufa de ^°
auernas Igrejas os miniftros queconuem. Ordenamos & mand*'
íZC
mosqie daqui cm diante fenáodee nos arrendamentos que fef
v a
rem, poder aos Rendeyros que aprefenrem Cu as, Capellács, °
Iconomosjncm lhes metao no arrendamento aseffettas & pee °c
Altar. Efe algum fezer o contiayro pagará d usmilrs, para obr*s
e a
pias & Mcyrinho: & o tal arrendamento não valera: & nefla p ° '
encorreráo afsi os Beneficiados como os Rendeyros.
TITVLO.XXVL DOSDIZIi
mos, Permicias.&Offertas,
. .. .. . J - - --••• . -«
tu P«
Titulo. %6. dos dízimos, primícias, ofíertas
IttCit t IO
t.cijttti'
ER Direytodiuino,&:humanohcdeuida
aosminiflroscfpirituaes côngrua fuftcnca-
t- Cltrki
g.]HttJt.2, çâo temporal, pela qual razáo antes da \cf
cfcrita,os Patriarcas Sáaosoffereciáoao ÍJC
nhor o dizimo de tudo o que elle lhes daua>
& depois na lcy eferita judicial perprecey*
ijrtutrtU to mandou o Senhor que íe pagaífcm,^
mini i6.f. os Profetas, & Sandos dizem que por fe não pagarem ao Senhor
frims.
cdecittas bem osdizimos,vicráo grandes efterilidades. E os Sagrados Câno-
ló.j 1.1. nes, & Concílios vniuerfacs fundados neftas leys diurnas naturae*,
tuá.cpaf-
ttráíts it & judiciacs, mandáo q de todos os fruytos & ganhos,hora fej?.o na-
item.
Sttf.i5.t. turaes, horainduftriaes fede às Igrejas parafoftentação dos minis-
tros delia a decima parte, & o Concilio Tridentino manda aos Pre-
lados, que não confmtáo, que os dízimos que fe deuem a Dcos pa*
fuftcntaçáo dos Sacerdotes, &Miniftros de fua Igreja, fe impidáo.
ou vzurpemper pefloaalgua, nem os retenha, declarando queos
que tal fazem tem roubado oalheo. E outro fi amoefta, & manda
à todas as peíToas, de qualquer grão & condição que ícjao, que (06
obrigados a pagar dízimos, ospaguem inteyramente, ás Igreja*.
Moitey ros, ou peíToas aquém fe deucrem. E os que per qualquer ra
Zâo, ou pretexto nãoquiferem pagar, ou impedirem, que fe não p*
guem, ou dilatarem a paga dellcs, ícjão per nos, ouper osPidado*
feus fupcriorcs excomungados,* náofejao,da excomunhão abíol
11
tos,atee fatisfazerem inteyramente com effcytc&amoeíra^ *
daqui em diante não íeja graue pagarem todos os dízimos de tud°
o que Deos lhe der aos Sacerdotes, & Miniílros que tem cuyd>
de fua íaluação,cfpiritual. Polo que conformandonoscornou
Dcctetodo Concilio,mandamosfobpena deexcómunháo, a to-
5
dos os auradores, criadores & todas as mais peíToas «Ecclcfiaftica »
& fceulares de qualquer eftado & condição que fejam, que per ^1
toíaoobrigados apagar dízimos, os paguem inteyramente (&
diminuição algua, fendo certos que nlo os pagando, íerao por nó*>
OU noffos of ficiacs excomungados, & o peccado que cometeré eí*
naopagarcm os ditos dízimos, oa impedindo a outro q não pag^'
Titulo. 16. dos dízimos, primícias,offertas IJT
0,
J v fatpando para fi os dízimos que fc deuem ás Igrejas & feas Mi-
«tiros, fcjaaDOS reler uado, como no fim delias Conttituiçõés fe
delata. E cila amoeftaçáo & declaração do Santto Concilio Tridé-
ll
«o & noíla , fe lera nas citações duas vezes cm cada hu anriò, no»
tempos maiscoDueoieiues.
a Jant0 fbmos
í'*?S P ° ^' ^formados, que em aíguas partes dcííc B^
tjt. c.tua i pado ha Jauradores,& peíloas que antes de dizimarem tira1?
SjtZld° t0 j° moníe 3 fe*«eque lanção à terra, parecendolhes, q ?oi
5
*«»* í-aucrem fido as duas fementes dizimadas, fedeucm tirar,oqueh
^ erro grauemuytas vezes condenado peia Igreja, & Sagrados O»0
nes, Mandamos que todas as peflbas que cuuercm pão; fruy co?, °*
nouidadc, gado,criacao, Mel, ou Cera, & todas as mais cotifo *
que fe deuedizimo, os paguem de todo o monte fem tirar a íenicfl*
te que lançarão aterra, nem os gafios que com atai nouidade feb-
rão, nem oferuiço ou foldadados criados, nem do dizimo do ga*>
tirem a foldada ou mantimentodospaílores, mas inteytaméce*
tudo o que Deos lhe der lhe paguem à decima parte, fob pena &
Titulo.26. dosdizimos,primícias,oíFertas \\&
P3garc em dobro a femcteou defpezas,qiie antesde dizimar,tirare>
&
cncorreráoemasmahpenas,q.ieencorrem os quevfurpão, ou
fcncgio o dizimo,declaradas na Connituição primeyra, & o pecca.
<jo ficara a nós rcferuado, doqualnáoferáoabfoitoslemprimeyro
^tisfazcrcminteyramente-.faíuoíe antes de irem àconfilsáofatisfc
^em, como no fim delta* Conftituiçóes fe dirá no titulo dosca:
ÍQ
s tcferuados. „„
í E outro th mandamos que os dizimos fe paguemdeWo monte, jjj&jgj
Ws de fe tirar delle foro algum, nem ração, nem outro tributo faMth
íèaja de pagar a algum Senhorio, ainda que fejaoutrilgreiajOU^Í"'''
^cflòa Ecclefiaftica, & quando fe pagar o foro, ou ração irá ja db
Rimado.. ' J., t
í^olaurador que antes de dizimar pagtt algum foro fabido, ou
^°fabido,ouraçáode qualquer partilha, ou outro algum tributo
P°rdizimar,feráobngadopagaráIgrejadc fuacafe todo odizi-
^0, que dos ditos foros, rações, ou tributos íeihedeue,& ale dtflé
«aUrs de pena para afabricada Igreja. Eporquç a!gús poderoíos,
Oi
idemenor condsçáo conftrangem aoslautadore^ou teareytos,
°ufeuscazeyros que lhe paguem o foro, cu ração, ou qualquer tri-
^topor dizimar contra lua vontade, dizendo que efláo neHa poíTe
v
*urpádopor efta via os dízimos as Igrejas. Defendemos a todas as
Mbas d: qualquer eílado ou condição que fcjão, fob pena de exco-
rn
^háo ipfo f,ao incurrenda, &de vinte cruzados para as obras
d
*See,&Meyrinho,quenem per fi,nemperfeus criados, ou ou-
tta
* iaierpofi- as peíToas direde, nem indir ette conirranjao os laura-
dor
es, feareyros, criadores ou quaes quer peíToasa lhe pagarem o
fof
o ou rasque lhe deuem por dl zimar ainda que digáo que eftao
íe
fta pefle, aquaí em tal cafo os não pode defender, & ainda que di-
B'o que elles pagarão da ração, ou foro que leuarão ò dizimo aque
lc
<W.Da qual excomunhão não ferão abfoltostee defiílirem da
^ía força, & fatisfazerem ás Igrejas & darem caufãoao menos ju-
rat
oria que mais não farão o íobredito.
f £ iuo fe não entenderá nas Igrejas que tem legitimamente pref-
Ctit
o pot tempo de quarenta annos lcuaremdefeus cafeyros fuás
1 *~~ —•■**
Titulo. 26. dos dízimos, primícias, ofíer tas
rações por dizimar. Por que as Igrejas húas contra outras afsi como
podem prefereuer os dízimos, podem per pofle continua & pacifr-
cá de quarenta annos prefereuer que as rações feihc paguem por à
zimar,o que auerá lugar, & mandamos que feguarde lômetite na*
Igrejas, & lugares onde a dita pofíe,& preferifáo de quarenta annos
ouuer, & nãQcm outros onde não ouuer tal poíTç, pofto que feja"
c.tuolmáa. melma Igreja. Nem poderá Igreja algúa pedir oulcuar raçõe*
fjfiripíi Por ^iwmarffe algum lugar, ou lauradores de q não eAé em poííé»,
*». er
cr ibi pofto que afl<
aflegue &prouequeem outras partes onde tem foros#,
rações ás leua afsi:
Ainda que conforme adircy to detodos os ganhos que per in. úitffi
duftriadaspeflbasfe acquirem i'e deuaá decima parte ás Igtc pâJlorali's
ias onde os Sacramentos fe recebem,tirando os gaftos &defpezas; * ***
íet
n o curtume alterado eftes dizemos pèíToaés, de maneyra.quc em
%ias partes fe paga fomente hUa cohhcCença fegundo o trato &
°fficio de Cada hum, & cm outras partes nem ainda eftas conhecei
Çwfcpagáo. E para que fefaiba o que fedeue pagar deconhecença
«a lugar de dizimo peuoaí, cotiformándonos com as Coftftitui-
tfesdenoíTosprcdeceitores,Ordenamos& mandamos que fe pa.
Suememámaneyrafeguinte.
í ItemoMercadorquetratarem Frandes, França, Itália, ou pata
Malquer patte de tefrme, pagará em cada hnm anno fefenta rsde
c
9nhecenca. *v~
Eo
- Mm 3 í
è
Titulo.^.dósdkímôsíprimieiã^offeríâi» 140
Os Caçadores de codhosjpcrdiZès,codorhizés, &outtàS férrié. ôi>»tt»
J r
Imncescaçás, também déúcmdiZirriòintèyrodédézhum. Èàfsl fe J^ *
Pagitá o que fe entender naqoelles quê tem por õrlfííio eàçâr todo ò
a
nno t ou em todoS os tempos delle pára gtnhãr diftheyroi £ onde
°uucr pofleimmeniomldefenáo pagar da cáÇa dizímõintêyrOi
apagará húa boa conhecença âo menos.
% Os que fazem gâmèllãs, trinchos* & lóúçá dé pão para vend rei
^paSjcefto^gamellaSjCarrètâSipadioliSj bancos* & outras leme»
Inantes couías pata vender Vinte tu
% Os cileyréyiOSj&ofhciaes que latirão junco,efpârro,pa!na,colmô
viiitcfs.
í Os Èfctidev rós homens,& motneres que nâò tem officios certos*
porem criam Caualos & beftaspara venderem* & tem algum tra-
l0 a
» P gátáo também conhecencáâs Igrejas onde recebem os Sacra
bentos fecundo o trato * ou mértéò que tiucrtm. >
^B declaramos qie não hehOíTâintençãoinnoiiat cOiifaaigúa nós
<taiino< petizes* 3e Cônhecençàs do qtie per aritiguo cuftumè neíté
ftofto Bifpádoeíhiiitroduzidd. Mas queremos qué os curtumes le-
giitirosiprefctitos íe guardem como têc aqui fé guardarão. É
^iodamosaos PrioreSjReytores >& Curas, que lia eftaçáõ façáo pâ*
ocular menção deites dízimos pèíídaés,& ednriecençás á feus fregué
ics
i & declarândolhe a obrigação que tem dé reconhecer a 'grejà
^Mioiftros delia de quem recebemos Sacfamentos,comálguacotí
ia do que ganhão pof feus officioSi&tratos.
\ -m #
- r
Cottflitutçâo. Vil Do tempo ~im fie às dizfrtiàs fedettem
;
pagar ajsi peflodesicówopndtaes.
SofK:rcas ilc
//&"": A q os fieis Chriftaos ©fferecem ao Senhor i* ^
hor.ftgn,f. 1~ *■ miniílros de Tua natureza ião voluntárias, mas em alguo^'
fos
w,'ghl (*° neceíTarias, & de obrigaçáo,& fe podem pedir, & demao^
tõ/uut. cm juizo.Oprimeyroíe por curtume antigo (c offerecc femPrfiC
©'. Tis,0.certosdias.O íegando feper teftamento,ou contrato fc mandai^
m àt tcrcc t0 lc rCl1
%(,** *' ^ ' ° y °parrocho cmueíTe cm necefsidade tal que a$ '
l.4d Iplj das & dízimos que tem da Igreja lhe não bafarem, & neftes cM°
n ff Vl a ro as m
iimJl. ° ° 8 y andará pagar obrigando a iflb os que as fc^'
. , ' f E fora defíes cafos em que as offertas fáo neceíTarias náo coo^
geráo aos freguezes a oftèrecer algúa coufa:pofto que fe lhedeuc<Jl'
c
zer, & lembrar quáo antiguas fáo, & quanto cuftumadas, #
ê
comendadas pelos Sanftos, & pela Igreja,& quanto ganhão o«f
de bom, & limpo coração oíFerecem ao Senhor algúa parte do f
cllelhesdá.
Cdf. <juu í Ê defendemos eílreytamente a todos os leygos de qualquer cP
f*ttrd$. do, & qualidade que (cjáo, & aos clérigos, & peíToas Ecclifi*^
10. ?. 1. f. qi,c °ao uuerem os direy tos parrochiaes,que fenáo entremeta^
af reca<íar né as
l«Íi*f > vfurpem per qualquer pretexto que lèja as d" °^
ua c
Abjn cM tas, ainda que alcguem,ou prouem que eftão cm pefle antig " /
l rccebcr & Uc as íC
lffi!jl. 9 tempteferitopor que os leygos asnãopodép
creucr
5
% E fe algum leygo, ou pcíToa ecclefiaftica que não té derey t° jj*j(
rochiacs, vfurparasoíFertas que fomente fc dcuemaos V^ll° d
Titulazó.dos dizini05,pnmicias,o#ercas. 14.2
cufe entremeter em as arrecadar, ou impcdirqueospurcchosaá
n
áotirem-Iiu?cmcntc delias fem nofla licença, ou dosparrechosa
«fiem pertf ncem, encorreráo pelo mefmo fey to em íenicnça de cx '
c
ô^unháo mayor.que nós pereílaConilituiçáo pomos em fuás pcf
kasconformandonós com algús concílios prouinciacs antigos cm
apoiados em direyco. Da quai não íerâo abfolutos atee com er%-
l
°íW,ía2erem. .
* Equinto a* oforta? que fe dão emalgus oratorios,ou hermidas,
feíqac as oferecem declatarc que as dáo pêra Ce giftarem na fa •
brica da cricímá Igreja, fe giíliráo na fabrica & *ío delias, fem os^
P^íochosemcujafregucziaastaes hermidas eítáo aspederem to- stcin.it
toatpecafi, nem aplicar a outros vfos. Mas a arrendaçâo &'admi'^^
^raçío delias fora d-as ditos parrochos cm cuja freguc2<a efteue- ""^.'V-
re
«i as hcrmida-í & oratórios, pêra queelles as gaftem na fabrica^ &£££
^o as poderão arrecadar os mordomos, & olfkiaes das confia: iis, }©•
net
* gaíUlias.íaluo tendo pêra íflj priuitegió da landa & c Apcíío;
liça.
ÍHpoíioqueasoífertasexpreíiamínte^clarameníefenãodípe-
^áfibrka da hermida ou Tg ejaondefccfftrecem fe ellasfao grã-
^íS»&a tal hermid i,tgreja,ou orarorio tem necckidadc de fc«bí iça,
°sparrocbosferâoai0oconarang<doáper nos,&noííoProuizor, ^
^ Vifitador como per hãa decretai extrauagante do Papa Alexan-r \hji&
^eftimandido.
í H fcas otíertas fe oferecerem a algúa imagem de NoíTa Senhora, Ah insto
?tài$an£toáig\ n queelleja cm hermida,ou oratório de pcÍIoa j*ggj
fíiuada^áopoderao (enhor dahermida,oUOratório tomaras raes ofi.um*
oifc
rtas, masentregarfeháo aopatrochoem cujafreguezia oorató* "" JJ^jS
íio
ou Imagem cfteuer^em embargo de qualquer Cuílume encen- <«.««M.
^ayto. x
? EasmíborTertasqjtfenáodãoperaafabricá^U outros ga(ío$í
*Cráodosparrochos, 5c minutrosd.i Igreja aquém pertencem, ôc
as
Poderio enfiarem fcii* vfos .quando a tal hctmidâ náo tiuer ne-
Cçfs
id.idc de hbric.i,i>em forem coufas que percendo ao mimíierio
?^*« E ifto fe entenderá nas offoctas de dmheyrò; páo,\ i.il.o,azey-
te
Na A . *
/
Titula 26. dos dizimós, primicms,oífertas.
te, & coufas femelhantes.'
pQrcm íe nas
%? l ^«W» few*i > ou oratórios, fe oferecerem d-
«fc.. w«- cus ornamentos que nas taes !grejas,ou oratórios pofsáo íeruir.Co
Ji%k VemaíaDer cálices, cruzes, de prata, ou de metal, imagés deSafl-
2tí aos °S> °U C°Tarde D0íra Senhora>Vcnidos PCrâ a* imagés, toaihasje
We ngnk. S > P^os de feda, ou lãa, fínos,campay nhãs doutras peílàs afsi de
/
*r.ft*£. ouroouprata^omodefed^oupanorouauendonastaeshermiclas»
npIp»tací,^fimsJcamasJãíõcs>&quâcf<jrouiràscou!âsacotiiO'
dadas pêra o vfo dos mefmoshofpitaes,gaâtias. Defendemosef-
Uey tamente, & mádamosfob pena de excomunhão, & de dezen*
Zados pêra a fabrica das igrejas, & meynnho que as náo tirem daí
dita. Igrejas,hermidas, oratórios, & feus hoípitaes, ti gafarias, né
asapliquç-nafeus vfos, ouaoutroiaIgu8,nem as tirem doferuí£<>
dasmeíma* Igrejas.G que os Priores, Reytores,Curas, & todasaí
mais peíloasa q jem pertencer a arrecadação, ôt admimGraçáodaí
taes ©flertas, & hermidas, & oracor ios,cúprirâo fob as ditas penas,
f EporqueosarrendamemoSquefefazédasoffertas,aleygos/aO
efcandalofos,&fàopartedo peede altar quepelasConuituiçóesdí
ncífos predeceíTores fáo prohihdos.Mâdamosa todos os Priores»
Rey tores, & Curas, que náo façáo arrendamento a peíToa algúa m»
yormcntefendoleygodas offerras quefeofferecerènas Igrcjasofl*
de elles rendem, mas ellcs per fi, ou feus familiares as arrecadem, *
lendo ofiec tas de alguajhermida que ette longe da Igreja onde refi*
iem,cmtalcafolhcpermitimosqueasattendemaohermitáoq«tf
eftmer na mefma Igreja ( fc nella o ouuer) & náo a outra peíToa:»
«aoauendo fearrrendem a cle.rigo podendo íer. Mas nos taes*?*
damentosfedeclararaqucnâoenttarãoos ornamentos atras ded*
rados, & coufas que fe offerecc pêra vfo, & femiçp das mcfmas \*r
rnidas. Epoítoquefenaodeclarcm,ou pelomefmoarrendamcot*
ie dem aos rendeyros das cffertas, nos per efta Cóítituiçáo auem*
quantoasditascoufasosarrendamentosporninhús.Edcfendemc*
lobasmefmaspenasde excomunhão,&dinheyro,atodososdimS
c
Pnores^Reytores^Curas,quenostaes arrendamentos náon '
88S ?l™ c?ufas Vç- fc otTcrecépcra o vfo & feruico das Igreja'
Titulo^26.dosdizimõs,primidas>cfFertâS* tyj
^etmi(iaSjoratoric)S,ouicragésJ&aosqileâstâêscÊttistomâteti%
per arr endamento, mandamos fcb as mefmas penas,que hão tome
perafi nem pcra outros vfos as ditas peças, & ornamentos, nus ftf?
deyxem ficar pêra o feruico delias.
TITVLO XXVII.
Da inimunidade das Igrejas.Sc 4 .
peffoasEccleíiíUcas.
ConfítUkâo primeyr aQue ninguém"vfttrpea aytrisdkm
tcclefiafltca, nem ate clérigos diante
da\uftiçAfecular.
