Você está na página 1de 474

w?

m
-
1 'r

HV •% SOK

► v^

, .)
%

'^3**

if,

WÊi

m
**■>/

»' V^

^J.
■ALi
m
I
■ I

£4hm
z&
w '»!<
I

i'«

//&*■< f-4* • •'/,/

1
&í*.Sér>
A

%
nlé
b$
*""*^-s

ft*.
■■
\
1
K


^srVb •\-£v
CONSTITVIÇOES
SYNODAES DO BISPADO - W .J

D E C O I M B R A.

Jreytas Sc ordenadas cm Synodo pelo IHuífrifsimoSõrDom Affonfode Caftc^


Biáco Bifpo de Coimbra, Códe de Arganil,& do Cõfelho delRey N.S. &cs
£ for/w mandado Imprtffks em COl MS % Atw Ànfni^
rff M^ri^ bnprejfor da VniuwfidAÀ**
â HH 0lml 5 9 I.



PROLOGO
Deílas Confiituiçõcs, ás pefiôas cccleíiaftícãs
& íeculares, {ubái tos do Bifpado.
O M Ajfonjo de Caflelbrancoper mfr
ce de Deos $ijpo de Coimbra,Conde de
Arganil, & do cÕJelho de Sua Magcfla.
dt.ftJc. Aos muytosrcutrêchs Day^o}
Dignidades, Cónegos, $) Cabido da
nojja See: fç) aos reuerendos Priores}
7{eytons, Vigayros, &) Comenda-
r
dores; $) £enef ciados: f$) a codas as
pejjoas tclefiajlisas (£) feculares Jubdi-
tos & melh&s noJJ.v.Jaudi Q^pa^em
a Senhor.* uiinda que a antigtidade& perpetuidade dasleys humanasJi-
\amuytoencomendada^importante à Republica, (p] nào[e deuâomu,
dar fem grande cauja as queper muytos Annos em ella [eguardaram:
todauta como ellasJè\ãoJogeytAs A rz>,irtedade dos tempos ft) mudança dos
eufiumes, comem muitas ^vez^s mudarem Je com elfes, por acudir aos aba.
Kps que amdicia dos homès,por defraudar as leys Jantas t%) \uflas, inuen\
tou: como nos enfinao os Sagrados tjj eucumenicos Ccctlios $J os Sagrados
Cânones & leys imperiaes. Polo que, poflo que asConJlttuiçÕes Synodaes
defle Tijpado,feytasper mjjospredecejpresjojjemfeytas com tanta prudh
cia, (%/na qttcllcs tempos necejjarias Õ) proueytojos: todauia,como foraò
ordenadas antes do Sagrado Concãio Tridentino, que na reformação dos
cujtumes fé/gouemo da Igre\aprouto com muytos Jaudaueis Decretos ^eno
mdoos Cânones antigos, Q) cjlatuindo afgus de nouo. £ os Santos Padres,
que depois da publicação delle gouernarâo a Jgre\a do Senhor, federão mui-
tas leys extrauagantesproueitofas f£) necejjarias^araprouer algilas coufas
cm que antes náo eflaudfujficient emente prouido: nos pareceo que cumpria
* obrigação de nojjò offleio ft}Jaudc das almas de nojjosjubditos, & ao bom
gouerno defle noffo %Jpaào; ordenarmos Conflttuiçces, tomando das
untiguas, o que pelo Santo Concilio Tridenti no & leys Canónicas dos Pm -
tijices modernos Jc nÕo achm alterado ', ft) pareceo que comhJhat^
mudando fp derecentando o mais que, conforme ao mejmo Concilio g/
Sagrados Cânones Q} Santas determinações do Collegio dos liluflripmos
^Senhores Cardeães, f£) Concílios prouinciaes, achamos Jtr necejjario: £
para ijfo conuocamos SymdoT>ioce[ano com as folemidades que o dereyto
OTECÍ reqmre-
P-KOLOCO.'
r
nouzYt: onde forâo eleytos procuradores, afii do Cabido como do Clero,
peÚoas de eminentes letras &] prudência f£) experiência, com cu\o confi*
lho asfezemos: tendoJomenteanlé os olhos ojeruiço de Dcos ntjjo Scrfè}.
noÇíaobri?acâo$J ò proueito das almas: ftj foráopor elles depois nji^as &,
aprouadas. Pelas quaes auemospor reuogadas toaasféj quaesquer Cônjit-
wicÕesiOUZxtrauagantcs de ttojjos' antecederes: ft) ejlasjomentequere'
mos & mandamos que (eguardem. Epara que em cilas finâo pojja 4;
çrecentar^nemdeminuir, nem mudar couja algúa^jerâotodas em
0 fimafanadas per nós: ftj as que Je acharem fem o dijo
ímal9 mandamos que filhe nâodefec, nem cre-
dito algum. Dada em Coimbra
aos 28* de 'Nouembrô, de

s
Taboada deitas Conílítuícõesr

Z>í< /ie Catbolica.


*

^ConíKíuiçáo. I. yuc
^ V/uuiu^u^au« A. Q^ue iuuu5
todos ticny
creão &
w, cõfeííem
tui^aciu aa FeeCatholíca
receai ílOJJCa fir2
ur-
m
tnctneoce, como a &nta madre Igreja a tem & conferia: & fabendo
H .
^a!gódifcrcpa>no!ofari:o íabcrparaniíToprouermos.
T1TVL0 SEGVNDOi
fcL u

Do Sacramento do 'Bautijmo.
^"Confiim^ão. I. ÇVuetodo oir.imno,ou minina fe bautize pelo
feuPiior,ou Cura,do d;a que naícercm oyto dias,na Igreja donde
forfreguez; foi i.
^[ Có.tituiçáo. II. Q-venfobautizé fora da Igreja Parrochialj&dõ-
e cuucr Pia bautiím&l: Ja!u ;> cm cafo de neceGidadc: &o roodoçue
lc terá nos caíbsfen-jeihanres. n fol.a.'
f Conftitui^ãò. III. Dos miniftrosdeíle Sacramento: «das diligé-
cias que o pic prio Parrccho deue fazei fobre os que fc Ião de bautiJ
zar. foi. 3.
<j Ccnítituiçío. UI!. Que nenhj Sacerdote fceular ou regular bau«
tizefreguezalheo. foi. 4,
% Cóitituiçáo. V. Dos padtinhos,& quantos pode & deuefer. fbl.j.
^ Conftituiçáo. VI. Como feráobaucizados oseícrauos^quaes
c]u r outros infiéis. E doliuro que auerá em cada Igreja para fc aílen*
t J :em nellcos nomes dosbauuzados, «ifmados, cafados, & defun-
ta, & os dos padrinhos. foI.£.
TITVLO TEXJCBT \0.
Do Sacramento da Confirmação.
^TConfíituiçâo. t. Como fedmem confirmar os que jafórembami
Zachs, & (ía idade que deuem ter. foi. 6*
CjXonííiijiçáo.II. Dos padrinhos que hão de aprefentar aos que
cujerem ds confirmar, & quahdades que hão de ter. foi. £•
T 1TVL0 gVAZJTO. '
Do Sacramento da Confifiâi.
<TConfíitiiíçáo. I. Que todos íeconfeífem, ao menoshúaveZná
Quarcfíiia: bí os Parrcchos facão roes cm que efer tuáo todos fcua
fre«
Taboada deftas Cònftimtções.,
fregkzesqueibrem de idade. fo!-7^
€ Conllituiçáo. II. Que todosfecôTefifem a feu próprioParrocho,
ou aos que pira iíTo teucrem noíla licença & foré aprouados. foi 9.
^ Cõíluuçáo. III. Que todos os Priores, & Curas, & pelfo-
as que teaerem obrigação dedtzer Miífa, fe ccfeflcra cada oy to di ts:
& a uã) digáo fem confeUàífe, quando teuerécaido em algu pecado
mortal. foi. 10*
<Ç Conítimiçjo. Illl. Qj^eosquéteueremcarosreferuados,fejáo
remetidos a rios, ou noffo Prouiíor: & quaes fao os cafos. fel. ti.
^ Conílituiçáo. V. Da forma daabfoluiçáo. foi. tu
q Coo ftituiçáo. Vi. Qu: os Priores, Rey tores, & Curas fe informe
dosfreguezesqU-haemíuisfceguezias. foi 13*
^ Conlhtuicão. VIl.Qipos Médicos amoeílemosenfermosque
leconfeíTenJík comunguem: &daspenas em que eàcorrcm os que
o.nâofizem* foi. 14.
l[Confti ú\$). VIII-DosConfeílores, ou penitentes qUe deíco-
bEem-asconfin.5es:&dcsqueptocuráomaIiciofamentefaber os íe*
gredos delias ; & das penas em que encorrem. foí. i 4
^ Conftmiiçáo. IX. Dos que tem poder para efcolherConfciTor,
por I ibileu,ou Bulia Apoftolica, geral ou efpecial, efcolhio fòméi
te os aprouados. *U. 15*
TITULO C^riT^TO.
Da S antifiimo Sacramentada Emhartflia.
^".Çonílitução. I. Que todos os de legitima idade comungue huâ
vez noanno pel$ Quarefma: & queelte Sacramentofenáodee apu-
bli ospeccadores. . foi. 1^-
^"Coniutuiçáo. II. Como fe ha de adminiítrar o Sacramento da
Euchanftia. foi. 17.:
ÇÇoBÍhtuição. III. da prociflao de Corpus Chrifti. foi 18.
^ Conílituição.IlII. Como fe dcuelcuar eíle Santo Sacramento
aosenfermos. foi. 19.
<f Conftituição. V. Como fe hão de preparar as cafas dos enfermos
a quem fe ha de leuar o SantiífimoSacramento: foi.ir*
^ Conitiíuicáo, VI. Que nas Igrejas fe faráo Sacrários em quceíjee
oSaii"
1
TaboadadeflasConfticuiçóes.
SSantiísimo Sacramento. (o\tií.
TITVL O SB XTÓl
T>o Sacramento da Vnção. í
^ConíHtuiçáo. I. Como & quando ic dará aos enfermos", fol.u,
^Conftituição. IT. Que não íedé premio por efte Sacramento, nc
outros:nem apliquem para fi os Confeííbres as penitencias ou refti-
tuiçoes dos penitentes, f0jt23j
T ITVLO
*"- - --
S BPT .
IMO.
_-.. ,j
Dos Santos Óleos.
f Coriftjmicão.' I. Atee quanto tempo os Priores, Reytdres^ Sc
Curashãodeleuaros óleos a fuás Igrejas ,&aquemfe hão de en-
«c8ar- . . „ foUj.
^Coníiitwçã-j. Ií DamaneyradequehãodeleuarosoleosdaSee
para as igrejas de tora: & como fe hão de guardar. ""' folz^,
T 1TVLO OITAVO. ~: *
"Do Sacramento da Ordem.
4f Cõftim'çáo Píimeyra. Do Sacramento da Crdeml fol.a^i
^ Conílifuição.ll. Da Pr meyra Tonfura. " fol.,24.
^ Conuítuiçáo. 111. Do S ubdíacono, f0|. z*j
■q CóíUtuiçáo. 1111. Que nenhú feja promouidoa otdés facras íé ti;
tuta de Beneficio, ou património fufficiente. foi, ^
^CóOituicão. V. DaordcmdeDiacono,oudeEuangclPio.fol27é
Ç Coníutuiçío. Vi. DasOrdésdeMifla. fclzji
ÇConftituiçio. VII. Como & em que forma fcfar*o& guardarão
os roes & matriculas dos ordenados :& como fe farão as carras das
õidcs* '"" '"" " falta

T ITVLO MONO.
Do Sacramento do Matrimonio.
^ Cõíutuiç lo Piimeyra. Do Sacramento do Matrimónio". fo!.$ô.
^ Conftituiçáo Segunda. Que fe não celebre Matrimonio* Cm
precederem as denuncia ções: & da maneyra em que fe dcuem
fazer. f0l.3O;
e nas
í Ç?í??í ?K*?! \lh Qu denunciaçôes fe declarem ao pono Oí
A impc:
Tabõãda deftâs Cônílituiçoes,
impedimentos que impedem & dirimem o Matrimoniou foI,3f2
€ Conftituição. Ilil. Quaes fáo os Parrochos que deuem fef pre-»
íentes ao Matrimonio. fol,35.
I[ Conftituição. V. Das penas que aueráo os q fe cafarem em gtaos
prohibidos: ou auendoantteellesfemelhante impedimento* foi 33»
^Conftituição. Vi. Da idade que hão de ter os queouueremdc
caiar. fòl,34-'
4[ Contituição. VII. Da idade que háo de ter os que prometem &C
fazem efpoíouros de futuro: & da pena ern que encorrem os efpoíâ-
dos, que tem copula antes de ferem legitimamente caiados: ou os
cafados per palauras dsprefente com licença antesde lhe ferem fey-
tas as benções da Igreja. foi 34*
^CóBtuiçáo. VIU. Que fe facão as biches nupcia es aos q calam,
& que não fe cometáo a outro facerdote, fe não per efetito. foi. 3$.
^ Cóftituição. IX. Dos tempos em q o dtrey to defende as loLnida^
desdoscafamentosj&ccmofeentendem. foi 35,
€ Conftituição .X. Dosquefendo religiofos pref íTcs/e caíâm,oU
tendo ordens facras!ou afegundavez, durando o primcyro matri-
monio: & da pena que auei ao. foi. 3 6/
^ Cóftituição. X I.Dos cftrágeyros, & vagabundos: & como fe lhes
daráheença para caiarem: & dos qae trazem configo molheres
íbfpeytas, cu fáo calados em outras partes. &I.3&
€" Cóftituiçío.X 11.Como os eferauos podem cafar&fcr recebidos
em face de Jgrej~a,entendendo o eftado do matrimónio, & fab ndo
adoutrioaChtiítaá. fol.37.
Ç Conftituição XIH.Queo Vigayrc geral conheça dasc&ufasrra
trimomaes, & faça per ft as pregu ntas às partes no principio: cV per-
gunte as teftemunhasde vifta: & o que fe fata quando ouuer prelun*
cáodeconluyos,& apenadosqueosfezerem. foi.37*
TJTVLO DECIMO:
'Dos Je]us de obrigação, 1gJ daprohtbiçâo da carnt\pim.Jg) leyte.
^Conftituição.Primeyra, Dos jejusdeobrigaçao. íú.59.
^ Conftir nicáo. 11. Dos dias de lejum, em que iao prohidosj cuos,
&ley te ôccojíasdelle, per detey to Canónico. fol.41.
Ç Confti-
Taboada delias Co^m*tuícões]
4

ÇCõftituição. III. Que nosaíTougues,praças,&eíUag&,&Wâ2


tes públicos, fe não venda na Qjjarefma & dias de Iejum, carne, 5
não conuem para doentes* fo{.4i.
^ Conftituição. 1111. Que na Quârefmâ íenãoapregoem ouos,
leyte, manteyga, & queijos frefcos. foi* 41*
^ Coníhtuiçáo. V. Da licença có que os doentes, que não efteuerc
em cama, poderão comer carne em dias defezos* foi. 41.
^ Çonftituição. VI* Que os que tem eftalagem,oU venda, não dei-'
Xem comer carne em fuás cafas, né a vendáo fem licença, fui. 41*

T ÍTVLÔ O^Z É.
'&ãsfefidi âo AnnOift) lembranças dellail
ÇCôílituição* I. Das feftas doAnno,quefe háode guardai & je-
Júat fol4ií
^Cõftituiçao. li* Que os fregueZesvão ôuuir MhTa á íua Fregue-
sia, èc. letlem configo íèus filhos, 5f os feucisfcjão apontados peta
Reytorí & que íenáo confinta freguez alheo* foi* 45*
Ç Conftituiçáo* III. Das penas dos que trabalhão em Os dias San-
tos, & como fepfocedetà contra elles* foi. 44;
% Conftituiçáo. II1I. Que nos Domingos & Santos não hajaau-
diencias,nem negócios Iudiciaes. foi. 46,
T ITV LOT>Ô£ B.
Dós Prions, T^eytoreSj ft) Curas: (£/ da refidmââ)
queemjuds JgrejOi deuem fazff*
f ConítituiçjíôPrimeyrâ* " " foi. 47?
<[ Coníhtuiçãò. li* Do exame que fcdeue fazer aos que não de feí
prouidos de IgrejasParfochiaes ou Beneficiâdos.-& daíufficiencia &t
calidades que deUem tef. fol.$o*
^ Conftituiçáo. III* Que calidades & fufííciencia hão de tef os que
teuetem Cura de almas! & a quaes fenão deuem dar* fel. 5 ti
^Conflituiçâo. U1L Que nenhum Sacerdote adminiftre Sacra-
mentos, fenáo aos feus fubditós* foi. 53J
^ Conftituiçãó. V. Que o tempo da Quatefmá âos Reytores, &
Curas feja feriado. & como cometerão a Cura das almas fendo
dU,
Taboada deílas ConmmiçÕes?
ata ^« »"•-—r»rfi

aufentes. foi. $4.'


%

«[ C5ílituição. VI. Que os Priores, & Curas façâV guardar filécb


cm as Igrejas, & não digáo em as eíhções coufas impertinentes: &
como procederão contra os contumazes. foi. 54:
Ç Conítituiçio. VII. Da doutrina Chriftal:& do mais qosPriores>
Reytores,& Curas deuemeníinar a íeus fregueses* foi. 55.
TITVLO Qjrmz E.
'Dos TSmefiàcAos de benefícios (implices. ft) fementiat
aelleSy 1£/ dos l\açoeyros g/ konomos.
C Conííituiçáo. I. Dos Beneficiados de benefícios fimplices,& fer-
uentias delles. foi. eil
q Conííituiçáo. II. Que na See aja penitenciário^' fo!( 6zl
4 Conílituiçío. III. Da dignidade de Meílre EfcoIIa, & lição que
hadelcrperí'y,ouperfubflitutopaSíe. ' fol.fo;
^ Conííituiçáo. IIII. Dos Arcediagos da See: & da rcfidencia que
hão de fazer. (o\.6ií
Ç Conííituiçáo. V. Que os Cónegos miniílremao Prelado em os
Pontificaes, & quando derem Ordés. foi. 63.
3' Conííituiçáo. VI. Que nas Sees, & todas as mais Igrejas fcguar-'
em asceremoniasRomanas,afsiem rezar,como nos officiosdiui-
nos. -' foU4;
Cf Conííituiçáo. VII. Que os Cónegos & Beneficiados de igrejas
collcgiadas, não pofsão tomar mais d»as dos que tem per derey to &
eílatutos,& fique íépreos neceflàrios para oferuiçoda igreja.fol 64I
4J* Conííituiçáo. VIII. Emquensâneyra 03 Cónegos & Beneficia^
dos da See &c igrejas collegiadas,venceráo os fiuy tos, Sc feráo defeõ*
tados. ^ * ' fol.^,'
Ç Conííituiçáo. IX. Que nas igrejas collegiadas haja apontador,&
como feráo contados &defcontadosos Priores,& Beneficiados dei-]
Ias. ;:~* ' ''" kl 66.
fl Conííituiçáo. X. Comofcdeuemprouerlconomos nosbenefi*
cios dos aufentes: & comodeuem fer defpedidos. foi. 66,
Ç Conííituiçáo. X|. Que não aja concertos, petque os Ptiorcs, &
Beneficiados tomem fobre fi o feruiçode algú Beneficio de auíentc'
P!S
m Tabo.;da deílas CenAituições
para nclle não auerlconomo. fof.£&
^ Conflituiçáo. XII. Que os Iconomos fcjâo Sacerdotes :& do
falario quehão deauer. foi. 68.
<fConftuuiçáo.XIlLQuefcnãopaíTecattade Cura a Beneficiado
ouíconomo* foi. 68.
^ Çonftituição. XIIU. QucosPriofeSj ou Reytores das Igrejas
collegiadas, tendo benefícios vnidos, íejáo contados em tudo, em
quanto fezerero feti oíHcioj & náo fendo vnidos tenha JIconomos.
kl 6%
Q Conílituição. XV*. Que os Cónegos, ou Beneficiados da Sec, té-
d D Igrejas Parrochiaes,fejáo cotados em todo o tempo que cm el'as
refidirerm ' foi. és.
^Cóftituição» XVI. Que na Seè& Igrejas collegiadas fef çãoou
reformem os eflatutos, conforme a dereyto & Concilio Tndenti-
no, & Conítituições Extrauagantes > que depois delle emanai ão.
foi. 6?t
T 1TVL Ô DEZ A S £1 S.
Daajidafgjhoneflidade dos Clérigos.
IfCõílituição. í. Dos Cónegos & Beneficiados da See. foi. 70*
^ Cõftituicáo. ÍI-Qtraesfáo os veflidos & habito clerical* que os
Clérigos deuem trazer! & das penas em que eocorrem os que o có-
trayrofezerem, fbl.71.
ÇT Coníiituigao. IIÍ.Dos veííidosqueos Clérigos dctié trazer quá-
do forem fora da Cidade. foi. 72.
f Cóuituição. IIH. DaTonfuraqdeuétíazeros Clérigos, fel.72,
ÇÇonflittiição*V.Queos Clérigos náo alrem,nem vzem de me-
dicina ou cyrurgíâ* foi. 77*
^[Conftituição. VI. Queos Cleiígos náo tragão armas* foi. 77.
^ Confíituiçáo. VII. Que os Clérigos náo ttagão piftoIeteSj oú ar-
cabuzes: nem atirem com munição. foi. 78.
<f Conítifuiçáo. VIII. Dos Clérigos quearrancaOj ou ferem, na
Cidade, ou lugar de fuarefidencia»ou fora delia. foi. 7?.
í,Conftituição. IX. Que Os Clérigos r,ão&çiodefafios, fie fayáo
aelbs. ' '."■.. fol.71,
Ç ConíU-
TaboadadeíUs Conftítmçõcs?
<f Conílituição .X. QJJC os Clérigos não fejã^Iuyzes nem Taba-
liâes, nem talhão outros Icmclhantes ofíicios fecutarus. fo'.79.
Ç Cõílituiçãa. XI. Qu: os clérigos não fejâo rega iões, né rendey-
IOS. foi. 80.
Ç{ Cõítítuição. XII. Que os clérigos não procurem, nemauogué,
nem acompanhem roolheres. foi 8o«
IJ Conftituicão. Xíil. Que os clérigos não entrem em tauernas,
nem fejáo figuras de autos ou farfas: nem kçáo vodas, nem váo a
tilas. ^ fjl.81-
Ç ConíUtuiçáo. X IIÍ. Que os clérigos não fejâo caííidores, nem
pefoadores públicos, nem cragáo coniigo 1 ã :s pela Cidade,ou nas I&
grejas. ^ íbl.814
«i Condituicão. XV. Dos q ie jogão cartas,oudados. foi. 8i.
<f Conltituiçâo. XV LQu* os clérigos nâc exercitem cfficios m:J
clunicos, nem outros Icmeihantes ofíicios vijs, & niiniftciios cor-
po ae$. ^ fol.81.'
tê Conftituigão. XVil. Que os clérigos não and2denoytedcpoys
doSino. foL8z#
•'

T1TVL0 DEZ ASETE.


\ *p_n Clérigos que tem molhem emjua cajá: #)
dos amanctbados.
^ Conftituição. I. Que nenhum Clérigo tenha molher íofpeyti
cmíuacafa. , foi. 83.
^ Conftitui'táo. II. Dos clérigos que tem mancebas: & como fe de-
uepteceder contra clíes. foi. 84.'
^Contituicáo. III. Que ofilho,ounetodoCletigo,rá) fendo de
/

legitimo Matrimonio, cãj ajudefeuPay,ouAuoo as MitTas & di-


urnos cfficios. foi. 85.'
€| Coníiitui^ão. IIII. Que os clérigos nao frequentem Moflcyros
deFreyras, ^ f0l#8(í.
Ç Coníiitusção. V. Que em todos os cafos conteúdos nefle titulo &
no precedente, fc facão amoeftações aos culpados, &fe cfcreueráo
PcrJermo« foi.8&
TITV.
Taborda deftas Gonfiituíções
T1TVLODZZOTT Õ. I
Z?d <*i>/íta ^ honeflsdade dos Cónegos 7{egr antes, f$ FrcyrUtl
€f€oníutuicáoPrimcyra. Dos Cónegos Regrantes. foi. 87$
flConítituiçáo. II. DasAbbadeíTas>Prioreflas,&Flcyfas., foi. 88*'
TITVLO D£ZA<NOVE "" ~~ " -
DosTienejiciosftfproitijão delles. '
^Conflituiçao. I. Dos benéficos & prouifáo dclles. foi.89^
tj* Çonfti. 11. Que fe não ponhão os benefícios cm corofa ou cófian-
ça: & não aja na prouifáo delles pados fimoniacos & illicitos. foi *>ol
<j* Coníliíuição.llI.Q(uenenhúapeíroavfmpcoscíÍ2Íaios & bens
das Igrejas. foi. 91 #:
ÇCôftituição, TUI. Qjycfc não prcuejão benefícios a pcflbas da ge
ração da na ção dos Ch1 iflãos nouos: & os juyzes a quem vierem dui
gidas as Ietras3 não as confirroem3 nem dem pofic, fem lhe fazerem
asdtligcnciasdoMotuptoprio. foi. 91*
ÇConftituição. V. Que ninguém tenha dous, ou rnuytos benefiJ
rios incompatiueis. foí.,su,.
TirVLO Vl<MTE,
Z>os djfictos diaims^ enterramentos, $ trinèayro)] Aíijfasl
fè) Armerjayros, que os defuntos mandão dizer,
^Conflimição. I. Dos officios diurnos, foi, .93?
If ConíUrui$ão. .II. Das penas queaueráo osquenão rezarem o
officio diuino. * fol.p^
^ Cóílttui. III. Como fe dirão a$ Miífas: & da preparação dos Sa-
cerdotes: & fiícncio que deueauer na igreja & fanchníria. foi.555.
^ Conílituíção- HL Chuças Miuasdo Dia conuentuaes, fcdjgãoa
horas dé terçj: '& não fe deixem per outras particulares: nem íceu*
práo com huaMiCfa duas obrigações. foi. 95»
^Conftituiçáo. V. Que nos Domingos & dias de Ma pela me-*
ahaã, fe nã-> fa ç loftkio de defuntos, ainda que feia no dia do enterra-
Ticnto. foi. .97.
fCóflÍtuiç'%0. VI. Quefcnão facão conttatosineauenfas fobre as
Vliíías&f diuihosofriciasjCufcpuWufas. ' fel.*?.
ij" Cõílituição.VII-DosuintayrosaberiOs & ccrrados,& abiizos q
neUca
> .—.• •■
Tabõada dcAàs ConílífâíçÕcs;

helIesfehãodeeuhaTr&da efmolla que háo deauèr os Padres que


os diíferem i & comofedeuem publicar na Igreja o Domingo antes
que íe facão, foi. 100.
àj Cómtuiçáo. VIII.Que nas igrejas &ádrp$ delias fe não durma,
ré coma ou beba, né febre as couas dos defuntos, fol.io*.
^ Conftimição. IX. Dos ornamentos que ha de auernas igrejas
paraasMiíTas&officiosdiuinos. foLioi.
^Cõftiruiçáo.X-Como íedeuem armar as igrejas, capellas, & as
rtusporpndepakãoasprociísóes. foi. 104.
Ç ConfUtuiçáo. XI.Queas Imagés& figuras das igrejas fejáoho-
heftasfk decentes. . foi. 105.
^ Conftituic^o.XII. Como fe concertará pfepulcho era que feha
<js encerrar o Sor Qjànta Feyra da femana -Santa. foi. 105.
Cf C5íiituição.XliIvDosbene6ciado&queháodevir áSènosdias
de Pontifical. v ÍúL\ô6:
q Conftitgicf0. XIIII. Que todos os Beneficiados, & Iconomos,
^C!eíigos,faybão cantar per arte: & que todos fe ordenem tendo
idade. * foi. 10 6.
^ Confíiruicão. XV.. Que ninguém preguefem fer aprcuado pes
nós, & pregar na Se fendo nós pteíenres,ou noílb Cabido, foi. 107.
T ÍTVLOVI^HTB B HVM.
0 . Como fe deuê fundar fg). reparar as ]grè\as Mojkyros, $ Her-
mi dás: (£? da fabrica & omamífttos delias.
Ç Cofiiturçáo. I.Comofedeué fundar & repararas Igrejas, Moftey
ros, & Hermidas. foi. 108.
^ ConfHtuiçóo. II. Pa limpeza &renouaf5o dos oroamen tos j &c
coufas necríTaiias ao feruícodas igrejas. foi.»10.
ÇConíli.III.Dos calices,hofiias,& pias deaguabenta. foi. m.
ÇCóftftuiçáo. II i I. Diosornamctosvclhos,madeyra&: pedra q fae.
das igrejas, ^ foi. 111.
% Cpnftituiçao. V. Que a prata & ornamétos das igrejas fenáo em -
pceãem,ne,m err.pérbcm. fol.iu.
, P>i T 1TVL0 VI *HT E B P O V S
Da prata t^bês das lgrè\as; ftj como feporão em fanimarda.
«•*•«* * ~* ^côftí-;
| Tabòadadétlas CÕiifiítuíções,
1+.^ diluído'. I. Da prata &bes das igrejas. foi. ii$l
ÍC^j\»tuÍ£áo. II.Que cm cada igreja aja hum Iiuro de tombo au-'
(stcntlco>no qual feefcreueráo todas as propriedades & bes das igre-
jas: & ondfco não ouuer, fe faça. fol.113.!

■ Das Procipes»
^Cóftituição.I.DasProcifsões. ~>.C f0F. 115^
í Conftituição.n.QucasProcifsões riãováoaouteyròsrnera aja
nellas clamores: & que vão em ordem. fol.117.
^ Coftiiuição. III. Dos que na Procífsão, ou nas igrejas, ou hermi<j
das a.rrancáo armas, ou fazem briga, ou reuolta. foi. 118.'
TITVLO Vl^TB B QVATT^O.
. --w _.«»

Dos enterramentos, Adtjjasy ft} officios dos defuntos.


^ Conílituiçáo. I. Que nos Domingos & feitas folénes fe não façãõ
exéquias. ^ foi. 118.
^Conftituiçso. II. Como fe hão Refazer os officios dos defuntos à
Segunda Feyra. foLii*!
^ ConAiuiição. III. Como & onde fe dirão as MilTas que o defun-j
to manda dizer, quando o não declara. f©I.i2o.!
^Cófiituiçjb. Iin.Q^cfefaçãooscfhciosacsqforão á guerra &
n ao tornar ão,nem fe fabc delles: & aos aufentes per longo tem po de
que não ha nouas,&fe tem por mortos, foi. 122.
^ Conílituiçáo. V. Dos officios «pc íedeuê fazer âspefíòas de me-
nos idade. foi, I22j
Ç Cófli. VI. Que não fe de quitação, néafsinado aos herdeyros3ou
teftamcteyros, né adminiftradores das capellas,dc maisefmollas das
<J realmente derérné de mais officios dos q mandate dizer. foi. 123.
TITVLO Vl^RTB BCl<NCO.
Da alheaçâo, tmprazgmetos, $ arnndamêtos dos bes das Jgre\as»
Ç Coniíhuiçáo. I. Que os bes das Igrejas fe não alheem fem euiden
tevuÍidade3ouncceísidâde,&folénidadc. fol.ujJ
^ Conílituiçáo. II. Quenenhús bes que euflumão andar empraza-
dos,feemprazem,nctnpromctão antes de vagarem. foLiaV
on 1 aí
í ^ ^f ^ t, yí:Como fe farão os emprazamentos* foi. 125.
Tab o;ida deftas Conífituíções;
^ Cob(\itui<ião.IIlI.Queospfa2osdaslgccjasfenãofaçãofcQ?/
em rres vidas, jj*^
tf Conftúuiçáo.V.Emque cafos fepoderao fazer afforamenfctfsTou
fatiofins perpétuos dos bés das Igrejas* /£o\.u7
^Coníhtuiçáo. VI. Que nas vtda^ dos bés das igrejas £erq fc tref-
paíía o fenhorio, íe guardem as folénidadcs dedereyto. foi 128.
^ Cõftituiçáo. VII. Quacs fáo os bés que íe pedé emprazat.fobiS.
^Cóftiuu\ão. VIU- Das peííoas a qfenáodeuéeaiprazarosbé*
da? igrejas, & que não podem íer ncíles nomeadas, nem focedet
neiles. fol.W.
CJ"Conílituição.IX.Qttepelos ptaxosfcnâoleueentrada, fel. 130.
^ Cófticuicão.X.Queosquepoífairembés de igrejas, pagando
delíes como petição emphy teutas perquarenta annos, fc não teucte
li mio, ou fe allegar que não foy valiofo por deffèy to de algúa foléni.'
dade,íejáo auidosporderradcyra vida. foi. 130.
^Cooftituiçáò.Xf. Dos arrendamentos de dez annos, ou mais tc-
p J, que fe náo facão temas folénidadcs que nos emprazamentos (ê
requere. tol.131.
tf Conftiiiiiçáo. XII. Dos arrendamentos dos bés das igrejas, &
fruytosdosbcneficios,porquãtotépoíê pode & deuéfazer, fol.131.
^ Cooíiituiçáo.XIII.Dosqfazé arrendamentos a druerfas peífoas
pelo mefmo tempo, ou diuerfos annos. foi. 131.
^ Cõíhtuicão. XIIII. Que as ofertas 82 pee de Altar fc não arren-
dem a leygos. foi. 133.
^ Conftuuição. XV. Que fe não arrende jurifdidição, nem officio
Ecclefiaftico. fol.f33.
T lTVLOVmTE E SEIS. -

Dos dízimos, primícias', féJojfcrtas,


^ Conftituição. I. Que todos paguédizimos,&ninguéosvfurpe,
ouimpida. foi. 134.
^ Cóftttuição.II.Queningué tircas nouidades dosagros, fé cha-
mar as peflbas a qué fc dcuem pagar os dízimos. foi 135.
Ç ConfiituicSo. 111. Qiie os dÍ2imos fe pague fem tirar as femétes,
nemgaftosj&antcsdcfepagarouírotnbuto. fol.155.
^ Condi
I Taboada deitas Conílituícões?
I

ÇConftituiçáo. IIII. Como fc pagarão os dízimos prediaêXqúãdó


as tetras eftáo cm húa freguezia, & os lauradores recebem em outra
os Sacramentos. fo], ij£ .
Ç Cõfti. V. Dos dízimos dos gados,&aucs,& outras criações. f.137
*j Cõítituição. VI. Dosdizimos dos moinhos, lagares,& fornos,&
jJêTearfcs. y^
^Conítitufçio. VII. Dos dizimo*peíToaes. foi.H9. •
Ç Cbçftnu.ç/,0, VIII.Do tempo cm cpc os dízimosfedeuépag^r,
afsípcflcaescomoprediacs. foi. 140.
f CõOituiçáo. IX. Como fedeué pagar as primícias. foi. 141*
^Xõíhtukãj. X. Dasoffertas & como fedeué arrecadar, foi 141.
% Conftuu ç5o.XI Que fc não arrende as efmoilas. &I.I43Í
T ÍTVLO VI*RTE E SETEl %&■£
Dalrnmuviâaded4s]gre]4s{£) pcjjoas Ecclepaflicasl
€f Cõmtuiçíó. J.Qocninguém vfLjrpca)unrdiigáoEccicíiaflica^rve
!
cuec/erigoádiantedajufliçifecular. foi. 143;
Gf Conftttui{ád. II. Que Asjuítiçasfeculares não obriguem os deri
go> reípenderemfeusjujzos: nem os penhoremèraíeus bé«,nem
íhos embarguem. foi. 14c.
$ Cbfhftff&íçtk I! I. Que as judias fceulares nãoprendáo Clérigo,
^"'^•fl^rantedelsío. fol.t4<í. '
^ C<mituiçáq. li 11. QvC ninguém eíbulhe as igrejas & clérigos de
feusbís, ou benefícios. foi. 147J
Cf Conííiiu.ção. V. Que fenão rome poflè das igrejas & benefícios cj
tãgatémy SroVigayroa tome por nós. fol.'í48.
f Coíáituiçáoi Vi. Que na? igrejas & cafas delUs fc não facão
caftc!íos,neai cárceres, nem prizõef. foi. 148*
ÇCóftimjpo, VII.Quenasigfejàfiíénãjreprefcntéfarias:nc aja
irptefct,çÓçs.oufeíIdHprofanâ&:nécoii)ão3oubcláoncllas.fo!.i45.
tf Cónftilfflgfcj. VIH. i^jfJtí tiingufc íe ênccííe aos Altares: nem os
ley^Oi elkm nas capellásmores ao tempo dos officios diuinos: nem
paíiêem peias igrejas foi. 150.'
;
CT Cõ.litjícã?. ÍXvQtíc $t>S clérigos íc não ponnão, nem leué tri«
biitort de que per der eytofao iíceros, ném lhe impidão vzarem das
5 cculis
w. v. _ wW
Taboada deílas Conflituições^
"courisqjeatodasíãjliciras. íJ.rsK
tf Cpíbttiicão. X. Q. ic íenáo fição eílamtos,ou acordos contra a li-
berdade Ecclefialttca, & os fey tos fc reuoguem. foi. 15a.
^ C jnftitu cio; X L. Que os que le acolhe ás lgrejas,não fejã:» delias
tirados par^ íerem condenados á morte,ou pena de fangue:& como
iegozara da iunuaidadeda Igreja. . tol. 155.
TITV LO Vl^T E B07TO.
Dos te^Amentosft)teílamenteyros: ft)] como (ebáodecum*j
— J .. . J , , r '
prir as (vontades aos defuntos.
q Conftituiçj.o. I.Que as vontades dos defuntos fe cumprâo logõj
ouatee humanno, I0I.15S.
ff) Co.D/tituiçjb..11. Que ostabaliães & peflôasque fizerem os teíh-
mentos em que fe,dey*arem legados pios, ou os teuetem emíeu
poder, oscbm a H&& ou a n0^° Viga iro, ou V ilitadoies» foi. 157-
^(Coníhtuíção. III. Que os Clérigos não eícreLão nos teftaméto»
Ícgados,miQasnemtrintaytospatafi. fol.içãL
$ Conifítuiç/io. llil. Co mo procederá o Viga yro geral nacxecu*
çãodosteflamenro?, quand^.pcr.negligencia dos executores,fica
pos Prelados deuoluta. 101.15a»
tf Conftitu;ç'o. V. Dos teftamenteyros que dentro do anno & mes
cumprem os teíhme.uos: &c das quitações que pedem, ou lhefáo
.dadas. kU%
q Conítituiç.ão.Vl. Que os teftamenteyros não comprem bés dos
defuntos. foi. 162.
€] Çonítituição. VII.Dos.tcílamcntosdos clerigosôcbeneficiado?:
r^comoíecumpriiáo:íyTefacederácm.íeus bés. foi. 162.
•tf Çunílitu ç 10. VIII. Queos tcfl.amentos fey tosemcaufas piasfe
ctímpiáojpcfto que náo íejáo fey tos com as íotónidades que o dercy
loreOjUerc. foi. 1Ó5.
J ^ C: flttuiç.30 IX Das peíToasque perderey to Canónico náo po-
leai fazer tefiamento, ainda.c]uejeiaem,caufas pias. foi. \$6*
TÍTVLÓVlWTEEnovZ.
^ 7^asjepultíir^s9:i]^dasp^asa^uem
k.dwmnem,
v
* Confh-
} Taboada defas Conftitmções;
^ Conftituição. I. Que todos os fieis fe enterrem nas igrejas\ cua-
dros fagrados. fol.166»
Ç Conftituição. II. Que cada hu pefla efcolhcr Sepultura liuff me-
te onde lhe parecer. • foi.i674
<(" Confticuicão. II l.Que r.ãoajaentreos clérigos & relígíofos, co-
iratos, nem cohuenfas fobreas íejrulturas: nem facão jurar, votar,
cuprometet que fefepuítaráoemfnas igrejas. fol.i<58«
Ç Conítitiiiçaò.lIIK Que fe não leue dinheyto, ou coufa tempo-
ral pe'asfepulturas: nem lebre ífíb aja contrato. foLi68.
^ Côftt.V.Que os Religtofos,ou Rcligioíàsmorrcdo foradot Mof
tcyrosjferão trazidos a eiles: & não pofsáotfcolher iepultuta* i.i6s>»
T ITVLO T^IWTU.
T>di ZSifuaçÕcs & Vtfuaaores: & dos, tempos g/
modo em que fedettem fazçr.
H Conftituição. I.Quetodasas igrejas íejáovifitadaSjao menos Kua
vezemcada.anno. fuLióp.
f Cóftitu ção.lLQuaesdcuem fcrosVifuadores, & fuás cálida*
des. foi. .tf*.
^ Confluir ção. III. Dó tempo em que ecuem os Vifitadors?: come?
çar a vificar emeada hum Annoj & fedeuem recolher. foi. 170.
^"Cinftituiçãò.llll. Do fim das vifyações, &oqqencllas fe deueí
pretender. foi. 170.
€ Conttituição. V. Do que deuem fazer os Vifuadores tanto q che-
gaoaoluguar^haode vifitar: Ôccomodcucfer recebidos, foi 17u
Ç Cóíiituiçáo. Vi. Como fera viíitado o SantifsimoSacramento.
foi. 172*
^ Cõftituicão. VII. De comofedeuévifitarosSã^es Óleos, fol.172*
f Cõftitukáo. VI11. Como fe viíítaráo asPiasbautifmaes, jk o que
neuastedeueprcuer. foi. 17*,
^ Coílituição. IX, Como feviíitatAQ as Relíquias, & o quefóhrd
as íe ha de inquirir. . ,., •; f 4.173*
í Cohftitui^áo. >X- Como fe vifuaiai as Imaêesí.& o que acerca
cilas ledeueptouer. foi r?4*
^ Conftituição. XI. Da vffitacão das jgtcjas^m o temporal, #
"* ' Adrog *.—.—^-— ^
Taboada Jeílas Gonfíituicõcs
rós delias* foi 174;
<f Couftituição. Xíl. Da vifitaçao das igrejas, no qíie pertence ao
eípiíiuial; &doqueosVfitadoresdeuem inquirir acerca do officio
& vida dos Partochos. ' foi. i;5#
^ Cóftítuiçáo. X Hl. Do que os Vifitadoics deuem inquirir acerca
dos mais miniftros, & clérigos das igrejas. fel. 177.
^ Conftimiçx). XIII í. Do que os Vifitadoresdeuem inquirir ge«
ralniente. foLi7& * - J

q ConíiJtuicão. XV. ComoTe auerão os Viíuadores achado qu^cs


«per das culpas acima duas. fcl.iSo.
qConftituição. XVI. Da vifítaçjíodas capellas, &hofpitacs, &
cófrarias: & das cotas cj fc háode tomar aos adminiftradorcs.fol.i8i
q Confticuiçáo.XVíI. Das pefíoasqae háode fer preferires à viíi-
taçjb: & donumerodas peíToas que fe háo de preguntar cm cila*

T1TVL0 TT^l^T A E HVM.


DdtsítctifciçÕ&tfienllcii & demnciaçõest f$j deuajjas.
^Çonftituiçáp. i. QuecoufafcjaacuííÇào, &quercíla,&co'iiQ fc
farão. foi.185.
q Cõílituição, II.ComofcrãoprezososReosquereílados. fo' 184.
^Conmtuíçao.IIl.Daspeuoas quenâccíeuê feradmitidas a acu.
far, ou querellar. folaS;;
^Conuitúição. IHI, Queosacufadqs p?ra!gucrimé nãopofsão
reacufár feasacufadoressfaluoprofeguihdoíua injuria, ou dos feus:
& cj fe não receba querella contra o vencedor atee a íenteríçi ferexe-]
cuta^nemde matéria alíeeada em os autos. foLiSc.
ÇConítttuição. V. Que não tome quccella,ncm ptendão por inju-
lias, ou por outros cafoslcuesifaluo quando pelas inquirições côírsr
tanto petquedeuão fer ptezoSi foi.186.
^"Confiitui^ãò.Ví.Dãsdênunciaçoés. LliZó;
^CoriítituiçãQ.yiI.pasdcuaílas. foi. 187.
q Conftituiçãó. VlU«Emquecafosdeuemos RccV culpados auer
menagem, cu fer ptezosno Aljube: & como fcpaííàtão 03 Aluaras
de fiança. foi. 187.
CCõfti-
■ ■
<f Cõflítuíção.IX.Como fepaflàrão aguardarão as cartas da fe2
guro. foIUSà
rITVLO T^I^NTà B vors.
Dá Sintonia ftj penas delld.
^Conítituição.I.Dagfaueza&prohibição do crime de SimoniaJ
& como delia fc dcile inquitir & procedei. foi. 150*
^ Cóítiruiçáo. li. Que os Priores & Curas* te mais miniftrôs efpi •
fituaes, não peção,nem acey tem coufa algúa temporal por minifirar
o efpiritual a que fáo obrigados :& não deneguem, nem letardeni
os Sacramentos &diuinos offícios, a teelhedaréo tèpòral. foí. i£o*
^ Cóftituição. III. Que os benefícios fe não renunciem com condi
çãqdefeprouerem a certas peífoas, nem fímpleZmentc declarando,
ou pedindo por palaura, eferito, ou per finàes^pefíba a^que fc deu ao»
dar: & os que fe renunciarem fimplezmentc nas mãos dos tolladoi
tcsjfç não dem a familiares, ou paretes dos qos renueiáo^ fol.i5í*
^Conftituição. IíII. Em fedcclaráoaspcnasqucperdereytoeni
correm os Sjiiw>niacôs. hUpzt
TtrVLOT^Í^T^.BT^B3.
]
■ 'DasUasfemiasírnaldiz$nttsi1£) pre\uti os^penas deilei,
^ Confticuiçáo. I. Que coufafejablasfémia, & per quãtas maney?
rasfe comete. fol.jtrç*
^Conftituiçáo. II. Dosqueteílemuníião, oujuráo falfo :ou fazem
cõaa oqueprometerãodebayxodejuramento. to\ú9%l
TITVLOT-RJWT A E QVATt^Q.
Dosfeiticeyrast {£) benzsdeyros^goureyros^ gjforteyros.
$ Coníiiuiiçáo Vnica. Dos fey ticeyros,& bczedeyros,agouf eyrosj
&forteyros. foL&f*
TlTVLO TRJNTZA B Cl«RCO. ~
Dosadulterios^inceflostig} barréguiçesi etCi
r
f Conílituiçao. I. Dos adultérios. "'" '' - ■ ■ foi. bé.
Ç Conltkuiçâo. II. Dos inceftos, te penas delles* foi. 197Í
f Contituiçáo.IlLDocíimeocrando* fol.i5>&
f Conftituicáo. IIII. Dos amancebados, folteytos> &cafados,&
r w
penasdclles* "•';- "" "..* "• " P""■'. foLi??.
mm
Taboada deitas Cõnílituiçõ es?

T1TVLO T^l^MTA B SB1S


Das onze» jt, fgj contratos rvjttrarios, çypçnas deites,t.
lf ConChtuiçáo Vnica. Das onzenas, & contratos vfurarios, &pc2
nasdelles. fel. zoo.
TlTVLOp^lKTtyiESZTE.
Dos Sacrilcgtos,
Ç Cófíituição Vnica. Do? facri!cgios fbí.ioij
TITULO 7^7 «NT A E OTTOl
pQsquerefiflemtoudefohdece;naospffictaes da lu[Hça,oulbej
àtz$m palaurasin]urio(asfobrejcusofj[ictos:ouna<í
cumprem jcus mandados.
JConíriíuição.I. Dosq-iercfiftemjOudefobcdccem. folz»5i
T1TVLO Tl^l*tTAE.WOr£.
Dos que tem tabdagem de jogo. «
fl" Conftitu V? Vn?ca. DOí que tem f abolagé de jogo, fol.zof.1
T1TVLO QJTA^E^HTA.
Das excomunhões & interditos: & como fe date proceder
contra os qu efe deixào andar nellas.
Ç Conítituição. 1. Como fe paliarão as cartas de excomunhão*
foi 205.
^ Coníli(u;çõo. II. Das penas queencorremí &cm que fetão có-
denados os q-ieícdcyxáo andar excomungados. foi. 20&
^ C«?lutu»ç_âo. 111. Que os que morrerem excomungados r.aofe-
jáo enre rados em fagtado. foi. 207.
^"Conítimição. llíl. Dos que cõmunicão com os excõmonga-
s
<$<> » l.\ foi.208.
^ Conflituição. V. Que os Rey rores, & Cucas tenhãotaboa,em
a qual feefc.eueráo os públicos excomungados: & como fe cu^râo
quandocontraíeusffeguezesfepafíáomonitoriof. foi.208.
^Córti. VI. Dos interditos, & como fe deué guardar, foi. 208.
Ç Conítituição. V II. Quaes fáoos Sacramêtos & diurnos ofhcios,
que no tempo do interdito fe podem fazer: & os dias, cm que per
dercytofcaleuantáo. fot.2cj>j
J Conitituiçáo.VIII. Que nas Igtejas violadas fenão feçáodiui.
nos
Taboada deíías Ccnítítuíç.oefo
íiosofficiô?, nem ètítcrrematce ferem reconciliados^ tolxto)
í Conftituí^lo.; IX. Emqíedeclaráoas excomunhões,q perde-
teytorcctcorte^eruadàsnaBulladaCcadoSenhor. foUio*
•"Conflimição. X: Das excomunhões teferuadas ao Papa, ale das
que fc contem na Bulia da Cea dó Senhor* f0|# il3.
H Conftituiçáa. Xf. Das excomunhões dodereyto, não referuadas
ao Papa, & ião ref et uadas ao Prelado* fc|. u^
fConfítituição. XII. Das excomunhões, em parte referuadas ao
wpa.emparwaoBifpo. f0)ui^
S Conftituição. XI11. Das excomunhões dó Sagrado Concilia
patino. „ kUnl
^ ^onfíituHay.XílII. Das excomunhões pcfeflas Conftitu^õeS
"r polias, & rebruadasa nós. fu) ZIg#
TITVLO QVAT^BVT A B BV M. ' '
Quemferàclrtgado atereis ConflituiçÕes: &quantasjehao
de Ur cada Domingo: ftj como je aplicarão as penai '
qm não forem declaradas.
f Conftimiçáo. 1. Quemieràobrigado a ter eftas Conítituiçõeá*

^ Conítitu çío.H.Que oPrior, ouCuraíeja cbtigadocadaDo^


mingo a eRae^o ler a í cus freguezes duasCõíhtuiçóes. fol.210
í Couirukáo. III. A cu: íe aplicarão as penas poaasneftasCóm.
tuiçoes^ue não tftáo declaradas para quem fáo: & quando íe podem
comutar. /1
„_ rol. zzo*
T ITVLO ÇLVA^EWT A B DOVS.
Do Symdotâ àxs tejlemmhas Synodaes:%) darc*
làção que hão de trazer, '
ff Cõftituição. L Das pcflbas que hão de virão Synodo, & que ha^
bitoshão de t^er. èl.aau
f Conftitui^Io. II. Dastefíemunhas Synodaes, & da relação que.
ha; de trazer. foLiiI#

Fim da TaboadaV
.*•.*•

V X

-H%

.•«

./

< í

n h
- „ Foi. í;
TI TVL O PRIMEYRO
Da Fee Catholica.
4f Conflitmção J. que todos creáo %) confeffem a Fee Catholica
firmemente como a SanUa Madre lgre\a a tem &/ *'
confejfa: BJabendo que algum dijcrepa siolofa-
I ç ão Jakr para nifio prouermos.

Í2ffáB§ll|i ORQVEoptincipal fim a que noílas


Conftituiçóes fe ordenão , he a faluaçao
f aS 3 maS e no os
(0^1 | ^^))) J$®'íi ^ ^ ^ ^ abdico-»: para o qual
\&í'í feí^^^j&J o verdadeyro caminho he ter & crer firme
mente a fanca Fee Catholica como a tem
& cree a fan&a madre Igreja : fem a qual
Fee & crença ninguem fe pode faluar. Pola
r >refv*nte da parte de Deos amoedamos a
V* m âflà/úF^» todos noflbs íubditos,á firmementecreâoj
ao, & confeíTem rud o o que a fanfta Igreja catholica, tem, con-
f íTa,& enfina.E bem afsi lhes mandamos que fabendoalgúaspeííbas
de qualquer qualidade que fejáoqueocontrayrotenhão ou creáo, ou
cm algíia couíade noflàfanfla Fee defuião,o ração faberaos tnquiÍK
doreSjOU a nôs ou noflbVigairo Geral,o mais embrcue q poder,pera
no tal caio íeprouer como for jufiiça:porq náoofazédoafsi,&enco
brindo, oufauorecendo, ou confentindo, faybáoquc fáo excómu-
gados poios fagrados Cânones & pola bulia in cena Domini: & aue
rao a quclías penas que per direyto aos taes fáo ordenadas, alem
da conta quea Deos hão de dar, ôí pena que pola tal culpa delle hão
de receber. Eneítecafodeíencarrcgamosnoíia cõfciencia,& encar-,
regamos asíbas. Econformandonoscom o Concilio Lateranenfe
&Tridétino&ExtrauagátedoPapaGregorioXIlI.&breucsapof.|^-'
tolicos nefte caío paífados: mandamos a todos os ImpreíTores, & li-
ureyrosdeíle noíFo Bifpado que não imprimão, nem vendao, nem
tcnháo,nem facão imprimir, nem vender liuro algum de qualquer
A qua-
Titulo. 1. DaFee Catholica.
qualidade que, feja fem fer primeyro viílo& a prouado pelo conce-
lho geral do fan&o ofíício, & por nos: por atalhar aos grandes ma-
les que contra naflà
naífa lantta
ían&a ree
fee chatolica & religião cnnltaa
chriftaá fe
ie té
te con-
feguido, defe imprimirem fcdiuulgaremmuy tos liuros de hereges
de falfas & prejudiciaes doutrinas: & qualquer que o contrayro fizer
alem da excomunhão referuada aos Inqmfidores em q encorrera
ipfofa&o, pagarão do aljube cincoenta cruzados, & perderão os li-
uros que afsi ferem ou venderem-, &ferão condenados em as mais
penas, conforme ã graueza da culpa
/


•"Conílituiçao /. Que todo o minino, ouminina,fe hautizji
por (eu Prior ou Cura, do dia que nafcer em oyto dias
na igreja donde for freguez*

O R quanto os fan&os fete facramentos, per noífo


fenhor lefu Chrífto ordenados,de que a fan&a madre
Igreja vfa, faõ o temedio &meodenoíTafaIuaçiío;
côueniente eoufa hetratarfedelles noprincipio deitas
^ Conítituições,como de parte mais digna & neceflã*
fia:& primeyro do fan&oBautifmo; pois he fundameto dos outros
i. vinde facramentos. Polo qual mandamos que do dia que o minino, ou
^jíi/Z minina nafcer, a tee oyto dias primeyros feguintes; feu pay> ou
mãy, ou quem o cargo tcuer, o faça bautizar na Igreja em cuja fre-
guezia viuer.&nãoocomprindoafsi, mandamos aos Priores>Rey^'
tores,& Curas donde os taes forem freguezes, fobpena de quinhen-
tos rs para a See &mtyrinho,que os euitem dos offieios diuinos,
a tee ferem reconciliados,& pagarem hum arrátel de cera; ameta-
de para â Igreja cujos fregueíes forem; & a outra ametade para as
obras da noílà See :& fc os fobr éditos emuerem outros oyto dias
mais, pagarão a pena dobrada :& durando em fua contumácia auc-
rão a quella pena que a nos, ou noífo Vigayro bem parecer: exce-
pto femoftrarem tão legitimo impedimento,que os efeufe da pe-
na?
Titulo. %i Dó racramerítõ Ao Bautíf. fol.2;
na; do qual conhecera feuReytor ou Cura, & tendo algua duuida
f; he juRa a caufa que fc allega, o fará faber a nós ou noíTo Vigay ro
GzvA para que Ihediga o que ha de fazer na execução da pena-j
E declaramos a pena deita noíTa Conftituição auer lugar, ainda
qie feja bautizada a criança em cafa, fe dentro do dito tempo
não for leuada a igreja para lhe fazerem os Exorcifmcs, * & po *,-&* $
rem os fantos óleos: & manda mos ao Prior, Reytor,& Cura que jiCUt.â.
fendo requeridos, que vãoabautizar,o facão com muy ta diligen- *
cia femlsuar premio algum, &fem lhe d irem befta para ir.
E fazendo o contrayro, pagará porcada dia que dilatar o tal bau*
tifmo ceai rs, ametade para as obras da noíla See, & outra amc-
tadçparaoMeyrinho}Ouqucmoacufar: por niuy j°nSe 44? 2
talReytor, ou Cura viua da Igreja.

C CofiflítUíçao. II. Que não bauúzgmfora da Igreja Parrai


chiai, & donde ouuer pia bautifmai: jaluo em cajo
de necefiidade: fí) o modo que k terá w>l<
caíos femelhantes.
Onformandonoscom o derey to Canonicòí Síâjggi
damos, & defendemos eítreytamente, que ne-C/í,».Uí
nhumSacerdorebautize,nem dè licença paiafWM/'-
fe bautizar criatura algua de fua fceguezia, falr
uo em Igreja onde efliuer Pia bautifmal para
1
elIodeputada:aqualeftaràíeraprefechada çomJ^J
chaue,queter?o Cura,&febautizará em agoa natural, (ob$e-gi0jt a:
nade mil h do Aljube: excepto fendo filhos deRcys & Princi -f^'X
pes,que podem fegundo dereyto fer bautízados onde feus pays cycoftat
ordenarem :ou fe ouuefe tanta necefsidade que leuandofe a cri- SyjJJi.
ançi à Igreja encorreria em perigo de morte, que em tal cafo fe ££**;
poderá bautizar em cafa por qualquer petToa , não adendo ahi 67.'
Clérigo -,pofto que feja leygo, ou excomungado, hereje, ou pa- fj^^
gão: & nãoauendoahi outrapeflba fenáo opay,ou máy o pede* to<***
rà bautizar fera impedimento de compadrado: fendo cafados,por l'n}'adjin.
que não no fendo, pofto que tenhão a mcfma obrigaçáo,fica antre gM«
cUeS
A * S.4«».4.
Titulei. Do facramehtõ dobaxíttfmS;
elles o mefmo impedimento: de tal maneyra, que auendo Cleri-,
go,náobautizeleygo:fe ouuerhomem ,nâo o baucize molher:
& auendo fiel, náo obautize infiel} guardando fempre a forma do
flito Sacramento que guardão os clérigos na Igreja cjuando bauti-
2ao,a qual he em latim: ^o te baptizo innommepatris, t&)filij,(g/
Spiritus[anclií Amm. E emlingoagem. Eutebautizo em nome
do Padre, & do Filho, & do Spirito Santo. Amen. Eemdizendo
o que afsi bautizar, as ditas palautas, meterá a dita criança na agoa
toda (a boca paca baixo, & não pata cima,poIos inconuenientes
que podem foccedet) o que aísi farão auendo para UTo maneyra:
mas auendo pecigo metendoa na agoa JOU não auendo tanta agoa
.parabaurizac, neftes caíbs bailará lançar agoa por cima: em tal
modo q fe Iaue todo o cor DO da criatuta, ou a mayor parte delia,
ou ao menos a cabeça.
v.Tbom. ^ £ eílamefma maneyra fe teta na creatura que do ventre defua
receptas.}
par,\q óK. mãy não acaba de nafcer, que febautizarà lançandolhe agoa por
An c m
ad fintm. * 3 da cabeça, íe a tiuer Lra, ou pola mayoí parte do corpo: ou
or ua uer mc
fanrh' ? 4 ^ robro ou parte que aparecer, por pequena que fe
WuajiÀ ja,do dito não nafcido:Poré nefte vitimo caio feporáacondição,fe
he fogey to capaz: E tanto que a dita criança, da maneyra íobiedi
ta bautizadá,for faãouacabadadenafcer,dahiaoytDdias>íè eíii-
uer em difpofição para iflb, fera leuadaá Igreja onde fe ouueca de
bautizar:fob a pena póíta naCóítituição paflàda.E ahi fe informará
o Pnor, Rey£or,ouCuradaditaIgreja,daparteyra,oudapeuoa
que a criatura bautizou, quanta parte delia, ou qpalaurasdifíè: &
quem eftaua prefente. E fe achar que as palauras foram ditas, & a
criança mergidanagoa, ou a mayor parte delia: ouacabeça,fegú«
do a ordenança da Jgreja, q o Sacerdote té cV guarda quando bau«
tiza, não a bautizaràoutra ve2: porq efle Sacraméto não he reite-
rauelporfc imprimir catather na almaq fempre fica: fomente lhe
porá o Olco & a cri/ma na moleyra: & lhe ferão fey tas as outras
folénidjdes no dito Sacramento pola Madre Santa Igreja ordena-
das. E fendo o Sacerdote domdoCo dotalbautiímo, fe foy como
deue ou não, ou fe vir que algúa coufa das necclíarias para fe fazer,
o tal
Titulo. 2. Do facramento do Baucíf. foi.};
o tal facramento falece: Em tal cafo o Saccrdotefará adita criança
todas as ecremonias pola madre fanica Igreja ordenadas,quc fe con-
tem no bautifmo : & tornará a bautizar a dita criança, dizendo C4.deiU
c
»as palauras em latim, ou em lingoagem: Sc tu es bautizado, '«<<«**/•
ou bautizada, eu não te rebautizo: & fc bautizado, ou bautizada "^
nao es, cu te bautizo; cm nome do Padre, & do Filho, & do Spi-
nto ianfto. Amen.
JT Ift? mçfmo guardará o Sacerdote que bautizar quando ouucr CQ>&«?
fcmelhante duuida; como -acontece em -
os mininos engeytados,
O J
l^LÉ
—i jeq.dcit.
ainda que com as crianças lc achem eferitos que digão fer bauri-/"""»♦
zadas , por não fc faber fc he afsi: ou fc fe guardou a forma que 2>^,"í4'
Jc requere no bautifmo; ou quando fe bautizou algum membro
da criança, pee, ou mão,antes que foíTe fora do ventre} ou fefor
a gum eferauo que vier de fora. E por nãofe poder dar certa in-
formaçãojfe a criança fc bautizou ou não, por o perigo cm quecfta-
ua, para tirar toda a duuida, o Sacerdote nos cafos íobreditos fem-
pre vzara das ditas palauras: Se não hes bautizado &c.
% E íendo cafo que algum Icygo bautizeem fua cafa ou fora dellaj
íem auer necefsidade, o auemos por condenado cm quinhentos
rs, para a noflà Sce. E mandamos a feu Reytor, ou Cura fob a
dita pena, que o cuite da Igreja até fer certificado como a pagou.
E a mefma pena terá qualquer Clérigo que em cafa bautizar: po-
rem não fera euitado da Igreja: E mandamos aos ditos Priores &
Curas, que quando bautizarem nam confintão pôr nomes ás cri-
ancas, ou adultos que bautizarem: fenão de Sado canonizado, para
que fejão canonizados ante Dcos; fobpcna de quatrocentos rs pa-
ra a fabrica da Igreja aonde for bautizado.
i Afsi mefmo, quando acabarem de bautizar & lauarem osolcos
que teuerempofíosna criança com algum pano, ficarão pano na
ia,&nao o lcuará a criança ao pefcoço,como íè coftumaua até a-
gorà, por os inconuenientes que fc podem feguir de fe perder & to-
car nas pe/Iôas leygas.
f Etcráo fempre cuydado os ditos Priores & Curas de enfinar a
ieus freguezes, & dizcrJhes o que hão de fazer quando os cafos
A3 , ' f°brc-
Titolo.2.Do facramento do Bautifmo.
fobreditos acontecerem: principalmente informandofe das pattei
rasfefabembautizar: fendo certos que os cjue acharmos nas taes
coufas negligentes lhes daremos acjuelle caftigo cjue fua negligencia
merecer.
i' Conftitoiçáo.3. Dos miniftros deftejacramentOy
(£/das diligenciasque o próprio P arrocho
deuefazgrjobre os qfe hão de bautizar.

iAtatriu "D^ ler conforme a direyto que o próprio Prior, ou Cura da I-!
tmm. te. 1 greja parrochial bautize, & não outro: Defendemos & manda-
XtrM^L mos que nenhu Clérigo bautize, faluo o dito Prior ou Cura donde
juN<í«ár. opay&mãy da criança for frcgueZj & em fua Igreja & Pia baucif-
f,u.H,7.' mal :ao qual amoedamos que fefentir que eftá em peccado mortal
primcyro queadminiírreeíle íãcramento fe confcfíè ou arrependa
de todo coração. Poré fe algú freguez, por algúa jufta caufa,ou por
fua deuação ou amizade,quizer que outro Sacerdote $: não o pró-
prio bautize a criãçacpodeloha fazer na própria Igreja Parrochial
com licença do Reytor ou Cura: & fe não lha quizer dar tendolha
pedido com humildade: nos por efta prefente Conftituição lha da-
mos, & a offertaferáfempredo Rey sor ou Cura da dita Igreja: &
não O fazendo afsim pagarão dito Reytor quinhétos rs excepto
fe allegar caufa legitima, ou inhabilidade,ou falta da peíToaqucquer
bautizar, que em tal cafo fera ouuido. Porem afsiftirâ o Reytor ou
Cura prefente para miniítrar o que for neceflario para o dito bau-
tifmo; para olhar fetoma mais padrinhosdos que fe requer ena Cõf
tituição de que abaxodiremos.
^ E feaconrecer q fe aja de bautizar filho dalgua peíToaeccleííaftica
( mandamos por euitar efcandalo no pouo) que não feja bautiza-
do na Igreja donde feupay for Beneficiado, Capellão,ouCura,ou
fteguez,fenão fora de fualgrejaicom tantoque fe ja na q eftiucr ma-
ischegada:nempoflâfcr acompanhado atè a Pia & tornar donde
to leuarem com mais peflbas que os padrinhos ordenados: E o que
fezer ocontrayro,fefor pay da criança pagara cinco cruzados depe-
na, &fe for outro Sacerdote que o baurizar, pagará mil is. E não
auen-
Titulo.2.DofacramentodoBautif. fol.4;
aucdo no lugar mais de húâ Piabautifmal, cm cila fe bautizaráíem
pompa: & cm tempo que na dica Igreja não eHec gente, fob a dita
pena.
^ Conjlituicão. 4» Que nenhu Sacerdote fecular ótè
regular hauúzsFrtmtzjdheo*

T) OR quanto ao próprio Paíror & Cura pertéce ter cuidado das


ouelhas que nouamente vierem á fua Igreja, & não das alheas.
Defendemos que nenhum Prior ou Cura bautize em fua Igreja filho
dcalheoParrochianojnem outra peflbaalgua que não for feu fre-
gue2:laluofeforcmtempodetalneccfsidade que nãopóíTafcrle-
uado á Igreja donde he freguez. E quem o contrayro fezer o auc-
x
mos por condenado em quinhentos rs, & mais a oferta tornará ao
Rey tor &Cura donde o que fe afsi bautizar for freguezj&todo o ou
tro proueyto que ouuer por rcfpeytodo dito bautifmo: a fora as
penas que perdereyto cncorréos que admmiftrão facramentos, a j-OmJi
freguezes alheos fem hcença de feu próprio Parrocho>mayormcn te *****
osreligiofos. ~~ ' ~' ~' -*
I

i[ Confituiçâo.}. Dos padrinhos, $) mantos


podcm&deuem (er.