1
:
Igrej as & peííbas Ecclefi afaças? 14?
c
ularcs, porque ao tal ccmpo o achou fora do habito & tonfura
tical & o náo conheceo por clérigo, náo cncorrera nas penasdeftar
li
mento fua jurisdição. E fazendo algum o contrayrO \ alem de fer
Nbcudo o que em outro juizò fefezerfem noíTo confentimento
c
°mo em foro incompetente, pagará pelaprimeyra vez dez cruza
d
°5 para a See & meytinho, & poía feguda fera prezo & auerá aps-
na
dobrada:5c fazendo mais vezes, fera mais graueméte caíligâdo. t»p.M*
\ H declaramos que não he noíTa tenção prohibir aos clérigos nof- %*4^ê
fos
fubditos refponderem no juizo fecular nos cafos em que perdi- r»«*g-
te
yto Canónico podem fer nelles demandadosrcomohe quando fe \tjt„ i
Uc
rem feudo algum do Re y ou de outro fenhor fecular, & for dema gjtf^
^dopdo m:ímo feudo, ou parte delle, ou coufa aelle tocante:ou imut.t*
' le«« bés da coroa & fe tratar dos mefmosbés:ou quando elle cm ai ^áAcA;
S5* caufa ciuel demandar algum leygo no foro fecular, &o leygo iffin*
0 tc
conuir no meímo foro,nos cafos é que conforme a cuxcy to nao pm^feet
■*■■■- ' ~" Oo * lugar rtg»i*h
Titulo. 27. Da ímmunidade da
Iggarairecoduençôes, & em outros cafos femeíhante s que em dj
reytofáo expjçfíos: pot que neftes cafos poderá© huremente refpó*
der no ditoíey to fecular.
ÇÉ^ ^aístóoderáo fer demandados & refponder fem ncífa licen^ dl
«ie/flro
«owf». 3te& Sutrps prelados £ juizes eccleíiafticos os clérigos noíTos íub
0
^itOS^orríÊsâodealgumdelicl-Oyfeláo cometerem, ou com"»*
jÇè la o fezefem'& forem achados no lugar do contrato ou por razSo
de^lgum^ beneficio OU Coufa que teuerem em outro bifpãdo> íegun
dj?;|?çr,^e3^oji©ordenado» Ê fora dos cafos que em direy to fóocí
tr0
preflòs todos os que ou refponderem no foro fecular ou em ou
1
foro ecclefiâjiico fem nofía licença encorrerãohasjpenasdeflafcotf
Cpnftituiclô.
5
Corregedores, !uizesà Alcaydes, Meyrinbos ,& quacfqucroutto
officiaes&minifíros dájuítiçafecuíar,que náo tomem conheci016'
to de algum crime, ou delido, ou quafi delido que algum clet»g°
0
bubeneficiado fe diga ter cometido que notoriamente íeja údóÇ
clérigo ou beneficiado; ainda que ò tal deMo feja pelo clérigo c°'
metido diante das mefmas juAiçasfcculárcs óu contra ellas^oú6
alguâ caufa que omefmo clérigo traga com algUm íeygo no »0^
fecular, como fe difeflc? que jurara falfo ou dera tcítemunhasou <&*
s
recerâ autos falfos no dito juizo: porque nem ainda neftes cai° P r
la
dem procederas juftiças contra os clérigos, mas Os deuem áccP
&dômândardiantcdenbsounoiTo Vigayro.
uc
€ Nem outro íippdtífão conhecer de algum feVto ciuclém *j
*
l * 2
1
Titulo.27. DaimmuniJadedas )
profanas.
f E aos Priores, Rcytores, & Curas: Mandamos fob pena de dou*
milI f s, que pagarão do aljube, que não conííntáo que nas Jgrejasfe
facão as ditas rcprefentacóes, jogos, ou danças, ou cantigas profa-
nas: nem fc ajuntem nellas leygosa cantar, danfar,ou comer,oupa;
ra fazer outros autos profanos.
Ncm Utr0 fl conflntirão ue
ifiífií ^ ° ' <l nellas comãooudurmãopcflo-
*W«4 as a%"as oculares ainda que eftem em nouenas, mas tanto que foi
noy te fecharão as portas,como per outra Coníutuição no titulo.**
lhe hc mandado, iob as penas nclla conteudas. E onde ouuer cuífo'
me de dormirem em as hermidas de noy te lhes mandarão que duf
mão nos alpendres ou cafas no lugar junto as he rm idas: & por ne-
nhum cafo lhepermitáoque nellas durmão poios grandes abufos<í
fiiâo ha.
f E fe algías peflôas fezeretn voto de terem nouenas em Igreja*,'
ou Hermidas, declaramos que ellesvotos fe cumprirão eílando và
las de dia atee as portas fc fecharem, faindofe para fora ao tempo q
ouuerem de comer ou dormir: & quanto a dormirem denoy te nel-
las, os táes votos os não obrigarão, por fer de coufa que por nos &
por dircyto lhe he defeza.
^"E fobasmefmas penasde dinheyro defendemos aos clérigos #
beneficiados, que quando íe ajuntar em em algúa igreja na feita oK
eííi
orago de algum Santo que não comão nem bebâo nella, nem
a íancriftiâ como atee gora fe fez.
<| E outro fi: Mandamos aos Priores, Rey tores, & beneficiados #
íeusPrioftes&dizimeyrosq nãoponhãoncconfintão quefeponb*
fias Igrejas trigo, milho,centeo,ecuada, linho, azeyte, ou VJtfh°>
nem outras couíàs femeihantcs parafeauerem de repartir antre d'
les,masleuariehãoaosccllcyros fie cafas das Igrejas profanas oWe
fe recolhão ou repartão: & qualquer que o contray ro fezer ou cd*
fentir, pagará por cada vez quinhentos rs.
^ E fe a'guem cfferecer pão, vinho, linho, ccra,Icgumcs, ou oUtr*'
rC
coufas íemelhantes que fc foem offerecer, que as não ponhão:fck
os altares, mas queiuntodellcsfeponhahúamcfabem confertad*
«s
^ Igrejas&peffoasEcclefiafticás.' h<*.
«n que fc pontuo: & fazendofe o contray ro: Mandamos ao noíTo
Vigayio ou Arcipreftes nos lugares de íua jutifdiçáo, que mandem
tomar as ditas coufas & as facão repartir por pobres ou dar aos pre
zosdasvillasoulugarcsondcefteucremas Igrejas ouHermidascn
defc oferecerem: «efeantesdcllcs ai tomarem os Priores, Reyto-
res, & Curas as teuerem leuadas & gaitadas, os condenarão em ou
*o unto como ellas valerem para fe repartir pola maneyra lebre-
Ata.
R Ça
'ir//»'. O ° <P experiência não foomente em noíTos tempo?, mil
^/í»íI/íí I em os tempos paíTados)&antiguosmoftiou fempre ferem os
05
ZuTcMyê inteftos aos Clérigos. E com eftc odio,& ma vontade lbcría
S.J -'£'2*m* ^nas Pc^as.corno no$ bens muytas auexaçoes. A Igreja
wmmitt. Satf;taem muytosConcihos geeraes, & Jeys Canónicas piocurcil;
£Í/1» M"3«íi*r eftes males, pondo d uerfas penas aosquecontia a líber-
mmus. dadeEcclefiaíticaaucxão os Cl.-rigoscom impolicóes & tributos
yKl*>^^^ Polo que prcucft
nitMcuf.do niftocomo os Sagrados Cânones nos mandão: Defendemos a
«í^IW». «dos os Corregedores, Iuyzei, & Detembaigadores, & cificweí
j«xto. da Iuíliga, & offijiaesdasCamaras,&concclhos,& quaesqueroiiV
trás peflbas de qualquer cftado,& condição que fejara: Q ue nan»
imponhao aos Clérigos, & Beneficiados, ou Reif'gioforr& m&*
peflbas Ecckfiafljcas imporçãoalgua,nem finta,ncm tributo peifrí
af,nem ainda real. Como íaofizas,ou pertaecj das quxes perdei*/
ffiun?** Canónico íao ifaitos, nem lhes façao pagaras ditas fintas, fizas»
p»*tUi>& portages, ou femelhantes tributos por cauía dos bens f atrirroni*i
esque cl{cspcirucm,cuco r.prâo, ou vendem pára íeu vzo. E íe al-
gua peíToa,oa comunidade Ecdefiaííica, ou fcorar ccnRianger peí
íi,ou interpofita peliba Clérigo algum,Igreja>ou MtíLyro a pagaf
por razáodefuapclToajOude feus bens, fiza, per .agem, finta, oú
outro qualquer tributo deque conforme a detey to fao ífentej, &H
l$*crS do peflba particular, encorrerá pelo mefmofeytc cm.excomunhão
,non mi may or que per dercyto cõtra es tacs he irrpolb, & pagat á dous mar-,
TJ-jUs & cosdeptatapara aSè,& fendoCollcgio comunidade, Camará, o\S
ÍS!fi?l CóccJho>CitiacIc>VilIa>0" Lugar,encorrcrãocmfCntençade inter*
<»» fil £o, & pagarão a mefma pena pecuniária^ não íeramabfolros das
ó
&> - ditas fcntenças de excomunhão, & intcrdiao.cni que afsi encerrem
atee famfazerem inteyram5tcaosChrigoí,&ppífocH Ecclcfiafl»;
cas todas a$perdas,&danos,& execuções ô fizerem, & lhe refi •»*«*
tud>
I
1
Igrejas &peíToasEccleíiaílíca$r 172
tudo o que pelos ditos tributos, & fintas lhe fezerem pagar, filma-
is a dita pena.
I[ Mas fe os Clérigos tratarem, ou negocearem comprando & ven c«j>.y>hM
dedo pão, vinho, azey<c,ou qualquer mercadoria,bois, oubeflas, Hji%tr'
ou eferauos para tornai a vender, para ganharem & não para feu
V2o, ferao obriguados a pagar as mefmas fiza9, portagens, & tri-j
butos, que por razão das ditas mercadorias fe leuão aos leygos, &
lhos poderão leuar como aos meímos leygos, fem temer de encor-'
rerem é as ditas penas & cenfuras. Osquaes o notTo Vigayrolhes
fará pagar, fendolhe perante elle pedidas, & demandados como
deuem. E fendo âmoefíados três vezes, & não defiftindo encorre-
ião emasmaispenaspordireytoimpoftas.
H Nem outro íiauemospor ifentos de todo, os Clerigos,& peífoas
Ucclefiafticas de darem algúa ajuda para as obras das pontcs,fontes,
& reparação dos muros, & ruas das Cidades, Villas, ou lugares cm
que viuerem: porque pois das ditas coufas V2ao, & fe feruem co-j
&10 os lcypos, juíto he que fe não eximão, de darem algúa coufa
para as defpezas delias. Porem não poderão fer fintados pdosoffi <*'"/'•»•»
ciaesícculares,masauendotalnecefsidadedecadahúadas ditas o-
bras, & coufas fe fazerem, a qual fe não poflà bem remediar ,com fc
fintarem fomente os leygos, ou fendo tam pobres ,ou tam poucos
«Jucnáopofsão fazer todo o gado delias, nollo farão a faber, & nós
c
om deuida informação do cafo, & fendo neceífatio confultando a
'SuaSan&idadelhesmandaremospagaroquc for juíto, como per
direytoeftá determinado. Efe os leygos per fi fintarem acs^Cleri- ietpno9
os m,ms
E » & fuás fazendas, ainda nos ditos cafos, fejão cerros que encor- -
*em nas cenfuras do Concilio Lateranenfeprimeyro,&nas mais sutÀltÁ
w, I
F°r dircy to impoftas-, & mandamos aò nolTo Vigayro que os deda 3- /< 9«
Ie
por taes & proceda contra elles tec com effey to obedecerem.
í Porem íe algíía Igreja ou peflba Ecclefiaftica comprar, ou por ®«<»Mí.
1
°utroqualquer titulo acquirir algúas terras,ou outras propriedades^, ^
^jfejão tributarias, ou deuão ao Senorio algú cenfo ou tributo paga,/'?*
*ão o mcfmo tributo real dahi por diãte q dates pagauão porq as ia.
*édas teporaes q fão tributarias pafsão em as PelToas Ecclcfiafticas
05
mclnios encargos, tStz2
í
Titulo.ij. DaímmunííJadecks [
Conjltturçâo. X. Quefe não facão eflatutos ou acordos contra
ahhrdadtEcdepafiica,cr os fcjcós Je revoguem.
Sa
g' , . .
mente a todos os Senhores de terras, cami\ras,concelhos, & con o
nidadesquenáo façáo eítatUios,leys>nern acordos que dircftc, ou
induxaeaíRndáoal.berdadeE.eleOalLUeajimpondolhe/oros^n*
tas, tributos vafl^lagens. nem os obriguem aeftarpclos ditos Teus
çihturps, qcardosou poRuras, poreje fendo cilas tae-s, que (ttf.Çlej
rigos,&pcíToasEcdefuílicasosdeuáo guardar, por fere comuns
apodos, ôí neceíTarics ao bom gcuerno, nós & nofiò Vigayro Gej
ral lhos furemos guardar.
y^J/f^j *^.Is?crT1 °'atro ^ faráocftatutos, acordos, ou pofturas polas quaeí
tu, efpeciaímente manderr^oudcfendáoalgúa ecuía aos Clérigos ain-
àà cjue lhes feja boa, & prouey tofa; porejue não tem autoridade pa-
ra o poderè fazer.Nem lhes deíendáo vzarem dos partos, menta-
dos, tbntes, mcrcados,6í todas as mais coufas cujo vzo hepublico,
# comum aosleygos: NemJhes defendÚo venderem fuás fazeP'
da^&ostVuftosdefeus Beneficio*, ou património em quaiqiie*
tempo, queellesqui'ierem,né por iíTo lhesleuê penas, ou coymas.
a us -
4 e. ictU ^ k '§ brutos, acordos, ou pofiuras forem fey tos antes da pu
j,4dc««/blicaçáo defta nefla Confiituieãoque directe, cu indite£e oífendáo
TJmíc'aherdade Ecclefiaílica,ouque efpeciaímentediíponhão dasígíC
d H Í3S> ^pcfloasEccleíiaAicas,ou defeusbens, 6c rendas mandando
oC
W.ííIí:gJh", ou defendendolhe àlgúacoufa,osauemos,& declaramosp
; w6
*'v *' ncnhús como per direyto íáo. E lhes mandamos que dentro de n°
uedias,qaeíhesaf$inamos por todas as ttes canónicas amceftaÇO-'
ne
èí, termo perentorio os reueguem de fey to, & declarem por ",
eíl
nhiís, & mandem quefe não guardem. E não o fazendo afi?*» * "'
do pciToas particulares, pomos na peflba de cada hum fentença d?
evcomunhão mayor,& os auemos por condenados cm vinte cr***
zades, para a See & Acufador, & não feráo abfokos tee fatisfazerC#
• ê
Igrejas & peííoas Ecclefíaflica$r 155
f E os que por fuás leis, eílatutos, acordos, ou pofluras, OU fcntc-
#s, ou mandados prohibem aos leygos que não vendão ás peílóas
Êccleííafticas pão, carne, pefcado,ou as mais coufas de que teueré
«ccefsidade que fe vende a todos ,ouquclhesnáomoáo,oucozão
fcu páo, ou lhe náo ferrem fuasbeftas, ou lhes facão fuás obras, ou
não firuãod:eclaramos queencorrem em íentença de excomunhão
ttiayor por direy to contra elles impofta. E fendo camarás, conce- d.tMK ]
lhos, ou outras comunidades os que tais eftatutos, ordenações, ou
pofturasfezerem contra a liberdade Ecclefiaftica, ou tendoas fey-
*as as náo reuoguarem no dito termo, os auemos por inteidi&os,
& encotndos nas penas pecuniárias acima declaradas.
f E fe clRey noflb Senhor fezer algua leyíod pfematica fobre a tay *g*J
*ad©s mantimentos, tayxando o jufto preço dellcs: Mandamos a t.if.nmt
to
dos os Clerigos,& peflbas Eccleíiafticas que a guardem inteyra-n- •
^ente não excedendo em coufa algua os preços ptt as ditas leis, &
Praticas tayxados. E todos os queocontrayro fizerem alem do
pecado que cometem,&rcftituição a que ficão obrigadosiManda-
^osao noflb Vigayro geral, &officíais da juftiça Ecclefiaftica que
ptocedão cõtra elles,com as mefmas penas impoftas feias ditas leis
^ ptematicas aosley gos,condenandos nellas, ou em outra s porq
ní)
s pcr efta nofla Conílituição as auemos por impoftas per nós, 6c
c
?Hío tais queremos que fe guardem.
CwM
8*
Titulo. 27. DaImmunidade das
Conjlitutçâo XI. Que os que Je acolhem as Igrejas,mo fc]â*
delias tirados par a ferem condenados a morte, ou
pena de fangue&J comofegomara da
immunidade da Igreja,
Elos rac,os :
díífflíà T) % Cânones, & leis imperiais he ordenado por re
aitcckji: i uercnciadis Igrejas & lagares fagrados & bentos q os que á
gmnt. e^es *"e ac°lheml nío poísaofer delles tirados para auerem pena àc
c nunr e. morte, ou de Tangue. E para q fe não poíTa ao diante duuidar quai*
íao a l C S&
/ej. 17. í. * g< J<* lagares fagrados, & bentos que gozao da dita iva-
4 <•'»"'inanidade, &quaes os caíoscm queellanáodeuc valer aosqueaí
de mm* ig^jas >e aceurao, contormandonos com odirey to Canónico (*°
Zl"ffôi. cluaí ncíía materia fe deue íeguir aindaq as leis ciuis, ou quaefqusf
5
U„ ues?; leis ào Rcynojou ciarmos feculares digão o cótrayro)Drdenam<>
>lt- & mandamos que fe algum delinquente fe acoutar á algúa Igreja
Mofl.e> ro, Hermida,ou adro deila$,ainda que tenha cometido qa*
cfq KV delidos graues, & enormes,^ não fqada hi tirado pelos l&
zes feculares nem as nofíàs juftigas Ecclcfiaílicas, Priores ,Reyto-
res, Giras, & Beneficiados das ditas igrejas lhocóíintão para aU^
$
rem de fer condenados a morte, ou cutra pena: faluo fendo ladr&
5
públicos, ou falceadores de caminhos, & nocturnos deftruydetf
dos campos, & fementey ras,ou que cometerem algum homic'di°'
capjnter ou ferimento, ou outro femelhante crime de prepofito,& por trey
mmtuU Çao:ou roubarem algua freyrad: algum Moíleyroporforça,ouVíf
cm
ÍUJí!?' S honeftacom a mefma força:ou de prepofito confiado em kv*
ler da immunidade da Igreja cometer nella, ou em adro algum b0;
0
micidiCjfsrimetOjfljrtOjOuoutroqualquerdeliótograueJforq *
1110
toeftescafosfáopordireytoexemptuados, & nelles petmitf *
Canoncs uc os
/«^í V S que os cometerem não gozem da immunidade, #
sw ji fe aque efiando na igreja cometer algum deliíto confiado n**0':
,munidade,& teuer outros porque a Igreja deua valerlhe, q«afl'
toaos outros gozara delia. Efe algum Corregcdor,Ouuidor,l»*'
Meynnho,ou AIcayde,ou qualquer officialda juftiça tirar a!gj*
-
peitadas Igrejas, Hermidas,Mofteyros& adros delias, para os!*
ígrejús &peffoasEcclefiaftícasr i?4
oarem prcfos aos cárceres públicos, & osfcntenceatépelomefmo CQMtt
teyto enconcráo em excomunhão maycr, dl cjual não íerãoabfol- /^«é/í.^
*°s ate çô eífeyto tornarem a Igreja o R:o que delia tirarão, com to-
das as perdas & dinos, & pagarem dous marcos de prata pata a
n
°ftiCh*nceíí;uÍ3. Efe para tirar os delinquentes das Igrejas que-
darem as portas, ou fezeré algúa femelhante força, ou nas Igrejas,
°u ás peífj-is Ecctefuuicas que quiferemimpidirlho,aueráoamaií
c
P m que merecerem, a qual o nolloVigayro executara nellescora
rigoragíajandoasccnfuras atécometfcytofatufazercm.