ESTE Sando Sacramento do Bautifmo não auerá mais upl9*.


que numpadrinhojouhúamadrinhaiouaomaishumpadri-"^./^*
nho&hua madrinha, por afsi o mandarem osfagrados Cânones di &™.
& Concilio Tridcntino:& não poderão fer dous padrinhos, nem %$%%
duas madrinhas; antre osquacs &o bautizado,& o pay &mãy do 4«*
roefmo bautizado;& oquebautiza & o bautizado, & feu pay & ^f'-
may,hojcconformeaomefmoConciliofecontrahe fomente cfte
parentefeo efpiritual; & o Parrocho antes que bautize perguntara
com diligencia, qual, ou quaes íaoos padrinhos e&clhidos para
aísiftiremaobautifrno, & íô eites admitirá, & lhe efereuerá os no
mefmo liuro dos bautizados, declarandolhe o parentefeo efpiritual
r
«nqueficão. .
CEÍc
Titulo. 2. Dofacramentô doBautif.
^ Efe outra algúapeííba, a fora os fobredítosqueparaobautifmo
fáoeleytospot padrinhos,tocar acriança,ou fe achar prefente,não
fica padrinho, & afsi fe declarará.
í.Z»®^- ^ £ conformandonos com o que difpoem o direyto Canónico:
jtqjt có- Mandamos que fe não aíTey te por padrinho o que for menor de qua
fwát, d. tor2e annos, nem madrinha menor de doze, & ferão bautizados &
crifmados, &faberao o Pater nofter, Aue Maria, & Credo, & os
r„„ per»
Lap'
„ dez Mandamentos de Deos: nem outro íi fe admitirá Frade ou
m*it% tô. Frey ra, ou outro qualquer Religíofo profeílb-, faulo fendo frey rc dal
í«*/ •* gua das três miliciaSjdeChriftOjSãtiago^de Auiz.EoPrior^Rcy
tor, ou Cura q em todas, ou em alguadascoufas ncftaCõflituição
declaradas for contra cila, pagará por cada vez que for compreen-
dido quinhentos ís,& crecendofeudefcuydo, oucontumacia,aue-'
cà as mais penas que a nos ou noflb Vigayro parecer»

fConfíiitmcão.6. Como [crao betutizados os eferauos


(£/ quaes quer outros mheis.

ijnte$d ^*NVTB»0 Si, ordenamos & mandamos que os eferauos &in-


^#5»« f. V^/fieis ãaefíeReyno vierem, hora fejáo liures,horacatiuos,não
#/ c«/ff. fejão bautizados,fem primeyro ferem bem inftruicos na Fee &
^e^/eo-j. (J0Utrjna çbriftaa. Para o que deuefaber primeyro a oração do Pa-
ter nofter, Aue Maria, os Artigos da Fee, & os Mandamentos da lei
c. CupaK de Deos. De modo que quandofeouueremdebautizarfaybãoper
/((r.dlZ ^ refponder ás perguntas que no bautifmofe fazem.
^ Eparaque,por faltada doutrina Chriílaã, fe não nege ou dilate
per muyto tempo o Sacramento do Bautifmoaos que o^defejáo ôc
querem receber :Amoeftamosatodas as pcflbas defte Bifpado de
qualquer qualidade & condição que forem, que tendo eferauos ou
eícrauas de fete annos para cima, para bautizar, lhes facão com muy
ta diligencia en/inar a dita doutrina & mais coufas acima ditas.
Ç £ mandamos aos Priores, Reytores, & Curas das Igrejas que cõ
grande cuydado fe informem dos eferauos, & efcrauas,quc cm fuás
freguesias ouuer. E achando que não fabé o Pater nofter, Aue Ma-
ria
Ticul0.2. Do facramènto cio Bautif. *

na, Artigos da fee,& Mandamentos da Iey de Deos,procedáo cotra


lcus fenhores,para que os cníinem ou facão eníínar a dita Doutrina:
& os mandem á Igreja aprendela ao tempo que a enfinarem: & em
quanto anão fouberem lhes não adminiftrem o facramènto do bau-
tifmo,nem outro algum, fendo jabautizadõ. Porem acontecendo *Mt*tb*
que antes de ferem doutrinados,venhão eflar em prouaucl perigo de {1™""S.
morte,& polabreuidadedo tempo,não fouberé adoutrinaChriftaã, %%rat*
& pedirem bautifmo, adminifirar fe lhe ha,enfmandolhes primeyro diJi"*
muyto declaradamente, fegundo o tempo permitir (per fi, ou per
interprete, não íabendo a língua) que fe tirem do íeruiçp do demo-
ro, & dos erros de fua infidelidade, fccreãona fandifsima Trin tl^t\Tt
dade,hum fo Deos,Pay, & Filho, & Spirito Sando, em cujo nome *ts dt íe»
^eháode bautizar,&creáoque o flíhode Deos foy feyto homem fttmM
;
para faluaçãodos homens, & por elle padeceo morte, & refurgio. ~"
E creão & confeíTem crer, ao menos geralmente as mais coufas que
os Cbrifiãos cõmumente crém. E abominem & reprouem ospecca-'
dos da vida paííàda, & renuciem o demónio & fe entreguem a Iefu
Chriflo, a cuja ley fe querem obrigar,& prometão que o mais cedo,
que com ajuda de Deos, poderem, & pelo tempo em diante melhor
cntcnderem,trabalharão por aprender mais declaradamente a dou-
trina da fanófca fee: & que com humildade cumprirão as obrigações
de noíTa fanda religião. *"
5 E ^fademos que nenhu Sacerdote vnja o bautízado cõ óleos ve cJi h de
lhos doanno paflàdo, depois que forem confagrados os nouos, por «ífc*4i
«sieftar mandado perderey to, & o que o contrayro fezer pagará
mil rs, para a See & Meyrinho, faluo c5 vrgente necefsidade.
f Defejando tirar toda a matéria de demandas & contendas,mayor
mente em os cafos matrimoniaes, & po r não auer memoria dos pa-
drinhos q forão no bautifmo:& na Crifma,de que logo trataremos,
iefeguem muytos illicitos ajuntamentos, &feimpedem outros lí-
citos por falias teftemunhas :Ordenamos & mandamos (ale do que JJ^SJ
por nofas vifitaçÕcs expreflâmente eftá mandado) que em cada Igrc/»^"'»-
jadenoflbBifpadoondeouuerpiabautifmal,ajahúliuro à eufta do ">•'•*•
Prior ou Rey tor encadernado, que tenha féis ou fete mãos de papel:
B ou
Titulo2. Do facramentodoBautifmo.
ou as q fegundo a quantidade dos freguezes,f>arecer que bailarão pa
racincoentaannosíoqualferàafsinado pelo Prouiíorou Vificadoç
& por os ditos PrioteSjReytoreSi ou Curas na primeyra & dera-
deyra folha •, & no cabo por fua letra porá o numero das folhas do di
to liuro, &fe porá afsiafsinado na arca ou thefouro da dita igreja,
ou onde eftáo encerrados os óleos: na primeyra parte do qual o duo
Reytor ou Cura efcreuerà ò dia, mes, & ànUo, & o nome da criança
q íe bautizar, & de Teu pay & may, fendo auidos por marido & mo-
lher j ou não fendo, efcreuerà foomenteo nome da máy, & o nome
dos padrinhos & madrinhas que aprefentarem ao bautifmo-, ou ao
por dos olèos, quando em caíodenecefsidadea criança hebaunza-
da tora da Io-reja donde fão moradores* &: O nome do que o bapti-
zou : dizendo afsi» Aos tantos dias de tal mes, & de tal anno eu (oíor
Reytor,ou CurajôuClecigobautizey afoão filho de foáo &de foaã,
& forão feus padrinhos foáo & foàá.0 q fará no mefmo dia,& hora
Tnistff. em q bautizar, antes de fe íaitdà Igreja,
»4>áe re - ^ Em outra parte do liuro fe alternarão as crianças que de fua fregue
íXiV ziâ forem crifmadas,& quem às crifmóu>& o padrinho» dia, mes,
t.hadfini & ann0 ^ ctifmâ.:
<| Em outra pâtte{eefcreuerãoaspcífoasqfccafatèm,o!dia,mes,&
ânno, & que terão as teftemunhas, & quem as caiou, poíq fabendo
q eftão aíTentados não terão atreuiméto de fe cafar duas vezes; & nos
fabendoolhe daremos o caíligo eocno a peflòasq íenteé mal da fee»
9 E em outra parte do liuro íe efercuerão polo dito Reytor ouCura
os nomes dos que em fua igreja falecerem,& o dia, mes, & annoj
& os nomes dos teítamentey í os,fe fizerão teíkmentoi & para íabec
fe fe compriooquefemandoUiOU não, para os darem rol ao Pro-
motor da juítiça para que íecumprã o, como mais largamentedire-
ittos em o Titulo dos teftâmenteyros.
CEoPriotjReytotjOuCuraqueofôbreditoàfsinãocompnr, pa-
kará por cada veZ quinhentos rs> E noíics vifitadores terão efpecial
cuydado de fabetfefe cumpre afsi, E por o perigo grande q pede
auer em o Reytor ou Cura dar treílado dalgum bautizado» crifma-
do, oucafado, ou defun&o í lhes mandamos em virtude de fan&a
cbedien
Titulo.2.do'facraméntodoBautif. 6.
obediência que não dem treflado de coufa alguaefcrita nodiroliuro^
femnclía licença efpecial ou de noiro Vigayro geral: fobpena de,
fendolhes prouado q fizerão o cõtrayro, íeré íufpéíos de íeus officios
& benefícios portépode hu anno,& pagarem dez cruzados do Alju-
be. E a mcfma pena aueráo, fe fe achar auerfe dado treflado, ou tira
da algúa lembrança do dito liuro, auendoo elle encomendado a ou-'
tro: porque (alem de fer bem caftigada a peflba que tal fizer) olhe
fempreodito Rey tora quem encarrega a guarda do ditd liuro, por
que a elle íe ha de pedir conta do mal quefe fizer.

Titulo. 2. Do facramento da
Confirmação.
^* Conjlituiçâo. 1. Comoje dettem confirmar os que jã forem
bauttz&dos $ da idade que deitem, {tf dospadrt-
nhos £T qualidades de lies.

Ór quanto depois de auer recebido aagòa do Bau- tjdijfif


de í#w
tiímo a finda madre [Igreja obriga a receber o Sacra í ^';
mento da Confirmação: polo-qual lheshe dada agra "?" *'
Ça doSpirito Sando para refiftirem ás diabólicas tc-
tacões, & confelTarem firmemente por fua boca a
fenda fcecatholica, na qual por o dito Sacramento íáo augmenta-
aos & confirmados: & deyxando a de tomar, tendo para iííbtépo,
peccao mortalmente. Por tanto ordenamos & mandamos que to-
dos os Priores, Reytores, & Curas amoeftem a feus íreguezes, que
no tempo queefte Sacramento íeouuer de adminiftrarDornôs, ou
por outro qualquer Bifpo de noíía licença, todos os que* não forem
cnrmadosvenháo,tragão ou mandem feus filhos & filhas, ou ou-
trás quaes quer pdfoas que em fuás cafasdebaxo de fua adminiftra
Çao teuerem, a receber efte Sando facramento na Igreja como fo-
rem de idade de feteannos para cima; porque ja na dita idade pode
ter memoriajembrandofcdelle, para queíe não receba duas vezes j
Bi &

\
. Titulo. 3. doSacramentoda Confirmação.
Cat>\tle & lhes amoefteq quando vierem a receber oditoíâcramento traba
jumj de a lhem que venháo confeíIados,ou arrependidos de feus peccados^por
i'l*tíjZ% q recebendo o em peccado mortal peccão mortalmente: & venháo
em jejumjeíe poder fazer, & fem algua excomunhão, & com toda
a limpeza de confeiencia, para que cm eftado de graça orecebao: &
os ditos Priores, & Curas, & afsi os pays que niííõ forem negljgen-
tcs,os auemos por condenados em trezentos rs, ametade para as o-
bras de nona Sé, a outra para quem os aceufar.
^"E para que efte Sacramento fe pofla melhor miniítrar & todos o
recebáo: mandamos aos Priores, Curas, & Thefoureyros de noíTo
Bifpadô em virtude de obediência, que como fouberem que nas,
OU o Bifpo por nos deputado,imos criímar, o notefiquem a teus fre-
guezes, ou aos dos lugares pequenos comarcãos, para que venháo
ao lugar q mais conueniente feja par3 o dito officio. E terá ccydado
queaocempo qfc ouuer de celebrar tenhãop refles todo o neceíTario:
& auifarãoaos que ouuerem de receber a crifma que náo fe vão da
Igreja ou lugar onde o tal Sacramento fe miniflrar a tè receberem a
benção do Bifpo. Eos que clliuerem cmduuida fe fão crifmados ou
nãojfecrifmaraocom aproteftaçãoquediífemosno Sacramento do
Bautifmo t raandandolhes que mudem os nomes q teuerem,fe não
forem de fanótos canonizados pola Igreja (como ja diífemos) ou
beatificados.

€ Conflituiçâo. II. Dos padrinhos que hão de aprefentar aos^


que íe ouuerem de confirmar f£f qualidades que
hão de ter» .

tJnCdcbj T T EM ordenamos & mandamos que o q ouuer defer padrinho


je™°de7o lnefte Sacramento feja crifmado&mayor de quatorze annos, &
feaatÀA n^p o fendo,não feráadmHÍdo-,népay,nem irmão, nem frademem
mtfipm freyra, nem cenego regrante, nem religiolo doutra religião, que te
tua!.mt6. n|ia kytQ votQ f0jenne Je pronTsão,ncm excomungado: i&í poderá
cada hú aprefentar a tee dousj podendo fer, não mais j faluo fe foré
clérigos de ordés lacras, que eftes poderão aprefentar mais, íequife-
rem:
Titulo. 2. Do facramêto da Confirmação 7.
1

rcm:&ferão lembrados os padrinhos que íaoobrigadosa enfinárâ


feus afilhados o Pater nofter, Aue Maria, &o Credo; & aos doutri-
nar na noíla fan&a Fee cátholica: & ifto íe entenderá afsi nos padri-
nhos da crifma, comodobautifmo: &oquefoy padrinho no bau-
tifmo o nãoferánacrifma, & fe efcreUerãoem oliuroosque fe crif-
marem &ospadrinhos:afsi para fefaber como fãocriímados,como
polo parentefcoípititualqueantre elles fe cótrahe. Polo que deue ca
da hú fer confirmado em íúa freguezia & fendo cm outra ferão pf e-
fentes léus Parrochos com o liuro para os afentarem antes que da I-
greja fe fay ão & o que o não fizer pagarápor cada ves mil rs, para as
obras da See & Meyrinho,

Titulo. III í. Do Sacramento da


Confiísão,
^ Conftituição. I. Que todos fe conferem ao menoi bua evet,
naQuarefriafê) os Parrochos facão J^oes em que eícre*
uâo todos fettsfreguez.es que forem de i dade.
■ ■ y

j Orquc anoflo officioPafloral pertence principalmé«


te vigiar fobre a faude das almas de nonosíubditos}
&prouerascoufasquetocãoá fuafaluaçáo, aqualíd
|j alcança com frequentar o Sacramento da confiísáo,
que não fomente acrecenta a graça que fe recebeo
poros lacramentos doBautifmo & ComnVmaçáo : mas ainda a
*eftuueaos que pelo peccado mortal a perderão liurandoos da culpa
delle & da pena eterna: Ordenamos & mãdamos que todos osPrio*
res,Reytores,&Curas,denoíroB!fpado,em cada hâânnô, tanto
que vier a Septuagefsima,façâo hum rol por fr,& não por outrem*
o qual acabarão a tê a Quinquagefima, em que ponhao todos feus
rreguezes por feus nomes & íobre nomes, & a rua &t lugar onde vi
uerem:&poraoosdequatorzeannòs para cima em híià parte-, &
os moços de fete ate quatorze em outra.
f E amocílem em eftes t res Domingos a feus freguezes que fe apa
B 3 telhem
Titulo. 4.» Do facramento da CônfiííáoV
telhem para receber efte fancto Sacramento na Quarefma, decla-
randolhes que rodo fiel chriítéo, tanto que vem aos annos de diferi-
nk!&n- &°' í"«a íetcannos comprido«,ou para cima, he obtigado fegundo
wjLTrU direytoaconfeflàrfeuspeccados,aomenoshúavez no anno pelo
rtfirmJ. dito tempo da Quarefma, & comungar fendo de quatorze pola
trs, «dfi> pafcoa: íajuo fede confelho defeu próprio Cura ou Sacerdotc,queo
confeflàr, lhefor denegada a comunhão (trazendo porem certidão
do confcílbr ao dito feu Cura para lhetlar a dita licença) ou per fer
incapaz de intendimenro, ou por outra cauía legitima lhe for dado
cfpacpparaauerdecomunganoqualnáopaflàràadediadeSãoIo-
ãofemnou^licença,oudencflbProuifor,ouVigayro.
<[" E declaramos não fer legitima caufa de dilatar a comunhão, por
allegar o penitente que não pode ter amizade com íeu proximo,pcr
suer muy to tempo que eftá em difeordia & não fe faláo; ou q eftão
cm excomunhão; ou por citar cafado cládeftinaméte:ou por dizer cí
não tçoxpofsibilidadepara reítituir, porque com faber que lhes dila
tão a comunhão,podendo bufear remedio,não procurão de fe abfol-
ucr&reftituiroquedeuem, fcfazer o que pertence a fua alma.
^ E porem por não fe poder dar ferta regra em alguns dos cafos fo-
&e âitosjou outros femelhantes; Mudamos aos confeíTores q quan
doeftiuircm cmalguaduuida, o facão faber anos, ou a noflo Proui-
for, ou Vigayro, para lhes fer dado o remédio que ás.cófciencias dos
penitentes cumpre-E afsi mefmo lhes amoeílará que facão confeúar
todos feus filhos, & peíToas que em fuás caías teuerem;& oueao me
aosodiaantesquefeconfeflènv&odiada confifsão fe defocupem
dos trabalhos temporaes, & cuydem fomente em feus peccados, &
venhão com muyta deuaçáo & arrependimento dclles, por auer
ofendido a Deosfum mo bem noflbRederriptor,& não polo medo
da morte, nem do Iuyzo, nem do Inferno. E afsi como cada hum
for confeíTado,porfua letra efereuerá no rol(confefíado) &o que
comungar (comungando). E farão de maneyra>que todos fcjão co
feílàdos & comugadosa tê o dia de Pafcoa de Refurreyção feguinte :
& ainda lhes damos mais ate Dominica inaíbis, q fe concede por
aExtrauagante,para quefepofsão confeflàr, não eíperando mays
noflà
Titulo*4.DofacrametodaCònfífsío. &
noíTa licença: o qual cermo^ucafsinâmos aos ditos freguezes, que-i
remos que tenha forca & vigor de carta monitoria,* paflâdoclte
peemos na peílòa de cada hum daquelles que afsi ficarem por coâ-
feíTat & comungar, ou por confeífar fomente, ou comungar ÍOmen
tejíentença de exc5munhão,por eíTe meímo fey to em eftes pretèntes
eferitos: da qual excomunhão não feráoabfohos a tê pagarem íium
arrátel de cer<l para as obras de noOa Seè*
f E fe for pcíToa que efté debaxo de íbgeyção doutrem, eíTe em cujo
poder eíriuer pagará a dita pena, & a que mais por o dito cafo fe
poíerjcuja abfolulçao& pendenCaíâudauelreferuamosa nos ou a c ?lji0*
fio..oProuiíor&Vigayro.SaluonOartigo damorte,no qualeafo '£%,&
vqualquer Clérigo os poderá conftífar & abfoluer da dita excómu- £//£*»■'
>inao i como podem de qualquer outra que ajáoencorrido, & de fi^di
<}uaes quer outros cafos &peccados^com tanto que paguem a pena SnU **í
em que encorrerão, por fe não cônfeíTar/e para iflb tiuerem faculdà "'
de & tempo, com prometimento que auendofaudeajáo recurfo a
nos ou noíTo Vigayrô Geral-, & doutra maneyra reincidao na meC-
i*a excomunhão* Efedalgúa outra excomunhão os abfoluer,farisfa"f. tos. A
Çaoâaquellespor cuja caufa eftão excomungados, alias, réincidáo 5-"'v'**
^ajãoiecurío aoíuperior a que a abfoíuiçáo da tal excomunhão "'*' '
for referuada. Porem não he noíTa tenção que encorrão em excómu
nhao os que não chegarem a quatotze annos póí não íe cófeíTarem:
excepto íe âo confeílor parecer que tem diferição fufficiente para fe
çofeflarem, que então encotreráo na dita pena: a qual pagará o pay
ou mãy,ou peflfoa q os tèuer em cargo,& fera euirado íe for cõtuma2
^ E íe os dites freguezes forem auíenres o dito tempo dá Q^aref-
ma ou impedidos de legitimo irrpedimento.fejão obrigados do diâ
que vierem ao lugar da íba freguesia, oU ceílàndo o dita impedimé
to, a quinze dias, a fe confeíTar & comungar íob a dita pena* E fen- •
doachadosnaditafreguezianotempoda Quárefmaagúsperegri*
nosoupeíToaseftrangeyras, íeráo amoeftados que fe confcíTem&t
çomungemiob a dita pena ,& nãotóoadmit.dos a pedií efmô*
Ias fem pnmeyto moftraremcOmoforãoconfeíTados& comun-
gados. E os Priotes, ô? Curas tenháo diflfo efpccial cuydado: & logo
Titulo. 4.. Do facramêto da C onfiffao.
ao Domingo feguiute cm qfe canta oeuangelho? Ego íum Paftor
bónus: ou depois de acabados os quinze dias, para os aufentes, ou
empedidos: osditosR.eytoresou Curas declarem nomeadamente
ao pouo na eftação por públicos excomungados todos aqueilcs que
confcflàdos & comungados náo forem, a qual declaração farão por
hum rol afsinado por ellesPriores ou,Çuras que terá eííey to de carta
declaratória.
^ E fe fendo afsi declarados durarc em Tua contumácia & não fe cõ-
feíTaremnem comungarem, pagarão cada íemanacem fs. Eaísi
mefmo fe algu deftes reucy s àfsi excomungados & declarados mot-
Cáp. S«- retCmfem requerer confifsão,oufemaparefernellesíinaes de contri
»"tJSt. ção, cm tal caio mandamos que não fejão enterrados em fagrado
fkTkH publicamente: nem facão facrificio: nem r ecebáo algúa oferta, ou
* cfmola por ellcs. E mandamos aos ditos Priores, & Curas que car-
go teueremde IgrcjasParrochiaes, afsi das matrizes,como das ane-
xas, que cm cada hum anno ate quinze dias depois do dito Do-
mingo: Ego íum paftor bónus: tragão òs roes dos confefíàdos &
Comungados a nolToProuiíbr, &Vigayro,& osfaçãòregiflrarem
hum liuro que para iflo terão: & nos roes porão os ditos Curas que
jurarão por fuás ordés, queaquelles fáo os confeílàdos & os comun-
gados:^ darão contados reueis & cauiasdelles,para niflò fe prouer:
& depoys de regiftrado leuaráo rol o Prior,ou Cura a fua Igreja, cõ
declaração ao pee, como fica regiítrado, para o moftrarem ao noílb
Vifitador quãdo for viíitari&achádo o noflb Prouifor,ouVigayro q
ha algus declarados, mandará paíTar carta de participantes, confor
me a direy to contra ellcs: a qual carta fará o noflb Efcriuão da Ca-
mará, & fe pagará pelo culpado: que não fera abfolto fem pagar os
procedimentos: & cada hú dos ditos Curas a publicará em fua Igre-
ja aos freguezes, hum Domingo áeitação:& mandara com a publi-
cação aos ditos Prouifor, & Vigay ro ate dia do Spiíito fan&o lego
feguinte: &cobrará dellecertidão. EoVigayroas mandatáentre-
gar ao Promotor,para aceufar os taes reueys. E os Priorcs,& Curas,
ou Capellãesqueo afsi não cumprirem, paguem milrs do Aljube:
oor fer coufa que tanto toca a ia uação das almas. E tendo os ditos
Curas
>

Titulo. 4. Do facra mento da Confiííao* ?.


Curas legitimo impedimento, porque não pofsáo por fi trazer os
roes; 03 poderão mandar por outro Cura,ou Sacerdote,eerrados cõ
fua certidão dentro: de quantos reueisficaráo,& às cauías deiles,fen
do publicas, ou fora da confifsao.
^ E mandamos aos ditos Priores, & Curas, que amocítem a íeus
freguezes, que não fe contentem cófe confefíàrem húavez no annO,
como máda a Sanfta madre Igreja; mas q continuem, & frequente
a dita confifsao, & comunhão: ao menos pelo Natal, Spirito ían&o,
& Noílã Senhora de Agofto.E ifto farão o Domingo antes que ve.
nhão as ditas feftas,pata que venha a fuâ noticia.
^"E para que eítanoíTaConítituiçáaíe cumpra, & fede melhor exé?
\Cução,& os freguezes fejão certos das penas emq encerrem: Man-
damos aos fobreditos Priores,Curas,& Çapellães, que a publiquem
naeftaçáoem alta voz & intelligiuelaos ditos freguezes, em cada
humannotrcsDomingos.f. odaSeptuagefima, Òc primeyro Do-
mingo da Quarefma, & a Dominica in albis$ fob pena de quinhen
tos rs.
í Eparaq porfaíta debõs& idóneos miniftros nominiiterio.deftc
tão importante Sacramento, não aja erros, ou abuzos prejudidaes,
nemindiuídas &indifcretas abíoluições-.mandámos que todos os
Guras annuaes, & confefíòres, que não forem próprios Paftores, &
Priores,, ouReytoresperpetuos,&de nos, ou noífo Prouifot teue-
rem licença para confêíTar, não vzem delia por mais tempo que de
hum anno, contado do dia em que lhe for dada a outro tal doanno
fcguinteinciuíiue(felhenãofor por menos tempo concedida) &
querendo fcr Curas, ou confeíTores, pedirão anos, ou noílò Proui-
for outra licença $&ferão em cada hum anno, antes de fe lhe parlar
a licença, examinados: faluo fendo letrados, ou notoriamente ido-
neosj porque então fe lhe poderá dár licença fem exame, mas não
por mais tempo: &o noílò Prouifíòr terá cuydado de faber como
vzarão delia o tempo átrazj&fefão diligentes &curiôfõs em rer
& ver os liuros para iflb neceflàrios* E fejáo todos os confeílores ad»
Vertidos, afsi os próprios Paftores,eomo quaesquer outros, que per
^oiFa licença, ou de noífç» Prouifor confeíTarem, qantes da co»fifsáe»<
. - - C ^
Titulo.^. Dofacrameto da ConfííTão.
não acey tem couíà alguado penitente, ainda que feja voluntariamê
te ofíèrccida ,nem antes ou depois a peçãc: mas poderão aceytar de
poiso queos fieis com deuaçáolhecffercccrem, de maneyraquefe
entenda que he liberal offerta, & nãoexacçao, premio, ou preço do
Sacramento. E outro íi liies mandamos,que não mandem aos pc
nitentes q lhe entreguem as íâtisfaçócsdcdinheyro, & outras cou-
fas que lhes mandarem fazer, quando o penitente por outra via
quizer,ou poder fazer efta fatisfaçãcmem apliquem afsi,ou a peflo-
as de fua obrigação, asefmolas, miílàs, ou làcrificios que lhes dei
rem cm penitencia: & o que o contray ro fezer encorra cm fufpen-
ção de feu officio pelo tempo que ao Prelado parecer, & dous mefes
de Aljube.
S
0^ ConflituiçÕo, II, Que todosJaonftfiem kfeu próprio Parrocho
cu Aosmcpara iffo tetteremwíja iwnca Qlforem aprouados

<i.ois<
nit,
remi

mmts,
s
Ía CUJ° ^e8uc2 nc>& nao odcuedeyxar por outro algum (a inda q
M. i, X4. feja fora do tempo da Quatcfma) faluo quando oque a de fer côn-
sul* kflado efeolher outro mais letrado, & fufficiente, ou antre cllc, & a
« »_•»» dito feu Rey tor, ou Cura, ou feus parcn tes ouucr algu efcandalo,ou
ódioj que neftes cafos lhe deue pedir licença para fe confcíTar a ou-
trem, & o Rey tor lha não deue negar, & negando lha, nos pola pro
Centelha outorgamos, com tanto que feja confefíòr aprouado per
nôs; & afsi fe poderá confeflàr aos ftades mendicantes, que podem
ouuirlíurcmcntcdcconfifsãocfendoos confeíTcrcs por feus mayo-1
res, em cada hum annopeflfoalmente examinados, & apreíèntados
a nôs,ouaoditonoflbProuifor,&Vigayro:aquem hade pedir hil
milmente licença, para miniftrar cite Sacramento: cõfotme ao Cõ*
C
llTk*'c ci^° Latcrancn^>navn^c'raa^o-Sem a qual licença nãocon
Atinas de feflará a inda que os penitentes tenháobulla pata feconfefliar acllcs,
^irflTtf. Por ^ a ^ita bufo k entende,fendo idóneos & aprouados. Excepto
ts.dtm* fctcuçtcmpriuilegio particular em contrayro, o qual molharão X
nos»
Titnlo.4- Do facràmentò JaCoafiíf. íõ
nSs, ou a noílò Prouifor. Mas nao poderão os taes frades aprefen ta
dos, cometer a confifsão a ou trem, íèm ter para iflbeípccial proui-
fâo. E também fe poderão confeflàr a aquelle Sacerdote,a que no*
mcadamenteosditosReytores,ouCuras,cometemfuas vezes.pá
ra ouuir de ccnfifsão a algú freguez pofto,que não tenha Cura de ai
mas: ou a quellcs que tomarem para os ajudar de licença do no íío
Prouifor, & Viga yro, quando teuerem tamanhas fregueziasõ lhe
feja neceíTario ajuda:porque em tal cafo,lhps mandamos que,po-
lo tempo da Quarefmà fomente tomem hú ajudador, pofto q não
tenha Cura de aimas,fendo aprouado:porque por falta de confeflb
res não dey xem de eftar confelTadosfeus fceguezes ao tempo detre-
minado, com tal que feja dos aprouados por nós,ou por noiToPro*
uifor. Eos ditos Rey tores, ou Curas,não admitirão ao Sacramen-
to da cómunhãopeífca alguá,fem eícritodo cõfefiot á os confeflbu>
fende dos acima ditos. Excepto moftrandolhe tal graça* prouifáaj
ou pr/uilcgio,perque íe poffáo liurementeconfeflat aquém quife
ré, da qqal ie duuidarem, lhes afsinem tempo pata a vir aprefétar
a nollo Prcuifor. E por euitar enganos que nós taes cafos íe foern
fazer: nóspolaprefcnte pomos fentença de excomunhão neftesef-
critos,em quem ouuer falfamete o eferito da confiCão,& dellô
vzar, ôcaísinoconfeíTor queoder.
Ç E porque nefta Conftituiçáo fe faz menç.ão,dc confcíTor idoneoi
& aprouado,dédaramos fer aquelle a que he, ou for cometidaCu
radealmas(náo fendo fufpenfo) ou for para iíío deputado per nós
ou por direyto,ou por priuílegio &aprouado:& deue íer pcílca dif
c
[etaívirtuofai& de bom exéplojetrado na fagrada efetiptura, ou c t. §. a
direyto canonicojouaomenosfaberos cânones penitenciaes,& ca ^H^LÍ.
los deconfciencia,&quefayba defeernir os peccados,poishadefer 2>.r*aw.
luiz delies. Para o qual mandamos aos ditos Priores, & Curas, & 'tMMf.
outros confeír0res,que fe exercitem no facramentalj&liuroSj ou *£££l
tratados decon6fsão:comoheo Manual deNauarto,Caietano,& Cí^OíSJ
outras fummas:& trabalhem por alimpar as conciencias dos peni- *f #Àt
tetes. Afsi mefmo lhe mandamos, que confeíTem fempre décto na
igreja,* não fura dçbay xo de aruores,ou fombras: &íefor molher
Ca. *: náo
1
* Título. 4.. do Sacramento áa Confiflao.
moconfelTasãono Thcfouro, nem Coro, né Hermida, nem eni
lugares!*ecreros,&apartudos. Eosquetodoofobredito nãocura-
pnrem,os condenamos,por cada vez,em qninhentos rs,para as o
bras da See, & cara quem os aceufar*

^ Cmflituiçâo. Ill Que todos os Priores, %jytores9 $ Curas}


Í&) pejsoas que teuerem obrigação de dizpr mtjfa,fe confejiem
cada oyto dias, f£) a não digâofem confefar9/eat4anda
Qfmlx, teuerem caido em alguPecccado mortal,
aácbarin. f\ GloriôfoApoítoloíáopaulo noseníiua,que não recebamos
Tnd.Se/. V>/agraçadeDcosem váo,comofazéosficerdotes,&mini{tros
ij. de re. £Q QCOS qUC não ceísbrão.Polo qual otdenamosj&mandamos.que
W/.7. todos os P:iores,Rcyrores & Curas que de conuno dizem maia,
íe confefíèm h"a vez cada oy to dias,ou ao menos cada quinze;fob
pena depagáicm por cada vezqueíenáo coofeiTarem,cincoema
teaes para asobrasdaioíTa See, & fendo Beneficiado cento» £ por
<jue, fegundo doutrina fagrada, o que tecebe o Sacramento da Eu-
chatiitia índgnamen te,'recebe para fua alma condenação, mu y
cítreytimeme,amoeftamos aos ditos Sacerdotes,que íentindofe
encortidos cm peccado, logo fcconfelTtm, & não celebre tão alto
Sacramento fem íe confeflaré: & nâo tendo copia de conRííar ,náo
celebre. E tendo obrigação de celebrar, & não achando confeltor
Trid.d f.auendoobufcado cõ toda diligencia, primeyro fe arrependáo ds •
j.ddjin, feus peccados, cõproteftacáo de não tornar a ellss,& cõfeíTatíede-
poiSjComo teueté copia de confetTor; porq celebrando doutra ma-
neyra, grauifsimamére peccáo. Eos outros facerdotes, & clérigos
de ordés lacras, ou beneficiados,que de contino não dizem Miíla,
& os Di Jnidades,Conegos,&beneficiados na noífa Sè celebrarão
Ttidsef ao menos três vezes no anno .ff. Natal, Pafcoa,Pcntecofte. Enão
íJ. de >e podendo dizer MilTaper algumimpedimento jufto/e cenfeífaráo,
14T©"?' iobpena de perderem o merecimento daquelles dias, aplicados
Tbom. j. como díc^he,alem das penas & mulatas que pelos eftatutos de fuás
4r. 10. ígreias encorrem .E porem lhes encarregamos,q nos dias de noiia
Senhora de AgoHoA SáoPedro,& Sáo Paulo, &nos Do p.ingos
do
Titulo; 4.. DôfacrametodaConfifsão. ii.
doAdueto, & Quarefma,celebre. E òsqncWorédemiíTa,c5fcínr
leháo & comungarão nas três Pafcoas do anoj& os ditos beneficia-
dos de nofíà See, farão certo como cumprirão o fobredito nos di-
tos tempos ao contador do Choro, do dia que paíTar cada hua das di
tas feftas a oy to dias primeyros feguintes. E os Beneficiados das ou-
tras Igrejas collegiadas darão tal conta & cettidão no dito tempo de
oyto dias ao apontador do Choro. E não o fazendo afsi, mandamos
ao contador de cada hua Igreja íob pena de mil rs, & pagar as deílri
buiçóes ás partes a que tôcar,qUe mais o não confie ate date a dita cer
tidáo, & pagar a dita pena, a fora as que tem por feUs eftatutos. E to
mando os ditos cónegos, & beneficiados de nofla See, ou Igrejas
collegiadas, o Sactamétoda comunhão em cada hua das ditas feitas
. pnncipaesàmiíla da terça, ferão efcufos de mottrar mais certidão
de fuasconfifioes. E o apontador, ou contadores ferão obrigados
dar rol das pefíòas acima nomeadas ao noflo Prouiíbr, & Vígay ro,
cm cada hum anno pola Pafcoa, fob as penas acimaditas. E os Prio
jcs,Reytores,& Curas, que de contino celebrão, farão certo como
feconfeílàrãoaos Vifitadores, que em cada hú anno forem vifitar,
nomeando feus confeflôres, dos quaes fe poderão enformar. E não
o fazendo certoj madamosaos diros Vifitadores, que fem remifsão
executem nelles a dita pena. E os facerdotes que de coiino celebrão
darão conta de fuás confifsões aos Priores, ou Rey tores, onde a ma-
yor parte do tepo diíterem miííâí & não lha dando, mandamos aos
ditos Rey tores fob pena de mil rs, para â Sce,& quem os defcobrir,
q lhenaoconfintão mais dizer miífa emíuas Igrejas: & darão diílb
coma a noífos Vifitadores, para nelles executarem a dita pena, con
traosqanãocompriremjou nolos enuiarão em rol, como dito he.
Ç E os frades, monges, cónegos regrantes da nofla vifitacão, pro-
feflos ou nouiíTos, fe confeíTarão da mefma maneyta, nas três Paf*
côas, & dia de NoíTa Senhora de Agoílo, alem do que por ília r e- 1. \ u„t
gra,&eQatutosfão obrigados, o que farão certo a feu Prior caílrey deJ'*'"»
ro, &o dito Prior a noíTo Vifitador.
^ E as AbbadeíTas,& Prioreílâs, & Freyras profeílàs > ou nouifíàs
de noíTa Vifitacão, também fe confeíTarão, & comungarão nos di
Cj tos
• % V* •
. 4-. Po facramêtó da Confiííao.
A»T'X'!*t0S tcmPos & ^ua vez cada mes, como per dircyto, & Concilia
jht. mo". Tridentino lhes he mandado. E o Sacerdote, ou religiofo que as con
«£h*K. fcflrar,farácertodiíToaodiconoíroVifitador-
M.denjor ^ hpolas penasiobreditas, nao entendemos perjudicarás que en-
**«»• torremos que fcnáocofefsão,&cõmungáo ao menos húa vez no
anno, fegundo forma de dircyto, & noíTa Conftituyção atras*
porque roda via queremos que fiquem em feu vigor. E porque os íb
breditos feconfeflem com menos dificuldade, polaprefentc lhes da-
mos licença, para liuremcntc fe confeíTarem hús aos outros, ainda â
fejana Quarefma, & efcolher para iflb qualquer facerdote fecu-
lar, ourehgiofo regular, a inda q não feja curado, que for por nôs a-
prouado,&teucrnoflã licença, ou do noílô Prouifor, ou reuer be-
neficio curado em notíoBifpado: aos quaes damos poder de os ab*
foluer de todos os cafos a nôs referuados, faluo de excomunhão ma
yor,quccm talcafoaucráorecurfoaquem teuer para cllopoderj 6c
porem não Te entenderá nos de ordés iteras, ou Beneficiados a nâo
forem de mifla; porque a cíles não abfoluerá dos cafos referuados
Cõ.TrUi ao Prelado,de que a bayxo fe faz menção. E ás frcyrasdc noílà vifita
*&/«^, -ção akm do confcfTor ordinário que tem, lhes darão duas, ou ires
vezes no anno outro extra ordinário, que poflàouuir as confifcões
detodas.

^ Conflíttttçdo. Uíl. Ç}w> os cpt têãèfem càjosrejemaàosl


[e]âo remetidos a nos, ou nojjo Prouifor, $/' " ~"
(juaes Jáo os caJos".

QV AN D O algua peíToa feconfeíTar de feus peccados inteyra


mente a feu confeuor, & clle achar que tem cometido tal pec-
cado cuja abfoluiçáo pertence a nôs, QU a noíTo Prouiíor, ou Vigay*
ro, por fer a nôs referuado Mandamos ao dito confeuor, queantes
de lhe dar penitencia, nem abfouer dos peccados que lhe confeflbu
oremetaanôs,ou ao dito noflb Prouifor, fobre odito peccado re-
feruado, para o ouuirmos de confifsáo, &lhe darmos penitencia
í*"^"^ P?l? é*?? Pccca^°) ° tpd a°s>ou o dito nono Prouifor lhe
toma-
Titulo. 4. Do facramentô cia Cdnfífsáo?"
V
5
tornaremos a remeter, cometendolhenofíàs vezes paraoabfoluer
juntamente do tal peccado, &dosoutrosdequcac IeíèconfcíTouí
daudoihc credito DO que de noílà par te,ou do dito noíTo Prouifor lhe
diíTer. E não podendo o penitente vir, o Prior, ou Cura nos dará
diílb conta,pcríi,ou por hum eícritoíeu cerrado & anelado,
í Os cafos que a nos,ou noílo Prouifor referuamos fáo os feguinteí
f-Hereíia, BJasfcmadorcs públicos, Fcyticeyro?, ou Fcyticeyras. f^/jl
Item Homicídio volutariopofto em obra cometido fora de guerra./>*»»'• <**
Item aquellcs por cuja culpa, ou negligencia fe achãoos filhos a foga 2«<S.
dos. Icem incêndio fcy to acinte por fazer dano. Item facrilegio. W" }u
Item excomunhão mayor pofta per derey to, ou por home que não 'MIÍAM.
fe ja referuada a outrem. Item hauer alheo cujo dono fe náo fabc,que '•*****•
paífe de cruzado: & náo paíTandoVjs poderão abfoluer, faluo tendo
fatisfey to antes ds fe confeífar: com tanto que primey ro facão entre fe4iííí
gar o dito dinheyro.para a fabrica da Igreja donde forem fregue2eSi tfanM-e,
E fendo mayor cõtia,fc for onde efteuer noflb Prouifcr,òu no termo %1'm,iltt
entrcgarfeha com húEfcriuãodanteclle,parao deftribuir cm obras
pias,& fendo fora do dito lugar, & termo, fe entregará o dtrmeyros
ou coufa alhea ao Cura do lugar: ao qual mandamos fob pena de ex«-
comunhão, & de pagar em dobro o que afsireteuer, que o entregue
ao Vificadorqueprimeyrovifitar adita Igreja: pqualpreguntará
por iuonavifuacão:& o que achar mandara gaftar em obras pias,
não achando ceita informação de cujo fejj, como ate agora fe cuítU
mou nefíe Biípado.
% Item dízimos náo pagos de contia de duzentos fs, para cima: pò
íemfcfacisfezeremintcyramente,pagandoos ás Igrejas ou pcífoas
a quem fc dcue, antes de fc hirc confortar os poderão abfoluerjpoíto-
^uefejade muyto mayor contia. Efealgu Sacerdote em outra ma;
cey ra abfoluer os que fonegao, ou não pagão os dízimos, pomo*
cm fuás pcíToasfentença de excomunhão ipfofaíto, & amefmacn*
correi ão todos os que abfoluerem de qualquer cafo á Sanda See A-
poftolica, ou a nós referuado: náo tendo para iífopoder. Item os q
antes de recebidos em face de Igreja, conuerfáo luas cfpofas com as
quaes cfíáo jurados, ou inda recebidos com ncífa licença em ca&,
- " - — *- ânles
Titulou 4!. Do Sacramento dacõnfifsão.
[4 4 ■! •*•!

antes de receberem bcnçóes.ou hirem á Igreja. Item mãos violetas


em Clérigo de quaesquer ordés facras, ou menores, que por feu ha-
bito &tonfura por tal for conhccidoi& que goze do priuifrgio Ec«
deíiaítico:oure!igiofos. Item o que íe ordenar per Talco, ou comdi
miiToria, ou licença falia, & fc ingirio furtiuamente. 1 tem juramen-
to falfo cm juyzo, ou feja ante Iu/z Ecclefiaftico, ou fecular,ordina
rio, ou Delegado, ou Rcy tor daVniueríidrde: & entendemos fer ju
ramentofalf9,quando,oudiíTeroquenamhe, ou calar a ver Jade,
fabendoa, fendo por cada hum dos ditos Iuy2esjuítamcntc pergun-
tado. E porque hc couía ttabalhofa & perigofa hirem a nos pc r ab-
foluiçlode todos os cafos pontifícaes: por eíta Conílituiçáo, te dos
os outros a nos per derey to referuados, tirando os acima ditos, co-
metemos aos Priores, Ãbbades, Reytores,& Curas de noflbBifpa-
do: & lhes damos poder que pofsáo dclles abíòluef, comç> nós pet
derey to podemos.
^"E por que também ha hi muytos câfos referuadosao Papa que
fe acharão no fim deitai Conítituições com os da Bulia da Cea,para
informação dos confeiTores, lhes amoeftamos que os faytao, E a-
chando oConfeãor algum penitente em algum delles encorrido,
lhes perguntará fe tem priuilegio,bulIa,ou prcuiíáo,paraode!Jeab-
íoluerí&tcndoa, o abfolua, olhando primeyro fe hahinecefsidadc
deíefazeralgúafatisfjçáo,aquepor virtude ââ dita cxcÓn.uchao
feja obrigado: & oãoa tendoJhe dirá que o não pede abfoluer do'tal
cafo, nem dos outros, íem primcyro auer licença pota iflò do Papa:
&lheaconfelharáomcdoqucpcdcráterfaraaueratal licença, ou
prouifáo,&tãtcqueacuucr,o cuuirádaqucj'lc& dos outros cafos,&
o abfoluerá,& dará penitencia de tcdosjuntarr,eme. E encarrega-
mos aos ditos ConfeíTores que, achsrdo c penitente Ifg.-.do dalgúa
excumun hão, em que efiéencorrido por direyto,ou ncffas cot. intui
coes, em queeflèpofiapenanofotocontcnciofoipfofadlo: olhem
bem como o abfolucm no fc roda confciencia,pot que ainda que te-
nha bulia, nâo pode fcrabfcIto,fem primey 10 fam^^ a qucmhs
obrigado.
*'* •■•»■»-, ~*

Çonftituiçâo, V. Dâfirma da díoluiáo.


Uuy]
•' fc- *— çf • b>v ' •»•*■ 4fci
Titulo.4.. Do SacramentodaConfiflad; .KJ

c»a da abfoluiçjío. Polo qual pofemos nefta Cóftituic,áô a Forma brô


us, & ncceíTaria para abíbluer, aísi da exc5munháo,como dos pee
cados. Sc o penitente eítiuer excomungado de excomunhão má
yor,&o Sacerdote teuer poder para o abícluerjpiometerá o peni
tente de nunqua mais fazer o porque af»i foy excomungado, & £ J^Jf
noscafosmsis graues jurará: &fatkfarà como lhe mandarem pri tkms.it
meyro, podendo: & não podendo, dará caufáo, ao menos jurato-ÍZ^nt
ldfVer
na, fc outra naoteuer, na formaque odereytomanda» E o Gon- ^*
fcflbrdirao Píalmo, Mifeteremei Deus, ou De píofundis* FeíiniSbji
docomcadaVerfoascoftas do excomungado: & depois o Pater ^^
nofíer, & Aus Maria com cílcs Verfos, Saluura fac íeruum tuum iMtth
Deus meusefperantem in te: Efto ei Dormiu rurrisfottitudiím; efkátfa
afacieinimiei: Nihilproficiatiqimicus in co: &fihus iniquitatis &?':«/*
non apponatnocere ei: Domine, exaudiorationemtneâmiEt cia ll?j7efét*
tnormeusadteveniat: DominUsvobifcum. Et cum fpiritu tuo. tx,cmm'
Oremus; Deus cui proprium eft mircrsrercmperj&parccrèifufci- tf***»!
pede precatiortem noíUam,&hunc famulum tuum quemexcõ* ^1™'*
municationis fententialigatum tenet: miíeratio tua? pietatisabfol "•
uat.PerChriUum Domiaiim noflrum» Amém Auihoritate Do-
mininoflri lefu Chrifti, & beatotú Apofioíotú Pctri & Pauli, ego'
teabroluóabomni,âutabbacríententiaexcõmUnicarionisquaat
i/icurriílij & reftituo tcSacramétísifanítae matris Ecclefia; & vniov
Pí fidcliutu. In nomine Patcis&Filij &Spiritus Sincli, Amen2
Eteádcmaythoritateegoteabfúíuoapeccatisiuisin nominePa^tfM»
tris, & Filij &Spiti:us Sanai, Aníen. Boriâ qU« fades, & mala; £"^
t
quae patieti« flnt cibí in rcmifsiouempeccatorútuorum-; âiigmé-?™™™>
tum gratiae & premiam vitae aeternae. E cfta forma fe guardarà^.^J/**.'
r,}t
nas abfoluiçóesque íefezerem, in forma Ecclcfiae; &nasoutrasfc **"
fcrá na forma acima cfcrita,tirattdoâflagellaçáo publicaè E par*
afolucrdospeccadosdífáo: Ego te abfoluo apeccatis tuisin no*
taiae Patris,Jí Fihj, &SpiritusSa^ái,Amen..B íenãocotíftatqo
" '"""" ' "~ D T Pcnií
Titulol^DoracfkHSntoJaCohfiíf.
penitente cftà excomungado: para mayorcautelIafépreocõfeíTot
fará a abfoluiçao da excomunhão damaneyta feguinte: Dizendo
primeyro Miíereatur tui:&indulgentiã.&caet.comohecuftumeJ
Egoauthoritate Domini noftri lefuChrifti & Bçatorum apofto-»
lorum Pctri,& Pauli,&aliorum apoftolorúabfoluo te abomni vin
culo excõmunicationis maioris velminoris,fiquodincurri{li, ôs
reftituo te Sacramétis Ecclefiae:innomincPatris,& Filij,& Spirit?
Saneai. E de pois o abfolucrádospeccados, dizendo: Eteadcmau-
thoritate,ego te abfoluoa peccatis tuis in nominc Patris,& Filij, &
Spititus San&i, Amen. Bona qucefácies, & malaquxpatieiisfuic
tibi inremifsioncm peccatorumtuorum,augmentumgratia:,&
praemium vitxxtcrnx, Amen. Vade in pace & araplius noli pec«
care.

(| Conflituiçâo. VI. Que os Priores 'Hjytores", $ Curas


k informem dos enfermos que ha em
fuás jrjeguczjas.

ITEM ordenamos &: mandamos quê õsRey tõrês^& Curas", Õo


Capelláes fe inforn é cada Domingo âeítaçáo,fe ha em íuas fie*
gueziasalgús enfermos, ainda que andem cm pe.E terão cuydado
dcosvifitat &confolar,&deosamocíUrquefeconfeírcm & recei
báoosfaaamétosnaquel]ainfirmidade,bofio que os tecebeíTem
na Quarefma:declarandolhesquea infitmidade corporal muytas
vezes vé polo peccado: & ceíTándoa caufa da infirmidade quererá
noífo Senhor que ceflê o eíFçytOi quefaçlo teftamento para que
defearregue íuas confeiencias. Efe depois de cõfeííados, & cemu-
gados, íe defeonfiar de fua vida; os amoeflem que recebão o Sacra
métodaynçáo. E oCuraqtalamoeflaçáonáo fezer,pagarapor
cada vezquinhétosrcaeSjparaas obras da Sè& fabrica da própria
Igreja: fendo porcos ditos Rey tores, Curas, ou Capelláes requeri
dos: ou fabendo de certa fabeddria que Isa hi necefsidade do lebre*
dito> fenáo forem, fem fei échamados, a adminiftrar o Sacraméto
da Çonfifsão, Comunhão,^ Vnçáo. E falecendo o enfermo, Tem
liruIô^Do Sacramento daconnfsao, 14;
-

cada hídelles, por fua culpa, cu negligencia, feram fufpenfGS das


Ordens,& p riuados de Cura: na qua! pena de fufpcnçio encerrerão,
osPúores,fcfendoprefentes, rãoforemcocfeíTar,tabendo <jue fe- ^
us Curas o nampodcmiOunáoquerem fa2er. Eamcfoiapcna aue-
rão,fc emtcmpodepdíedeyxaremíuafreguc2Ía, fem dcyxarem
poríi peúoafuffcieme que adminiftre os Sacramétos aos enfermos;c- *****
& falecer algum fem elles. E ofr eguez, que fendo requerido, fale* nrn$í '
ecr, fem querer receber qualquer dos duos Sacramentos com def pf c
20, o auemos por priuado da Ecclefiaflka fepultura: & mot rendo fé
clles por não chamar feu Cura ao tempo que hera cbrigido,pagaráo
ícus herdeyroh hum cruzado pata a cera da própria Igreja.

:
Confi .tu'çào. Vil Qutis Mzàhoiamoeflem os
enfermos cjue fc confefjem & comungue: (£/ das -ú !

penas em que eveorrern os que Q


nam fazem.
l
S. v

COM muy cuidente& juílacaufafoyprouído'pelopapaInno* e*p tU*


1
cencio no Concilio geral Laceranence.que os Médicos , fendo f*^
chamado? para a cura dos enfermos, osauizcmlogodo mais pnn- ><»»/»'»•
cipal,queheacuradalma ; imitando a nofio Saluadi r, que ao cnfcr
too qne curou diíTe?Sáohes, nam queyras .mais peccat: fciftocom
pena de ferem lanhados da Igrej3,akm de pagarem a pena que pela
tal culpa merecem. E porque por experiência temos vifio o gran
dcdefcuydo que niílb ha, querendo a clloprcucr: Ordenamos #
mandamos fob pena de excomunhão,a todos os Médicos dsfia Ci-
dade, & Biípado,quc fendo chamados para curar algum enfermo an
tes de lhe tentar o pulfo, nem verem as agoas, lhe perguntem (c hc
confeífadoj& achando que não, lhedigáo & declarem queonáoháo
de curar, fe o nam fezer, por lhes afsifer mandado pc rdereyto SC
Conítituição: diíendolhe também as palauras de conío!aç*io,& bco
esfoifo que lhes pareces. E fc o dia fceuinte nam for confeífado, o
Di curarão.
Timl&4.Do Sacramento da cónfifsáó.
curarão,* o romano amoeftar outra vcz.& fcáo rcrccy ro dk o acha
«"«Jpotconftflàr^aEdainoíqueonsmcurcm.nem vifitem E
o Mcdjcoqucoconttayrofezcr.conforacadittDccretaldc Inno
cenao fejã pnaado do ingrcíTo d, igreja, & dos officios diuinossatè
que ^ÇaíatlSfaçaoderuaculpa:porc]uefa2endoiftonopr»ocipio da
doença Web a alteração que depois acôtccc tomai o «fel m o.
li Hio entendemos, excepto fe no primcyro dia vir â logo hc necefia

o iegundod a o nao curara fob a dica pena: & íob a mcíma pena má-
daipo» a todofoiCyrurg.ãrsgueguardcmeflaneiía ConflitoicS* l
quando virem íernecefor m.
ícr neccífcno.
SM Ef^«»»*»««>m»wiiuConlBtu^ododUo Santo PaJ
í"ir „ ?""* P'° ^ T am°eft"™ em o Senhor a todas as pcíTo
*l *'V"°r«,ouIamd,a,esdacafa«1,queeíWoerifermo.&afe
usparcotes, qjetapto qu, aáo«cr. dem logo tecadod^To ao con-
eS,C m n,efn Col fcíror f
S tf f' ° °° '° * '°P« «^M & anime
fEosMedicosque idonam guardarem fceumprirem muyimev
ramente,procederemos contrael/escomofordereyto,*conforme
aConfiituicaododitoSír. tap^,.P,„,-,..:...
a Conííí tuÍ£áo do dito Santo Padre Pio Quinto, ' >*"""?«»?
|#

ftedefcobremasconfifSes^doscue '
procurdomaliaojamentefder '*
osjegrcdosdellas^dasp, À

torrem. ^

f. /ÍJacer

j"Sá? V^
Q«£ÍS£ ^'""f^^^^Priõíòb Cora; 55
outra pefloa que poder tenha, não o diz Confeflor como a
ap

nome;
Titulo. ^.DofacramentodaCônfilíáq. iy.'
homé:mas comominiltrodeDcOs. Ê feoconfenordefcobtiflcal-
gúacouía da confifsáo.feriacaufa de muy tosào râl Sacrameto nao
virem tio facilmente. E querendo » ilTo prouet confotmandonos
com os Sanflos Canbnes, mandamos que o confeflorpor nenhum «tf*»

déa entender em geral, nem eípecial.direfte.ou .ndirefte, pecado, > t


nem peccados, nem coofa per que fepoílá entender, nem prefum.t *££
quemeometeoopeccadoquelhe foy d.tocmconfifeao: a.nda que
lhe feia mandado pet qualquer fuperiot, nem por )urarrtentõ, nem
por excomunhão, nem pôr medo que lheíe,apofto. Nefflpôdeni
dizerdenenhum penitente que fe aelleconfeirouquehemao.neirt
injufto, nem que fez, ou não fez coufa dita em confiísao. E quando
acontefer que o pen.tentele confeffe de tal peccado que fe,a necefla-
rio cõmunicalo o feu ccnfeffor com quê o entenda, o fará afsi geral,
& cautelofamente q fe não poflà entender por algum modo que,
nem quando fe cometeo! nem d.rá que o tal cafo oumo em confilao.
Epoftoqueopenitentelhedaliceníapataôcomumcat.naovzara
delia, fcluo re doutra maneyra lhe não poder dír temedro para lua
alma; íd a indá afsi ofaride maneyrí que nao poffa fer entcnd.do
quem ,al peccado cometeo, fefet poder. E fe também lhe der hcen
ça pata defeobrir algu peccados delia não vzari,fe nao for por eu.tat
algum mal. i'$■■'{" i
f E fazendo algum ConfeíTor o contrayro do fobre dito,o auemos
por cõdenado pelo mefmofeyto em cárcere perpetuo muytoeftrcy
to,&priuadodoofficiofacerdotal4&beneficioqueteuèr, ,
f E outro fi, mandam os a todas as peífoas ecclefiauicas, ou fécula*
res que fe apartem dos lugares em quc\>s Socerdotes efteuerem ou-
uindo algum de confifao, de maney ra que não poíia ouuir* nem en-
tender o que dizem* mayor mente de induftria & por engano aflen
tandofe nos lugares dos Confcílbrés> fingindo fetem ncparaaisl ía-
berem algÚspeccadosquedefejáo,porque aiemde peccârem mílo
gtauemente, todos os que per enganos ét meyds ilbcitos, ou acinte
procurarem ouuir as confifsÕeS, encorreráo em pena de excomu-
nhão ipfo fa#Oi & fendolhe prouadoaueráas mais penas que por dl
• • -

«k
Titulo.^. Dofacramêtoda ConfiíTão.
■Q.í%m+ rè t0
^ S«í«í y merecer, legundo as circunílancias & graueza da culpa. E to*
%%íuin doS0S ^ue ou*irem algum pcccadoda confifsãohora fejaacinte, ho
+4. ify. ra acalo,o terão em muyto fegredo, & nem per palaura, nem peral
•4J»tf. ' g'jaoutraviaodefcubrirão,<lireaencindireaejporqueaindac]ueo
ligilio da confifáão obrigue fomente aos confeíFores, as Ieys diuinas
& humanas obr igão a todos a ter nefte cafo fegredo. E todo aquellc
que defcobrk peccado que pola dita mancy ra ouuir, fe para o ouuir
& faber fe ingirio tomando habito & pefíòa de confeíTor, alem da ex
comunhão mayorem que encorre,prouãdofelhej fera prezo, & fen
âo Clerigó,depoftoperpetnamentedoofficio,& aueráasmais penas
de cárcere & degredo que merecer: & fendo leygo fera condenado
fem dous annos de penitencia em hummofteyro, & pagará finco
éta cruzados para aSee & Meyrinho: & fe defcobrir o q a cafo ouuif
»nãofeinginndo,pagará hum Marco de prata do Aljube.
^Eporquealgúsimprudentes pregadores com grande efcandalò
do pouo em fuás pregaçõesreprendem peccados fecretos declarado
tircúftancias per onde fe vem a £• bcr,ou prefumir a pefíôa, ou peflb
as que os cometerão, & o pouo fe efeandaliza, & fofpeyta que no
púlpito dizem o que ouuem nas confifsões: Mandamos a todos os
Pregadores, que na reprenção dos peccados, renhão tal cõfideracao
que não falem em peccados fecretos, particularizando circúítancias
das peflbas, das culpas, do lugar, ou tempo em que fe cometerão,'
|>or onde fe venha a entender,ou prefumir quaes íãoos queascome
terão. E fazendo ocontrayro ferão fufpeníos doofficio de pregai
pcrhumannOj&auerãoamaispenaque merecerem, conformeá
culpa, ou defcuydo que teuerem. ' '
» *

^ Conflmiçâõ. IX. Dos que tem poder para e (colher


Confefior par Jukleo% ou bulia apofiol/ca geral, ou
■ejpeaal, ejcolhao fomente os aprouados.

VT R fi m damô s< ue vi
*ÊÚ 0 n P > í r l P« «uáedagúIubiieô, oubull*
iUclm. ^^apoaohcageral, ou efpecial quede licença para efeolher con-
'trSÁ feírot rc&ular>ou ícSular>nâo P°?a í?í cfc°l^o para iíTo fenã o que
He/efultu. "' tçuef
Timló. 4.. Dô Sacramento <3a Confílíaò; \6*
ttuer beneficio curado^ ou curadalmas, per nôs, ou noflb Prouiíbr
aprouado:pofto que as bulias & graças apoítolicas o não declarem:
pot eíla fer a intenção dos San&os Padres, quando não declararem
o contrayro:E os que abfolucrem de algúasCenfuras cm que teuc • ": í*; Z
remencouido, mandarão fatisfazer pimeyro, podédo: &não po« *trhrj*
dendo,fe lhe tomara caufáo na forma acima dita na Conftituiçac ao Ê '
quarta: & lhes declararão queeítaabfoiuiçãolhesnãoaproueyta
para o foro exterior, no qual fendo denunciados, ferão obrigados
a auer recurfo, & abfoluição;
Ç E não poderão outro fi per virtude de qualquer lubilleo difpéYar
nas irregularidades, & outras penas poftas por derey to, ou per fen
tença de algú Iuyz,nem fazer outra algua dífpenfação.
^ Outro fi, madamos a todos os Cófeúorcs,ou Sacerdotes que no
artigo, ou perigo da mor te, ou por outro legitimo impedimento
abfolueremaígú de algua excomunhão pofta per derey co, ou per
algúaCoftituição, eítatmo,ou per algú luyz aquém a abfoluição
da tal excomunhão fe dcuera pcdir,fe tal impediméto não ouuera;
lhe declarem que não o fazendo afsi, tornão a cair na mefma exco tj{ C*íH
munhão referuada aos mcfmos fupcriores,ou Iaizes como dantes -r(0J<je"£
era. E o Confcffor que ocõtrayro fezer ficará fufpenfode auer de up. tos»
x,í
nós recurfo, ou de noflb Vigayro,& pagara mil reaes para as obras jj^ *
daSee,&Meyrinho. '

Titulo. V.DoSanâifsimõ Sacramento


cia Euchariítia.
^ Cofiflituiçâo» LQue todos os de legitima idade comunguem
húa ruez.no armo pela QtKtrefma9t£Jque efle Sacra*
mento (e não dé a públicos peccadoresi
Sanaifsimõ Sacramento daEucharifíiaporfcrmaiS c?ciixrh
excellêtc q os outr os>pois cóté em fi o corpo & alma, stí.^
& diuindade de noíío Senhor IefuChtifto,auia de pre •"'*''
ceder a rodos os outros: mas tratafe del'.e nefte lugar,
perque quem o ouuer de reccber,conuê quç tenha recebidos todoi
* • . — W* ta— »-* «-* M _..- frua- | «.».»_^»_rf — • —— *■» — *~*-~~ •— -■■•- **.*** •—■—*
TículÓ.?.Dò Sácfametõ da Eucharíflia.
os outros acima ditos, o qual recebido com contrição, & vontade
limpa de culpa,dá & actefcéta a graça,delcy ta a alma,preferua dos
pecados, liura da pena, ajuda para o caminho da vida eterna: & por
iflb fe chama viattco:& por íuaexcellencia eftàpor direy to ordena
dooqduTemosnotituloprecedéte. Etornandooa repetir: orde«j
riamos & mandamos, que todo o fiel Chriftáo tanto que vier aos
annosdedifcrieão.ífco varáoaos quatorze anos de fua idade, &as
fêmeas aos doze: recebao da máo deíeu próprio Reytor,ouCura
fáut. ©* (& nâo doutrem) em cada hum annoefie San to Sacramento, por
rtmjj: Pafcoa de réfurreyçáojou antes,cõforme aocuftumedefteBiípado.
E.o que o n ão receber atè dia de Pafcoa,ou até Dominica in albis ia
cluíme, cõforme á dita Exttauagante: por eíTe mefmo fey to encor*
reràem excomunhão mayor,&feja declarado,& dado em rol pelo
modo fobredito. Saluo fe lhe for cípaflãdo tempo por feu CófeíTor
atè dia de S.Ioáo,porq então não fera cuitado atèpaffar o dito dia.
^ E quanto a algúas peflòas ignorantes,efcrauos & moçps( poflo q
da dita idade fejão) deixamos em juy zo dos Curas detetminacé, íc
oieccberãoounão. E o mefmo queremos que feja de algus q não
chegáo a dita idade, fendo propinquos a ella, em q aparecer algua
diícnção para faberem reuerenciar o tal Sacramento,
Cdp.sceni ^ B náo fe poderá dar efte fanâifsimo Sacramcto a públicos pecca
esí C0ÍI)0 mo
fcJ.dtjU. ^°í ^° ^eres que publicamente por feus corpos ga.
cbnjott. nháo dinheyro,&públicos onzeneyros,& bartegueyrospúblicos,
&nos
^blmSl outros cafos femelhantes em q o dercyto o prohibç. Saluo fe
f'?jm\ publicamente confiar primeyro ferem apartados dos taes p<cca-
botMcié. dos, & terem dclíes fey tò penitencia. Efe a penitencia que fey ta
Í 1,
^'6 ; teuctem for fecreta,fecrétamente lho poderão dar.
yúos con ^"E quê receber efíe fan&o Sacraméto efiará confeflàdo, & em je«
S et Í" como mandaa farina madre Igreja:excepto fe fe der a enfermos"
thmjiu. perigofós,que náo pofsáo efperar por tempo em q eírejáo gejuns.
£
cap.sâcra Ç poftocj 0 direy to obrigue fométe a cõfcfíàr & comungar hfa
TJnfecrí VCZ n<í ann0 n0 dito tempo: os Priores & Curas amoedarão,* acó
I.í. mbus ítlharáo íemprea feus freguezes q façâo o mefmo nas três feftas do
dãZl ®É&^Ê&^$foi Ç^ de nofla Senhora de Agofío: Dizé-
Tbj.dA9 " " "" """■ *
Titulo 5. Do facramento daEudiariítíâ. 17
i

dolhesograndefruytoquefe fegueda continuação deOeSácfamen


to.Eifio lhes lembrarão o Domingo antes de cada húâ das ditas
feíb s á eftaçáo. O qu e compriráo íob pena de cem ís, para a cera
do Saneio Sacramento.
^ E confortnandos com a doutrina Catholica & Concilio Triden^^'"*
tino, amoedamos a todos os que ouuerem de receber efte fan&o Sa- jjf.J 1*.
n r
cramento, que com muy ta diligencia examinem fuás confeiencias, ™ j££\
lébradosdaquellas temeiofaspalauras do Apoftólo São Paulo:Qui ?bo í»4.
manducat & bibit indigne* iudicium fibi manducat & bibit non dif- j^fjjaí
iudicans corpus Dominit & fcconfeíTarãoprimeyrõ de todos feUs u\d. &
peccadosa confeffbres idóneos &aprouados» E nenhum íeja tão a- ^milii
treuidoque.lembrandolheakum peccado mortal que não haja con stg.ii.it
feliado (ainda que lhe pareça que elta verdadcyramente contrito; re 7.&Can.n
cebaefte Sacramento Sanáiísimo fem fe conreíTar> pofto que Sacer ^*£j
dotefeja; íaluo tendo necefsidade vrgente de dizer miflà t porque U«M/>.JNS
cm tal cafo não auendo copia de Confellbr» parecendolhe que efta{^f^
contrito* poderá celebrar confeflfandofe depois tanto que teuer co tíftU.u
pia de Confcflôré

^ Confttuiçâo. 11, Como fe há de minifíràr à Sâcfâ-


fnentó da £ttcbàri[lidé
)

QV A N D O efte San&ifsimó Sacramento fe ouuer de dar ttâ


Igreja, fendo o Kèytor, ou Cura fabedorque hahi pefloas q
o hãodeiecebe^fc ouuer nellafacrario,tangerfeha húa campainha*
para que as taes peílbas fe chegem âo lugar, ou ao altar onde o Sa-
crário efteuer: & ali juntos afíèntadosde giolhos, lhes pedir a os eferi
tos dos confeflbres fe a ellc fe hâo confeflarem l & fe os ja não teuer
vifíosíoufcrtezabaftantecomo fão confefladosi confiando lhe co
mo o fãò 4 & náo doutra maneyra: lhes mandará poer diante hGas
toalhas lauadas.E fe for em Igreja em que não haja Sacrário: ou a-
indaqueoâja,ouuuer dedi2etmiu%entáoadirá&nelle confagra*
ráas Hoftiasneceffariásj fegundoondmerodôsconfeffados. E aca-
bando elle de cõfumir na miíTat antes q tome o lauatorio os fará aju *
taK
E
Título. 5. Dofacramento da Eucharíílíá.
tar: & tomarííafertezade fua confifsáo pola mancyra quedito he."
E fe poder fcr,trabalhe que haja algu efpaçoentre a conhlsáo & a co
munháo, pola reuerencia de táo alto Sacramento. E juntos os di-
tos penitentes, antes que fe vão aflentardegiolhos ondeouuerem
de receber o íanâo Sacramento: pofto o Sacerdote em meyo do al-
tar de rofto para elles, reueíhdoíe acabou de confumir, ou com fo-
brepeliz, & eftolla: fe der o Sacramétodoíacratio,oufe outrem o
confagroulh.es dirá em voz clara.
^ Hirmãos ou hirmão, k for hum (o: o Sacramento da Euchariftia
he o mais alto de todos çs facramentos, porque eflá nelle leíu Chri-
fto noíTo Senhor verdadeyro Deos & home. E fegundo doutrina ca
tholica, quem o recebe com contrição de feus peccados & confeflá-
do delle5, alcança naquclla hora muy ta graça, & quem doutra ma-'
1
ney ra o recebe, pecca graueraente & recebeo para fua condenação.
Polo qual vos amoefto, quê quem efteuer porconfeílàr não chegue
aqui para o receber, & fe algum dos confeflàdos fe lembra de algíí
peccado que, não confeflàflè por efquecimeoto,ou em q depois da co
íifsão caife, venhafe a mi & ouuilohey.
^ E fe houuer algua peflba que quey ra primeyro reconciliarfe,ouuí-
lohâ, & lhe daráabíoluição, & não taendoquédiíTo tenha neccfsi
dade,osfaráaflèntardegiolhos,8c pofta hua toalha ante os peytos
dos que ouucrcm de comungar lhes dirá o feguinte.
4f Credes & tendes firmemente o que crê & tem a fan&a madre U
gteja:afsi comoella otem& cré; em efpecial os quatorZe,Arti-
gos da Fee,fete que pertencem a diuindadc,& feteáhumanidade de
noflo fenhor leíu Çhriflo:& todos os facramentos da fanâa ma-
dre Igreja > Dirão ellcs: Creo.
^"Credes que todoo Sacerdote por indigno que feja,dizendo as pa^
laurasdaconfagraçãofobrea Hofliadepáo, & fobre o Calez com
vinho material, fefazda Hoflia verdadeyro corpo de noflo Redent
ptor: & do vinho verdadeyro fanguc, que dá vida & faluação, aqué
confeflàdo & arrependido de feus pe ceados o recebe ?
Dirão, Creo.
€ Então lhes mandará dizer a conhTsão geral no modo fceuinte. , I
<f Ea
I

Titulo.?. Do Sacramento da Euchãriftia, \S


^"Eu pcccador confeito a Dcos todopoderofo, & ábemauenturada
fempre Virgé Maria, ao bemauenturado Sáo Miguel Archanjo, ao
bemauécurado Sáo Ioáo Bautifta, aos Tantos Apotfolos Sáo Pedro,
&SáoPaulo,&atodos os Santos, &avosPadrc,quepequey mui-
tas vezes por pen{âmento,palauras, & obras: por minha culpa, mií
nha culpa, minha grade culpa. Por tatorego ábéauenturadaíempre
Virgem Maria, ao bemauenturado São Miguel Archanjo, ao bem-
auenturado São Ioáo Bautifta,aos Santos Apoftolos São Pedro, &
Sao Paulo,& a todos os Santos, & a vos Padre, que rogueis por mia
Deosnoflb Senhor.
^E acabada a abfcoluição: lhes dirá o Sacerdote: Dizey húa Aue
Maria cm quanto vos abfoluo dos peccados vèniaes.
^ Em quanto a dijjerem dirá.
% Dominusparcat vobis. Mifereatur veftri omnipotens Deus, &
dimifsis omnibus peccatis veítris: perducac vos in viçam «ternam
198 'ndulgentiam gg abfólutionem gg & remifsionem omnium
peccatorum veftrorum tribuat vobis omnipotens & mifericors do-
roinus, Amen.
í E acabado de dizer o fobredito, lhes dará a benção. E iftofcyto
tomara o Sacerdote a Hoftia cófagrada nas mãos fobre a Patena do
Calez, & fe viraráaos penitentes: & dirá.
f Ctedcs vos que heefte Santo Sacramétò,overdadeyrocorpode
noflo Senhor IeíuChrifío. Dirão elUsfu
' Adoravo, & pedilfae que pola morte, & payxao q poios peccado^
ícs recebeo, vos perdoe voObs peccados: E vòs perdoaes a todos
aqudlcs que vos até gora orTenderão. E pedis perdão aos que vò*
4
©rfcndeítes. " ~~ Dirão elles ti. ~ ? :.~&

_ ■', ■ ^ Então dirá ô Sacerdote Ipi àigãol


f Senhor,eunHofoudigno, oudigna^ueentreysem minha m0:
rada: maldita voflàfantapalaura, a minha alma fera falua. E itto
Qirao três vezes, batendo nos pcy tos. E acabadas as palauras lheda-
LI r?^m«°JSacramcnt0 > dizendo. Corpus Domini nottri
tcíu Chnfíi cuflodiat animam tuam in vitam sternam. Amen.
E x ~" £E depois
Titulo^.Do SacramentodaEucIíríília.
tf E depois de lhe dar o Saeramento,lhes daráo lauatorio de sgoa, &
náodevinho:faluoaosSacerdotes, porque aelles fe pode dar ola:
uatorio de vinho.
JfEifto acabado && Dizey hum Pater noíler a honra do Senhor
Deos, qucellevosconferuenocftadodegraça,& a rm com vofeo-
£ o Sacerdote que outras palaurasdiflfer, ou teuer outro sr.odo eru
jdar o Sacramento pagará dozentos rs. \
^"Epolaprefente, mandamos a qualquer Sacerdote que fezer o Sa-
cramento para o Cura o aucr de dar a íeus freguezes, em acabando a
Miíía, chame o Cura, &lhe moftre o Sacramento peranre tefiemu-
nhas: fobpeiía de quinhentos í s, & de ler muy bem cafíigado,acon^
tecendo nelle algum perigo.