*[ H poiio q DOS cafos acima ditos por derey to Canónico execeptua*
dosjé qosdelinqjítesnãogozáode imunidade das lgrejas,polTáo
•€t delias tiradas pelas luítiças fccularcsfcm pena: porque não aja
ni
Sc exceder fe o medo, & tirarem Te das Igrejas & adros, os que a
c
"as fe acoutáo em cafos que deucm gozar da immunidade,como
cadadtafe faz. E por atalhar a outros muytosinconucniétes, & de*
«catosdas Igrejas-Ordenamos & mandamos fob as mcfmaspenas
^excomunhão & dinhey ro,a todos os fobreditos, & quaefqucr ou
lr
°s ofticiaes da juíliça,ou pcflbas de qualquer qualidade, que tanto
^e algum fe acoutar a Igreja, ou adro ainda que tenha cometi;
**°s crimes porque não deua;gozar da immunidadc, não feja delia
*lr*do fem primeyro fe chamar o noíío Vigayro fedo na Cidade, ou
*rrabald?í, delia, ou cada hum dos Arciprcltcs,fendo nos lugares de
teus ArcipreOados onde cites refidirem, ou ao tempo fe acharcnj,ou
PSrío deites. £ fendo cm outros, os Priores, Vigayros,Reytorcs, &
jyrasdis Igrejas com os quacsfe fará fammatto da cu!pa,ou culpas
"°komidadonafjrmacu(iumada:&achando quealgrcja lhenáo
a
* Wsi o declararão por feudcfpacho: & poderá fempena algúa fer
• ^etnente leuado, & prefo pelas juftiças feculares: 6c fe a Igreja lhe
Va
'^, não confmtirão que fe tire, guardando neftes autos fúmatios^
r
j* P onuciacão delles, derey to 5c cuftu me: & difcotdando os Iuizes
^Cc»cíiafticosdos feculares fobrea immunidadefe leuaráe os autog
• ^periorconforme ao cuílume.
• ^c acontefet,q ou por elhreo noíTo Vigayro geral, ou os Arei*
-ii^i^fíorcSouReytotes^mpcdUosouosmcfmos Iuy2es, ott
ftqa Ccrr*
Titúlo«i7»Daimrf!uní(ía(]edas
Corregedores fecularesquedeuem concorrer em o fúmario, ou fc
não poderem por outro qualquer jufto impedimento fazer o dito
fúmario,& verem fc as culpas dos ditos homiziados, em ta! cafo os
poderão tirar das Igrejas & adros, &leuar preíos em euftodia aos
cárceres públicos com noíTa licença, ou de noíTos officiaes; & doutra
mancyra não: para logo que ceifar o dito impedimento íe tornarem
a ajuntar, &fc fazer fúmario, & fe ptenúciar febre a immunidade»
ff E todos os que cm outra forma fem noíTa liccnça,ou de nolío W
gayro tirarem algú homiziado da igreja ainda q digáo que o Icuáo
cm cuftodia,ou qtem deli&os porque lhe não vaí^encorrerso em a*
ditas penas de excomunhão, & dinhcyro, & não ferão abíolutos ate
os tomarem as Igrej as ou adros donde os tirarão para fc fazer & p:o*
nunciaroditofummarim E neílecafo fenâo admitirá pcflba algua
porpattc,fenáoo Iuyz,Alcayde,ouMcyrinhoqafsio tirannc feráo
admitidos a algus embargos,ou rezões q lhe não deua valer a Igrej*
atéfercmacllareílituidoscomoditohe.
«owá». ff E fc algum delinquente indo prefo em poder dos miniílros dajti*
Altxtnd. J. /- i r r i i ir r n i ~ • i
or ias. i. mça iccuhríeloltardelles, &lc acolher a algua Igreja, ou adro va
r ne na cm c
'íe* "tíus ^ ' todos-çs cafoscmquedcue gozar da immunidade E
ymcand. cicíu/tica, comofe aellafc acolhefle fem nunquafer prefo: & com
ma
UIUIIAQ. y°r fezáo valera a Igreja, ou adroaqucllcs que fem fer prefo* í°
num. n remfeguidosdoscificiaes da jufiiçaatecfe acoutarem a ella.
tnuartei ff Mas feindoaâuairoétcprefosícmfcfoltarcmdasjuítiçasquco*
0[i
ftusin c.
Jtcutanti'
Içuarcm paílàndo
j1. i
per al&úa
o
Igreja,
o > '
ou adro,
'
fe acoutarem a c\h> ,
m
aw
quitus.i-j. puxando pelos que o leuarem entrarem na dita Igreja, ou adro fl
%fja'àt- P0£^ráogozar da immunidade, por quanto fe não pode dizer cpe
«MIO. lèacolheráo as Igrejas, fenaoaquellesque cóíuahberdade fc acoU*
táoaellas.
Ç-E defendemos outro íl, fobas mcfmas penas de excômunh^
& dinhcyro a todos, os ofíàciacs da Iuítiçafccular, & quaefqucro11'
re
trás pefloas qqe tanto qucalgúi homiziado fe acoutai a algua % '
jaem quanto nella eíteuer, náolhe cerquem as portas & íctuenti^í
da dita Igreja, ou adro para eíreyto de lheimpedírem o comer &&*
0
btr,&ornais que lhe forncccflàtiopara fuafoftcntàcáo£íUi^í *
.— ... * . _ .... _..- f#
Igrejas &peffoasEcclefiafticas. iff
F*ta que afsi ou pereça a fome, ou lhe feja forçado entregarfe a ju*
TITVLO. XXVIII.
Dos^teílamentos & teítamenteyros, & comofc
haodecompriras vontades dos defWlos.
Confluuiçâo Primeyra, Que as vontades dos Defmãos
Ce cumprão logo, ou; ateekimanno.
lií
o per direvtoíao obrigados :&náo fatisfazendop^íiàdoodiíQ
a
niio,lhesdamosmais trinta dias,qlhes-aj£ÍfjamQSj^çaQoniçjjf
a
^vocftaçóes nos quais lhes mandamos, que çunipráointeYtamçn^
lc
j&paíTadosos ditos trinta dias que para mais co^ueaíeriuaculf
pa,3c negligencia lhesdamos,os áuemos/& declaramos pcrpriua* *
I
f5 ...,.-»- ,
Irando que nzerao diligencia encorrerao nas ditas penas & ícraP
áúidòs porntgligehtes.
c,
as;néoratiãò f<foub?íféã feuv teftamcteyros fcauiáodedefcuyd3
Mandamos qfem embargo diflo a dem>& cúpráo as vonradesdo*
defuntos dentro no dito anno & mes,ouno tempo que elJes lhes a'
limarem, & não o fazendo encorrerao emas mefmas penas.
■ 1
Confituição. J], Que os tabalíács, çypejjoa f quefoerem os tefa
rtientos tm que Je deyxarem legados pios, ou os teuerè
cmfeu poderás dema nos,ou anojjo
* Yigayro^ouVafiadores, j
C:?ííí.M« T) Gr fermos informados que os tabaliácsquc fazem os teflan^'
d
í\u7mi A' tos públicos, ou outras peífoas, que per mandado dos teftad0'
(
res ós efeteucm & guatdão & tem cm feu poder, ou por rogo &°\
hcrdeyros, ou por outros rcfpey tos os encobrem & fonegão, n° 4
arcS
as almas dos defuntos recebem detrimento, & as Igrejas & lug
M
cC
piosaqucmfáodeyxadosalgúsbens,legados,ouefmollasos p *
dem muy tas veze^ por não lerem diflo labedores: Conformai1"0'
nos com o que emalgús Concílios prouínciaes &prouincias bc
na c
gouernadasnefte caio achamos ordenado. Mandamos fobpe
excomunhão ipfo facto incurrenda, & vinte cruzados pára PJ^p
pias, & Mcyrinho a todos os tabaliacs, notay ros, & peífoas Scc c:
Título. z8.dosteftamêtbs&teftametejrr'oi. 158
fenGàs,òu fcculares que era fuás notas efereuerem teftam enrolou
? -r mand.ido do defunto, nosquaisfejãodcyxadosas lgrejas,mi-;
í;
f'-cordias,horpiues,lugarespios,& pobresjalgusjbésmoucis^u
««aiz, ouesmollas:que d3 dia que clies fouberern que o teíhdoc
fc:falecido a fefentadias primeyros feguintes ,dem o treslado dos
taos te(Umentos,ou as verbas dos legados pios,aniuerfa tios & eC{
folias, ás latejas & lugares pios ou pcíToas a que forem dcyxadas,
kndo pefibas certas nomeadas, & não fedo certa&peflbas poios tet
tactares nomeadas, nem declaradas as obras pias, nem os lugares a
tjuem fe deyxão os bens & efmollas que íc mandão gaftar ,coma
hc fc algum deyxaíTe certo dinheyro,ou benspera fe drfpenderem
«na obras pias, ou darem a pobres: c tal cafo nolo farão faber anos;
°u neflb Vigayro, ou Vifitadores no dito termo, para que as von-;
tades dos defuntos fe cum práo, & as Igrejas, & lugares pios & po-
bres não percãofeudirey to.
1E aos Priores, Rey rores, & Curas defle Bifpado mandamos,quc
Cr
» cada hum anno dem ao noflb ViGtador o rol de todos os que na
«Nle anno falecerão, &fizerãoteíUmento,& dos tcftamenteyros
y* nomearão, para fe faber fe tem cumprido, & afsi darão rol dos
<llie falecerão fera teílamcnto, para que fe lhes mandem fazer nas
toas freguesias, os ofhcios acuftumados .O que cumprirão fobpena
^ dous mil rs, para a Sce & Meyrinho, & os noflbs Vifitadores te
^particular cuydado,depedirem o roídos defútoSjteftameotos,
tcftamenteyros. ,
P Orque nas peflbas Eccfc fiaftí câí he mai s âbommâíiei, & efeart t&mf.
* dalofa a auareza, & cobi^Ôc noS fomos obrigados tirar quan ^Jjl
t0
em nos for do eftadoEcclefiaftico, todaá as cúufas em que pode l>ij«Mt,
auc
f fofpeytadc femelhantes vicios com que ellcs o&ndé a Deos,
* °s leygos fc efcandalizao. Conformartdonós com o direy to, òt\
unamos, & mandamos,que todos os Priores, Rey tores,& Curas,
*- * .1»*
Titulo. 28.dõsteftamctos & teítameteyros.
1. j . /. & todas as mais peífoas Ecclefiafticas, que quando fizerem ou efere
ptn.C.âe ai ^
jíiyíií uerem feús > teftamentoscerrados a feus fregucíeá, ou í>quaclqueC
jtribii
'Mu outros, tenháo fomente refpey to ao que cumpre a faluação dos teí*
tadores, & defeargo de fuás conciencias, pax, & conformidade de
fuás famílias, & íuecefíbres. E nos tais teftamentos, ou Codicill^
riáo fe efcreuáo por herdeyros ou teftamenteyros, nem efcreuerao
para fi, nem para parente feu dentro no quarto grão, legado aig«»
ainda que feja com pretexfto de piedade: nem ousro fi,muTas,trifl*
tay ros, ou offícios, declarando q cíles mefmos os ajáo de fazerípÇ*
q achamos auer nifto tão grandes abufos, que parefee trataré majjj
de feus interefles temporais, que doqueconuem aos teftadorel*P
os que contra forma de direyto & deita Conftituição em algum te
tamento,ou Codicillo cerrado efereuerem para fi ,ou peíIoaqc"c
debayxode feu poder, herança, fu{tcntaçáo}legado,ou qualquer otfj
tro femelhante proueyto, ainda que feja pio, o não poderá peujr>
£.!■$«•/• porque conforme a direy to não vai o que cada hum no teftament
dt lh cíU
f* para fi efereue, & alem diífo fera preío, & do Aljubepagará dez
rzados, &auerà as penas que por direy to merecer.
tf E fe forem rauTas, ou offícios, anniucrfayros, ou trintayros,^1'
para fi, efereuerem, farfehão ao defunto os officios acuftumados
mente, como fc eJIeiflbnão declamará. Efenoteftâmento efcreU
algiía coufa paraparente feu dentro do quarto grão, criado, ou tfi
da,ou familiar que em feu poder não eftejáo pelos quais fe lhes oa ^
acquirá a elles coufa algiía, pofto que o que afsi efereucm valha»
dauiapolaprefumpçãoquehadcfazeréifto , muy tas vezes tern
teftadotes o faberem, & outras enganandoos. Mandamos que P ^
guem outro tanto de feus bens # fazenda para fe defpender e o
pias, q íando elles nos teftamentos ou Codicillos cerrados eítfe
rê parafeus pareces, & familiares. í[ E amoeftamos a todos os
figos &peífoas EccleíiaílicasnolTosfubditos,que não fãoletrâ ■,
nem veríados em fazer teftamentos,nem fabem as follennio» . s
nellcs fe requerem, nem diípor ,& ordenar as Capellas,Motg
fubílituiçõcs, & outras femelhantes dífpofiçóes, que os tefta ^
muy ws vezes fazem, que não feentremetão nifto: antes acon
Titulo.iS.dosteftamecos&tôftâmecéyrós* if$
a
o> teítadores,mandem chamar psíToas doutas, & éxprimentâdâíj
& tementes a Deos com que ordene fuás eoufas.E ifto deuião ttiuy*
to miis olhar os religiofos poios grandes males , demâhdâs , & ef*
candalos de que elles lao caufa,ordenando teftamentoSí & motgâ-í
das que elles não entendem.
^H os que niíío forem culpados alem dos câtgo$,quc fobre fuás cõ
fcícncias tomáo,fe'por culpa ou ignorância fuafe achar que algum
morreo fem teftamentofolenue,oU noteftamento,ou eodicillo fé
acharem diffieuktades, & duuidas,ícrão caítigâdos conforme a cul-
pa & negligencia que tiuetem, & onolíoPromútorjpu as partes 4
que tocar os poderão acufar,& lhes fera fey ta juftiça ínteyramenté*
1 :
■ ' , : - . " r
Titulõ.82káosteftametos&tcftameteyrè^ \è\
mefina ígtejà cujos láò.
^ E fe os ditos Prioíes, & Beneficiados èm fila Vida fizèrãô algua
unificação, nà Igreja, oU feus beésr', oúlhes Foy maíidado per vífi-
foÇao,qiiepofctfem,oufoé&m nâIgreja algúâ coUÍa tudo fepâ^
girados ditos beés& fazenda que ellesdeyxarcm cantes de ferem tú.p™-.
entregues a feusherdeyros»Èafsi as diuidas quedeucrÇ âos criadosjJ"í'0^JÍ
4°sicruitão no têpoq foráo Beneficiados, &às$ fe achat^ fe2&râ0 »*"/• **»
Parafuftenta^áofua&dcíua&miliajfiorqoeccFordica direyrôeC- '
te.» & outras íemelhantes diuidas fedetiém pagar dos fruytós t|èllc§
Vencerão,&beesquefelhc achatem:& $âoos auèndo,dos queô
Wneficio tender no tempoque eftcucr Vago.Èainda fe podetaO pe- fâ, i ài
dir âofocceítbrj como diuidas fey tas em ptouêy to da Igreja; fyjí* t r\
1 Ê pelo mefmo modo fe tirarão dos ditos beês as defpefás dò èn*
terramento & cxcquias^uepot fua Alma fe fizerem ícgúndtí àqiiâ*
'»
lidade de fua pefíba*
í- E por que podeauer duuida nos fruy tos do derradeyró annò chi
que os Cleíigos beneficiados falecem aque pertcncé,& quanta par-
^deílcs fazê fcus,cõrormandonos com o cuftume}& Cónílituições
de noílbs predeceííbres, & dos mais Prelados defte Rey no ■. Orde-
namos & mandamos q falecendo âlgudefde dia de fani íoão Báuti
^âtee dia de Natal logo feguinte do mefmo anrto,vença ãmetã-
dedos rruytosdaquelle anno,pofto que ainda não fejáo recolhidos,
•Jetiá maduros i& falecendo depois de dia de Natal ateèVefpof a de
**m ioáofcguinte em que o anftO Ce âCabá, Ven^a todos os fruy-
t()
s dellccomo fe âétualmetcatcí o dito têpo fettíira o dito beneficio.
5 ^ íè o tal beneficiado tcuer fey ta algua feará, nas terras da í gte- itefinU
i^epois de (am íoao que fe aja de recolher no aono feguinte* quer gj$$
^c£Unces,querdepois^otlqualqueroutta nouidadequepondá, #* £■£
c
P «cnceráoem folidojáafucceílbt nias pagáríg háô aos herdey- àylUã
*°»do defuntoâs defpeía* * fementes, & gaftos que nás ditas feáras dic. '
^ beês teuer feytó cujos fruytos ha de âuer ò fueceflor.
f E omermò fefaíá c asnouidades,quclaurarcm & femearéjiiôs
paíTais.E a diuiíao & vencimêtode frtiy tós acima dita áucrâo lugar
!? Ptiorados, & Rey torias, & outros beoeficktf curados porque
Titulo, 2$. dos teftametos & teftatneceyros.
cite? fe vencerão ametadepaífadoodiadefam Ioào,& outra amc-
tt-de <iia de Natal.
^ M as os fruy tos dos beneficiados fimplices que pola maycr par-
te fe vencem pelos dias, & horas de rodo :oatino, fe vencerãopro
xará do tempo, que o beneficiado viucr, & as merecer, & desâo dia
que morrer psetcoecráo aos prcíenresfendo os benefícios de Igre-
jas col!cgiadas,ou de nolíi Ses Carhedral,aquem conforme a direy
to,actcccm os fruytosdostais benefícios ,em quanto eítáo vages,
& dep o 1 s d.5. peou idos fe da r áo a o íucceíiòr: & fendo o be n S c&
fr$P.texqienão feja daIgreja coliegiada comoíaoalguasCápd-
*. iu*r. las cccJeiiaíticas, prouidas em titulo de beneficio, auerá o defunta
uíml' ostruvtospro-rata do tempo queferuio,&viueo,& naomiis^ey
irmm» tacompjca^áo igual por todos osdias ou nicfcs do anno para íei-1'
f.^yí».- o-i\o qis vem a cada mes & dia, & o mais fe dará ao fucceíTor. E c»
«4 *.-.ii«4 /Ja h im teuer cm os feuy tos de algum beneficio, ora feja em fruy i&
"linfa °ra,e nd nneyr0:P°«"quanto ocurtume,*&Cóauuiçõesdenoífr*
/«{iii i predeçeilores hão ijgir fomente , nos que tem b-neficios curada
1 s
Mna ^Ã^^^^¥4A^ E cóformcadireytoa diuifáodos fruyt°
*M «.«• dos benefícios &penfoes£deue fazer pro rata do tempo que cada
hum íçrue, Seremos encargos dellc. Polo que m uid imos que etf
lojosos beneficios fi nplices^roltirnonios & penfóes fe faça diui-
fâoproratacomopordircytofcdeaefazer,& nos curados fòmc0'
te fe gu ude a q ie acima d>íT:mos dos que fallecercm paliado dia #
famloáooudeNatal.
. f E outro fi, mandamos que a dita díuifáo dos fruy tos dos bé»?;
ficios, catados & vencimento dclles, aja lugar fomente nos quÇ
vagarem per morte natural. Mas vagando qualquer beneficio
curado per renuncíacáo ,ou priuaçáo.ou «jualquetoutro fo&t
ú
íhante modo que não feja morte natural, auetá o que dey xar, °
perder, cmren^nciaroditobeneficio,osfruytosfômentedo t*ífl'
po que o teuc & feruio com boa fee, & os.màis fe darão ao íucccflbr
aqué pertence/-y ta igual cóputaçáo, de todos os fiuytos,polo^ nlC
fes^diasdoanno Como acima "diflcmos dos benoficiosilmp-íc*'5.