Ç Confituiçâo. Ill Da frociÇsão de Corpus Çk$£

A
Zntmh. dentinos& pelas Icysíeculares & tão recebida per cuftumc geral da
s
SC' igreja, foy inftimida, & ordenada para exaltação defte diuino Sa-,
ij.f.5^ mmcnto,&lionra& gloria de Deos,&coníolação dosficys&co-
Camn 6
' * fuzão dos hereges,* por uTo deue fer mais a cõpanhada de Cãtos, 5C
ífymnos efpiricuacsq prouoqué adcuaçao,4defeaas profanas &las
Triiit.A. ciuasquemouáoatizo:conformandonoscom o fagrado Concilio
Sí/.IJ,C.5 Xridentino,& com o Prouincial: Ordenamos & mandamos,que na
dita prociísao não haja reprefentaçãoaigúadeshonefta, nem molhej
tcs que repreícntem Tantas, cu outras inuençóes indecentes. E mã-
damos ao ncíícProyifor, & Vigay ro nolugat onde cttcueté, & ao*
Arciprcfies nos lugares de íuajurifdiçjío,* aos Priores, Reytores,
ou Curas onde náo ouuerArcipreftes,que na dita prccifsão náo co-
%tao coufa algúa das fobre ditas. E os que o contray ro fezerem pa-
garão mil rs, depena, que aplicamos a Confraria do San&ifsimo
Sacramento.
ava.Se/. f[ E conformandanos com a difpofição do fagrado Concilio Tri*
SèVE dentinoj&declatacáoquea coflainftanciafobre eHe cafo fezeráo
Titulo.?. DôracramétodaEucliâriftiâ. 19*
os Senhores Catdcaes deputados pata declaração dellc > manda-
mos autoritate apoftolica,de que nefta parte vZartiôs, & ordinária,
a todos os clérigos íeculares defte noíto Bifpado, que teuerem õroés
(acras, ou qualquer beneficio, ou que ao tépo da dita ptocifsáo nefta
Cidade refidirera, fob pena de excómutiháo ijpfo hão incurrenda,
& vinte cruzados para a confraria do Sanctiísimo Sacramento, &
Meyrinho, acompanhem com fuás Sobrepelizes a dita procifsão q
fc faz no dito dia de Corpus ChriíU, & afsi a do dia feguinte. E fob
a mefma pena, mandamos a todos, & quaes quer religiofos, ou cie
rigosdequaesquermoíleyros^ oucollegios deftaCidade,pofto q
fcjão izentos & immediatos à See Apoftolica , qúe nos duos dias
a. companhem as di tas procifsóes com fuás cruzeSj ficado nos ditôá
mofteyros & collegios fomente os religiofos, que para ò minifterio
<Ja cafaao tal tempo foré decefsariòsiôc hirácada mofteyró,ou collê
gio nolugar de fuaântiguidade,ou dequecftcuer em pofíèi & tendo
algum pnuilegioefpecial para não ferem compellidos â hir &as di-
tas prõcifsõcs, o moUrarao, & não o rhoftrando fe procederá cOntrá
«Hes, até com eríeytô obedecerem» ou moílrarem priuilegio que o*
defobrigue»
$ E porque o mefmo Concilio manda, & encarrega a todos os qué
forem Paftórès,& teuerem cura dalmas, que nos.diasdos Domin-
gos, & feftas principaesdigãoao pouo quando eftão ás miflas algúà
coufa defte Sacramento fan&ifsimo, éníinandolhe, & lembrando* Trtitftf.
lhe os grandes fruy tos efpmtuaes que alcançao ósque o recebem & thtlh\pm,
frequétáocomodeuem» Mandamos a todos os Priores, & Curas, J"^4
que per íi, ou per outrem, nas feitas do anno principaes, & húa vez rifti* s**
em cada mes, á eftação facão ao pouo eftas tão prouey roías lembra c^2t?t
Ç.as,cxortandoos,&perfuadindoos que frequente efte diuino Sacra Htcquidé
mento i&ofará cada hum pelo melhor modo que poder, &íbu> t^M.
ber,atènôs lhe ordenarmos liuro de praticas efpirituaes, que o dito >/*4; <*e
Concilio Tndentinoencomenda, fob penade quinhentos rs, por Mr*iui.i+
cada vez: & os noíTos Vifitadotesperguntarão fe fe cumpre eira Jjj!"jj'
f
Conftituicáo com diligencia* *$$bt\
Titulo. ?. cIoSacramentodaEuchariflia.
ff Conflituíção. II11. Como fe deuc Uuar efie San ~
Eto Sacramento aos enfermos.

e.s«íf.§. Y) O& queoSatt&o Sacramento fedeuelcuar ao$ enfermos cora


ZfLif. ^ todaareuerencia,& acatamento que pofsíuelfor» Ordenamos,
Trid.Sej. & mandamos a todos osPriores,Vigayros,Reytores)& Curas,quc
i'$m- quando ouuerem de leuar o Senhor aos enfermes, facão primeyro
mr
- - dar doze badaladas como Sino mayorda Igreja, &afsi tangera cã-
painha de comungar á porta, ou arredor delia, para acudir gente q
O acompanhe: &acompanháíohãodous beneficiados, ao menos da
Igreja,íe nella os ouuer,& não os auendo dous clérigos: & fendo fo>
rada Cidade em parte õdenão haja mais clérigos que o que leuao
. Sã&ifsimo Sacra meto, acopanhalohão os Icygosofficiaesda Igre-i
ja,&irão com amayordeuaçãoqueforpofsiuel, chamando para
iflo o pouo da freguezia como he cuftume. E o Sacerdote que o ou-
elcuar,leuefobrepeliz Iauada,& cítola encima, & hua capa
V£Ítid3,fea ouuer na Igreja. E buaráo Calez,ou Cuftodia em q for tf
San&ifsimo Sacramèntoleuantada atèos peytos, com muyta reue^
rencia &ácatamento. Epelos hombros hum vèomuyto bom &r
limpo que cubra o CaIez,ou Cuftodia:&comPalio,feoãhi ouuer.
E a campainha hiràtangendo diante, & círios acezos. E leue o Sà^
cerdote duas hoftias coníàgradas, húa para oenfermo,& outra corri
que torne para a Igreja: E iflofe fará nas Igrejas em que ouuer Sa->
erário, &fe o tempo for tempeíbofo, de chuuu, ou vento, Ieuarao
lume em hua', ou duas lanternas, qáuerá, em tal modo ordenadas
quefe não apaguem, porque não fique o Senhor fem lume. E leuaJ
ráo Agoa benta. E os clérigos, que o acompanharem irão todos
cm proeifcão rezando Pfalmos deuotamentc,em voz alta. E fe for
hum foo Sacerdote, vá rezandofenipre^^c não fale, nem coníintii
falar palaurasalgúastemporaes.
f E mandem primeyro auizar a quem teuer cuydado do enfermo?
que tenhaacaza limpa & concertada, poíla htíamez*còmo cóh^
em que fe ponha oCalez, ouGufiodiacom o Sanfto Sacra rrÍtf,tol
E entrara logo o Sacerdote ao enfermo fem cffer na rua, como dan
tes
Titul o. £ D o fatfametò da Euchariftiar íS
res a cuflumanão. E antes que ponha o Sancto Sacramente diga: í f
máo,lcíuChriftonoflb Senhor & Saluador cô aquellacharidade &
amor cora quemGrreopornosfaluar, inftituyo o Sanftifsimo Sa
cramento de Teu corpo & fanguepara limpeza de noflàsalmas, cô*
fbrto dos atribuladcs,faude eípirimal dos enfermos, fortaleza para
ahotadamorte,&fu)gularcópanhia. Elle vos vem agora aqui vi
fitar, para vos perdoar, & alimpai voflfa alma de voflbs peccados*
Eacomcdayuo3 a clle, & pedilhe q feja cô vofco: porq íê dignamê-
te o receberdes daruoshàfaudenalniae corpo:íe vir q vos cóué
% Eiífoditoporáo CalezouCuftediana mefa fobre os corporal
e
s que para iííb leuar, & ador ãdo o Senhor de giolhos cô grande re
u
erencia voluerfehàaos que efteuerem ao redor, cuforadacafaao
d5 o enfermo efteuer, ou na rua,hauédojanella para poder falar, &
dirá: Irmãos digamos hum Pater nofler, & hua Aue Maria: pedia
do a nolfo Senhor, tenha por bé dar fua graça a efte enfermo, para
ae dignamente receba o leu Yerdadeyro corpo* E nos roga que
1 ie perdoeis fe algum mal vos tem fey to, q elle tambê vos perdoa*
E duo o Pater notr er, & Aue Maria, & fey ta reuerécia ao Sá&o Sa
cramento, chegaríchá ao enfermo,dizendo. Irmáo lembrauos ai-
gúa coufade que tenhaespejoem vofla confeiencia? porque quem
recebe eftc Sanâikimo Sacramento,confefíado,& arrependido de
feus peccados, recebe muyta graça, & efperança de faluação para
íua alma. Se diíTer que fi, ouça o,ou lhe tragáo feu confefforj fc cô*
cl(e fe quifer recóciliar,o qual a cabado, lhe dirájOra dizey comi-
go. Eu peccador,& errado,&c.E diga a canhTsão geral roda como
acima fe côté, & acabando o Miferearur tui: & indulgédá>& abffr»'
lutionem, &ca:tt itàoutra vez onde cftáo Sancto Sacramento, &a2
dorandoo de giolhos,tiraráa HoftiaqueoenfcrmohaderecebcrV
com todo o acatamento, &reuerencia.E fem fair á porta,nem ja»
nella com clle, po]0S incõuenientes que podem fueceder: chegar*
fe há & lhe dirá. Efte he o corpo de lefu Chrifto noíTo Senhor vef-*
dadeyro Deos & homem* que por nos faluar padeceomotie &
payxão naatuoredaveraCruz. Encomendayuosa elle:& pedia
lhe que haja mifericordia de voflà alma. Edizcyafsi. Senhor, eu
flAQ

I
Titulo. |, Do facramcta da, Euchariftk,
nao fpu digno, que vos entreis çrn minha morda: roas dita a vof
fô fanfta palaura, a minha alma fera falua' £ iftodiga três vezes
E np cabo dirá, Senhor em voflas mãos encomendo minha alma*
Vos me remiftçç D.eos de Verdade.
Í Acabado de çomúgar, lhe diga, í rmão day muy tas graças a noí
.. Senhor, par efla gíande roerce que vos fez, é auer porbé de vos.
Yi(uar,& fe apofeatar em voíTa aíma.-flcây muy to alegre & esforç*
do:, porque com tal Senhor afsj. o.deUeisdeeftarcconfiay na fuami
fcricprdia,& piedade, que elle lerá fémpre com vofeo. E também
Irmão pedis (fe neccíTario for) o Sacramento da Vnção? Diga Cu
f 2 íHaafsi fcy to cõ a íolennidadc & aparato cõ que fe Ieua.ro Sã-*
íto Sacrameutoao enfermo,com a mefraa fe tornara para a Igreja i
E fahiráo rezado o Pfal.Miferete meiDe*,& chegado à Igrejao po-
nha. noaItar:^moH;ralohàaopouo, & de pois delhomoftrar, dí]
g4hes o merecimento que tem ante Deos, por acompanhar o Sail
íta Sacramento. E que nos outorgamos quarenra dias de perdão a
$odp$osquéo acompanharão, ik\ na ida, como na vinda,&lhoí
outorgara da rioiía parte,lançandolivesabençáo;& meterá o Sááta
Sacramento np Sacrário,
% £ não o haufdo na Igreja (euará o Sacerdote húafoo Hoftia cojdj
&grada>para dar ao enfermo. E de pois de o. enfermo commugatí
Ioga hi na meíma, cafa tiraràa capa, & eftcHa: & outorgaráos dito*
perdões ao pouo. E porque ha de tornar fem Sacramento, não Ie-
uar aquando tornar lume diantedefi, nem tornará com folennida
de,pprque o pouo não adore o calcz,ou cuôodia. çuy dando que vai
Dejla o Sacramento. E feoenfermo,que.reccbetaSãcramento te-!
uer tal doença, que por algum accidepte» ou vomito, cu algu*
outra ajteraçáa 0 náp potfaou deua,receber: o Sacerdote lho moP
trará, & o prouocará a toda a deuaçãa, para que oadore fomente*.
E iítoficarà em arbítrio do Sacerdote* ppkenfor mação quedado-
ente teuer,
f Ípor ^Ptpquandodiflêr ro iâ^parja confagrar, &leuar o Saneia?
^çramento a algum eufermo,na %r£>a.é que n áo oauer SactajW
M*pfa comungar oa sniflã, nunqua tomarão lauatoriei atsã vesj
nb*
<?.
• »

Titulo:?. DòfacrametodaEucharlíliaí
r
21.
íiha de cazá do enfermo: para que fendo cafoque o enfermo o não
poíTa receber pelasxaufas 'obre ditas , & tornar com o San&o Sacra
mento a Igreja: a hi com unge outra veza & tome olauatoriopois
não ha Sacrário, nem lugar onde fe guarde. E o Sacerdote que to-
do afsi não cumprir, pagará por cada vez quinhentos f s, & auerá
amais pena xijue feuexceíTo merecer.
qCanjimiçáp. K ComoJe hãode preparar <u cajai[dos
x '■ enfermoiyaqtiemfef)cide.lmaro Sm-'
Eiijsimo Sacramento.
W) O l\ que muy tas vezes acontece íertão pobre o enfermo,que
1; não tem com quêcoarer tara caía em quehadecomungar,nem
meza onde fe ponha o Sanfto Sacramento: Ordenamos, & manda
mos, que fendo ferto o Prior, ou Cura de tal pobreza: tenha êuyda-i
do de bufear pela vizinhança, ou de fua caZa,ou donde íe melhor po
der auer, todooneceílãrio para confertar a câzaerri que ha de entrar
O Sando Sacramento: & meza em quefe ha de pôr -y não cófiderádo
ihonra doshomés, mas o acatamento &reuerencia,que fe deuea
tão alto mifterio. /
*[ E acontecendo morar O enfermo tão longe da Igreja donde h 1 de
fair o Sanóto Sacramento á caza em q eftá o enfermo, q haja quarto
de legoa, ou quafn & poíto que eja menos, fe o caminho for tal,
ou o tempo for de tanto vento, ou chuua, quefe naopoíTa lcuat o Sã
&o Sacramento com a reuerencia, honeftidade, & acatamento que
' ^ontiem íoufe temer algum perigo polo defeonferto do tempo, ou
do caminho: em taes caíos auemos por bem, & feruiço de Deos, q
auendo algua Hermida juntodonde o enfermoefteucr, fe diga nella
mifla, & não auendo na Hermida ornamentos, leuenfe da Igreja:
&da dua Hermida feleuará o Sanita Sacramento ao enfermo. E
não auendo Hermida, fe poderá dizer miflfa em qualquer Oratório
de cazas priuadas, ou em Altar dedicado ao oculto diuino; & por nc
nhúa via o Sacerdote leuará Alçar portátil, nem dirá mifla nelle, po-<
fto que a Igreja, ou Oratório eftè longe, por afsi eftar determinado
pelo fanâo ConcilioTridentino:mas' leuará o Sanétifsimo Sacra-
mento da Igreja, Hermida, ou Oratorio,queefteuermais ve2Ínho
F ácaza
Titulo.^ Dofacramétoda Euchariflia.
ácaza do enfermo com a mais decencia,& deuação que lhe forpofsi
uel* E fe não ouuct Igreja, nem Oratório no lugar onde o enfermo
efta, nem mea legoa delle, & a necefsidadctlo enfermo for tal,q não
poderá efperar que fe lhe traga da fua, ou de outra Igreja, ou o temr
po não der lugar a iflb, de maneyrâ que o Parrocho entenda que a-
uendofede trazer da Igrcja,o enfermo eftá em perigo de morrer fem
elle, ou de açontefer algum outro grande perigo; em tal caio pode
rá dizer mula em altar portátil, porque ocorrendo tal necefsidade,
não há lugar a prohibição de direy tot Mas feja auifado o Sacerdote,
que íêmefta grande necefsidade, ou perigo^ão diga mula em al-
tar portátil, íob pena de fufpençáo per hummes, & de2 cruzados pa.
iraas obras da Igreja, &Meyrinho.
^ Conftitmção. Vi, Que nas Jgre\asfefarãofacrarios em aue
:e(iê o Sanãijsimo Sacramento
tàb. s*ne /^Onfiderando os Sanâos Padres a necefsidade, que os enfer-
me ceitbr. V^>mos té,de receber oSá&ifsimo Sacra meto da Comunhão em
ilíafiíikupaíTamento,&úconfolação dosfieysChrifláos: ordenarão,que
tuá r%
* \ nas Igrejas curadas, &mofteyros cftcuefleo fan&ifsimocorpode
sef.i"c*6> fcofíb Senhor, em facrarios deputados pàrâ iflb, para íe dar aos en-
fermos quando o quiferem receber: o quallhes darão, fe ouuer hi tal
nccefsidadejque pareça não fe poderdilatar: pofto que tenhão comi
do, & feja denoy te. Por tanto mandamos, que em todos os moftey
toscònuentuaes,& Igrejas collegiadas, & também nas curadas,
que teucrem quarenta vezinhos á ellas conjuntos em pouoação, ÔC
dahi para cima:fàção hórados facrarios á eufta das meímas Igrejas,
ou molteyros,oudequé'dircytofor ;ondeeítèoSan<Stifsimo Sacra-
mento, o qual cftarà no Altar Mor, fe pofsiuel for, em q fe ponhão
ao menos três hoftiasconfagradas,húa grande para leuaraos enfer-
mos, o Sanâo Sacramento: & duas pequenas, para elles comunga
rem: & eflarão fechados com boas fechaduras, Ôcchaucs, com todo
oacataméto, & veneração,fegudoa íàculdade de cada Igreja:&te
ráas chaues o Prior, Rcytor,ou Cura,ou o Prior Crafleyro do mo-
fíeyro,onde Cura não cuuer.E não as cometerá a outra pefíba algua;
íáluoemcafo de legitima necefsidade:& fendo Sacerdote.
f Eícjão
Titulo. ?. Do facrameto da Euchariftia. %i
%Ê fcjão auizados q tenhão o San&tfsimo Sacràméto em cayxâ êt
pao forrada de velludo, ou fetim, & não em prata porque a fido fur
tem: & feja poíh em pedra de Ara,& em corporaes muyto limpos
fora de roda humidade, ErenoUalohão, de õy to, em oy to dias, 64
krão lauar os corporaes per Sacerdotes, oU Diáconos, & de mez, 6
ftiez, lhos porão latlados, olhando primeyro o Sacerdote que tirâc
os velhosj que não fique nellesalgúa relíquia do Sanctifsimo Sacra
meto. Eaueráfempre ante o San&o Sacramento hua lâmpada bc
confertada.combomazeyte,4cuítada Igreja, ou Mofteyto, ouõ!
~ * 'ff r . . i . ° /IAí>/*C d.c, Sane
que aulo for obrigado, de maneyra que nUnquaefieôSancto Sacra «dfin.de
mento fem lume, porque afsi o manda o direyto. Significando pe- £S^
Mumecorporal a claridade, ôacfplandorefpiritUal, com que O
Saa&iísituo Sacramenro alumia as almas daquelles que digna-
mente o recebem* E nas Igrejas cujas rendas não paílarem de crin*
ta miíteacsjfenãoouuereímolíaordenada paia a lápada,ordenefc
Huapeffca denota que peça paraella: & o que a efmolla,& petitório
n
ão bailar, fcfupra pelas rendas da dita Igreja, ou fupfaô os moído
toos das coafrarias,nouamente iníiúuidas pelas efmollâs que rece-
bem. E os Píiores, Reytotes,8i Curâs,& peílbas a que pertencer,
que oíobreditonãocuprirem, quanto ao fazer do Sacratio,dapu«
bl ícaçlo delta a féis mezes, por efle mefmo feyto,os aUemos por có
dr nadou em mil rs:& por cada vez que a dita Iãpada não efteuef
•cíZ i a rmy or perte do dia, & toda a noy te, pagara o que delia te-
tttt cuydido, fiucoenta reaes. E fe a culpa for táo grâue,que mere-í
Ç* mayot pena, fera punido mais graueméte ao arbítrio do noflb
^rouifor, Vigayro, ou Vifitadores, aosquaesmandamos,que cõ
todo o cuydado, & diligencia o íàçãoafsicuprir, & guaidar,comd
por nos eftà ordenado.
»— — • _

Titulo. VI. Do Sacramento da


Voção*
ÍCofifítuiçâó] 1. Conto, ft) quando fe dará áol
enfermos*
F* •
Titulo'. 6. Do5acrametódaVnção7 '
b t 'yv^;K^3 Sacramento da extrema Vnção, he também ia uy
nece dí oatcc 0 e
UtsacY. J/^â^^ ^ ' ^ ^ ' Chi iftão: porque cõclle Ce acre
(Cm a & ÍC C$forí na h ra m0rtC 31
Irld.Uf.
e ic f WgBjffl rc * r &***> ^ ° ° ^ »P *
*4 ^ / ' ÉÍK221|| fift' ás tentações do imigo, & tem cutros íínguía-
wf"jf' f«seffcytos, o qual hão de receber fomente os enfermos adultos, q
eílãoem euidentepcrigodemoítc,queproceda de eíafermidade,oa
veihiííc.Ecfie Sacramento cómumente fehade adminifírar ao me-
/ nos por dousSacerdotesX oproprioCura,&cutioque o ha dff
ajudar, auendoo na freguezia, & náo oauendo, o virá ajudar cutrp
da miis chegada fogueziajendo por tile requerido :faluo fc otn«
fermoeacueremtal paflb.quefacilmente fenão pouaaueroutro
Sacerdote,fenão o próprio,porque entãoeile cô humlcygoque
lhe refpopda, ou íem Icygo, o poderá per fiadminifhar reípcndé-
doelle a si mefmo,E nas Igrejas onde ouuer beneficiados, hiráo
,aq menos três beneficiados, com oReytor,ouCuta pordiflribui-
çáo,fob pena de dozenrosrcaes,& de perder todos os beneífes da
qaelleque vngircm, fe a caio morrer. Mas cm todocafohade (et
íempre adminiílrado pelo próprio Sacerdote, ou per outrem, a
quem o eile cometer: excepto em ca«o de neceísidade, que qual-
quer Sacerdote o poderá fazer. E ao tempo que fe adminifírar eile
Sacramento lcuarào húa bacia & toalha, que mandamos que ha-;
ja fempre em cada igrcji, para adminiftrar efíe Sacramento, &
doutra coula nío 'eruiráo, nem outra bacia tomat *x E hiráo com
lua Cruz na máo, como ate agora hc cufíuinado,íob a pena abay-
xo peita.
f E por fer efie Sacramento tão neceíTario, mandamos ao Reytor,1
ou. Cura, que vifitando eile os enfermos de ruaParrochia,&mi-.
nifírandclhes os outros Sacramésos,lhc encarregue muyto,queche
gando atalperigodefuadoenca,iequeyra& receba o duo Sacra-
mento, dizeiídoJhe o fruyto que fe deíle fegue,& trabalhe de lho ad
miniflrar, eftando ainda o enfermo cm feu acordo.cV com tal fentí
doque opofla receber com deuaçao: Maspofloqucoiiãoeílé&o
veja fem íalajenâo efíeuer em publico & notório peccado mortal»
de que não conílefer arrependido, lhoadminifliaiá. £ aísio fará
tztfli

A
f Titulo. 6 * Da facraméto da Vnção 1%.
também,fe o enfermo efteuer em tal paflbjquefeduuide fehe morto
ouviuo: porque então lho dará com proteftação, que ô não vnja
fe he morto.
f E a peífoa que por defprezo, ao menos fendo requerido, o deixar cic.Trti:
de receber, falecendo/erlhehá denegada a ecclefiaftica fepulturâ. E SC/MM
o Rey tor, ou Cura, que todo o íobre dito nao cumprir, lera caftiga V»#.í.$.«í.
T
do como merecer fua culpa. E acabado de dar o dito Sacramento, Jf£%t
encarregamos aos Priores, Reytores, & Curas, que trabalhem de dqiaa
eftar com os enfermos, & os esforcem & ajudem abem morrer, tra
Zendoíhe á memoria a payxáo de noílb Senhor lefuChrifto, como
fe contem no titulo da rezidencia. E os viíuadores procurem quefe
cumpra efte capitulo nos lugares onde fe poder cumprir. E o Cura
a que falecer enfermo fem elte Sacramento por fuâ culpa, ou mani-
feftanegligencia^haueráa pena que diífemosno titulo da confifsãç»
capitulo. 6.
m
* f * •

^ ConftitMçâo. li Que nãoJe leue premio por efte Sacrameu -


tofiem outros:nem appltcçtempára fios confejjoresat
penitenciàS}OttreftitHÍç5esdospenitentes>
t 4 • |

PO R diuerfos Concílios eftá detetrainado,que por nenhum Sâ ****•«*?


cramento dos fobre ditos fe dê, nem receba coufá âlgua: fegun- Z/u^jíi
doa doutrina euangelica, que o que de graça fe recebeo, de graça jjJJjJ^J
»edè, fem intereffe, nem premio algum t & conformando nos com sef.ii.de
«Mes, defendemosqueoClerigoquealgu dos ditos Sacramentos *fi!*M
dér,não leue,nem requeyra por el^les premio,faluõ fe de efmola ferri
feu requerimento, & voluntariamente lho quiietem darèE fazenda
o contrayro pagará mil rs, além das penas de fimonia que per di-
teytoeriçorre,&ConcilioTridentino-E mandamos que na mef-
nia doença não fc}a algUm vngído duas Vezes,mas a doecendo dou-
lra
>fe lhe poderá dar por ferreiteraueh

5* Titulo. Vil. DosSãndlosOleOs.^


Titulo. 7» Dos Sadios Óleos.
^Cofiflitmção, l, t-Atéauanto tempo os Priores, T^jyiores^
& Curas hão de leuar os oitos afuaslgr^as-^
aauemfe hão de entregar.

*Jittrisdt ORdireymhetyrdenado, que cm cada hum anno


Cofecrat,
dijt.\. t. na quinta feyra da cea fe facão nouos óleos, &
ijuoniã de
Sent.tx- chriíma pelos Búpos cm foas Sees-, ou por outro*
eomjn 6» Bifposdeliia licença paraadminiírracãodos Sacra
mentos que dito temos:& dos velhos não fe vze ma
JwdTcs is>antes fesõ'fifumâ& lance na pia debautizar; & fomente fique o '\

jccrat. Qleo infirmorum, ate que venhãoper nouos óleos, por que íbbre-
uindo no meyo tempo algum perigo de morte a algum enfermo, o
pofsão com elle vngir: & o contrayro fazendo, fe lhe de graue caíH
go. Por tanto conforroandonos com ellc$ ordenamos & mãdamos
a todos os Priores,Reytores, & Curas, & outras peífoas a que per-
tencer ter os ditos oleos, que em cada hum anno vão ou mãdem poí
pcflbas de ordens facras,& não per outras,pelos òleos,nouos& chrií*
ma a nofla Igreja Çathcdral, ate trinta dias depois de Paícoa, fobpô I
nade trezentos rs.*
^ E por eíla defendemos ao Sòbthcfourey ro da nofla See,ou aqueto
cargo teucr dos Sanâo s óleos, que os não de, fe não a Clérigo conft»
tuído em ordes facras, fob pena de quatrocetos rs, para o nofío Mc/
linho i o qual Clérigo jurará que os leuará a bó recado fem diminui-
ção .E fe o Sacerdote que for pdos oleos, depois de lhe ferem entre*
guês, for impedidode maneyra que os não pofla leuará ígreja onde
hão de fer poftos, mandalos ha por outro Clérigo de ordes facras»
& não os entregue a IcygOj fob pena dequinhentos rs.

^ Conflituião. 11. Ba maneyra que hão de leuar os oleos dê


SM p*f* as lgre\as de fora: f$} comofe
i\

hão de guardar.

Stabelecemos & mandamos,que quando fe Jeuarem os oleos #


chrifmadanofía SeeparaalguasIgrejas,q eítãolongeâ qnáa
oíf
P *
Titulo. 7. Dos Santfos Oleôs* 24
pofíà chegar o Clérigo d dia que lhe forem entregues* ou fe fe ouuêr
de deter aigus dias no caminho por algúa juftacaufaifeouuer Igreja
no lugar onde fe deteuer, ponha nella os ditos óleos & chrifma, &
não hauendo Igreja, os ponhaem lugar honefto onde eftem betn
guardados, fob pena de quinhentos rs* E por cfta mãdamos aos Prio
res, & Curas, em virtude de obediência, & fob pena de quinhentos
rs, para a See, & para quem os ácuzar: que Os recebáo & guardem
todo o tempo que no dito lugar eíteuctoque os leuar: & tanto que
vieremà tgtejâferepicarànella,por rcuerenciada Vinda dos San-
dos óleos» E o Prior com os beneficiados* onde os ouueí,receberá
os ditos óleos com a Cruz à porta da Igreja. E porque os fahótos o*
leos eítem fegúros, poios graues inconuenientes que acontecem,
mandamos que os tenha fempre fechados oReytoí, õu Cura da! I-
grejai & a ninhú outro Sacerdote, nem Theíoureyro os entregue,
nem achâuedelles,fobpenadcdousmil is do Aljube. E quando
por algua necefsidade cumprir leuar os óleos fora, os não poderá le-
toar fenao Sacerdote, fob pena de cernis* & da mais pena que bem
parecer a noííos viíitàdores:osquaes deflecaio viíitarão, & inquiri-
rão particularmente. E fejão auizados Os ditos Curas, que quando
renouarem os óleos fempre lancem menos quantidade dazey te da cj
for a do Óleo fágrado*
^ E acontecendo que algum quando vier bulcar os óleos, não traga
acera que fe deueao Bifpado & Cabido, õ fobtheíoUrcy roos máda*
ráanôs,ouânolToProuifor,oqual lhe mandará dar os óleos, &lhe
afsinará termo em que traga á cera, fob âs penas que lhe parecet.

$V Titulo* V11 í. Dô Sacranícntoítí


da Ordem»
^ Conjlituiçâo Primeyrãl
Hlo Sacramento da Ordem* fegundo o que a Sagra-
da eferitura, & vnanime tradição dos Sã&os Padres
tios enfma,per palauras & finaes exterior es fedágra
Çai& por iCTo nao fe pode duuidar fer hum dos fete Sa
--- cramen:
Titulo. 8. DoSacramSto da Ordem.
Trilfej?. cramentos da,Sanfta madre Igreja,
^vcramenTOsaaaancta igreja, pelo quaMe
qual fe imprime carafter
caracter
\tm na alma, corno no Sacramento do Bautiímo, & da.Confirmação &
*n»í»ewf,
2# não ppde reiterarinéaqucllesq
q.Tbom. - . * ípkfefifcp, receberão p ordes facras>
—»
©* rtefl.-pQde tornara ler leygos. E deite Sacramento fomente os Blfpos
5$f44?'$fi miniftros;nem ° cófentimento3ou preíença^oponodealgúas
£«*#. i. outraspeflòas fceulares,ou príncipes he para iíloneceflària, de ma-
tar
ttfrXlT aeyra 4 kk' >° Sacraroéto não feja yaliofo.Eosq peroutrosque
»™^\ não forem Bifpos, foremordenados0ou portos em algum miniftV
*. ' ' riodeordem, nãofãominiftrçsdas Jgrcjas.mas ladroes facrilegos
Trid. d.c.^ n-0 cntrai:5p pelapoct^como o fagrado Côcilio Tridctino decla
ccUrosii. ra. E por que cfte Sacramento de Ordem.tem fetegráos(comoen*
M™\fina & enfinou fempre a Igreja Çatholica ) & por ter diferentesmi-
*.. Jtifterio$,requerem
^ilterio$,requerem difirerentps
diferentes idades, terop^fc
tempo,& íumeiencia:
fumeiencia: & para
fe faber o que em cada hum dos gràos ferequere, ordenamos af
v
Çonftituiçóes feguintes* " ' "

f}'onatZA P"meyraTonfura,poftoque não feja Sacraméto, pornãofer


r£Ícm
*Zfd. *>° "cmgráodella^ehÚadifpofsiçáo parâasordés; porq
Mjt.zt. afsi como os que háo de receber o Sacramento do Bautifmo, íe pre-
íbifso)'. Par*° com exorcifmos, afsi para otlaordem pela primcyra Tonõ>
4M. coi. rafededicãoa Deosparaomintfieriodalgrejaosquchãodcfcrjor-
denados;& per eflaTõfura felhe poé o nome de clérigos, por ficaré
cley tos para a forte & herãça do Snr: por tanto os q jouucrem de ha
j$!£it ucraPrimcy»Tofura,fcrão bautizados & cófirmados,& faberãobé
rtfirmc. os Artigosda Pee>&doutrinaChriftaá,& ler,&efcreuer, & de ida-
*• de de íete annos para cima, dos quaes haja prouauel efpcrança que
não pretendem efte género de vida ecclefíaftica por fugir ao juizo
íecular, mas por feruit ao Senhor nefteeíbdo.
d s uc 0u eretn
ff" 5' "f ° ^ ? de receber cada hua das quatro ordes menores,
ou todas, ferãomayores defetcannos, & alem da doutrina Chrí-
flaã, & Artigos da Fee,& ler fcefcreuer, faberão a Jingoa latina de
manyará que entendão bem o que lerem, & rezarem, ou cantarem
a*
Titulo .8. Do Sacrameto da Ordem, ijl
na
. ^greJa> & Terão ordenados pelos tempos deputados pela Igreja, Tridfcjf,
2JUI
(aluo fe outra coufa nos parecer: & não ádãdoa&ualméte no eLtudo, '
oqueforprouidoáalgumgráodasordés menores, feruirá cada hú
no minifterioda dita Ordena Igreja a que per nôs,ouno{íòProuifoÉ
for deputado-, & afsi feruir áo degrao é gráo, exercitãdòfe no minifte
rio de cada hum. E depois de promouidos a todas as quatro ordés
menoresjhesnãoferãodadas âs ordés facras, fenão paflado hum
a
.nno;faluofepor necefsidade, ou validade da Igreja outra coufâ
nos parecer. Nem ferão admittidos a ordés menores, fe não a
quelles em que fe achar efperança de feiencia que o faça digno das
mayoresj no que encarregamos a confeiencia dos examinadores pá
*a iílò deputados.E os que andarem no cftudo trarão teílemunho de
teus meftres per que iuftifiquem feus cuítumes & efperança que de fi
dão: & os quenãoeítudarem,traráo o mefmo teílemunho do Prior*
ouReytor da igreja onde for em freguezes.
^ Eosque afsi forem ordenados a ordens menores, não gozarão
do priuilegio clerical, faluo tendo beneficio eccleíiaítico, ou andado
em habito.& tõfura feruirem em algúa Igreja de mandado do feti
Preladoj ou dehcéça do mefmo Prelado efteueré no collegio do Se-
minário, ouemalgúa Vniusrfidade,ou eftudo aprendendo,como
em caminho para ás ordens may ores.
u.
Conílitmcão. HL Do Subdiacom*
w

M S que ouuerem de tomar ordens de Subdiacono, rerão vinte & 1"ct^


^v/x htlannoscúpridos, & entrarão em vinre & dous, & ja aproua
dos nas ordés menores,q íejãolatinos,&faberão cãto,&feráo inftrui
dos nas mais coufas, que para o minifterio deita ordem fáo neceíTa-
nas. Serão de boa vida &Cuftumes, para o que lhes íèrá primeyro
corrida folha no juizo fecular donde fá o naturaes, ou reíídirem ama
yor parte do tempo; & trarão eftromcnto autentico tirado per or-
dem do nono Prouifor de fuavida & Cuftumesi o qual fará o Prior,
Rey tor, ou Cura, em cuja fteguezia viuerao a may or parte do tem
P°i no qualalem das teítemunhas queíeperguntarem em fegredo,
VirãoteílemunhododitQpiior,Reytor,ouCura; aquémporfiôa -
ou
G
Titulo. 8. Do Sacramento da Ordenií
ou noíTo Prouifor for cometido: & antes de lhe paflãreftromentoj
denunciaráaopouo,aomcnosemhum Domingo," ou dia fan&o,
nomeando a elle & a feupay, & a terra donde he natural, para que
poíTa ftr bem conhecido.
If E por que nem todos fabem quaes fáo os impedimentos, que cony
j forme a direy to deucm impedir as ordésfacras, na denunciarão que
fe fezer, o Rcy tor, ou Cura lerá por eferito os jltensj/eguintes, para
que cada hú diga no termo que lhe for afsinado, o que dellefouberJ

¥£<% í * í Se he bautizado, ou confirmado.


bA?úz*t. €[ Se hc hereje, ou apoftata de noflâ San6>a Fee;
Jfam^ í Se lie filho ou neto de hereje, hauido & condenado por tal quor'
c nt V lie U m rrc0 cm errcconc iac 0a anc a
leb " * '° ° ^ ^ -- - ^ ^ Madre Igreja} oufi-
íB,ó. ' lho de molher pela mefmamaneyra tida por condenada. ,
CjM. de x ** sc comete© algum homicídio voluntário com culpa,ou fenYclhl
Cap.jme nao lendo em julía&neceflaria detenção.
nisfnetie'' í Se fez ou procurou aborto, conforme ao Motu Próprio nouo.'
rui, v«/ 3 ^ Se cortou algum membro a algum .f* mão, pec, braço, ou outro?
ckin.i.de femelhante voluntariamente, com intenção de o fazer, ainda que
bomicidi0 fòíTcpor authoridade daiuftiçà, não fendo como dito he em fua ne-
áíxf.s.f, ccílana detenção.
4
§tm£'. f Sewy cafadoduasvezes,ouhí3acõmolherviuua,ouocrrupta2
capuhh, 5 ^ SeheillcgitimofilhonaturaI,ouefpurio&não cafeido de ligití-
ne eleriei „^ -««•»:-««. ;«
v{/mo»4. mo matrimonio.
MA *& 6 ff Se he catiuo de alguém, & fem licença de feu fenhor fe quer or*
pne/ta*, «enar.
C 7 tcm ou teue a a lu
fí*% ^ ^e -S" toria, ou officio algum de adminiítracão
«»«ou or de fazenda delRey ou de outra peííoa, por rcíão da qual efté obriga
dinan. doadar contas.
Oj,. i.de 8 ^ Se cometeo algum crime graue, polo qual cfteja querellado,oiT
Ttwiit denunciado ás juftiçasj & fe prezume que por fe eximir do foro &
juftiça fecular, fe ordena.
cap.i. i« 9TB" Se foy promouido a ordens menores por faltol devxando alga
teuc per f , „ 1 , * . , .*. r O
fdtt>Lt. dos pnmeyros grãos, & tomando os derradeyros. j
w fc
♦ ^} " r; : ~
Titulo .8* Do Sacramento da Ordem.' %6.
10 tf Se cc«n por cuftumc fcr figura cm autos, comedias, ou trage- c.i.s.pr*
dias publicas por dinhey to, fazédofe chocarreyro & jogral para 2f"ÍÍÍ
mouer a rizo. . . dtcortnm
H ^ Se por razão 'de algum crime, que cometeo,he infame,quc fe* 'ho ™*''
ia infâmia de fey to, ou de direyto. %<£i»f*-
n ^ Se cfta publicamente amancebado, óu he tornicario publico, rcg.iur.in
tido & hauiçlo por homem incontinente j&náoíeeípera que no 6c'extcnm
eftado de Sacerdote feja caílo & continente, como dcue: ou fe co (. IU^Júí
meteo outro algum crime notório por q mereça fer depofto. iil'^*'
13 tf Se tem vifta nos olhos ambos, efpeciàlmente no olhoeíquer- t-Mdtti
ii - sr % * f i e r J I j>er'ord<t*
do, de maneyra que ftao polia celebrar, íem delar ou elcandalo. ^r<rtir. j».
14 fl[Schcgiboío,corcoqaao,ouàleyjadodepcrrta,oubraçp, ou f£dtttt
de outro membro, de tal aley jáo que feja efçádalò fer Sacerdote. pw,ykitt
%% tf Se he doente de gota coral, ou tem femelhantes accidentes có Cfa)f%JL
os quaes cava no cháOjOUpercaosfentidoscouaíTombrado do d.t.i.Jt
i * . ' * terp.Mti.
demónio. o.t#uri*
u f Setemencórridoem algilaexcomunhãomayor,poíUà iure Jj^^j
vcl ab homine, de que não leja abfolto: ou fe cftando nella fez ai- brat» de
gum a6)o ou officio de Ordem. ? ^J-jg*
17 *f Seencotrcocmalgualufpençáo,ouperditeyto,ou perfenten t.'etiug*P
ca de algum Prelado, ou luiz ecclefiaílico, perpetua, ou temporal %!£"£
m H
em que a inda efteja. 'fi *'f:
18 ^ Se he cazado per palauras de prezente em 'prefenfa de Parto- Trí&tld,
cho com teflemunhas:cufejurou,oupromcteodecafarcomal **&***
guamolher,da qual não eHê ainda defobrigado* t.\.tífii%
IS^ Se não he de vinte &dous annos de idade. ^ííirí.
*o tf Sehe abftemio de maney ra,que todas ás vezes que bebe vinho ***•«•illi
lhe vem vómitos, ou a mayor parte delias, 4.Tvdtnt
it <J Se polo contrayf o fe embebeda muy tas vezes, 7ÍÍ2&'.p
*t ^ Se he defacizado, ou tão ignorante que não tem fciencia,cu ? ix-iden-
faber fufficiente para o offitio Sacerdotal. yííS"'
*5 ^ Sehe natural defteBifpado, ou ja fey to nelle compatriota. J*™f"

ff Todos cites apontamento, kra o Reytor,ouCu;a, quándodsnu-7* *£«*


E-,.. - dar;;^;*
Titulo. 8. Do Sacrameto da Ordem.
ciar os que fe hão de ordenar para tomar ordens de Epiflola, em voz
alta & intelligiuelj mandado fob pena de cxcõmunhão,ipfo faclo, q
no termo que lhe afsinar , lho digão em fegredo; porque para pôr
a tal excomunhão, per efta noíTa Confiituição lhe damos poder :&
fe não lhe for denunciado algum defeyto dos acima ditoí5,afsi o de-
clarará per fua certidão-> & denunciando algum,tomará os ditos das
peflbas per elles aísinâdas, & de tudo enuiará eftromento íerrado &
affelIadoanôs^ounoffoProuirorí&náo o entregará á parte que fe
ouuer de ordenar, nem a peflba Tua, fenãoa humfielácuftado mef
mo, dandolhe juramento que lho não entregue*

ÊConâituiçâo. 1111. Que nenhumJe]apromdo a ordens


jacras Jem titulo de 'Beneficio, ou patri
momo fufficiente»

Câp u- TJ Por fer injuria de toda a ordem & eftado clerical, os que fáo dedi
con
55JjJj^
Trid i-r^cadosaomtniíteriodiuino,&reruiçoda Igreja, mendicarem,
u. dt re ou exercitarem officios vis, mandarão os Cancncs antigos renoua-
íéjfnèmt dos pdo Concilio Tridentíno, que nenhum feja promouido a ordés
»? tf.sã facras, fem primeyro conftar que tem & poíTue pacificamente Bene
dijié' ' ficio ecdefiaítito, íufficientepara fua fuflen tacão. E os que teuerem
património, penção,juro, ou tença, cu outro titulo temporal perpe
tuo, & certo, & íufficiente para fe íuílentarem, podojão fer ordena
djs, pârccendonosquefãoneceífarios,ou proueytofos à Igreja, co
mo pelo mofino Concilio efiá ordenado.
Ç E por que muy tos, para effey to de ferem ordenados, hão de feus
paes, parentes, ou amigos doações de bens & fazendas, das quaes
fazem eferituras, tomãopoíTe,obrigandofepor eferito, ou prome-
tendo per palaura, tanto que forem ordenados, tornarem a alargar
lhe a dita fazenda, ou de não lhe leuarem os rendimentos delia.
Mandamos a noíTo Prouiíor, & Vigay ro, & aos examinadores que
com muy ta diligencia vejão as doações, & títulos dos patrimónios
que lhe forc aprefentados, a qualidade da fazenda, os rendimentos
delia, as peíToas que a desão i & Tendo o que a deu Pay, ou Auoo vi
jafe,
Titulo. 8. DoSacramento da Ordem. 27?
jafe,fe lhe cabe em lcgitima,& terça, & fe tem cafados outros filhos, TridMU
ou ordenados primeyro, a que fua terça já leja obrigada} & f ndo-^"'
parentes ou peílòas éfiranhas, veríeha íe os que a derão fáo cafados,
fe outorgarão fuás molhcres; fe pedem dar a tal fazenda fem prejudi
carás legitimas de feus filhos ,&feeflá obrigada a alguém por ge-
ral,ou eípecial hipohtecaj& fe realmente eftáo de poílè dos taes bensi
& mandarão febre iflo fazer diligencias,publicas,ou fecretas;que lhe
parecerem mais neceflàrias,
^ E fe algum com pouco temor de Deos, pôr engano fe feZer orde
R
ar fem titulo de beneficio, ou património, alem da irrigularidade rã^rri,
c
tn queencorre, fera prezo & degradado para Afírica,ou outra par y£p{ff£
te fora do Reyno que a nos cu hoflõ Vigayrc parecer ♦ E o que alcá- tomãntc.
Çar dalgum Clérigo Beneficiado que nosfru&os de fua Igreja, cu ÍV.V/Úé
beneficio lhe Ccnítitua titulo a que fejaprouidojoude algum Cleri* ]>«*•
go,ou leygo que lhe cõftituâ pati imonio a cujo titulo fe ordene,jurá
do, cu prometendo de nUnqua lhe pedir coufaalguâ, nem o inquie-
tar fobre iffo; o queafsi lhe conftituir tal titulo, íendo Clérigo encot
fera em fufpenfáo de fuás ordens & orneio clerical per rres annos:
E o queafsi for ordenado, fica irrigular para não poder jamais vfar
das ordés que tem, nem receber outras; faluo auendo diípenfaçao
da See Apoftohca por afsi eílar determinado per dircy to Canónico* Cêp. /«»»
^ E porque os que ião ordenados a titulo de Beneficio, o não pode jíu!u.
renunciar, fem primey ro terem outro titulo de Beneficio, penção, *•»}/»*«
ou património, ou outro ícmelhante,declarando que foráo ordena*
dos ao titulo delle; & fazendo o contrayro, a tal renunciação & tu*
do o que delia fe feguirhenullo. E osque*fão ordenados ao titulo
de património, não o podem alhear fem terem outra couía ferta &
perpetuadeque viuão: mandamos âonofio Efcriuãoda Camara,q
em o termo em que efercue os oue íe ordenão, declare o Beneficio a
eujo titulo cada hum foy ordenado, & o património jtreíladando as
doações no dito termo, para per elle confiar como eftà obrigado,
&fefabct (dalgum renunciou, ou alheou o Beneficio, ou patrimó-
nio a cujo titulo foy ordenado,tomo não deuia, & fe proceder no
cafo como for júítiça.
G3 f^ft
Titulo. 8. Do Sacrameto da Ordem.
«

fConfUtuicão. V* Da Ordem de Diácono, ou


«tf Euanpelho*

TriÂStf. /^$queouuerem de receber ordens de Euangelho,fcrâo de vin»


v*/ te & três annos de idade,ouentrados nclles: apreíentaráo 05
titulos das ordens de Epiftola, & de todas as menores, & dal5 rirney
raTonfura,para per e les conftarque hc legitimamente promoui-
do; & trarão certidãodoPriór,Reytor,ou Curada freguesia em cl
antes tefidiráo^como todo huanno precedéte exercitarão as ordens
6c orneio de Subdiacono, frequentandoos Sacra mentos,com o erão
obrigados, E o que pelo dito tempo não teucr feruidonomrniftcrio
da dita Ordem de Subdiacono, não fera promouido a ordens de E-
mngelfao { faluo íè outra cou& nos parecer) & os examinadores o
não admitirão ao exame, fem mofirarem certidão do febredito,ou
difpenfacão nona , per que mandamos que féja admitido, íeni
cn rbargo de nâo fer paliado o anno, & de não ter feruido como dito
he na Ordem precedente: & fe lhes farão os mais exames de feien-
cia, vid*,& cuítumcs,& prcgôcs,& folha corrida no auditório ccclô
fiaítico, como aos que íeoidcnáo de Epiftola; $c na feienciacoro
mais rigor»

f&>r$ituieã9. VI. Das Ordens dt Adiffa.

.. Sf r IO Osquenas ordens de Subdiacono, & Diácono precedentes fe


*j.f»i4í l-/ouuerem como deupm, &fcruiremnominifterio delias na I-
greja a que forem deputados, oU onde reíldirem, hum anno depois
de receberem as de Euangelho, ou difpeníados por nos, fe poderão
aprefentar & fer examinados para ordens de Miflà, moílrando os ti*
tuíos das ordens precedentes, & feus cflrçmentos dcvita,&mori-
bus, & a folha corrida pelos efcriuães do auditório eccleílaflico fòmê
te. E não fomente faberão bem a lingoa latina, & o que conuem ao
roinifterioda Ordem que rectbcmimastudoomaisqueheneceflâ'
iiô,para en finarem ao pouo,o q lhelhe necefláriopara fua faluaçao*
os Sacramentos da Igreja, fuás matérias & fornias, & os principal*
effeytof?
Titulo. 8. Do Sacramento da Ordem. iS.
«ffeytosquecauíãonaalmajpor qcfte heoofficio & obrigação dõ *
Sacerdotes, ferem meftres do pouo no efpiritual. E fendo per dilí-'
gente exame achados Cufficicntes, & bem inftruidos nas coufas fo-
bre ditas, & viuendode maneyrano tempo atraz, que fcpouaeípe
xatdellesexéplode boa vida & obras,feráo admitidos. Efe algum TrU.ftff.
ouuer, que por culpa fua, ou defcuydo foflè promouidoper falto a ai* *****
gua das ordens prefedentes, não tendo míniítrado nella, & tendo
as
qualidades afsima ditas, difpenfaremos com elle, fe nosparecerq
para o feruiço da Igreja fera neccífario, ou conueniente*
Ç E pofto que todos os Sacerdotes em fua promoção rccebâo poder T..
paraabfoIuer<fos?peccados, nenhúSacerdote, hora feja fecular hora ij^.i
re
gular, poderá ex ercitar efte poder, nem ouuir confiífocs ou abfok
Ue
í de peccados,íêcuíatalgum,pofto que Sacerdote fejajfaluo tendo
beneficio curado neftc Biípado, ou fendo per nos ou noíTo Prouifor
a
prouado com licença per eferito, que fe lhes dará de graça, como
«ftádetcrminadopelo Concilio Tridé tino: faluo em artigode mor
te. E o que o contrayro feZer,alcm de não valer a confifsão, ou abfol
níição per elle dada, eucorretá cm fufpenfáo de feu officio per hum
anno, &auerá as mais penas que por direy to merecer.

$Constituição. VIL Como ft)emqueformà fe fará&tf^


puardarão os roes ftj matriculas dos ordenados:
fj£y como fe farão as cartas das ordens.

L| Porefeufar alguns inconuenientés que fobré ôs qiíe fáo oxáctih


■■—'dos, & matriculas em que íê efereuem fe podem feguir. Man?
damos que quando fe ouuerem de celebrar ordens nefta nofla dioce-
fi: o eferiuão da Çamara tenha cuydado de fazet hum quaderno das
folhas quelhe parecer,fegundo o numero dos que fe hão de ordenar*'
para nelle efereucr todos os que ouuerem de receber as ordes. E na
primeyra parte do dito quaderno porá os de ordens menores, & em
outraosdeEpiftola, & em outra os de Euangelho, & tm outra o»
<le Miflá. E fera feyto de folhas, & quadernos iguaes: & antes que
Oclles efereua coufa aleúa,o dará a contar, & afsinar as folhas a noflb
■ -^ Preui-
Titulo. 8. Do Sacramento da Ordem.
Prouifor, ou peflba que para iflb ordenaremos. O qual afsinará to*
das as folhas por cima cie cada hua fclha.de feu final cuftumado, &
no fim do dito quaderno, dirá o dito Prouifor ou peflba que as die-
tas folhas afsinar de fua letra, quantas folhas o dito quaderno tem,
& que todas ficáo afsinadas de feu finâl,& afsinará o tal aíTento. E o
Efcriuáo afsinará no dito quaderno os que ©uuerem de fer ordena-^
dos, depois de ferem examinados. Ecadadia no fim do exame, p
dito Efcriuáo fará afsinar âo dito Prouifor, ou peflba a que for come-
tido as laudasque forem cheas cíTe dia. até onde ficarão» todas as ve-
2es que deyxarao de examinar.E fe for cafo que acabafe no meyo dá
lauda, a hi afsinará o dito Prouifor, ou peflba a que for cometido,1
ou em qualquer parte da lauda em que ficar. E o Efcriuáo fera aui-
2adoquedeyxe as laudas, afsi de cima, como debayxo igualmente
cheas,de maneyra que fe não poflá efereuer no principio nem no fiai
das laudas, nem antre as regras coufa algua, nem poíTa auer pre*
função contra o que ali efereuer. E até quarenta dias, do dia que as
ordens fe acabarem de dar,ferá obrigado o dito Efcriuáoâ treíladaí
o dito quaderno em hum liuro de matricula q parafiflb fará, enquaj
dernado em pergaminho, ou era taboas com couro porci-
ma, de folhas & quadernos iguaes,como dito he, & todos de papel
de húa marca. E árites que neHeefcreua, o dará outro fia contar, #
afsinar as folhas aodito noífo Prouifor íômente: o qual tanto que
lhe for aprefentad&i afsinará todas as folhas do dito liuro porcim*
como dito hcyòí no fim delle declare quantas folhas o dito liuro
tem, & que todas ficáo afsinadas deíeti final: & afsinará o tal aflen-
to,c0modiflemos no quaderno: & Fera concertado com o.quaderç
no pelo dito Prouifor, & Efcriuáo, Item por Item; & detrás de ca*
daltem, porá o numero por algarifraòper orde catado do prime/
ro Item. E o Prouifor afsinará também ao pee de cada lauda, & o
Eícriuão fera auifado,quedeyxeas ditas laudas afsi de cima, como
debayxo, igualmente cheas, da maneyra que acima diflemos fobre
o quaderno, & no fim de toda a eferitura porá o Prouifor, & Efcri-
uáo hum concerto afsinadô per ambos, com declaração de quantas
folh s fid
* ? # «* eferitas, & quantos ficáo adernados no dito liuro,
dech;
Titulo. 8. Do Sâcraméto da Ordem. z$.
declarando quantos fãó de Ordens menores, quantos de Epifíola, &
quantos de Euángelho, & quantos de Miflà. Eoefcriuáo efcreuerâ
o nome, & fobre nome do Pay, May, lugar, & freguezia em que vi-
ucm. E o efcriuão que neftas coufas em cada bua delias for neglígé
te, & o não cumprir, polo mefmo fey to fera fufpenfo do officio em
quanto noíTa vontade for, & náo fe cumprindo por fua culpa* polo
ttiefmo fey to perderá o officio.
Ç Item o efcriuão fera obrigado dar âs cartas das ordés aos ordena-
dos, aííelladas* & afsinâdas per nôs,ou per quem âs celebrar, & pelo
dito efcriuão, âo dia das ordens ate dez dias primey tos fegainíes, a
todo mais: & não leuaráporellas, ao tempo que âs der, coufâ algúa
mais do que por nos teuer de ordenado: hora o receba ao tempo q
osaíTenta no quaderno, como he curtume; hora quando lhes dá as
cartas:& cm nenhú modo per fi, nem per outrem, receba mais fala c.Uejtmo
tio do ordenado, nem outra coufa algúa , ainda que lha dèm as paf- Jèf i"di
tes por fua vontade. Eíe o contrayrofezer* polo mefmo feytopef-"?'ormAt>
f

ca o officio* E paíTadôs os quarenta dias em que há de treíladar o


quaderno na matricula, leuará o dito quaderno, & matricula afsi au-
tenticado á arcado cartório, que cHâ para iíTo deputada, & ali fe me
terão & fecharão perante as peíToas que teuerem as chaues delia. E
nunqua fe abrirá eRa arca, íe náo quando ao duo Prouifor parecer
neccflàrio, & então
«cccuauojoc çntão lerão
ferão prefentes o dito Prouiíor,
Prouifor, & os que tireueré
as chaues ao abrir delia: íem poder c cometer as chaues,hú ao outro,
01
fiemaoutrapeíIôaalgtía,femlegttimâcauía;&peranteelles
( . o • o • i fefebuí-
cara, o para que fe mandou abrir. E achandoíe, trefladarfehá pelo
efcriuão ante todos: ou fe fará outra qualquet diligencia neceílària:
& nao fe achando ncíle dia tornarão ao outro. De maney ra que nun-
qua fe tire nada da dita arca: mas que ali febufque perante todos os
que tem as chaues, até íe achar o que fe bufeá. E o efcriuão que em
todo o lobredito for negligente: fera fufpenfodo officio em quanto
nos bem parecer. E fe for o Prouifor, Ou algúa Dignidade, ou Cóne-
go, lho eliranhâremos como nos parecer razão:
■ J E perdendo algum dos ordenados fua caria, ou por algum caio pe
dindo outra em carta teílemunhauel, fe o Prouiíor mandat buícar as
~ H t
matn-
—^w
Titulo. 8. DoSâcramêto eh Ordem.
*■

matriculas para lha darem, mandamos que fc não leuc mais da do^
braquecmcuflumceftáaleuarfe.
utitfimn ^ E porque todas as peflbas que no minifterio defte Sacramento in-
jfjj.íue teruem,deuemfugir muytotodaafofpeyta de íimonia, ou cobiça,
rtf«r,(>i conformandonoscom o Concilio Tridentino, mandamos a todos
os examinadores, aísiftentes, ajudadores, &Norayro,que cónoflb,
ou com outro Prelado de nona licença, neíle Bifpado afsifíirem ao
mimfíeriode todas as ditasordés,& cada hua delias, & afsida pri-
me y ra Tonfuta-, que o facão de graça & liberalmente; & não afleyte
de algum dos que fe hão de ordenar coufa algúa,pofto que feja de co
mer, ou"menos valia-, ainda que de íua vontade lha offereçao. Eo
Eíctiuãoda Camará pelo trabalho de osaíTentar na matricula,ou de
os nomear quando íe ordenão, não poderá leuar, nem pedir coufa.
algúaj&polas cartas das ordens,oudimiflbrias,leuará fomente a de*
cima parte de hum cruzado, como o Concilomanda» Eos Sacerdo
tes, a ísifíentes, examinadores, que cõtra forma defta prouifáo algua.
couía recebem, alem das cenfuras, & penas que per direy to encorré,'
pagarão vime cruzados, & nunqua mais feruiráo no dito officio:8£
o tfcriuáo que algtla coufa mais leuar, que o que aqui lhe he taixa^
do, perderá o officio para nunqua mais o feruir.
^ E outro fi mandamos,que nas letras dimúTorias, quefe paflàrertt
á alguns fubditos defte Bifpado, que fe ouuerem de ordenar em ou-
tra par te, fe declare como vay examinado, & fey tas tedas as diligeti
cias que per direy to Canonico,& Concilio Tridentino fe requerem j
& fe for d: ípenfado, inrra têmpora, afsifc lhe declarem também. E
eftas letras dimillbrias, ou reuerédas, não pode paílàr Abbade algúy
ou Prior fecular, ou regular defte neflò Bifpado, a peflba algúa fecu-
fiHjtf,'ar><lue fe ouuer de ordenar; nem o Cabido, See vaganre,as paflàrá
7-derefor dentro de hum anno, contado do dia que vagarj íaluo para eíFey
W4ttt
'to de auer algum Beneficio com eífeyto , ou tendo Beneficio
por cujo refpcyto íèhaja de ordenar: & fazendo o contrayro os
Abbades, Prior es, & Cabido encorrem em fentença de interdiftoí
& os ordenados encorrerãoem fufpcnção da execução de fuás ordés*
ipfo jure, até o Prelado,que foceder, mandar o contrayro.
* """"'" ÇOrdç

J
Tituló.8. Do Sacramento da Ordem. 50.
M

f Ordenamos & mamamos,que nenhum Sacerdote diga ou cante


MnTa noua, nem nenhum Abbade, Rey tor, ou Cura,lha deixe dí
zer em fua.Igt.eja, íem noífa efpecial licença, ou de noflb Ptouifor,
lob pena de quem a diíTer, ou confentir dizerem adita licença,pa
gar hú marco de prata. A qualnãofelhedé,femprimeyromoflrar
todos os títulos de fuás ordés, & as licenças pet onde as recebeo,8c
íec examinado, fefabe a >eeremonias da Miíía, feeftádcQroemas
vzar, nas quaesfecóformaracomocuftumeRomano,qem nofla
Sb fe guarda. E bemafsi fera examinado nos remédio*, que íede:
ucm dar aos deffeytos, que dizendo MiíTi,pod:in acontecer.
% E fendo algum ordenado per letras Apollolicas, mandamos que
fe lhe na j dé licença para dizer Miílà,nem lha confintáo dizer,fem
primeyroíèr examinado nas ceremoniasdelia,& nas maiscoufas
tieceiTarias para poder vzar as duas ordís: & viftas as ditas letras,
& títulos apçouados pet nós, ou per noflos examinadores, fobpe-
nadedoui mil reaes, em que auemos por condenados os que de
°uiramaneyra vzarem,oudeixaremvzardasditasordés.
f EvmdoalgúSacerdote, Clérigo, ouReligiofode foradenoífo g£££
BífpadoiMádamos, fobpenadequiohétosreaessqfelhe nãodèm grin.Trh.
ornamentos para dizer Miífa, ne vzar de luas ordes, íem trazer dt- Jtif,dt 0^
miíToria de ícu Prelado, &fcrprimeyro examinado, & ápróuado /ír|jjjjj
per nos, ou noflb ?routfpr:faluo fendo conhecido, & paliando de tiommtjf.
caminho. Porem vindo para rcfidir em noífo Bifpado,náo feráaa-
mitido p a vzar de fuasordés,fe fec examinado, & achado apro na»
duas coufas,q mldamosq tenháo os Sacerdotes de nojo Bifpado.

Titulo* IX. Do Sacramento da


Matrimonio.
Conftituiçao Pnmeyra»
Matrimonio foy inftituido petDeosJparâ multiplica ^£
çáo & conferuaçáo da geraçãohumana,& pata euitar »4£ jj£
pecados:& depois inftituido per Xpo emSacramétO? «™mJ.
pelo qual fe alcança graça, & tem outros cxcelkn^»^
Titule, p. Do Sacramêtõ do Matrimónio.
tes e ytos E or r tan a
.<$hib -' & > P & & t vtilidadej conucm cclebrarre cõ
buio de toda a foíennidade & ordem que os fan&os Padres por direy todif
tP»/* ?ocm» & não efcondidamente, por fe diúofeguir tanto cfcan;
Trid. ybi da!o,& perigo das almas, '"

l[ Conjlituiçâo. 11. Quefe não celebre matrimonio*


íem precederem as demtnciacÕesifjtf da manei-
raemaue (edeuernfaz$r.

rf.c.c/ti»- /^ Onformandonõscô odereyto,&Coflituie5esnbflás, & em


!§£** ^ycrPeciaIcomofagràdoConcilioTridctino,accrcado Sacra-
reformat. mento do Matrimonio, „o qual muy tas vezes fe celebra entre al^
i?//^?/. 8"1$ Pcur°as eicõdidaméte,& iè fere corridos os banhos,& ediâos
ãod/rcyto mãda,dódefeícguemuytosmales,efcandalos,&perí
gosdas almas.-prouendofobre tudo, mandamosque, querendofe
quáefquer homes,ou moíheres cafar,o facão logo faber a ícus Prio-j
.V
reSjReytores^u Curas,ou á quclles,qfeu cargo teuerem: os quacs
antes que os recebão,osdenunciaráo,pcr ícus nomes, tresDomin
goscõrinuos,òu Outros dias de fefta,na cftação da miflâ dodia,quá
do o pouo for junto: dizendo em efta maheyra'. Foão & foaá fe que
remcazar,fealguémíouberqueentte elles hàparentefco, cunha-
dio, compradrado, ou outro legitimo impedimento, per quefe-'
náo deua fazer eftc cafamc to,diga ologo,fob pena 5 excomunhão,
oudurandootempodastresdenunciçoes.Eporénão o fabendo,
«ãoqueyra impedir por malícia o dito Sacramento, fcbameíma
pena de excóm unhão: amceftando em tudo muy eílreytamenrc.
^ Sendo osqueafsiqucrccafar de differentes freguesias, ou qual-
quer dclks morador em hua freguezia,& naturaldoutra/e farão as
ditas denunciaçóes naslgrejas das fregueziasonde fáo moradores,
& donde fáonaturaes: & fey tas, náo achando o Reytor, ou Cura,
algum impedimento, os p oderá liurementc receber por marido ôt
molher publicamente dedia9& não denoytc, a, porta da Igreja,
dondeafsiforem fieguezes,& em outra maneyra não.
^" E fendo eftrangeyros, que vieíícm de fora defte nolto Bifpadoi'
Man-
Titulo.p.Do SâcrãmetódoMatHmõníól' jí
Mandamos, qucnenhumCura,ouClerigocs receba por marido
& molhe r,femncífa licença, ou de ncfíbProuifor. A qual fenáo
data íenão moflrando como fãopeiíoasliures para cafar.
^ E poré auendo algúa jufia íofpeyta,que fepoderá o Matrimonio
mahciofaroentc impedir, fazcndole piimeyto asditas três denum
ciaçóesjficatãoanós,ouneflbPrcutlctjpuercjfefaçahúa fòdenu*
ciacáo,ouq o Matrimonio fe celebre peráte o ReytorjCu Cura,có TridSt^
duas cu três teftemunhas.E depois de celebrado,átes de fer côfuma *4.</« «-
do,fe farão as ditas denúciações na ígteja:faluofe nos madaremos Matrimei
cjfe deixe de fazer por ílgã jalío rcfpcito, EoReytor,ouCuia que f4Ms
o cótrayro fezer, alem de encorrer cm fentença de excomunhão
ipfo facto^agaràdous milreaes do Aljube para a Sé,& Meyrinho•
*f Auendo algua conjectura, ou declaração de impedimento, fe fo-j
breftaráno recebimétodos.noyuos,atê cortar da verdade: & cóftan
doque nío ha knpediméto,odito Rey tor, ou Cura, os amoedará
que fe côfeffem,& comungue, & os teceberà com as folenídâdcs
que fc mandão fazer em noífas Çonftituiçóes,
*f E todos aquelles que intentaré cafatíe fem fer prefete feu o Rey^
^or, ou Cuta,ou outro Sacerdote denoíTalicéça, ou fua, com duas
ou três teftemunhas,declaramo» por hinabeis para afsi auerem dô
cafat: & os tacs caíamentos por nullos & de nenhum efPey to, fcgú«
do determinação do dito Concilio Tiidentino.
•* E alem difto por eftes prefentes efctitos.poemos fentéça de excõ
tounhãojnas pcífoas quecafarem contra ferma dsfta noííi Cófti*
tu
iç^o,&em cada hum dos que forem prefentes ao tal cafaméto, .
c
")a abfoluiçao referuamos a nós, ouanoflbProuifor. E por eftc
rnefmo feyto os auemos por condenados, afsí os que cafaré, como
aosque forem prefentes, cada hfi em dez cruzados, & trinta dias
de Aljube: & fendo peíToas de qualidade, a pena dobrada, fem Al-
jube* E fendo Clérigo de MiíTa, oucõftituidoem ordés facras,que
»ao for o Rey tor, ou Cura, de que acima fe faz menção, encorrerá
las penas declaradas na Coftituiçáo feguinte.
í Epoccnáoauerãolugarosditoseditos,&penasnaquellcs, q ío-
Jtéte fazé ptometimetos de caiar, dizcdo.Eu prometo de cafar có
H 3 volco.
Título p.DoSácrâSteSíôdo Matrimonio."'
vofco: Nem naqoélles que aos taes prometimenrcs foic pref< ntes
^■6 mandamos que ncnhim Parrocho, nem Sacerdote recebaai*
gús noyuos,quenãofejáofeus fregúezes, fem ncíTâ licença, ou de
leu próprio Parrocho, nem lta dem as bençõe* nupciaes, íob pena
de pagar h i marco de prata para a Chancellaria: atem da íuípéíáo
cm que encorre pelo fagrádo ConcilioTridentino.
,
Í[E mandamos que eíh Conftituiçlo fc publique páIosReytores,
ou Curas,na eftaçáo ao pouo todos os tercey ros Domingos de ca*
da mez, fob pena de duzentos rs, para o Mcy linho por cada vez <j
odeyxarem de fazer.
Conjlituiçào.llh Que nasdenunci'aço'esfe declarem aopouò
os impedimentostfue impedem fé? dirimem o
matrimonio: ou quefomente ó impedem.
Porqueaígúaspcííòas,eípecialmenteos>lejgof,ráofabéqtia«
esfãoosimpedímentos,quedesfazcm,cuimpedemo Matrl
inonio, & por cila rezáo, os náo d»zem quando as denunciaçoes fe
fazem: Mandamos a todosos Priores, Rey cores, & Cura«,ou aos
que de noffa, cu fua licença fezeté as ditas denucia$ões,q a prime/
ta vez que denunciarem dalgús, lhes refirão, & declarem qosim<
pedimencosde que dcuem denunciar ião os fegtAintes.
muUt lí í Sc elle he caiado com outra molher, ou ellacom outro.
m
?lf -í Se algúdelleshe impotente, cu ligado de impotência perpetua»
(umjtj. ^ Se hc da idade que os Cânones mandão; conúem a kber, elle de
VÍtTiih ^uatotzeannoi, & cila de doze cúpridos, ou de íal difcriçáo, & fa-
dt àtjyòf ber,cV difpoGçáo,q fupra o defey tò da idadc:& fendo, fe jufítficarà.
T^n.dt^ Efealgúdellcstemfeyto votofolenne em algúatclígiâoapro:
»•*•**»*• uada. Sc tem ordens facras.
«"udtji>>f% Sccafaráo por fua vontade, cu afgum delles he niflb confliági^
por medograuc, & tal quepoífa cair em varão confiante.
^ Se fáo parentes dentro do quarto gráo de confanguinidade.
"uUw!i*í ^eC"a ^°y ca^â outía vcz com algum parente delie, ou ellcca
ntt.& o/íparatitadeliadenttodo quarto gráo.
mtau\
^ Se elle ou cila teue copula fornicaria com parente dalgum dej
lies dentro do íegundo gráo.

1
Título. 9. Do Sacramento do Matrirnô. %il
Ç Sejurou, ou prometeo cafar elle com algua parenta delia no pri- ***£&
ttieyro gráo, corao he mãy, filha, irmaádaquella com que quer ça*ftfi14.de.
íar; ou ella prometeo cafat com parenta dellc nomcfmo gráo, <pc^™£*
emdireytofechamaimpedimemo de publica honeftidade; porque f^.j.
efic impedimento dirime o Matrimonio, ainda que o parente, ou pa
réta a quem prometerão, fejáo falecidos, ou lhe remitiíTem a obri-
gação não fendo os taes efpofouros per algúa razão nullos.
«[ Se algum delles em facede Igreja, ou em outra parte,fendo prefé- ******
te o Parrocho, & duas ou três teítemunhas, fe cafou com palauras de Extrauag*
prefente, com algum parente>ou parenta do outro, dentro do quar-1 j^^
to grão, que jáíeja falecido; ainda que o Matrimonio não foíTe con- &t,
fumado per copula: porque ainda que por tal Matrimonio não íe
contrahè impedimento de amnidadc,nafcedelle outro impedimen
to femelhante,baftantc para impedir & desfazer o Matrimonio até
o quarto gráo, como per hum Motuproprio de Pio Quinto he de-
clarado.
,f Se algum delles he mouro, ou gentio, & ainda não he bautizado, g^jí
& outro Chriftão bautÍ2ado -, por que eftes não podcm,nem deuem riràôf.'
cafar, & cafando nãovaloMatrimonio* ^d^l".
^ Se algum delles he catiuohauido por liure, & o outro não labe q ■.«*£»
he catiuo ,mas tendo para fique heliurecafa: & também 'ifto fe àe-cu7u
ue de defeubrir j porque a ignorância do catiuey to anulla o Matrimo
nio; & conuem íaberfe a condição da peííoa, para ter • confentimen*
to legitimo.
f Se por erro, ou engano elle recebeo húa, tendo intenção'de tttt^JJ*
ter outra, ou eilaoutroi '..■;. . & «*•**
f Sc fendo algum caiado outra vez, deu cáufa,ou cometeoadulte-^^;.
tio com outra» prometendo cafar com cila, & para efte fey to ordena j.1,
» . 11 J^ tJu]>.boc
raoamorteaprimcyramolherjOU mando» <ie «»•?«»
If Sealgum delles tem perfilhado, ou outro que em direyto fe çW-^fM*
ma parenteníco leear, ooraue durando elle não podem cafar, & ca- c.ue cogi
lane o, o Matrimonio he nullo.
^ Se he doudo, ou defacizadodemaneyra, que não entenda o que M
faz, nem pode ter legitimo cõfenliméto, tedo diiucidos inMruallos -, -
Titulo. 9. Do Sacramento do Matnmo,
no tempo delles podeta cafar.
t.\M rap- ^ Se clle a tem roubada per força, não pode cafar té cila fer pofta cm
unb.Tri. War feguro, & poíTaConfcntir liuremente.
reformai. ^ Os impedimentos que nao dirimem fao os ieguintes, dos quaes
( 6
*]>' ' lambem fãoobrigados a denunciar os quedelles fouberem:porque
ainda, que o Matrimonio neíles cafos valha, com tudo não fc deué
fazer j & a Igreja manda que fe nãofaçáo.
cmmiin. ^ Se algum delles íez algum voto fimplczdc caftidade,ou religião»
e
STaút íX í ^ prometeojou jurou cafar com outra ou cila com outro.
rLnimtHu tj Se per algum juiz có jufta cauía lhe eftá interdigo o Matrimonio,
e
fpoiíf. & mandado que náocafe.
í.%.ar>$d« ^ se algôa outra peílba o pede por marido, ouellapor molher,&pe
(õtract d de fobre íflb demanda; por que té a demanda fc acabar, & fer abfolil
"ti**"', to nao pode cafar.
t.fuf. bot $ Sao também ptohibidos por direyto cafar os què matao fuás mo-,
á
çJnoMt. Iteres, ou as que matáoíeus maridos: os que cometem peccado de
c4e///<»'í«inceftô, ou adultério: os que matao clérigos: os que roubãoefpof*
uomtcon alhea: os que fendo outra vez cafádos, quifetaofer padrinhos de feuS
Janzuinil''dihosKÍ para prejudicarem ao debito conjugal: & qualquer peccado
pelo qual lhe feja poda penitencia publica. £ mandamos a todos 0$
fobre ditos que leáô efta Conftituição ao pouo, declarandolhe que
cites fáo os impedimentos de que deuem denunciar, encomendando
lhes q os faybão, & tenhão na memoria, para que quando fe correré
os banhos a algús poíTáo dizer o que conuem, & fao obrigados.
t.pmtru ^ E pofíoque de cada hum dos impedimentos fobre ditos, que impe
i*íf6J' dem, &dirimem o Matrimonio, nao haja mais que hua teíiemunha
de certeza, ainda que feja Pay, ou may, ou parente; ou muytos que
teftefiquem de fama publica, & confiante, o Prior, ou Cura, não ce-
lebrarão Matrimonio, & os remeterá ao noíTo Prouifor, ou Vigay»
ro, como dito he.
^"EquandofedeuunciatemalgUns,quejáforãooutra vez cafados,
lhe nomearão também a molher primeyra com queelle foy caiado,
ou o marido primeyro com que cila ja *foy cafada, '& feus pães, #
mães, & as terras em que viueráo, & não ferão recebidos até cofiar
lcgu»
Titulo p.Do Sacramento do Matrimónio? 35
legitimamente que a primcyra molher, cu marido fáomortos; 8tt.mpr*fi
lendo osmorrcsdamefmafregreziaem que cafáo,poderá oRey- Í-J. ^*
tor,ouParrocho rccebelos, cenftandolhe da morte dos primeyros:
mas fendo doutra freguezia, cu Cidade, ou lugar, & may ormente
doutro Bifpado, ou Reyno,nihura Prior, ou Parrocho os receberá
tem mãdado noíío,ou de noíío Prouifor,ouVigay ro,no qualdeclare
como íejuítificou ante elie a mortedos primeyros.
^ Outro fi, ordenamos, &mádamos, que fendo algu dos que que-
'emcafardeforadoBifpado>oudeoutroconcelho,as certidões dos
pregões que vierem de fora, fe leuem primeyro ao neflb Prouifof,
°u Vigayro, para que ante ellefe jufíifiquc-,&com fua jumficaçáo &
^ípach&fe leuarão ao Parrocho. E ao noflb Proinfor,& Vigayro má
damos, que náo aceytem cerridáo de freguez, nem lhe dem defpa-
c
noíédo de fora do Bifpado j Saluo vindo reconhecidas per certidão
^tenticadoPxouifor, ou Vigayro Geraldo dito Bifpado debayxo
fi
" fcu íinal3& feIlo,polo perigo cj niíTo pede auer .Eo Piiorxu Parro
cho que contra forma deftaConftituiçáo receber a!gus, íemfecone
te
«nosbanhos,oufemnoflb cfpecialmandado, per que csremita-
^os, ençorreráem fufpenção defcuofficio per hum anno, & pagará
"^ cruzados para as obras da See, & Meyrinhb,& auerá as mais pe-
nas
q a noflb Prouifor,ou Vigayro parecer,fegfido a calidade da cul
Pa.
^ Conftimçâo. 1111. Quaesjãoos VArrochos que deuem
fer pre lentes ao Matrimonio.

|H forque pode duuidarfe,quando os que hão de cafar,fso de diffe


rc
ntes freguezias,fe hão de ferprelentes ambos os Parrochos,
°u lebaftahum f0j&qualdellesdeuefer: Çonformandonos com a T\efenKa
eclaração fey ta nefte cafo pelosCardeaes deputados para determi- ZLZ.25.
jtoçaodasduuidas:declaramos quebafta fer prefente humfoo dos H-J44• '»
arrochos, ou o da molher, ou o do marido em cuja Parrochia fe ce- JJ«».
? rar o Matrimonio: cu outro Sacerdote de fua licença, ounoíTa,oti
c nolTo Ptouifor. E quando outro Sacerdote de licença do próprio
ar
tocho celebrar o Matrimonio, ou de noíTa licença, declaramos q
•v_ 4 fc—, fcw~.- »^. m-^^,.%^. Lm. V . |W<W _. V- 1 ■ *

I ai»-
Titulo, o. Do Sacramento do Matrimonio
>t «M a licença ha de ferexprcífa: porque tacita per feieocia &permifsa<)
de C*rlit. do Ordinário, ou Parrocho,náo vai, como pelo Collegio dos Cav
.«A.45J. deães he declarado. E para tirar todas as duuídas fe dará por efcritO'
«| fc porque temos vilto per expcricncu^querauy tos por fe defobri'
garem de outras molheres com que tem jurado, ou prometido de
cafar,ouporlhenãodefcobrirem algunsfemelhantcs inipedimeív
tos, cm grande prejuy20 das partes,& encargo de fuás confeiencia?»
v com pouco temor de Deosjchamáo os Parrochos, fingindo outraJ
necefsidades,& por força,ou por medo os detém, & fazem fer pre
fenteí, & diante dcllcs com tefterq unhas fe cafáo. Nós por atalhar 3
tão grandes males, quanto em nós he, pomos nas peíToas dos que
por tal maneyra fe cafarem, enganando, ou fazendo força, ou medo
a fcuParrocho, fentençade excomunhãoipfofado:cujaabfoluicáo
anos referuamos, & ícrãopreíbs,&do Aljubeferão cõdenadcsem
hum annodsdegredo para tbradoBifpado,&cincoenta cruzados!
& não podido pagar efta pena, auetáo o degredo dobrado,& as m*
is penas q conforme ácahdade do cafomercceréiôc na meímapefl*
cncorreráoasteítemunhai-,q por vontade fe acharem piefentes.

^|" Conflituiçã. V. Das penas que auerâo os que fe caiaremem


praos prol. th dos: ou auenào antre ellcs (e*
melbante impedimento.

A Lguaspcííbas,pcítpoíto o temcrdeDeos,&emmanifcíiopG
rigode fuás conícienctas,le calão acinte cm gráos prohibido*
C/íMJ.I. de de confanguinidade, ouaífimdade:ou íendo de ordens facras,ou tf
ío os
nitTf"íMè ^ ptofcíTos :os quaes alem da íentenca de excomunhão em <j
riUnuf^1^0 &&0) cncorrem:caem em outras penas deDereyto Ciuil, #
tas.c. de i 'cys do Reyno. Polo qual mâdamos que os q taes Matrimónios c&
c
«ejt.mp. crahirem, além das ditas penas,paguem cada hum dous mil rs, am
tadepara ásobras da See,&aoutraameradc para quem os acufat*'
0
&paga aditapena,íejáo abfoltosda excomunhão emejencorrera '
E cõíiderando de quátos inconuenientes ião cauía os clérigos, & \tf
gos,quc fão preícntes a taes cafamemos, cu efeofeutos: manda'
-

Titulò.^Do Sacramento do Matrimónio. ^


«nos que qualquer Clérigo de ordes facras,quenellcs afsiflir, ainda
Sue Icjáo de futuro, pague hum marco de prata, aplicado como
oito hc: & o nolTo Vigayro Geralocaítigará em outras peoas de
pruam, ou íufpcnfáo, fegundo ocafo merecer. E fe forem lcygos os
Saís>ftirc aos Matrimónios prohibidos nos cafos acima declarados,
Pagaráo mil iscada hum. E cm caio que algúas pefioas traremdefe
c
afar, mandando por diípeníação: Mandamos fob pena de excomu
nhao, que oáo facão algúas feftas, nem conuites, nem conuerfem
a
"H>os antes de vir a dirá difpenfação: nem íe tratem como cafados,
por muitos inconuenientes que do tal podéfoceder.
Confiituiçâo. VI. Da idade que háo de ter *s que ouuere de cafar.
p Por quanto temos fabido&viíto per experiência, que muyra*
•J-' pcflòasjpor náo meter a frenda de feus pupillos iwarca dos or
a
°s, & por goíaréde outros priuikgios & exempçõcSjOs cafáo feus
Parcnteç,einfaccdc ígrcja,antesd:ccrcín idadepeifcyta paia iflo,
«feque fe feguem grandes incóuenientcs & dcmãdas,& fe tornão de
Poisadefcaíarpr^uandooditodcfcyroda idade. Mandamos aos
Stores, Reytorcs, & Curas: & qmesquer outros Saccrdotes,fobpe
j* dz dous m 1 rs,pagos do Aljube,que náo facãodenunciáções,ncni
^ohosjné cafcm,né fe achem prefentes a cafaméto de pcflbas q não
c
°oftar euidentemente a todos ferem de idide para o tal cafamen-
|°í conuca faber,q o vacáo tenha catorze annos,& a molher dozeCíJ c 1.0» ?.c;
■Fidos: & auendo a'gúa duuida,feinformaráptimeyropelo liuro Í"///'^
ti ÍM'»!
°sbautizados,ou per teftemunhas q o pofíáo bc fab :r:& certificado t*<
!crc idade legitima,os poderá dcnuciar,& caíânnáo fe achado nenhu
^mpedirnetoantreellcs. E os q antes da dita idadeteueré p?udêcia&
lípofsiçáo cõuenicnte para cafar,náo poderão fer recebidos fe ncíTa
icençd, ou de noflb Prouiíor,q fey to diligente exame conformando
J
c com o dereyto, lha poderá dar.
^CS^tuiçào. VllDatdadequehãodeterdsqptomotètfJfa^e^
pofouros defuturo; $ da pena em que enecorrè os efpofados^tem \
copula antes defere legitimamente câfidos: ou os
cajados.perpakurasdeprefertecõ licença * ■ ■
mes de lheferefeytas as bê coes da lgri\ 4è
TKUIó<9.DO Sacramento do Matrimónio.
/ v«*u,\ ididcquepcrdercytofrtcíjflercparafcpodcrciDpronicter,»
u.f *< r\fiZírcfp0(oarosdefatuto,baftafercmdcfctcaoaosafsio ma'
Í°<mláni como a fcmea: & porque muy tos horoes, & molhercs não po-
à ÍM
É' d-ndo cafar, clande(Unamentc,fazem antrc fi prom e timentos, & cl-
pofouros de futuro, & cofiando nellcs, tem copula & ajuntamento «
gnni- o&nçadcDcoSjCngano&deshonradas molheres, viando
k^sM* mal doi duos prometimentos fcèípofoutos: & querendo nòs aia*
O** pwaei para quecó o temor da pena fe euite a copula: pomos fentefl
t' QLçadeewÔoftunháoinayornaipeuoaidos.efpoGidoi.qoe daqui em
tm*f#*« diamc d ls áos pCoaictimentos,antcs de íetem legitimamente ca
""** fados, teaeremamtcfi copala: & le publicamente ccnuetfarcm a*
efpoías, pagarão hum marco de prata do Aljube, para a noflà Chan-
cellaria. , j
^ E porque os que fc cafáo psr patauras de prefente antes de os b*,
nhos ferem co.ridos, per ante o Reytor^uCura^teftemunhas c<>
: ncíTa licença, ou de noffo Ptouiíòr, por auer pcouauel foff ey ta, q^
precedendo os ditos banhos,o caíamentoícimpedirán.ahcioía^
te,fe deyxãoeílar muy tos dias fero requererem que lhos Cortão,víafl
do doMarrimonioem grande perigode fuás confcicncias,podendí
depois conftar dalgum impedimento, por onde o Matrimonio rac
feja valiofo. AmccítamosatedasaspeíToasqueaíú fe receberei*
que cftem & viuão apartados de toda a conucríação até os banrtf1
ferem corridos* lhe ferem feyta.s as benções nupciacs: o quecurt1
prirão cada hum fob pina de excomunhão, &de mil fs cada hÚ pai;
a nofta Chanccllaria.. E mandamos aos Reytorc?,&Curas,que ti
1
toque fezerem algum recebimento pela dita maneyra,logo nes Pf
meytos Domingos,oudiasfantos ícguintep,façjo os banhos deft
. ©fficiovaindaqucparaiiTon30Íejãorequcndos,. E fendo os noytf<j
de diffeicntesfreguezias,oReytor, ou Cura que os recebe rma»^
«oteficar ao Rcytor, cu Cura da outra freguezia: o qual fará os dijjj
í banhos nos primeyros ues Domingos, ou diasíantoi tanto que
fornotéficado. ' _ . . ;
$ E declaramos mais, que ainda que depois dos ditos prometia
Ci .. ■ ,-,—, .«e • — —— * -*,—.•—*,—-*-,'4-y"T,. ~ " \C
Titula, p. DôSâCrámetodóMâtrínC . $j;
tos & efpòfourosde futuro*fé íigiiaântreôs efpofadós cópulacár- *
nal»nãoficáopor iífocafâdos> como pòrdíreytoficauão antcsda
detrirninação do fagrado Concilio Trideutiao quèartulía todos oô
Matrimónios celebrados cótraa formaa ttâs declarada*
* B Outro íi mandamos, que nenhú Sacerdote, ou Clérigo de 0*2
Qensfacras,ou Beneficiado fejiprefenteâosefpofouros de futuro*
ttu
lufameoto, íém noflâ licença otído noíto Prouifor, fob pena de •
quinhentos rs, & hum mes de íufpenfáo em que o auemos por cá
Penado.

^ Canfetuitâo. Vlll. Que fe facão as benções mbtiàts âôi


cju>e ca[ao, ft)] cjue não fe cometão a outro Sacerdote^
fenãoberejcritõi

Sagrado Concilio Trislédtinogéralméteproué & amoeftá Tríyt'-


a todos os Chriftáos que fc cafatem,que não tome cafa, ferri format. *
Nnieyrò receberéas béeões nuptiaes da próprio Reytor, eu CU*^JJJê.
ta
> ou de ou traSacerdote,cõfualicença,oU do Ordinário, acrefeé* »tM t,
^udopeoade íufpeníáoâo Sacerdote,que federas ditas benções a

guezesallieoi,íaluo de licença do próprio Reytor, Ou Curado»
^o dito he.Pelo que madames aos duos PrioresjReytôteSjCU Cu»
tas
» de noíío Bifpado, qtfe da qui em diante,quando receberem al«i
guas pefToas per palauras de prefente, lhe amoeflem da parte da
^ncta madre Igreja, que não cohabitem, nem tomem cala jutos
fl e
* lhe ferem fey tas as ditas beçpes nuptiaes: âsquaes elles lhes fa<
r
aocom muytadeuaçáo amiíTa, conforme âo regimento do Ma-
nual, & MííTal,onde vay declarando o modo que nifto íedeuè ter, Li &ué
^ aos que não Te deuem dar* /«<«<*.»»/
"E mandamos, que nenhum Sacerdote receba algus nòyuosqiíe
a
° o forem feus freguezes, fé licença de feu próprio Reytor, ou Cu-
a
> nem lhes dee as benções niipciaes, fòbpena de pagai hum mar*
Co
de prata por cada vez que o contrayro fezer, além da fufpénfátf ,.
J?queencone, pelo meímofagradô Concilio Tf identino. *
1 Poloquçmandamos,que quãdoacontecer queos ditos Priores^
TituloVoVDo Sacramento doMatnmSniõ;
Vigayros,ou Cuta8,hajáodecomcterorecebiméte,ouasbençoes
nupciaesdas peffoas que fe quifercra cafar, a outro Sacerdote na foi
raaacitnadita,atalhcêçafcrádadaíemptcpcrefcrito,para cófíaf
da talcoraifsáo, & fe euitarcm inconucnientes: & o dito Saccido;
te a teta a bom recado».
ijjtfici f E declaramos, que as benções fe não facão quãdofáoviuuosarn-,
**«#• bos, ou a molhcr, porque fendo clle viuuo & cila, não fe lhe deuetn
nem podem fazer.

€ Conflituiçâo. IX. 'Dos iempcíi Vaque o direyto defende A


V folenidade dos cafamentoi.&Jcomo fe entendem.

-T) O Rquc o direito defende que em certos têpos do annofcn*^


*#& 1 façao cafameritos, & vodas cõ (olenidade, & he mal entenda
x nàdí1i ^°^ muyt0S» ° qucnâSmtaspilauras & petmiteou dcfcndcrdccli
/«mMís mos que cm nenhum teropodo ánohcdefczo.cafarcmfeas pcuo**
Í^T"' P« palauras de prefente em face de Igreja perante o Cura, & teA*
munhas, feytas primeyro as denuncia?óes. Porem o queo ditey t^
defende h?, que oscafamentos, que em certos tempos fe fczcrei*»
não fe facão com folcnidade: a qual folenidade confiííe (fegúdo o*
^fflià' Doutores) em três coufas, conuem a faber, na benção dos noyuos*
íMM. 4 • # em fct leuada a noyua a caía do noyuo, & na folenidade do coti*
Í^Afí- uite:porque eftas três coufasfáoas que fc defendem fomente nos d1
«.2z.».7t- los tempos, & não os cafamentos. E poílo que o direyto antigo de,
fendia fazer fe a dita folenidade em mais tempos & dias do an^>
o fagradoConcilioTridentino reftringio,&limitou, & declar°tí
que a dita grohibição, fc não cntendeíTc, fe nãodoprimeyro dtf
do Aducnto até dia dos Reys,& de dia de Cinza ate a oy taua *
Pafcoa, que hc a Dominga in albis, inclufiue: & que nos outff
tem pos em que ate então fe defendia a folcnidade dos cafamc;
-. ■"' tos &vodas,fepoflarazcr.E encomenda, que a dita fo-
Icnidadefcfaçacómuytamodcítia&cõahoneíU-.
dade deuida, porque fãta coufa he o Matrimo-
^'"' pio, Ôífantamentefcdeoç tratar, ..
c
% 3
Titulo.9*DôSacrârnentodoMatrimó ji£
^Conflituição X. Dos que fendo religiofos profejjos fe cafão,
ou tendo ordens Jacras, ou afeguncfa wczj durando o
primejt%o Matrimonioxft) da
pena que auerao.

T) OR que muy tos (pofpoílo o temor de Deos &o perigo de fii


•*- asalmas)fabendo o impedimento, fecafáo per palauras de pre-
íente: ou fendo de ordens facras,ou religiofos profeflos, os quaes pet clJm *j*
dercy to fá>ipfo fa&o excomungados. Ordenamos, & mandamos ÍOJ4ngH *
<ju:fe algum br táooufado, que tendo ordens facra*, ou fendo pro-
rcíTo: ou tendo algum impedimeatodosqueper leysdminas & hu-
manas impedem & dirimem o Matrimonio,& fabédob,fe cafar per
palautas de prefente em face de Igreja, ou diante do Parrocho&
íciienmnhâs: alem das penas de excomunhão & as mais queperde-
rc
>'toencorre,fejaprefo&d;gradadoparaas gales, ou Brazil polo
tsuipo que parecer.
5 E as meímas penas auerãoosquc fendo legitimamente cafades^
*e catarem outra ves durante o ptimeyro Matrimonio. E iftoauc-
f
a lugar, ainda que o mar ido,oumolher fcjáo aufentes per muy to
l
êpo: íaluo confiando claramente da mortedoaufente: & per ante o
fccílo Vigay ro geral fe prouar de modo,que com fua licéça ic pofsáo
taíar.

^ ConjUtuiçâos Xh Dos ejlrãngcyroT, ft} rvagahundos^


como je lhes dará licença para cafarem^dos
que tracem configo molheres fof-
peytasy ou fâo cajados em
\ outras partes»

IJ O R que muy tas vezes acontece^ alguas pcíToas andarem vaga


**■ bundas per terras eftranhas^fquecidos de Tuas confeiencias, 6c
^yxáo fuás próprias molheres, &cafáocom outras, fendo as fuás Cí/»4A
Proptiasviuas. E querendo o Sagrado ConcilioTridenrino reme- 'lutnm
^t eftespeccados & offcníâs de noflb Senhor, araoçfta a todos a '#•*

L
Titulo. 9. Do Sacramento do Matrimonio.
que pertencer prouer & remediar eftes males,que não admitão caia
rem os taes eftrangeyros facilmente; & manda aos Priores Reyto*
reSj & Curas que LSLJ coníintão os taes cafamentos, nem fcjáo prei
fentesaelles,fem primeyrofc fazer muy diligentemente exame #
informação das taes peflbas,como podem calar: & a informação que
afsitomarem enuiarão com diligencia ao Prclado,cu feuProuifor,#
fem fua licença fe não receberão.
^ Por tanto mandamos,que nenhum Prior, Reyror, cu Cura, oil
Clcrigodefte noíTo Bifpado receba pcílba alg^a eftrangeyraque não
íeja conhecido per íoiccyrc,fem noflfi ucença,cu de ncílb Promfrr,»
qual lhe fera dad 1, amoftrando píimey ro per eíírumento ou teíiemU
rihaicomohefoheyrOj&portalauidona terra onde hcnatuia!>#
onde viucíle a mayor parte do tempo de fua vida.
<[ £ o Clérigo que afsi o não cumprir pagirádous mil f samerade p*
ra as obras da See,ametade para oMe^nrjho;queoacufar, &fer3
caftigado como o cafo merecer.
^ E le algús íáo infamados que fio cafados cm eutra parte, &naO
f i2em vida com fuás molhercs,logo os ditos Pricic?, Reytores, #
Curas,o faráo a faber a nos cu neflo Prouifor, para n íTJ prcuerm??
como nos parecer fetuiço do Senhor.
ij" E afsi fe ouucr pobres,cu outras pcífoas que tragâo ccnfgo mclfc
ies,fendoeftrangeyros,osduosPíJores,K.cytcrts, & Curas os n^
cõfmtirão pedir em íuas freguezias>nem tilar mais de cL UJ» das, aíc
coníhr per cer tidáo que fáo cafados.
ff E porque algús vzandoenganclamente deite Sacramento do Ma
ttimoniOjA: iludindo a Iufti>a para mais foltamenie permanecerei!»
em f:usp.ccadas,com grande perigo de fuascõfcicncias(pcípt^
o temor de Deos) fazem que algús homé>,rrincipa!mentc feuscri*
doç,fc cafem fingidarnente com molheresque ellcstctr porrr*
1
cebas,& ainda dão dinhey ro porque as recebáo por melheres, a fifl
depermaneGerem no dito pecrado. Querendo nós a ificproue''»
defendemos aos íobteditos,huns& outros, que não facão taes caU'
mcntos.nem procurem que fe facão, nem fejáo teítemunhas nclí^j
&fa2endo ocontrayroneíiesptefentescfcrnos,pómos em cada^
Titulo.o. Do Sacrameto do Matrimõ. 37.
delles fentcça de excõmunhão,da qual não fcrao abfolros atèpagarc
vinte cruzados,alé da mais pena de prifãofc degredo que merecerê.
fÇE por feeuitarem azos de peccar, mandamos que tanto qucalgúa
que íoy manceba de Clérigo, ou leygo cafar, não entre mais em ca.
fa do tal Clérigo ou leygo, nem tenha conuerfaçáo com elle, nem
ellearecolha. E fazendo algum ocontrayro, por cada vez que for
comprendido pagará mil rs;& fendo compredido mais que húa vez,
alem da dita pena, eftar á no Aljube vinte dias: & a mefma pena aue-
lãoosque tomarem por comadres as que dantes teUeráo por mance
bas, fe depois lhe forem viflas cm cafa.

C Condituição. XIU Como os eferauos podem cafar f£} ftfi


recebidos em face de Igreja, entendendo o ejlado do
Matrimonio&) [abendo a doutrina Cbriítaã;
I

PORqúantomuytosefcrauôSj&eícrauasfedeyxãòcomúmente f< t. tum


eftar cm continuo peccado de a mancebados, cm grande oíFen- M -**§
fade Noflò Senhor & prejuízo de fuasalmas :&muy tos dclles íe ti* iag. f<t,
uor.
rarião defte peccado, fabendo que podem cafar, & não lho impediu ""' 1*

dofeusfenhores,como muytas vezes lho impedem em^grande car-


go de fuás confeiencias. Querendo nos a ifto prouer, declaramos q,
conforme a direy to diuino, & humano, os ditos eferauos, &efcra-
Uas podem cafar com as outras peíToas liures:& que feus fenhores lhe
não podem impedir ícu cafamento nem vzo deile, em tempo & lu-
gar conueniente, nem os podem tratar peor, nem vender para ou-
tros lugares, onde fuás molheres por ferem catiuas, ou docntes,ou
por outra juftacaufa os não pofsáo feguir. E fazendo o cõtrayro pec-
cão mortalmente, & tomáo fobre fuás confeiencias as culpasque fe-
us eferauos por eíTe reípeyto cometem. Mas não deyxão os ditos ef-
«auos caiando de ficar catiuos como dantes, & obrigados a todo o
feruiçode feusfenhores. Porem para que o Sacramento do Matri-
monio fc não odminiftre fe não a pefíbas capazes, & que delle fay bão
vzarcomodeuem; Mandamos aosReytores, & Curas das Igrejas,
.que antes que recebão os ditos eferauos & eferauas, fe inferirem
' ~ T *~ í K. delies
Titulo.p.Do Sacramenttõ dó Matrimo.
t.udt cã- Telles ,fe fabem a doutrina Chriftaã, aomenos oPater nofter, Aue
9
«wh'* Maria,Creocm Deos Padre, & Mandamentos; ôde entendem a
obrigação do eftado do San&o Matrimonio que efeolhem ; & fe hò
fua tenção permanecer nelle para feruiço de Deos, & faluação de fu*
' as almas. E achando que não fábem,ou não entendem eflas coufas,
os não recebão atè as faberem, & fabendoas, os receberão, poflo que
feus fenhores o conttâyrodigáotfendolhes primeyro feytos os ba-
nhos na forma euflumada^ não auendo impedimento, ou antes de
lhe ferem feytos por noíTà licença,ou de noflb Prouifor, auendo fof-1
pcy ta que fe lhes impediria maliciofamente o caíamento fendo prij
meyro apregoados*

tf Conflituição. X11L Que o Vigayro Geral conheça dás cm*À


Jasmatrimomaesòfó/façaperji àspreguntas áspartes^
no principio, ftjpregunte ás tejlemunhas de '
rvijla^ o queJe fará quando ouuerpre-^
Junção de conluyos, & apena dos
que os fezerenti

AS coufas que fobre o Matrimonio fe mouem, hora fcjãd para (è


fazer, hora para feparar,fão árduas & de muyto prejuízo & im>
í» integr. portaria-, & por tanto delias nefte noíTo Bifpadomandamos,qucco'
(.i.deion t /.A /r» i t- i- r C J
fanguini. nheça fomente o noflo Vigay ro gerah E nas ditas ecuías ie procede'
utul^le tCL muy atentadamente, & conforme a dircy to. Ê no principio fe fo
txitf.ird rão fempreàs preguntas ao autor, & reo per juraméto,como íè cuítu
Tridjiá ma fazer, & as mais que forem necelTarias para íe faber a verdade do
** *ttwí cafo, fazendo os confeíTar primeyrOj fe vir que he neceílàrio, para
que com melhor confcicnciadigão a verdade: & não cometerá as di
tas preguntas a nenhum outro oíficial, & mandará a parte que decU
re & diga as reítemunhas de vifía que foráo prefentes ao Matrimo-
1
nio, as quacs mandará efiar em mão do eferiuão, até o tempo que tè
ouuerem depreguntar, &aspreguntará per íi mefmo: conuem, *
faber as de vifta:& as não cometerá a outro algum, faluoauendo tão
legitima caufa que as teftemunhas não pofsáo vir per ante clle: ou **
táfi
Titulo.9.DôSacramentodoMatrimo^ jfc*.
não pofla examinar per fi. E encomendamos muy to ao dito Vigay-
ro,quetrabalhefemprequantoforpofsiuelpornáo cometer iík>a
outrem, nem recebaquaesquercaufas,fe,nãomuyto legitimas: &
Tendo neceíTario cometei fc, í eja a peflba graue, de letras, & confeien
cia que o faça como conuem.
^ E por quantofomos enformados, que em todas as coufas matri-
ttioniaes, poíto que fejáo fobre efpofouros de futuro, fc algúa das par
tes dei empara a caufa & a não quer feguir, o Promotor a legue por
parte da juftiça: o que náo hc conforme a direy to; por quanto ja hoje,
conforme ao Concilio Tridentino, os efpofoutos de futuro,ainda q
depoisdelles fe figa copula, não fazem Matrimonio de prefente ver
dadcyro, nem prefumido: querendo prcuer niíTo comodeuemos,
& conformandonos com o qucodircytoem tal cafodifpoem; Or-
denamos, & mandamos ao nofíb Vigayrogeral, que quando fe tra-
tar demanda Matrimonial, pela qual fc pretenda desfazer algu Ma-
trimonio já fey to, ou por auerantre as partes algum impedimento
que dirima, ou faltar legitimo confentimento,ou prefençadoParro
cho, ou outrafemelhante razáô,queprouada o Matrimonio ledeue
pronunciar por nullo. E outro fi fendo a demanda fobre algúa das
partes pretenderauerantrcelles Matrimonio de prefente, & a outra (/7í/wflfl1
negar; ainda que as partes ambas confeílem o impedimento, ou ne- £/«.$*í«*
gutm;&confinraoemíefazer,oudest5ZeroMatrimooio:rodaviay/É, t0
mandaráao Promotor,que por parte da juftiçaafsiíVa caufa, & fe & ^JJ»
faça nellatodaadeuidadjligenciafcbrefefaberaverdacíe: por quan-^wrg,
to muy tas vezes as partes fazem niíto coniuyos, & não podem em ífí
tal cafo renunciar o feu direyto: & a mcfma diligencia fc fará por
parte da juftiça, quando fe tratar de algum diuorcio, quantoaotoro
& echabitaçao por caufa de adulterio,feuicias, ou outra femelhantej
porque ainda queaspartesambas confeílem a razão do diuorcio, £
queyrãoapattarfe,toda via o Promotor profeguirá a caufa tè 6nalj
preguntandofe todas as teftemunhas que tem razão de o faber, &
pelo que conftar das prouas,fe julgará a caufa, & não pela confifsão
das panes fomente.
í Porem fendo a demanda fobre efpofouros de furo, hora fe a Hegue
KA copula,
L. . . , ^* %m* «_-
Titulo, 9. Do Sacramento do Matnmo.
copula, hora não, cm cafo que cada húa delias defempare a cauíà & 1
:.c. l-de a
fl>»»jJi °áo % r ° Promotor a não proíiguirá por parte da juftiça, nern fera
ouuido} porquanto nefte cafo pode cada húa das partes renunciara
feudireyto,íaluo quando contra os efpofouros fe allegalTe algú im*
pedimento dirimente para o Matrimonio fe não fazer: porque nefte
. cafo,feaspartesíeconfertaíTemparacafar,defiftindodacaufa oPro
to iteo$ motora proieguira teconftarlc ha tal impcdiméto : masdefiftin
íKS. do as partes dos efpofouros, ou cada húa delias, nunqua fe profegui*
vxor. rápolajuíticá.
M.decen Ç E teta muy ta vigilância ò Vigayro quenascaufas matrimoniaes
J**ff«> pregunteper íuapelToa as teftemunhas de vifta, & prefença, &
cpndo tal impedimento que não poílà, cometerá o exame delias a ca
da hum dos Defembargadoresda mefa que as examinará,como hc
obrigado,cada hum per h\ & de maneyra que não poflâ húa fabcr o
que a outra dilTe, nem tenha lugar ou tempo de falar as que teuerem
teílemuahado com as outras: por quanto temos viftopor expcriea
da auer neftas caufas muy tas teftemunhas falfas :& no exame delias
perguntará nao fomente pelo efíenciâl, mas pelas circunftanciasdo
lugar, tempo, horas, veftidos, palauras, & pelas mais peífoas quefo-
rão prcfentes, para ver fe variáojporque em caufas tãograues conuc
que fe facão todas as diligencias por fe defcubrir a uerdade.
^ Também nos foy referido, que em algúas partes defte noíTo Bif-
pado,efpecialmente nas aldeãs onde não há tanto conhecimento do
direy to, as peílòas que da See Apoftolica, ou íeu Legado impetráo
dtfpenfaçáo, tanto que fabem que as letras lhe fáo pâflàdas, fe hão lo
go por difpeníados, & como raescohabiíáo; no que errão & peccão
grauemente:Polo que declaramos, & mandamos a todos os fobre*
ditos que não cohabitem,atèaueré fentéça de diípcnfaçãodos Iuizcs
Apoftolicos a que polas letras viercometida,& por virtude da tal fé*
a erem
i£$rn* te°í ^ recebidos em face de Igreja: & fazendo o contrayro cn*
fm &ff corrão nas penas cm que encorrem os que depois dos prometimen*
tos
IcsqAs** &elpolourosdetuturocohabitao, & as letras feráo auidas por
»».«. íorreticiasfenellasdedararéafua Santidade não auer copula antr«
elles, ou não a terem depois de faberem o impedimento.
" £E porque
Titulo .p.DoSacrametodo Matrimôn. 3^
tj" E porque nas letras tias difpenfações fe manda aos luizes Coniiílà*
rios,que inquifão das caufas porque astaes difpenfações fe pedtmòi
conccdem,& elles pafsâo comifsáo para às pefloas, qucas partes que
rem, fazerem eftas inquirições-, o que hecaufademuy tas difpenía*
çóesfefazeremindiuidamente, & ficarem os defpofados em mao
eftado: encarregamos ao noflb Prouifor & Vigayros, & aos Iuizes
aqueneíle Bifpadoforem femelhantes difpenfações cometidas, que
não paíTcm eftas comifsócs, & per íi inquiráo da verdade: & não po-
dendo per fi, paíTem comifsáo a peíToa de letras & confeiencia, en-
/
carregadolhpmuytoi&aosNotayros, que as taes letras aprefentáo
& efereuem no auto da difpenfaçáo & diligencias delia, que não
inftruáo as partes do quedeuem jurar, nem do que deuem dizer às
teftemunhas que derem; porque ás enfinaomuy tas vezes a jurar fal*
co porauereríeyto a difpenfação; & os Notayros que o contrayro fe
Zcrem, encorrerãoem fentenÇa de excomunhão mayor, ôc fendo-
Ihe prouado,em perpetua pr iuação do ofíicic)-
€" E porq muy tas vezes aconteceaspeífoasqviuem nas Cidades,&
villas, & lugares, terem nas aldeãs campos* & montes,quintas onde
vão com fua familia eftar parte do verão, ou para fua recreação, otf
j>a recolher as nouidades có animo de fe tornar a fuás caías & domici
lios, & lá fe cafáo ou a feus filhos ou familiar es, &<fe recebem nas I-
grejas em cuja freguezia eftáo as ditas quintas, em que ao tal tempo
feacháo,fem licença defeupfoprió Parrocho da Igreja onde tem
feu principal domicilio, no quegrauemente errão, & o Matrimonio
não vai, por não fer feyto diante de feu próprio Parrocho, como a
Concilio manda: Declaramos &mandamosa todos osfobreditosi
qquando fezerê^lgucafamétoeftádo nas ditas quintas,ou herdades
pelo dito modo, tedo em outra parte feU domicilio que fe não rece-
bão,fem eftar preíete o próprio Parrocho do dito feu domicilio p rin*
cipal, ou hajão delle licença: & fazendo o contrayro além de ler o Ma Vj nfpíàt
ttimonio nullo conforme ao Concilio & declaração da Rota, oPri? c%b^'
or,Rcytor*ouCura,queafsiõsrecebei íemlicençado próprio da * i] tjuos rt
Igteja onde tem feu principal domicilio, éncòtre nas mefmas penas nocb%fif4
em que encorrem os que cafáo freguezes alheos.
K 5 í Eou:

/
N
X Titulo .o. Do Sacramento doMatrimò,
t

^ E outro fi mandamos a todos os Priores, Reytores, & Curas, que


quando derem licença a outro Saccrdotepara receber algum feu fre-j
guez, ou na mefma fua freguezia ou fora delia em qua quer parte,
clles aíTenteemoHuroosque^fsicafarero,poisfáo feusfreguezescõ
as teílemunhás prcfentes; declarando logo que com fua licença fo-
rão recebidos per N. em tal parte: por atalhara duuidas grandes Sí
perigo fas que do contrayroíe podem feguir: & não o fazendo afsí
encorrerão em pena de vinte cruzados; a qual ncflbs ofíiciaes farão
executar com rigor, & os Vifitadoresfe informarão fe ifto afsi fe cu*
pre, & a mefma obrigação tetão os próprios Parrochos de aíTentac
no liuro os feus freguezes,que por nofíà licença,ou do noílòVigayro
forem recebidos fora da freguezia.

Titulo, X. Dos jejíis de obrigação, & da


pr ohibiçao da carne, ouos ou leyte,
0f CouRituição Primeyra.

Capiau** Oníiderando nos, comoa Igreja Catholica J alur


dragefsi - miada pelo SpirituSan&o, conformandofe com
decofecn as Ieys Diuinas,tnftituio algús tempos, & dias, de
d $ ®iu*
Tbom*i i
jejum; nos quaes todos os que tem legitima idade
g.'i47.*r» Cúc vinte & hum annos, &dahi para cima,£to
a. 1
obrigados a jejuar, fob pena de peccado mortal,
não tendo algum jufto impedimento que os efeufe: & quantosabti-
fos ião introduzidos na obferuanciadeítepreceyto.
ff Primeyramcntc, ordenamos, & mandamos a todos os Priores»
& Curas, queaos Domingos na eftação damiflà,digaoafeusfregue
zes, os dias de jejum que nafemaaa feguinte ouuer, declarandolhô
a obrigação que tem, de jejuar os ditos dias, & o peccado que corne-
tem,deyxandodejejuarfem juílacaufa: enearregandolhe muyto o
cumprimento deite precey to, mayormente no tempo da Quatef-
0
ma: lembrando tambemaosdoentes que (por razão de fuás jndifp
ficóes) tem licença para comes carne, nos dias, & tempos defezos;
polto,
/
m-
itulo. íò. Dós jejus de obrigação. 4.0. •I

poíto, que quanto â iílo Équeitt defobrigados da ley do jejum: em tu Qurand.


do o mais que podetem ,- a deuem cumprir, comendo carne hõa fóo ífíjfj*
vez no dia* - *?.4-c»«
^ B os dias, que( conforme a direyto& cujlume defle 'Bijpadoy àrX 7'
je deuem \e\uaryJao osjeguttei*
1

1 T x
I Odos os quarenta dias da Ouareímá. t-quadn.
* JL ^ As quatro têmporas do anno, que lao as leguintes. decõ/ecr.
d
3 $ Á primêyra quarta feyra , íefía, & íabbado depois de dia de T'?'...
Cinza. càjcj.76.
4 ^ Áprimeyrâ quarta feyra, feita* & fabbadó, depois do Pehthe- f/,!'ti9
CoítC. vesdtcon
4 J
5 Gf A primeyraquarta feyrâ,feftaí &Sabbâdo, depois de Sanóta*^ ''
r
Cruz de Setembro.
$ ^ A primeyra quarta feyra, íefta, & fabbado, depois de San&a
Luzia.
? % Os primeyros doús dias das ladainhas, poftó que não fejão
de obrigação de jejum, fe não pode nelles comer carne, ■
* ^ O terceyro dia das Ladainhas, que hé vefpera da Afcenção,fe t, mfeti
jejuará, per cuftumedefteRey no. 16-dijt.^
5
f Vefpera do Spiritu San&o, qucheao fabbado,fc jejuará.
10
^ Todas as vefperas das fcftas, & fan&os, que câcm pelos me-
fes> abayxo declaradas, fe jejuarão*

'Não tem dia de jejum ,per obrigação da Igreja.


FEVEREYRO. ?<.*.&%.
í Vefpera da Purificação de NôíTa Senhora fe jejuara* ^S™"
í Vefpera de São Matthias Apoítolò, fe jejuará.
MARCO. f -v -.tt V
T Vefpera da Annunciação deNoíTa Senhora, fe jejuará*
ABRIL/
1 Não tem dia de jejum>per obrigação da Igreja*
' M A Y O.
JNão V
de da prohibiçãô dà carne* òuôs^ley te*
^ Não tem dia de jejum, per obrigação da Igreja.
IVNHO.
^ Vefpera de Sam IoaoBaptifta,fe jejuará.
Ç Veípera de Sam Pedro, & Sam Paulo, fe jejuará.
I V LH O.
Ç Vefpera de San&iago Apoftolo, fe jejuará*
AGOSTO,
;^ Vefpera de Sam Lourenço, fejejura»
^ Vefpera da Afluropção de Noflà Senhora, fe jejuara
^ Veípera de Sam Bertholomcu Apoftolo, fe jejuará.
SETEMBRO.
^ Vefpera do Nafcimcntô de Noíla.Senhora, fe jejuará-
Ç Veípera de Sam Mattheus Apoftolo, fe jejuará.
OVT VB RO.
Ç Vefpera de Sam Simao,& Iudas, Apoftoios, fe jejuará;
de NOVEMBRO,
fj" Vefpera «Modos os Santos* fe jejuará.
^ Vefpera Sanâo André Apoftolo, fe jejuará*
DEZEMBRO.
^" Vefpera de Sam Thome Apoftolo,fe jejuará
Ç Veípera de Natal, fe jejáará.

í[ As pefloas que não jejuarem, os dias, & tempos nefta Conftitui-*


ção declarados, fendo de idade aqueodircyto obriga a jejuar, que
he de vinte & hum annes, náo tendo legitimo impedimento, feráo
amoeftados pelos Priores, Vígayros, ou Curas, qUe paguem hum
real, cada hum que afsi náo jejiiar, para a fabrica da fua Igreja: além
• *
de peccarem mortalmcnre,por quebrarem O prêceyto da Igreja :a
qual pena lhes mandarão, & amoeftarão, que a lancem em hu mca-
lheyro,ouccpo,queem cada Igreja auerá:&ametadcda penados
que não jejuarem as quatro têmporas, applicamospara a obrada
noflà See, na qual também auerá hum cepo, fechado com fechada
ra, em lugar deputado para ifío.


Titulo, Iò. Dos jejus cie obrigação,' 4.1^
^Couflituiçâo. 11. Dosdiasde]e\Um,emauefãoprohihidos
OHOSI f£j leyte i {£) coujas dclle, per dtreyto Canónico*

Ç MA prohibidosnojejumdaC^arefma,ouòs, leyte, & coufàs f.V<»/f«e


^ delie. E afsi mandamos que ncfte Bifpado fc guarde:& nos outros ^JTf'■#
dias de jejum, fora do tempo da Quarefma, conformandonos com imtttntí*
omefmo direyto Canónico* &cultume defte Bifpado: &auendo #?JS
íclpeyto a mayor parte delle eítar em terra defertáo, onde muy- rtAMob-
tas vezes falta peyxc, & outros mantimentos neceífarios para os^Z!"'*
<D LUm
aias de jejum, íc poderão comer ouos, & leyte, tirando nos lugares■ ' '
«jus fáo portos de mar* *£$&

f[ Conjíiturção. 111. Que nos açougues y ft) praças] eflalagesl


fp lugares públicos ^e não nuendà na Quarejm a,
f£? dias de '\e\um
'
9 carne, que não
i . ■__ -

conuem para doentes.

17 Por quanto fomos obrigados a tirar todas as óccaíioes,com qiiè


~ Deos prdeíércfTendido, & o pouo receber cfcandalo. Manda-
dos íobpena de excomunhão, & de dez cruzados, aplicados para
* See, & Meyrmho: a rodas as pefíbas que tem per obrigação, ou of*
"ciOjVender carne nos açougues,praças, lugares públicos, eftalagés■>
J
S' c no rempo da Q^uareíma, & dias de jejum, náo vendáo carne de
a<
-a,?orco,& outras femelhanteSjque náo feruem para os doenres:
emente poderão vender, carneyro, galinhas frangáos, & ou-
tras
carnes como efías que íeToem dar aos doentes, com lhe moftra
*Crn nofià li cenca,ou das outras pefíbas que lha pondem dar, con-
°f me a Conftituição feguinte. E fob a mefma pena, mandamos
°s Regedores,Almotaceysi& officiaes da juftiça defte nofíòBifpa-
°J que não confintão nos ditos tempos venderem feas carnes nefla
n
° ltituição prohibidas: & tenhão o cuydado, & v igilancia deuida,
ca
.. »'gar os que a náo guardarem Poderão toda via, nos dias de jc
ender toda a carne,quando o dia íeguinte,for dia de carne,de ma *
yra q íe eutéda, a náo cõprão para comer no tempo prclubido*
L ' ÈtàM.
& da prohibição da carne, ôuos, & leytc.
ÊCónjlituição. 111L Que na Qgarefma fe HM
apregoem ouos, Uytt> manteyga,
$ queijos frejcos.
*

AMoeftamos* & mandamos* fob pena de excomunhão, & de do


zentos rs para o Meyrinho, que nenhúa pcíToadcfta Cidade, &
Bifpado, em qualquer parte ande na Qtf arefma vendédo, & aprego
ando pelas ruas, praças, & outros lugares pubricôs,ouos,leyte,man
tcyga* ou queijos freícos. Por que: pois eftas coufas fãoper dircyto
ptohibidas no dito tempo* grande dcfobediencia he, quando a Igre-
S.©-"»/*» jacbriga a jejuns, & prohibc as ditas coufas* ândalas vendendo,&
À&fr apregoando publicamente* & com ellas conuidando a peccado.

If ConfUmiçãò. P. Dã licença com que os doentes]


que nào ejleuerem em cama, poderão cornei
tárne em dias defefos.
/
*•

è t,d<ifiti./~\Valqucr pcííoa,âque parecer, que por fua indifpofíção, tem


de \bjer- V^£neccfsidade de comer carne na Quàreíhiâ* & outros diasdefe-
tut ,nm
'
»rurn (os pêTa Igreja* não eítando doente em cama,auerá certidão do Fifi-
co, em que declare (per juramemento) aneceísidade que tem, *
qual aprefentará a nòs* ou a noífo Prouifor, fe a tal peflba viucr neft*
Cidade* ou duas legoas ao redor: & viuendo em outra parte defte
Bifpado , lhe poderá dar a dita licença por tempo de de2 dias o Ar-
ciprefte, auendoo: & não fendo em terra onde haja At cipreíle, o
Prior* ou Cura: & fendo para mais tempo, a virão pedir a nós, otf
â noífo Prouifor: & na licença, que per nós, ou noflo Prouifor, otf
per qualquer das peflbas fobrediras, for dada aos doentes para co*
merem carne* lhe íér ão fempre refer uadas as feftâs íeyras quanto fot
pofsiuel, no quelhe encarregamos muyto fuás confeiencias. Efeal'
gua pefloa, não cftandodoente em cama, comer carne no dito tem*
po fem a dita lice nça, procederfe há contra elle grauemente, com *
pena que fua culpa merecer. Eamoeftamos,& mandamos aos M^
dicos, & Cirurgiães, que quando derem as taes certidões, o facão co
muyta
Título.io4Dásjejus deòbrígãçío. -í? z
«nuytaaduertcncia, & juftacaufa, & n50 com facilidade, fob pena
^e fazendo ocontiayro.feprocederá contraelles confoímcacul-
pa queteuerem. «-...-. ~

€CoKJlitutçao.FJ. Que os quetemeftalagem^m


<venàaynam deyxem comer carne* em
fuás caías, nem a ruendâol
/(rw licença.

p.OR qusosqueconfentem, & fauorecem males; & pèccado£ '


igualmcntepcccão^aacreccmfercamgadosjcomoospro- 2d'uf
n
P °s delinquentes: Àmoeítamo8,& mandamos a todas as peflbas,
S"cnefta Çidade,ou Bifpado,teuerem eftaIagem,venda,oucafaem
Ue
S dem pouíada, ou de comer a os caminhantes, òu naturaes,não
Co
Quatáo qic comáo carne era fuás cafas,ncm coufa algúa de ley te,'
jjem veodao, nos dias em que pela Igreja, & noíTas Conftituiçóes
Wefefoj faluo moítrandolhe para iflb noííà licença, ou de noflbPro
JWor, fefl(Jo neíh Cidade:ou do Arciprefte, Reytor, ou Cura, íendo
°ra da dita Cidade, conforme á Conftituiçáo precedente. E qual
5
S' cr que o contrayro fizer, íe lhe dará a pena,& caítigo,que por fua
^lPa, &defobed encia merecer.
£ ?
T Por jue fomos informado, que ainda há a gÚas peíloas, que co capje tJk
u tarnii dt
P° co temor de Deos & obediência da fgrcja,comem nòs íabba- -
^vetde, figido, & meudo* de carne, iem licença: Mandamos^'4'
etn v
«tuded2 obediência, & fob pena de ferem caftigados com ri-
nque nediúa peíToa coma as duas coufas nos ditos dias defabba
o> nem olUro a|gU(ri) ptohibido pela Igreja: & os Curas euitem
°s ofricios d.uinosaostaes que míTo achatem comprehendidos^
^ osnam adamáoatee pagarem quinhentos fs, para a fabrica da
CCl & obras
i <*eíí: Igreja: &denunciaráo dosquenamfceromen-
rer
jj « ao noíro Prouiífor, ou Vígayro Geral. E os Vifitadores
P^gumatáopor éftc cafo,& fa: ao cumprir efta Conftituiçlo com
E
í S5«o fi, declaramos que a Quinta Fcyra da fernana Santai he
Li dia
Titulei li. Das feitas do Anno,
dia de jejum, como os mais dias da Qmrefma, como pelos Sa«
grados Cânones eftaa determinado. E mandamos aos Parco-»
chos, qucparecendolhencceflàriojfaçãoafcusfíegufizcs particular
lembrança deíles jejuns.

T I T V L O. XI.
Das feitas do Anno, & lembran-
ça delias.
€ ConftimiçM. /. Das feflas do Ànm^ejehâ»
de guardar^ \i\mu

Onfubrando nós, como o Dereyto d uínõí Bi


Canónico, nos obriga afolénizar, guardar & je-
juar alguns dias & feílas do Anno, por ícr juftcy
que aí»i do tempo que Dcos nas d;?, como de to*
do o mais, lhe ofFereçamos algua parte, dando»
lhe graças polo que delle recebemos: trazendo á
memoria noflàs vidas & ebras, para acrecentar algum bem:fe o
cm nós ha: & apartamos do mal, por fermos a mdo obrigados.
Ordenamos, por cita nofla Conmtuícáo, & Itens abayxo ciemos,
declarar os dias & feitas que por deiey to Canónico, & Conftuuir
jóesdcíle Bifpado, fc deuem jejuar, & guardar.

IANEYRO.

Cdp: vW. ^ A Circuncido de noílo Senhor. Se guardara


i*pH'< ^AFcftadcsReys. Se guardat à*
€ A FeíladosMattyres,quefecelebra rcfla
Cidade, no Moftcyro de Sanâa Cruz.
' Na Cidade íoomenie atec o meo dia;
CDj?
1
& lembranças delias; 45.'
$ Dia de Sam Sebaftião, poro tefmospoi>r
auogado em todoefteReyno. Se guardara*
FEVERÊYRO-
* A Purificação de NolTa Senhora* Se jejuará, & guardara.
í Dia de Sam Matthiás* Apoftolo. , Se jejuará» & guardará.
MARÇO*
í A A nunciação de Nofia Senhora." Se jejuará, & guardará*
ABRíL

f Sam Fclippe,& San&iago, Apoílolos* Se guardará.


c•.Crutisfr
í Saneia Cruz, Sc guardará. f0„/ecr<í

f Sam Ioão BautiílâJ Se jejuará, aguardará,


í Sam PedrO ,& Sam Pauto. Se jejuará, & guardará.
fSanfto António, per cuftumedefteReyrió,&
naturaldelle, Sèguardará,
ÍVLHQ'
ÍAVifitaçaodeSanaaMaria* :, Se guardara.
Í Sanftiago, Apoftolo. Se jejuará, & guardará*
AGOStO.
f Sandia MamdasNeues* Se guardará*
f Sam Loufenço. Se jejuará, & guardará*
Ç A AíTumpíão deNoiía Senhora Sc jejuará, & guardará*
í Sam BartholomeU, Apoftolo. Se jejuará, & guardará,
SETEMBRO,
f ONaíciménto de NoíTa Senhora, Se jejuará, & guardará,
"í sam Matheus, Apoftolo. Se jejuará, & guardará.
§ Sam Miguel* Se guardará*
OVTVBRO*
f Sam Simão, & Iudas, Apoflolos. Se jejuará, & guardará.
NOVEMBRO*
T Dia de todos os Santos. Se jejuará, & guardará,
fl Dia de Sando André, Apoftolo* Se jejuará, & guardará.
DEZEMBRO.
L 3 f AConçci-
Titulo, u. Dasfeftas dó Aiíno,
^ A Conceição de noíTa Senhora. Se guardara
q A comemoração de Nofla Senhora",antes do Natal. Se guardará;
^SamThomcApoflolo»" " Sejeúará,& guardará.
i Dia de Natal. " Se jejuará,& guardará.
>;f f Três dias das oSauas.' * Se guardarão
f Dia de Sam Sy lucftre» Se guardará.

Ç Conflitwção. iLQwh frègíkz$'s<vâoouuirmiffa àjuafre-


guez/a, {£)'leitem conftgo fetofilhos, <& os remis'
Jejao apontadas pelo Xjytor: & quefe não 9 •'
confmta freguez. alheo.
*%$> D OR muy âzu{ào>& acc>,£° íeruiçoiquis nono Senhor refeníar
em. d}. X patafeu culto diuino, & exercido de obras efpirituaes, o dia fá
ao do Domingo, & as outras fefias pôla fanfta madre Igreja iflfti^j
tuidas: nas quaes todo fiel Chriítão fe deue priuar de toda
fibra fcruil, ocupandofe em ouuir miíTa, &c outras obras de virtude:
porque do contrayro (alguas Vezes) hoílb Senhor irado, nos dene-
ga os bés temporaes, & permite muy tas períeguições, que cada díá
vemos. Pelo qual eírabelecemos, & mandamos a todos os de noíTo
u wJT*s BifPfdo»<luccMtodososDomingos,8çfcnas,v«)ouuiramií&do
tiik. de dia, ás Igrejas donde fão freguezes, & não a outras àlgúas, nem a
'ííjt-iT Hermidas, nem oratórios, albergarias, capcllas, &c. E leucm confí
go, ou mande hír,feus filhos, & filhas, & criados* E osqueguardão
gadoj ao menos de idade de dez annos para cima, vão ouuir a dit*
miíTa do dia, do princioatè o fim: faluo aquelles que forem neceflàrt'
os ficar para feruiçp, ou garda da cafa: reuefando porem horahuns,
hora outros. E quem o contrayro fezer, fera, apontado pelo Priori
ou Cura. E iftofe não entenderá naqiiellesque por ftecefsidade, otf
vontade, vierem nos ditos dias ouuir miíTa á noílà See Cathedral,
por ellafer madre de todas as outras do Eiípado: & todos fere noífos
Parrochianos, & nós feu Pafior. E mandamos aos ditos, Curas,
& Capeílâe^que facão rol em que apontem os reucis, afsi os que ná<>
vierão, como os que não efícuerãocío princio da miíTa, ou ao mend*
antes do Euãgelho, fobpena de cincoenta rs, para as obras da Igreja,'
v_... . .^.. ai
& lembranças dellé." 44.
&Meyrinho:&proccdão contra ellcs (fendo mais reueys) com pe-
nas, fcasapliquem coroo lhes milhor parecer. Eporeuitarprolixi-
dade, de cotar por rol todos os freguezes, fóméte pedirão cota da-
qllescj foubeté que fão reueys, & náú continuauão virá!grejã,ainda
que digáo que foráo á Matriz, ou a algum Mofteyro: íe a elles polo
paflàdolhesconftatocontrayrò. EporferconformeádoutrinaEuã'
gelica,que os que tem cargo dalmas, conheção feus freguezes, &
iaybáo como cumprem os preceytos da Igreja: por efta defendemos
aos ditos í1riorrcs>& Curas que não confintáo em fuás Igrejas* algu J*^/
freguezalheo nos ditos Domingos &feítas, fobadità pena: faluõ
fe a cafo, ou por necefsidade, fe achat' ahi, & não poder hir ouuic
roifla a fua freguezia, por fet longe, ou vier hahi a algum bautifmo,
Voda, OU refta, ou outra qualquer necefsidade femelhante.
% E quando em algua lgreja,ou mofteyro,ouuer pregação, o Prior,'
líeytor, OU Prelado, ou íuperior deita Igreja» ou mofleyro, terão a-
cerca delia tât ordenança, que a mandem fempre começar a horas q *
apofsáo cuuir osíreguezesdas outras Igrejas,fccjuiferé,& hir dahi a
têpo cõuenientea fua ríegUeziâá miííadodia,ac]ual mandamos que
fc comece acabada a pregação, efperando primeyro hum pouco
pelos freguezes que venháo. E niflb terão talotdé, & maneyra,hús
& outros, que fe faça tudo como cumpre a feruiçô dá Deos, & bem
<ie feus freguezes.
^E porque efta noíta ConítitUiçãô mais inteiramente fe Cumpra,
fadamos a todos os Priores,ôi Reytores das Igrejas, Parrochiaes,
c
u Annexas de nofíb Bifpado, que por fi, ou feus Capeííães, em to-
rsos Domingos&feftas, acima efetitas,digão, ou facão dizef txitt&
wiifía da própria fefta, para que ós freguezes a vão cuuir, como *'*.»#.
r
P° efta Conftituição iam obrigados*, o que âísi cumprirão, lob pena tw/w«*.
*e P^ar cada hum que não cumprir, por cada miílà que faltai-, cirt- *&u
c°cntafs,paraa frabriCada dita Igreja. E não cumprindo todas as
íeftas doanno, pagarão mil rs, álèm dos ditos cincoenta^ rs, para a
igreja em que fealsihauiãodc dizer, Enás ditas miíTas não deyxem
decantar o Credo, & Prefacio, fob a dita pena. Afsi mefmõ lhes
mandamos, que nos dias dos oragos que fão de guàfda, náo dey xem
• ■* - " ~ ' fuás
Titulo, i?. DasfefiasdõAnno
fuás próprias Tgrc jas pelas alheas: nem o Prior, ou Cura dos taes ora
gos,lhes dará aparelho para dizerem miflà,fob pena de pagarem
hum cruzado cada hum. Saluo fazendofe afeitados diros oragos,
hum quarto de legoa donde o tal Prior, ou Cura: for & poderão por
fua deuaeão, hir la todos ouuir miílà.
\

r
^ Conjlituiçâo. 111. Daspenas dos que trabalhão em os
dias (anãos0 f£j como fe procedera contra elles.