Titulo.28.dostefiamêtos«?cteftameteyròs. \ty
% E quando algum Prior ,Rey tor,ou peflba que tehhàbeneficio eu
rado, morrer depois de dia de fam Ioáo,em queoanhOpâraOVeft
cimento dos fruyms ecclefiafticos, & feruiçp das Igrejas ÔibenehV
ciosfecomeea,& vencer ametade conforme a eftâConítttuiçãoiott
falecer depois de Nataí,& vencer lodosos fruytos daquellc annô
atee o fam Ioáo feguio te :por que as Igrejas em quanm eíteuetem <
vagas náo careçáo de quem as Grua, ou O íucceíTor lc nette anrto foi
prouido, tenha com que fuftentarfe. Declaramos & mandamos
S«e dos ditos fruytos que venceo fe ha de pagar ao Cura, ou pcíToâ
^eferuir oditoannoo eftipendioacuítumadô,oúâquiUôqânos'
°u a noíTo Prouifor parecer juíb, âfsi como dos melmos frUVtosf<i
d'Ucm pagar os outros encargos reais da Igreja que para o miniíte*
rio fpititual & temporal della^eíTemco tempo fáo necetfarios, :
5 E quanto aos bes pattimoniaes que os Clérigos teuerem acquiri-
to* per ittáode fua peflba, indullria, & ordés, que todos tem nata
»&a de patr imomaes i poderão difpor delles liuremehte comolhe*
tateícet- E falecendo tem tefWmento, lhes focederao {eusparen.
l
« abmteíhdo atee o decimo grão, computado conforme a direy-
to ciUll. E náo tendo, eu nác te lhe achando parentes atee o decimo
g"o todos os bes per feu falecimento pertencem atgreja fca tinha
6
náo tendo Igreja a nos ou nofla:,camarâ conforme a direyto pa' f4p,ifau
8>i fuasdiuidas,&cxequias,Ôinos os gaitaremos em obras riu&* *^£j
ítionosparefcer. t ^taioa'
S* lembramos a todos os Priores,ReytorCs, Sc Beneficiados defte *££
R
°ÍTo Bifpado quando per íuasvkimas vontadesdifpoíetém de íe *.».*.*
fSfSf Ifc é a,S5 teítamento fey to em cauta pias, for mal desherdâdo
l,b r r
J /t 1'e°* pretendi algum filho.ou herdeyroforçada,qjanto a inftintf*
0
UtJ''V* áoherieyro, ou hjrd;yros, o teíUméro não valerá: mas fe foi
nelle deyxado algum legadado pio,fe cuprirá como fe fora deyx*',
do cm teítamento peifeyto.
E fca, um mho íamilias
dihífc'. Í- § mayor dequatorze annos deyxar J-
ttjtsm. ' gúacoufa por íua alma, dos bis caftrenfes, ou quafi caftrenfes <{&
teueacquindofecumprirá,ainda que fejafem licença de fcuPay»*
cujo poder cHcuer, &dosoutros bés que não fore cattrenfes ou <{&'
fi,com liceuçadefeu Pay poderádifpor por fua alma, & o quea#
ckyxar feguardará.
E tU uc eyxar cm ua u ç
ítíkí' ^° ° ^
ou obras ias
*° ^ R 4 « teítamento, para coufe >
SSF!I P fe poderá demandar, ou no juizo fccutar,ou ante »ol-
ta
abom
. Wí. fo Vigiyro geral: onde píimcyroa parte for citada :& fobasd» *
bus Mi/r penasdeexcomunhio &dmheyro, mãdamosasjuítiças fécula»
*g nao impid ío os noíTos ofíciaes tomarem conhecimento dos tcft>
tâlrl
quefecumpráo,&g!
fo foro, como fc deuem guardar todas as mais , que fe derem fcbr*
cf
c^. ». 4e as caufas que pertencem a cada hum dos foros, per direy to, ou p
?»***. cunumc.
es*
Titulo.28.dosteftamêtos&;te(lameteyros. t&i
CofMmçâ6tX\ DAt ptflitat ftefrt dirtpú Cátiónicd mb
podem fazer tejlamcnto, ainda que
Je]a em cottfas pid/.
0
IGRE! A Carholica gouernada peloSpiri'
San&o, ordenou & mandou, que todo*05
fieis Chriftáos fcjâo enterrados nas Igreja
ou Adros dcILs fagrados,afsi pera que k)i0
ajudados pelos Sanâos, aquém as ta» ígrC'
ias fáo dedicadas, como por que os parenta
amigos, & fieis ChriíUos, qUe a cilas con-
corre n aosdiuinos officios, Sacramentos & Orações, vendo fu**
kpulturas, fc lembrem de rezar por cllcs, & fazer efmollas, o&r<3Í
& fãcnficÍDS,pclos quais mais cedo fcjáo liures das penas do W3'
tono.
f E a mefma Igreja Catbolica manda que aquelles,que môrrff^
impenitentes em peccado mortal, & os herejes, infiéis, o^%'
maticos, que fe cre qae morre tais, aos quais os íuffragtos da lgre'
ja nem os lugares Grades náo aprouey táo não fejáo ndles c»tCÍÍ
rados. ,
uí
^ Etambem manda negara fepuítura Eccleíiaílicaá outros a% *
comosaos qu- comete algús graues exCcflòs, para q os outros ^
do quç ainda depois de mortos a Igreja os cafliga, fujáode ot cQ&
ter.Epara quefefatbaq uisíao os cafosem que a fepuítura^ctíeíi
gufe: Ordenamos, & mandamosa todos os Priores, Rsyt0^' =
Cép.ptut Curas, & mais Clérigos deíle Bifpado, quenão enterre em hff*/
àc b«m j0>.jnficJa|gUmjho^fcjamouro,horagentio,né hereje, ouap°
tatá que a Igreja tenha, & julgue que morre tal, ou cóflar difloíu \
íicientemente. ' '"""" "~~
Titulo. 29. Das Sepuluras* 167.
í Nem outro fi darão fepulturaEcclefiaítícMOsque forem publi- ** gjg
cos onzeneyros quefejão tidos & auidos por taes: íaluo fe á hora tipMyn
m tn
de fua morte reítituirern as onzenas, que teuerem leuadas, ou de* -
Wtn caufão a iílo fiifficiente: por que doutro modo deuem carecer
defepolturaEcelefiaftica.
í E depois de feus herdeyros,poi íeu mandado tacito,ou expreOo
^ituiceruas-onzenas, poderão fet enterrados em fagradp,ou le*
Mos a fepultura Ecclefnftica.
f E fe os taes onzeneyros públicos morrerem (em linaes de coo*
Kiçáo, ainda que os herdeyrosreftituão as onzenas, não ferâo en-
trados em (agrado»
ÍBoutroíi,náoaueráofepuíturâ Ecclefiaílica os que morrerem Cap.t.Jt
ttr
» defafio publico ou particular. úS jrid.
$R o que morrer excomungado de excomunhão roayor, fe/^
m
orrer com manifeftos finaes de contrição, fera abíoiuto depois U9,
^ morte, & depois de abfototo fera enterrado em a Igreja, ou Wjfffl
Adro:& (cus hccdeyros obrigados, a fatisfazer, & pagar tudo, o t***b\s*
h /• 0 Y defenitm
r°tque foy excomungada. txcómuni
TE os que forem nomeadamente interdtaos,&aquelles, a que gg.^
Ctli
vida era interdiòto o ingrefíb da Igreja. ru as ?«i
dejintertt
í B o Frade ou Rcligbfo profcíTp, quç morreo com bens pro- excoman*
* «-*
lib> 6.
^E geralmentetodosaquellesque morrerem em pecado mor \fJ^
tal
> oupor fe matarem comdefefperaçao, oupor fe nao quere- mmbt,
let11
conftíTar,tendo lugar para iífo , ou per outto femelhante bl0^Hltl
modo.
E
í dalgum contra derey to & efta nofía Conítftuição, admitir a
Mtura alguns mortos nos cafos fobreditos,emqueodereyto
?s Ptiua delia: Alem das penas que por-d^rey to encorre, ficara
íuf
Pcnfo, ate auer de n6s difpenfaçao, & pagará vinte cruzados
Para
a fabrica da mefma Igreja, & Meyrinho: & a faa cuitale-
ta
brigado a defenterrar, ee tirar dos lugares fagjados > o que
c
°mra dereyto enterrarnelles,podcndofç t^mt dos corpos w
oflosdosfi
^ " C,#-
Titulo. 29. Das Sepulturas?
Couflituiçâo. JLQUícadabttmpoffae[colherfepttlturà
liuremtnte onde lhepareícer.
S?x!c. A Sa os
« antigos, nos incline,& deua.meueí a querer que íeja-
jraurnita mosenterrados nas íèpukuras de noíTos Auòs, & antepaííados:&
?/j^!'osCanonesant^ de cada hí/:
todauia porque pode ocorrer muytascaufas pelas quaes fcjajufto
efcolhernouasfepuIturas,permiteodcrcyioacada hum.qaepoíTa
eícolher fepultura etn qualquer Igreja, Moftey ro,ou lugar Ggrado
que lhe parefcer:com tal que efcolha,outro lugar melhor, ou igual
a fcpultura defeus antepiífados. Peloqueordenamos & manda»
mos que qualquer pefloa hora ieja home, hora meJher caldos oU
foltey ros, ainda que eftem em poder de feus pais j fendo mayoreJ *
as fêmeas de doze, & os machos de quatorze anos,em vida ou po*f
niorre,pofsãoliuremcnteefcQlher(epulturasem outra parte,qt»e
náofeja em fua freguezia, nem na fepultura de feus Auòs: &efcO'
lhendo lugar igual ou melhor,fcjáo enterrados em a fepultura cps
eícolher é: &: os que efcoiherc lugar menos cóueniente,ou náo cíco
lherem fepultura em vida né por morte, ferâo enterrados nas kj
pulturasde fèusÁuós, &antepaííadosjfea teuerem.-ainda que fcjâ
fora da freguezia,ondeao tépoque fallecerem fort ffeguezes.'pof
afsiferconformeadereyto. E não tendo fepultura certa, & peípc-
tua de feus Auós, em tal caio fe eíles a não cfcolheré,feráo enterra •
dos na fua freguezia dentro na Igreja ou no Adro delia, conforta
. a o eftado,& qualidade de fuás lpeiícar.
<f. f. Vxí- gr r>
fc * . . . _, , . . 1 J-
ti.%Mt. ^ quanto aos mininos, ou mininas que mo chega ré a idades
d.clicet. quatorze &dozeannos.q perílnáopodeeíco'herfepultura,auedc»
cuftume de quarenta annos legitimamente preferipto, queíc^s
pais, ou Auós, ou tutores fubcuja adminiftraçáoefteuerem ao te;
po da morce,(ha efcolháo,ferão enterrados,onde os ditos feus Pais,
Auó*, ou pareces efeolheré,fendo lugar cóueniente como dito lie*
l
^ E náo auendo cuíiume de quarenta annos legitimamétc p***? \
ptoqdé aos Pais, Auós,& tutores fuculdade para eícolher aos mi-
" " — - - - ■ ■-" nino3
Titulo. 2p. Das fepulturas» 168
ninosque fob fua adminiftração morrem fepulturâ, ou efcòlhèfido
lhe ellesaque náódeuem,ferâoiepultadosnâs fepultUfas de feUs
Auós, fe as ieuerem>& fenac na fua írcguefiatm lugar tóuenients»
í.
Titulo. 29. Das fepul tu ras.
posqucaísi enterrarem as Igrejas onde per direytodcuêrão fer fe-
pii)cados,fe não c (colherão fepultura,todas as vezet que lhes forem
pedidos, dentro de.dez dias contados do dia em que fe lhe pedirem.
^ E ourro fiferão obrigados a rcftituir ás ditas Tgrejas,onde os tais
defuntos per direy to<ieuerão fer enterrados, tudo o que por occa-
fiáodadua fepultura ou enterramento lcuaré,cu por qua quer mo*
do lhes vier dentro cm dezdias,contadosdodia em que aísi enter-
rarem em as ditas igrejas os ditos defuntos por elícs induzidos, & I
â.c t.f. paliados os dez dias não reítituindo inteyramcte, ficarão fuás !g?e*
&
fuitt/r Í« Moíleyros interditos, atec que có cftcy to íàçãointcyra retfij
í»6. luiçãode tudo o acima dito.
f E para que venha eíh noflâ Conflituição a noticia de todos-Má-
damos aos Priores, Reytores,&: Curas, quepor fiem fuás Igrejas
a publiquem cada anno húa vez, ao pouo: por que ignorantemefl* j
te,náoíã£áo oquepordireytolhcshctáoprohibido. '
OS Religioíos & Retigíofas, que por algua licita câufa elleue2 c*p: v/ff»
tem fora do Mofteyro,com licença de feus Prelados, feacon £'£
tefer fallecerem la, leião enterrados em feus Mofteyrôs, podendo
<ó>D0damenre (et a elles trazidos:& fallecendo t ã J longe dos Mof-
tcyrcs, quenáopofsáo fer trazidosa elles,feiã >cntettàdosnasfe*
puhuras, que feus prelados lhes eíeolherem:& fe feus Pfcelados não
ptouerem niflo, então feráo enterrados, onde elles mandarem: &
auendo no lugar onde elles fallecerem, oupettOiMofteyro da mel*
ftía ordem, os enteirará© nelle, & em nenhu outro cafo fera lícito
a
os Reltgiôfos efeolher fepulturâ.
^E os que forem dimitidcsdeíeusMoAeyro$,kdeyxadoSànof.
k obediência, fendo noflos fubditos, lhes damos licença, que cfcO-
%0 fepultura: mas dos bens que teuerem não poderão difpor,fem
^oilà licença, por pertencerem a nos, como feus Prelados & íupô-
ÍÍQ
res, que em tal cafo fomos. Bteftando de feus bens fem noííalk
Cc
nça, cu fallecendo sbintefiâdo, todos os bens que por fuâmot-
le
ficarem, íe arrecadarão, pêra nos, & noflà camara,como pot di$ ,
íc
y to he determinado*
24. de re~
jando cumprir com a obrigação de nono officio pafioral: Ordenâj
form. gt~ mos & mandamos, que todas as Igrejas de noflb Bifpado, & Iogaj
nerali çj.
res pios de nclíajurisdição fejão vifitados húa vez em cada hú âtiOt
Cap. 8. & & não podendo nospeíToaImentc,pcr noífos Viíitadores,os quâC*
temp<
atino,& primeyro fe deuevifitar a noíTa See,& Cabido,& Igre-
j*L'd*Ve í^\PIMdasvifitaçõcspelosfandosCânones,&vniuerfaiscõ"
jiUMnO. \^/ cílios ordenada hc extirpar, as herejas, & erros contrario**
24 4C n-fce Cathulica tirar os vícios, reformar os cuítumes, plantar boa > &
>^e»e íanda doutrina ,& com boas amocftaçócs acccndcro pouo cm cna
vcn. v//». ridade, ôcamordeDeos, & do próximo, & fazer tudo o mais quc
whnú. patcfccr tKjceíTario,pera plantar cm os fubditos, & fieis Chriftáo*
amor & temor de Dcos, religião, dcuaçáo &pax.
^ E por que ifto muytas vezesíc caufa mais com boas amocftaÇ°c*
ÔC faud aueis cónfelhos, & com remédios brandos & benignos»^
com rigor da pena, encomendamos muy to aos que por nos wft*
tarem, queponháoíliátc dos olhos nofíà & fua obrigação & come-:
~~\-\. — W —* — -*•- fcçni
Titulocío.Dá.svífitações&vjfiíadores.i 171
fcefehiprc em a cmmenda das cu!pas,& reformação dos cuflumes
c
om benignidade, guardando a ordem que o Apcítolo enfina, & o
Sagrado Concilio Tridentino: & quando ouas;raue2ados deJiâos, t.i&Tti»
°ua perfeucrancia,& ccntumacia,do? que nelies corri elcandalo per- -L tni.jejf.
fcuerãojfor raloue o calino feia neceíTario, remeterão a nós, os que2?- de n'
cm fcm<?jhantes culpasacharem comprehendidos,com osauios que
delles fezerem, para que cllcs fejáo remediadcs,& o efcandalo ctlTe,
&osoutros com o exemplo deites fe emendem,
í Epor tanto mandamos aos ditos Vifiradcres que a todos es que
ac
harem em peccados públicos coro cícandalo intamados, não íejOf»
doas culpas das menore?,em as quais cóforme a drrey ro fç deue pro f f*
c
ed«f por amocítacões, como he contra os amancebados, hora fejão fa. de »/-
Clérigos hbTaleygo$,8í contra os que juráo eícanda!ofamenre,& y£,£
£U e l
°s que tem cafadeioeo publico & os Clérigos que íáo cafíàdorcs, " ,. *
Jogadores, & íe entremeterem em negocio* íeculares, cupiocurao, (0f?dbn.
fcauogão, cu rem em fuás cafas molheres das que per deseyío, &*<••".
noffasConftkuiçóesíhe fáodefefas,oufáochocarreyroí,*' tem mas
c
onuerf3Çõèsj &omros femelhantcs que cm dereyro fe acháo tx-
Pteííov, façáo aos que acharem em oícbrebito culpados, foas amo- ■>
facões, das quaes fe fará termo pelo efcriaáo de íeu cargo fcgs.T.do
%adi:o no titulo dotfClerigos que tem molheres conllgo naCôfti-
t
uiçáo final. E as mçfmas amoefiaçoes lhes mandamos qae facão
Nffottó of outros cafos em que os Prelados tem arbítrio para mo [jJ^J
(
dccar as penaivper dcreyto impoftas &difpentlàr ncllas, quandopei deadulte-
k qualidade das peí&as, fc pelas mais circunítancias, que em os de JJ£ 'm
"Sos fe detiem cônfiderai\ehrenderem qcó as amoeítaçóes íe em cn
^táo. È;nascaí'osmaisgraues,5icmtodososcmqueouuer par-
^«luehajadeferouuidi, nam faram mais que tirar as déuaiíàs &
ICf
íic:e!as a nbs, para que procedamos contratos espades como
ÍOí
iuftiçai& afsi lhes encomendamos, & mandamos que de tal ma-
ne
yra fe hajáo em as vifitações/que a todos fe moítrem benignos,^
beneuolos&facilesparaqueafsioscuIpadoSjComo os que denuu*
c
*arem folguem deíe vir a cllcs remediar as faasnecefsidades ípiri
^aes,& as de feuí próximos, euaidando todavia agrauidade que
f
--- —■ * ° - r.r- "' conuc
Titulo. 30. Das vifitaçocs &viiltaclor es
Grepriut conuem pára ferem emmadòs,& venerados,& não fc moftratáo'flJa
*li(ap. °n. is aíeyçoados a hús que a outros, mas tratarão a todos có húa igual'
#flM3« dade, & amor de pais e(pirituaes,& meftres de fua vida, & cuftumesí
tetãoemtodo o proceíío'da vifuacáooiegredodeuidojde maney*
ia que nem por palaura, nem ainda per outros finaes, & mouimen*
tos, dem a entender o que he neceflario que fc não fayba, & não fc
defeatoarao nem moftratã3 cólera contra algús, ou fobeja famil^r»
dade & amizade a outros,donde os fracos,& ignorantes pofsáo d*
e
candalizarfe, & cuidar qucfáoaceytadores de pcfíòas & qucícreg
mais per piy xõcs,quc por rezáo & juíli^a.
fô.:
1
Titulo. 30. Das vifitaçõesj &:vifitadôres.
Epoiíde vifítado ofanclifsimo Sacramento, vifitatá logo oí
ianclos Óleos, fobre a Pia de bautizar, & vera os vaíos em q
eftao fe Ião decentes, de prata ouao menos de cftanhofino,&olur
g3r em que feguardáo fe he conueniente & bem fechado, & fe (ío
velhos do anno paífado, ou daqUelle, & fe os foy bufear em o tem-
po deuido, & íebautizou, ou vngioalgUm cora Óleos velhos, de«
pois do rempo limitado per derey to & nonas Confíituicõcs cm o
titulo dos fan£tos Óleos, & como os Parrochos os ceuão quando
vão faltando* & fe os dey xáogaftar de todo,antes queosacrefenté:
porquepara queoOlconao fagrado mifluradocora ôeonfagrado
ííque tair.bcm pela vniao, & miíturâ fagrado, he necefíàrio que íe
CàMMd lanfeauendoalgúOleo{agrado em o vafo em mâyor quantidade*
de ítjL &.nãDConíímirâoqueoOleodosenfermos,cfteemamcfmacay
trâtíonc xinhade pao junto com o Chrifma & dos cathecumenos, pelo pe?
tluitlm rig0<lUeíia(1ecuraiem,§cvzarcmdehumemlugarde outro. •'
jT^ Oufa hè muyto deuida,& neceflãtia que as Igrejas que fáo ca-
v_> fas de orações, íejão táo feimofas em os edifícios, edificadas é
tam decentes lugares, & táo ornadas de todas as coufas neceííàrias
ao culto diuino^que não fe poflà ver em ellas coufa que offenda otí
cfcandalize,ou falte em algúa das coufas neceííàrias,
^ Pelo que encomendamos, & mandamos a noflbs Vifitadores 4
depois de vifitadas as fan&as Relíquias & Imagés,vejáo patticulac
mete a Igreja toda fc efta em algúa parte ruinofla, ou fe choue eíò
algua parte della,fe tem finos, ou Campanayto,íe tem boas portas
&fefefecbáodenoyte,&dediaahorasnece(farias: fe fáo forradas
ao menos atee os Altates de fora,& achando algua que não feja for-
rada mandarão que fe forre, da melhor madeyraqueouuer na ter-
ra, afsinando pêra iflb o tempo que lhe parecer conforme a t&&
do Prior, & pofsibilidade das peííbas que a iíTo fáo obrigadas:^ '&°
mandatáoprincipalmente em a Capella môr &íobre osAlwtes
de fora, que fe faça cõ muy ta breuidade: & fendo Igrejas Cclfeg**'
das veráo o Coro que tem para nelle fe cantarem & rezarem os dt
uinos officios. Prouerão que aja em todas as Igrejas Pulpito,ao m«
nps de boa madeyta,Pia de baurizar fechada, & tão grande como
atras
Título. 36. Dás vifitações> & vifitadórés; 177
atras fica dito no titulo dobautifmo : fanchriflia capaz com feus
cayxôespcra os ornamentos, em a qualfe poisam bem veíhr os
Sacerdotes.