SOmos informado (o que íc nãopodedizer fem muyta dor) que


nefte noflb Bifpado, não íomente nos lugares, hermoí, aldeas,&
mentes j mas ainda nas viilas & Cidades fe não guardáo os dias dos
Domingos que a Igreja manda guardar, & quer que fe gaitem cm
obras elpirituacs de ieruiçodo Senhor; & fe fazem nelles obras fer-
uís, principalmente os pefeadores, barqueyros,almócrcues,moley-
ros, & gente que viueperíernelhanteleruiço. E o que mais he para
eítranhar & cafligar, que ainda ante miíFa trabalhãodameímama--
Tridftfi- Peyra>& tanto íem pejo como nos mais dias da feroana. E ccníide*»
a£. de </« rando nos a obrigação que temos de acudir a tão grande? peccados»
adjinê- &abuzos,& como per nua Coníiituiçaoextrauagante do Papa Pio
**trtriéi 03'ntOnos neiflodenouoencarregado:Mandamosquepcflbaal-
3*9.5 /">/* gúa,de qualquer qualidade & condição que feja, não trabalhe nos di-
medium. as £Q% Domingos, & Santos, & os guardem todos de mea, a mea
noyte,com muyta veneração, principalmcnre os dias que a honra
de Deos, &da Virgem Noflà 5enhora,& dos ApoftoIos,fe mandão
guardar: & mandamos ao noílb Vigayro geral, Arcipreftcs,& mais
otficiaes, que com rigor & diligencia executem) & facão executar
cm todos, & cm cada hum as penas pelos Sagrados Cânones & Mo
tosjppriospoftasaosquc trabalhão em os ditos dias: para que ao me
nos, com temor do cafligo, facão o que deué,cm & efpecial as que
neíta Conftituição ião poftas & declaradas cm algús cafos, por fere
mais frequentes.
^ Irem tedosos pefeadores que nefte rio do Mondego,afsi a vifía da
Cidade como em qualquer parte delle, ou em qualquer outro, ou é
Jagoas,
& lembranças delias» Jj.f
1
fcgoas, pefcarem com redes a que chamâobugigângã^trefm alhos,
«des de varrcrjvargasjfisgas,^ outros femelhantes ínfttumcntos,
a.émdeas perderem, pagaráo quinhentos rs, pola primeyra ve2,&
pola fegunda o dobro: & pcrfeucrando,feráo prezos & cafligados có
l
'g^r:&amefmapenaaueráoosquederem o barco, ouokuarem
para pefcarem nelle nos ditos dias: & os que ao fab bado, ou vcfpera
«o Saneio lançarem as redes & as leuantarem ao Dcmieo ou San-
ôo4 °
0s ueí4cm re cs
kf ^ ^ peícaremacana, per cfficio para ganhar dK
oeyroj nos ditos dias,ferão condenados pola primeyra ve2emccm
s
J >pola fegunda em duzentos, & pola tcrceyra em quatrocentos $&
a
*endoo mais vezes feráo cafligados com mayores penas íegundo
V^bmiodonoflb Vigayro.
T Os carr;yros&almocreuesquenos Domingos & dias Sandtosj
Pairem de ftmeafascom Carros, ou beftas carregadas, alem das
Petnscontheudas no dito Moto Próprio, íerão condenados em as
Cirnas penas acima poftasaos que pefcáo com redes, dedinheyro
P"zão. E fe depois de comprehendidos nefia culpa per três vc-
Cs
náofe emendarem, fe procederá contra eiles amayorcs penas.
°*que andarem fora de fuás cafas,& vindo per caminhos ao íabba
°> ou vefperadc Saneio dormirem em lugar Onde haja ígrcp,não
Paturão dali Tem ouuirém mifià, fobamefma pena :& dormindo
/j1 pirte onde náo haja Igreja, poderão caminhar pela itianhaãatee
, ug*tonde achem miíTa & a ouçáo: E náo ô comprindo, feráo có-
-Mos em dozentos rs pola primeyra ve2, & pola fegunda era
att
1 ocentos, & pola tcrceyta em may ores penas como ao noflb
*Sa> to parecer.
J l9dos os caçadores, que foem caçar para Vender, feráo condena
Ca
te ??5 da vez que caçarem nos ditos dias em cem r s,& fendo an«
ria fe Cm ^ozentos» ^ kndom£"s vc2csachadoscreceráo aspe*
*j gundoa culpa & contumácia.
carniCc ro
aiu/d y matará, nem esfolara,ou vendera carne nos
<j °S. ^s:.& fítandolhe algúa do dia precedente apodera vender
F013 de jantar, fem tumultos, das portas a dentro: faluoacon-
M tecendo
Titulo. ii.Dasfcftas do Annò
tecendo fer o íabbado, cu odiaem quea carnefe há neccflàtkmej
tc de matar, Sanao: porque qntáo fc poderá matar & vender a
tardes. ,. „ .
€ Eos moleyros, fclagarcyrosque nos Domingos & duas Sanòto
lan$aremamoerosmoynhos,&!agareS ante mito, pagarão pd
primeyra vez duzentos rSj& pola fegunda o dobro, & pola terce?r
ferão condenados em mayores penas fegundo merecerem.
C E as peíToas que lauarem panos>& os enxugarem antes,ou depd
da miíTa, pagarão fefenta íu E os que curtitem, ou lauarem couros,
dozentos rés por cada vez. E o que albardar befta para h» caoiiuM».
ou para trabalhar: & o ferrador que ferrar,pagar á cada vez cem te*
€ Icem defendemos, que nos ditos dias nenhua pefloa moa pao, o
outra coufa algúa >nem taçao outras obras feruís: Nem em temp
diseyras, excepto auendo algúa ▼rgente necefsidade: porque eptj
comlicençado noflbVigayro,Arciprefte>ou Curado Iugar,oiar*
depois de miGa,não fendo Domingo,ou fcfta de noflb Scnhor>ou a
NoíriScnhora:aosquacsencartegamosmuyto as conlciencws»,
cerca da dita necefsidade.
C E afsi mcfmo defendemos,que ncnhna pefloa nos ditos dias vc
da pão, vinho, pefeado, carne cozida, nem aflàda, moftarda, «ipjg
fruyta,vcrças,cfpeciarii,hecua nem outra coufa algúa,açee na no»,
Sec, & nos outros lugares,& villas datem as badalladas,quando w
tâoaDeos,fobpenadeoyicntarês. .
€ Item não abrirão tendas, nem boticas, afsi como de panos,
mercearia, nem de quaesquer officios mecânicos, para nos ditos
as venderem: &fe cem algúa necefsidade fefezer,(erá de dentro
caía, com a porta cerrada, & depois de comer s faluo fc for BotiW
ro, que por necefsidade poderá vender, para os enfermos, a too

hora aporta cerrada. Efazcndo ocontrayto,pagaráoporcada
cem res. >í
^ E efia Conflituiçao não auerâ lugar nos caminhantes,ou ali* ^
ues, que pafsão feu caminho, aos quaes fe poderá vender & datt^
oneceíTanojCom tanto que íe faça depois de ellcsouuitem taW^
zada jfendo em lusar onde haja mais de húa: & íeja íecretamen1 .
& lembranças delias. 4.6.
trodecafa,fob pena de cernis.
* E os que trabalharem com outras coufas que nâo fejão das acima
ditas, o Rey tor, ou Cura o penitenciara como lhe bem parecer; ref-
Peytando a culpa, & contumácia de cada hum: & o que fe pagar fera
Para a Igreja donde forem freguezes. E por efta Conftituição não
r
euogamos as mais penas que contra os taes per noíTas viíitaçõcs,ou
de noflbs Viíitadores forem poftas. E as penas dos que trabalharem
n
°s taes dias, o Mey rinho terá cuydado de as folicirar,citãdoos & dá
doos em rol ao noflo Promotor, para que os demande: & o que por
*uainduftria houuerdas ditas penas, feja tudo para elle: & o quefe
«ouuer femfuainduftria,fcja para as obras da See*
<[ E para que niflo melhor fc proueja, não demandado o Meyrinho
as ditas penas,na primeyra audiência dep ois que nellas encorrercm,
o porteyro dante o noflo Vjgay ro as poderá requerer, & fazer demã
darj & auerá delias o que o Mey rinho auia de aucr.
^ E nos lugares onde o Meyrinho não efteuer, mandamos ao Cura
da Igreja, em virtude de obediência, que eícolha húa peílba quearre
cadcefías penas, & as lance em hum mealheyro, para ferem entre»
guês ao obreyrc da See com as efmolas da confraria da dita See. Eo
quenáoquiíerpagar,oeuitaràda Igreja, &oremetetáa noflb Vi-
gayro para o fazer pagar, pofto que feja freguez alheo, fe em fua fre
gueziafezocontrayro. E o Meyrinho feja auifado qnáo faça auen
Çaalgúa com os que trabalharem, deyxando os pefear, ou vender,
difsimulando a execução; fob pena de pagar pola primeyra vez cm
dobro as penas que difsimulou-, & fer fufpenfo do officiopor três me
*esj & pola fegunda perder feu officío.

$ Conjlituição. 1111. Que nos Domingos^ fç) Sânòhs não


haja audiênciasynem negócios ^udiaaes.

Porque conforme adircy to Canónico, não fomente íaoprotii- QmUn


os em os Domingos & dias que a Igreja manda guardar,todas /«-.©/«„,
as obras mecânicas & feruís, mas também as audiências, pro- *£•*»*
cenos,citaç>5cs,& todos os autos de jurdiçãocontenciofa; E fomos?aM
*da^n.i
....... , _._. ; ^^ infor- "'Hr
Ticulo.íi. Dasfeftasdo Anriò,
informados que em muy tas partes defte noflb Bifpado, os Iuizes &
ofbciaes da juítiça, com prejuízo das partes* & fua confciencia, & ef-
candalo do pouo, fazem muy tosautos de jurdiçáo nos ditos dias, &
ainda dentrodas Igrejas, ou nas portas & adros delias, o que hecaío
de muy tos não hirem ouuir miíTa: encarregamos & mandamos a to
dos& quaesquerofficiaesda juftiça, que nos ditos dias não citem,
nem mandem citar pefloa algua para auto algum judicial* ainda q
«f. i. o* fe haja de fazer em outro dia, nem facão noteficaçóes que tem forfa
t.decci dt de citação, mayormenteasportas das Igrejas & adros delias, como
im
'Tnl' ^° os^uc^^2em aa'gúspara aceytarem juramento parãferíiité
6. * de tutoresjdc jurados, guardadores, & outros femelhantes cargos
ftrÀu para queforáocley tos: nem façáo audiências, ououtroalgum auto
judicial. E qualquer que o contrayro fezer,além de fer per direyto
nullo todo o auto de jutdiçãó contenciòfa fey to em taes dias, encor-
rerá em pena de hum cruzado pela primeyra vcz,aplicado para á ce-
ia da Igreja donde he freguez, & pola fegunda o dobro, & pola ter-
cey raie procederá contra ellecom mayores penas,fegundoa cul-
pa & qualidade da peílòa.
d. tu í °utro fi raandamos> ^e as fcyras que ncfle noflb Bifpado fe faze,1
ceíTem nos dias faiiclos até ferem ditas as mulas do dia, E nenhua
pcíToa venda antes damiíracoufaalgúa,fobpenadedozentos rs; E
nas mefmas penas encorrerão os carpinteyros * caixeyros, & offi-
ciaes mecânicos que nas ditas feyras trabalharem,pregando cayxas,
ou fazendo qualquer femelhante trabalho em tedo o dia fan&O} por
fer abufo grande, & contra o preceyto da Igreja: E encomendamos
& mandamos a todos os PrioresiRcytores, & Curas, que nas efta-
ções quando denunciarem os dias fandos, lembrem a feus fteguezes
a obrigação de os guardar, & as penas em que per direyto, fr efta
Conuuuição encorrerem, nas quaes ferão cõdenadosfem remifsão.
q Eporqueaptoueytáopoucoasleys fe não ha quem as execute, mã-
. damosao noflb Mcyrinhoque nefta Cidade tenha muyta vigilân-
cia fobre os que trabalhão, fazendo executar nelles as penas: & aos
noflbs Arciprefles, que nos feus arcipreíiados tenhão o mefmocuy-
dado de fazer guardar efta Conflituiçáo, aos quaes damos poder #
jurdi-
1
ôc lembranças delias* 4.7,
jurdíçâo q poflao condenar os que acharem culpados nas penas neíla
declaradas atéquinhentos rs, fazendo auto da condenação com o ef-
criuao de feu cargo, depíítando as penas para fe entregarem ás obras
& pefloas a que fáo aplicadas.
í E por quanto ó noífo Mey rinho, & os Árciprefles não podem íà-
ber de todos os que trabalhão, mandamos a todos os Priores, R.ey-
toreSjOu Curas, que da publicação deita em quinze dias elejão per
Votos da freguezia húa peflòa temente a Deos, & de faã confcicncia,
Sue fcjà Iuiz, ou procurador da Igreja, & hum efcriuão, ó qual terá
c
uydadode faber todos os que trabalharem, & com q efcriuão os
untará, & 0s dará em rol ao Prior, Reytori ou Cura, qué na eítá-
Çao os denunciará & condenará nas penas delta Coníhtuição,que
n
ao paílãremde cem fs: Ê os que conforme a ella merecerémayo-
re
s penas os aífentaràem hum liuro, ou roí, & os mandaráá nós, ou
OoíTo Vigay ro j para que os de ao Promotor da iuíliça que os acufe,
& faça caítigar como merecerem: O que fará em cada hum anno de-
pois da Pafcoa no tempo em cjue hé obrigado mandar os roes dos re
Heis, que íe não confeílaráo, & cobrará certidão como os entregou:
°udará o dito rol dos que trabalhão ao Vifitador, feprimeyro for
v
iíitar a fua Igreja, o qual com o efcriuão de feu cargo, procederá cõ-
lt
«* os culpados condenandoos cm todas as penas que per efta ConíH-
lu
ição fão portas, & executandoas logo.
1 E porque nocaítigo deita culpa podem proceder jnão fomente os tetrauag.
n
°flbs õfflciaes,como per eíta Conítituição lhe he mandado; masy^*.
ta
tobem as juítiças fecuíares, como pela Extrauágante do Papa Pio
Hijinto lhehe encarregado: encomendamos, & encarregamos
^uytoa todos os IuizeSj & juíliças, & officiaesa qué pertencer dcíte
n
oflo Bifpado, que com muy ta diligencia caítiguem os que acharé
ripados, procedendo contra elles, & cõdenando os nas penas heflâ
^°ftituiçáo declaradas, ou em outras que lhe parecer: & os primey-
r
°sque citarem qualquer dos que trabalharem procederão contra
cl
'cs até final fentença & execução delia: E depois de citados per
noíios officiaes, não poderão osfeculáres entremeterfe,né osnoflòs
Poderão proceder contra os quepor efte cafo primeyro forem cita-
M 3 " dos
r
Titulo. 12. Dôs Priores,Reytòres>& Curas.
dosanteasjufliçasfeculares, por fcrafsi conforme a direyto: Mas a
hus& outros encarregamos que facão niílo diligencia com o zello
dcuido a honra de Deos & de feus fandos.
Trilftfí* ff E o mefmo que diílèmos dos que trabalhão nos Domingos & fan
2/?;í áosaueráloearnosquefezercmomefmonosdiasquepec cuftumc
Hw. V/í, ou per nos lhes rorem mandados guardar.
defwjs

Titulo. XII. DosPrioreSjReytoresA


Curas>&darefidertciaqueem fuás
Igrejas deuçm fazer*
Conftituicão Primeyrà.

j Er direyto diuíno, & humano he mandado a todo*


TridJtjT. os Priores & Beneficiados que tem Igrejas & benefi*
l$M refor
wiat*c\{c% cios curados,q facão cm cilas peílbal refidencia, tedo
quia non fua continua habitação no lugar do tal beneficio, mi*
nulluc.rc
latim t* niftrando per fi quãto lhes for pofsiuel os Sacramen-
cxparle de tos a íeusfreguezes, & eníinandolhe o que conuem para íàluação de
ckr.non rt
fuás almas: o que em muy tos Concílios vniuerfacs & prouincias foy
mandado;& principal &vitimamente pelofagrado Concilio Tri-
dentino, & conformandonos com elle, & com os Motos próprios q
depois delle emanarão da See Apofíolica.
fxtrduag* tf Mandamos a todos os Priores,Rey tores,ou Vigayros perpétuos,
Motufro &remouiueysdeftenoflbBifpado,que facão a dita refidencia pcííòal
frio &
Jtxtrauag. como fão obrigados, íem embargo de qualquer licenfà perpetua, oU
priuilegioqae tenhão, para não auerem de refidir,porque ncfte cafo
lhes não va j & tendo a gúa licença temporal, difpenfação, ou cou&
iufta, porque pofsão ou deuão eflar aufentes de feus benefícios, détro
em vinte dias da publicação deita, nos virão moflrala, & fendo
juíta"&cóforme a direyto lha mandaremos guardar inteyraméte»
&proucremosdepeflba q em fua aufencia cumpra cõa obrigação
do officio Paftoral. E paliado o dito tempo, & não vindo as ditas H*
cenfas, lhe não valerão; & procederemos contra çllesapriuação àof
,...-_ fruao5,
\

Titulo. i2.DõsPríôreSiReytóres>â: Curas. 4&


ff uftos, & dos benefícios, conforme á direyto & decretos de Cóncí-
lioTridcntino.
^ E os que teuetem dignidade leiii Cura cm a noífa See Cathedratj
ou em outra beneficio , ou outro beneficio fimplez em Igreja
coliegiada, que per direyto Ôí cuítume requerem pefibal reíi-
dencia, & juntamente teuerém Igreja , & beneficio curado que não
efieja longe,ou Igreja coliegiada: oU lhe feja Vnido em Vida: ou erri
qualquer dos caíos em que per dirèy to a$ podem ter, ou fendo para
iflbpela See Apoftolica difpcfados, ferão obrigados a refidir nâs Igre
jas ou benefícios curados, & exercitai ncllés feUofficiO Paftoral, lob i.ixiir^h
Pena de proceder contra ellés como não refidentesj por quantoafsi £•$ <;<«<*
oeper direy to ordenado, & pelo Concilio Tridentino.E tendo bre fr«k.
K ou bulia Apoltolicd que mais larga ÍÍCénfâ lhe de para feruir na £jfJJg
SceCathedfalémalgus dias, Uolas moftrárão pára que com o deui- ^^
ào exame fc lhe guarde ó que per fuás bullaslhe for concedido. ç*f£&t
f E nenhum Prior, Reytor, ou Vigayro,fè poderá aufentar de fuá *t;*
igreja & tefidencia por mais tempo que ate quinze dias feni hOíTa li-
cenfa j & fendo lhe aecelTario âuférttárfé por aígúà jufta caufa fua ou
«felua Igreja, nos dará contade\Íá,& achando qhè tal Jhe daremos
licenfa pelo tempo dos dous mefes, no Concilio Ttidcntino declara
dos. E fendo a caufa tão graue, & ral que requéyrá mais larga aufen*
ci
a,a juftificará, como per nós Ihefor mandado j & lhe daremos o té-
po que nos parecer, conformândonos com a difpofiçáo de direyto^ tttUegii
& ConcilioTridentino & declarações dclle: a qual licenfa aueráo per «.**"**•
«ferito, & doutra maneyra lhe não valerá, para que â todo rempo
pofla conftar fe efteue aufente com nolfa licenfa & caufa legitima
0uí
emeila, . . . .
f Eosquecomnoítalicenfacíreuerém emalgufeminãriô, óu eíto- Ò*N»'«
^°g«alcftudando, ainda que nós lhe poíTamos dar licenía por feíe f* « ae
annos, conforme a direyto & Concilio Tridentino* queremos & gjg*
Mandamos, que nenhua licenfa lhes valha mais quepor tempo de », d» MJ
num ann0j ainda que nella fé lhe não limite, & cada atíno aueráo &:&*«* *
nósnouahW^aquaí lhepanaremos com fufficiênre informação
^feusmeftres,&amaisquenosparecer,porquè confte qhe dócil
Titulo* iz. Dos Priores, Rey tor es & Curas.
(.niunm &aprcueytanoeftudo, &continuandoo,viráafcr letrado proucy-
renunut. tolo 3 Igreja, & doutra maneyra nao.
Trurd í ESca%umPorcau^^cenfermi^ePrclongada, ou por inirm-
ó.dcnfor fades capuacs,das quaes fe pofla temer perigo da vida, ouou-
«i^c.7. cra ícmeihante, impetrarem daSee Apoftolica licenfa para fe au-
fentar do beneficio & rcfidencia delle, em cada hum anno, ferâc obri
gados a nos mcftrar a nos, ou noflo Prouifor, ou Vifitador, as licen-
las & difpenfacões que teuerem3para veremos fe ainda dura o tempo
ou caufa delias. E não o cumprindo afsi,fejãoauidos por não refidefl
tes,& percáo os fru&os de todo o tempo que efleueré íem as moftrar}
o que o nono Vigiyro, & Vifitadoresexecutarão com diligencia,
f E porque muy tos íe aufentão fem licenfa,ou não a moltrioa terrt
po para andaré per diuerfos lugares,&por não auer parte q côtra elleí
requeyra, não podem fer citados pcíToalmente: conformandenos cá
o decreto do Concilio nefte cafo; ordenamos & mandamos, que tãi
to que algú Prior ou Rey tor,fc aufentar de fua Igreja,pa(?âdos quin-
fcedias, o Cura, cu coadjutor, nolo fará a faber dentro emdezdia*
immediatamentefeguintes,fobpenadefufpenfãode feu officto:#
»ão tendo, o dito Prior, ou Rey tor, que fe aufentar, coadjutor, neu»
Cura, então o Iuiz,ou Procurador da Igreja nolo fará faber, &<Ihe
mandaremos pagar a euftado duo Prior,ou Rey tor: o que afsicuni'
priráo com pena de excomunhão, & mil f s, para Sec & Meyrinho.
E os que andarem aufentes o noflb Promotor os fará citar cm peíTca»
ou per éditos fixados nas portas de fuás Igrejas,para que vechãorcfi'
dir, & juítiíiquem as caufas de fua aufencia, & não vindo íêprocederá
cilício contraellespercenfuras,fequeftros,&perdimentos dosfrudos, #
Carimãi priuacão dos benefícios-, fe fua contumácia, ou culpa o merecer.
™?c$pus í E os que por cauía de peite, de que o Scnhcr nos guarde, ou <k
g).cbom, outra infirmidadefemclhantccontagiofa,feaufentarem, nãodey^
*17X* ^° cm feu lugar Vigayro, ou Cura idóneo dos aprouados.Edcfei11
«"•s? parando as fuás ouelhas em tal tempo em que cilas tem neceftid**
dcdaprefenca& ajudadofeuPaftor,oytodias eíleuer aufente pd*
maneyra fobiedita, fera priuado da Igteja, que comtanto dano de
íeusfubditos contra as leys diuinas & humanas deíemparou. E a*
fentafl;
1
'V

TitQló.n.DôsPriores^RcytòresA Cifras. ^
fcntandofe por merios tempo fem deyxar Cdrá= idorieó, como dito»
he5 fera preZo,& do Aljube grauementecaftigado fcgundo á culpa"
que teíier i & o prejuízo que de fua áufencia fe leguio aos que morre-
rão fem os Sacramentos, que ellelhe hera obrigado adriíinillrá^Efe
algum Prior, ou Rey tor andando auíente de fua refidettciá, fem cau-
fa juíta, & licença como ditohe, ainda que adoeça dedoença tão- gra
«equenáopoíratorriarafualgtejâ,feráaúidóposnãó refidente, &
f crderáosfrudos de todo o tempo que eíteiíer áufente, àindã quci
alleguc & pr oue que fc não á doècéra, fe houuera devir r efidir mais
fedo cm feu beneficio,& os que com licença & cáufâ jufta forem âufé UM Mi
tes, óudcntrodosquinzediasperqUefcpodcmauícntat femliccn- fjfc*
9, adoecerem de tal doença que tiao pofsãò tornarfe,ferão áuidoi alâudà*
por refidéntés todo o tempo que confiar, que por cauía de fuádoerí- ^ ^
Ça fc não poderão tornar á fuás Igrejasíporqtic conforme ádirey to*
os queadocccmrefidindò, ou andando aúfentes com cauíá juíta, &:
licença, fãoauidos por teG(lentes,& não os ejue fota de fua refiden
cia caem cm ínfirmidades-f . . . j
ÍEporquefomosinformadosiqueosPrioreSjReytorcsdasIgrcjai
que tem coadjutores,ou Curas, fe tem petfuádido que cumprem cõ
a obrigação de fua rèfidenciá, eftando em fuás Igrejas, tendo nellas
feu domicilio,* na ádmiuiftrãoper fi os Sacramentos a feus fregue-
ses, mayóf mente o Sacramento da GonGísão, 6c efpeeialmente aos
«flfermos &que eftão em perigo de morte* nem lhes pregão ou" *ft?
feâô o que íhes conuem pára fua faluação, carregando tudo fobre o
Curàjóu coadjutor í noquegrauemenreenearregão fuás cònfcien-
cias, nem fazem refidcncia como (ao obrigados, &odireyto man- jjgM*
da: aqual confifte em pregar, enfinar,& miniftf ar per fi os Sácramé- /„,«» de
tosaosditQsrcusfrcguezesrDeclatamosa todos os fobre ditos de ^j;^
Qualquer condição quefejáo, que nem rio foro da confeiéneia, nem $&**
no exteriorizem refidencia,osqUe peííbalmente refidem no lugar* nJ<" *í*
fe não cumprem com as coufas fobre ditas i & que os còadjuto*
*es, &Cucaslhefãodadôsperajudàdoresnotfabalho,p^raque aju*
dadosdclíes pofsão melhor cumprií com a dita obrigação, más hão
para ficarem izentos delia. E outro filhe encarregámos, que tenháo
■----"-- $>) "* muyto
'Titulo» 12. Dos PrioresjRcy cor es, & Curas.
mtiy to particular cuydado das fregueses que âdoeceré, vifítandoos
muy ias vezes, principalmcte no artigo damorte,& em perigodella,
a coiifelh indo os, & enfinandolhes com a caridade deuida o que cum
pi e a fua laluaçáo; trabalhando por lhe defencârregarem fuás confci-
encias, & fazendo os reítituit tudo o que deuem, & poderem fatisfà'
zer, & reconciliarfecõfeuspfóximosi&nãodeyxemiftoaos Curas,
ou coadjutores, quando clles ô poderem per fi fazerjporque nefteté-
po mais que em outrofáo obrigados vigiar fobrc íuas ouelhas,quá-
d o ellas té mais necefsidades, & as tentações do imigo fáo mayorcs.
E os noflbs Vifitadotes perguntarão na vifitaçáo fe os Priores,&
Reytores o cumprem afsi, & dos que acharem que nitio fáo defcuy-
dados èi não fazem o que deuem, fará fumario para fe proceder ce-
tra clles, & terem caííigados conforme a fuás culpas.
^ Efe algum Prior, ou Vigayro, não tendo coadjutor, ou Cura, a*
dòccer de doença prolongada, fera obrigado encomendar fua Igreja
á algum Sacerdote idóneo, dos queja tciíeráocuradalmas, &forá*
per nósaprouados, que poderá feruir por elle, fem outra carta ou li-
cença noíía até hum mes,paírado,oqualnáoferuirá mais fem auef
donos, ounoíToPrcuifòr carta de Cura, ou licença para curar adita
Igreja em quito o Prior,ouReytor for doétc E feOPrior,ouReytof
cair em infertilidade perpetua de quefe não efperé que cóualefcerá»
qiié pef cila, ou per fua muyta idade fe entenda que não poderá mais
pér fi cumprir com a obrigação de feu beneficio: Mandamosaos Af-
dipreftês que nolo facãoà iabcrj & os noíTos Vifitadores, quando fo*
rem vifitar achando Priores, ou Reytores por fua enfermidade oú
[ idade perpetuamente impedidosj íe informeirí diílb, & nolo facão *
faber, para que lhes dem os coadjutores idóneas com falario compe-
> de\e'tii tente como perdireyto fomos obrigado*: & fe os Arciprefles, ou Vi
fe^OUty fixadores hifto forem remihos,os oaftigaremos como nos parecer.
%">f* <f E os Curas, ou Càpellâes que de nos, ou nono Prouuor teueré ca*
tàs de Cuta para curarem aígúa Igrejajhôtafejão coadjutores dos
Priores, & Reytores para os ajudarem nó tniiuítcrio, ou (òs tenhao
cura das almas, ferão obrigados viber continuamente ca fua freguc*
zia, juntoá Igreja, ounolugar mais vizinho a ella« E tendo aítàr
guez»*
T

Titulo.n.Dos Priôres,Reycores,& Cuns. 50?


guezia muytoslugares,poderá viuer no q lhe parecer mais cõuenieit N
te, com ta! que nâo feja mais de mea légua da Igrcjaj faluo fe a nós,
ou noflo Proòifor, ou Vifi tador com jufta caufa outra coufa parecerj
porque então lhe poderá fer dada licença para viuer em outro lugar,
mas não paílárádehúa légua da Igreja onde ha de miníftrar os Sa-
cramentos-, & que náo tenha no meo ribeyros, ou dificuldades que
oimpidáoemtempoalgu hir á Igreja cumprir cófuas obrigações*
Eo Cura, ou coadjutor que o conttayrofezer pagará poía primey*
ia vez mil rs, para a See & Meyrinho, & pola fegunda fera priuada
de Cura da quella Igreja, & não aueráoutra fera noflò efpecial man*
dado,

ff ConfUmiçâo.. 11. Dojxdme cite fe deue fazer dos qtã


hão de'ferpromoutdos de IgrejasParrocbiaes, ojá
beneficiados, ftj da ftfffcinencta <^
"~" qualidades que deuem ter,

|3 Ojk quanto o gõueínõ efpiritual, & Cura das dalmas he cargo £íhsde CK IttClt
ele
* muytodifficultofo & importante, & que nas pefloas que deile th,e.ptn
náo de fer prouidos, requete íciencia,cUftumes, prudência, & bom £%'%
«xcmplo de vida, &Zello de faluação das almas; ordenarão os San-ç^j-
^osCanoneseípecialmenteo ConcilioTridcrttinoi& Extráuâgan-^/,.;.
te do Papa Pio, q todos os q ouuefle de fer prouidos de Igrejas Parro uá.n*
chiaes, ou que tem cura dalmas, fejáo primeyro examinados. E para Jpendis
queo exame fefaça como conuem, & os que hão de fer examinados *f *:
íaybão as coufas em que fe hão de inftruir, & as qualidades que deuc
terparaosaucrem porfumeientes. Ordenamos, &mandamos,que
todos tragão a folha corrida pelos omeiaes do auditório ecclefiaíli-
co,fédodefte Bifpado,ourcfidindonellealgusãnos: ôífédodeforaa"
tragão corrida dos Biípados donde fáo natu.raes,õu refidiré:& baila
ráíer corrida pelos officiaes do ecclefiaítico, quando ao rempo que
Vem ao exame foré já Clérigos de ordens facras, pola s diligencias
que fazem quando fe ordenão; & fendo de ordens menores ao tem-
po õ fe examinão para fere prouidos dos benefícios, fe lhes correra à
jsj x f°lha
7

Titulo. 12. Dos Priores) Reytorcs & Curas,


folha per tedos os efcriuães afsi eccletialricos como fceulares nos Iu*
gares fobreditòs, porquanto podem terculpas em ambos osforos:
òc alem da dita folha & certidão,trârão inftrumento de v na & mori*
bus,damàneyraque ferequereparaauerédefer ordenados, & fica
dito no Titulo do Sacramento da Ordem Conftituiçáo terceyra.
E fendo doutro Bifpado trarão dimiíToriaem forma. E efias feráo
as primcyras di!igenciâs>pâra por cilas confiar fe tem tulpas,ou tacs
cuftumes, porque com razão fe lhes não deua dar o Beneficio que
pretehdem. Ou lefáo regulares profeífos outrãslatos,ainda que te
nhão licéça paraeftar fora,porqcfi:cs não pode ter Beneficio fecular.
il,ddí ri í ^ confiando que não rem culpas > & fão de boâ vida & cuftu*
formc.u. mes, &fem raça de mouros,ouChrifiãos nouos,Terão examinados
*íí. iVrf» nas ^etras &mfficienciai para o que dcuem íer Theolcgos,ou Cano
mTrid, niftas^ou ao menos bons latinos &verfados nos cafos dèconfcien-í
nflrmàt. ciâ,dc maneyra que faybão bem fazer o officiodepaflores, & enfi-j
«•»4'^/« nar feús freguezes o que cumpreá fua faluaçao. Efpecialméte felhes
#-c.i8* perguntâraquantosfáoosSacramentos, &quaes, & a matéria #
forma de cada hum j& quaes fão de neccfsidade,quaes de vontade,
& os que fe não podem, reiterar, & os eífey ros que caufãò nas almas
que os recebem. Quantas fão as Cenfuras da igreja, & quaes, #
que coufa feja excomunhão mayor, ou menor* & os effeyrós década
hua,& quem podeabíóluèr delias pelos cafos tcferuados>aísi á See
Apoftolica, como a nós per noflas Conftituições: a forma da abfol*
uiçao facramcntal com âs Orações precedentes,& o q nellàs he fubfia
ciai & toeceíTario, & que he^ceidentai: & ainda que fcdeyxe,não
faz a abfoluição nulla. Perguntar felhes há as qualidades quedeue
ter à ccttfifsão,& cm que caíòs íedeuc reitcrar&: quando fedeuc ne-
gar aabfoluiçâoaopcnitente,oudiIlatar. E ferão perguntados pela
matéria da reftituicãô, juramento, voto> vfuta, fimonia/oscâfos
mais necefíàtios & frequentes, & o mais que aos examinadores pa*
recerqutí conuemjosquaesnãolhcsdcucmperguntarcâfoscxquifi"
tos & raros que ântte Os Doutores fãô duuidofos & difpurados &
náoosquefãomarsgeraeSj&cmcõmUmquc não conuem ignora-
remíe. E cite exame fe fará,não fómete aos q hão de fer prouidos de
benen:
Titulo.i2.DòsPriores,Reytõres,& Curas. 5!.
beneficio dá collaçao ordinária &liure, mas aos que forédepadkoa- Tril d-i4
dos ccclefiafticos & fecularcs* de quaes qUer peíToas feeular.s ou***^
ecclcfiáfticasj pofto que fejáo de Padroado da Coroa, ou dos Princi- ftrmdis
pes,ou Senhores, ou de Morteyro.sGollegioSj&Vniilerfidades.E fe'9***
os beneficios que forem de colla£áo ordinaria,ou de Padroado E ecle
íiaftico, ou vagarem nos mefes á See Apoftolica referuados, o exa-
me fe fará por concuríb nafotmá do Concilio & Extrauagante de
Pio Quinto: E os que forem do Padroado fccuIar,feíàráfemconcur
ío, mas na forma fobre dita.
Ç E porque conuem o dito exame fc fazer com toda a intcyrezà èid.c.il>
limpeza, conformandonos com o Decreto do Concilio; Mandar
mos a todos os que hora fáo, ou ao diante forem examinadores de-
putados para fazer os ditos exames, que nem antes, nem depois do
exame per cccafiãodelieacey tem coufaalgúa, ainda que feja coufa
pouca & de comer: & fazendo o contrayrOi além de cometerc pecca
do de íimenia do qual não pedem fer abfolutos, fe não depois de
denunciaremos bem ficios que antes tinhão, ou depois houucráo.
Sendo comprehend dos feráo priuaddos do dito officio,& fufpenfos
per hum anno da execução de íuas ordens: & lhes encarregamos quã
to podemos &deUemos, que femafFeyção nem ódio, com o zello
da honra de Deos & bem de fua Igreja facão os ditos exames, & de-
nunciem os que acharem fufíientes pára fe fazer af rouifáo deuida.
1

tf Constituição: 111 Que qualidades & fufficiência haê,


de ter os cue teuerem Cura dalmasi cr
a quaes Jenão podem dar4

CO M juíla razão fe proueo per dircyto,qúd quem oíiueflè de ter à. e-t«.


Curadalmas,foíTe bem examinado, fe íâbc regei & gouernar •£* *
o tal cargo: com o dual nOs conformando* mandamos que os que
ouuerem de fer prouidos de Cura dalmas fcjâo viflos primeyro por
nós,ounoífoProuifor,&Vigayro,feíabembem, ao menos latim
diftin ta mente pelo Bteuiario, & regelo-,& cantai canto cháo: & fe fo
íáo canonicamente ordenados per Biípo competente: & fe íabem
Nj dizer
t. Titulo.n.DôsPríorcsJReytóres,&Gura$.
dizer mifíá, (egundo o Ccrcmonial & cuftumc do Bifpado: fazer a
eftaçãoàMifía: &cnfinar aos fregueZesoque neftas Coníhtuições
eílaordenado: & fe fabem quantos & quaes fão os Sacramentos}
quaes de necefsidade,& quaes de vontade: & a intenção que o mi-,
nifíro hade ter: & Te fabem miniílrar o Sacramento do Bautifmo,&
ConfiísãOjComaabfoluiçãodospeccados; & da excomunhão: &
miniftrar os Sacramentos da Comunhão, & Vnçáo; & íe iàbe quaes
fáooscafosreferuadosaoPapa, &anbs: & os cânones penitenciaes:
& felheverá oafpcitOj&difcrição.Efeínformarãfehepcflba vittuo
fa, pacifica, honefta, & de bons cuílumes, & exemplo: a qual infor-
mação íe tomará fumariamente, & de peflbas que o conheção, & co
clle conuerfão: & para mais breuidade, mandamos que fe tire pri*
meyro folha per todos os officiaes deite auditorio,afsinada pelo Pro
motor &Meyrinhoj a qual faráoefcriuão da Camará de graça: &fe
informará fe tem Sacramental, Manual de Nauarro, & algúas ou*
trás fummasproueytofas,BreuiariodeíeUj& algus tratados de con*
fiGões em latimj & fetemSobrepeliz,Loba, & veftido decente para
Clérigo: & concorrendo eftas qualidades no que fe prefentar para
cura, lhe mandará paíTarfua carta: mas fe concorrer com outro ma*
is gramático, auendo em ambos iguaes qualidades, íempre fera pre
ferido o melhor latino-, & o do Bifpado ao que for de fora delle, ten-
do ambos as mefmasqualidadcs:& efta preferencia fe entenderá qua
dooPcior,ouVigayro,oufeusprocuradores não prefentaremÇa-
pellãoj porque aprefentandoo, prefcrirfehá aos outros, ainda que
íejão mais latinos, tendo as ditas qualidades,
tf E mandamos que fe não paífe carta de Cura a peíTca que for con-
denada emnoífo auditório por crime de adultério, eftupro, ou por
dormir com fua filha efpiritual. E fe a cafo, na caufa daapellaçáo
foffcliute, poder lhe há paflàr a dita carta de cura, com tal que não
feja para a freguezia onde foy acufado por taes crimes, polo efeanda
Trtlftjí. j0 qUe os freguezes poderão receber de fua prefença.
fonnat. c ^ Nem panara a dita carta a nenhum trade, nem Cónego regrante,
?**/»* Q,uc foc obrigado a feruir em Mofteyro, ou Igreja, faluo fe a cura fô*
mtfácbo, cm Mofteyro, ou Igreja regular, que eufluroa andar regida perre*
guiares»'
Titulo.ii.DosPriorcs^eytoresACui-as. $ii
goÍarcs:õs quacs tão pouco queremos que tenhãóEconomias, nem
Capcllas, de qualquer maneyra que fejáOj fcm ncflà licença efpccial, c. tum a
ou de tioílb Prouifor: & eftaráo fempre fob tioíTá obediência & jurif- £f^f
diçáo como de direytofão obrigados. E tanto que o Prouifor* & Vi ind.jejt,
gayro examinar peííoalmcnte o ClerigOi que houuer defet Cúra^,m^ef*
achando o idóneo^ efcreUerà em hum liutoj que terá para aíTenrar l^M
os examinados idofteOS,& íufficíentés,pará dahi por diante lhe paflà ftm. f.u.
*em carta fettj mais éxamei & porem íempre fe informará de fuás
vidas &cuítumesj&nácaítá que fe paíTarj oEfcriuáo da Gamara
diraquefoyexaminado* ,
T E pof que alguns Mendicantes hão difpenfaçãò da Seé Ápofíolicá cím*M
1
para Ce trasfer trem a outros Mòfíeyros nãoMendicanteSi ou de Co- "l" "*'
negos regulares, & delles impettáo facilmente licença para viucrem
f°ra dos Moííey ros a que íe transferem contrao Concilio Tridenti*
n
o: Mandámos que fcnáo paílc carta de Cura ã Mendicante algum
Mandato \ por quanto confoímeá direyto, não pode reger Cura dal-;
toas per fi, nem per outrem;
í E poíb que per nollosántepaífadosfoíTe mandado, que os Curai
gue húa vez foífé examinados > foíTem dahi por diante promdos íem
0
Utroexamc5ae>pericncia tem mofírádo. que depois fedelcuydâd
& náo fe exercitão na lição dos liurOs doscafos de confciencú 4 &x)d'
tf
os que para fazer bem feu ofHciolhes fão neCeílariosí & md y tas ve
íe 1
s per falta de bons, &idoncôs Sacerdotes fe admittem algíís que
•*&a maneyranãofotão admittidosjdoutros fàò âprouados &
âui
dos por idoneospàra íiúa Igreja & freguezia, que para outra de
mais p0uo & trató nãofcriãoauidosporfufficientes, Défejandanós
prouer fíUfo como fomos obrigados; & q eítes miniíhos éfpirituaes
fobrequem carrega a Curadas almas nefttí noflb Bifpado, fejáo
niuytoidoneoss&fufficientéSpara cuptir com as obrigações defté
car
go. Ordenamos 6í mandamos, qje daqui em diante todos os
c
uras, & Coadjutores, fejãõ em cada hum annò examinados, &
f
cm exame fe lhes náo patife <3rtá, para que com eítecílimuto fe ani-
lem a eftudar & fàbcr cada vez mais:& a primeyra vez1 que càdahíS
foradmittido acurar almdSífesá examinadofetoPiQuifor, &Vi-
- —'•- ——-~ "" gáyttf,
Titulo, u. Dós Priores, Rey cores <5c Curas.
*''•'"*.'.* gayrOj&noíTosDefembargadoresem mcfej & Os outros os po-
Wt/uÇé. dera examinar o Prouifor per fi fó-, & nas cartas que (e lhes paliarem
fe fará declaração como foião examinados.
^ E os que forem prouidosdcCuraSjOutcucrcm emnofíò Bifpa-
do benefícios curados, ainda que fejao regulares, ficarão fogey tos a
nós &a noílbs Vifitadores &officiaescm tudo o que pertence afcU
officio de Cura: ou Beneficio, por afsi fer conforme a direyto, &po
derão fem embargo de quaesquer priuilegios, fer per nós & per
noílbs ofíiciacs vifitados & caftigados das culpas & erros que nos dí«
tos officios,& benefícios cometerem.
Ç E o Efcriuão da Camará terá hum liuro afsinado pelo Próuiíbf»
no qual efereuerá cm cada hum anno todos os que forem prouidos
de Curas, com declaração que forão examinados, para fc faber í#
fem exame ou carta curáo mais do anno porque fão prouidos.

^Conjlituiçao. 1111. Que nenhum Sacerdote admi*


MÍire Sacramentos fc mó aos " ~"~
(em lubditoí.

dem
s gundodifpoíifáo de direyto nenhum Sacerdote pede curáiaí
ias,nem adminiílrar os Sacramentos neceíTarioSj faluo os que
%."dífd Por ra2^° ^c ^cus benefícios, ou officios, tem fubditos em que a po-í
f>me.\s. dem &deuemexercitar polaobrigaçãodelles, ou aquelles áquent
per nós, ou noflôProuifor for concedida: Eafsi como o Prior^ ott
Rcytor tem necefsidadede titulo, ou inftituição canónica para re*
gerfeus fubditos & lhesadminiflxar os Sacramentos^ afsi os Cura*
3c carta nolía, ou de noífo PromCot* porque lhe cometamos á cut*
de alguas almas* Polo que mandamos a todas as peílbas a que pér-j
tence aprefentar Curas, ou Coadjutores, &cflão de pofle dílb, o*
aprefentemanósjounoflb Prouifor dentro de hum mes, antes do
dia de Sam Ioão Bautiftadecâda hum anno, para ferem examina-
dos, & fe lhes paflàr carta de cura» & começarem aferuirdoditodi*
por dianre: E não aprefentando nodito tempo, o noílò Prouifor p^
dcràprouet de Curas, & Coadjutores,onde forem aeccfííLnos, d«
maneyt*
Titulò.u.DosPríórcs]Rcftóres&Curis^ 75
maneyra que atee dia de Sanâiago não fique Igreja algua por pro-|
Uer: E nenhum Sacerdote, hora íeja aprefentado pec outré era Cu-
rahoraprouido pornoíTo Prouifor, poderá feruir deCuraou Coad
jutor íem primeyro ter a íua carta de Cura paliada per noffa chan-
celaria, por quanto pola dita carta lhe auemos por cometida a cu-
ia das almas, & doutra maneyra não.
f E polas ditas cartas feruirâo atee outro tal dia de fam Ioão do an*
no feguinte, & mais não: & o que feruir íem a dita carta ou mais ti
po que o dito armo, alé de peccar grauemente miniftrando Sacra-
mentos que não pode, pagara do Aljube cinco cruzados pata a See
& Meytinho.
% E fe em qualquer tempo antes do antio acabado o Cura falecer,
ou fe auzétar, o Prior ou R.ey tor,ou qualqr peflba a q pertence apre
fentalo o aprefétarà logo,& có fua prefetação poderá feruir por te-
po de hu mesj&rnais náodrentro do qual fe viràexaminâr,&auerá
carta de Cura:& náo auendo que aptefente ou nomee logo,por efía
damos poder a qualquer Sacerdote que na tetra fe achar, que não et
teuer irregular, íofpenfo, ou excomungado, ou per outra maneyrâ
impedido, que por tempo de quinze dias poíTa curar a dita Igreja
para fe remediarem as necefsidade, & atalharão* perigos que ncílc
tempo podem (bceder,,& o juiz da Igreja nojo fará a faber ou a noW
fo Prouifo: para fe prouer como conuem ,fobpenade quinhctçs rs.
I

í E fe alg im Cura ou Coadjutor que tèuer feruido o anuo prerden


fc^er depois do la m Ioáo para fer examinado,ou auer carta de Cu
% lhe não fera paíTada atee pagat a dita pena ,por feruir fem Cartt
^Ui; do tempo que nclla lhe era limitado. ».
f E para fe faber fe neíte noífo Bifpado algum Sacerdote compou-
co^morde Deos,fcruefem carta de CurajOumaisdotéponeua
declarad >,ou fe algúa Igreja onde cuíluma auer cura ou Coadju-
tor efta (cm èlie-.Mandamos.que o noíTo Prouifor tenha hum Iiuro
e
m o qual fe efcreuáo todas as Igrejas & anexas delias, cm que íoe
auer Cura* ou Coadjutores, dmididas pelos Arcidiagados.E pafla-j
«kdiadeSanaíâgode cadahcm anuo,oEfcriuáoda camaraole-
ri*
7T

Titulo.i2. Dos Priores, Reytòres & Curas.


uaiá ao Ptior o fcu liuro em que ha de ter efcritos todos os que pa-j
ra fcruir a quelle anno foráo examinados,& ouucráo cartas de Cu-
ras como dito hc, para que o Prouifor veja fc todas as Igrejas cftáo
fufficieatemente prouidas, & os Curas foráo examinados, & ouue
rão fuás cartas.
q E todos os Curas & Coadjutores é cada huanno õ primeyrodo
mingo depois que começarem a fcruir,ferão obrigados ler publica-
mente à eftação fuás cartas, para que os frcgueíes faybáo como ef*
táo legitimamente prouidos:& náo a lendo os freguefes o nâo con-
fentiráo mais fcruir,& nolo fatáo a faberpara os caftigarmoscomo
forju/Hça.
f E os Priores,Rcytorcs&pcúoas que podem aprefentar Curasí
ou Coadju tores, ou Capelíács, querendo os defpedir, o farão atee
dia depafeoa de Refurrcyção: noreficandolhes per fiou feusprocu-
radores,^ náo hãodeferuir mais queatee dia de fam Ioáo,porque
hão de aprefentar outro, que fitua da hipor diante: & nâo os defpe-
dmdò teco dito dia feiuiráo oanno feguinte,eom o lalano & cedi
ções do paflàdo, & iem outra na aprclentaçãofcráo examinados,
& achados fufficíctues auerão outra carta de Cura.
«f Efe o Priorou Reytor nos cafos em que não fio obrigados, nem
lheshe mandado,quetenháoCuras ouCod;utores quifereman-
tes de acabado o anno defpedillos, ou fcruir, o pederáo fazer pa g r
dolhe o falario de todo o anno por inteyrc.-íaluo íe o ta! Cera ou Ca
pelláoafsi dcfpidido achar outro partido, por que então lhe pac:,:í
&
prorataotcmpoquecfteuerfcmclle.
^E os quede nouo forem prouidos de algumbeneficio poderãoi
qualquer tempo defpedir aspeflôas a que as Igrejas forem encena
dadas por que com cita condição fc lhes encarregáo em quanto e(è
teucrem vagas: Mas náo poderão defpedir os Curas q per feus prs-0*
deccíTorcs forem poftos nas Igrejas, faluopangandolhe todo o faj
lario de todo o anno como dito he: por que pois feus anteceJTor es ot
ouueráo por ncccíTarios & proucy toíôs,* o noífo Prouifor lhes p^
fou carta, não he juftoquepor feu particular intereOê osdçípidác?^
. tempp que náo acharão outro partido» "" £ •"'
Sfta
Título.u.DosPriores,Reytõres,&Ctirás;; 54
ConptHtçâo» V. QieoiefnpodaQt*arefinaaos7{cytoret
f$/ Curas ft\a feriado: (£/ como cometerão a
cura das almasferido aujenter.

A Inda que conforme a DereytoCiuil & aos Cânones antigos]'$ amir»


* *todo o tempo da Q^uarcfma foííe feriado de maneyraqucne- &™t<>c-dt
fthúa psíToa fecalar nem ecclefialiica podia cm elle fer dcmandado^XwTs
porcuftume vniuerfalda Igreja & outros Cânones modernos efias IA',
Ç ' J /-x c r - f C> V/í. o*
renas da Qjaarelmaíetirârao,8aomentecmosPnores,Rcytores UnJkn.
& Cuezs os Cânones antigos ciucãcaolTo Bifpâdoôc cm todos os ^"^
roaisdefteReynOjferecebem. waúa.
í Pelo que conformandonos com efte cufiumetaolouuauel & ne»
«eííario&aprouadopelosditos Cânones antigos, &comasconfii«
luições de noflos predeceílbres: Ordenamos & mandamos que nc->
i>Hum Prior, Reytor, ou Cura poíTaíer citado denouo cu deman-
dado em j ay2o, deídeo primeyro dia da Quarefma, até a Dcmini-»
cainalbisinclufiuè:antesfobreflaráotodas as caufas que teueré,ha«
ia [cjâo Autores ou Reos: em o dito tempo: né poderão fer citados
de nouoifaluo para cífey to de fe perpetuar algua auçáo que fe ouueíTe
de acabar: ou fendo a caufa para que faro citados, dea!gúa pcíToa f\|/''j5
miferauel: ou algúa outra em a qual conforme adereyto fe pode/^
proceder em os tempos feriados. E iíloauerà lugar fomente cm
s
° cafos ciueis como atec agora fe cuftumou.

^ E quando os Priores, Reytores & Curas por rezam de fuás de*


bandas, ou outr as necefs idades juftas, com nofla licença, ou pelfr
tempo que lheshecócedido conformei Góftituidoprimeyradeflc
titulo fcaufentarem: Ordenamos & mádamos quedeyxe em f:u lu-
gar Sacerdote fuíficicntcaprouado por nós,ou noíTo Prouifor, ou
que ja teucfíe licença para cóteflar M efta cõmiuam lhe poderá fa2er
por tempodeateehum mes fomente, &aucndo de durar mais fua
^fcnÇ'a cõ nofla licença &juftacaufapaprc/èntará a nosouanoí£>
our O A Pro«
Titulo. ízDos Prior es,Reytores,& Curas.
ProuiforoSacetdotéqusdeyxaemfeu lugar, para que fendo fuífi-
ciente lhe daremos licença per eferito, & doutra maneyra acomif-
fáoque fizer não valerácoufaalgúar&afsicllccomo o Sacerdote q
não lendo aprouadoaceytar fuacõmifsáo, pagarão cada hum cinco
cruzados para a Sce & Mcyrinho fem rcmifsão,& aucrão a mais pc
na que per derey to merecerem.
f Eo mefmofe guardará quando algum Prior, Rey tor, ou Cura
etno tempodaQuarefma,ou qualquer outro,chamarem algum
Sacerdote para os ajudar a confclfar &mimftraros Sacramentos:
porque fera fempre por nós ou noíTo Prouifor aprouado, ou q actual-
mente tenha cura das almas em algua Igreja de noflb Biípado.
^ Nem outro fi poderão chamar Religiofo algum de qualquer otdé
que feja para os ajudar, não fendo como dito hc por nosou npffo Vio
uiíor aprouado, fob as mefmas penas.

Conftmção.VL Queos Priores &Curas facão guardar


*~ filencio em as lgre\as> ft)toãe digão cm as^
eflaçoes coujas impertinentes:^
como procederão contra os
contumazes.

s
. .•—^ -*

Omos informado que alguns Priores,& Reytorcs& Curas não


_ .umprindo como deUem a obrigação de feu officio pafloral,nas
fiações que fazé aos Domingos & Saltos, que forão inílituidos pa<
ranellcsleenfinaraosfreguezesadoutrinaChriftaã,& oque conué
afuafaluaçaoj&aogouerno&miniaerio efpúitual: gaftão o tef»
po cm praticas tempotaes,encomcndando com mayor cuydado o
que pettence a feu particular prouey to,que ao bem eípiritual & có-
tn um: & muitas vezes dão caufa a léus freguezes lhes refpondereifl»
c
ti fc perder o filencio & refpcyto deuido ao lugar & tempo: & qu
rcndôaitToproucr: MandamosatodososfobreditosPnores,8dCU
ras,que nas eflaçóes que fezerem aos Domingos, tctrháo muy to cuy
c
dado de encomendai: o filencio & deuação, & atenção deuida,d
-~ clarão*,
Tuulo.12. Dos PríorcsjReytores & Curas, ff
c
krando!hes Tje n*° deuem ocupar o tempo em praticas prôfattâ$
& outros colloquioscontrayros ao tempo & lugar emqeftâo*
" E fendo algum freguês na Igreja delobediente ao que per fcu paf-
tor lhe for mandado, náo fe querendo calar ouacey tar apenítenciâ
S ,ne for impofta,poderá proceder contra elle có penas pecuniárias,
c
gundo adeíobediencia ou contumácia q teuer,.uee comia de iíieo
l
°lláo iem remiííio, & da hi pára cima teecontia d; quinhentos ri
a
Pplicados para as obras d.i meíma Igreja: õs quaes o I ui2 & Efcri-
ao
^ delta a-Jfcntaráo logo no huro,que para íflodeue ter, & o Ptiof
^eytor, ouCura os euituada Igreja, ateecôeríey to fatisfaZerem<
i p<>rem os fe,;uezes que de tae» condenações fe fen tirem a gr áuâ
Ua
oos, h50 rtfpcnd iráo palauta algúa em a igreja, mas depois dé
babada a miífa cm eilê ou em outro d»a pedirão Certidão da Conde-
no que Ih2 fi2ere.nl&coaiellaojfelhi não qu.íuemdaíifem
tllil
>per petição,ou comj lhes pare{er,podecáoquey*arfe a nòsôil
r
*° naílo Prouifor, o q lai em me a com o Vigayro & mais defem-
^gidoiesptoccdera míTo como lhe pa reler jurtiça & íeruiço dô

Confiituiçào Vil. Djt doutrina Chrifiúçtjdtt M&it t

cps os Prior e r, 'fijytonj & Curai c


• dettem enfuar d jetu
freguew

0\ quanto a obrigado dos partoreshe apaeccar íuasatietfias titltá


, com a cuhohca & verdideyra doutrina, & eníírtarlhes com t^Jjf*
j" Uuras & exemplo de obras o que conuem a lua faldacioí Ordena f»* *u
j119* & mand imo* a todos os Priores ,ReytOte$& Curas que foré ^«íí*
e
^a Jos & teuerem íuficiencia para poderem pregar & declarará /"'""/-
!U
wbditos o lanto Euangelho, o ração em todos os Domingos
h
J pod-rem principalmente em as feftas pnrtcipâesí & os que não
CiJ
erem para iflb fuflicienciâ,em as feftas principies & Domingos
4
Corcfbu buícaráo peífoas idóneas q por elles o Ta^áo, aos quaes
c—
f Titulo.a. Dos Priores, Reytores &Çurasi
fefatisfàrá com competente efmolla, como nas Conftituições pre-
cedentes ficadito:& huns & outros farão fuasefíaçóes,oudo Pulpc-
to,ou do Cruzeyro,fêgundoo cuftume.Em as quaes primeyramfr
te perguntarão poios que não vem a mifla, trabalhando que todos
a ouçáo os Domingos &diasde FeftaSjOjUefáo obrigados,&condc-
nando osreueis comolhe parecer,conformandofe nas cõdenacóc*
com a ordem que poreflas noííàs Conftituições lhes he dada.
^.£após iíío perguntarão pelos que publicamente trabalhão n^
Domingos & dias Sanótos que a Igreja manda guardar, lembran'
dolhesa obrigação quetcm& o peccado que nulo cometem, & oi
grandes caftigos q noflo Senhor tem dado aos que com pouco te-
mor ícu não guardarão os (cus San&osdías: Mas não perguntar^
pelos que em iegredo & fem efcandalo trabalharão em a guru dk
Sanâ:o,nem pelos que dey xarem de jcjúar,obngandoos a confeíBf
(eu peccado publicamente, oufazendolhcdefcobrirem publico o 4
eila em fcgredo: Mas geralmente fem nomear pcflbas amoeftaráo
aos que etn íegredo trabalharão oudeyxaráo dejejúar que em fatís'
íaçáo da culpa dem algúa eímolla> & a mais penitencia afcytcm ty
feus confclVores com humildade.

fl* Denunciarão aos que ouuerem de cazar,ou ordenarfe a ordés 65


eras, íegundo forma de noíTas ConftituiçôcF. 1
^ Publicarão noflàs Cartas deexcómunháo,Monitoriaf,Decla^'
toriasçU quacfqueroutros mandados noíTos &de neflb ltouif°f
Vigayro, ou Viíitadores, fegundo lhes for mand do. 1

• ^ Denunciarão petas coufas furtadas ou perdidas, que antes de c?5


meçarem a miflà he forem encomendadas.
^ Perguntado feha algum enfermo em a fuafregueíla que te^*
.-.\
necefsidade de fer viíicado, &auendo o vifitarão logo,&lhe adi*11'
niftratão os Ecclefiaíticos Sacramentos, & farão que difponhaf^
conuem a fua faluação.
fj Denunciarão é cada Domingo 0$ dias de guarda ou de jeju,<la
em toda a fomana vierem. ,
f Publicarão os Anniuerfarios & wintayiiosqem cadafom*n7
Tjtulo.u.DosPríores,Reytores&Curas." 56
f

°uuerem de fazer, fegundo por noiTas Conftituições ao diante ena


Mandado em o titulo dos diuinosofficios Conftituição,7.^.611.
' E nãoauendocoufa algúa delias que fc aja de denunciar, ou tão
poucas que íe uáogafte em ellas muyto tempo, lerão aopouo algúa
coufa deitas noflái Conítituiçóes das que fáogeraes & pertenífem
P*ra inftruçáo de todos,de maneyta que em cada hum anno leão ao
pouo tud© aquiilo, que delias lhe conuemíaber conforme ao que
P°t nos lhe he mandado em a Conftituicáo final.
V

1 Sfeytas as coufas facreditas r farão ao pouo as Umhrfc


çc>s kgtúnUs^oulmdolhe efla nojja Confiitui-
çâo, QHp tr outras palauras equipoU-
tes, mt não dtfíráo delias
najubflavcia.

EV como miniítro de Deos vos amòefto,& mando que no a&o


prcfcntc,é quanto (ç diz miíTa rogueis a noflb Senhor por to*
**a íjncta mad^e lg'eja:paraque elle por lua mifeticotdia a aug-
^ewte, pacifique, & conferuc emfua fce,& em feu amor.& íeruico,
&
principalmente pelos qae nellafam fuperiores, & que tem cargo
■denos rcger,&gouernar.Conucma fabcrpeloSanáiísimoPadi;e
0?
apa notío Senhor com todo$ os Catdeaes Arcebifpos & Bifpos,
cn
' efpecial pelo noflb Prendo, & toda a Clerçfia, & ordes de reli-
8 *o,&por elRcy,ÔcRaynha noflbs fenhores, Príncipe,Jnrantes
HlPdos-os que teroofficiode gouetnar rperaque por íuamifeti-'
Co
' &a os tenha em fua guarda, &lhes de fauoc, & graça pêra que
(
P> iao reger ,& defender em paz & juftica todo o pouo Chriftáo que
¥ } Senhor lhe he encarregado.
jRog,^re,stambéa Deospelosqueeíiáoempeccadomortal,pe2
d»ndo>heque por fua.mifericordia lhes dê verdadeyro cpnhecimé*»
to &
> vQma(Jc petafc apartarem de tal eftado* E afsi também pe*
las almas que eftáonofago do purgatório, pêra que nono Senbôf
Poiíliamifçficordia,
-—?T\5
as queyca tirar dellc,
l Jl :.l • - .<.- •.— —i-
& leuar a deícan$ar
~—*~*> 6 á íua
fatia*
Titulo.n.Dos Priores, Reytores & Curas:
fàn&a gloria.
^ Tambê roguareis pelos queeftão naguerra contra os fieis, que
iioflb Senhor os queyra esforçar fempre, & fauorecer.
«} E aUi pelos catiuos Chriftáos, que os queyra liutar, & dar conf-
tancia na confilíam da fua Fce.
<f Pelosq ãdk> pelo mar,q os queyra trazer a porto de faluameto.
4j Pelos que eftáocm trabalho, ou em algúa tribulação,que os tire
delta & lhes de paciência pêra com ellamercceré.
^ Pelos fcuycosdo mar,&da terra,pera que como Pay piadoíb nos
dv a fuften cação nos he neceííaria para o nefta vida feruirmos: & 4
de talmaneyra vfemos delia ,quc alcancemos a bemauenturança
da gloria peta que fomos criados, Amen.
<f iPor iodas eftas coufas entretanto q o officio da miflà fe celebra,
direis deuotamente cinquo vezes a oração do Pacernofter,com cin-
co Aue Manas, a honra das cinco chagas q noíTo Senhor padeceo.

' ME logo tnfmarâ a dsutrinã da


mantyraíeguirite.«

IT Primeyrãmcnte farão o final daCruz,dizcndo em alra voz,&éfl


íinandoifeusfregueíescomo feháo de benzer, & lhes enfinaráo 3$
couíaá cátodo Chnftáodeueíabcr repartidas pelos tcposdo Ann°;
Conuem a íaber, de fam Toao a Natal lhe enfinaráo o Credo,Patef
noííer.SÍÁue Maria cm lingoagem,& osMandamcntos da lcy,dtf
Dài*& os cinco Mandamentos da Igreja, da maneyra feguínt*»
€ Pelo final da Saneia Cruz gSliuranos Senhor Deos noíTo^^
nonos immigos.
Em nomedoPadre,& doFilho,&doefpiritofancl:o)ggamê Iefu*'
^f Cveo em Deos Padre todo poderoío, criador do Cco, & da teP
ra, & em íèfu Chrííto Feíi Filho hum fô noíTo Senhor, o qual foy &
-
cebidopeloSpiritoSaneio :naceo de Maria Virgem padeceo »°~
podei dePoncio Pilato: foy crucificado, morto: & fepultado :de*'
cendeo aps Infemos:ao terceyro dia refurgio dos mortos: fubio^*
CeosVcfía adernado a dextra de Deos Padre todo pederofo, ãot&e
Ti(ulo.iz.DosPríores>Reytores&Curas, ff
na de vir julgar os viuos>& mortos: éreo em õSpiritoSanãor&â
landa Madte IgtejàCathohcâiâ comunhão, & ajuntamento'do$
Santtos:a teniiííao dos peccados^areíurreyçâodacàrneia vidaetef
n
a,Amen.
1" Padre noflb que eflas em os Ceós, Edificado fcjâ ô teu aòmêrvê-'
nata aos o teu teyaoífejafcyra a tua vótâde afsi na terra eomoiíd
Cea; o p JO aoHo.de dada dia danolo hoje; & perdoanos aoflàs diui*
das alsi como nos perdoimos afloílbsdeuedoresí & alo nos metàS
**& tentação, mas huranos de mal, Amen»
f Ale Maria chea degtaça*o Seah >r hedoatigo, benta estdâfl*
tfe todas as molheres,& bemo he o fruy todo teu ventre í efusííàd*
&* Maria madre da D JO>S roga poí aos, ôípof todos os peecadoi»
*e,Amen.
tf Os dez maadameatos da ley%

^ O prímeyro he amar a Deos fobre todas as coufasi


O têg indo não juraras pelo feu oome eo váoé
O tctceyroguardaràsôs Domingos, & feflas*
O quarto honrarás a teu Pay, & May*
O qutnto não matarás.
O fexto nao rornicârás.
O fepttmo não furtarás. . \
O oáauo náo aleuantarás falfo teftemunlid.
O nono não defejarás a molher do teu próximo*
O decimo náo cobiçarás coufa alhea.
•1

^ Os cinco Mandamentos da Igreja*

Oprimeyrohe ouuir mina iâteyra em os Damíagõs, & feíUí


de guarda.
^^gundoheconfeífarfecadahúChriftâm âõ menos huave2
^oanno aa Corefma,que pêra úTohe ordeaada.
Oterceyro he tomar frtaaóto faeramento da comunhão em dia
de Pafcoa, ou por toda a Corefma âfleíle Bifpadoatee a Do*
* P minicá
jS Titulo.n.DosPriores,Reycores& Curasi
minica in albis inclufiuc.
O quarto he jejuar os dias q a fan&a Madre Igreja manda jejuar»
não tendo legitimo impedimento.
O quinto he pagar dizimo, & primícia,
m

^ E do 'Natal atei a Pafchoa darefurreyçâo, lhes declarará


auaes jam os Jetepeccadot mortaes, 1$) os emeo fenti *
dos, & as quatorze obras de miferteordia, Jctt
corporaes, & Jetn ejpmtuaes, na ma*
nejra Jeguinte*

i »
C Pcccados mortaes.

O primeyro he foberba.
O fegundo he auareza.
O teiceyrohc luxuria.
O quartoheira.
O quinto he gula.
Oíextoheinueja. Jjk,
Oíeptimo hepriguíçaZ

^ Cinco fentidogj
Optimeyrohe ver.
O íegundo ouuir.
Otcrceyrogoiiar,
Oquar.ochcyrar.
O quinto apalpar.

Ç Ai fete obras de mifericordía


corporaes.
Aprimcyraheviíitaraos enfermos:
A fegunda dar de comer ao que ha fome^
-
Aterceyradardebeberaoquehafede,
- A quartaremir os ca tinos. '' • . J -■*
Titulo^z.DosPrIóres,E,eytores,& Curas ??
À quinta vcfiir o nu.
A fexta agafalhar os peregrinos?

^Asfeteefpirituacs?

Aprimeyrahcenfinarao$fímplezes,&nâoeníinados. r
A fegunda dar bom confelho a quem o pede, & ha miftcrj
A tcrceyra caíligar, a quem ha mifter caíligo.
A quarta confolat ao trifle, & defconfolado.
A quinta perdoar a quem lhe tem errado*
A fexta foportat as injurias com paciência.
A íèptima togar a Deos pelos viuos, que os Iiuredos peccados,& pè
iosmoitos, que Deos osliure das penas do purgatório, &osie-
ue á Tua íanta gloria.