Ç Verão os altares fe fio (fe pedra, & íàgrados, ou tem pedra de c^MmU
Ára:&proueráo que na altura, largura, & comprimento, fc)ão f/„"e^/.?.
*]uaes eonuem, que nem cftejão tão altos que defcubráoas roupas
interiores dos Sacerdçtes,nem tão bayxos que não pofsao todos os
<}ue eftao na Igreja ver bem ao Senhorí & ao Sacerdote que diz a
^iíta: inquirarãofeà Igreja he fagrada, ou benta, & conílandolhe
^uenãobe,nolofaráoa faber.
% Inquirirão fe tem anexas, oufiliaes,&comororãodefmembra capMau»
das, & fe pâsãoem cada hum anno a Igreja Matriz algum cenfo, dientiS d<
°urazem algumpetioalreconhecimento, perque perpetuamente/^.TMí
fc faiba,fefáo fuás hliaes. "'" - ' J}/-uM r'
wijs vero.
í Saberão fe tem rendas fufhcientes pêra fuítentação dos Parto- M**H"\Z
c
nos,&mini(lros:&achandoqueanão rem,nolofaráoafabe£pe- ™-l$7;
,a
que n6s,ou por vniâo de algum beneficio conforme ao Concilio í/«/£!
Aridentino, ou peroutro modoprouejamosjque tenham a fufíen- & ('&**•
ta
<ao necciíaria. f*rnttí*i,
* Verío fe ha nas Igrejas fepulrurá* de pedra, ou de madey ra ale-
itadas fobre a terra em lugar que facão impedimenro, & man. !%**£&
Qa
lasháo tirar,ccnformeaomotU próprio de Pio Quinto. tãprimunt
S Verão fe tem Pateo,ou Alpendre ou íufficientercccbimétodiam «JZhnZ
le
das portas principaesj& não o rendo,lho mandaram fazer, U^iie^u
1 Outro fique nas entradas das por tas mayormente da principal, °"e '*
"3Íi pias pequenas de agoa benta. cajuMert
7 Verão os Adros de todas as Igrejas fe fao fagtados & capazes f«raJ+
*Jlsfepulturas dos defuntos, fegundo a grandeza da freguezia:&
e
r ellesouas Igrejaseftão violadas,per fanguinis, aut feminisefFu'guitas 1.7
;10nem: & achando que o eftão ou ha diflb duuida,noiofarão a ia- M «*£
c co ccra
Dercr r • ■ 11 r i- " / '
pera que lejam reconciliados na forma que odireyto man* dxcjnp.f
Ua ' ' ;deparrocb.
SetCm cu ,<!a(íodeÊl2c
VXMÍ'^ > í^rcusfrcguc2C8 aMúTa cm es Do-
/tmtnúh miogos&Sandtosdc obrigação: &feemâs citações denun cia o«
t!í:'jfàltC^n^ *,?c Í5,5da 'S^> &asmaiscoufascucpornof-
járm. «sConíiituiçoeslhcfáomândjdasdcnunciar.
f Sc tem faber, idade, vida, &eurbme$pera poderfer paftof, *
miniílrar os Eccleíiaíhcos Sacramentos,
f Sc cfta infamado de algíis peccados, de que aja cfcandalo.
WUtft. ^ Se o Prior, Rey cor, ou Cura pode por fi foo fem ajuda de outto
m - Sacerdote, bem goucrnar fua f reguezia & cumprir com a obriga-
ção que tem, oule lhe he ncceíTario coadjutor, prouédo de mar*/
ra,qaja femprcé as Igrejas os miniftros& ajndadorcs netclTarios.
0-
^ Sc algum Prior, Rcy tor, ou Cura hc tão enfermo, ou tão igo -
rante que não pode por ã adminifirar os Sacramentos & díuino*
officiosfepera iíTo temneccísidadede coadjutor.
TMJifi. f Sc afreguezia hc tão grãdc,& tem lugares táo diflantcs dalgwj*
que pela muy ta diílancia ou defieuldade do caminho não podeoi
todos hir a eiía, nós dará duTa informação & proueremos como &
mos obrigados. .'/ ~?~ —
ConfK
Titutò.^o.Dasvifitações&vílhaáôres. ijj
CmfliwiçÂoXlll.T)o&tcóíVtfitadorts dotem enqtti*
rir acerca dos más Minifiros %J Cléri-
gos das Igrejas»
Con^tuiçâoXllU.Dac^eosViÇaad^esdeuem
inquirir geralmente,
fxi A ao, ou peffoas queos váo bufear crendo que elles com fuás bett^
çoe< ôí fuperfttçócs lhe podem dar faude.
Trji V & f Sc alguém íem noíTa licença preg.i >ou enfioâTheolcgía, c*
mvKát&noscuííumes&fcicncia.
f Se ha algua pcíroaqucjuraíTcalg()m juramento Clíbe» jrâ
ío&íejadufodcfomado.
A Sc JCÍ
í?4íí. '' % » cometcoalgum facnkgio pondo a* tr aos violcni
c
x>f««i»^t.wsçniálgoaifaccrdotcoupcaoaEcclefiafla:cuqueftalKf Í*
fitttnétf.«peíioa :ou em cila fizcíTc algum aluoroíb,aiancamemo oU u>:
fi&ÍTifcíí
ít»M.£ </ 7<£.6 multo»
t
- ".
Sc âí íâ 1
KV SÍ f o pcíToa mayormente o&ciaes da juítíça fceulaf tiro*
im Igre,a ou adf dcj,â
mmsJí ' 7 ° ^ homiziado por forcou Cem $oM
v? Ótdé ^ p°r dircyt0 * noffas @o°ftftui{ocs para ilfo lhe
hedada: ou fc roubou das Igrejas alg-ía Coufa hora ícjâ fagra°»
ul
tc.cf*mei,íiúQoudeuendoiabecqoera.-oufcocupou outéocupado »lg
'f&fii Í.Í "» 'e>'tos,oujuriídiçõesdealguaJgrcia, Moftcyro, PPfl'
b dl
»
Titulo.iO.DââvííiCàções&vificâJôf^ Ifp
laoulu^atpiô.
f SchaalíúabefloâdUefcjà culpada em ô&eecàifó fitfan- t.?nts.i:*Mi.$
«o,ou mfamada delie» prtiàt.couxtu*.
JffurioJÀ)>.§Xn.Í,
f Se tirou algnãFreyràde algum Mofteyrô õti dentfô bil t.y»j«ií sará tL
fora deiledormio com algúã Freyta íOu entrou em álgUm ffi^SSS
Mo ftcy tò de £reyras não tendo perâ iíío btcUé Apoftolicõ, M"»# *\ PÒ*\
t>u não fendo cm algum dos caíbsem cjiie per diteycõ lhe hé
J>criRct'doctrarneilc:ourcrDtóôUâlgúâRcÍigÍòrápfcrací
feytódepeecarcom ella.ouíc íem legítima & juíto caufà fre
perita os MoftcyrosdeFteyrâs*
S SealauinMifcwfeouRelieiofâpróreÚoà âftdáòâ&oftá Ç#MTvj'•*ty
tosS- Fora d.i Religião íem licença de feUs Superiores: ou fc i4i
té dupénfaísáò íurepuciâ& nãolegitirttá Viuem fora da Re
J^âo iou fe lendo Religioíos mendicátes transferidos tem tUni.i.iertguíàrU
H dé
beneficia curado,oupetfi cU peí outrem excrciíáo Cura í^^'lu' '
Htlmag*
f Seria ajg&t peíftaque tiuefè ajuntamentocarnal tt eo- t.hx§.init/fm j&
Naiti^jca com outra peífoa parenta íua dentro no Quarto %l ^'lluXuM
>;■'■■■•«
..... .~jk..
clm
COnforme ,
aos
,
Sagrados
Q
Canonêsj&aoConcilioTridentínõía
'■-■■■
: &
contmgit
r
nos & a noílos viíitadores pertence fazer cumprir & excecutat deni^j»
todas asdiípoMcóespias, horafejáo inftituidas em vitimas vonta*^^
des, hora em qualquer contrato ou auto entre viuos. E outro fi vi rtjom.è,
kar todos & quaesquer Hofpitaes, C<Jlcgio$,Cape!las, Alberga* 22^7.^T
rias, & Confrarias.ainda que fcjão regidas & ordenadas por leygos: *•* StlJ;
poftoqiefcjáo izcnrasda jurifdicjáo ordinária, & imediatamente t0rd»tad*
*ogey tas à See Apoftohca: faluo fendida immediata proteyçáodel W&*
R.cy noflb fenhor. E ainda nefles verão fe os ornamentos & vazo*
fâo taes quaes conuem ao culto diuíno.
f
í Pelo que confiderando oòs q ião mal fe cumpre pelosaaminiftra-
^orcSj&cxecutorcsasvontadespiasdosdefiintos: & quantaspoc
^gligencia fua & dos que fáo obrigados a tomarlhes conta, fáo ja
e
to elle noífo Bifpado diminuídas & perdidas: eíireitamcnte matt-
<krnos&encarregamos aos noflbs Vifitadoresque depois que ví«
atarem as Igrejas em o temporal, & efpiritual, vifuem com muiía
agencia os hofpitaes, albergarias, capcllas,& confrarias: & vejáo
r
P imciramenteasinftituiç5es, fiifeiíahiliuro, ou tombo em que
as
taes obras pias & adminiílraçóes deixadas pelos defuntos,eíieni
fritas, & os bens & fazendas a iflb obrigadas: &aucndoos, farão
Zz inteira-
Titulo^o.Dasviritaçoes&VifítâcIores.
i
X
Tituló.30. Das vifítações &Viíítadores
^B poftõ<que poucas pefíbas, ou nenhua,voluntariamete venháoa,
vifitaçãoi Mandamos a noíTos Vifitadore^que de Teu offido em cada
freguezía pergutem atee trinta tefícmunhas,as que lhes parecer que
milhoríàbcrão o eftado,vida,& eufiumes dos freguezes. E poftqq
**•* não achem culpas em aigua freguezia, que efereuer: todauia farão
termocomoem ellaforáo, inquirirão, &petguntaÉão ex ofhcio as
teítemunhasque per efiaConílituiçáo lhes mandamos ptrguntar:
paraqucpoflacóflar como nos ôccllescomprimos inteiramente cõ
tfobrieacãodenouo officio.
TITVLO. XXXI.
Das Accufações, querellas^de-
- T
nunciações,& deuaffas.
/
:llaf,
J'art ff.At-1
cuf.crep^ VVialuoaquellas que em direito íeacham proh. —. — »
k oíla f cilm
fjútâl f * ente faber quacs faó, declaramos que conforma *<&
gU.i. de reitonaõ podem aceufar os cnemigos & os feus familiares: &&
os
civjlaè kygos podem aceufar aos Clérigos: nem os Clérigos poderam
jKrf/í.14.. aceufar aos leygos: nem as molheres feram admitidas a aceu»'»
c
faJuo no cafo em que cadahú dosafsima nomeados pí°' B°\
itaa/uapefioa,ou
injuria feita a fuapefíoa,ou aa parentes
Darcntesfcusdcntio doquartog^J
-
ítulo. JI. Das accuíaçoes, & querelas. 13?
,c
m o feruo.ou filho famílias, faluo de confentimentode feu Pay:
^ai outras peífbas em que ha femclhãtes defcytos,pe!os quaes có-
^íica dercyto fenáo pcdemadmitir.
TEvindoalguadasfobreditaspefíbas,qucreIJar ou accufaralgue;
30
profeguindo injuria fua ou dos feus,pouoqueaparteoufeui?ro
JWor lho náo oponha, o noflb Vigayro de feu officio os não acU
lt,r
á,cóíhndoIhcfufficienteméte, ou per confifsáo dos mcfmos
jNellofos, ou per outra maneyra, que ião inimigos, ou per derei-,
^'nhibeis paacufarrporq ao Iuyz,q a querella recebe, pertéfc fazer
«IaY% diligécias necefíàriaspa queo juyzo nãofique iiluzorio.
Jj «° quercllofo não declarar ou confefiar a imizade ou iuhabilí. %jÉ*'
Ae H tct« J?a acufar, né ao tépo, que a qucrella for recebida, coitar ?âfitf&
%LfetIbeharcecbida:Por<luâto«forme adereitotodos feprefu-Sf/^
Q gabeis pa acufar,fe da inhabilidade não cõfta.Poré depois poderá Pf*\
^crellado táto que vier a fua noticia q a querella foy dada por inw
^'go, ou per cótemplação de inimigos,ou q o acufador he per derei
^habcl, vir cõ efta exceyção,& fcrlheha recebida: & fendo £ua-
1
eráaacufaçáo oaódooqforproccfíàdo, julgado portiullo.
jch 'Joqucrcllofo por calar a inimizade ou defeito,jurar mal áque-
a
>ferá prezo, & do Aljube pagará ao querelado as euftas, perdas,"
a
nos,& ferà condenado nas mais penas que pelo dito perjuro &v
^P^iofaacufação merecer
e
^ j a parte náo opofer a exceiçaoq té para repelir o feu acukdor, $*rlt.$;
de |.Iuv 2»dc feu officio, o não lançar da acufaçao, por lhe não cóílar »"UfZi
t D rhabilidade, valeráo procefio & fentenca q por ellc fe der. *«"?, .CõíS
1c
fa 1 j °ntecer qcocorrao muitos aqucreuar,ou denuciar,ou acu- d*.\.Uc
lwts
todos os outros t>f*P
plt " Tilnao lcuerc c,ta re.za0 de acutar. li ie cõcorreré muitos GomtTf.
f
«rá* ters4^eirãoacufarodeii<ao,fcitocotraalgu de feus parentes,tomo c'u
toSç . iao ° qtormats chegado e grão E cocorredo a acufar mui
OjPj*! Srao> t0ífrs ferão admitidos. Eíenenhúdos acufado-J^á*
bliCQ ° cÇ*jr injuria feita a elle, ou aos fcus,mas por fer o crime pu- w.»*i
^ucirão acufar muitos, o Iuyz efeolherá hú, que para líío lhe
Aaa pa*i
t Titulo? ;i.Da$ accufações, & querellas?
I
ASdeuaíTasqueem n
d?reytofechamãoinquificões,riUas Tão ee- z*h iJe
. . ' . r 11 1 -v oJj,,.ord.
rats, outras elpeciais: as gerais Iro aqutllaspelas, quais nos, (.íjUainer
r
z
ou noífo$Vifitadore?,ouofficuisinquirimosoetalmcnte.detedos <* íjj r
& quais qner crimes, exctlloSj&peccados de nclTos luldtto^parâ bis dt*tf4
os emendar & caít'gar como fomos obrigados: & afsi quando eólia **■!*** *
fer cometido aigúcnmegraue, cujo conhecimento Sccáltigo per-
tença ao noílo foro EccleíiaíHco, & náo fe fabco Autor dclle.
^ Outras inquifições oudeuaífoí fio eípeciais, quando fe inquire
pirticjla-mente contra algúaptíTja ou pcíToas,por auerem cc me-
tido algum delido.
.% As gerais fe podem & deuem fazer,poíío que não aja infâmia cõ«
tra p^ífoaalgúa, nem outro indicio: jor quanto ícfoZer pataíela-
ber fe In empas ou p içados, que fe deuáo emendar,ou coufas que fc
deuao de reformar s como em o titulo das vifitaçóes fica duo.
í As efpeciais, ou particulares contra p; (Toa ou PeíTcas certa', nao
l
ep:dim ra2er, íenaop.c;edéndo mhmía contiacllas ,daquai m ^ f#
u ,0
confie legitimamente; Pe;0 que ordenaaios & mandamos ao nolío 'i 'J-' 'r
Pioui-
; ^
Pr*9A 1 *• '' T*\ ""*'" ^^«*»'*»•• ^»
litulo.3i.Dasaccufaçoes',&queíel!as:
Sttfe PrSmfor.yigayro Gera),& ViGtadores, que cm as deuaflãs gcràès;
™ IcnT' '"^'"^'''S"'-^"^ todosos crimes, eL
.« Coutai em o «alo precedente declaras: tendo nhTo ta! «f-
guardo, que perguntem muito meudamen.e aos denunciadores tt
«eflemunhas,como fabemaquillo dequedepoem, quandodcpoíc-
rede v.rta & Ce ru fabedoria, & os tempos L lugares em que,& as
mats ctrcunftancas dos crimes de que denunciai- & fc vem denun-
! 0,n0fi0 cbr;
rlTJT - íf'^í í 8^os,ouccmodioR:d^
fcHevmgaja. Edarfeiheha,uramétoquefemaiFey£áonem cdio,
d^ao tudo aqudlo qUe fabem ou crem que fe deue teformar, *fsi
,^ote|!íT0ermOSm6brOS&freSU=2esdltg^q«evifita.
! gUCCm Ul urament0
he dX ° ' P« dcceito lhe
ft a ftma
S£5Í ^ * «kodepeflòa, granes &honeuas, ou de peLs
d n0ffi
;;S/i""f1 :^ V 'falhando quanto emelles for por aue.i-
i. «,»rt f? k a h™,°U ,Dfam'a fcp»M na forrna q o derei.o manda, ò«
f m de
fc—VT* °T 5' Si^euefazerpoucocafo.