\Eda Pafcoa atee o São loão lhe enfinarão osjète Sacramhos da lgre)à}
1%J as três ^virtudes Theologaesfâ) as quatro Car deães,
outro Çtnd forma feguinte*
0

^ Os Sacramentos da Igreja.

Oprimeyro he Bauptifmo.
O fegundo Confirmação. ti^
^tcrccyro ConfiíTam.
^quattoCómunháOé
^ quinto Extrema Vnção.'
^ fcxto a Ordem Sacerdotal.
- óptimo o Sacramento do Matrimonio.

^ As Virtudes Theologaesi

'Vtacyra he Fce?
2re8u^aEfpcrança:
Aterceytacharidade:
P i Ai
Titulo.i2.DosPríóres,Reytores,& Curas
<{" As Virtudes Cardeaes^
AprimeyrahePrudenea.
A iegunda Iuftiça.
A tcrceyra Fortaleza.
A quarta Temperancai

ÍE acabando de enÇmar eílas coufas cada


«w */» (eu tempo.

LCgodirárTendeagoraarrependimentòdos peccadosmõrtaèí
cora prepofíto de os confeíÈirdes quando manda a Igreja, di*
J?ey a confiflam geral pêra que neflo Senhor vos perdoe os peccados
.veniaes, & dizey comigo afsi.
íj" Eupeccador confcflfoa Deos todo poderofo, & á bemaucrurada
femprevirgcJVl2ria,aobemauenturado fam Migue! Archanjo, ao
bemauéíurado fam leão Bauciíh, aosfanros Apoftolos fam Pcdí0>
& S.PauIo, & a todos os fantos,& a vos Padre, quepcqueymuyias
ve2es por peníâméío,pa!aurjs,& obras: por minha culpa jminh»
culpa, minha grande cuipa .Portanto rego á bemauéturada fempre
Virgem Maria, aabemauenturado fam Miguel Afchanjo,ao bem-
auenturado fam Ióao Baatitta, aos fantos Apoftolos S. Pedro,62 S*
Pau!o,& a iodos os fanU'S,& a vosPadre,quc rogueis por mia Dcoi
nefib Senhor.
^ E logo dirá, Dizey tedos três veies, Senhor pequey auey miíeft-
cordia de mi. Ou dirácj digáo três vezes, Beta, & louuada feja a pa/
xáo de ncíTo Senhor Iefu Chrillo. E entte tanto elle dirá:
q Mifirtaturrvejlnonmipotcns Deus,& âimifsis omnilus peccatis <í>£
finsperducat OJOS In <vitam alternam^ cimen. hàulgmáarn^ç.
% E logo lhes lançará a benção, dizédo, Abençáo de Dcos Padre, #
o amor do Pilho^a graça do Efpiritu Santo feja fempre có voíco;
Amen.
Ç O que tudo dirá com grauidade, &repoufoem voz alta intellígí'
vel E quando diflèr a doutrina irá fempre de vagar, de modo que o
pcuo tenha lugar peta dizer cada pa!aura depois q a elle diíTer. '
*A ~ ' : " " — ^ T~ - TíTVJ
6t
TíTVLO XV. DOS BEMEFi*
ciados de Betieficiosfittipliccs, óc
femetias delles,c5c dôs rafo-'
eyrosj&lconomos*
ConfUtuiçáoprimeyrâ.

1N D A eme conforme a direy to todos os benefícios c*p.«»«


requeré pc-flbal refidencia: os curados per direyto.di- fapj„tl,
ui. .o, como no mulo precedente fica dito, fcosfim- í^
*^ia^4m\K plices per direyto humano: per antigo cufturne tolé- «^ V/í.^e
^^^ rado pela Igreja & Prelados del^íla ifitrcduzido, $%£%
<* beneficios íimpkes fcpolsão fctuir$€ti^^f^^^^
Sc
« Cathedrâes,nos quaes conforme a direy to & ConcilioTride- ohex 'm
^o, de tal maneyra fe requere arefidencia pelíòal & inteteílencia fog***
«°tas & officios dtuinos.que os que a náõ feZerem riao podetti Iettat ^v ,
otfruytos & difiribuiçóes: faluo em certos cafos cm osquaes per )U- 4lU. ^
ft« & neceíTanas Cá ufas o diíey to ha por prefentes & intereiTemes &$%&
^epcf aias impedidos náoferuem pefíbalmente > B por p^
^ vezes aísi na nofla SeeCathedral>como em as Igrejas collegiadas rf— ,.,
<k(U Cidade * Bifpado, por falta dos Cónegos & beneficiados dei- Ajr>*-
la
* »a Igreja afe no minifterio, ípiritual como no temporal padece 4.*^
^trimen to; queredó a ilTò ptctiet como fomos obrigados, cotifor- t*WH
n
^ndonos em tudo dom asdstteminaçóes dds Sagrados Cânones««. f.«4
^ConciUoTridentinoimandamosquenaferuentiadasd.usigce-
Jas> Concfias, & beneficios fimplices, fe guardem em tudo as Con-
lições fesuintes. - _ , . ;
í Todosos Conexos & beneficiados dl notía SeefcrUirao fccorri-
prifaoas obrigações de feus beneficios afsi no choro & horas Cano-
«iças, como cm as milTas& officios diuinos, per íi& não per ouuc,
comoperdireyto&ConcihoTridentinosãoobrigados.Efealgus.^
oao tendo legitimo impedimento polo qual deuáo fet elcuíos^ao^.cu,
foubem per r
fom ai obrigações de luas ícmanâs & beneficios;. Ma-
° Q, damos
Titulói5.Dos'Beneficiados<Ie
damos que não fejão aquelle dia, ou dias contados: & perfeuerando
emfua contumácia ,oprefidcnte do Choro, ou Contador noloía-
çáo íabcr, pêra que procedamos contra elles, & os ebr guemos po-
ios meos que mais conuenientes nos parecerem.
EP r<1Ue n5 p0(lçm 0S d,tos Cone 0s
r -d ré ^ °
co m asditas
° g & beneficiados cumpric
tZ dm- obrigações peflbalmcnte não fendo facerdotes, ou ao
mctl0S d,aconos s0uíu
éLldú bd«áconos:conformandonos com o mefmo
m
* ' Concilio de confelho& parecer do noaòCabido,com a deliberação
deuida, pata gloria & louuor do Senhor, & bom fetuiço da dita noí*
ia See. Ordenamos & mandamos que todos os que hora tem, ou ao
diante teuerem as dignidades de Dayão, Chantre, Mefíreefcolla,
'Thefourcyro, & Arcediago do Bsgo fejão facerdores, & aísi o feráo
fempreos aous Cónegos mais antigos que fe aílentaté immediata-
menteabayxodasdignidades,dehúa & da outra parte do Choro,
& a mcfm Tât di fâcct(Jotcs
tTLt ?° terão todos os meos Cónegos & ter
liM., cenayrosdaclitanoflaSeepolacontinuaGbrigaeãoqtemaoChoio,
?«** fcruipdella> & t«ão ao menos ordem de Diáconos quatro Co-
^daui. negos de cada choro que immediatamence fefeguem após os dou*
mais antigos, que hão de fer facerdotes como dl to he.
«j- Todos os mais Cohegos da dita See ao menos íerão fubdiaconos:
& cilas ordens facras de facerdotes diáconos & íubdiaconos anexa'
mos perpetuamente â todos csfbbre ditosdignidades,* Cónegos,
meos Cónegos,* tercenayros4ccmo o dito Concilio manda,& cõ
todas as condições, penas, & declarações delle.
f E por quáto na nefla See não ha prebendasdifrintas, mas da máf-
ia comum íe fazem porções iguaes,que repartem pelos Cónegos,^
benrficiadosipara que a dita obrigação de Sacerdotes Diáconos,»
Subdiaconos, que pola maneyra lobredita pomes & anexamos ás
cone2ias,fc não coníundáo,& fiquem fempre os quatro mais anti-
gos facerdotes, & os oy to feguintes ão menos Diáconos, & os mai*
após ellesíubdiaconos. Ordenamos & mandamos q vacando qual-
quer das quatro Conezias & cadeyras mais an tigas, a d anexamos
aordem de íacerdocio o que a poselle fefeguir :fcao tal tempo não
for facerdote, O feja dentro de hum anno, & pola mcfma maney"
vagando
BencficrfimpHces>.& feruentia áelles. 62
73
gando qualquer das oytoCone2Ías,que após auditas quatro fe
*cguem, a que deputamos ordem de Diaconos:o queapos elle fe fe-
Suir>uo meímo tempo fe faca promáuer a otdé de Diácono: dema-
e
° yra, que afora as dignidades íobre ditas & meos Cónegos, & ter-
cenaytos, que háofempre de fer facerdotes, aja fempre quatro Co-
rgos mais antigos facerdotes, & oytofeguintesao menos Diaco-
c
°i > & os mais aomenos fubdiaconos.
^E os que de nouo impetrarem qualquer dignidade das fobreditas> TrMMl
«a publicação defta nona ConfHtuicáo em diante, ou qualquer mea
^oriçzia, ou tercenaria cm noffa See, dentro de hum anno fe faraó
ptoucr a ordés facerdotaes:& pêra ifíbquádo ferem prouidos, terão
a
idade que pelo ConcilioTtidétinofenequere para ferem íàccrdo-
te
s, ou ao menos tal idade que dentro de hum anno o pof são fer.
% Eos Cónegos que forem prouidos de qualquer Conezia, dentro
so mefmotempo dehuanna tomarão ordés de Diaconosou de fíib
^iaconos:& ao teropodefuaprouisáo terão aidade que pelo mefmô
Concilio para as taes ordens ferequerej ou ao menos tal que dentro
do rnefmoanno pofsãoíeraellaspromouidos, & doutra maneyra
a
tal prouisão, como de pefloas inhabeys não valerá: E declaramos,
3
^uenão henoflã intensio per efta Conmtuiçãopôr aosConegos &
^neficiados da dita nouaSce mais emeargos deMiflàs,EuágeihosôÊ
^pifíolas das q teueré per fcus ftatutos & creacões defeus benefícios*

Conftituiçao 1L que na Sce ha)apenitenciária*

O Sagrado Concilio Tridentino auendo refpeytô a fer coufa ^Wf£


muytoneceíTaria auer nas SeesCathedraeshúapcíToagraue^/orm.f.^
de
ktras,bondade, òc experiência, & idade, que oucaasconfifsões.A^S
A
^tmafsi ospcnkenies que teuerem cncorridi© em culpas graues /«* MJ>
^etn eafosduuidofos, & os mais íubditos de noilo Biípado-polsao^,,/,, de-
c
°nfçíTatfe,camo os mais Sacerdotes & conMores eoníultar nas ^^
Cuidas que na s confifsões & minifterio dos Sacramentos emeorre*
Ordenamos que da publicarão defta em diante aja nefta noífaSec
ku penitenciário, 0 quaj feja Doutor om Leecnciado em Theologia
Q.
Titulo 15. Dós Beneficiados de
ou Cânones, de idade de quarenta anhos, que nos nomeatémos&
prouerémos no dito cargo,deputandolhe a primeyra Conezia que
vagar: a qual ordenamos que íeja perpetuamente facerdotal: & to-
dos os que no dito cargo forem prouidos, ferao íempre faceicio-
tes que logo pofsao exercitar feu officio, por eíla fer a intenção do
fantoCócilio.Eem quãto efteueré na dita See ouuindoas confifsóés,
feráo cotados é tudo como presétes& interefsétes.Efeosqaeilesfe
cófeflàrem, teuerem cafos a nósper dircyto & noflàs Ccnftitoicões
refcruados, nosdaráo cõta,para lhe cometeremos a abfoluisao del-
les,guardando a ordem deuida.

Conjlituição III. Da dignidade de Meflre emolia, <Q> lição


qiíebadelcrperjioHpcrJubJlituto na See.

c*hP*»' T) Ot quanto nefta CidadeGoimbra ha vniuerfidade infigne-,apro


magifir. -*• uada & confirmada pelaSeeapoftolica,da proteyção dclRey
VT-f' no^° ^ennorJna °iual k ^em & cnfinão a fagrada T heologia, Cano-
ma.t. 1. nes,& todas as mais fciencias, & hanella dous lentes de Efcritura,
auemos por ercufado auer outra lição de efcritura na See.
^ E porem ordenamos que em quanto a dita Vniuerfidade perma-
necer neftaCidade Coimbra,o Meftre efcolla da nofíaSee,quepola
creação & inftituição de fua dignidade tem obrigação de ler na dita
See, per fi ou pela pcflba per elle deputada (a qual fera apta & fufici-
ente) leahúabção de gramática, a qual pofsáo ouuir afsi os familia-
res da See & Cabido, como os Cónegos & beneficiados dclla,& as
mais pefíbasq quiferem.E a peíToa q pêra iíTo deputar,ferá aprouada
pernos, oupelonoífo Cabido, &auerá falario competente, & talq
poflàacharfe hum douto & bom mefire,que pofíàenfinar como
conuem: & quando não for o que conuem pêra ler a dita lição, otf
por faltadc falario cõpctéte,ou de meítre,o Cabidonolo fará a fabef
paraproueremosniflocomo cumpre ao feruiço& bem da Igreja.

Conftitmção 1 HL Dos arcediagos da See,


f£/da repdencia que hão de fazer.
Conforj
Benef3c.fimpl!ces,&feruentiadelles, 63
COnformando ros com a difpofição de ditcy to & ConcilioTri- TrUjiJt.
dcntino; Oídenamosqueos Arcediagos de Pendia & Vouga, j^j^
da noflà See,cjue tem rendas Ecclefiaílicas, facão em ella peíTòal re-
fidccia desde vefpera deNataí de cada hum anno,atee a Epiphania:
& desda.Dominica in pafsione , atee a oytaua da Pafcoa in clufiue:&
desde v efpera do Eípintofanto,atee dia de Corpus Çhriíti:& desde
vcípera de noíTa Senhora da Auumpsão,atee a oytaua,por fer orago
da cafa. E nefies dias feráo prefentes & intereíTentcsa todas as horas
&cfficiosdiuinoscomo os mais beneficiados, Aos quaes dias que
pela dita maneyra lhesafsínamos para fa2eré pefíbalrefidécia & in-
terefséciajaplicamos a terça parte da renda dos ditos Arcediagados,
que hora tem , tm ao diante teuerem. E fe os ditos Arcediagos refi-
dircm rres meies do anno juntos, ou interpelados, ainda que nos di-
tos dias acima ditos não refidão, os releuaremosdas ditas penas &
«kfcótos.E os q em parte,ou em todo a não cumprirem,feráo defcór
tados peloContador doChoro,o qual os dará em rol no cabo em ca-
da hum anno para fe arrecadar per feus benefícios & rendeyros, ou
per ellcs,aquil o que perderem, ou em que forem defeontados: para
o que fe lhe paflàrão as cartas & monitorios necetfarios. E ifto mef»
mo f e guardará nos outros Arcediagos tanto que teuerem renda, a
<}uai trabalharemos que per fuaSanaidadc,ou pernos, lhe feja apli-
cada como cõuem .E os que juntamente teuerem na Sec Conezia,
ou mea, ou tercenaria vnida em vida, ou perpetuamente, compri-1
taocom todos os encargos & obrigações delia, fazendo a mefma
íefidencia, q por razão das ditas Conezias,meas,cu terças são obri-
gados.E ifto fe não entenderá nos qforé inquifidores,ou deputados,
ouofficiaesdo Santo officio, que por razão de íèuspriuilegiosdeué
^èr contados em tudo.

Confítuiçâo V. Qtfew Cónegos minarem ao Prelado


G imos Ponttficaes^quando derem ordens. >

COnfotme adireyto os Cónegos são obrigados miniflrar aos &*££


Prelados quando exercitáo osPontificaes,afsi nas MiíTas, &f?r'mZ£
^ _.-_ A .- *~~ diurnos
Titulo i?. DôsBcneficíados de
i

cliuinos officiosjcomo cm as ordens. Polo que mandamos que todas


as dignidades, Conegos,& Beneficiados da nofla See, que na Cida-
de fe acharem em os dias que diíTeremos miflà, ou dermos ordens,
ou fezeremos qualquer outro auto em Pontifical em a nofla See, íe
achem a elle prefentes: & não poderão em os taes tempos contaríe
por feus dias, nem irfe fora da Cidade i & os que o contray ro fezeré,
perderão fem remifsão o mereciméto da quelle dia em que afsi fal-
tarem aos Pontificaes.
H E quando nos celebrarmos o Pontifical,ou dermos ordens em otf*
tra Igreja ou Moftcyro fora da noflà See, fe acharão a elle prefentes
para nos ajudar & miniftrarem, as dignidades & Cónegos & benefi-
ciados, que per nbs,ouda noflà parte, ou pelo prefidente do Choro
forem para ííTo chamados: & faltando cada hum dos que forem cha-
mados , encorrerao em aa mcfmas penas de perder o merecimento
da quelle dia; & fendo cõ tumazes,cm as mais que a nós ou ao pteu*:
dente do Choro parecer.
f E quãdo o Bifpo de Anel deputado ao feruiçp da noflà See & Bií-
pado, nella celebrar em Pontifical, ou der ordens,o a ajudarão em o
nrinifterio os meo* Cónegos & tcrcenayros, como atee gora fe cu-
fiumou:& fendo fora da Sec,osque per elle forem chamados,& má-
dados pelo prcfidente do Choro. Mas fe o dito Bifpo de Anel diflêc
MiíTa ou vefperasem Pontifical em os dias que nósperdireyto úú
per curtume da noflà See fomos obrigados a dizellas. f. cm as feflas
de Natal, Pafcoa ,,& Spiritofanto, Noflà Senhora da Afliimpsão,
Epiphania,&famPedroj&fam Paulo,fcacharão prefemesem a See
todas as dignidades, ^Cónegos & beneficiados,della fob a mcbn*
pena.
f E fe algu Arcebifpo ou Bifpo de outra Díocefi, paflàndo per efl*
noflà, ou vindo, a cila fezer algum officio de Pontifical; encomen-
damos muyto ao noflb Cabido feaehe todos prefentes, & as digni-
dades & Cónegos o ajudem ao minjfterk>,comoateequi o fezerão,
& guardem cfte feu louuauel cuftume:& o prefidente do Choropo-

outras corna
melhoí
Bcncfi, sípllces,& feruentias dc\Usl 6£
n^lhor lhepareccr: obr igandoos a iííb cõ defcontos: & Te qualquer
dos ditos Prelados de omradiocefi celebrar o Pontifical cm algum
dos dias de neflà obrigação, fc acharão todos prefentes como acima
dito he, mas não feráo deícontados como faltando aos noflbs.

Conjlituiçâo VI Que na See & todas4s mais fyeppfigk*.


de mas ceremoma < Romanas, afi em nz&r, como
nosofficios diurnos.

PEloCõcilioTrid-rinotoy fanftaméte ordenado q fe cópofefle


h6 Miffil & Breuia.rio pelos quaes feteformaíTem &renouafsé
a
s fancias ceremonias aprouadas & recebidas pela igreja Romana,
& fc celebraíTem as feitas do Senhor ,& Sanftos,& ferias, como elle
«uoda: conforme aoqjal pet mandado do faofto Padre de gloriofa
Memoria PioQuintofccompolcrão&diuulgárão Miflacá,Breuia-
r
ios,& Ccrcmoniaesiqaeellepor fuaprouisãomotu próprio man;
dou guardar, &fe receberão cm cila nofla See.
S Eporq achamos q aind i nella fe guardaoalgúas ceremonias, afsi
«as Mitos & diurnos officios, como em o rezar, que não são con-
forme a eftevzo & cuílume Romano,& Miffal & Breuiario refor-
mado : & no Choro ha liuros antigos de cuftume Bracarenfe, dos
^uaes fe feruem por não comprarem os nouos: Mandamos fob pena
de excommunháo & via te cruzados para as obras da See & MUy ri-
*&*, qda publicação deita Cóítiruiçao a fefenta dias logo f;guintes
íe
«ire da noíTa See & Igrejas dcfte Bifpado tedos os liuros antigos»
afs
» do choro, como quafquer outros, que não são conformes ao re-
*«nouoieformado ,&éo mcfmo tempo fe comprem liuros, afsi
g^duaescomoantiphonarios.cVosmaisquenectíTariossáoparaas
MiíTas & ofhciosdiuinos fe cantarem ou rezarem conformeao Mif:
kl & Breuiario nouoda reformação do Concilio. E da hipor dian-
te guardem em tudo inuiolauelmente as ceremonias &vzoRo-
n"no:ôcnósnadita notoSee & nas outras Igrejas ou noflbs vifita
deves patucularmenie nos infor maremos íe ^o aísi fe cumpre.
Con»
Titulo!?. DosBenefíciãdos de
Confim çap Vil. Que os Cónegos & beneficiados de Igrejas
colkgtdas náopofião tomar mais dias dos que ttnt
per direyto& eftatutosig/fiquemfenipre
os neccfiarios para ojerutça
Í4.

l/ego*' ^\^Conegos&bencjSciaáosdanofla.Sec'íiáo poderão tomat


ma7{°n. ^^^ mals ^las Para ^ças Particulares negócios & recreação,que os
§ >pn<u- três mefes taxados peloConc4lioTrid?ntino,&mais dez dias q terri
'"* per feus efíatutos, confirmados pela Sce apoftolica, que por tcdos
faiem cem dias.B cai os tomar guardarão a ordem dos ditos efíattl-
• tosi E.os beneficiados das mais Igrejas coliegidas defíe Biípâdo to-
marão somente os dias que teuerem per íeus ftatutos, não paítandó
dos trcs mefes í & fendo pelos efíatutos & euflume menos tempo *
que os ditos três mefes, sô efle peder áo tomar, & mais não.
\ ^* E porquemuytas vezes acontece, & pôde acontecer, que feausé-
tem tantos Cónegos & beneficiados juntos, que a See & mais Igre-
jas^quem fem os miniftros neceíTarios parao ferui^o delia efpirnu^
ál & temporal:& tedasas licenfas& eftatutos&piíuilegioscõcedi-
dos para as necefsididcs particulares & recreação dos Cónegos &
K/£ bcneficia^os»k ^ prejui2o das Igrejas. E
non rtfidi vindo a cafo que (em muy to detrimento do feroiço deliafe náo pof-
cão guardar, náoobrigáo .Ordenamos & mandamos que na noíía
Sce fiquem fempre ao menos oy to Gonegos & beneficiados para o
feruiço delia: & fe não pofsáo ausentar tantos juntos que fique nella
pata a feruir menos que o dito numero. E aufencandofe o prefiden-
tedoCboro,ou quem feu lugar tcuer,mândará chamar os que mais
commedamencefe acharem para quevenhãoferuir,&osq menos
necefsidade teuerem de fe auferir ir:Cí náo viodo,os mandará defeõ-
tar atte com,e%to obedécercm:& crecendo fua contumácia os co-
denàrácm mayoresdefcontos.E acotecendo que aja falta de Cóne-
gos & beneficiados em algum dia de Pontifical ou folennê3qucfejáo
neceíTaiiosmaisdeoyto beneficiados, mandará pelo mefmomodd
^ama? to^os?s queforemnccefkwos, precedendo cotia elles pela
melma
\

Benefie.fimpKces,(5crcíuemia(Iellei; &
6 m dcfc nt0 SÍ âfsi fara
7Z°l c * ° , ? ° q^oouucraígum *a
a tra tat C0? Cabido us na
Wo. i ^ ™ fofra dibçáo, nam auçndo
5 ÍC reqUCrem ârafe
^iiílri^-ub,,lados !!?? ou cftarei P P°^ fazer, fcm
* q»ie?n * ! > « "tados per feus diaS>& am
d CÍdàde fC ndIa fCOã0 achaC
< Dn ? r ^confcr
t me a dere
' t0
° ™*™ C5PC
*» Uon * y - E adendo nos aufentes chama
lc
nolo f COnt,umac,Muc na? W*a<> vir com defcontos,oPrefidé
ira aber U aonofl p
t!cScft
COfl f '° ° ™ifcr,para <pe procedamos cótea
*E' HoforIuniça.
a raS I rc as CoIIe íadâs
Be!Hfi ; ? S ' g ficarão fempre na Igrejamiatro
l )0U iconom
^tiJ °soiuefiiuão: & acontecendo que fc aufeu
rW^"njOl^nSofiqucná Igreja o dito numero de quatro
**otn U,í°ndcIia'oPri0foa<luca> Ptcfidir no Choro,mádarácha
d4 Ucefteaacrnnials ert0
rçaj? P » & que menos necefsidade tcuecc
t3r & roc€der
^qu, ac • > T ác5rracIlesperdercótos,afsi&da
* muditohc. ' " - - - -

^tfrmiah. Vlll. £mque'm»e$aosCo^


dosâa Scc&Igrejas Callcgiadasvencerão os " *
}
I fmytQs,é> lerãodefconeaJos. "7*"*
10naDÓfia
SeeA^? ScehaeítatutosConfirmados peía*Santa
4fc P hs:a & urados:
tepa -- > Í Mandamos qos fruy tos & rendas dei
ider
4or&antrCOSprefcD^
dâ a ÍdpSPPf íaí5> cIosdias & horas
^ 4ftcy° <°uc c scfta ,tos P <l > > & prociísóes, afsi
r**flá" ^ 3 P ^ ^ 3 3 «noratem,ou ao diante rege-:
11 E uafií0 a s Pf iorcs
^a^f . andado. <l ° & Beneficiados Q*S
ôfi Cri0rcsCoilc iâ(3as l
%ad S i cndQcítatutospernós aprouados&
l:fco OSs2Uardaí5ona?£ aniíâodosfíU tos & benc
f
ntos UC clos di|QS cflatuc
P y i fl«, & no»
fe e cõf'° ^ P °s lhe for mandado: & não os teu-'
H or^qrmar5ocõanoíraSe^0"cuauroereccb!dodadita Igtcjal
L1050^'010^^" °S Bcn€ficiado*poísãotomar écada hõanno %
ia 3 atSta dias ara fqa rccrea
^ *sécTl r° ^ P í^í & ale diuohuaa
I "; -í?* fo.mana, nos cjuaesfcião cotados como intçtecétes;
»

Titula, T?. Dos Beneficiados de


■ • .*

JScôsmefmos d as & matinas poderão tomar os Iconomos qi?e F


ellcs feruirem,ou juntos ou repartido* -,com declaraçam,que os<f
f<ttUircm,aomenosdezmefes contínuos em cada hum anno, P
detam tomar todos os quarenta dias : & os que nam feruuem°\
meies,tcmaiáotoomcnteosdiasderecreacã:» proratadoteu Pc
ferúiré,á rezíodequattodias por mes, per quanto nãohe juíto <J
os que não trabalham no íctuiço da Igreja o tempo que fá > oK
d*>s;, vzem dos dias que (e d o para aliuio & recrearão do tiab^'
&feruiçp continuo. E efes qaarcta dias & matinas de recreai
afanámos, fe entenderão nas Igrejasende nam ouucrcftatutc^
tayxem mais ou menes, oucuftume legitimamente preferipto. í
que aUCndoosguàTdaríeháo, nam pafiando dos tresmefes tai*
1i
pelo Concilio fiiderítino, comodítohe: masfempreosdas^
crcâçao fetepateufr pcU maney ra fobredúa, pro rata do tcffip°H
feruirem.
^ E porque pode acontecer, & tem acontecido muytas veícSn
os que eítáo auíeotes contados por fei s dias, eenfermc a feus eW
tos, adoece, ou lhes íbbreuém impeditr étos poios quaes nác pcí\
J
toíuar a feruir feLS Beneficies dentro do tempo que lhe efiá tai* ,
$
& fobtc iflò antre os Cabidos & Beneficiados k moucm muyt* .
uidas&difFcrenças: querendo a ilToprouerjComo fenos cbr^2.
confotmandorios com a difpofiçáo dedcrcyto: Oídtnarros* n
damos, que fe acontecer, que fendo algn m auferi te na C íòai*}c,
ra contado por íéus dias, lhe íobrcuenha álgfa infeimidade, & ^{
fem perigo de fua vidaou faudenam poífa vir ? Igrejaouao $>
inddL ao lugar de feu Beneficio, moftràndò cci tidóes dos Médicos *J.
tdlrní ficandofegitimamentefuainfitmidade^oteoPtelrdooutá%
1
teju cou. io ou C abido, feia contado em quanto cila durar&aísi & da í* ' i
(ii.an.i- ra queolao os maismterecentcs:& o melmoleguardara co^H ,
3
i que feremaufentesemferuiçp da cafa, ou do PieJadp, &tô $
ih Wotta rem»; Ecutro 6 aquelles, a que,efondo contados por feusdÍ2s>0 J
rt?) áe í/C 1
feruiçodacafa, ou do Prelado, fc br euier algum cutroinp^'
*groi
te, que não fer déinfirmidade,íefor júftoaqueel!epcr(ua cu'p à
. <
'
&caufa,& talqoimpida vir a feiuirfçu Beneficio,íciãepe^^,
- <■ « • ~ ■■■•■' «t X a. 4 ,_%-» a».».». W a. W W w ..w aw. ♦—,_.»—a^ — - *- • * ^- 4 ]} »|
w
1

Ben efic. íimplices, & feruèftf ia deljès. 66


ttaneyra contado ,como fe per força fofle-dctidojporaígua peílbà
Poderofa, ou injuftamente prezo, ou excomungado, & por tal foílc
pronunciado. Mas fe o tal impedimento lhe acontecer, por fua cul-
pa j fera contado por Teus dias em quanto ihe durarem, & paífaclos
e
»esJ nao fera mais» contado,como acima eftá determinado no titu*
*° precedente.

Conjlituicão IX. Que nas ígre]as coltegtadas a\a apontadori .


tp comojerão contados & defrontados os
Priores •&/ beneficiados delias»
pOrqijueas Igrejas íejáp bem leruidas&os beneficiados tenjiãç)
* razão de as leruir com diligencia: Ordenamos & mandamos,
°juedodia de fam loio Bauiifta ate quinze dias, todos os Priores,
°u Vigayros. ,das Igrejas collegiadas có os beneficiados qouuer 9
a
°rnenos fcjáo ires, em cada hú atino, elejáo antre íi hum aponta-
dor ajuramentado que verdadey tamentc, aponte todos aquelles q
fifo vierem (fazendo do merecimentode cada hum dia três partes)
batinas húa; Prima,rerea,fcxta, & miíTa outra: &a noa,vefpera 6i
c
°m pista outra. Os cuaes pontos & faltas dará o dito apontador
l
i°fim de cadamesao prtoftc curepartidor:aoqual mandamos que
ío
nie tatos dos fruy tos da quelles que perderé , com que fejâopagas
as
faltas que no dito mes rezeráo,as quaes diítnbuirá pcíos outros fc
gundo achar que feruirão. E declaramos que o beneficiado, que não
v,ç
r ao Gloria patri do primeiro Pfalmo das horas Canónicas, per-
"easmatirras:6£amiíTaatéofimda Epifiola. E quanto^bs que não
ve
i rem aos ániuerfarios atee tal tempo,fe guardará o cuftume.E ifto
aa
J lugar éas Igrejas em que náoouuereftatutospela Seeapoílolica,
0U e
P r nós cõfirmados acerca deite tempo em que fe lia de perder, &
crn
que fehãodefazerosdefcontosrporque auendoos,mandamoscj
* guardem. E fe cada hum dos fobreditos Prior & beneficiados, &
a
p°ntador&rep3rtidor o nãocomprirem afsi: o condenamos era
quinhétpsfs: a qual pena pagara o apontador que fendo elcytore-
fufar o tal cargo. E afsi mandamos ao dito apontador & repartidor
das ditas Igrejas, que nao vindo cada hum dos ditos beneficiados
KJ. OU
Tituloi?. DosBefieficíadòs ãc
ouPtior ás matinas:&pifrólédo na maneyra fobredita,lhes não fiiçaO
parte do beneífe que vier a Igreja ou fora delia aquelle dia. E os que
• náoforéao enterramento dodefun6ro,poí:o que ás matinas & pri-
nuvieíTem, náo ganharão o beneíTe que com o dito defundto íe oi*
ferecer. E qualquer dos ditos apontadores que o contrayro fezer, a*
leni da pena que tem de perjuro, o condenamos por cada vez em ce
is para o noíTo Meyrinho. E fe os ditos contador & repartidor não
conaprirem ofobredito, ou os ditos Prior & beneficiados nãoquifc"
rem leuar os pontos hús aos outros das faltas & perdas que cada hum
fezer & perder : mandamos a noííos Vifitadores que tomem conta
do fobredito :& achando que fe náo cumpre afsi, mandem logo ao
apontador ou cõtador p2gar a dita pena em dobro. E as faltas & pe*
das que cada hum perder, le hús a outros as nao quiferem leuar, poc
eflaprefente as aplicamos para a fabricadas melmas Igrejas. EoS
ditos vifiradores o faráo afsi executar &entregar as ditas faltas& pe£
cias a pefloa que.ee m a cordp do dito Prior & beneficiados,as deípe-
da na dita fabrica: de que fe dará conta ao vifitador do anno feguin*
te.Epor efta Conftituiçãe náo tiramoso curtume que ouuer em ai-
guas Igrejas acerca da eleyçqo do apótador,que entrem nclla os clc*
tigos que não são raçceyros, nem Iconomcs, fe Ieuão algús benef"
fes das Igrejas. E faltando o apontador ou con tador, apontará opre*
fidente que fe achar no choro, afsi ao duo contador, fefàltar, com?
aos outros beneficiados.
V

Çonílituicão X. Como fe deitem prouer leonomos nos be~


nepetos dos auítntes^ f£j como deuem
Jerdefpedidos.

A Tnda que conforme a direy to tedt s os beneficies requerê pc»'


foal refidencia, per ci:flume antigo ncfte r oflb Bifrado cita &
trcduzidoqcmtodasas Igrejas collegiadas dcllecndehaben^c*'
ados & raçoeyros,fe pofsáo feruir os duos beneficies fimplices & &
ções per iconomos:& por que acontece auernifiodcíçuidos& con-
certos contrayros ao feruiço da Igreja. Ordenamos & mandam^
qUC
Benefic.fimplíces,écferuentíadelles. 6j
u
S c tcdôs os beneficiados fimplices& raçoeyros das dicas Igrejas,q
el
P íoalmcnte não feruirem, hora fcja por caufa legitima, hora por
°utro oualquer refpey to, aprefentem em cada hum anno até dia de
fôhh Ioáo Bautifta peflba fufficiente > quefirua por elle o Jito benéfi-
co qual íerá Sacerdote de boa vida &cuftumes, & faberábem la-j
tin^ôc cantar per arte:& fendo examinado & achado fufficiente, a-
Ue
tá carta em forrna de Iconomodendsou denoíToprouifor ,feru
a
<}ual não poderá feruir, nem o Prior & beneficiados o confentiráo,,
^bpenademilfs.
í E tanto que algum for aprefentado pelo beneficiadoj&ouuerfua
cartade leonomo,não poderá aprefentár outro, nem tirar o que ou-'
Ue
tadtta prelenraçáo& carta,durante o anno em que ha deferuirz
an
* da que o beneficiado queyrapeíToalmente feruir:laluo pagando-
'^cper íntey roo falario do ditoanno: pois pcdèraauer outro par-
tido igual ou mtlhor, fe per eíle não fora impedido. Porc querendo
0
beneficiado feruir, & achando o leonomo outro partido melhor,
°u igual ,pcd ;ra defpedillo em qualquer tempo, pagandoihe pro ra-
ta o tempo que feruio. *
S E quando cada hum dos beneficiados que tem Iconomós, quife-»
íet
n que o que ferue hu anno não torne aferuir o anno feguinte, per
**) ou per íeu baftãte procurador,o defpedirão, ou farão defpedir, ou
pelo ptior ou prefidente da Igreja,ou pe*hum efcriuáo,ou aomenos
^nte de duas teflemunhas, demaneyra que poíTa confiar que foy .
^pedido: & ifto fará defdo dia de Pafcoa, ate Dominica in albis in-
c
^fiuè,& não o defpedindo no dito tempo, íeruiráo anno feguinte,
a
^Sídamaneyraqueferuioo paífado, & pelo mefmo ftipendio:
^ efta mefma ordé guardará o leonomo que quifer jdefpedirfe para
n
ão ficar brigado a ferroir o anno feguinte jporque não fe defpedin-
"°>ficará obrigado a feruir pelo mefmo modo& partido do paíTado.
í E feobeneficiado aufente q pefibalmente não fcrue,nao aprefen-
tar
leonomo fufficienteatee dia de fam Ioão,oPrior ou Vigayroda
%eja & beneficiados dclU nomearão a nós ou noflbProuiíor peflba
^fficiente, que aja de feruir de Iccnomt), dentro deoytodiasim-
tncdiatamente feguintes depois do dito dia: & não aprefentando
cada
Tituloí?. Dós Beneficiados de
cada hum dos Cobreditos no dito tempo,ficará a nos ou noflb Proui-
for deuolutp o poder de apreíentar & prouer os ditos I conomos.Po;
rem aprefentãdo cada húa das ditas peflbas no tempo que lhe afsi'
namos Iconomo com boa fee, o qual examinado per nós ou noflb
PiouiforjOii pelas pcífoas para iílb deputadasjpcr algú defeyto ocul-
to ou derey to dífciencia, que o que o aprefentou náo reuefle razão
de labe^nãolcja achadofufficiente,náo ficará logoaprouisão do di-
to Iconomo dciíoluta a nos ou raoíTo Prouifor, mas lhes ferão afsina*
dos mais íeis dia» détro dos quaespofsão tornara nomear outra peí
loa fufficiente,& nomeandoa,lendo achado tal, auerá fua carta: mas
náo nomeando nos ditos féis dias outra peflba, ou nomeandoa, náo.
íendo fufficiente,entáoficará a nós ou noflb Prouifor deuolutiapro*
Cap.qmn uisáo,por afsifer conforme a direyto:& não fe paliará carta de Ico-
quãinfin. nomia algua antes do fam Ioáo,fem noflb efpecial mandado,&paf-
^'etó/í. tandolenao valera. •
in 6.y>bi ^"E todos os que ouueremde feruir de Iconomos,dentroemoytc»
dr.&íDo dias depois de auerem íuas cartas, daráo fiança a feruir o dito benefi^
6.'"? coltcio n0 an<10 PcrtlUe s*° dados}bem &ííelmente,&comprir todos oí
muni. encargosdclleiôc apagar tudo oq por fua culpa ou negligencia per-
derem^ fatisfazer ao propriatano: & náo a ciando, náo lerão mais
admitidos ao feruiçp, né o dizimey ro ou priofte, ou partidor lhe acu-
dirá com coufa algua, nemp contador o contará mais, íbbpenade
* mil rs, & de pagarem, t*do o que lhe derem, de fuà fazenda.
^ E para que tudo o acima dito fe cumpra como conuem ao feruiçtf
da Igreja: mandamos que o noflb Prouifor tenha hum liuro no qual
feefcr£uáotodasaslgiejasdoBiípado,con8o«no tiruloprecedente
eftá mandado:^ no mefmo liuro íc eícreuão todos os benefícios íirrt
plices & rações, para per elle fe ver os que foráo prouidos ,pu fe hz°
de prouer em cada hum anno:&o dito liuro fe fará em cada húanno.
E fendo tão grande que baile para maisannos,cadaannoíeefcreue'
ráo nclle todas as lgrejas,annexas>& benefícios llmplices & thefou-
rarias & quaefquer cfficios da obrigação das Igrejas; & fe porá nó
prícipio delle,Artno do Stnhor.E poftas todas as Igrejas,annexas,
rações & officios, per otdem & itens diftmtos,fe eíercuerá em cada
hum
Benefi. síplices,& feruentías dellesí 68
hutn. F0y prouido defla cura ou Coadjutoria, ou de Iconomo .Foi
jo natural de tal parte, examinado & achado íufficien te. £ efte litro
ier
á numerado & afsinado pelo Prouifor: & o efcriuáo da Gamara o
Jera em feu poder para nelleaflêntarofobrcdito. E tanto que cada
"uro for acabado, Te fará outro pela mefma ordem :& paflàdos quiri*
Ze
dias depois de fam loáOjOleuaráaoProuiíorparaque vejafeeíU
tu
<io prouido como conuem ;& faltando algum, proueja como he
°nrigado: & cada três annos na refidencia,que fedeue tomar aos of-
nc
iaes Ecclefiamcos, fe perguntará pelo dito liuro, & fe verá como
le
cumpree(ta noífa Conftituifeáo, & não fe cumprindo, fera caíliga-
^° o que teucr nifTo culpa ou défcuydo, como merecer.
i E por quealgíías peflbas tem priuilegio da Seeapoítolicapara le-
Ua
*é todos os fruytos per inteyro em aufencia, como são os Jnqui*
"dores &officiaes do fahâo OíficiorMandamos que lhe náoacudáo
c
°Qi coufa algúa, ate moftrarem a nos ou noflò Prouifor como tem
0 ta
l priuilegio ou officio ; & confiar aos P riores & beneficiados co-
m
°nolo tem moílrado: & acontecendo que muytos em a mcfma
8reja tenhão o mefmo priuilegio de raaney ra que nclla não fiquem
0s
^iniftros neceflarios para íeruir, nolo Lr áo a íaber para proucr-'
^PSí conforme a direy to, que aja os minifttosneceflàrios.

Constituição XI. Que não a]a concertos, per que os Priores g^


beneficiadostomem [obreÇtojcruiçodalgumbe^
neficio de aumente y para mlle não
auer Iconomo.
- ...

Ç°mos informados que algus Priores & beneficiados de Igrejas


^ colegiadas íe concertão com os beneficiados aufentes, para lhe
auc
*etn de fetuir feus benefícios, por certa coufa que lhes dáo: & por
c
fta maueyra náo fe prouem de Iconomos, & as Igrejas carecem de
*cl» miniftros \ o que he cm grande prejuízo do fer uiçp dellas,& da-
no
<le fuás confciencias:& querendo aralhar atão injuftos &prejudi«-
c,
aes contratos, mandamos fob pena de excommunhão a todos os
res
^!5 »Rcytores,ou Vigayros das ditas Igrejas collegiadas, & be-
neficia]
Titulo i?. Dos Beneficiados de
neficiados delias, que fe não concertem com os beneficiados part
feriremfeu beneficio:& à mefmapena pômosaosbeneficiados cju^
aftife concertarem:& fendo conuencidos,alem das ditas penas,pef
ierão os beneficiados aufentes queafsife concertaré, todos os fruf
:os dos taes benefícios, para fe defpenderem ametade em v zos daí
Igrejas donde forem > & a outra é as obras pias que nos parecer: # °
Prior & beneficiados perderão outro tato como valerem os fruYtoJ
do dito beneficio, para fe defpendef em os memos vzos.

ConpttmçÔo X1L Que os Iconomos fe]âo Sacerdotei]


&doJalarwquebãodg(Mer.

TOdos os Iconomos deuem fer Sacerdotes para poderem cu»1'


piir com as obrigações dos bencficios:& não íe paíTará carta &
Iconomia a pefíbaalgúaquenão tenha ordens de Mi(Ta,& licen^
pata a dizer,com a folha corrida para fe faber fe tem algum impedi*
meto: & tendo ordens de Epittola ou de Euangelho, náò poderá^
Iconomo ; faluo fendo algum tão defiro no canto, & de taes partes»
que por bem da Igreja pareça neceflário difpenfarfe com elle:pof
queemtalcafojconílandonosdefuamuytalufficiencia,&daneccí,
idade que a Igreja delle tcm,difpcnfarcmos: com tal que tenha ida-
de pêra qé bteuc tempo pcíla tomar ordens de Miflà: &eftadifpeu:
façáo referuamos somente anos & aos Prelados noflbs foceíTore'»
1
aqual íefará no dito cafosómen te. E porque os Iconomos deueP
ter as ditas qualidades,& íufficiencia: Mandamos que emdinheyf0
oufruytosájãoemcadahumannodezmilrs^uelhes ferao pag°*
pela ordem que mandamos pagar aos Cura«:& eftes dez mil rs ao*
fáoalem dos beneflès & percalfos quefoem auer.

Çonflimiçãó Xíll $uc[enáopaffe carta de Cura


a beneficiado* ou Iconomo.
.

Enhum benefkiadoou Iconomo poderá auer carta deCflf*'


aindaquefejaema mefma Igrejaende temo beneficio, o"
*" Icooo;
Benefí.fímplíces,&feruentíasdelles? 6?
Iconoaiia,porque não podem bem cumprir com as obrigaçõg do
Micro & com a cura das almas juntamente: nem outro fi poderão
ter obrigação de Çapella que tenha Mtflà quotidiana. Nem outra
papclla, ainda que náo feja de Miífaquotiduna,em outra Igreja táo
longe da fua que oáo pofsâo cumprir com ambas as obrigações: &
pairandofccartaaalgum deftes Iconomos,aaucmos pornulla: & a-
kmdiflbo quedílla vzar, pagará dous cruzados para a Igreja ôc
faeyrinho.

Çonjlituiçáo. X1J1L Que os Priores ou 7{jytores das lgrt*


]as Collegiadas^tendo bem fetos nunidos, fe\ão çon*
tados em tudo em quanto fezjzrem feu offi*
U • cio+fjt/ náo lendo <z>nidos te-
uhâo leowmos.
-*+

í] S Priores & Rey tores das tgtcjaS Collegiâdas em que ha racõ-


V-/
cyros, tendo, afora.âs rendas & fruytos do Priorado ou Rey-
0i
ia algum Beneficio, òu ração em a meíma Igreja onde hc Prior,
e
otal Beneficio for vnído* ao Priorado, ou ur.perperunm, ou em
*ida, fera contado náo fomente nos finytos do Priorado: mas tarn»
etn
«n todos os fruy tos, &pcrcalfos, & diftributçÕcsdo Beneficio
* 'ação vnida, em quanto cfteuer cm a Igreja, ou fora delia oceupa-
^em o mimfteriodos Sacramentos & cura das almas: & náo ferá
et
*Ualcafo obrigado a por Iconomo. Mas tendo o tal Be leficio cu
íô
Çâocom oPiioradodiftin£os&iiáo vnidos, fera obrigado a pór
^'klconomo,ou a feruilo inteyramétc como os mais Beneficiados:
*• ^áo tendo Iconomo, não ferá contado ncllc o tempo que eítcuet
Cc
upado na cura das alroas,como (c o teuera em outra Igreja.

Çottfitwçào. XV. Com os Cónegos ou IBenefiáados da Sisi;


tendo lgrc]as parrothiaesjerào contados em
o tempo me em ellas refidtrem,
S i*5
— L.
Titulo. ^•DósBcneficiaJosde
tap.extir A^S
pandit §
' ÍYà— i
quid Verv —■• *- 1 » w • . - -
dt zunido, teuetem juntamente com a Igreja, ou Benenciodabee, igr*'
^£2' ja Panochial, fáo obrigados a refidir nella conforme a derey to, p*
f li ÍÍ'M cfta rcfidencia de mayot obrigação, como dito temos no «tow
jfini. precedente- E porque fe pode duuidar como deuemfet contado*
na Seco tempo quereftdirem nas Igrejas Parrcchiaes, fcoPaf*
Pio Quinto per hua fua E xtrauagante declarou, que deuiáo fer coD'
®;^;tadosnasfrily tos & rendas da Dignidade, Conezia^ou Beneficio*!
j>nntes. teuerem nas Sees Cathedraes: tirando foomente as diftnbuiç0£í
quotidianas, & outros femelhantes BcnelTes, que fe não cuBim*?
a dar aos que eftão aufentes por caufajufla: Mandamos que (ccV
pra a dita Extrauagante, & conforme a cila fejáo contados.
^ E acontecendo, que ou nanoflà See, ou em algua das Igreja
Collegiadas defte noíío Bifpado adoeçáo tantos Beneficiados jtf°'
tos,ou haja tantos legitimamente impedidos (porto que conforta
C
ibí'uJit a derey to deuão fer contadosem tudo) que na See ou Igreja
tUncis.<S - não fique numero de Beneficiados ou leonomosque
Wh. pofsão comodamente cumprir côas obrigações
delias, & fazer os cfficios diuinos,o Facão a í a
bei logo a nósou noflb Prouifor para pto
uermos de Mioiííros, como
per dereyto fomos
obrigados»

'Confim CM. XVí. Que na See ft) lgre]ás CoVegiadasfefaJh


ou reformem os Eftátutos, conforme a Dereyto, & Conr
ctlioTridentino f£? ConfituiçÕes Extraua-
gantes, cpe dtpois delU
emanaram.

n
Benefic. fimplices>& feruentia deli es. 70
POr quato em as vifitaçócs que fezcmos na See & Igrejas col-
legiadas, achamos que muytos efiatutos são contra direyto,
doutro, perigoíos & difficultofos, & que náo comuem ao bom go-
u
ernoeípiritual& temperai: Mandamos ao ncfíbCabido,& aos
Priores, Vigayros & beneficiados das outras Igtcjas collegiadas in-
knores,que da publicação deitas noíías Coníhtuicóes a quatro me-
% fiçáo & iefcrmem feus eOatutos, conformandole com o direyto
Canónico & fagrado ConcilioTridentino,& com e^asnoflàs Ccri-
ftituicões, &có os curtumesaprouados& recebidos pela Igreja Ro-
sana i os quacs feráo viftos & aprouados pír nos: & as Igrejas infe-
riores íe conformarão nos ditos cftatuiosem tudo o que poder fec
c
om os da noffa See: o que compriráo fob pena de obediência, & de
ptocedermos contra elles com as cenfuras & penas que nos parecer,
enforme a culpa & contumácia que mffb teuerero.
t •

Titulo XVI. Da vida & honeítidade


dos Clérigos.

Indaqo habito &veftidcs exteriores,como os Cano


nes lantos dízé,náo façao o íelcgiofo, tedauia st pre
a íanfta Madre Igreja gouernada pelo EípititoSan-j
fio, mandou & mandaq todos os Cónegos & Cieri-j
—„— os ejcytos em a forte do Senhor, & para o feruiçp
^minifteriodefua Igreja,andalTem em habito honefto & decente,
Pira que com a honeítidade exterior moftrem apureza da v ida & cu
*WS lnienores: caítigando com diuerías penas aos que fezerem o
contrayro.PoloqucconformandonoscomosíagradosCanones&rrWM
Concho Trtdentino ,&coma noua conQituiçáo extrauagantedo^,^/
knfto Padre Papa Sixto Quinto neflb fenhor :Ordenamos & man-
amos que da publicação defta noffa Conftituiç> em diante todas
* peílbas EcclefiaíUcas de noffo Bifpado > pofto que fejão ifen tos ^q
tcuetc ordens facras, dignidade, beneficio curado, ou fimplez nefte
Titulo i& Da vida &
noflb Bifpado ou pensão, ou preftimonio cm titulo debeneficio,no
habito & tonfura clerical que hão de trazer, guardem intsy ramente
as Coníhtuiçocs feguintes.

Cônfítuiçàoprimeyra Dos Cónegos $ %e-


nefictadosdaSee.
■ -

%%&'. "T OcÍ0S °S CleríS0S tem obrigação de darem bom exemplo ao


t.ii.%.om A pouo fccular, pois são feuspacs efpirituaes & mcflres dos bós
m
- curtumes: mas mayor obrigação tem os Cónegos da nofíâ See por
ferem fenado da Igreja, & a elles deuem imitar os outros Clérigos
inferiores.Polo que mandamos a todas as dignidades &Conegosda
nolTa See & beneficiados delia, qafsi na Igreja,ccmo fora delJapel*
Cidade&Iugarespublicos,tragáoveftidograue&c5uenienteaíúa9
pefloas, & acompanhados como conué. Trarão roupas de pano pre-
to que lhe cheguem aos artelhos dos pees,cerradas,oubem abotoa-
das atee bayxo, com botões chãos ou pefpontâdos de feda: & fobre
as roupetas, mátêos ou lobas da mefma cor & comprimento: & fo-
bre as lobas poderão trazer capellos ou beccas^ue também ferão de
pano, ou degorgorão, chamalotc fem aguas, ou outro femelbante
guando as lobas torem do mefmo: & asbeccas, ou capellos poderão
fer forradas por dentro de rafetá ou fetim preto, fem debrum ou pe-
flana,quefe pareça de fora:& também os manteos oulebas poderão
ferforradasnoscolarinhos&dianteyrasdequalquerccdaprcta/em
peílanaque fe apaieça.E poderão de bayxo das roupetas oulebas
ferradas, trazer roupetas curras, & gibões de cetim ou tafetá preto,
ou pardo, ou roxo efeuro, & não de outra coufa. Não poderão tra-
zer fobre as fobrepelizes capello nem becca,ou outra algíia coufa de
laa ou ceda: porem é as procifsÕcs cm que for o Cabido poderão to-
dos leuar capellos ou beccas em cima das fobrepelizes, pelas quacs
fe dimngão dos outros Clérigos & beneficiados, que as não podem
leuar. E íflo l[le permmmoscom declaração que facão acordo copi-
tul3rmente,queauendoasdc leuar, todos leuem as ditas beccas oU
capellos,* feja defeontado no merecimeto da procifsác o que a não
leuar:
horiefliclade dos Cónegos. 71
leuar: porque não eonuem quehus lcuem capellos, & outros vão s$
«lies; & nác poderáo tra2cr faldra leuantada.

Conptuiçãó V. Quaes soo os aieflidos &habito Clerical


que os Clmgos deutm trazçr: & das penas em
que encorrêos que o contrayrofezsrê.

Inda que per direy to algus veftidos fe achem efpecialméte pro Cap. ptn.
hibidosaos Clérigos, todauia não eftá determinado quaessáo ZrY.íê
°s dequedeúem vzar: mas íflofe deyxa ao arbítrio dos Prelados,» <«"'»<<«
conformandole com os bons culiumes da prouincia, determinem- mjutt.
qual dcue fer o habito clerical: Polo que conformádonos com os ca- J([j*J^
fi
oncs antigos & modernos, & com os curtumes deite Reyno, & cá »«/)«* d
» asConftituiçóes de nollbs predeceíforestdeclaramos que os vcmdos^^j;
& habito clerical de q os C erigos & beneficiados deucm vzar, são, 6.
Veftidos de pano preto que lhe chegue ao colo do pec: & ferão lobas
aradas debayxo das quaes poderáo trazer roupetas curtas que de-
íáoabayxo dos giolhos: & fendo a roupa rupetior,manteo ou lob*
a
berta,traráo debayxo roupeta cerrada ou abotoada que lhe chegue
também ao artelho do pee.
í E poderão trazer o manteo & roupeta de gorgorãovOU chamalo-
te
séagCTasoucajante,ououtro5femelháte,comonaC5ftituiçáoprc»
^dente temos dico: & também poderáo trazer roupetas de chama-
ste com aguas, mas os máteos ou lobas que trouxerem íbbre os ve«
ftidos não poderão fer do tal chamalote.
<í Sobre as lobas poderão trazer capellos as dignidades,Concgoá,oti
beneficiados da See, & os Priores: & Clérigos que fore Doutores ou
Licenciados é Theologia ou Cânones h & os outros Cler igos & be-
neficiados que náoteuerem eftasqualidadcs,as não poderáo trazer,
f E poderão todos & quaes quer Clérigos trazer os colares das rou-
P«as,& mãteos,ou lobas,forrados de qualquer feda razarmas pelas
bordas não poderão trazer feda,fenáo os Cónegos & peíToasContti-
. tuidas em dignidades, & Doutores, ou Licenciados como duo he.
í Não poderáo trazer lobas, manteos, nem roupetas de feda algua
Tituloró'Da"vic[a&
nem é as roupetas, lobas & manteos de pano, chamalote, ou qual-
quer laã3poderão trazer.debrú,barra,ou peftana, ainda q fi ja do mef-
mo pano ou Iaã;né outra algfia g iarnição por £jra,de feda ou linhas.
^ Os gibões ferão brãcosdeolaudaou linho, ou pretos, ou roxos,
ou pardos, & não doutra cor: & poderão Ter de qualquer ftdaraza»
com tal que náo tenhão efpiguilhas, debrum, nem b.irras cortadas
da mefma,ou de outra feda:&nas mangas ou colare>dosgibões não
podarão rrazer peftana cortada nem abanos, ainda que íejáo chio*
da mefma feda ou pano.
<[ Ni cabeça trarão barretes redepJos acuftumados,& não trarão
carapuças de pano ne de dò, ainda que feja per morte de Pay,Mãy,
ou irmáojou qualquer outro parente*& podelos hão trazer ferrados
deq-jalquer feda qquifeté.Poderão trazer pela Cidade, por reíguar
doda calma ou frio,ou a caualo,(ombreyros q ferão de abas compri'
das, & copas redondas, & náo cufcuzeyros, nem quadrados :& pc 1-
les poderão trazer fitas ou cordoes, ou tranças de feda ou rctroz.
^ Não trarão calças imperiaes, nem eítofadas, ne cortadas, ou gol-
peadas, ainda que as tragão debay xo de roupetas ou lobas cerradas»
nem trarão ncllas veidugos,ou debrús, nem torfaes, &efpeguilhas
de feda, ou laãmem trarão em aíguadas roupas, mayormente nas
que (e aparecem ,golpes, lauoress dtbtus, pafíàmanes, ou outros íe*
melhantes lauores. -

H, Os máteos das camiías ferão de fefto fem guarnição detranfwhas,
desfiados, nem rendilhas,nem outrasfemelhantesguarnições: #
nas mangas não trarão abanos algús, poílo que íejáo pequenos,nen»
as ditas guarniçóesrpor todas eftas coufas lhe íerem per dtrcy to pro*
hibidas,& mais conuenientes a toldados íecuiares que peíToas Eccie;
íiafticas.
Ç£m nenhum dos veílidos interiores ou exteriorespederão trazer
guarnição algua de ouro,nem de prata; nem poderão trazer cadef
de ouro ao peLoço, nem fio de pérolas ou aljôfar, demaneyra que ff
1
lhe apareça: nem contas que tenháo eilremos, cu cruz douro: ne.i
em a Cidide ou lugares onde refidirem, nem ainda per can.ii.hc>
P0^**0. ^?c*na? m*0?aneys douro com pedra, né iem ella, lJa°
hotieítidade cios Clérigos? 72
is
dignidades, Cónegos & beneficiados da See, ou Doutores & Li*
«nciados emTheologia ou direyco Canónico, & Priores: & efles
táo poderão trazer mais que hum sô anel.
í Não trarão nas Igrejas ou pela Cidade roupões de cores,faluo pre
t0s
> ou roxos, ou pardos, ou de algúa femelhante cor honefta: & os
r
°upoes que trouxerem nas Igrejas ou pela Cidade não terão cabe*
Ç°« grandes, nem colares mais altos que as roupetas :& não terão
^piguilhas, paíTamanes, nem barras de feda nelles, nem alamares
ou
outras femelhantes guarnições pola parte de fora*
*

Cofiflituiçâo 111 Dos rvejliclas que es Clérigos âeuem trazsfA


quando hremfora da Cidade.

OS Clérigos & beneficiados que forem fora defta Cidade & lu2
gat deíua refidencia,poderáo lauar pelo caminho a caualo ou
a
|*e roupetas abertas & manteos, os quaes ferão pretos, pardos, oti
ío
xos, ou de qualquer cot honefta que cefor me com as íobreditas: &
Roupeta &mãteoferão de tal comprimétoque cubrãoosgiolhos:
Herão leuar fombreyros algua coufa mais pequenos q os q hão de
tr
^er na Cidade t, mas feráo de copa honefta redonda, & não eufeu-
%tos, nem quadrados j & a faldraíeráde bua mão traueflà ao me-,
n
°s,com coidóes, fitas, ou femellas como mais quiferem.Poderão
s
° fco:)brcyrosfer pretos ou pardos côas guarnições da mefma cor:
^bayxo poderão trazer carapuças de qualquer feda, as quaes pode-
rio
também trazer per fuás caías :mas não ferão gualteyras nem de-
fyçáo que o pareçáo. E eftes vertidos afsi curtos pela maney ra fobre
dúa lhe permitimos somente per caminho; mas no lugar de íuas re-
ceias, não poderão trazer, (enão veílidos compridos «tê o arte-
lh
°. E vindo a efta Cidade ou a algíías ddsvillas grandes deite Bif-
Pa<ío a negocear, poderão andar nella três dias có os veílidos de ca-
minho, tnas deiendofe per mais tempo, não poderão mais trazer 08
ditos veft,dos curtos. J 0
í Nenhum Clérigo, ainda que feja per caminho, poderáandar a gi-
esta, nem tra2er feitas guarnecidas
J
de velludo,nena íeda, nem cabe-
° ' " ' ' çadas,
- Titulo i6. Da vida &
çadas,eftribeyras,briclasjGU frcos dourados,nem prateados;netn n»
minas,ou outrasfemelháies guarniçõesdefeda. Em as gualdrapas,*!
íeráo de couro ou pano preto: não poderão trazer barra, né debrum
de feda nem de pano, fenáo hum foo debrum pela bordaj nem fra°'
ja de feda ou linhas.
^ E todos os q contra a prohibieão dos fanftos Cânones & eíía n^'
fa Conftituiçáo, trouxerem algum vertido, guarnição ou peça dotí'
ro, ou de prata, que per ellalhesãodcfeíàs: pela primeyra vez^
for comprendido,alem das penas que per direyto& Conftituiçáoe*
trauagante do fan&o Padre Papa Pio Quinto nofíò Senhor ,encoí'
rermpola primeyra vez,perderáfem remiísáo os veítidosjpeças,*)11
peça que leuar defeza: & pagará dous mil rs, amerade para o Mtf'
0
íinho ou peflba queoacufar,a outra para as obras da noflà Sce:& p '

la fegunda, fendo beneficiado ou pcíToa de qualidade, pagará apc
dobrada:& não fendo beneficiado, nem peflba nobre, alem dos do$
mil fsde pena é que pola primeyra vez encorre,cítará trinta diasc°
s
aljubeíem remiísáo:& fendo a rerceyra vez comprendido,alem w
0
dirás penas pecuniarias,ferá degradado per hú anno fora doBifpad '

Conflituíção 1111. 'Da tonfara <me deueni


trazer os Clérigos.

hLuã TT 0dos os Ben<^iados & Clérigos de ordens facras, & ainda *


fiq.i\ài x. de ordens menores que gozáo de priuilegio clerical, são ckà'
Jm n "l 8ac*os a trazer corPa na "beça, a qual c bemauenturado íàm Pe&0
vc.ckaci príncipe dos Apoílolos, ordenou que trouxefiem por memoria
0
hntjt. Coroa de efpinhos com que Iefu Chriito ncílò Senhor & feluad /
foy coroado,& do reyno que nellc efperamos, & defprezo, ou tctP
ciação dos bens temporaes. E ror que as ordens mayores & íIKR0'
res tem diuerfosgraos,cufiumou íemprea Igreja fazer differença311
trea Coroa dos Sacerdotes & dos Diáconos & Subdiaconos, #afl'
treas deftes & as dos menores: Polo q conformandonos có a diff °'
íjçáo dos fagrados Cânones & cõ o louuauel eufiume dâ Igreja: O?
denamos & mandamos q todos os Sacerdotes tragão fempte cot<>*s
honeftídadedosÇferigõs. ?j
abertas dotamanho do circulo maycr abay*o afsinadot & os Dia^
G
6nos & Subdiaconos do circulo do mco; & os beneficiados que não
teuetem ordens (acras ,& Clérigos menores que conforme a; fan-
^oConciliioTrtdentinogozáodo priuilegio clerical, trarão coroa»
aberta do tamanho do terceyro circulo intey ro: & hús & outros tra-
'áoabatba, ou rapada ánaualhâ, ou cortada reme, ccnfcimeaa
«uftumedelk Reyno & toda Hefpanha t & afsi a coroa como a bar,-,
bafarão de quinze em quinze dias, ou tanto ameudo que femprefc,
veja que trazé coroa aberta mais bayx:vque o outrocabello,ôca baf
tu fey ta.
\ Eoscierigosdeordensfacrasoubeneficiadosquenãotrouxerem J$g«*
c
otoaaberta & barba fey ta pela maney ra fobredita > alem das penas dtviu et
^encorré por direyro,&pelaCõmtuiç>extrauagáredeSixroV.cu JZÍL
a
I íublhncia abayxofc refere,fet ao condenados pola primey ra vez c uif.
^cruzado paraa See & Meyrinho, pola fegunda no dobro, & feráo
Ci
<la hãa das ditas vezes amoeftados q tragáo coroa aber ta & barba
%tacomosão obrigados: & ferido du*s vezes amoeftados.fe forc
t5
o cótumazes,ou dcfctiydados da decécia de leu eftado* lua obi igi
Kq fejão a terceyra vez cóprendidos,ferãd prezosfc eftarão trin-
ta dias no aljube,donde náô fairáofenáocÓ a coroa & barba feytâí
«cale djiTo pagarão quatro cruzados aplicados pela maneyra fobre
dlt
a: & crecendo fua contumácia fe procederá com elle a mayores
Pcnasdcíufpenfão do officio Clerical atee depoíiçãó & deperdetc
Pelomefmo fey to todoá os benefícios & peníóes que teuerem feoi
°utrafeníença conforme adita extrauagante.
S E os Clérigos de ordes menores, que não teuerem benefacioc,mas
COn
torme ao fanto Concilio gozão do ptiuiíegio Clerical, fe foicrn
abados fem o habito & toníura que per dircy to &ncítas Conftitui-
^csdeuem trazer,fcndo três vezes arao:ftados5perdçráo o ditoptj-
l,1,e
gioparanunquamatsvzatdelle: & fe ao tempo que totem pn?-
ic
»^u achados em algum dehao, não andarem emod.to.bbito|j:
l
°niura f pofto que danres não fejão amoeftados, não pode- ãc mije
*aí° gozar do duo priuileg»o:& não lhes damos outra pena,potquá-
to
. podem lodosos Clérigos de ordens menores que não tem benf
Titulo '{& Da vídáSc
r

ficios, renunciar ao priuilceio & habito liuremcntc^


<f E porque algús em menos prezo dohabito Clerical,& para eng*
narem as juíhças feculares, fc fingem Clérigos ou Frades, & temáo
habito & tonfura Clerical ou monacal, fendo leygos:defejando aiifo
prouer mandamos fob pena deexcommunháo, & vinte cruzados*
todos os leygos de qualquer eítado & condição quefejáo,que náo
temem habito nem toníura Clerical,nem de frades,pola qual pare-
dão Clérigos:& fendo mais vezescomprendidos ferio prezos # do
aljube condenados conforme á graueza da culpa.

^E porque fja Santidade ó Papa StttoQmntõnõflò Senhor fc*


hora huaConítituiçáoextrauagáte pela, qual .ncrecenta as penas ao*
Clérigos de ordens facras& beneficiados que andarem fora do ha*
bito & tonfura Clericahpara que venha anoticiade tcdos,& nEo fc
^ofla em algum tempo pretender ignorância, mandamos aqui «4
a
,. ^otcordella?^uchcofcguintc.
\-
honeílidadeclos Clérigos? 74J
Sixms Epifcopus fcruus jeruorum Dei ad
perpetuam rei memoriam*

. SlVM Sacrofanâam Dei Ecclcriam, quã Saluator no


p$4f\k uer^opreciofsimofanguineacqu»fiuit,íponíàmfibi
^WÊ&m elegerit,& nobis liect indignis cuitodicndam tradide-
tu: eidem fine ruga,fine macula, atqj in omnibu* fuis
toembrisplaccntcmconferuaredebcmus, vt in eaomnia ordinata,
cogula diíUn3a,cua£fca ibterius,exteriufquepietatem & dcuotionê
re
dolencia inueniantur, & vc infalibihbus circumamicta varictatib*
V^ctoía in ocuhs íuis apparcat, quantum fauente Deo valemus, ià
^'um múnus cxeqwdecreuimus. Quareanimaducrtétcsquodqui
>n fortem Domini adeiufdem Bcclefiae decus & otnamentum func
v
°catij & cxeo eleriei rlomen confecuti,quiquecenCuecelefiaflico
v
^unt jfingulari aliquo figno à reliquo populo diftingui debent,nec
c
Ui eot um mredici poísit: Quo modo huc intrafli non habens vefle
ni, :
ptialem: & ad hocipfum íolicitudinis noílis obtutus dirigentes,
ne faug lis corú de manu noftra requiratur, cum ingeti cot dis noftrt
^°l-ic muenimus complures fupradi&a Domini íententiaiu fie re-
^fguendos: Nam eot um píer ique Clerieali honorc negleâo, inue-
,D
" us laicalibus incedentes , eo íc mirífico indignos priuilegio red-
^derunt. QuapropterlicetfacfisCanonibuSjConcihjsgeneralib',
^ Apoftohcis conftuutionibus certus citea eorum, qui Clerieali ca-
ra
&ere infigniendi funt, habitú, actatem & alias qualitates fit prsf-
cn
puis mod JS, & contra Cítricos inhabitudeiicali & tonfuranon
,nc
dcntes impofita paena, népe vt gratijs immunitaribus, & alijs
Frloilcgijs clencalibus minimègaudeant.Tamcn cum iniuria tem*
P°rum & forfan dormientibus paftoribus inimicus homo ktifera
trat,fgrcfsionis zizania fuperfeminauerit. Nos proptetea his & alijs
,a
tionabihbus de caufisaddutti,ne quisnimu,fiue paftorum, fiuc
tempotmti indulgentia &impunitate>feuofcitántiacum religionii
dedtcorc,nominis Deicontemptu,& própria? falutisdifpendio de
c
<Eteroabutatur;hac noflra perpetuo valuura conuitutioncpraccipi-
mus & mandamus omnibuà & quibaícunque clericis> non folum in
Tx fatis,
• Tituloió. Da vida & ;
fa:ris,fed etiam inahjs minonbusord nibus conílitutis, & enrica»
tantum tenfura infignitis, & non dum beneficia E cdcíialbca qualia
cunqueetiá fimplicia, nunc & pro rempore cb tinentibus} & inul'J
veladeauis hàbcnubusiverú etiam penfiones íuper quibuíuis íru-
rl
ctibas jTcdcliubus aut prouentibusquarumuis Patriarchaliim',1 "
nutialium, Metropolitanarum, Catbedrahum,& aliarum quarum
cunque Ecclefiarum, feu Abbatialium ,Capitularium, & Conueri*
tualium menfarum; nec non monaíteriorom ^raípGÍuurarumjPr-í'
pofitatuum, Prioratuum, Praeceptoriaturá, Holpitalium, CanoíH*
camum , Pratbendarum, Dignuatum ,Períonatuum, adtninifiraj
tionum,úfHcioruTn ôibcneficiorum quorum cunqueEcclcííaííicoul
fccu!arium,&qaorun uisordinumregularium,feuillorumdifíribu*
tiombus quotidianisac umbus emcluii entis & t buentionibus vni*
uerfis fibi reíeruatas: aut fiu&us ipfos, pra?diauè, aut bona Ecclefia-
fiica loco peníionum fibi afsignato* ,vel afsignata,ex quacunque co
cefsione,feudupeníation: apoíblita,percipiombus etiamconiu-
guis ,praefertimu" idcmclericiconiugati iufla conítitutionem p»*
memotiae Bonifacij Papas O&am prafdeceflbris noftri in Concilia
T^dcntinolnnouatam,p!iullegljsclcricallbusvtivcIlntítamlnRo•
0-
manaCunà dcgenubus,quain extra eam vbilibetgentiumj&l
corum coníhcutis: vt ípíi & eorum quilibet> quantumuis exemp^»
exiflanr, & quanuispriuiIegio,velimniuniiategaudtant,quacun'
que dilatione aut tergiueríauone poíl pofita, debeát omnine,qui $
Vrbe prxíentes. fuerint intra xv. die^qui vero citra motes intra q^a
e
tuormenfes,quideniquevlttamóiesconftitutifunt, intraoclo n *
fes ádiepublicationis praeíentium literarum in Romana Cúria fe<#
cnda?,tonfuram & habitum clericalem,vtíT:es fcilicct talares:aut M*
luesinfradicendi quibuspenfienes ,aliauébona E eclefiaflica reA*'
uata funt, íuae militia; conuenú ntem quacunque remota excuíati^'
li - aíUimere$<: i igirer dcrTerre.lnfuturum non mfiaótuClericis i"*1*
biruclericaii & roníura & Militibus infra diccndisin militariiní"k
tibus, íuac Milmae própria , aut alia quaecunque EccLfiafiica, ctt*&
1
íimphciabemficia ttfpectiueconferantur, aut commendentur fai*
11 1
iones fru&usuê, aui bona Ecclcfiaflica refetuentur. Ahoq "
iploí
honeílidade dos Clérigos. y$
ipíos & ipforum quemlibet,qui quo ad gefíandum habitum clericâ-
lem & militaré íupra diãt)m,lapfohuiuímodi tempore eorum vni-
cuiq-,vt fupra diftum eftjpracfixo noftris huiufmodi prarcepto & mã-
daco,nunc&inpoftcrum perpetuis futuris tcmponbus cum efíedu
nonobediuerint, prócer aliaspacnascótraeosinfliaasetiamquibuí
cunqueílignitaubus adminiftxatiombus, officijs ,Canonicaubus &
pra;bendis,ac beneíícijs etiam fimplicibus & praeílimonijs, per eorú
^uemlibetin Tirulum,Comendam,velaliáspro tempore obtentis;'
n
ecnonpenfionibus &fru&ibusac prsedijs bonifque Ecdcíiafticis,
n
>»ufmodiquocunquemodoex referuatis v<lre{etuandis,omniquci
iure fibi ineis, vclacbaquomodolibet çompetenti ,harúm ferieex
c
crtanoftra ícientia,deqjeapofto!icac poteílatisplenitudire praia
ni
us:ac fine vila alia monitione, cttatione, iudicisdecreto,auc mini
fterio ipfo faâo prmatos d:claramus. Ac tam beneficia ipfa per pri-
Uitionem huiufmodi vacare, & libere alijs confcrripoíTe,quam çti-
a
fiipenfionescaíTatas,extinílaseíTe &fore,ac fru&uum veíaliarutn
r
crum refcruaticné ceíTarc,& quenquam vlteriusad illotum folutio-
e
° m minimé teneri, &obnon foi attonécenfuras, & paenasâliqqas|
^icurrere non poííe,nec dsberedecernimusiipfasq;dignitates,per~
fyaatus, admimftrationcs, oificia, nec non Canoniçatus & prajben*
^S & beneficia fie pro tempotevacantia,collationi &d;fpofitioni
^oltrsE & Romani Ponuficis pro tempore ex tinòtis, perpetuo refer-
Ua
tnus,ftatuentes fie in praemifsis vniuetfis & fíngulis,per quofeun-r
íjUe iudices & ComUTatios, etiam Caufarum Palatij Apoftolici Au*
afores & S. R. E.Cardinales,fublata eis & eorum cuiíibet, quanui?
f^ter iudicandi & intetpretandi faculta te in quauis caufa & inftantia
u
' dicare ôcdiffiniridebcre^necnon irritum & inane quicquidfccuí
%>er his',àquoquam quauis autoritatefeienter vel ignoranter cõ-
l,
gvritatentari.
^sterum Milites quarumuis'Militiarumfub regula aliqua appro^
^tacanonicèindicutatum, VflaliasRomanasCuriaíOfficiaks.qui
non vti clerici,fed pottus tanquam milites iuíla priuilegia & diípen-
ktienes apoílohcas eis ingenere, vel in ípecie per nos aut pradeccírp
íesnoatos n3minatimcóceflà,& fub fdclici* recordatjom* Pij Papar
■ - — ' " ~ Qjjinti
Titulo 16. Da vida &
Quinti praedeceflbris noftriconuitutionc^uaeincipít, Sacrofan*
«5tuinetcxt.huiufmodipriuilegioium forfanceuocatoria >minirnè
coirurarhenía, beneficia Miluiaequam profeGi íunt regularia cbtí-
flenti feu pcnfiones íuper quibuluisfru&ibus,redditibu!>, & ptoué-
tibus, Eccleíiafticis etiam prardi&arum Ecdeíiarum, & bcoeficiorú
íecularium, aut fru&us ipíbs fibi referuatos peteipiunt: aur obtive-
bunt, vc\ percipient infuturumt fiue clericali caratter e infigniti finr,
fiucnoníint. Q^ui vcrocleriafuntctiamííabinitio temporerefer-
f
uationtspenGonun^feu fiu&uumhuiu modi regularem habmun
fiondum fufceperin1:, nec militijs cfficiott. Romana; Cv\ ik aícripú
fuerinr, Icd poft fa&as eorum cuique rcferuationes ame vel pcít pu-
blicationem praiftntis conftiíuticnis Milites cfteâiextitennt, lub
pfsrcepto& mandato prt f.tis de habuu & toníura clcrrcali d,1^-
rendis^olumuscomprihendúfedhispermittimuSjVtregulariha-
bitu Miliriae,quam profefsi funt, conuenienti, vel fi ipfi Miíucs» Ro-
manaeCuriae oíficiales fucrint,qutpenfiones,aotfru£tu$,aliauèpríe
diaàutbonaEcclcííauica exdiípenfationefcu priuilegio apoílolico
percipient habitu millitariíuprafcripto jalicuiuscenCuraíjVel parní
Ecclefiafticaeincurruvtivalcantt&nihilominustam beneficia fu#
miluixregulariarerincant,quam etiam penfienes íuper Eccleíiaru
&beneficiorumpradi&orumeti:m íecularium fruótibus fcubona»
vel fru&us prasfatos fibipro temporcreferuatos percipiant .Nóob'
ftantibus conítítutionibus,& ordinatiombus apoftolicis, nec non có
fuetudinibus etiam longifsitríO & immcmoriabili terr.poteobferua
tis,qus abufus & corruptela potmsccfcnddeíuntipriuilfgijsquoty
induitis&literisapottoíicisquorumcuncjuc tenorum exiitant ,qu#
omnia noiumus cuiquam aduei fus pra:nuflà in aliquo íuffragan.
Mandamus veto vniuerfis Cfingulís venerabilibus fcacribus no-
fuisPatriarchis, Archiepifccpis,&alijspa:lati5.2c locorumcicJi"
£:
narijsJvtiníuisqui}qiEcclefi)sciuita<ibus&dia:ccfibuscur(nipí' "
fenteslucras,earumqueexen ) pia publica ri,& inuiclata cbíciuar*
u
Et nequis pra?fcruium litetarum ignorantia íè vàlea t excúfare, f *
bemusillas adualoasBífilicanifanctiIcannis larerar.cnfis,& Pr'°"
dpisapoftoíorum de Vibe, & inacie campi Fiorae,& in Çanccllari*
ííoneílídadeJosQerígòsr 76
apoftclica affigi & publicari , earumque exempla inibi aflixarclin-
Sui»&deindemeadem Cancellaria apoflolica in libroQuinterno
áppelato inter cseteras conftitutiones perpetuas deferibi, & regiftra-j
ri
« Decerncntes publicatienem in Baèlicis prxfatis, & in acic Cam-
P* Hora; faciendam, póftlapfum temporis fuperiusprxfixi, vnum*
S^nqúe atftare & afticere per indeac fi ipfe prafétes liter x íingulis
Ê^ifonisprarfatis petfonaluer intimats fuiíTentiVoIumus quoque
brandem pr*fentium tranfumptis, eiiam impreíns ,Notatij pu^
^»ciníanurubfctiptis,&figi!lopetfonaeindignitatecccIefiaflicac5
ruturse obf gnatis, plenam & indubitatam fidem in iudicio & extra
^Kibei^qiJáeipíisorigínahbusadhibereturjfiíorentcxhitaevcloí-
tcnr$.Mullier?oorrtninohominumliccathanc paginam nofttotú
Prsecepti mandatorum, priuationis decretorum, rcleruarionis (tatu
k l
uti,volumatum prsmif>ionis,& iufsionis inftingere,vel ei aufu te*
II)
eraiiocontraite.Siquisautcmhocattcntarepra.fumpíetit,indig-
"ationem omnipotentisDei,acbeatorumP«ri--«tPaõliapoftolorá
ci
«sfe nouerit incutfurú. DatúRoma:apudSandú Pettii Annoin-
^nationisDommic* MillefimoQuingcntcfimcrO£tuagçfimo cc
?auo;Quinto ldusIanuarij,Pontificatasnoftti Anno (Quarto.

E.Card.rrodat»
lo. Ang. Papius^
Regifttata apud Io. Angclum Secretarium.
A.deAlexijs.
An
no aNatiuitateDomini Millcfimo Quingenteíimo oauag^
fl
«Jo nooo, indiaione fecunda ,die veto decima oftaua Mentis
^nuat^Pontificatus fanáiÍMmi inChriao Patiis & Dninoílri D.
Six
t» diuina prouidencia Paps V i Anno cius quarto,Retrofcripis
taraf-apoftolícsaffixx & publicais fuetunt in valuis Bafilicarum
íaníti loannis Lateranenfis, & lanai Petti Principis apoftoloium de
Vr
be> nec non Cancellaris apoftelies, &acie campi Flors, vt mo-
"seftjper nos Hicronymú Lucium,8do. Baptiftam Bagni $. D.N.
Ça
P*Cutíbres.
Alexand.ParabiacliusMag.Curf.
r
"' ■";* (Ç Alubflancu
Tituloi?. Dós Beneficiados de
% AfubftãciadeftaConftituição hc,que todos os Clérigosdeorde*
íâcras ou menores, ou da primeyra tonfura > & ainda caiados, que
conformcaConíhtuiçãode Bonifácio Ottauo gozáo do priuiltg^
clerical^ todos osque teuerem quaefquerbeneficiosEcclefialhcoS
ou penlõesrereruadasfobreellcsjtragao tontura &habuo ciei kaU
que hs veftido comprido & honefto,que chegue aos artelhos ou pey*
to do peei &andando fura do dito habito & tonfura , aíem das penas
que pelos cânones antigos encerrem, polo mefmo feyro,íem efpc-
rar outra fenrença condenatória> & fem outra aIgua citação»nem
amoeftação, decreto ou miniíkrio de luiz, fiquem ipfo facto priu-i'
dos d? quaefquer benefícios que teuerem>& todas as penfões que ou*
«eré,fique logo cafladas,& os. benefícios (cbt eq fáo poflas, heres, #
osq as pagão abfoljtos&defobrigados delias, & não encorrãoefl»
ceníuras polas não pagar :& o* benefícios que per efte caio vagara
fiquem reíeruados a See apoftolica. E os foldados ou caualeyros àt
algúa das mil cias aprouadas,como fáo nefte Rey no a deChtillo,Sa*
ôiago, & de Auiz, & os de iam Ioão, de fantto Eftcuáo, & de lat»

Lourenço, & Outros femelham es, feráo obrigadosa trazer o habi
difuatmUcia :& nãootrazendo,petderáo polo n.efmomodoesbc
tieficics regulares, ou pençóes que per razão da milícia teuerem. £
da publicação da dita coníii tuicão em diante, fenão dem benefie i :>•<>
nem pencóes, (ênáo aos que andarem em habito & tonfura clerical»
nem benefícios ou pençóes militares,fenão aos que trouxerem o h?
buo da miliciâ.
^"E depois declarou o mefmo fanto Padre peroutra fua eonítituí'
$áo,queos que teuerem pençóes que não chegarem a felTenta cruz*"
dosdeCamera,queíáottintamilrsda noíTa moeda pouco mais o$
menos não fejáo obrigados a andar em habito & tôíura; mas sen>?
te os Clérigos que teuerem penfões que cheguem á dita cc ntia. í,
l[ E porque fe pode duuidar fe encorté é as penas da ditaCc nftW
ção os Clengos& beneficiados, &penfionarios que rrazé qualquCf
1
dasreupas & vcftidos perdireyto& pornoirasConftitui^cespick '
dos: Conformandonos com as palauras da mefmaConftmuçsc» ^
viftofer penal, declaramos que nas penas delia encoircmsôix:cPtC
honeftidade dós Clérigos. yj
os que não trazem tonfura, & os que não trouxerem habito com-
prido, roupeta fie manteo,ou loba, atee os artelhos, como neiíafe
declara: & os que trazendo tonfura&veítidos exteriores & com-
pridos atee o pey to do pee, trouxerem algús dos veftidos, ou bar2
ras,oucoufasperdireyto &eíUs noflàs Conftitucões prohibidas^1
encorreráo nas penas per ellas declaradas, & nas mais que per di-'
ícytolhçsfaopoflas;

Lonltituicao, v. Que es Clérigos nao curem nem <vzem


ae Medicina ou Cirurgia.

C Omõs informado que neííenoiToBifpado algús Clérigos cõ


^ pretextodecaridadecontraaprohibiçãodosCanoncs,vzãode C.xtf. 4
Medicina & cirurgia: Polo que mandamos que nenhú Clérigo de '^tlmt
qualquer citado ou qualidade que feja vze de medicina,ou cirurgia, !
«em mande fangrar ou purgar,ncm mande cortar membro ou par
Je ddle, nem per fi o corte, ou fágre: & qualquer que contra a proi
«ibiçáodedireyio,&eaaConftituição,dâpublicaçãodelIa em dii
at
»c, mandar fangrar, ou purgar, ou mandar cortar membro}
Ou parte dclle,ou per fimefmoofizenécorrerápelomefmofeyto c
f
«ntença de excomunhão mayor: & pagar àdous mil rs gaoMeyS
.r,nho, & obras pias: & fera amoeílado,quc mais o não faça: & po'
la
íegúda vez fera prezo & do Aljube giauemete cailigado. E os q
fctn fazer coufa algúa das íbbrcditas, enílnarem algú remédio de q
lct
Jbáo experiência graciofamentc,com charidade,não encorrerão
ha
s ditas penas: mas fe por iflb icuarem dinhey ro, ou fc fezerc ni-
j^os, feráo caftigados fegundo a qualidade da culpa.'"
1
T E íbb as meímas pena», lhes mandamos q nãocuçao medicina
ncm ley s, para fe auerem de agraduar nellas,nê facão curfo em qual
^Uc
ltc
rdasditasfacuIdades,31cys,oumedicina,porlhcferdefezopor
yto: porem não lhes prohibimos, ouuirem alguas lições de leyj

ouuic
I

Título. 6. Da vicia &


oúuir aos Canoniftas, &iegiftas, vifto como he neceffario para fuá
damentoda fcicnciadc Canon es que profeísão.
t l

fConflituicáo. VI. Que os Clérigos nâà


/r4?40 armas.

c eorme. ,^ Qr ue as armas jos clérigos deué ícr lagrimas & orações,pro


mor. cxlt \Jt \ «-> „ r n 1 J
r/ct c««» 1 hibioíempreodireytoqueasnaotrouxeikrmPolo queorde-
J
cl'dlít namos & mandamos que todos os Clérigos de ordés facras, & Be
crbtneji* neficiados, & os mais qtie gozão do priuilegio clerical, não wagao
armas oíFenfwas, né defenfiuas,dequalquerfeyçáofcqualidadeq
fejáo: netn trarão facas compridas que íetuem maispara ferir & da
nàr cõellas, que paraovzo neceffario: mas poderão trazer hua ou
duasfacas curtas gafeu vzo,asquaes não leuaiãoá Igreja nè ao cho
ro quandoforem dizer Mina, ou celebrar os diuinos officios. Poré;
quando andarem caminho Iouge da Cidade ou lugar de fua refiden
cia, lhes permittimos que pofsãoleuarhúaefpada ou outra feme-
Ihante arma para fegurança de fuás pefioas. B fc algu Clérigo fe te-
mer de alguapcíToapoderofa, ou qualquer outra, de maneyra q ga
fua defeofáo & fcguráça lhe feja neceíTario trazer armas offcnfiua*
tilei. &defcnfiuas,nosfarápetição,anôs,oufendonósaufétes ao no(To
Viga yro, na qualxleclarará a caufa que tem de fe temer,cV juft ifica^
doa fufficientemente,lhe daremos licença para que polTa trazer a?
armas que lhe foré neceffatias: a qual licença poilo que lhe feja dada
fem limitação de tépo, lhe não durará mais que quatro mezes: paf'
fado s os quaes,fe ainda lhe durar a caufa,nolo fará a faber para ljje
prorogarmos a licença por mais tempo, ou lhe darmos outra de
nouo, ou prouermos per outro modo.
s
ff E os Clérigos que cótra efta noíía Conftítuição trouxeré arm3 >
áue per ella & per direy to lhes fáo defezas,íèndo có cilas achados»
e
as perderãO,& pagarão pela primeyra vez quatro cetos rs para a í>
& Mey rinho,& pola fegunda encorreráo em pena dobrada:& poIa
0
terceyra,alem da pena pecuniária, em tresdobro, & perdiment
das armas, íerão prezos, fc eftarlono Aljube oy to dias: & íe°d
Iionèftidade dos Clérigos 78
toais vezes achados, fc procedera contra elles a mayores penas, fe-
gundo a qualidade da culpa, & contumácia: fie fe depois de amoeflâ
dos três vezes, forem em a mefma culpa comptendidos, aueráoas
roais penas que per direy to merecerem.
5 E porque acótefe muy tas vezes ferem os Cleriguos achados peks ?«* <*• to
juftiças fceulares, fie feus miniftros denoy te,ou de dia com armas,os 4, c.i.
quaes lhas tomão, fie ainda os prendem com cilas, & fe pode duui-
dar fe ifto he licito: conformandonos com o dercy to fie mais recebi- 9^£
daopiniãodosdoutores,Ordenamos,fie mandamos que fendo algu mm de'
Clerigoachado pelos miniftros da Iuftiçafeculat com quacs quer ar/^ j"^*
ttias depois de corrido o fmoa tempo que geralmente ião polas leys à* Couaf.
^oReyno defezasa todas as peflbas,ou fendo achado de dia com ar- mm£il'
toasquenem aos leygosfe permitem, ou nasfeyras, fie afifougues,
onde (ao outro fi a todos defezas,que em taescafososMey rinhos fie
íniniftros da Iaftiça feculares lhaspofsãotomar fédolhe julgadas per
ooíTos offieiaes: mas não os poderão por iflb prender nem leuar as
juftiças feculares para que os condenem em penaalgúa: nem ainda
^poderão demandar, nêacufar osditoioffieiaes feculares diante exc$fq.
<ienós, ou noífoVigayro polas penas ciuis, ou crimes que por cfta JJ;J;J*J
Conftituição lhes fáopoftas, por trazeré as ditas armasdefezas: por ufiibm»
<}«ceftaaccufação8e pena pertence fomente ao neflb Meyrinho fie
Miniftros Ecclefiafticos.
% Mas fe algú Clérigo for achado com armas de dia ues^uefcjão
permitidas aos leygos, fie fomente defecas aos Clérigos: por quan-
t
Oneftecafonão offende a republica fecular,nem vão contra as leys
^0 Reyno,que defendem geralmente as armas em certos tempos,fie
tagares,ou certas armas: mas of&ndem fomente á honeftidade cleri-
cal fie defencia de íèu eftado, fie vão contra os Sagrados Cânones Se
noflasConftituições, não poderão os Mey rinhos feculares, cm tal
cafotomarlhe as armas, que aos leygos não forem defezas, nem de-
^andalospor elías: mas iíto pertencerá fómétc ao noíío Meyrinho.

ÇonfUtuiçâo Vil.Que os Clérigos nãotragâopifloletes,ou


~ arcabuzfs:mm atirem commumçao*
V* Pot
Título, 16. Davidí?&
POr quanto a experiência tê mofírado,osarcabuze3pequenoí
a que chamâo Piílolcces/ercm muy pttjudiciaes & pcrigozos;
& pot eíh razão as !ey s fceulares com graues penas os defendem, cO
omnul ma*s raz^° ^ ^*u^ prohibir ás peflbas Eccleíiamcas, que por rizáo
rit.&fo defeueíiadodeucmeuitarnão íòmenteascoufasmas,mas ainda a*
que tem qualquer perigo ou efpecie demahPoloqeftreyrarncteniá
c
dimosatodososClerigoj de qualquer dignidjde, ou condirão qu
fejáo: que nlo traga D arcabuzes na Cidade nem fora delia, nem p«f
caminho, ou qualquer patte, q não íejáo ao menos de douspalmo*
decomptimento: & fazendo o cõtrayro, fendo achados, feráopcfo
primcyra vez condenados em dous mil rs íem remifsáo: & perderão
o arcabuz para o noíTo mcyrinho, & pola fegunda vez dobrada *
pena, pola terceyra ferão prezos & aueráo as mais penas, que â noS
ounouo Vigayroparecer.
^"E eftasmefoias penas auerão os que atirarem com munição, oií
a trouxerem juntamente com efpingatdi, ouatcabnz, ainda aae
feja para tirar ácaça, por quantoifto he aos Ieygo geralmente pr0
hibrdo pelas leys do Reyno, nas quaes nos hc encomendado que a
mefraa prohibição façamos aos Clérigos & peflbas Ecclefialticaí
noflbs fiíbditos.
Ç E o noíTo Meyrinho & offíciaes ferãomuy to dilrgcntes cm vigíi
ar aos Cler gos que trazem as armas, & arcabuzes, & munição, qu«
per cila Conftituiçáo lhe defendemos, & lha3 tomarão & faráo con-
denar nas penas: & ferão auifados que nao d.f>imulcm com algum»
nem façao cem eiles concerto antes de lhe fer a pena julgada: poiqu*
fazendoo, & fendolhe prouado, pela primcyra vez enccrrcrcc c&
fufpençáo de feu officio atee noflà mercê, & pela fegunda o perderáo
em rcrmisao.
■— v_— ~

Çoujlituiçâo. VIU. Dos Clérigos que arráficâo ou ferem nà


C.ixJdu Cidade,ou Inçar deíua refidencia, ou fora delle.
ttonAfos.
r
uo. c.mc TJ E tao indecente â vida & profifsao dos Eccleíiafíicos ferem b *';
liTífq' "g°f°sj & âchare»)fc cm brigas & ferimentos, q com rezãode-i
uco?
lióneílidade dos Clérigos j?
uem fcr por iflo maisgrauementecaftigados que osleygos:Po!o que
mar damos Que le algum Clérigo arrancar arma para com ellama-
tar,cu ferir algum,ainda que não mate nem fira , alé de perder a ar-
8%fej.4 condenado em mil rs, a metade para nofíb Meyrinho cu a
peflba que o accuíar, & a outra para obras pias. E fe arrancar na pra- %
ih ou feyra,ou (cmelhante lugar publico,terá a pena dobrada: & ar-
rancandona |greja,procif:>ão, em cafa do Prelado, ou do noíTo Pro-
UÍfoT,ou Vigayro geral, ou qualquer dos noflbs Defembargadores,
°u Vifuadorçs, íerá condenado em hum marco de prata aplicado
^amaneyra febre dirá, & dlaú trinta dias no aljube femremifsão:
porem fe ferir, cu efpancar, ou injuriar alguém, auetáo asmais pen-
as qjc per direyco merecerem.

ConfitMicâoIX.Que os Clérigos\nÔ>o facão dejtfosy

POr qua nto os fagrados Canone^mayormente o ConcilioTri- c^ lJe-


dentino defendem eftreytamtte es defafios públicos, potidope f$fy
n
a de excomunhão ipfo fa&o, & perpetua infâmia, & priuaçáo dos /,«£.,« dú
^ns,aos que pelejáo em deíafio, & aos padrinhos: fcaosfenhores té^*^;
P°raes que em fuás rerras, & lugares de fua jurdiçáopermitirem fortftrmti
'aes deíafio s, alem da excommunhãoipfofa£to, os ptiua dodomi-19'
^o & jurd-çáo que nos taes lugares teuerem da Igreja: & aos que no
^'afio morrerem priua da fepultura Ecclefiaftica: & os que derem
9
taes d, 0.ÍÍOS confelho,fauor,ou ajuda,& aos que os vire & fe acha*
^QI prefentes impõem a mefma pena de excommunháo: & cont
^ais razão as duas proibições, & penas deuem auer lugar nosCle-
ri
8°s & peíToasEcclcfiafticasiDefendemos efireytamente a todos o$
trigos ,ou beneficiados de noíTo Bifpado,& quaefquer pcífoas á
%ffa junfdiçã o Ecclefiaftica fogey tas ,q não façáo defafios, né OS
ZCz
ytem,nem fay ão a elles, nem dem a iíío ajuda, confelho,nem fa-
q r
° > nem fejáo medianey ros,nem padrinhos,ncm fe achem preíen-
tçs :
&osqueoconttayrofezerem alem das penas que por direytò
^ ConcihoTridentino encorrem, ferão ptezos & degradados por
hum
Titulo 16. Da vida &
hum anno,para Africa.
^ E os que fem defafio formal ameaçarem publicamente alguém
para o auerem de maiar,ou ferir,ou efpancar, ou injuriar, ainda que
?■ . o não façáo,pagaráo do aljube mil rs; & fendo beneficiados
See, ou Priores, ou pelToas conftituidas cm dignidade,ou de ral qua-
lidade que deuáofer releuados do aljubc,aueráo a pena pecuniária do
brada.

Conjlituição X Que os Clérigos nãofejão ]uizsi>


nem tahdliães. nem unhão outros (e-
melhantes officios (ecuUres

c.thrici T) Or direyto Canónico he prohibido aos Clérigos terem offici'


bòntji'■** •*• c'os feeular.es, pelo que defendemos a todos os Clérigos, & pe£
d/>.v/«- íoas Eccleíiamcas,que não fejáo Iuizesnem miniftrosdasiuftiças fc-
tkr. >í/ calares mayormenre cm calos cnmes,nem tenhao orneio de tabauV
Tiwdtrn *cs Pu^ncoá >ncm efcriuaes do judicial, ou dantre os Corregedores
tit. in 6. ou outras juft iças fecularcs •, nem aualiadores públicos, nem exerci-
tem outroalgum officio fecular. E fazendo o contray ro, fendo Ck"
rigos de ordens facras,pola pr imeyra vez, alem de perderem os taes
officios,pagarão vinte cruzados,& pola fegunda ferão fufpenfos das
ordens pelo tempo que a nós ou noífo Vigayro parecer, pela tercey
raperderão pelo mefmofeyto os benefícios qiiç teuerem. Efencfa
Clérigos de ordens menores beneficiados, aueráo as mefmas penas?
mas fendo sômctc de ordens menores que não tenhãò afgum bene-
ficio EcdefiaíHco mas gozem somente do priuilegio clerical, fefl'
dõlhe prouadoqueexercitãoalgum dos ditos officiospelo mefriio
fcy ro perderão o tal priuilegio.
ftf^ff' í ^ fe algum Clérigo foceder em algum morgado que tenha jurdí'
tem
\M*£ &° poraI, ou cm algum eftado femelhante, ou lhe for dado por
c!!s°m ClRey ouPcír°aque^no poíradar,i]áoferuirápcflbalmentede I"»21
dedtrMl nem ouuidor mayormente nos cafos crimes,mas terá Iuiz ou ouui*
wngb. doraquemcomctaajurdi^otemporaljporafsiferconformeadi-
reyto.
Confli
hôneftidade dos Clérigos 8o
Cmfktmção i/.£»«" cle"é<" "^ ti".
ttgmi<s,tumrwdtyros.

T) Orfct defezo em ditcy to aos Clérigos & beneficiados fcrtm ne Ç*^


1 goceadotes, rega,6es, ou tendey.os, por ferem cfles tratosa- £**
iodai» leygospengofe.,&aosClérigos mdecentes, queTcdun- jt
dão em grande vuupeno dacrdet» & eftado^cclefiaíhco: Manda- *.*.
mos.que nenhum C lc«igo ou bencficado deftenoflb B.todoto-
me renda atoúa hora feja benéfico ou 1 gre,a, hora íe)a renda fecu ar,
amda que anão arrecade per li -, nem a.nda a tomara para trelpaffat
rm ouírem, nem per mrerpofira peffoa: nem comprara pao v.nho
ouaZey,e)hnhacaouou..aqual4uerdeftascculasp3raver.derque
>f>ilhe defendemos. Eauemososarrendaméros,que als.lb.es tczere
de rkas EccUfiaílicas.po, nullos.&pag.ráo pola pr.mcyra vezdez
cruzados para a SeeK Mey.inho,& polalcguada odobrodoal-
jube, & nota terceyraferãop.ezos «e calr-gado, e„> mayores penas
a.« tisãodeíeusben.fic.os.fcfolpenlác, do^f"^
dopLeyto rres vezes amoedado,, & naofcque.endoemendar.
^ E polo Lfmo modo defendemos aos fcbred.tos que naodem dl
i.hCyroal,úa mercadoresou rratames.ou quaefqueroutraspeíToas
a peida & ao gmho-.por q mda q .«o,fazédo!e como deue fe,a hc.ro
aosleygoS: aos clérigos he couia indecenre & chea de ccb.da . E fe
amda o derem per couía cerra cada hum anno.ou por qualquer m»
doUuratemocabedal)ficaotalccntrato.lic.ioícvzurar.o>co .
molremo. no titulo das onzenas. Eos que deremdmheyrod-
E'.aperda&ganho,polaprimeyravezp»garaodezcr«zadoSipoU
^gunda poderão a tercey,ra pattedo dinheyto^que ais, detém pata
4fta, L obras pias, fegundo o arbítrio dos PreUdos: & pola ter.
«) ra perderão rodo o dmhey ro que afs. reuerem dado. E |fto fe co-
"nde.à nos que depois da publicação delta noflaCon(htu,cao o (o-
*«em: & fob as mefmas penas lhes defendemos que nao vendao n*
tandem vender vinhoaos quarrilhos com tamo aporra.
rcfiimiçMXU.gíui osClmgosrm promrtm.tum <m>-
' guem,mmMcmpa»hcmm<>!birij. 'CnU-
yv .-'*»•
Titulo1(5. Da vída âc
fSSj A S IeyS imPcnâcs defendem aos caualey ros & foldados que náo
X 1. procure nem auoguem > por parecero tal officio indigno da
, nobreza militar, & que com ella íe náo compadece: & os fagrados
cânones iflb meímo defendem aos clérigos que náo fejáo procurado
res, íolicitadorcs, nem auogados j afsi por fer ifto ao cftado clerical
indecente, como polo impedimento que fazem femelhantes oceupa
• çóes ao minifterioEcclefiafticoa que (ao dedicados: Polo queprohi-
bimos âos Clérigos & pelToas Ecclefiafticas, que náo fejáo procura-
dores,foIicitadorcs5nem auogados de ptflba algúa,ou comunidade,
no juízo fecular,ainda que digáo que o tazem de graça; faluo fe ofo-
$kZ rcm ácffs Pobrcs> v;uuas > orfáos, °" peífoas miícraueys, porque
? ràv & uoga r em Ucr ]uh0
tS£ %^t^*^° T ( / ^ >
^.^í.^S^Ç^P^^^^e^osi&aísipoderáoprocurar&auogarpof
|.j c...couíasfuasoudefuas Igrejas, ou daquellas donde forem curas.
f E os que forem de ordens lacras ou teucrcmbeneficios,náo pode-
rão pelo mefmo modo fer procuradores nem auogados no juizoEc-
clefiaftico,faluonoscafos fobredi:os,ou nascaufas dosBifpos ou
Prelados, onde outras peíToas Fcclcfiafticas com que viuerem.
f Eos que contra forma defla Conftitmção procurarem ou auoea-
rcm:pola primeyra vez pagarão quinhentos rs:&pola fegunda o do
bro;&pola terceyra feráo condenados nas mais penas que merecerc
fegundo fua contumácia^ fendo três vezes am oeftados & náo que-
rendo dcfiítir lerão prezos, & gfauemente caíbgados.
f Eafsi defendemos a todos os Clérigos de ordés farras ou benefi-
ciados que náo acompanhe pélacidade molheres aigúas,pofto que
fejao nobres, ou fenhoras com que vmáo, por iílo ler prohibido per
dircyto & Concilio prouincial: Porem indo cilas fora da Cidade,ou
a cauallo.as poderão acompanhara os quefezerem o conrrayrop*
garao mil rs para o Mcy rinho & obras pias: & na mefma pena en-
correrão os que acompanhare molheres fuás parentas em qualquer
grão, íaluo lendo Mães ou Irmáas.
f E outro fi lhes prohibimos, que não vão ao juizofecular, nem di-
ante dealgu officialou miniftto da juiliça fecular,a dar tefíemunho
algum, nem tomar outro juramento, nem o dem em negocio que fe
trate
honeílidadedos Clérigos. Jfr
^atenodico juizo ícni nona iicenfa, ou do nofib Vigayro': o quaj
^«que linde, verá os artigos aque querem dar o Clérigo por
\ ^munha. E achandofe que fâo meraméte ciueis, & que dellcs fe
^°podefcguiracciifaçãocrime, nempenadefangue, lha dará}&
0ti
tramaneyra não: & ecííemunhando algum em caufaquefe tra
* ao juízo íecular, ou cm deuaíTa q por oíHcial fecular fe tire paga-
Rttil rsparaaScc &Mcyrinho:& fendo a caufá crime».aucràas
"^s penas que perdireyto merecer.
l Ealii íob a meíma pena lhe prohibimosq não fejáo fiadores, car- L.x. fj
cr
cytosde lcygosameasluíticasfccularcs, né fe obriguem a a-*""caIH1101$
mi

™ cr>tar alguém no dito juízo , nem para fer algu folto íòbre fían* *»'• **•
*«Parque alem de per direy to não poderem fazer femclhante fian- gSJ*
, aoco nucm< uc orc a
f" , I P ft viafiqucm obrigados àjuftiça f.culárV^
i Outro fi defendemos a todos os clérigos do fcoflb Bifpado, qnãd
jCcufein JCygo algum no juizo fecular como peflba do pouo; mas
^ente o poderam fazer com as protcíhçóes deusas, quan- ^'tíZS
^profeguirem injuria quefeja feytaa elles,ou a algum feU parente &%?£
C,ltt
c o no íegundo grão: porque efta mefma prohibição tem os fe * ^Jja
^ates,para não poderéaccuíar os clérigos. Poderão toda via aceu ttfdí
y^l-\ua Icygo no juizo Ecclcfiaftico por crimede hercfia, ou *«ifcí*
J
^' cniia,o'uoutrofemelhanreque tenha cometido contra âloiji
*£rcJa:&oqueocontrayro feZer cncorrtrácm pena de íufpençáo
\T[t}$^efes,* mil rspara oMcyrinho &ebras pias. E eiiapro*
J V-o aucrá fomente lugar nos queaceufáo; masnão nosq.iede«
n
^ cIarcm em vifuaçáo &deuaíTa gerahitada pernos, ou noflb*
^ S?c?; porq neíles cafos podem & dcuem os clérigos Iiureméte
. t'$ que Couberem na forma que per direy to & noites Cohftitui*
^^determinado. ' '

C rvodasiMmrvão adias * '{''■'',


°V S A abominauel & infame he a todos oSeftadosdehomés
nadarem pelas tauernas, & fcçé jograes, temifjti>ffi'és aowfr
" ~ X ' t&y,
Titulo i6. Da vida &
t.cttriM- ngõY,cuja vida & honeítidade dcue fer aoslcygos exemplo.
ílntftUt. ^ po^°4 eftrcytamcmc defendemos, que Çlcrigo algum de ordí»
»*««<, facras ou Beneficiado não lute dcfpido cm lugar algum publico, o,J
íl(íevjí. qualquer outroondefejaviftodelcygosj nem bayle, ou dance crt
trbontjh publico, nem feja figura em algum auto ou força, pofío que vá effl'
mafearado ou embufado, nem tome mafeara em cafa algú.i> né v*
cõella a touros ou feitas, nem em juftas, torneos, cu canas, oo oií'
tros femelhantes jogos & feftas publicas,o que íômcntc Te pernii'f
aosfeculares: nem fe viftáoem trajos demolheres, ou outros cà'
honeftos para coito ellcs fazerem rir. E o que tezer qualquer das c<*»
fas fobreaitas, fendo peíloa confiituida em dignidade, ou benéfica
do da nofla Séc, ou Prior, pagará por cada vez quatro mil rs paraJ
See&Meyrinho:& fendo muytas vezes comprendido fera pof W
prezo & condenado nas mais penas que per dircy to merecer.
^ E afsi lhe defendemos que náo entrem em tauernasa comer &
l,<
Íí Sr beber, faluo andando caminho em lugar óde náo tenháo outra po
btmjiét. fafó conuenienre: & que fcjão temperados no comer & beber co &
feu eftado requere: & fazendo o contray ro, polaprimeyra vez?*'
garáomil rs aplicados pela mancyrafobrcditâl & fendo mais ^
zes comprendidos fe lhesacrefentaráo as penas do Aljube, & fo*
ferapreamocltados que fe apartem & emendem do tal vicio; B.
depois de amoedados três vezes fenáo emendarem feráo prezo*
condenados nas penas que pet dircy to lhe ião poífes.
J
4[ E outro (i lhe defendemos que náo íàçáo em lua cafa vodas, » '
fe for de hirmaá ou fobrinha que tenháo a feu cargo, né vão a cllA'

Côfifítuiçâo. XIJL Qut os Clérigos nâofe]âo caçador esi nem


pejeadorespúblicos^nemtragão configo cães
pela cidade, ou ásjgrejas,
% v

* Ac
tdp.i. de f^ Onformandonos com'a difpoíiçao de dirçyto Canónica .,d
cientoyt V.^ fendemos a todos os Clérigos de noíTo Bifpado que náo í^.
\eafTatjorcsdç Coelhos, Lebres, Veados, ou outra fcmeíhãte í*T
€t
que
■*
fe chawacUramorofajdc
...
maneira que
_-. _ .~ ~-5..L_ ........... 4
vSo
......
a eilas
. -
muitas *^
Jr :
honeftidade dos Clérigos. 8i
tornando ifib por oíficio, mas para fua recrearão poderão alg-^as ve
*e% mas poucas, caçar em hab.tohoneíto,& de maneyra cóp vilos
pareçaque vão a r cercarfe. , i

^ E não trarão pela Cidade ou Villa onde refidirem, nem leuâráo


confjgoá Igreja cães, nem gauiâes, allcrcs, ou falcões, ou outras
auesde caca; nem perdigões namáo como muy tos atee agora feze
*so. E o que'niflbfor comprendido pagara por cada vez, hum cru-
*adcparaaSee&Meyrinho:&osqucosleuarcm á See ou Igreja
coílcguda, íerão defeonrados no merecimento da quelle dia em cj
a
^si L uarem configc os ditos cáes ou aues.
^£ pela mefma maneyra Ih.- defendemos que não pcfqucm com
ougtganeas, redes de varrer, nem tarrafas publica & frequentemc-
l
5> principalmente para aucrem de vender o peixe que matarem,
*°bamclmapcna.

Conptuiçâo. X liII. Dos aue \ogOo canas oi* dados.

Rdenamos & mandamos que nenhum Clérigo de hoíTo Bif- < ^W»
pado jogue ca ttas ou dados, nem cutte a'gum jogo dtfeZo rc &uúp.
Prouado per direy to, que teja jogo mais ordenado para le ganhar di^ **
n
^iro nellc, que para recreação j tília: & ô que jogar algum j"go illi c«t»4
ci
Mcfezoperdireyto,Ojleysdo Re>no, fendo no mcín o jogo'""-
c
°t»prendí4o perderá para o noffo Meynr hotcdoodinheyio^ V
tcu
er no jegor & pagarádous mil fa pola primeyra vez, & pc la te-
g^nda o dobro, ôdendomais vezes achado & conuenfido, auerá
a
niais pena que merecer. E não lhe prohibimos os jogos licitôs oj
Pçmntidos per díreyco & lcys do Reyno para fua recreação, os
^Jacs todauia náo jugarao na rua, nem em lugares públicos onde
incorrem muytos fceulares a jugar & ver o jogo,ainca q fejí tola
°u mancaes: mas poderão jugar os ditos jogos lícitos & permitidos
et
fi fuás cafas cõ outros clerigos,ou ainda \ey gos bem acuftumado?,
°« em quintaes fechados, ende não aja concur fo de ley gos.
% E afsi lhe prohibimos que náo joguem pella nos jegos públicos,
principalmente defrindt íe em callas & gibão, como âlgúscó po"'
Titulou Da vida&
co refpey to de feu eftado fazem: por que fazendo o, & fendolhe pro<
uado os caftigaremos conforme á qualidade da culpa.

Constituição JLV. Que OS Clérigos não txercitem officios me-


chxmcos, nem outros Jcmelbantesofficwsaús,
, &J minifarios corporaes.

na v» v-* contra o decoro qu


mt*.
caniços, & laurauão per fí, & femeauão fuás terras, & cauauáo as vi:
nhas}Oqucodircyto eftrcytamente lhe defende: polo que defende
mosOjUenão vzem, nem exercitem perfiofficios femelhames,nefli
outra algúa arte mecânica para com cila ganhar dinhey ro} nem ain-
da o farão para fi & feus vzos, né Iauraráo: nem femearáo per fi fu*
as próprias terras} & qualquer q o contrayro fezer, pagará pela prí-
mcyra vez hum cruzado, & pela fegunda o dobro: & fendo mais
vezes cõprendido^ fera mais gt aueméte caftigado: pore não deíco
tx úfa. demos aos clérigos fazerem fuás hortas & pomares, fuás enxertia*!
yAiji* & outras femelhantes coufas que per direy to lhe fáo permitidas.

noytedepoisdo Çm<K

CO M mais razão fe dcue eftranhar aos clérigos andaré denoytf


depois do fino, que aos feculares aquém asleysdo Reyno o de
fendem poios danos queda hi fe feguem: polo que ordenamos #'
mandamos quenenhum Clérigo ou Beneficiado ande depois do Si;
no, ainda que feja em habito clerical & honefíoj & fendo achado pe-
lo noífoMcyrinho,feráprezo fcleuado anos ounoíTo VigayrM
ocondenaráemdozcntosrsparaoMcyrinho:&fendo achado fo-
ra do habito ou com armas, perderá as armas & vcftidos com q $
for achado, & aucrâ mais a pena cm que encorrem os que andáo fo-
ra do habito clerical, outrazemarmasdefczasdcclaradas nasCoA»
tufões precedentes, ~~" — --.-...-...-.-
hònefticlade dos Clérigos 8} '
í E fe algum Clérigo for achado pelos meyrinhos & Alcaydes> oíí
outras Julliças fecularcs depois do Sino fora do habito clerical cm
v
eOidos deshoneftos & có armas, os ditos Alcaydes & Meyrinhos
0s
poderão prédcr, & leuaráo logo ao noflb Vigayro, q os códcnará
110
perdiméto dos vcftidos & q trouxer dcfczosarmas^pata osqos
P^dcré, & mais dozétos rsdc pena: porq nefte cafo damos licenfa Coutfrn
a
°s duos ofhciàes da IuíUça fccular para que os pofsáo prender & 1c prauicc,
uar prezos ao noflb Vigayro: ôc fendo achado fora defta Cidade em {^\f"r\
algôa Villa ou lugar onde aja Arcipreftc, os leuaráo prezos ao dito friiâfc ttk
Arciprefte que os condenará nas ditas penas :6c não auendo Vigây*ÍJ *
r
° nc Arcipreíle no lugar, os não poderão prcndcr,mas tomarlhcáo
as
atmas& vcftidos curtos que leuarem, & dentro de oyto dias os
demandarão ante o noflb Vigayro,ou Arcipreíte,quaÍeíteucr mais
perto, para que lhe julgue as duas armas & veílidos qafsi lhe toma-
*cm$&pa{fadoodito tempo, não os demandando, lhes tornarão
tudo o que lhe teuerem tomado,& fetão aiflb compelhdos per cen-
tras pelo dito Vigayro ou Arcipreíle*
f Enão poderão os Meyrinhos, & Alca*ydcs, & Iuftiças fecularcs
prender os clérigos que acharem denoy te depois do Sino em habito
clctical & tonfura íem armas: porque foo ào noflbMey rinho permí
titnos q neftecofo os prenda & leueao noííoVigayrOjOU Arcipreftc
Paralhos condenar na dita pena de dozentos tSé
í Porem osReytoresôu Curas que vão denoy te miniftrar os facra
bentos aos feus freguezes enfetmos, ou a vifitalos, fendo achados.
ft
a fua freguezia não encorrerão nas penas defta Conftítuiçáo: nem
0S
Cónegos & Beneficiados da noffa Sçe &das Igrejas colegiadas
c|uc vão de madrugada ás matinas ou officios diuinos, ou ajudar os
^eminiftráoosfacramcntos: nem os que forem denoy te achados
com lume na mão, ou forem para fora da Cidade acaualo ouapee
c
aminho direy to,ou vierem de fora: & allegando ânte o dito noílò
^'gayro«ou Arcíprefte» & juftificando outra algua femelhantc cau-
'** jufta, poláqual lhe foy ttecefíàrio fair de íua cafa denoy te j lhe
conhecerão delia, & os poderão releuat das ditas penas como lhe
parecer.
TlTVÍ "í
T í T V L O.XVIT. DOS C L E> R I-
gos que tem molhercs em fuacafaJ. L

& amancebados.
\ &nfthuiçâoprimeyr<t Que nenhum Clérigo tenha
melhtrjojpeyta em Jua cajá*

Câf. inttT OR quanto os Sagrados Cânones & os ccciHos de*-


dixtt 11.
Hft. iãjXi fendem aos clérigos teré molheres em íua cafa,aiiída
a 7 >bisdt
CobabiP.
que fejao parentas por razão'das criadas & cmras
molheres que as vifitáo&ferucm; cenformandonos
com a determinação deiles, Mandamos que nenhú
Clérigo de qualquer eirado ou qualidade, ou dignidade que feja, te-
nha conílgo das por tasa dentro molher algúa, que náo fcja de cinco
entaannos de idade para cima & de tal vida & curtumes que Te não
poílà ter delia máfofpeyta.
4. eap.x, ^ E os que teucrem configo fuás mães & hirmãs & pçflbas tão che-
gadasdas quaes o parenteíco & natural obrigação hão permite auer
má fofpcyta,não cófentirão terem cilas para feuferuieo molheres
muytomoças,nemoutrasalgúasdcqfepouafofpeytar mal; roa*
tomarão para o feruiçp delias & de fua cafa molheres de raes anos #
honeOidadc&cufiumes que náo fomente ceílè toda a occafiáo de
cfcandalo, mas ainda feja aos vizinhos exemplo.
^ Efealgus teucré filhos ou filhas, o que Deos não permita, ten-
do parentes ou peíToas de fua obrigação com quem pot ãoeftar coro
uenientemcnte fora de fja cafa, aisio faráo.-porquefáoobngadoS
quanto nelles for, apartar defi&defua cafa &còuei(açáoos fiihr-s
que fendo clérigos ouueráo,para que nos vizinhos & peíToas queo9
conuerfáo, vendolhos em cafa náo ande femprevija a memoriai
cfcandalo de feu peccado, & nelles a complacência dopaíHdo. M**
náo tendo peíToaicom quem fc pofsáo recolher como deuem fco*
teuerem em cafa,não terão com elles fuasroães &auóí, ainda ^
fejão velhas: mas terão outras molheres da idade & honcítidade 4
diro he, &aísi tratarão os duos fijhos & filhas cm publico po íefU»'
çocomonahoneílidadcdosvcílidos,que tirem toda a occafiáo <k
' * cfca*
& que tem mollieres etn fuacafk $jÇ
escândalo, & íe entenda que os tem mais para os remediar coma
Deos manda* que para os enriquecer de bens téporaes & vaidades^
*l Outro fi defendemos aos clérigos que náotenhãoem fuacâfaef-
ctauas brancas, nem mulatas de que fepoiláprcfumirmâli & qual-
quer que for comprcndidoemalgúa das ccufrsfobrcditas, quere-
mos que feja po!a primeyra vez amocírado;& pola fegunda fendo
Beneficiado, pagará dous mil rs para a See &McyrinfioJ&feráóu-*
ttavez amoeíhidoí&polâtcrceyraaucrá a pena dobrada; ainda qué
as molhares q teuer configo não fejâò as mefmâs có q foy amoefta
"° a primeyra & fegunda vez: Eíe depois de amoeíhdo três ve-
*es, íe náo emendar,lerá prezo, & aueráas mais penas que merecer. c^4ec<,*
^náo fendo Beneficiado, pagará ametade da dita pena na fegunda b*Ht,tkt
& Wrceyra vez, & dahi por diante feri caftigadograuemente.

Conptuiçâo. II. Dos Clérigos que tem monteias &?


como fedeueproceder contra elles, . '■
GRaue coufaheao?homcsfolteyrostetémancebasperfeucrãdb CHtciHè
có gr adi d í no de fu as alma«,& cfcandalo do pouo em peccado *"d£e£,
li)
°tul: mas moyso mais grauc he terénas osClerigos,eleytos na {oifmmt.t.%
Uf&s Seah:r,& para miniíiros feus & de fua Igreja: & os cafados à %„$.
S,Je Deos d*o tio conueniente remédio para fua concupicencia. b '^ *•
' £ defejando nós remediar tão grandes males em noflbs fabditos,y-eí. /e"0*
ti"executar como fomos obrigados os decretos & penas do Cõcilio ba^ttttl*f.
^"dCtino, defendemos eftreytamente a todos os Clérigos & peflb-
^sEccieíiaA!casdenoíroBirpado,qnãotenhão em fua cafa néfora
d:
Hamácebateuda&mátcuda,oti outra molher cõ aqualtenhão
c
°nuerfag5o deshoneíh:& para q ao menos O temor da pena os fa-
le
$ mendar da culpa,Ôí viuer có áhôneftidadc deuida a íeti eílado,áá
0
P°uo lhe tenha o refpey to & rcuerencia q deuc", védoos honeftoá
^a vidajlimposdis peííoas,& reformados nos cuftumcs* Mãdamos
^'ealgú forcomprehendido qeftàpeUmaneyrafobreditaamâce>
bado: pola primeyra vez feja códenado em dou s mu" rs para o Mcy-
''nho &obras pias fendo Beneficiado: & ferâ amoeftado q fe apartd
«adita molher & peccado cm que có cila ettáí & fendo cóprehendi-
""" " "" 7 ' ÀQ
Titulo. \j. Dos Clérigos amancebados
<?ofeg5da vez.perderáa rcrceyra parte dos fcuytos de feu benefício5
& fera a fcg ida vezamoeftado na meíma forma. E fe depois de amo
citado per oós ou nouosVifitadore?,oaVigayro geral for cópredid*3
na mcfma culpa, cóa mefmamolher, oa có outra, perderá rodos o*
oS
fruitos de há ãno d Jí benefícios cj teuet,ou penfócsjou preííimoni
l
ou quaes quer outras rendasEcc-eíuíticas,qfe aplicarão a íugares p [
os, cu a fabrica das Igrejas fegúdo nos p irecer: & alem diílo fera p*1
uado da adminíft raçáo dos ditos benefícios pelo tepo q nos pa recer0
que auerálugar n£o fomente nos que fio íogcytos a noíTajurdicáo
ordinária, mas ainda no* Ciei igos izcn tos, que quanto a ifíc psr d*
rey to & ConcilioTridentino nos ficâo fogey ros.
^ E fe depois de amoedado a terceyra vc2,&afsi fufpcnfoiainda p«r
feiierar na culpa tornado aas mcfmas molhcres, ou outras, íerá p£f
petuamentepriuado dos benefícios, penfões, oj prcftimonios q"c
tcuer, & ficaráinhabclparanunquamaisaoeroutroalgubeneficia
dignidade, ouadminiíiraçáo Ecclefíaítica,como pelo dito Conci!'0
Tridcntinohemandado,a?ccq depois defer a todos notória a ctfí&
da defua vida,8t reformação de feus cuíhimcs mereça fer per nôs o$
Cap 1: ii PC^0S Prckdos nofles foccíTores diípenfado.
frmkgm^ £ fe o Clérigo qni dita culpa for côprehendido não tcuer Bctit»'
t. 14, <yCÍo,pcráo,nc preílimonio^né outra renda Ecclefiaftica em qpciTaí^
Je C mu cat ú ca a
jia' ' * ^ & ^g do, fera pela ordé acima dirá amocfbdo, & pok
Fft wfrf. primey ra vez códçnado em dous mefes de Aljube fca> re mifíãOjf#'
la fcgúda em quatro, & pola terceyra em húanno de degredo p3fa
fora do Bifpado, & fufpeníodas ordés: & fendo mais vezes t ono&'
i eido, fera degradado para fora do Reyno,& inhabel para nác ppatf
,aucrBeneficio,penfâo, né adminiítracác, honra ou prcminenct*
: Ecclefiaílica,atéfcemedar &difpeníaí cõ ellc como ac ma dito U\
, E iílo íc entenderá não tendo o Clérigo, que na dita culpa fbr c^J
1
preh:ndido,pofsibtlidade com que pague, pela primeyra vezo '
rs,& pela fegundadous, & pela terceyra quatro, & tendo cura**"'
. mas por outro, o auemos por fufpenío do dito officio de Cur*> &
mandamos que feja prezo.
, Ç £ ncr^ue empenas táo graues não aconteça auet algum erro 9*
* & que tem molher és em fua cafa. * Zfl
«uuida q polia prejudicar afsi aos Clérigos culpados, como ás juíH-'
s
Ç* na ordem das amoeftacóes, & prouadas culpas. Declaramos
o^eas duas penas & amoeftacóes auerão lugar naquclles que ou cõ
fcíTarem a culpa ame nós, ou noflb Vigayro & Vifitadores per ter*
010
per ellesafsinado: ou forem delles legitimamente conuenci*
dos em juízo ordinário fendo citados & acufados pelo noflb Pro-
motor & Meyrinho. Mas quando nem confeíTarem as culpas»
neEt
»foremdcllaslegiumamenteconuencidos, feiamente íepro-;
Uar contra elles fama, ou alguas fofpcy tas, ou connerfação & efeá*
dalocomalgúa molher,fem feaueriguar que tem com ella amiza-
de catual & cftáo amancebados,é tal cafo nãoauerão lugar as penas
^amoeítaçóesfobreditasnaformado Concilio Tridentino, mas
P°deráo fer fimplesmenteamoeftados que facão fcífar o efcandalo^
* condenados na pena que parecer, fegundo a culpa que na dita co
Criação & efcandalo teuerem: & íendo três vezes amoeftados que . ,
*e apartem de algúa cõuerfacão efçandalofa, não o fazédo, então Lbn.Ut.
^ procedera contra elles a mayores penas, porque ja ha contra
«lies violenta preíumpção, pois com tantas amoeftaçóes fe natn
foiendarào.

^ Conjlituiçâo.lU. Queo filhoou neto de Clérigo,'tufa


fendo de legitimo matrimonio, não d\ude feuPayou
1

" Auo as Mijjas & Diurnos Ojficios.

Tj OR. que O Apoftolo São Paulo nos manda apartar não fome-»'f^. tm
A
te do mal ,mas de tudo aquillo que tçm efpeçic de mal, defende fey?t™
os
U* a todos os Clet igos, & peíToas EccléfiaíHcas,que não fe firuáo; bontjt.
e
f feu* filhos ou netos nas Igrejas, nem confintão que os ajudem CaHÍ dt
31
MiíTas & diuinos officios, poriercoufa d^honeflaôcqucgeià"^"*-^
jeandalo: nem os tragão configo à Igreja, oU Choro,•: nem ainda ^jb.
letras de fi como criados pela Cidade & lugares ondefpjcm tidos
au Triiftfi
idos por feusfilbos. E o que fezer o contrayro pagará pola pri-$. m
nie
yra vez mil rs, & pola fegunda encorrerà em pena dobrada; éj^fi*5»
Pola teiceyta fera prezo & caítigado conforme fuás culpas»
Y fEfe
i Título. i% Dós Cl cri sós amaiicebados
* » O

d.c.cà de. ^ E fe o pay & filho forem ambos Sacerdotes, mandamos que na"
fil. is.jk fituâo ambos em a meíma Igreja ao meímo tempo, nem poderão
^.^^ ambos terem a mcfma Igrcjabeneficios,por lheferperdireytode
(tfrâ. iêzo & Cõcilio Tr ideotino: nem poderão juntamente em a rnc&
ma Igreja dizer MiíIâ,feruindo hum de Sacerdote outro de Dfci
cono,cu Subdiaccnomem íethum Cura outro Iconomo: nem cafl
lar ambos ámefmaEíiante, ou no meímo Choro. E oqtiefezero
contray to fera pola primeyra vez cõdeaado em dous mil reaes, #
pola fegjnda no dobro, & pola tercey ra prezo & osais grauemete
caíligado.. E cada vez que em cada hum dos cafos fcbreditosforcffl
compiendidoSjfcrãoamoeítadosqucfe emédem: & daamoefta*
çãofe fará termo para em todo o tempo cooftarqfáo contumaz^
ou incorregiueis, & ferem cafiigados como merecerem.
^"Efob a meíma pena lhe prohibimos que náo fejso pad?inhos^c
ííus filhos em Bautifmo 8c Confirmação, & quando os caíart r&°,
lhes foçáo vodàS folénes em fuás caías:E ifto auerà lugar nos filho*
& netos dos Clérigos que forem gerados depois de ícus paes tercf*
©rdésfacra?_oufeudo (oíteytosunasem osque,feudocafados ouu^
rem filhos & depois fc fezerem Clérigos náo auer ãj lugar as pena*
deita Coníiiruiçáo.
f™/*. í E os$*n°ie neftenoíToBifpadoreacharem que tem benéfica
fi npíez,ou curado,konomia,ou outra adminiftraçáo Ecdcfiaftú*
na m^fma Igrejaondefeuspaestáoincitoladòs,feram conftrang»'
dos os filhos que renunciem feus beneficics,ou os per mudem co®
S* . outros dentro de tresmezes, paliados os quaés ficarão delíes priu*
c
d os. E fe ouuer atgãs que com dtfpenfaçáo Apoftolica Cenhão Be^
ficio na méfma Igreja onde feu pay o tem: mandamos aos no^o*
Vificaddrès que vejáo com diligencia fuás letras, & fc informe »e
' ha diífo efcandalo» & do que achatem nos darão informação paf *
procederemos no calo como nos parecer juftiça, & fciuiço do SCJ
nhor&berhdafua Igreja.
r. for. 4 $ NS poderão outro fi foceder nos benefícios q forão de feus pa)' ']
&£5$'*em os tctms lgrt')*s onde feus paysos tem ou teuerão,aioda q1*
um de feja per incçrpofitaspefloas, nem ter penfão algua nos bèneficios%
,
&quetemmolheresemfuacafa. 86»
faoouforãodefeusPays, Sctcndoasasauemospornullas &íbrrctí
cl
«faluotendofufficientcdifpcnfaçãoda Sce Apoftolica, aqualfe
Vc
ta & examinará pata fe ver fe nella fc narrou verdade,
ff E por quanto algús Clérigos com pouco temor de Dcos fc concec
tãocóoutros Clerigosquetcmfilosparaauercmdercíignaros be
neficiosquetem hús em os filhos dos outros, paraqueafsi defraude
a
prohibiçáo dos Canonci: mandamos que taes renunciações reci-
procas por Clérigos cm feus filhos fenão façáo,& fazendofe, não Va iia$ l,t'*
lhas como pelo Sancto Concilio Tridcntino eflá determinado, &
acorrerão em pena de vinte cruzados para o Mey rinho & obras pi
as
>& ferãofufpcnfos dos benefíciosqafsitrataré de renunciar, por
fcysmczes.
Constituição. 1111. Que os Clérigos náo frequentem.
Adojleyros de Frcyras.
SOMOS informado qucalgus Clérigos & Religiofos frequen- Céj>t ««•
iáo os Mofteyíos de frcyras,náo tédo para iflò cargo algu ncllcs, ™£™£.
n
coicaufajuftaparao fazer; do quefe feguem muytos inconueni- %***&
e
«tcs & inquietação das Religiofas, 8c cícandalo ao pouo: Pelo que
c
°nformandonos com os Sagrados Cânones, mandamos a todos
°s Clérigos & pcflbas Ecclefiafticas noflôs fubditos, que não freque
tem os Moftcyrosdas frey ras,náo tendo para iflb cargo no mefmò *
^lofteyro, ou outra algua razão juftajque fejaatodos manifcfta. £
a
^ielle fc dirá que frequenta, que íemeaufa vai aos moftcyros
guitas vezes. E o que contra efta nofíà Coílituiçáo for comprendi-
*°» fera amoeftado per nòsounofíb Vigayro ouVifitadores,&da
^oiocftaçáo íe fará termo: & fendo duas ou tres vezes amoeftado,fic
na
° fc emendando/crá fufpenfo do officio pelo tempo que a nós ou
n
°fio Vigayro parecer-, & pagará vinte cruzados para o Mey rinho
** obtas pias: & fc não tcuer por onde pague, eftará no Aljube dous
^«tes fem rcmifsáo.
ffE a mefma prohibiçáo pomos aos leygos, os quacs fendo tres vc-
*es amoeftados, não fc emendando, ferio exomungados}& não fc-
^oabfoliosatcconftar quefão emendadados, 6c datem caufáon*
ormadedirey to, de obedecer aos mandados da Igreja.
E e
X* ff P !*
Titulo. 17.D0S Clérigos amancebados
tMfini*i^Epelamefmâ maneyfaprohibimosásReligiofas denoífavifita?
uap.mo- ta$ao, principalmente as Abbadeíías, PrioteíTas, & regedoras que

AWfc£ o falem nem confintáo falar frequentemente asRehgiofas com
komji. peíToas de fora, frades, & Clérigos, nem feculares, que na câfa não
teuerem algum cargo, poí razão do qual o deuão fazer, ainda qu«
f
os religiofos fcjãode íua ordem: & fazendo o contrayro ferão pe
nós ou nonos Viíitadores fofpenfas dos officios que teuerem na reli*
gião pelo tempo que nos parecer. E as particulares que não teuerc
officios ferão cafligadas conforme á culpa.