S WÍS dcUiffa! nío
ST*Ç A? ^ ° * '"V" «***> teuemunha*
/«a» de peitos que o denudado teuer cafligado per aleú detifto- nem de ou
P0&
Titulo. 31. Das acufaçpes&querellasr 138
POR quanto em o Synodoque celebramos fenos queixou a Clc-^%f/%,
, rizia, dizendo que os Dignidades,Conegos,Priores & Çletigos ?•*•&£
nobres conforme a dercy to, pelas qualidades de fuás peflbas náo de- 5f!i.jíwl
tuait
uiáo fer prezosno Aljube, &noflfosofficiaesos mandauáo prender: ^J
dcfçjando nósdetalmaneyra conferuar a authoridade das peflbas
Ecclçfiafticas, quenáooffendamosà luftiça: Conformandonos cõ
odcreyto & cufturae: Ordenamos 6c mandamos que os D ignida-^
des, Cónegos, & Beneficiados da noffa Sce, & os Priores das Igrejas v
Colegiadas, & de Igrejas grandes, & afsi o*Clerigos nobres que
conforme a qualidade de íuas peflbas fc foráp fccularesdsueráo de
auer menagem, náo fejão prezos em o Aljube: faluo por crime»
graues. E era todos os outros cafos feram prezos fobre menagem,
a qual lhe fera tomada & mandada guardar na forma cuftumada»
>
?. Titulo.jLDasiícuraçSeÍAquereHâs:
os íeguros, cm quanto dutar feu liuramemo, não entre :em o lagar
offâ 1
SKffi^2??T™ ? fP?™ licença: faluo tendo em
>y cometi-
j j i° -^M-M^^vivawiuivi tumctidòrteftaCí
dade.ouernqualqueroutrolugarondeefteuer onòlToTribunalíe
Iuyzo Ecclefiaftico. E os que fero noffa licéça entrarem em os luga-
res ou ruasonde os defeitos fe cometerem, peto mefmofey to fclbe
aueraoas Cartas por quebradas, & foáoprezos.'
f E outro fi mandamosq- todos os feg«,os,& os quefe limarem Ú
breAIuarasdenan{a,fel,u«m&pareç|oem luyzopeubalmente;
& continuem todas as audiências, apftfentandofe ao efcriuáo doí
autos, ooflo que o crime, dequefercguratem ou liuraré fobre fiaa-
ía, fe(a leuc. Porem o noflb V.gajro, cócanfa julla, poderá dafli^
cenca aos fegu.os, & que teuerem Aluaras de fiança, que deixem dí/
iciídiremalguasaudienciasimayormente fendo pafloreS,ou tendo
Curadcalmas, oupeíloas de cafedade.oumoiheres: &durando<?
tcmpodadiiacãodasprouas.lhespoderáaleuamat a-refidenciaco,
moine bem parecer.
f/r!!Z %B^uc h5ÍuHucoacUíaJor&RCo; na obrigação de cc*W
Wd S <3UCaCufaré
«f *Sr V Tr ' W ** * nòs tenha Suar,
U CftCÍa aau
0& 3§W ^í ^T' ° ^^te prezo: (^ I
«^ acuíador ieja obrigado a acufar pefíbalméte & continuar as audicP-
^f.»«7. cia^-porquanto(aindacjhoicpercufiumeganlosacuradorcsreriío
tofcrcuao a penadotâíiá^diíatõoasaccqfacóesporaucwremaòf
Reos:& a roojcftia & .rabajhode acufar peíToainiéteos faráabfcui-
ar. E fendo raoIhera^acuíar,dando fiança de aparecer em peOS*.
^andopelonoíroVigayrolheformádado,podCràacofarporProi
curador cm os ditos cafos.
f Eouiroíl, ^andamosqucliurandorealgufobreíeguro, &aof*
po^ucofeytoforcoclufofobreoscmbargbs&contrad.rasrounáo1
auendocrrWos&concraditas^uandoforcõciufo em final, fc'
c
*£$! SKKM í £50ÇíÍ5nado cma!gíapena,boraíeja corjwjrát
hora
Títdo.32» Da íimònía& penas delia. ilç>v *•
\
TITVLO. XXXII. ■ â
OS
Titulo.yi. Da fimoniaoc penas delia. 14.2,
1
S Santos Padres pata tirarem cie todo da Igr-cja do Senhor,
principalmente na prouifáodos&cncficiosjioda a eípecie de
finionia, nao fomente prohibirão & aiiullaráo ascollaçÕes & confif-
^açóesjojinmtuiçõca verdadeiramente fimoniacaii,mas ainda 10- f^'™**
das as condições, modos, Ôcconucnçõcs, que fobrcelles íe fizeífètr, ât ofk.
pata que íebdoáspro3Ííóesliurcs,fc%ão como conuê, & a pcflbas étfjf^:
idóneas. E nòs que per rezao de nofio pafteral o£ftcio,íbmos obriga- $ ,mãfit
dos a executar os decretos dos fan tos Cânones, & mádados Apofio ^"íí
Hços: cõformandonoscom clles^ ordenamos & mandamos a todos <je "««<»-
os colladores que per derey to, cuílume, ou priuilegio da Santa Sé dm.t*fo
•ApQÍlolicatem poder para.prouer benefícios de qualquer calidade fflúW-2/*
que fejáo, Ôtaccytar tenunciaçõcsdellestque não aceytem renuncia 14 Kauar
Çáoalgúa,que fefaçaern fuás mãos com condição, ou declaração, q ^"^
\ifcproueja a certa pciToa nomeada.'! outro íi/mandamos aos que
renunciarem o» benefícios em os cafosqper dcceyto & pela Extra-
vagante do Papa Pio Quinto lhes he permitido, que per íi, nem per
outremjperpalauta^empercfcrito, nem per finaes declarem ou
demaeutender que querem ou defejáo, que os duos benefícios vc
^hãoa certa peilòa: & o mefmo mandamos aos que teuerem poder
Reeleger,ouaptefentarem os taes benefícios: nemfe faça,antcsda
Ie
fignaçát), promeflâalgpa de íedattm a peííòa declarada.
í E outro fi, mandamos aos ditos colladores, que náopcoucjáo os
òcncfícios,.queemfuasmãosferefignarem,áspcfíbasque pelo re*
%nante,ou per outra interpofta, lhes forem declaradas: nem
a
parentes, ou afins, ou familiares dós que os reiUincúrea», ou pjo«
^rem. EtudooquecontraiormadeíkConmmiçâo, & Extráua-'
1
gate fc fizer, frrá nutio & Tem offsyco: & oscollaiores, padroeyros,
&eleyto:es, pelo mefmo feyto, ficarão fufpenfos da co!laçáo, eíey*
^you profemação dos ditos benefícios: & as me as penas eucor-
r
2râD,oi que taesbenefícios receberem, até que ha»ão djfpeníaçáo
daSè Apoftolica E osquceftandoafiifufpenfos, conferitem, ele-
ei
8 ^cn,ouprefentarcm,confírmarem,ouinftituiretn,íendopeíloaí
Particulares, encorrem em excomunhão mayotipfo belo:, &-fendo
?abido, ou Collesios, em fufpcflfãoàdiuinis» E os que antes deíU
v
Conm-
..1 „..
.
I
Titulo.*32.DaSírabnía(5cpenasdella. v
C
(hful.cmas quaesdeuem fcrper fentençacondenado*: conformandonos
t.in/íma» com clles, Ordenamos & mandamos que fe alou for legitimamen*
tH.cap.tx -11 • 1 II r> i -
tuJc.dili teconuencido, deauer cometido verdadeira fimonia real ouconue-
itus.c.per cional, principalmente na ordem oa beneficio, feia condenado etn
tuas dejt' J r r- i rr ■ i r t
wo».exír4 perpetua depotiiao do orneio & benehcoJ& dcgtadado por quatro
™f£^;annos para fora do Reyno.
i>bi fupra, * tf E os que cometerem fométefimonia prohibida pelas leys hurra
jimon.4.p. Das> nao lcrao perpetuamente depoftos: mas ierao grauemente
ca ac os cm cnas e
ctf&r- ^*8 ^ P ^ degredo & dinheyro, fegundo a calidade da
monta. culpa,& do negocio ao arbítrio de noflb Vigayro: alem das penas q
*txc°™ tltt s
!
paríj.*' r per dercy
_ i
to fe
| „
acharem,
em os
,
taes cafos importas.
r .-
<ro»j/"24.».^ E lendo alguacufado,ou denunciado,ou comprehendidona Vr
«p.//^4- fitaçãodeílecrime,auédocontra ellehúatenemunha fem fofpeyW,
& algúa fama ou indícios, fera logo prezo, & do Aljube feliurarà:#/
moaucrá menagem cm talcafo, poltoque feja pefíba conftitujda
em dignidade: nem fe lhe concederá Aluara de fiança: por quantP
cm femelhantes delidos, qucperdereytotem táo graues penas, fe
naopermiteperdereyto.
Cáp.4ccu* ^ B é qiiantopédcr a acufação, hora feja prezo, hora fe Iiurc foí>íc
llfimm. Carta de feguro, não poderá receber, né y far de faas ordês, por afc'
fer conforme a derey to.
TITVLO. xxxrn.
Das blasfémias, maldizentes, & prejtu
rios, & penas delles.
ConpmiçÕo Primeira. Que coujafe]a blasfémia, &por
quantas maneiras Je comete.
tf ale. Sl. Lasfemia propriamente tomada fegudo os Santos Pa-
d. Ambro.
{D.Tbotn. dres & Doutores, Theologos,he peccadognuik1*1'0»
2.1. q. 14.
ar.i.etfeq. pelo qual, fe atribue a Deos o que lhe não conuenfl > Vli
felhctiraounegaoquelheconuetti: & irto fe fez poc
*
\
das Santos fcdifíer, for" tal, que faibâ á manifefta héréziã,ferá entre- Extrai
gue ao Santo Officio, para fe fazer detle cumprimento de jufiica, có- JjSi
fbxcnea Exttauagantedo Papa Gregório decimo tercio: & fe gúar- Mtiqutã-
dará o que ella diípoem» E deite crime, por fer mixti fori, entre ley- *" 1S
gos px>detâ conhecer ô noíToVigayro,ou a luftiça fecular: & ó qucó
primeyro nzer,citar ou prendero culpado, procederáaté final íeutê-
ça,dando lugar a preuençao. E a fentença condenatória, ou abíolu- *&*>&
toria,que feder em hú dos juyzo$,íe guardará em o ou iro.
dano de parte ná fuftancia dl cauíá, fendo Clérigo como dito lie J» '
& acufadopola parte offèndida,& prouandofe o crime fufriciétemc>
tc, feri dcpofíordo officio & benefícios: & que em hú Moílcyio faça
penitencia conforme aos fagrados Cânones O quefe entenderá íc\
do, Sc a caufa graue em q teftemunhar falfo, hora feja crim e ou ciuel:
mas não fendo graue, alem do dano da parte que fempre fatisfavá,
fera fufpenfo por dousannos do oíBcio& benefícios que teuer:&os
Capsula fruitos aplicados pela maneyra acimadita. E nãofendo acufado po
i
^;íJ;. la parte, fc procederá contra ellcpola Iuítiça, & prouãdofeihe que
g.f.6, tettimunhou falfo, fera condenado em pena de fuípençáo, & degre-*
do pecuniária, fcgúdo acaiidadedo caio & da peflba4ao• arbítrio ào
nofiò Vigayro.
Unuiium ^ E fc poios mefmos autos confiar qalgua tefiemunha jurou falfo/
C
JX'ix Podet^ fer condenado,fem outraacufaçáo ou ínítancia3em pena per /
e/ÍKg/». cuniaria & fuípençáo,ou outra extraordinária, fcgimdo a calidade
/»/>, da culpa.
<[Ou fe poderá referuar á parte feu dereyto, para o poderacufaf
crimemente, & mandar ao Promotor da Iuftiça,que em dtfey to da
parte venha com libellocontra clle.
f E fe aígií tefiimunhando jurar falfo,o£o em a fubfiancia da califa»
mas cm algú acceflbrio, que náolheprejudique,como: nâodepon«
do ao cufiume:ou algúa circunftancia, hora feja por iífoacuíado,ho>
ia po!os mefmos autos confie do prejutio, não aucrá a pena otdina-i
lia impofia contra os que juráo falfo, mas outra mais leue fegundo
o arbítrio de neflb Vigayro.
Ç E fealgú fendo parte, Reo,ou Autor, legitimamétc perguntado
por Iuyz competente, fob cargo de juramento, calar a verdade, o*
diíTer falíidade, como he em o depoimento que fe pede nascatfk*
a:
ciucis, ou em outras perguntas que fc lhe fazem por bé de Iufliç
confiando poios autos do prejurio, poderá fer, fem mais outro pro-
c
cefibjCondenadoçmpena pecuniária, ou outra extraordinária qu
parecer: ou fe poderá proceder contra ellc em noioproccífo kía&H
cia da parce, ou do Promotor: & então ferà ma<s o-rauemete caííi
gadu, prouandofe legitimamente o crim;, como duo he.
" ~ fÇfcà; i
Titulo.32.Dasbksfemías<Jc perjúrios. 196
C E fendo leygo o que vier contra o que fe obrigar em algum con* l. fauit
* * • r n *ff f 2 wdior Cm
trato a fazer & dar com juramento, iem o conltranger a mo necefsi- de trSs *.
dadealeúa, mas por fui malícia:alem da infâmia q encorre, como BionCU,
to , r 1 r ' JJJ J Vert>.^rc-
acima fica dito, lendo acufado,icra condenado em dous annosde miuM.
degredo para A ffoica, & fatisfará a par te o em que lhe for obrigado:
& pagará alem difíbdous milrs, para asdefpezasdaluftiça. E fe a
parte o nãoacuíar,&íc proceder contra elle poíaluítica, auerà hu
anno de degredo, & pagará os ditos dous mil rs-
^Eoleygoque forconuencido deteílimunho falfo, contra alguâ cq.fauii
peflToa, hora o tal teftimunho foífe dito em o Iuy 20 fecular,hora cm £^;.
onoíTo Ecclcíiaftico: porquantoeftecrimehemixto, fendo otefti- w*.cUe
munho falfo dito na fubftancia dacaufa, &emgraueprcjay2odc^/w,-^/'
parte, fendo peífta plebeya, fera condenado em penitencia publica, c*p. 1. de
°radadopa o Brafil, ou galees pelo tempo que parecer, tegu*/Mt6m
doagraueza docafoemqiie teftimunhou falfo, ou para outra parte.
E fendo pcíloa de condição,que não deuaauer pena vil, fera degra-
dado para hii dos lugares de Africa, pelo tempo que parecer, & pa-
gará cincoenta cruzados para a Sè &Meyrinho, alem da fatisfação
da parte. E fe teftimunhar falfo em cafo leue, com pouco prejuyzo
de parte, fendo plebeyo.auerafempre a dita penitencia publica, &
o degredo para fora do Bifpado: & fendo nobre, fera condenado em
pena pecuniária & degredo que parecer.
f E todos os que per íentença final, que paliar em coufa julgada, fo- u^t^
tem julgados 6c condenados por perjúrios, ficarão infames, fienáo» £
poderão auer ordés, beneficio, nem officio Eccleliaítico: 5< nao po- ifyutit.
«fcráofer teítimunhas,ainda que fejaem os crimes exceituados,em q Ç^J
per derey to podem fer admitidos os inhabeis: tirado os de herezia, urij me
Porquenefteferãoadmitidosj&darfelhehaocrcditoque per de-j^4/
re
yto fe lhe deue: pola prefunçáo que contra ciles fica: poílo qfejáo
ja do crime emendados.
f Nem outro fi, lhe poderá fer deferido juramento em fuprimento
deproua.
^Efealgua parte pedir que fede juramento a outra, deixando em
f
Mmaoquelhe,pede;ainda quedepois queiraacufalo por jura*
mento
Títiilo.j^.DasblasfemíasíScperjurios;
Bocrl <fc mcqto falfo, não fcrá ouuido, nc fe poderá proceder contra elle por,
.m*S*. pattc <fe iuft,ça. mas fíca 0brigac|o em confeiencia fatisfazer á par-
J
te o dano, que pelo dito prejurio lhe vier.
f Nemoutrofipoderáferacufadodeprcjurio, o q jurar decalunia,1
por fe dizer que contra feu juramento dilatou a caufa, ou caluniou:
íaluo fendo a calúnia táo grande & manifcíla, que fe moflre que de
induftria per dolo & maíicia fez a demanda. E as mcfmas penas aue-
ráoos que induzire teftimunhas a jurar falfo, feguindofe o efFcyco: '
& fe fòméteas induzire, ou lhe deré por iílb dinheyro, ou outra cou-
fa: fccllascom tudo não jurarem falfo, feráo extraordinariamente
C
t$L* cangados como parecer. E afsi o feráo as teftimunhas, que tomará
para iílb dinheyro: pofto que não jurem falfo: fendo da noíTa iurif-
diçao. 7- "~ -:-. - '"-;
TiTVLo. xxxrnr.
Dos feiticeyros,benzedeyos, agou o
Çonflituicâo Vnicài
» • -— -» - -1- »»-!-.
- ■■ ■** ■ *■ -
jiigromafl'
Titulo.34..Dosfeiticeyrfes&benzedeirõ^ i?5 '
nieromancia,ou nefciomancia: nem tcnhao liurôs, porque eteí
fáocxõmungadospeíaBullada Ceado Senhor. Nem outra feme-
Ihante prohibida, nem de encantamento algú: nem de a gouros, ou
adiuiahaçóes, hora feja para defeubrircoufas perdidas, ouftberíe
algú he viuo ou morto: & muyto menos paraa diuinh>r o que cfta
por vir, que fd a Deos pertence: ou de outra a!gua.Ncm dem meh.
nhãs, ou beberagens para querer bem, ou mal: nem para legar, ou
ddegar: nem vfera de outra algúa fuperftiçao femelhante.
% Eoquccomcterqualquerdeftes crimes encorrcraemexcomu-
fc for
nh \o mV: * conuencido, fendo clérigo, fera prezo,* con- M
Uenadoempenadefafpençáode íuas ordés, & degtcdo temporal ^.
pelo tempoqueanòs ou nofíb Vigayro parecer, conrorme a calt*
dade daculpl E alem diflj pagara vinte cruzados, ametade para
as defpszas da luftiça, & a outraparaoMcytinho,ouaqucmena
defeyto delleacufar; ir ui"
<T È fendo leMgo plebeyo fera prezo, & condenado que façapubli-
ca penitencia pofto ás portas principaes da Sé, fendo morador na
Cidade, ou da fua freguezia: & fendo de fora, com coroca na cabe-
ça & hm vejla na máo, cm hum Domingo cu Santo de guarda,eoi
qaantoíedifcraMilTado Dia, para confuzáo fua, & terror dos ou-
tios: fcpagarà cinquo cruzados paraaSce&Mcynnho:&naoos
tendo, íe lh3 comnutaráo em pena corporal de Aljube ou dcgrc«
PM ítlêS
Titulõ,3f Dos feiticeiros & benzedeiros.
f EconformandonoscÕaExtrauagantedo Papa Gregório $Úl>
De fihce memoria, mandamos fob asmefmas penas cm e!ia eòffr
tcudas,&de vmtecruzadosparaobraspias & Meym.no, que n<
e de judiciaria, nem lance juyzos:faluo o d pertcccs
ao tempopara aslauouras & fementeyras, como pela dita Extraiu-
tehe mandado: & os noíTosVifiradorespcrgÚtaráo.reaíguapcabar
jtazocontrayro. . . °
TlTVLO. XXXV.
Dos adultérios, inceftos,& barreguices.c&.
-
CôHJlituiçãõ. 11 'DòiínMdi^pmásâdUs,
c
í'Sm.\i^\ Á I ME De incerto propriamente (fegundôas Ley*
K^.^T ^deí3aíHcas> & Òiuijs ) he a fornicação & copula
*p* 'lilkitajqueíetoma com parenta ou affím, com a qual por algum
vW^BW:
v
Tti;lò.3-/Dôsdulterit3 S5&barreguices^ 1 TpS
tpcdit nenro de \cy âi jína ou humanarão poqVáuer matrimonio jf^^
E pelas leysjmperiaes& do Reyno por efte crime íãoimpoPas pe§*Wtor.
nas capitães: & pelos fagrados Cânones pena de. dcpof^áodaordé^'^^
&o►fricio clerical, '^'"'f
i A. 1 1 f 1 /**f *>. " KHÍ.Sl.tt-
ff Polo que ordenamos & mandamos * quetealgum Clérigo ou couar.de
peííca, Ecclefiaftica cometer incefto em o primeyro grão de cenían-tf Çj& *
guínidadô cpllateral/endolhelegitimaméreprouâdojqucrfejaacuM.i.'íuú
fado pela parte,ou peMuftiçâ: feja petpetnamé tedepofto dócfficiò1*mt$*
clerical,& condenado em ijuatro annos de degredo para o Braíiljoa?
çutra Iiha: ofendo em o íegundo grão, fera condenado em íufpen-f
çáo do offício & beneficio per dous annos, & degradado para fora do
Reynopelo tempo que parecer: & fendo em o quarto grão, auerá a ,
pena arbitraria, íegundo as circunftancias da culpa, & calidades das
peíToas. E fendo o incefto Cometido com alguaaffim, cm qualquer
grão, fera arbitrariamente caftigado em penas defuípençáo, ou de-
gredo, pecuniárias. E alem das ditas penas, todo o que cometer in-
cefto, atèo íegundo grão, pagará vinte cruzados do Aljube: &âo
terceyro,òu quarto, dez; ametade para obras pias & Meytinho.
1j E acontecendo (o queDeosnão permita) quealgfapefloa£c-'
clefiaftca, cometa incefto com afeendente ou defeendite em qual-
quer gtao, fendolhe legitimamente prouado, fera (em rcmiísáo,de
pofto perpetuamente do officio & beneficío,& mandado qUe em hú
Mofíeyro faça perpetua penitencia.
Ç E o que, fendo Pafior, ou Cura dalmas, peccar cõ fM filha efpi^
ritua!,mayormétecometendoa é a confifàojtófuípeítfo & écgtz
dado por 4m annos-para fora do Rcyoo, & pagará cincoehta cru-
zados pira obras pias, & Meyrinho,ou acufácbr: & riálo.podéno^
pagar, íe lhe cõmutarão.em outra pena. ,-vHfcV
CE fe a!gum leygo for conuencido de inceftono primeyro grão .
coliateral de coofanguinidade, cometo he, ftrà condenado cm
quatro annos de degredoparã as Galees,& nas mais pena-sfecuma*
rias que puccer:'& lendo nobre, que pelácalidade de íua peílca, hèo ^
poíTa fer condenado aGalees*OU de tal idade,que em cilas nâopoíTa
íeruir: feracondenadoportempo.de íeteannospra oBrafil: &fc
i — - — ~: *"" o incefto
?
TítuIé^.DósaáultéHorjt&baFrcguíceV.
o inccílofor cm o fegundo graci ou da hi por diante, ou cm alguns
igrao de affinidade, fera condenado cm penas de degredo, & dinhei-
ro, fcgúdo o grao,& caIidadcdaspcflba$,ôccircunltanciasdoçtime*
t«rntrM ^ E declaramos fer incefto,quc fc ha de caftigar com as mcímas pc-
vjC*' n*s>o que fe comete com affim, poíbquc a tal afHnidade nafça de
copula illicita, fendo em grão em que per dereyto Canónico a tal
copula impede o matrimonio. E ar, molheres que o fobredito crime
de incefío cometerem, Terão conde nadas cm penas de degredo, &
prizão/egundo o grão em que for, & malícia q contra cilas fe pro-
liar: tendofe refpey to a fua fraquez a: o q ficara em arbítrio do noíTo
Vigayro, coníidcrando aspenas,quepcrdereyto lhes fáo impoftas.»
^ Porem conílando que algús cometerão incerto, tendo contratado
de cafarfe, cfpcrando aucr dcfpcnfação da Sé Apofíolica, fc antes de
acufados,ou culpados em a vifitaçái5,a ouuercm,& de feito cafarem,
mandamos que contra cllcs fenãopioceda, trazendo claufula que
dcfpenfem com clles: & não a trazendo fe procederá. E fendo ante*
acufados, ou denuciados,proccdcrfcà cótra cllcsj &]fcrão condena •
dos arbitrariamente cm penas dedegtedo & dinhcyro, conforme a
calidade da culpa.
4rEfeaIgús,fabcdo3UcrcntreclIcsimpedimetodirimcte,fe cafa*é
de fcitOj&cõtumare o matrimonio: fe o matrimonio fc fize^ou c fa
ce de Igreja, ou diante do Parrocho & duas ou tres teftcmutíhas,de
eUtri.iic mancira,q não auédo tal impediméto,dsuera valer: & por não conf*
f
2^fe. tara Igreja dclle/e calarão: alem da excomunhão mayõr cm que
tvnin de encorrem, & das ruais penas que per derey ro lhes fâo impoftas,feráo
b*rtt.nA condenados cm degredo <5c prizáo temporal, fegundo oarbitiiods
, ncíTo Vigayro.
Câp.cUrl. - — "*.••-'
d* exítfl. ^ k
tr*U»r. CúnfUtulçú. 111. D$ crime nefando.
tom §.i.
^{^•/^Onformandonos com os fagrados Cânones & Conftfruição
2i*K.Ma w Extrauagantc do Papa Pio Quinto: ordenamos &.mandatt»o*
*49?7'"' °4ac & a%«a peflba for conuencida do peccado ncfando>legiumamc
v«»<rM te pelas prouas d o dercito & ley sEcçlcfiafttcas,cm tal calo rcqucrc*
Titulo. j^Pòsadultcrlos&barregtiicei ípjl
fendo Clérigo, ou pcflòa Ecdefiaftica, fcja perpetuamente depoflo £x#r«<J
do ofíicio & bcaeficio, 6c verbalmente degradada da» ordês,& códc Jí'*^
nado em degredo perpetuo para algua Ilha, cm que faça perpetua "JJ^^
penitenciaem hum Moftcyro: alem das cenfuras q pela dita fcxtta VaWi
Uagmte lhes íáo importa*. %***■
f b fendo Icygo, fera degradada perpetuamente para as Galccs: &
fendo de qualidade,que nâo deua fet condenado em tal deg redo,ícrà
peiperuamente degradado para o BraGI, ou outra pattc (cmelhante,
tâo longe do Rcyno,q náo pofla auer memoria di táograuc culpa.
*f E fendo a fegunda com prehédido,ferá entregue a Iultica fecular. tí#t$fii
^ £ as mefmas penas aueráo, os que cometerem peccado de beftiali JJJ^
cladc com brutos. E guardarfeha afsi no proceflb & caftigo deftes cri ««•
mcs,comoemasprouasdcllcs,a oídem qucpclodcrcyto Canóni-
co cíU mm JaJi.
TITVLO. xxxvir.
Dos Sacrilégios.
Cofjjlituiçâo Vtiictu
;S íacruegios, conforme a dercyto Canónico, fc come
J tem per muytas maney ras: ,& a priraey ra & mais pro-
z
C*p.q*i"' t^wíffív^ t quando fe furta ou rouba algúa coufa fagrada, oU
JSirtí 4k£Í2S3§não fagradaj de lugarfagrado:ouqualqacr coufa fagr*
1*4.9* da de lugar nàofagrado. A fegunda maneira perque fc comete ia'
Aí4»«4/í cnlegio he, quando íe põem mãos violentas injuriofamente et»
«.»7.»-9S. qualquer Sacerdote, ou Clérigo de ordens facras, ou Frade profefl~<S
t.fijuis /» ou outra qualquer peflba Ecclefíaftica, A tcrceyra quando fe oífeo-
^7**4de lugar fagrado , matando, ferindo, ou cfpancando ncllc pe#»
e>.fUn. algua, na Jgrcja,Adro,ou Oratório: ou fc quebráo, portas, janeiJa*»
ou
\1§M% tóâos dclles, com violência injuriofamente. A quarta qual*"
do per qualquer maneyra, por violêcia & injuria, fc vfurpão & cc$*
s:
pão os bés de raiz, ou moueis, ou jurifdições,& quaesquer de reyt°
******* ouqucbrantáoasimmunidadesdella. E todos eftes ficão fojciíosa
fiTitmtTioSa. jurifdição Ecclcfiaftica para poderem ferper nós & noií os ofô
is áe fon cjaes caftieados.
^"Polo que ordenamos & mandamos, que fe algúa peífoa, de qual
* quer eftado & condição que feja, pofer injuriofamente as mãos vio-
lentas em Clcrigo, alem daaxcõmunháomaycr referuada, eguq
efleorr*
«icorrc, fejapcb mefmo cafo, condenado cm dou. marcos de pr*:
taparaaSè 6cM6yfioW«nasmaisp^8qoèper.dçrcyiom«e-,
cer, fegundo â calidadeda injuria que 6zer, & da pçíToâ offcndda.
C E o que em a Igreja cometer algú delido, notando, fenndo.ou in
juriandoa outra pefiòa:ou.peccar nella com âlguamolher, fc o tpa-
Icficio a contecer ao tómpodas MilTas, & diuinos officios, ertando o
pouo ncllá para os ouuir, fera condenado* ao menos* em vinte cru-
zados^ nas mais penasdedegredoou pnzáoque merecer;,
ff E cometendo atalmaleficio na Igrejadenoyte, ou â tempo qua
ncíla não efie o pouo, fera eÕdcnado em dez cruzados, alem dasma
is penas querer dereyto merecer.
f 6 as mefmas penas pecuniárias femremifsao,áuerao os que que-
.bIaremportasJjanenasJtelhadosdasIgreias, ouCapellas, violenta
&injiuiofamente,ainda que náofejapara roubara fazer em ellas
malefícios, i*. «. * r •• -n '^ULéM*
f E todos, &'quaesquet officUet de )uu>ça,& (cai m .mirro , que eo-
HarL na'S Igljas ou AdroslPara cm el.es prenderem pSUfog
ainda que a uádtfrí «fcfòft riré deBa femnoffa krça, ou de no Lo
Vigayro)Kferapreceder,masd1!lgençias&fumanoSTepeioSIa.
grSos Cânones, &1ey> do Reyno, & noílis CooMcées.íe n,an-
dáofazer. Enaoferáoreledadósdilréhj.BofíoquedepoufeiuIgue
quealKrejlnioValiaaosqneáelIãfc-acoUtaráo. ,
CE fc violentam*»* prenderem , &. tiraram das Igrejas, &
Ad[osde;ias,oskKi.Í2.ados,femfcfazerem asditasd.ligecas, oa
fcmlicencanotfa.encomráo-emdStradapenadedu. fc **»
excomunhão mayor, iplo Lao, da qual não fcrao abíõlutos .ve fa-
^'EúGi os o.
•ocuSatcmoAk*pr"fr;cda* S,*reytos>.iua!d:Çfes«S're.:;;lí^
xxxvirr.
)
TíTVLO.
Dos que reíiírem, oudefobcdcccmaòs
pfficiaes de lufliça, ou lhes dizem
palauras fobre feus offícios, ou
nãocuprefeus mãdados.
Ctmptíuicão Primejra. Dot que repâtm ou deíohcdeccm.
*
m*^> 4 -- • »■■*•
tíf
TítuIõ^S/Õoscper
POR Que fomos informada que algús Priores, ReytoreV#
Cuias, & outros Clérigos dene noflb Bifpádo,fendolhes pf efen
tadas os noíTos mandados, fentetíça^ monitorios, declara<ptias,«
outros fèmelhantes, para os auerem de publicar em fuás Igrejas, oii:
aalgôas peíToas,os não cuprem: no que^lem da defobedieiícia que
cometem, a Iuftiça& partes recebem detrimento. Ordenamos#
itoaridamosa iodos os Priores, Reitores,»: Curas,& quaesqueto^
tros Clérigos defté Biípado, que tanto que lhes forem pretentados
nonos mandados, ou de noflb Proiíifor, ou Vigayro,fendo requeri"
dos q-ie os publiquem, fe a publicação deiles fe ouúer de fazer àe0
ção,oudehtroda Igreja, ofação mu y to inteyramente, &com dili-
gencia. E não darão aúifo a peíToà ou pcíToas, contra quem astaes
diligencias lemandarem fazer: ò que cumpritao/obpena de íèrcírt
\
prezos, òt do Aljube pagarem mil rs; pára a Se & Meyrmho.
f E fe for algum monirorio ou fentcnçj,que fora da Igreja fe d^*
ncteficar a álgúa peu"oa,auendrj nò lugar efcriuáes, tabaliaes, ou no<
,os naoobigamos afazer eiras noteficâcões per luaspeílôa*
nãoàiíendõ tàfbaliáes,ou notayros,em tal caio, auendo kác &<*
i mcftno lugar,em que elles refidirem, òU em fua freguezia, &P
obrigados* fazellascom diligencia^ fazendofépor béin da Iufii^'
oudenoírocffício^donoflbProuífo^ouVígayro, ásímo$*
cibiamente: # fazendoíe 4 inftancia, & em fauor das partes, mo U
'pfòhibimõs leuar o que feda aos leygospolaF fazerem,
f E fe as diligêhcias & nottficaçóes íe ouuerem de fa zer fon dos Iií:
garesdeíuastètocias, &íua freguezia, não ferão obrig-dos-
f EpornosfeYpedidoemo Sinedo, que nao con{hangé&&os
os Clérigos a fazer citações, por não íer couía que conuc^^ ^
• citado, ôedignidade clerical: & deíejando nosyq elle feja tsoefti^*
do&véneradocomcdeue,àucmospbrbcm,quenãofejáoc^
dosafazer citaçaoalgúa, auendo outras pcflbas que as póisãb &*'
cm cafociuel ou crime, 6í não auendo as farão elles. Bnosn^'
^os donoíToPrcuifor, & Vigayro,íe poráeíiacJaúfuia, queauen^
outras peaoas,qoeosfilo obrigamos a líTor^qae não auendo kyg°
gaspoíTafazetcma freguesia âè£ic.á qualquer Clérigo q for ref ^
f
TITVL'0. xxxix.
Dos <juè tem tabólâgem de jogo*
;
Conftit&tfcYmtÚ X
T l T V L O. X X X X
Das excomunhões,& interditos: 5ccomo fe
deue proceder, comra os que íc
deixao andar mllaa.
1
Confituiçâo Primefâ.CamoJepajptrâo £
*~ Cartas de exçwmtMbâo*
i JJ .
r
Âtó
?Tiui^^^^Í£iiè3ftnQl^hões^ íntçíáítpsi
tecerem necelianaí,pàtáícenterccríeprdebcm,ouIebaoiHi'''
médio conueniente paraque a tal Cattade excomunhão fe ef<# *
E achando que tem r ezão para fe lhe paflàr, a paífará com clauwM
nâo he Tua intenção que ligue pefíba algúa, não valendo a cou» Pí\
lc te
que fe paíTa de mil rs para cima: E outro fi lauarj claufula» q^ J
2cráo as diligencias & exames ncccfíàrios»conforme a cfta Con
0 icãojl
Ticulo.4ô.Das*excomunli5es^&inter(3itòs, 206
tuição: & que fe não poderá vfar delia para etfyto de ferem crimi
nalmcntcacufadAsaspeffoas.qucdefcubrircm.
^ E porq os Priorcs,Rey tores & Curas, atéagota coftumaráo entre
garás partes as cartas de excõmunhâo,depois de as publicaré, côas
pclíoas q a ellas Cairão eferitas nas ccftas:& as partes depois de fabe-1
té qué fáo os culpados, & teré proua, querellão delles, como fomos
informadc: & deftas acufações fe podem às vezes íeguir morres 6C
efluzõesde fangue.-oqhecõtra a intenção da Sãta Madre Igreja, cj
as taes excomunhões permite, & contra a noffa. Por atalhar a eftes
inales, Ordenamos ôemádamos,a todos os Priores,Rey tore$,& Cu
ias cj as ditas cartas de excomunhão publicaré,q faindo algúas pelTo-
as a dias q d:fcubtão a!gué,não eíicrcuão o q ellas diííeré em as mef«
mascarias: mas é outro papel de fora,'o qual não entregarão a mef-
ma parte:mas o darão ao noíTo Prouifor,-} o guardará a bó recado.
f[Eo não entregara ás partes, ne os nomes das teacmunhas: fenáo
fazendo elles termo afsinadc per fi,ou feus fúfêeiêtes procurado res,'
cmhãliuroqparaiíToauen,qnáovfarãodcllas pa acufaçáocrime;
porq fazédo o cõínyrOjfejpcedcrácôtra elles como perjuros.- E nas
meímas cartas fe porá clauíula, que não v farão delias para acufacão
crime, & afsi o jurarão."
^ E ouiro fi cõformandonos com o mefmò Decreto do Cõcilio,má
damos ao noífo Vigay to, q em o proceflo das demandas & conteíta
Çáo da lite & execução das fentenças, não vfe de excomunhões, ou
cc
nfuías,quando ouuer outros temedios conueniétes para fe fazeré:
antes deue paraobrigar as partes a conteftar,vfar dos remédios, que
o dereyto Canónico dá contra os rcucis, q nãoquiferem conteftar -c .
°u vir ao Iuyzo quãdo forem chamados,metendo as partes de poCe tJjnpg
<losbésdosReosq teucrpeloprimeyro & fegudo Decreto, princi- %^
palmcntcemasajçóesrcaes.noscafosem qiítopodeper dereyro
a
U;t ljgar:ou proceder có penas pecuniárias»ou aprizão, como lhe
milhor parecer. E quando eíles remédios não aproueitarem, para O
^eo ddiflir de ília cótumacia & cõtcftar,entâo vfaràdas cenfuras.
í E o atro fi lhe encomédamos, q nas excecuções das fenteeas & pe« r» d.e.$o
nasdoscódenadosfe conforme có o resfmoDecrcto,&podcdocó«
modame-
:zz: v
Titulo .4.0. Das excomunhões, & interditos,
modamê^efe^mãdefizcr execução em fe^sbes pelos efcriuáes #
officiaes do noflb auditorio,côforme ao mefrao Dccrcro,o qual por
leys deite Reyno efta raádado guardar:& aos Iuizes & jufttças fecuía
res que o náo impidáo,& procedáo de maneira que fe eícuíem,quaa-
to for pofsiuel, as ditas excomunhões.
Conftituiçâo. II. Das penas que encorrem, ft} em que ferâo
condenados os que fedeixão andar excomungados.
OK Quanto fomos informado cj muitas peflbas,c5 pouco te-
mor de Deos & dis cenfuras da igreja, fe deixáo andar excómú
gados muito tépo,& muitos atè a Q^uarefma", em q peia dita caufa
lhes denegáo os Sacramentos,& outros perhúannoJ& mais.
^ Ordenamos &mãdamos,qfealgúIeygo,depois de declarado pe«
Ia ígteja,íc deixar ãdarexc5múgado,portépo de oy to dias fé pedir
beneficio de abfoluiçáo,fazendo da fua patre tudo o <j poder, pata feC
abfoluto :dahi por diáte atè trinta dias.cai pena de fua cócumaci3, p*
gará por cada dia vinte rs:&palTadohú mesperfeuerado em amef:
ma cótumaciaatèfeis mefes,dous vintes por cada dia: & de féis me*
esatehuannD, quatro vintes: & não feráabíoluto até pagara dita
pena ao noflb Mcyrinho:& fendo tão pobre q a nãopoílàp.igar,í«
lhe comutará é pena corporal de prizáOjOU degredo,como parecer»
3S?.5 ^Efeperhuannointeyroperfeuerarcm amcfma excommunháo
iA<dtp*n. por fua contumácia ou negligencia,por quanto fe ptefume que náo
C fcntc bé das
í°a.[ p.t'7 cenfuras & poder da Santa Madre Igreja, inquiráo delle
n.iW<£» comocontrapciToafofpv7ta,5cferácondenado nas mais penas 0C' l
uOregor, -'«11 J . 0 r *■
Xi 11. de cuawnas &dc degredo ou prizao,qucfua contumácia merecer.
S?ífl* ^ B ÍCnd° pCí°a Ecclcflâftica (° q D«°s "ao permita) o q áfti fede»
ftfe&\ xar andar excomungado, paífadob ncue dias,quelhes afsinam&s j>*
*."/"• pedir & alcáçar abfoIuição,fe por fua negligécia,ou cótumacia a náo
ouucn pagaráem pena delia por cada dia cé rs,como per noflbs pr«'
dectlTores foy mandado,até o tempo de hú mez; & paflâdo hõ me*
auera a pena dobrada. Efepcrfeuerar por mais tempo de húanflo
fera priuado de todos os fruitos dos beneficios cj tiuer, q aque He ano
ouucr: & fe ja os teuer recebidos & gaftados,ou o preço dei!es,pcrdc*
rá os dp annofeguime: ametade para a fabrica, &o outra para a Sc#
Meyri;
Titu.^ò.Das exc5mualioes,&intcraí<5lò5# 207;
& Meyrinho:alem de fc poder inquirir delle como côtrafofpeyto^
como acima diiohe.
f Enão tédobeneficiOjpagará vinte cruzados cu mais,fegudofua
caiidade:& fera íufpenío das oidés pelo tempo que parecer.
€[Efe for algú excomungado por diuida,ou cuftas,ou pena em que cJ^fl
feja códcnado:& vindo ate noíToVigay rojuílifica^citadâ a parte, lutionihs
como não pode fatisfazer, dado cautao, ao menos juratotia na for J;"/Vj£
ma do dsrey to,ferá abíoluto.E fe depois de paíTados noue dias qui* fi&ifiu
fer aliegar & prouar efte ou outro legitimo impedimeto, náo fera
ouuÍdo,atè pagar a pena dos dias em q fc deixou andar excomunga
dojem vir ofkrecer a dita câufáo,& juftifícar fua pobreza & impe?
dimeto: & não podendo pagar, íe lhe comutará em dias de Aljube*
f £ fe o que for acu fado per algú deli&o,criminâl ou ciuilméte,for Cà^urf0
«xcômuugado por fuacótumacia em a mefma caufa,& pétfeuerar c. fáfcta
na exccmmunhão per hum anno, ficará conuencido do mefmo c^t'riul
crime,paranao poder mais nelleferouuido, ôcauerà as nff^^J^
penisemquedeuera Ter condenado» fc o crime lhe foralegtima- ÍMm ^.
mente prouado. áiiudiu
,—.-. __^r ^ — ... __.-. | — —-x ^
uu
" ^^ SW^m aoioluiçao, em cada Domingo íej
jao. pubhcados, atsi para que elles, com cSã afronta, trabalhem poí
fe remediar, como porque os outros os editem.
E acõtecer que em algua Igreja fe mate alguê, ainda que feja sé Cáfm tccu
~ eífuzao defangue,ou fede algua grande ferida in juriofamente, g; 60;
ou aja erTuzão grãdede fangue (poílo q náo cay a em a Igreja) fica, deafecr
conforme aos lagrados Canones,violada: & afsi o fica per qualquer f^
fornicação, vel feminis effjfionem rurpecn, que ê ellaacoteça: ou uflj».
por fe enterrar nella algu infief :ou por cair fcpader a forma.E polas Mamal.
mefmascaufasficaoos Adros violados: & em quanto asditas ígte ^7*.*.
ias oa Adros afsi eQiuerem, náo fe pode em cilas azer os diuinos
officios :nem enterrares defuntos, ate fere recoei iadas em a for-
ma quealgreja manda: &fe a Igreja for confagrada, náo pode ler
reconciliada, fenão por nôs, ou outro Bifpo fagrado: & fendo fo- **£
mente benta & não fagrada,bailaráfet reconciliada per qualquer W(/ejr.
Sacerdote, & com1 Agoabentapar elle, _^
TituT 4.0. Das excomunhões & í riterdítos?
^ Mas fefempeccado acontece algua morte, ou ferimento na I*
greja, não ficará por iflo violada: nem o fera quando, ouucr qual-
quer fanguínisou feminis efíafío oceultamem por pequena eftjzáo
de fangue ainda que feja publica.
f Etodo o Sacerdote ou peífoa,quecrtãdo a Igreja viciada, nelía,1
ou no Adro,diíTer diainos officios,ou enterrar algú defúto,ferá pre
?? ?Ç Í- Qfà* ?°denado cf? d« cruzados para a S è & Mey rinho.
por priuilegíoalgi
quaesquer Príncipes., Seohoie^, ou pcílba#particulare$.
Vllí. Con^aos;q(aindaq ícjáoP.eys)uT>]/cdtmj ou.temãopoi'
força os íÃuntimctitosque Te Ieuáò.paraa CoueRomana:& aos que
Wp.;Jetiijoupertufbaò queasJiMeuem, ÔJÍcbs dufenícfts: •& oí
$re fáz: 01 queas taes ceufasfe foça», ôoovquepòr o na o impedirem
,
teoáinhsyiQ»Quqfazemp3gaÉa.outrcnfj oa^ pa qualquer mo;
4odtfcndçnj os que itíafazem.
*X. Contra os q toubáo, esbulhaoj, cu detêm aos que Hõjõtí vem
<íaSanta-Sçe Apofteka:bosque, tem ter pjoflriflòjiírifd^4fá2ett|
tòo, aos que eftáo na Corte do Papa: & aosquecomprepofito deli-
berado prefamem de os Ferir.coriarihes membro, du da os matar: &
°s que fazem que o ípbíedno íefaca,ou o mandáo fazer,ou a Ulodátí
^JudaJconíçíhoJ1oufauor.
^. Contra os q remerariamentecottãomemkroj ff rem, chagão,
^atão, psédem enca.rceráo, ou detemos Patriatcas> ArcebiífòSjí ■ti
^ípos-,&osqueifto.mandáo. He também réfeniadarôPapa aex-
c
õmunbáo da Clementina fiquisfuadente de pa:mt. Contra Os que
. !QJuriofamcnte ferem, prendem,oudegradáoalgilm Pontífice, cu
, Bifpó:
Títulô4õ.Disexcomàníioes,5c interditos?
Bifpô: & Os quco mandão fazer: & os q depois de fcyto,o háo p©r
bomr&osqueforemcorapanhcyrosemofazer, & osqoeparairfo
derem fauor, ou, confeito:« os que fendo fabpdorcs defendem aquÉ
o fez. - * '
XI. Contra os que per (y,õu pèf òutí emíftfôbftfe membro,*^
tto, ou bfipulhao de fcits bes aos q recorrem á Corte de Roma fobre
Juaseauías; & os que ncila os perféguem a elic$,ou a feus Procurado'
res, Solicitadores, Aucgados,Ouuidores, ou tuyzes deputados pa^
MasdKascaufasportelpeyto ddlàit&os que impedem, que as le-
tras Apoftohcas, afsidegraça tomo de Iufliça, & as citações, moní*
çoes?oue*ecutoriaes qcmanão delia, não fc executemfem leu W
fcntimcnto&examc: & aos que prendem, encarecrão, detém, ou
mandão prender, encarcerar, ou deter aos Notayros,executoref,cti
lubexccutores de algúadas ditas letras:& os que por fuás letras fí-
ícm que não fejáo obedecidas ás letras, ou mandamentos do Papa,
ou de feus Núncios, ou IuyfcesDellcgados, fem aucr primcyro feu
confcntirocmo,oupagarcertopreçp: &osquc defendem aosNo-
tayros que, fobre a execução das tacs Ietras,não facão autos,ou não
entreguem os que tiuercmfcy tosa parte qdcllcs té necefsidade: oti
fobre iQo recorre as Cúrias & poder dos fceulares: ouvalédofe nitTa
dos Procuradores do Fifco, oa outras femcIbantes,paracfTeytode
fazere quaesqr das coufas acima ditas. E os qdireaé, cu indirec^
em gcral,oti efpecia! vedão, ordenão,ou mãdão a quaesquer petiba*
q nao vão á Corte Romana a profeguir feus negócios, ou impetra
graças delia, ou que não tenháo recurfo, ou delia não impetrem g«
ças, ou nao vzem das impetradas.
XII. Contra os que fora da difpofiçao do derey to comum direflé,
ouindireac, per qualquer modo fizerem vir, ou trouxerem pet for-
ça as pcíToas Ecclefiafticas, Capítulos, Conuentos, ou Coliepos, fc
fuás audiências, Chancellarias, Confelhos, ou Parlamentos f& o* 4
fizerao, ordenarão, publicarão, ou ao diante fizerem, ordenarei,
ou publicarem, cftatutos, Ordenações, C©nftituiçóes,ou quaesquer
Lcys, per qualquer caufa ou refpey to, pelas quaes a liberdade Eceie
Sa?S! !^í*?5^ oufe dcminue,ou refttinge: oufefaz em algú*
"; maneyta
Tiiu.40.Das eYc5itmnliões><3cinterditos? m
maneyra prejuízo aos dercytos do Papa, ou da SeeApoftoíica, ain«
da que as taes ley s (ejáo fundadas cm algúas letras Apoftolicaf, náo
V fadas, 011 jarcuogadas.
■XIII. Contra os que per qualquer via vfurpão, as jurifdições,rc<li.i
tos, ou prouentos que pertencem âs pçífaas Ecclefíaflicas, por rezáo»
das Igrejas, Mofteyros, ou Benefícios que tem fem cxpreíTa licença
do Papa: & os que fem a dita licença, fequcftrão os taes bésrôd os que
impoem,ou per diueifos & cxquiíitos modos pcde,ou recebem dos
Prelados, Cleiigos, ou pcíToas Ecclefiafticas algú tributo, talhas,
Çte(timos,' ou algu ourro encargo: & os que impõem os ditos tri-
butosfobrebês EcclcfiaíHcos,de Igrejas, ou Moftcyros, ou outros
benefícios fem a dita licença do Papa: & aosque dire6tè,ou indireaè, \
perfy, ou per outrem não temem de fazer excecutarj ou procurar o
fobrcdito,oudarconfelho,fauor,oufcuvoto,dequilqucr efiado ou
dignidade que fejáo.
XIII. Contra os Cancellatios,Vicecancellarios,Conciliarios or-
dinario, & extraordinários de quacs quer Príncipes, & os prefíden-j
tes das Chanccltarias, concelhos, ou parlamentos, &os procurado-
res, feus, ou de qualquer Príncipe fecular: & todos osPíelados,Co-'.
mendadorcs,Vigayros, & officiacs,quc per fy, ou per outros a vo-!
cáo as caufas de qualquer exempção, graças, ou letras Apoftoli-'
cas, de dízimos, benefícios, & outras coufas cfpirituacs, ou ane-
xas a efpirituaes,para que não cenheção delias os Ouuidorcs,ou Co
tmíTarios 60 Papa: & os que per authoridade legal impedem a
execução de quacs quer letras que vem do Papa, ou de kus Iuyzes,
ou CommiíFarios, (obreas ditas caufas j ou impedem o cuifo delias:
& as audiências, & peíToas que as taes caufas quedem executar, cu
fe entremetem a conhecer delias como luy zes: & os que ordenão,
cu compeilem aos Autores das taes caufas, que reuoguem as ci«
taçoens, inhibiçoens, ou letras nellas declaradas : & os que
dão ordem, como aquelles contra quem trouxeram as ditas exe-
cuções, ou inhibiçoens, fcjão abfolutos das cenfuras, ou penas
por cilas eocorridas: & os que impede a execução das letras Apofío
tcas exccutonacs,aioda que feia rpor prohibií a violência.
*: — — '^ Hhh XV-OS*
. 1tu.40.Das excomunhões, & inter Jícos.
XV. Contraosquccortãomembrojfcrenijmatãojprenílemjcleté,
ou roubáojos qváo a Roma peregrinando por fuadeuacjta;& todos
os mais q per qualquer outra via forem á dita Cidade de Roma, ou
nella eftiuerem, ou tornarem delia: & os que para ifto dão confe há,
ajuda, oufanor, ou mandarem fazer qualquer das couías fobredi-
tas.
XVI. Contra os q per fiou per outrem em qualquer maneyra co-
mo imigosocupãojdeftruem, ou acometem as terras, lugares, ou
dereytos que pertencem á Igreja Romana: & os que per qualquer
via percurbão, víurpáo, ou detém a fupremajurifdiçáo do Papa,»
da Igreja Romana, ou a prefumem auexar, ou moíeftar: & os que
á. m
mandão fazeralguacoufa das fobredirasjou para ello dáoconfelho,
ajuda, ou fauor.
XVII. Contra q os injuíhmentç tomarão algua coúfa no tempo
do faço, das Igrejas de dentro de Roma, ou dasq eftáo fora da cerCá
delia, ou da mcfma Cidade. E aquelies a cujas máos vierem as taes
coufas, ounáo íabendo cujas fão,as náo põem cm máos das peíToai
para ello pelo Papa deputadas*
XVIII. Contra todo*, & quaesquer Magiftrados, .Senadores*
Prefidentes, Auditores, & todos os mais lulgadorcs, Canccllatios,
Vice cancellariòs, Notayros, Efcriuães,& Executores, & Subexectt
tores, 6c os mais que per qualquer modo feinterpoferem cm caufcs
capitães, ou criminaes contra pcflbas Ecclefiaftieas bannindoas pré*
dendo, proccíTdndo,& publicando cõtra cilas fentéças ou executan *
doas,ainda que feja com pretextode quaesquer priuilegios concedi-
dos pela See. Apoftolica a quaesquer Reys, Duques , Príncipes,
Jlcfpublicas , Monarchias, & outros quaesquer potentados pcf
,quaesqucr caufa$& em qualquer forma &.thcor que feja geral oU
efpçcial.
XIX. Contra os que do Paço Apoílolico tom ao quaes quer beni,
moueis,Iiutos,oucfcriturasquepertençáoao meimoPaço &€a-
jnara Apoftolica, no tempo da infirmidade do Romano Poniince,
ou da See Apoftolica, & a quelles a cujas máos fabendoo vieráo .per
qualquer titulo, & caufa algús dos duos bés.
Contra
• 1.
Tuu. 40. Das excomunhões ocinterditos 213
XX. Contra os queprefumem abfolucr das excomunhões fobre-
duas íemefpecial licença do Papa :faluo no artigo da morte, fatisfa^
fcédo primey ro o excõmungado,ou dando feguridade deíàtisfazer.
e
tua nos de fent. excõmunicationiSi
In z %0*
1 m
Titulo.4-o.Dasexcomunhoes,<5cinter(3ítós}
J Os que dão licença de aubxat aos que derão fentençade excomu-
nhão, ou interdito, fenão reuogarem a dita licença, antes de fe dar a ,
execuçáo,ou dentro de oy to dias hãò reítituirem o dano que por eiía
fcfez:& os que vzáo da tal licença, ou de feu próprio naotu fazem
alguadas coufasfobreditasporefpaçodedousraezes, he excomu-
nhão Epifcopal, & panados os dous mczes, he Papal.cap. quicuque
defentexcõm.inó.
*[ Os que participão no crime, perque hu eira excomungado, fea
excomunhão,em que o «iminoío efiaua, era Epifcopal, o q parti-
cipa encerre em excomunhão Epifcopal: & fe a do criminofo era
Papal, neíía mefma encorte o que participa;
^ O que em artigo de necefsidade foy abfoluto, porque fora da
quelle artigo o não podia abfoluer, reincide na meíma excomunhão
em que eftá, Epifcopal, ou Papal.
^"Os que poera mãos violentas em Clérigos^ ou Religiofos có per*
cução.,ou ferida leue, encorremem excomunhão Epilcopal: ôíe»
percução for mais que leue, he Papal, '"
<
t
Çonptuiçâo. Xlll. 7)as excomunhões do Sanado
Concilio Tridentmo.
VW<»..i'.ii»i.v.^^|
C4i - ^— *
em feus próprios vfos, & vfurpar, & imped/r que fc não dem a que
pertencem as jurifdiçóes de alguns bés, Cenfos^dereytoSjfeudof,
emphyt:uíes,fruytos,prouentos,ouquaesquer obuençõesde al-
gua Igreja,oudealgú Beneficio íecular,ou regular, ou dos montes
c|a piedade,cu de outros lugares piorsosquaes bens ião para fuftcni
taç.Vpdosminiílros,&dospobres:&contraaquelles acujo poder'-
viei em por doação de outra peííoa, ate que reítítuao: a abfoluiçãa
herefcruada ao Papa, fazendo primeyro inteira fatisfação.
^Contra os roubadores,qtomão as molheres por força: & todos
os que lhss derem confelho, ajuda, oufauor.
<f Contra todos os magiítradosquedireyíamenteforçãò a qual-
quer peííòa que fc caie, ou que fe náo caíé liuremente, hora feja feu
íubduo, hora o náofeja.
Ç Contra todos os officiaesdeluftiçafeculares, quepedindolhes
os Bifpos ajuda da braço fecular, para a claufuradasFreyras,ma
nío derem: & contra qualquer peííoa, que íem licença in fcriptis
do Bifpooudo luperior, entrar dentro da claufurade Mcftcyro de
Freyras.
Ç Contra qualquer peííòa que fizer por força, que molher entre
em MoíleyrOjòu recebaohabitodcalguaReligião, ou q faça pro-
i
fif.áo, tirando nos cafosexpreffos em dere} tõi& os que para o íb-
bredito derem confelho, a}iida>oufciinr.& os que fabendoque a
mcíherfaz qualquer coub ias fobreditas contra fuavontade, in--
terpoferé para ello fua prefenç: ,cu confentimentOjOU fua authori«
dade: & os que per qualquer raane;;ra,fcm caufa juíla impedirem a'
vontade que tem qualquer molher de tomar o veo, ou fazer votei
^"Contra todos os Senhores temporaes, que derem licença à al-
gikspeiToas, para íairemapelejaremdefafio: & os quenodefafio '
pelejarem: & os queforemfeus padrinhos: & os que na califa âo
cjeíafio derem confelho, afsinodereyto, comonofeyto, ou para
eilo aconfelharem algua peílba per qualquer via: & os que olhare
oditodefafioj
Í Contra os que fem authondade do SumoFontifice,oufarem fa->
zer
Titu.4.o.DásexcomunK6cs>ócinterditÔs,
zerfobre os decretos do Concilio Tridentino alguns Commen-
tarios, glofas, annotações, efcholios, ou algum outro género de
declaração: ou eítatuir algúa coufa fobrc elles em qualquer nome
ainda que íeja com pretexto de mor declaração, ou de corro-
bora çáo, ou execução dog decretos, ou com qualquer outra cor,
como fe contem na Buli a de Pio Quarto, fupra confirmationem
Concilij Tríd.
KKK CM*
y ■
v
Titulo. 4i.Dos:.qiie terão eílascõftítuíções.
Confítuição. Ill A quemje aplicarão as penaspoflas ne[Us
Confinaiçóes, qmnào cfláo declaradas para quem Jáoi
_^ IP[quando je podem commutar\
Ç* Onfiderando nós o perigo q ha nas excomunhões, porfera
V-/mayorpena que tem a íanta madre Igreja, porquanto húexcõ
múgado he mébro cortado & apartaçloda comunhão dos fieis, & cõ
municaç.ão dos Sacramêtos & fuffragios da Igreja. E vedo como
neílenoíibBiípadoauia muytas excomunhõespoftasnasCóaitui-
çóesãdguasécjnoirosrubditoscaiãoféofaber:& outros cópouco
temor de Deos fedeyx5oeítarnelIas.Nóspoteflare25oprouemoí
nefias Cóilhuiçces.q das muy tas excomunhões cj efíauáo poftas nas
ãcigtjas íétirâífsquafitodasiasquaescõmutamos cpenas pecuniári-
as potqéalgúasdcilãs não fededar^^^^
mos&mádamosdnãoreap.licádoapeiroacerra,ou a algúaobraife
étédãofer aplicadas para as obras de ncflaSé&Meyrinhotnãofédo
per nos aplicadas noutra forma: com tal que o dito Meyrinho
dentro de quatro mefes de pois de (Vrmanifcfta a culj a ou delito na
vizinhança do culpado, ou a duas ou tres tcftemunhas,demandea$
ditas penas,& asfaçajulgardenitodoutrosquitiocucincornáca-
uendo legitimo impedimentoq per clle não íeja caufado né ceníen-
tido: perq paíTado o di*o tépo, o Promotor as poderá pedir, & lhe
feraaplicada a parte do dito Meytinho. E quanto as penas das vifi-
táçõesaplícadasaomeyrinhoipodclashá demandar dentro de dous
rnefes, q começarão acabada avifitaçáo, & de pois de lhe fet dado
rol per nonoPicuifor, ou Vifitador:E pe'a ptefeate náo tolhemos*
pãt te das penas q temos aplicadas ao noflb folicitador, as quaes aue-
ra demãdandoas elfe ou folicitandoast& não de outra mancyra.E de
ciáramos qpotto que a algua pcíTo3spor delito q 6zer, fçjáo pofías pc
naspclaprímeyra veztáto, &pclartgudatá:o,qentáo ftià obriga
do a pagaias, quando por cada Vez for condenado em juyro: de ma
neyraq mobailará prouar q muy.tas vezes comçteo o delito: fe pão
fcy por e!le tantas vezes acufado & ccndenado.-po/loqpara agiauar
mais a pena.bafíaria articular q muitas vezes o cemeteo. E iflp orde
camos,poíquenonbscfficiaes fejãomaisdeligentes em inquirirtf
01
acufcr
f
Titulo, p. Do Synodói!
acufaniiaís os delitos qfe cometerem. Eporqpodetía fercJpõrpÕ*
breza náo podeííem os delinquentes & tranfgreííbres deíhs ConíH-
tuições pagar as ditas penai: & náohe jufto que fiquem femcaíii
go. Ordenamos & mandamosq conftandolhés a noflb Vigayro, ou
Viíitadores legitimamete da tal pobreza, pofsão moderar & comu-
tar as ditas penas pecuniárias em out ra$ peni tecias corporaes: o qual
fiqueareuarbitrio:coníidcrandoacaHdade&grauidade do delito:
(obcc o quai lhes encarregamos as conícicncias.
v
TITVLO.XXXXII.
Do Synodo,&das teítimunhasfynodaes:ôc
da relação que hao de trazer.
Conftittúcão Primeyra. T)aspe(foas que hão de nuir ao Synodo%
(%y que bastos hão de tra^r.
í
Cofiflituiçâo.Jl.Dastejlemunhasfynodaes^dã
relação que hão de trazer.
F I N I S.
+1 *»
cr—-*
s
.
c*