Çonjlituição. V. Que em todos os cafos conteúdos nefie Titula


& noprecedente, fefaçáoamoefldçÕes aos culpados,
&[e ejcreuerâo per termo.

ticupuU T) O R (Quanto os Cânones mandão que os Clérigos que ánefe'


rem ora
tmjiS'. ^ ^° habito & tonfura, ou trouxerem armas, ou teueré
man<
ÍPM 'cí *kàs> 0U m°lkeres fofpey tas, ou fe meter em em negócios fefll
5
•f&wíer. lares, fejáo amoeílados, &afsiosleygos, & em todos os mais cafo
Comeu<Ios neííc litul & no
TM& ° precedente: porque a intenção do*
e
fjjlii.de Santos Padres & Diréy to Canónico he mais emendar culpas &r '
.Ytfirmt, formâc os cuítumcs,quécaítigar aos culpados: & cm quanto ha cif
rança que os fubditos còm amoeftações fe emendarão & reduzir^
a boa yida, não pode auer lugar o cafíigo. Conformandono*
comoDireyto & Concilio Tridemino, Mandamos que tõâi^
Vezes que algum Clérigo, ou Ieygo for culpado em algum dos &
fos acima ditos de deshoneftidade, ou barreguice, ou outros a tf35
declarados ou femelhantes que tem trato focefsiuo, ou temor d« f
der tornar á mefma culpa,fe lhes façaamoeílação em forma deiii^'
como atras íica dito; da qual fe fará,tetmo declarando em cádaH^
dellas/e he aprimeyra ou fegúdâ: & eftc termo fe fará em hú liur° \
paraiflbauerãafsinadopernoflbVigayro&numerado, que tttk0
' Efcriuão da Camará em feu poder; & fe declarará em cada húa &
amoeflacões, fe he aprimeyra ou íegunda, ou terceyra; & quan^
per fentença for algum condenado, fe declare nella q he ia amoctff
J
•• " ",.\ ;—;*-' ••- * &
& que tem molheres em fuá 8;;
<"> pela primeyra, ou fegunda, ou terceyrá vez: & á árrioeftaçãò 15
pet Virtude da talfentcnça fefezeri fe efcteUerá no mefmôliurdi
E não fe dará fen tença nem fettidáo aos condenados átê lhe cónítâf
c
oirtolhe he fey tá pet termo a talámóeíUção :por quanto as que ftí
náocfcreuem, & fe lhes fazem pelas fentenças não ficáó em lem-
brança, & perdidos os fey tos não hâ delias memoria para fe podei
proceder contra os prcuaricadores, como o direy to manda*

TITVLO.XVHLD A VIDA
& honeftidâde dos Cónegos Rô^
grantes* & Freyràs*

Constituição Primeyrd
• 1

Ú S T O que nefte Bifpadò aja poucos Cónegos


grantes, Abbades & Dom Priores de móftéyros qutí
iejão de nona vifitação}& á mor parte dos mofteyros
de £rey ras fcjãó também ifentos delia, toelauiá par*
que os que fáo nofíbs fubditos em Tua vida}cufiumes •>

&nonemdadetenháo a reformação rieccfíariá, & os que os não fáo


fcybão ao que íao obrigados: ordenamos & mandamos á todas as
peflbas regulares de nofía vifitaçãó, afsi homés como molheres que
n
* vida & honeftidâde guardem intey rariíente o que temos mánda-J ,1
dQaosfecularesnàsconfíitUiçoes& eftaíUtós precedétes: &lheslé-
°rarnos que por razão do cííadõ regular deuê termais recolniméttf
& Honeftidâde ria vida & cuftumes, & nós vèftidos & toucados maj
is moderação. -
í E todos os Abbades, & ÁboadeíTasi I)ora priores, & Comenda
iarios, fegundo õ Concilio Latcranérifefão obrigados, quando rtaO
teuerem mefa fcparadáíagaftaf aquarta.parte daterida na fabrica#
c
difficiosda Igreja & em efmòlksjO que a nonos fubditos mand**
5°5 <luc cumprãoj & aos citle o não fáo lembramos que fáo á iíTo1
Titulo 18. Da vida&honeítidaded os
obrigados. E ião obrigados a terem os religiofos & miniftros nc-
ccíTarios afsi para o culto diuino como para ominifterio temporal,
& darlhe para iOb & para fua fofícntacio tudoo q lhe for neceífario.
CE afsi as Abbadeflfas & Pnoreflàs farão curar em fuás doenças H
ieligiofas & feruidoras da caía, & confeflàr & comungar no princi;
pio delias como o dirc y to manda.
f Terão rcfeytorío,cclIas, dcfpcnfa, & todas as mais officinasn*
ceflàrias, & tronco em que cafliguem os.cuípados.
fE terão em feus Mofteyros regras & eflatutos porque fegoucrncí
eferitos em hum liuro enquadernado, os quacs far ão ler no tempo
que lhe bem parecer, de mancyra que todos os faybão.
f Faraó em os ditos Mofley ros portar ia,& ordenarão que aja neib
portcyro continuo, que terá fempre as portas fechadas, & abrirá
quando for neccílârio: & guardarão aclaufuraqucperdireyto#
toas regras deucm ter: & não o fazendo afsi lho cftranharemos
comoherazam.
mi ^ E °S dl t0S MonScs & Conegos Regrantes de nona viíitação eft^
%$$&*** -fenapre em feus Mofteyros & claufuras, & náofairáo dejlc*
ídmo™fem j "jccf$idadc & ^mp ac fcus Superiores & pcíToas que lhapo-
ttriumdt « dar : aos quaes encarregamos muyto que lha não dempara
/-*.«*- Romarias efeuíadas & vifuaçócs dcfneceflàrias: nc para hir a Mof-
teyros de frey ras a faiar com religiofas que não fcjão fuás parenta*
nofegundograo,&iQoainda poucas vezcs.-nem para entrarem c0
cafa de pcflbas fecularcs fem jufla & ncceíTaria caufa.
E ÍC aI um Rcl íoío
tf :v*. * ' S !g denoflà vifitaçao for achado fora de (c*
r\gúm: Moíleyro fem licença,mayormentc fora de feu habito rcgular,a!crfl
h*s. das penas cm queper dircyto encorre, fera prezo, & citará no Mju;
o tempo que a nós ou nono Vigayro parecer, & farão cm cadahá
anno buícar os que andarem fugidos.
€ Não confintirão entrar detro da claufura <los Moílcyros molhe'
algua,pofíoquefcja nobre ou illuííre: & fazendo o contrayro fen-
do nulo culpados, os Prelados & officiacs dos Moflcyrcs ferão &*
ofljcios priuados, fc forem officios temporaes, & fendo perpetuo*
fqfpcnfosper/hum anno, fcaucrao a mais pcnaqueíua culpa m^:
Conegfcs Regrantes* &Freyrâ«; 88*
fct? & fendo Rdigiofos particulares,ferao prezos ftô tronco, 6cftelíe
*ucrào o caftigo que nâ regra fe chatnáígráuíõíis cuipáé*
^ConfeíTatíeháonas quatro feitas principies do ánttõ, & nos tnàk tft+i «*f
dus que por fuás regras ôc eaatutos forem obrigados, que fera ào ftfjfâ
°icnoscada mes como manda o Concilio Tridentino. wónâòt.
Tr,tl u
% Paião cada femãná Capitulo cm que digãofuás culpas, & deííái '
»c)áoreprendidos & caltJgadôs*
1 Os cilícios diuinos farão com muy ta dcuaçao, & tezátáó fuás ho jfjjgj
*a*> aísi as que cantarem em Choro* como as que rezarem fora 6CMíJJ.£**
douro delle com mu y ta deuaçao, & com páuza, efperando os de hu^*J!ÍV
G
hoto que ôs outros acabem o verfo antes que comeiTem outro» fa *#$*
2e
ndo no meo do verfo fua pauzâ pára que lc entenda o que cantão
^tefcáo, & poíTao todos hir iguaes*
% Náoemptâ2aráo nem alhearão per outra algúa rnaneyrâ os bens cimij*
doMoíleyro,faíuocom afolenidade que o direyto manda* 8c com '£$01
euidente vtilidade: &fazcndo o contrayro, fendo os bestaes que '<*»**&
*toquá foitern alheados encorreráo em ptcjurio,& como taes fcrâd $ ;£#j£
^'gadós, por razão do juramento que tomão em fuá inmtuiçãó: ^ffW
J fendo bés que cuftumem alhcatfe, alem de ferem asalhcaçóes per
r
d' cy to nullas, encorrao na* mais penas que per dircyto fâo poftií
0s
* que alheãooi bens da» Igrejas como não deuettt.

Co4itukaoJUDàiAhhAd4<xs\PriQre^<u^Freyr4t^
*

S Abbadeíras,8iPríóreítas,&^reyrasdefloíravifitaçaotfii
rao tambefua regra 6c ConftituiçÕes delia J& vzarãodos vefti-
Realçados & toucados que fuá regra & eftátutos lhe mandarem*
*J nâo de outros âlgGs ainda que fcjáo honeílos.
pConfeíTarfehão nas quôtrofefias do ânno, alem dás mais que per cu**.ntt
fua
fcgradcuemeofeíTarfe, 6c comungar polo menoscada mes húa '^J*
v
«»camo o diro Concilio manda. E confcfíarfehão á ConfeíToreí j«^-
*JP Jado*s per nos,& não a outros í ôc áuetão de nós «c de feus fuper io« ftj}. 'qM
tcs
> alem do ConfeíTor ordinário que teuerem, outro extráOtdina- vfim*
,!
° <luc chamão altuiâdor, para que fem pejo algum pofàmfazcr
*Timlo. 18. Davúkóchonéílidacltcíos
inteyras&YeraadeyrasconhTsõcsdefeuspeccados.
Triífejj. í Náo terão o San&ifsimo Sacramento dentro do Choro ou c|a fu*
as. WC- clauftra, fenao na Igreja publica como c Sancto Concilio Tridenii*
jirm «o. no man(ja. gj tcn(j0 0j n^s & noír0s Víitadores lho faremos muda*-
á Igreja para o Altar mor, ou outro lugar mais conueniente.
ÇTerãoliurodcreccyta &dcfpc233paraqucfcpoíTcifabcr & tom**
contado que fe recebe & dcfpcnde cm cada hum anno.
0
^ Terão tombo cm liurocnquadernado,cu liuros de toda fua faz*
da & propriedades de raiz, & inuentayro de todos os moucys da#
?a, como mandamos que aja em todas as Igrejas.
temido ^ Viuiráo em perpetua claufura, nem poderão fair delia, faluofl^
£$/%%<MOS que pelo Concilio Tridentino £ ConíHtuiçao do Papa M
fí^H' Quinto lhefáopermitidos,faluoaucndo difpenfação Apoftolica»'
jregúur. & faindo do Mofteyro fora dos ditos cafos,encorrcrão em excóm11;
nn 0 & 0
S'c"í *° ^^y ^ k™ %undo fua culpa cafligados.
3
Kxtrwg. ^"Náo terão dentro da clauftra do Mofteyro molher algUaleyg »
nora a
%J'Z"'* fy moça,ou velha, que não aja de fer Freyra ou conuerfa, lai'
U0 aS ue rcm
*^v \ÍT/" ^ *° ncccííarias para o feruiço da caía. E quanto ásW#
*ÍuH£\ mcrcs quc as Frcyras particulares tem para feu feruiço, f«guardai
1 re r & nofla$
wt'* ' *"* S * vifitaçõcs;as quaesmolheres não permitirem"'
quetehhãofenãoasFreyrasdemuytaidadc 5; annos de religião,*"*
enfermas que tenhao tenças ouprouimentos defeusparentes par*
as poderem foftenrar. E as molheres de feruiço que húa vez entrai
0
no Mofieyro, ou para feruir a caía em comum, ou aigúa Religi '*
cm-particular, não íàifao mais delle para tornarem a entrar, ^
guardarão a claufuracomo as Religiofas.
a a 3
mttUr*- í ^ fe fe" colher cazada por fe temer de feu marido com proU '
- ti» Céãu uel perigo de fua vida, íc acolher a algum Mofieyro,çom licença^
Abbad
%$$> cífa & C6uêto & noíTa, a poderão recolher; mas entrará (ff
lUr^siu criadas nem família, & guardará a claufura & o mais que as ReIigio"
fZor&fâsguardáonahoncftidadc^recolhimento: &feííàndo acaufa&
Mi. perigofefairálogo; &faindofehúavcz, anão poderão maisreco*
Jher.
Ij" E afsi poderão tomar moças & minínas de fete annos para ci#*
Cónegos Regrantes, ácFreyras. $f.a
-

para fc auerem de criar & doutrinar no Mofteyro ,• as quaes fé 0**/*»^


untarão á eufta de feus paysoudaspcflbas^uencllesasmctcréc"/j/^
& íeráo recebidas pela AbbadcíTa & Conuento: & pofto que fcjáo 94J»í'>tf
nobres & filhas de Senhores, entrarão fem criadas, nem eferauas,^!//^
n
cm outra família; & guardarão claufuracomo Rcligiofas, & não^w- *?
P°acráo fair do Mofteyro para tornarem a clle.
i Ê polo mcímo modo & orde poderão fer recolhidas nos Mofteyí
t0s
& confentimento das Abbadcflàs & Conuento & noflb, molhe
rc
stnoças& honradas órfãs, que por ferem pobres, ouldefempara-.
nas de parentes não podem cítar feguras cm fuás cafas, tendo bes ou
parentes que nos Moftcy ros as foftentem: porque cm todos cftes ca
josper Direytò & ConcilioTridentino he permitido receber mo - >*/jtyr4
*netcsfeculares,como pelo Collcgio dos Illuítrifsimos Senhores
ar
£ clcaes cftá declarado.
? ^«nhúa Religiofa, mayormente moça, falará a peflba algõa fecu kSíS*
ar
> ou regular de fora do Moíteyro,fcrn ter contigo outra Rcligio'- defini*
a
^ciaá.aque chamãoefcuyta,ougradeyra, ou cuandoprefente**"1 ?7
* Abbadeua ou Priorcflà:& em tudo o mais cumprirão inteiraméte
a tc
|? gra, & Connituiçõcs da religião.
1E as Abbadeílàs & Priorcfíàs nouas fubditas que forem negíigen-
*? «n hzcT guardaro fobredito,mayormcte no que toca a claufura
"fencio,& honefíidadc das religiofas,ferão pola ptimeyra vez a-
Dc
ftadas&reprendidas,&auerãoapenitencia,qucmaisnospare-
çr
>ou a qUem cm nQççQ norneas vifitar j & pola íegunda íerão fuf-
PTOSJôC p0)a terccy ra priuadas de feus caTgos.
jl E nenhum homem de qualquer cftado & qualidade que feja, fecut
ou regula poderá entrar nos Mofleyros de Frcyras, faluo fendo
°ntefl*or quando conreíTar,oufacramcntar as enfermas, FiGco,ou
n
grador, ou official das obras quando forem fazer algua coufa de
otheio; & os feruidores que metem dentro os mantimentos &
u
asneccflàrias. E porque eftescafos fão ncecílarios & cõtinuos,
aofcpodccada vez pedir licença para cftas pefloasenrrarcm, o
J^«ao fazer fem noíTa licença por efento, porque per cila Confti-
JÇaolhadamos lômcntc nos ditos câfos & pcflbas:& çm outro nc
2 nhuQi
X
Titulo 18. Da vida & hóneftidade dos
f '

fthum cafo poderá peflba algua, de qualquer idade, fexo, ou condi'


çao que feja, fem noíTa licença ou de íeu íuperior,a qual ha de íer pd
cicrito & íelhedcuecõ íeder fômentenoscafos neceííàrios.
StffisM% £ porque o Sagrado Concho nos encomendai manda que no*
n ^m-í.MoíteytOadcnoili vifitaçáo per noífa autoridade ordinária Jaca-
urf. wo* mteyramente guardar a claufura onde efteuer perdida, & onde
1
fe guardar que fc con'erue i & nos iíentos dencilà lurdicáo; cou "
dl I i * '
clígadosda :>ee Apoítohca, encomendamos & madamosp autori
dade Apoltolica & ordinária a todas as Abbadcífas, Prioicífas k
qúaesquct Moftcyros ainda q ifentos,quc guarde & facão guarda
ítlteyra nen:euclaufuraa(si & da man«yrà que pelo Concilio Tri'
dennnolhe íic mmiad r, & náo o Fazendo procederemos contra d'
V..

las,&as mais peíTjas que míToacharmos culpadas, como nos paf*


ter aiais remeodo Penhor & bem da Religião.
IfE outro fi ihe encomendamos & mandamos, que fejão muytodí'
ligentes em ver as cartas que as Religiofas efercuem pata fora, & aí
.e que lhe efercuem a cilas, como íáo obrigadas: & náo det* licença k
Religfúfas para que eícreuáo muytas vezes a pcíToas de fora, faluo
ícndopàyscú parentesnofcgutdograotnempermitáoque lhe W.
jáo dadas muyrascartas de hjamein,apcírja, antes as tomarão &
rompaáolem lhas molharem; & alem das penas &ccníuras qt'c
per lua^ regras ôí Cóíbtuicóescu vifitaçóes fáo\ cílas aas cuetó
o comray to,as cailigarcmob como tua culpa ou dcícuydo merecer,

TITVLO. XIX. DOS BE NE-


ficios ócprouifão delles.

Cmjlitukâo Primeyr*

OR Que nenhía poflè trienal, nc ainda mais anti'


ga pode defender aos que pcíTucm Benefícios fim*
plex ou Curados, de ir oftrarem feus títulos aos P*c
M°b ^uando per fi ou peroutré inquirem deite'
Ordc
TituIchDosBenefici. & próiiííaô delles po.'
lenamos & mandamos a todas & quacsqucr pcíToas fecularcsou utin.t.fi>
^guWsqueneítenoíToBifpadotcueram algum Beneficio Cura- '"J^f,
"Ooiifitnplezj dentro em féis mezcs depois da publicação deftas uâf.rtph
n
ofías Cc/ftituicóes venba moílrar feu titulo a nós, ou ápeíToaque {"Í^Z'.
"furarmos: fe jà o não teuer moftrado: & fcndovifto & aprouado, f»tlX4 j
k ^gKirará em oliuroqueonoíToEfcriuão da Camará para íflb
feái numerado, &afsinado pelo noíTo Vigayro Geral: & paíTado o
*ta° tempoosaucmosporfufpenfosdosditosBeneficiosatéfatisfa
Serem, & fcrão condenados em mil h, para o Meyrinho& obras
P^s: &íc depois de afsi eftaré per nós fufpcnfos, perfeucrarem em
^a contumácia, & fcruirem os ditos Bencficios, procederemos cõ-
tr
aclles cõ mais graues penas atépriuação, fegundo a qualidade da
Cu
-pa ou contumácia que teuerem.
^ Hfob a meíma pena mandamos a todos osxjue forem prouido9
^pois defta nofla Conft ituieáo de qualquer Beneficio, per autorida-
3 òrdinaria,af5i noíTa como de quacsqr inferiores, q ates de tomate
P°fle, moftrarem &reg;ftrarem ícus ti ulos:& os q forem prouidos
per autoridade Apoftolica, antes de tomarem dcllc poííe, ou ao me-
n
°s dentro de trinta dias depois de prouidos. E fe teuerem muytos c.ordindrq
Êc
ne(icios per direyto incopatiueys, oucoadjunorias cõ outro Benc Jj^Jf °l
Zl
^ ° curado, ou tal que rcqueyra pcíToal refidencia antes de tomaré *tó». vW
Ju u
P°fc> ou os feruirem, moftrarão as diípenfações que teuerem. l *
doutro fi mandamos que nenhum íeja confirmado em Beneficio
**8c noíTo Bifpado, fem moftrar primcyro como he de legitimo
Matrimonio, de idade competente para o ter :&femfer examina-
**° & achado fufficiente na vida & curtumes & feiencia, & no mais q
Para o til Beneficio per direy to & Concilio Tridentino fe requere: rriift^
* fendo em outta maneyaa confirmado, a confirmação não valerá, n£ |£
* ° que o confirma, ficará fufpcnfo, do poder que teuer pelo tempo vjejj.15,
^c nos parecer. ' '**
J? Ê fendo o Beneficio de padroado fecular ou ecclefiaftico, nos ca-
*0s& tempos em qcllc ha lugar, não fera admitido ao exame, nej^
ln
^ituido,atémoftrarcomooPadroeyroqucoaprefenta te notai
^ncficioPadroado legitimamente acquitido per fundaçãojcc^ifica-
Título, ip, DosBenefici.de prouifãodelleâ*
cão, ou doação: o quejuftiflcará legitimamente, ao menos por te«J
poimmcmorialcom multiplicação detnuytasaprefentaçõís comi*
nuadas que âjáo fortido effey to: & com o aprefentado íe fará dila-
te exame; fc deu ou promete© algua coufa polo aprefentarern, ou
confentio cm algua penfáo, óu aceyou o tal Beneficio có promeí»
de o renunciar depois em algú filko,neto,óu parente do ladroe) i°*
Triâftf. ^E fendo prouido per renunciação de outro, juftificarà como atf-
fèm!«Z. nunciação foy legitimamente fey ta em noíías mãos, ou de peílba q
para iflb poder teuer,&aceytada,& o Beneficio renunciado por v*
go, &ao reíígnante fica outro Beneficio, peníão,ou património^
quepoíTa comodamente fuílentarfe: por que doutra maneyraapt0
uifáo & confirmação fera nulla, & nòs procederemos contra os cul«
pados como nos parecer*
$ef. J4 <f í E todos os que ouuerem algua Dignidade, ou Beneficio na tic&
Sce
gfnírTc'. Cathedraí3 ou Beneficio Curado em efíe Biípado, façáoaprotf'
0
t. o- c 12. fãoda Fcc, como pelo Cócilio Tridé tino he mãdado:& no juram*
Extrãiug.*0 & profifsãoquefezercm guardarão a forma dada pelo Papa Pi°
%*mui (^íarto: a qual farão, os que ouuerem Benefícios na Sccccn preíc*
a 6
tíum*'" £ <*o Cabido, ou das pefíbas per elle deputadas, fendo também pf *
e
íentehum NotayroquediíTo faça auto, & paíle certidão. E os<j«
oauerc B.n.fidos Curados, farão a dita profiítio ante nós ou t>ofí°
Prouifor, ou apeffoaquepara iíTo lhedepurarmos: & a mcfoiap*0
fiíTáo far5o todos os que forem prouidos de Moftey ros cm titulo»
iii#.ti. ou cm Comendaí & náo ofazendojencorcráonaspcnasdoCc^
lio & Extrauagantc do Papa Pio.

Çonfiituíção. lí. Que [e não ponhão os*B'enefidoi tnt coro[4


éu confiança, {£/ não a) a napromjào dclles pavios
fimoniacos & ãlicitos,

"f.Kpt T) ^ ^ Eireyto eflá ordenado, queninguem poíTa ter Benc&i*


VSfS.A ^nâoPorti5ulo^inftituiçao, Canónica, & que na prouifi*
t. V/í/, de cleyçÓcs 8c pençóes dclles náo aja condição ou pac~to illicito: &#0'
/ít$f j*.fio t*SH»WgJ nai collac,Õcs,as condições quefofpendem, *ft
Titulo. tp.DosBenefí. Stprôuiíap delUs; $u
Qiaporque fe diferem: porque cottuem que ás tâcs prouifões ícjâb c# t. A
P^ras, (cm pado algum: & fem labe de fimonia, ou fofpey ta delia. i££££
* Porque fomos informado que,por dão poderem ter em fi intitula /"' *■ f 2í
«03 muy tos Beneficios.com pouco temor de Deos,os dão ou fa^cm fJufò
^r a criados, ou parétesfeus ou outras peflbas contrato jfecrcto, cí!}ÍEc\
;j
S c clles tenhão os títulos dos táes Benefícios; & todos os frtiy tos, V^fiU
°u a mayor parte deites ajáo & logrem os que lhos derão,ou fezerão Í,Í™*
dar. E outroíi q alguspadrOeyros có eíh mefma con^ção & trato cumcjfm
a
prcfentáoatgúas peflbasnos Benefícios de fua aprefentaçãõ,para 3 a/ZlJL
a
l'*i fem titulo canónico nem prouifáo Àpoftohca leuem os fruy tcs cât* V"J{
wi Igrejas & os dizimo^ que fãodeputados para os minifttos que T.EZT-
as
*eruem; ou lhos dáo e\ii confiança para depois os renunciai em u"g.í.^4
y* rauor de outras peíioâs} & outros paitôs diuerfos, & condições tttànti*
"moniâcâs & ilíicítasí no que alem de offenderem a Deosgrauemé- ^fjT^i
tc M IO
icncortem nas penas per dircyto contra os taes efiabeJecidasi>& - ;>«
as
taes prouifoes de Benefícios fáo nulías,
' bloque querendo nós atalhara eíles males, ordenámos &íiiafl*
Jpiiosfob pena de excomunhão mâyòripío facto incurrcnda ato*
das
&quaes quer pelicas Ecclefiafticas ou feculares,que nâorcnun-<
Cle
ni (eus Benefícios em fauor de Clérigo algum publica ou feeretá-
^rite com as ditai condições OU pa£tos, ou outros fimoaiácos, otl
feitos: & aos padioeyros que Com taes condições, 6c per taes mo-
<3 s
° os náoaprefentem:& aos Clérigos que com ellâs os náo âcey té*
er
fi dem aiáb feu confcntimeiitoper fi, nem per iníerpofíta peflba,>
ctlr>
publico ou fim Tecteto. Ho que fezer õ contra yro, alem da exco-
munhão em q encorre (pofío que fe lhe não pròue) & fer ndía &
ltri
oniacaa tal ^uifáo, prefenfâcão, colláção,ou inftí tuição; ícfl-
^Iheprouado, (erão prezos, &do Aljube condenados nas penas
Pecurviatias & corporaes que merecerem, & Os fruy tos dos taes Be-
ócios por tal maney ra dados cm corofa ou confiança, em quantd
als
ie(leucrem fe reítituirão para fe aplicarcm,ametade à fabrica da
p5Ja,&a outra ao fufcefíor: & os que não tcuerem leuados fruy tos
* gús, auerão a pena que parecer, fegundo a qualidade da culpa.
1E as taefnaas penas encorrer áo os que contra as Exttauagantes éo
■--—*—■ ^ ,
Tl
? Titulo.''19.DosBenefi.&pr6mfao clelles
Papa Pio Quarto & Quinto derem ou receberem qualquerBenc
i: ficio per outro qualquermodo de cófiança, para que ou o meímd
*•; 5.'■« Bencficio,ouosfruytos,oupartedelles, ou algua peníao venna -
í!i,2°U«a peíloa ou pelicas. Eaíem das Cenfuras & penas nas ditas
us ím>n coniutuiçóes declaradas, os Benefícios per taes confianças illici-
3 ,U
** ' ° tis & fimoniacas auidos ourados, ficáo referuados á See Apcftoli"
ca E porquefemelhantes pados òi prouifôes de benefícios íe focí»
fazer emíegredo, & a qualidade do crime hera l,conformandonoS
coma mefma Extrauaganremandámos que neftecaío íe recebao
?
teftemunhas fwgularcs que teíbfiquem dediuerfas conie&uras, a
quacs prouada^ por as duas teftemunbas fingulares façáo Icgitim*
t'tamd i p!oua,&(eadmnáotodasasmaistcítemunhas ctiminofas& ínha'
*JZfJi beysquc para proua das fimoniasfe podem per dueyto admitir. ^
ttjtkiHó $r fc por cttanofla Coníbtuiçáo, defendemos aos ConfcíToresq m°
abíoluáo aos Clcngosou Icygos per qualquer modo culpados efl»
algum do* ditos crimes, fcmpiimeyroreftituiremrcdososfíuyt°s
que per virtude de taes proutíoes, ou apreícniaçócs fimoniacas od
cm confiança fcytas teuetem leuados: pata Te aplicarem á fabril
ou fufctírorpelamancyrafcbrcdita;&deyxarcm actualmétc os B«
neficios parafe proiiercm legitimamente pela See Apoíiolica o*
q icm para iiTo teuer poder: & náowndo por onde rcíhtuir os froT
e.ixparu (os daráo caução na forma de dircy to aos que reíutuircm como p0'
jtyuf.' drrem, ao menos juratoria, quando outra não poderem dar. Ê »*'
zendo o contrayto, polo mcfmo caio os auemes por fufpcnfos p"0
tempo que nos parecer. O que auerá lugar afsinos que da quipoí
diante aperíentarem, derem, renunciarem, ou aceyrarem Benehcl'
os per taes modos, como nos que já antes deitas noílàs CófutuiÇ0^
oteucremfeyto.
^ E outro fi, mandamos que ninguém aprefente peíToa algfia cmf
1
fáo ou Beneficio, para effeyto de leliurar de algum crime queted *
cometido, nem o renúcie na See Apoftolica, ou diante outra pcfl°
1
que tenha poder, para vir ao dito criminofo paraomefmo errey
d:fe liurar mais facilmente no Iuyzo Ecclefiaírico, & fugir ào Kc
jar, íob pena de excomunhão ipfo fado incurrenda & miuaÇ?00
Título.ip.DosBeneíí tScprôiiífíodelíes; 92.
B.

pntficio ouprcfentação quenelleteuer, & írtonãoauerâIrgar nos


U€
S tcnunciâò cm a See Apoftolíca declarando algVda* ditas con.
«'Soes a fua Santidade & debaixódcíeubènep!aci:o.
Cenfiituiçáo. 111 Quencnbuapefftatvytrpctodizjmos^
rendkffpt bens dasigrejas.
O R Direyto Canónico & Concilio Tridentino efta manda-
te quc ncnhÚa peílba de qualquer qualidade que %Eccíefíãm^Çí^
c
aou|ecil|arj 3incja qoefcjaRcy ou Empera dor, oCCupcben5,di2i-*fJ^
^os, rendas, feudos prazos, jurdíçpes, ou d rey cos de Igrejas,Be %m!tlL
Cheios, Hofpiraes, ou lugares pios. E os que fizerem o centray to
Homeímo DcciCtodoCondio & BulíadaCcaiáo excomunga.'
os. Eporqueefla prohibição láofanta venha a notícia de todos ôí
u
ia a fua demda execuçio; Mandamos que nenbua peíToa de quaíqf
c a
do que feja, ocupe per fí nem per outrem'bens, jurdicoc frendas,
rr'1?«s, to -os, feudos, ou propriedade das ígtej is, Benefícios, Çó •
ati,a
^Ho/pHacs,&quaesqrlug4.re: pios defíe n(íToBifpado,riCos
ri
nacmieupoder,fabendoqueforáoinjuftamcnír aaido» ouocu-
S:nc
* m aofobredito de confeiho, fauor.ajída, ou patrocínio»
JJpcr qualquer medo impida, ou ajude á imp d r que os taes bes
Uruo ás Igrejas ou K/gares pios aquém pertencem. Eo^qutfeze-
^ocoutràyro, alem daexcómurhao mayor cm queencerrem
c
r °dito Concilio, da qual náo podem fer abfoltosatee com cÍFey-3
^'tuiré/edo^adroeyros pelo n^eímo frito perderão o Padroado
, S'e!a ou Beneficio que teucié: & o Clérigo que tal fezer, ou aju-
■ >°u con(emir,encõr»erá nas mefmâs penas, & perderá todos os
çj Uencío* que teuer, &ficarainhabel para aucr outros: & ainda
jTois çje ràfísfãzet fera fufpenfo da execução de ííias ordés pelo tc-
c Ue nos
c , í parecer. Emandamos a nolTos Viíitadòres que patti-
' rrr,^nteinquiráodeílccafo, pelo muy to que ás Igrejas importa,
0t
. Hytmcãa. 111'l.Quefinaoprouejão 'Benefíciosdpejjoasdager*
(<*> d* nação j %) os luizss aquém nsierem dirigidas as le-
tras não os cor firmem, nem dèmpofjcjcm lhe ffr
Zfrcm as diligencias dó motuproprio.
Titulo. ip+ Dos BencflcL&próuifaodcllè^
í
9*****l- f~\ Papa Síxto Quinto noflb Senhor a Inftancia de Tua MageA
%£]niií ^^ de paílòu hum motu próprio, polo qual mandou que fc náo
tbiiif.if proueflenvem Roma Benefícios a peííoas de geração da nação d«
át
J£t *' Chriítãosnouos: & manda a todos os Iuizcs a quem a execução ac
alguasletras Apoílolicas beneficiacs foremderigidas q não cófirme
nem dempolTe a peífoa algúa da dita geração» aiee os Prelados fa
bre ifío rcícreucrcm & informarem fua Sandidade para que ellc ma
de o que ouuer por mais íeruiço deDeos & bem da fua Igreja. E pof
que alem dç fua Santidade o mandar afsi> fuaMagcítadcnoIo encO
,u
mcndài&muy tas vezes acontece que03 luyzes Apoftolicos &otf*
tros aquem a execução de femelhantes letras vem dirigida, proueO»
& dão pciTe a pclToas da dita nação ou aos de que ha fama & fofpey
tá que o fão, fem nolo fazerem a faber: & deita maneyra o motu pi*
prio de fua Sah&idadc fica fruflrado. Defejando nósprouerríiíToC0
mo fua San&ídadc manda, & fua Magcllade encomenda polam^
ma autoridade Apofíolica que pelo duo motu próprio nos he comc
t ida: Mandamos cm virtude de obediência & fob pena de excõmu*
tmãomayoripfo facto incurrenda, & cíncoenta cruzados para o
aceufadot ôc obras pias, a todas & quaes quer peffbas fcculares ou fc
guiares em qualquer dignidade, grão, ou preminencia confiituid^»
ou de qualquer el1ado& condição quefcjâo,aqucm for cometida*
prouifão de algum Beneficio pela See Apoftolica,ou dirigida a e*£
e
cuçãodcalgúasletrasbeneficiacsdamefma See Apoílolica: oup '"
foa que para iflb tenha poder, que não prouejao nem dem poíle pcf
finem per outrem a poiToa algúa que feja da dita nação, ou tenP1*
fama de o fer, ou aja dulò algúa duuida ou fofpcy ta prouaueh &&
antes de ptouer & dar polTc & proceder a execução das taes letra' ^
lo facão a faber, para que nós refereuamos a íua Sanctidade & &$*
mos as mais diligencias que no dito motuproprio nos fão encatf*'
gadas. E fazendo algum o contray ro alem das ditas penas nas op%z%
o auemos por encorrido, feja certo q o faremos faber a fua Mage^*
de que lho cftranhará grauemente.
ÇonjlitMçâo. y. Que ninguém tenha dout ou rmtjttí
peneúcios incompatmei*
.;
TituIpsDbsBenefici.&prouííSò'delIes 93.
^Oaforaie a direyto ninguém pode cer dous oumuycbs Be ^ de mH
nehcios nem dignidades que tenhão cura dulma com Beneficio '-^"^
• auo>nemmuytasdignidaces, ou outros íemeihantes Benefici «kwfcfcai
°s queper fia ou por razão da continua refidencia que requerem,fáo ^ZVz.
^ompatiueis, pondo diucrfas penas depriuaçao aos que fezerem triitn.
° contrayro. E o Concilio Tridentino vltimamcnte manda que to^La
05
°s que com diípeníàçáo Apoílolica ou per outra qualquer via de cumJH'.
°menda ou vnião temporal tcuerem duas ou muy tas Igrejas cura-
as, 11
.° ^'gnidades, dentro em íeis mefes efeolháo nua qualquer que
Jl,
T crem&deyxem as outras: aliás ficando lhe a dcrradeyra, todas
»$ outras fiquem vagas, nós afsio declaramos & mandamos: & por
Uc
S a>gús com falías informações impetrao letras da See Apoílo-
Ja
> para poderem ter dous ou muytos Benefícios per viadtf
«iao©a em Comenda , ou de ferem algum dos Benefícios te-
u,es
) ou outros femelhantes pretextos: Mandamos atodososlò-

ditos,que per qualquer via teuerem dous ou muytos Benefícios
a
'ias incompatiucys, ou daqui por diante os impetrarem, nos mof-eah9rijji
entro cmdousmeiesdepoisdeos ter, as letras perque os afsi ih «<dm.
úem: E não o fazendo ficarão dellcs íufpenfos atè fatisfazerem,1d? ?e l/'Í
&pèèrf*„
cri ir J n l -J Jf>7'
cuerando em lua contumácia procederemos contra elles ate cy.$.
P^Çao, guardando em tudo a forma do dito Concilio. gmté.
" Eoutro íijconformandonos com o Direyto Canónico & com $»&/#*'
j^/mo Concilio Tridentino, Mandamos a todos os Colladores iú- 'Efiíh,
,;riores deite ncíTo Bifpado, que per curtume ou pr iuilegio tem po- *W^
e
Jueconferir ou proueralgfis Benefícios finipliees ou rações, ou cu M/>. dudi
fadosdequalquerqualidade,que não dem hum Beneficio aquém "^^
l teucr outro ou outros, pofto que fejão íimplez,baftando opri* <-.í5.»IIS
,ncyro ^ue ja tem para fua luften tacão, & nós faremos o mcfmo nos
^ue fáo de nofla coliação ordinária, como per direyto & Cõ-
cilio fomos obrigados: & encarregamos as concien-
cías dos que impetrão muytos Benefícios,
que vejão como os impetrão &tem?
I.1"

& o que os Sagrados Cânones


& Concilio nifto mandão.
A» " TITV;
Titulo. 20. Dós òfficíos Diuínos>
j*TITVLO.XX.DOS OFFICIOS
Diuinos, enterramentos, & trintayros,
Miflas (3c. Anniuerfarios, que os
defuntos mandão dizer.
ConRituicâo Primeyra.

"P*-'-*? IftSBWSSI O D O S os que tem Benefícios, ainda q não tcnhao


hà.mff. g^gy IHi Ordens Sacras, & os que as tem, poítoque Beneficia
tUm.uod f |||D HlE^I dos não íejáo, ião per Dircyto obrigados a rezara
noras
pBJI JPSi Canónicas & Officio Diuino cada dia com*
P™*™*» tcnção & dcuação. E no rezar & fazer dos diuinoj
officios, fe deue guardar o cufturae da Igreja Catholica Romana co
a qual fedeuem todas as Igrejas inferiores conformar, comocaW
q fae de toda a Chriftandade. Polo que mandamos a todos os Ciei1'
gos de ordés Sacras & Beneficiados de noílb Bifpado, q em o Ch°'
ro ou for» delle tem obrigação de rezar o officio diuino, o reze I"
gundo curtumeRomano,cóforme a ordem do Breuiario nouarne11'
tc reformado, de nouc lições. E rezarão todos,dos San&os de que»
a
re2a na noíTa See, fazedo os,ou duplezou fcmiduplcz como nc''
fe fezerem, para o QHC terão os liuros que dos ditos Sãâos per nov°
mandado fe fezerão & aprouaraopcla SceApoftolicaj&andáoitf1'
prcíTos.E todas as Igrejas inferiores defte noflb Bifpado nore#r
das horas & officios, afsino tempo como no modo & folcnida^'
fe conformarão com a dita noíTà See, porque nclla fazemos intey'*
mente guardar em tudo os cuftumcs & ceremonias Romanas.
^ E os q por razão cl feus Benefícios ou Iconomias rezáo é Cho*0'
eftarão com Sobrepelizes & habito decente ao lugar & officios»
terão muyto filencio & atençãoj não falarão huns com cutf05'
nem trarãoao Choro cartas, papeys, ou liuros de hiítorias, .
^ Terão todos feus liuros de Choro ou Breuiarios diante per oW
fxtnuii. tezem não fe fiando da memoria; cantarão as horas que (io ov[
hmfiX Sa(!?s2 **? 0H!!*? Çn.toa!^° dcuagar, fazendo pauza no meo # ^
& enterramentos, & tritrtayrõs, &c? 9$
«ceada Vctfo, cm quanto hum Choro diíTcrhum Verfo,o outro o
jHjuiraa tento, &náocomcçaráoutroatèfcaquclle acabar: E o Prc-j
ld
cnte d© Choro quando vir quccantáoourczáo mais deprefla do
Sueconuem,ounáo fazem as patifas dcuidasjhc batera & fará que
c ordenem & entoem como dcuem, mandandodefeontar os delb-
«dientes ou defcuydados como lhe parecer: E fendo nifio negligen
tc
>alem de encarregar fua confcienciagrauemcntc, nós ocaftigare-*
^)os como fua culpa ou defcuydo merecer.
" Ao tempo que rezarem as horas, ou fezerera ofícios diuinos,não t. SmrM
ç e
ptrará leygo algum no Choro, faluo fendo Cantor ou peíToa que fJ J™,
a
jadc ajudar: & os Cantores &ajudadorcs eftarão no Choro honef- iJtvit&
l
°s & fem arma algúa,& guardarão o filencio como deuem guardar bmJiãt's
s Beneficiados: & oPrefidétc mãdará apontar osquefezerem o
^°ntrayro,i& defeontar conforme á culpa & contumáciaj amoeflã-
^oos primeyto: porque para iílb nós lhe cometemos noflàs vezes,
* fadaremos executar osdefeontos que lhe forem feytosôc bera
°?s parecerem.

Confttuicââ. 11, DaspenÃs que amrâo Vi aue ná9t


regrem os Officw Diuinos,

OMOS informado, que aígus Clérigos & Bencficiadosi&de^wwt


^Ordens Sacras, deyxão de rezar o Officio Diuino não tendo lc- £$'*'*'
8lt»nacaufa de infirmidade, ou outra femelhante que os efeuze: &
US
_8 fão nifto tão defcuydados que parece que defprczãoo Iugo
c
«cal. Mandamos que todo aquelle que fem legitima caufa dcy
ar
de rezar o Officio Diuino cada dia, ou parte notaucl dellc, alem
peccado que comete menosprezando os preccy tos da Igreja,fc
1 em rci»ifsão condenado & fc executem nellc as penas do Conci- Stf. 9. f.
«UC Cra!lcnfcvItimo fob L«oDecimo, oqual manda qucqual-^'^-'
* C\C^rjg° Beneficiado com cura ou fem cura, fc efleucr feis mc-
^s depois de aucr a poíTc de algum Beneficio fem rezar o Officio
íuino, não tendo impedimento legitimo, não (aça feus os fruy tos
. ? dito Beneficio ou Benefícios que tcuer pro rata do tempo que
*""*"*' Àa a «kyxovj
Titulo. zo.DosOfficiosDiuinos,
deyxou de rezar; antes como fruytos mal leuados, ferá obrigada'
«m cõcicnciaaos rcílituir á fabrica da mefma Igreja,ou aos pobres»
E fc depois dos ditos íeismezes perfeuerar em fua negligenciaoU
contumácia, precedendo legitima amoeíiaçáo, ferápnuado perico
tença do dito Beneficio ou Benefícios, oqcm quinze dias náo diuef
ó dito Officio, ao menos duas vezes, & ficará obrigado a dar conta
íxtrMtg.*'Deosác fua negligencia. E o Papa Pio Quinto de boa memofl*
fi 5. .«« per húa fua Extrauagante declarando o dito Decreto do Concilio
<
£, Nl«.Lateraneníc)mandaa1ucosqucdeyxaremde rezar o Officio V^'
iwL.í.25 no hú dia ou mais, fem caufa legitima, náo facão feus os fruy tosde
feus Benefícios que pro rata refponderem aos dias & tépo que dcy
xaré derezar,comocadadiaforáodeuididos: & os que dcyxarert)
de rezar fomente as matinas perderão ametade dos fruy tos que rd4
ponde àqucllc dia: & o que dcyxarde rezar todas as ou trás hor*5
do dia, a outra ametade: & o que deyxar de rezar cada húa das ha'
1
ras não faça feus a fexta parte dos fruy tos. E declara que os que tefl
prcítimonio ou outro algum Beneficio, poíro que de íua criação nojj
tenha obrigação de algu officio efpiritual,fáo obrigados pelo mcí'
mo modo a dizer o Officio Diuino: & ainda todos aquelies que tem
3
obrigação de Choro fc fc acharem prefentcsnelle com os outros
todas as horas Canónicas, fcelles per íi as náo rezarem, náofaç/*
feus os fruytos & diftribuições pela maneyrafobrcdita-jpofíoq^
per fundação curtume, ou eftatutos da mefma Igreja ganhai!2 °t
fruytos & diftribuiçõcseíiando prefente em o Choro ás horas fòijjf
1
te: & os que tem petições como Clérigos, manda quedgão o otj
cio pequeno de Nona Senhora cada dia, & náo as dizendo perder*
pro rata os fry tos & rendas de fuás penções pela mefma ordem
mancyrafobrcdita. .
^ E os Clérigos de ordens facras que não tcuerem Beneficio^
rem negligentes em rezar o Officio Diuino por feys mezes depa
de ordenados,paílàdos os ditos feys mezes, fetãoprezos, ^°( u
jubc pagarão cinco cruzados para o Mcyrinho & obras pias. EIe
1
pois dey xarem de rezar, & fe prouar que tem nifto grande delcu »
ferãoprezos & doAljubc grauemente caítigados conforme a ^
& enterramentos, &irintayrõs9&cf pT*
culpa^ & não lhe ferád ido Beneficio, Iconoraia^netn Cura dalmas,' .

*tè primeyro nos confiar cj eftao niífo ião emendados como deué.
í Emandamos aoThefoureyro & Socefourcyro da noíía See, &
aos Priores, Rcytores, Curas & Thefoureyros das outras Igrejas,q[
l
cm cargo dos ornamentos, que não dem guizamentos a algum
Clérigo que per nos ou nofíbs ofíiciaes foíTc ja caftigado por náo re
Zar
>ou outro algum que tenha mafama,fem lheconftarptimeyro
Stemaquelle dia rezado Matinas & Prima, íobpcna de mil ia, em
c
pcoauemos por condenado.
t ■

Conflituição .111. Comofc dirão ás AfiJJas] & preparação


dos Sacerdotes, ftj Çilmao que dtue auer na
Jgre]a {£/ SamCbrijita,

HE tão alto o miílerio que na M.íla fe celebra, que para fe fazer


deuidamente, conuem que os Sacerdotes procurem quanto
n
-Ucs for a pureza de fua conciencia,& a melhor perparacáo interioc
^'exteiiorquelhefcr pofsiuel: afàique quando celebrarem ôcdiíTc
tctr
» Miflà tenháo a grauidade deuida,a quietação & repoufo, & a
" uaçáoqne conuem :&no modo de celebrar, & no vzo das cere»
temias, & nas Orações guardarão o cuftumeda nefla See, como o
deuem guardar nos mais Ofícios Diuinos: & náo mudarão, nem a
Cr
eícenrarâo ou diminuirão ccufaalgua das que o Miflal Romano
^anda: &aind<t.quefaybáode memoria tudo ou amayor parte, o
diúopelo liuro,principalmcnteaEpiftola &oEuangelho,&o Sa
E^do Cânone da Milía: & náo Terão admitidos a dizer MiíTa os que
n
m
ao iouberem de memoria ao menos a Cófifsáo, o Credo, & a Ora-
Sao da benção da Agoa que fe deyta no Caliz,quc começa, Deus
S» humana: fuftantiiE,&aque Te diz antes do Euangelho: Munda
cor meum, & as oraçces da Offerta, & as depois de confumir,que co
taeíao, Ç^uod ore fumpfimus, &Placeat tibi.
l E defendemos que ninguém nefte Bifpado, diga ou reze offício
*!g«m nouo, poílo que ande im preito, que não í, ja viflo & a proua-
doper nósj nem metão mais Colletas & Orações das que manda o
te
Aa3 íh
Título. 20. Dos Officios Diuinos,
jsgimento:&nãòfcráo tãoapreffadosq cícandalizcm osouuifltes?
ncm.tão vagarofes que molleftcm:& dirão as MiíTas rezadas em voZ
tão alta & íntelligiuel que os cireuftantes oução &c entendáo o <j
diíTcrem, tirandoo Canon da Miflà, & outras coufas q nas MiíTaS
cantadas fe nao cantão, porq eítas dirão em bayxa vóz,quc os cif
cunílantes não oução. E cm tudo o mais afsi na preparação antes a*
Mina, comovem ir da Sãcriftia para o Altar, & no minifterio dei;
la, & tornar a Sancriftia, fe guarde o Cercmonial Romano.
ri>. f«#- ^ E conformandonos comos San£tos Cânones defendemos que nc
/leríhHt nhum Sacerdote diga em hum mefmo dia duas MiíTas, nem ceie*
Àifix. • breantes de fair o Sol, ou depois de mcodiatSaluodia de Nata'*
f
$íké!cl no qual fe podem dizer três Miílàs, húa logo depois da mea noy w»
&*»*■%outra rompendo a alua depois de poftaa Lúajaterccyradcdia &*
{vá», horas euflumadas, & guardara o curtume da Igreja. E o que con^
traoprcccyto & vzo da Igreja difler em hum dia duas Miílàs, fefí
o rezo, & do Aljube grauemente caftigado, ainda que feja nobre otf
conftituido cm dignidade. E illo não auerálugar nos que por algu*
graueneccfsidadcoujuftacaufa da qucllas que o direyto aprotia»
difler duas MiíTas jeomo cm cafo que depois de ter dito Mifla algUflJ
fregueu efie cm tal perigo de morte, que não fe lhe poílà dilatar a co
munhão para outro dia^nem aja Sacramento no S ácray ro, nem oil*
tro Sacerdote que diga MiíTa: fie em outros femelhantes cafos qufi
5
^•'^'nos Cânones & Doutores feachão cícritos, os quaes os Sacerdote
deuem faber, E em dia de Natal quando ouuct de dizet outra M>^
na primcyra & fegunda não tomará o lauatorio para que as polía »
c.txtatt zer todas cm gejum como he obrigado, & quando não ouuer de dl*
2CC outra
tftf»*' Miflà huaàfempreo Caliz com vinho depois de cõmun:
*'TridjSe/f.ffx como o Direyto lhe manda & a Igreja eufluma.'
*"!/•*'í Suguem dirá Miflà cm Altar portátil, nc cm cafas priuadas, °V
firutt. & Oratórios particulares, q não fcjão viíitados & aprouados per nos*
JÍ;$f£f E porque o Concilio Triden tino manda & encarrega aos Ordin*
Miff* ir. IíOS que per leys & éditos públicos, facão tirar das Minas & Diu,r5°

£. 7e!«n Officios todos os abuzos & fufpcrfliçõcs, & guardar asceremon
f<(r*,dijt.
p
5 «*._...—
_antâS
& cuíiumadas
._— _ t.
pela Igreja Romana:
v r .. .. .„
Mandamos w.
a . todos o
Satf*
■'• 1 . » <

oc enterramentos, & trintayíos, ôz£ 96


^cerdotes deíb Bifpado &aos que a elle vierem de fora," ou nelie
Per algua caufarcfidirem,que guardem no celebrar das Mifiàsas cc
r
emonias & curtume Romano,& náo vzero de fuperftiçâo de cer?
to numero de candeas, nem facão ao Altar mais mefuras & adora-
res das que a Igreja manda: Não obriguem aos circundantes, ain
da que fejão feus freguezes a leuarcouía algúa a offerta, mas poder
tàe hão lembrar quam fanto Cdouuauel he offerecerem. Nem di-c. Uesk
r
«oMiíTafoiéne, lenão anendo ao menos duas pelíoas prefentes^y"''^
S^a ouça} quando poder fer &lhe reípondao: para que poísáo '^$
°«uiraspahurasquedizem aoscitcunftawes, Dominus vobilcú:
^Oratefratres, como os Cânones mandão.
*£ncnhumdiraoIntróito &Confifsáo da Mitíaantes dechegac
*° Altar,ccm© algús fazem, nem comaçatàf-náo depois de fer tu-
0 preparado cornoconuem:& o que fezcralguas das coufasnefía
vonftituiçáo prohibidas,poIa primeyra vez íèrà amoeftado:&po«
à
aguada condenado cm mil reaes, para a See & Meyrinho, &
P0^ terceyra auerâ a maispenadefufpençáooudinheytoquea
*°s ou noíToVigayro parecer.
T-E porque algus Sacerdotes vem de fora que não fáo conhecidos t*p.tu*dt
^Sacerdotes, ôíaindaqueofeiloníofabem te tem impedimen^r'
,|£
í 8 B para poderem dizer MiíTa. Mandamos ao Sothefourey
*7lSeCi & a todos os Priores, Reytoresôc Curas, que não dem
b^zamento, nem confintão em fuás Igrejas dizer MilTa Clcrigo
j 8^01 de fora do Bifpado ainda que lhe pareça peílòa graue, fem
e
oioftrar DimiíToria vifta & aprouada,ou ao menos hcéça nofia
eno
^>Prouifor. E iílofe guardará com mais rigor nos eftran-
Seyros que vem de fora do Reyno:& fazendo o contrayrò,pa<>a-
í0
P°?a primeyra vez mil-reaes, pola fegunda o dobro, pola ter-
;taietaoprezos& gtauemente caftigados.
7 ^utro, G mandamoique nas SancriíHas & lugares em que os Sa
ôd !tC-Sfc PrcP^° &reueQemparadizerMiiTa, ajahúataboa
c
efiê eferitas de boa letra # bé legiucl todas as Orações que fe
«piem dizei ao veftir de cada peça, fidas mais lembranças neccífa-
4s
s parAfuapr;paraçáo: & qu: náo ícreconciliem nem con&Tçm
cm
Titulo. 28. Dos Officios Diuinos,
cmpee como fazem,fç naodegtolhos com a reuerencia detiída»
&moftrem em tudo que náotratáo os Sacramentos San&os, rrta*
yormente efte do Altar, corno officio paca ganhai dinhey to: fe náo
como mifietio efpiritual altifsimo que he5& aueráncHasmuyt°
filencb&honeítidade: &osquefezerem o contrayroíeiãocaíh'?
gados comofua culpa merecer.

Con^ituiçâoJULQucasMifjas do Dia comentuaes ft


di cão a horas de terça, %) não[e deixem per outras^
particular es: nem fe cumprão com hita
Aii^a duas obrigações.

e*p.etbec f^\ ^denamos Ôonandamos que as MiíTas dos Domingos,fcl* ,fcf-


de ajtcr. \J tas,San&o$,& ferias que fe dizem ao pouo, # chamão cotr
uentuaeSjfedigáoâhorade terça depois da terça dita como osO,
nones mandão: &as Minas que per obrigação da Igreja fe dizei*1
pelos defuntos nos dias deferia, &femiduplez&fimplez,fedir^
.f alem da Miilà do dia a hora cuftumada. E nunqua-por razão de W
tíir^gáaM;ífa particular de deuação, ou de algúàfefta, ou confraria»
bmU c r
%M de defuntos, ainda que feia no dia do enterramento, fe deyx* *
J
(M.miJ!di dizer a MiflTadadia: nem ic compnraocomhiumelma M» *
djuerfas obrigações, como atee agora em alguas partes fe fez co&
grande cargo de conciencia. E concorrendo em hum dia duas W>
ííis cantadas ou rezadas de obrigação, ou mais, não auendo Sace*'
dotes que as poífam dizer todas, ou faltando tempo para fedize'^
5
fempre precedeu a MilTadodia atodasasoutrasÂfedírá,^
outras íe paliaram para tmtro dia em que commodamente
poífam dizer.
s
^E para que iílofc cumpra inteyramcnte &fe atalhe a rnuyt° *'
buzcs,pola grande multidão de MilTas& Aniuerfayros de <JoeCv
Cabidos, Priores, & Beneficiados, &Reytoresfe encarrega0»ot)
gando as Igrejas & feus SocelTores a as dizer per peroamente, P ,
náo perderem os bsnstemporaes que por iíío lhe dão ou deyxa1*1';
& enterramentos, & tríiítayró$,&c; 97J
^«criamos & mandamos ao noflo Cabido, & aos Priores, & Be-
nen
ciados das igrejas CollegiadasdefleBi/pac/o, & a rodos os ou-
l 0s
\ Píiorcs & Rcy tores que náo aceytem mais Miílàs peipecuas,né
ilida per tempo certo, nem Aniuerfa) rosque aqueHesquepodèré
^comodamente na mefma Igreja, auendo reípeyto as obriga-
is que a Igreja já tem :&para que iftofe faça corno cumpre, man
am s
° que íenáo faça contrato de MiíTas jk Aniueríayros, nem fe
a e
^ Vte legado ou teftamento em que fc dcy xem bens às Igrejas com
°br'gaçáo de MiíTas & Refponfos, fem Ter per nós ou noflb Proui- tfpjlt+
or u tr
aprouado jpor que fem autoridade & confentimento dos Prela- ™$ }f.
^icnao podem imporás Igrejas obrigações reaes & perpetuas: &
er
umuyras vezes acontecido, como coníta dos Iiurosanugos,que
Per caias, moueis,& bens de pequena importância feaceytáogtan-
8
obrigações cm grande prejuízo das mefmas Igrejas, & dano dos
SUe deyxão os ditos bens, porque fe lhe náo cumpre o que manda-
íao
« E fe algum contrato fe fezer com algos Priores, Beneficiados,
°u^eytorcs de obrigação de MiíTas, ou íeaceytat legado, ou bens *
°tri cfte encargo, fem fer per nós ou neflo Prouííor aprouado: con-
°rniandonos com o direyto, queremos que njo obrigue a Igreja èc
°cefiores, mas fomente as peíToas que o fezerão; & alem dilTo pro
Cremos contra elles corno peíToas que impõem fubre as Igrejas
°krigaç5es quenáodeuem.
i E 'fto fe não entenderá no noíTo Cabido pola adminiftfaçãoque
,etn ^e íéus bens, &porque confiamos que procederão niíio como

3 ^ Plaque as obrigações que ao prefen te ha de Miílâs& Aniucr-


ytos fe poíTão cumprir, & faybamosqua.es & quantas fão,&dar.
s
° ordem com que os defunctos nãofejão defraudados das Míííàs .
lufragios que deyxaráo, ÔC as Igrejas não padeção detrimento:
andamos ao noflb Cabido, & a todos os Priores, & Rey tores das
gjejas Parrochiacs & Curadas deite Bifpado,& MoHeyros de noíft
^IltaÇáo,que da publicação deita noílà Conftituição a féis mezes pri ftWMt
e
yros íeguíntes, nos moftrem a nós ou a peflba para iíTo depura- ni,mat.
* °_s !ilír?s de l°dos os/Aniuerfayros & MiíTas da obrigação da "M-
J rc a
Bb g J
Titulo. 2ô. Dos Officíós Díuinos,
r
Jg ?ja& os bens que per elles lhe deyxarao-, oudem de tudo hutol
per elles afsmado & tirado na verdade: oqne cumprirão fob pen*
de vinte cruzados: &perfeuerandoem fua contumácia ou neglig^
cia procederemos contra elles teecom effeyto fatisfazerem.
^ CófarmanJonos com as Conltituições de nofíbs prcdeceflorcS
pelamcíma maneyra mandamos a todosos Curas,Capelláes,&Si
cerdotes defte ncífo Bifpado de qualquer cítedo & condição que fc1
jão, que nãoaccytcm de viuos ou defun&os irais MiíTasq as quC
elles poderem dizer nos dias em q não teuerem outra M:íTa de obr|*
gaçáo:&osCurasouVigayros,ou Beneficiados que tem perobfi'
gaçáo de feu cargo MiíTa quotidiana,não poderão acey tar outra a,fl
da quedigáo que a mandarão dizer per outrem,faluo fe os q lhas oe
rem,ot/ }has mandarem dizer confentirem exprefíamente n>fl°>
3
fabendo qas nao podem dizer per fi,porq a experiência té mofa "
do queeftasMuTas fenão dizem, & que querem fatisfazer a muytoj
com hua mefma Mifla. Eternos achado qmuy tos Clérigos mor*"5
ficando deuendo grande numero de Miflasq não diíTerão-Enol»0*
101
Vifitadores terão cuydado de perguntar fe fe cumpre efiaConfl» '
çjk>,& os que acharem culpados,remeterão a nos ou nono Vigavr^

paraq fejão caftigados como m2recé,& os obriguemos a íatisfaz *
^Eaueràem todas as Igrejts hua taboa,na qual eítemeícritos1"
dos os Aniuetíày ros & Miíías da obrigação da Igreja, como he &
ftumetirada fielmente doliuro da Igreja: & o Prior ouReytofl
não teucr a dita taboa,pagar apor cada vez hum cruzado.
«

Constituição. V. Que nos domingos {$) dias de fe fia pela m4


nbaã Jenão faca officio de defantíos, indaque
Jeja no dia do enterramento*
â
E R direito he prohibido nos domingos & dias de fefta p« f ,
3
JL nhaã fazetfc officio de defuntos cantado com q fe impida K
nidade do domingo & fefta,po!o quemandamos que acontece*5
que algum defunctoíe aja de enterrarem algú dos ditos dias p
manhaá, que Telhe não faça officio de enterramento cantado,** ,.
n. - ràenterrado com hum refponfo íòmente,& á tarde fe lhe tó °r
«3c enterramentos, &tríntayrò$,&c« $>8.
"CK>,3:aodia feguintefedira àmhfa. Mas auendo outro facerdotccj
¥*ga míTi pelo defunto, a poderá dizer rezada,& não auendo ou-
lf
o Chrigofeaáo o q.iediza mifíà dodia,diraamiíTa dodia,&podc
ra
no íim delia fazer comemoração pelo defuncto.
f £ nos dias do Naral,Pafcoa,3«: Efpirito Sáóto, Corpus Chrifti, &
Afljmpçáodc noíTa Senhora íetiáo poderá fazer o officio de defu cos
°M horas: nem exéquias,ainda quefejaàtarde:mas fendoofficio
C

"-enterramento fe poderá &zcr à tarde em voz baxa em tempo &


tagat que não faça impedimento aosofriciosdafeíiar&omefmo
aguardara nos três dias antes da Pafcoa;& fenelíes acontecer mor
tcr
algua peíTba,a enterrarão fem pompa & Tem officio cantado, nc
^toadojómente fera rezado o officio de enterramento, & os mais
íe re
feruaráo para outro dia defimpidido,& fe algum o concrayro fe
r a
P g3ràpor cada vezdous cruzados.
T* H outro fi mandamos a todos os íàccrdotcs de noílò B ifpado que ey.&btc
n
* noíTa See, nem em ourra algúa Igreja Parrochial delle digáo em j^f "*
0s
Domingos & fan&os miíTa rezada nem cantada depois que íe co
nic
9r a milfa do dia atee fer dito o credo,ou fe acabar a oíferta & ef-
ta
Çío,6c 05 Thefoureyros & peflbas que tem acargo de dar os orna-t
Centos pm as miiTas,queos não dem a Sacerdote algum nem con
In
táo que fayáo das Sácnftias para dizer mifíà atee o duo tcmpo,&
Ca
dahum que o contrayro fezer pagaràpor cada vez dozétos is pa-
** a fabrica da mefma Igreja &Meyrinho.Saluo auendo necefsida
e de fe leuar o Sanctifsimo Sacramento a algum enfermo pata o q
e
J* neceíTario dizerfe Mula, porque ecn tal caio fepoderà dizer a
«Nquerhora.
i E porque aísi as Igrejas Parrochiaes defla Cidade,como as de fo-
a
delia tem muytos freguezes que viuem longe da igreja >&as vc-
c n
s não ouuem Mifla por ol rior,ou Rey tor, ou Cura a dizeré mais
do
do que eíles podem chegan&diuo nos fezerão queyxume em
u
ytaspartesafsianós comoanoíTosVifitadores:paraqucosfre-|
guezes íaybão a que tempo fe deuem achar na Igreja, & os parro-
0Stc
cquandodeuemefperalos:Mandamos quedeíde diadePaf-
c
?a atee o derradey ro de Setembro, a Miífa do dia fe diga das nouc
Bb i hg*?*
Titulo. 20. Dos OfficiosDiuínos,
horas par diante de maneyra qfc acabe às dezhoras pouco mais o'J
menos,& deído primeiro dia de Outubro atee aPaícoa fe começa*
ràas dez horas,& fe acabara às onze:oque náo aucrà lugar nos dia*
cm que ouuer na mefma Igreja pregacáo,ou algúa procifsáo,ou fc'
ftâfoléncporquccntáofepodcrácomefíàra Mifla mais cedo>dcma
íieyra que fe venha acabar no tempo acima declarado pouco ma*
oumenos: &os Parrochósqueafsionáo cumprirem,pagaráopoí
cada vez dozentosrspara o Meyrinho** obras pias.
^ Eporqueíbeauer duuidasantreos Sacerdotes acerca das MiÚasq
fepodem dizer na ícmana Sanita, & comunhão dosenfermos: co^
íormandahos com o vzo Romano, ordenamos que à quinta feyra
fj„ f<<M4 todos os Sacerdotes que eíteueremhabeys &diípoítos poíTáo dizer
4t tifur. ^,flj adigáooucõmurguc:&afefiafèyrada mefma íemana San'
fséttt &a náo fe dirá outra algúa MiíTa,fe náo adoofficio do mcfmodia
dt cóper. nem ao sabado San&o fedirà fc náo htia fô MiíTa em a qual fe foi?
JtJÍ h
' íiizaúa noytc Sanftà da RefurrcycéodcChriftò Noflb Senhor, #
anrigamére fe cuílumaua dizer na noyte do mcfmo Sabado para0
,J
táf.ttU- Domingo. Eneftc dia antes de fe começar aMuTaaotcmpoq f
dcTonft aprocilsáochegaa PujfcfaráoBaurifmogcralcomoa Igreja P»
trAt «*¥.>da, &nòs temos declaradono titulo do Bautiímo.
ftqMc»* €[Ê quanto a comunhão dos enfermos mandamos a todos os Pr»0
Jicrttit. rcS}Rey tores, & Curas que na terça & quarta feyra da dna íernafl*
'' Sanita procurem faber com diligencia fe ha hi tenfer mos q tenb^
necefsidadc, & deuão comungar j & auendo os nos ditos dias )be
tão a cónjunháo. E nos taes dias feguintes o náo darão a pefloa >
gúa,faluo auendo tal ncccfsídadequefe náo poíTa dilatar para o
mingo da Pafcoa,porque em tal cafo fediráaos tae? enfermo**^
fc lhes leuarácom afolcnidadc cuflumada: & fc o Senhor í*
cftcuer enferrado no Moymento, dahi fe tirara ficando Sacrart^
0
tocomo hcneceíTario que fempre fique: &efíandono Moyí^ ^
' eníetrado, felhe leuarádo Sacrário: & nas Igrejas ou lugares oo^
nãoouucr Sacramento no Sacrário, ou fenáo poder ícuar delíc>
" mos diifemos no titulo da comunhão, fc poderádtzer Mifí*a no»
tos dias de fcíla feyra & Sabadp para fc dar a comunhão aos co
'
& enterramentos, & trintayros* £cc. yy*
toos que eftcucrcm cm tal perigo que fe lhe não poflà dilatar.

Con/lituicâo, VI. Qftefe náo facão contratos nemauenÇat


JobreasAljfis, & Dittmos Offiaosou Sepulturas,

OS SanaosCânones,&Concílios Vniuerfacsfundados nodi-„M?/a


reyto diuino fempte prohibiráo & prohtbem todo o pado & jgg^j
conuençáo fobre as M (Tas ôcDuinos Or'ficios,& quaes quer outros "»LL.
Sacramento ,& iobreas Sepulturas ti exéquias dos defuntos: &ç pc etpjeáJH4e
d tte ou leuaríe coufa atgúa temporal por ellas,ou quaes quer outrostin*ítít
^inuteuos&couGseípirituacs, reprouádo todos os curtumes em JSJJJ*,
^Jnirayro, pòfto qic fejío immemoriaes. E o ConcilioTridenti jj^f
n U íe li
° encomenda aos Prelados a prouifáod.tto.dímaneyra 9 « ' *»<*•/<#•
rem das igrejas todos os abuzos cm que ouuet e<pecie de Simonia, ^'"ill
J
°udcAudrsza& Cobiça. ] '"%£aS
* Polo q ordenamos & mandamos a todas as pefloas Ecclefiatticas J^-** *
Seculares que náo façío pados nem conuenfa fobre as Miífcs & '« »M
^'u.nosOificios Exeo nas & Sepulturas, coniratandofe fobre o q
n
* de dar ou aucr^ porque ainda que por razão defuifoílcntaçáo os
bengos podão leuar & pedir alg"ía coulà temporal, &os leygos
darlhaj toda via fazer fobre úTo pa&os & conutnfas, parece mais
r
P^rpteç^àscoufasc pirituaes,queellasnáotem,quc tratar daefmo
'■'dcuidaàfuftentaçáo. E muytomaiseftreytámenicdefendemos
fríerem fe femelhiiices conuenías antes delefazerem os officios di
nines, & «edizerem as Miflàs, & negando ou detendo os Sacramcn-
t0s
^ Officios,ouExeqjiasatèquefelhcsdèotcmporal quepeciéi
0t
P que muyto mais euidentcmenteíe exprime a fetnelhança de vé caf>jn t*n
^ S-iando primey ro fc pede & recebe o preço qae o efp>ruual íc rui gfrjj*
n, r
ft e-, ma< guardarfeháo afsi nas offer ras dos defunótos como nas ef mm* 0,
MasdasMiíTas, trinrayros, & mais officios os cu(lumcs)ulos&^,4\tjti:
^uuiUeys acftc B.fpado & noffas Cóairuiçóeá, &íeráo auizadosos wo.*^
^erdotes & Miniftros da Igreja ,rnayormentc os que por razeo
^feusBeneficios ou cargos, íáo obrigados adminiftrar os Sacra-
mentos & Diuinos Officios, & fazer as Exéquias', o'Je os não n g«ca
- ~ Bb | <*
Título. io. Dos officios Diuinos,
cMApof- oudetenhãoporlhenãodaremprimeyroasefmoias & crTcrtas-, ne
*fin!de Si- tomem por iílbpenhor, mas os facão liuremente3 & depois pcção>
e
a»i(»/4. o que por razão do euflume & noíTas Conftituições fc lhe deue, qi>
nós & noíío Vigayro lhe faremos dar com breuidade. E todo aqucl*
le que o contray ro fezer, alem das penas que per direy to encorre,^
lá prezo & do Aljube pagará pola primey ra vez hu m marco de p^
ta para o Mey rinho & obras pias, & pola fegunda o dobro, & p0'*
tcrceyra fera mais graucmcntecaftigad«.
Ç E para que fe tire toda a occafião de fe poderem fazer pados & co*
uenfas illicitasfobre as MuTas & Diuinos Officios: Ordenamos #
mandamos que em todo o noíIbBifpadofedédeefmola por cada
MiíTa rezadí dous vintes, por cfta parecer a fuftentaçáo côngrua p*1
ra os Sacerdotes que as difleremfe poderem fuftentar húdia. Eda*
iMiíTas Cantadas fedaráodeeímola aos Sacerdotes que as diílerctf
oy tentais: & aos que ajudarem, não fendo a iflb obrigados por tv
záodefeusofficios ou Benefícios, fedaráo feys vintes-, de mane)"*
que cada MiíTa Cantada, cu Aniucrfayro, hora feja de viuos, hof*
de defuntos, hora de pcífoas particulares, ou de Confrarias, fe da-
rãoao tododozentos rs nefta Cidade: &a mefma efmola fe dara
nas Villas grandes onde hamuytos Padres, quando forem todos d*
mefroaVílla,& nenhum vier de fora, nem fezer mais que ajudai3
dita MiíTa, fem dizer outra algúa. Mas fora defta Cidade nos ou-
tros lugares onde não ha cantos Padres que bailem para fazerodit"
©mcio,oquediíTera MiíTa Cantada, & fezer o oíficio de viuos <$
defun&os aucrá de efmola cem rs:& os outros fe alem de ajadaref1
^Miflà Cantada & officios, a dilTerem rezada pelos mefmos viu0
oudefundosjaueráocadahum quatro vintes, íegundo atégora1
cuftumou, & fealgús Padres forem chamados para officios de n^Y
to longe, alem da dita efmola, auerão o que mais fe lhe cuítuni*
dar pelos ficys ChriftãoSj fem auer fobre iílb preço nem conue°líl'
E mandamos ao noflb Vigayro & Vifitadores,'que facão intcyra'
mente cumprir cfta noíTa Conftituicão, procedendo contra os &'
pados como lhe parecer.
f Porem cfta noflâ Coftituição. não fe entenderá nos Sacerd<>te
* enterramentos, & tnntayros, &c.

IóO."
ff _e obiigao per hum Anno ou tempo certo a fery ir de Capcllâes *>• ^^
ê I S Up 0a$Ecclcf,aft,CaSOufeC
ras rD T° ^ ^ a,t lm9
>«l regadores,que per Annoou mais tcmpofecbrigáoaefíar s
,U ar; 0r ueeí es or ra2a0d a
raln li" r° S P <l \ P ^ obrigação tempo nãni
mU%
quclobrcfi tomáo,íepoderáo concertar com as peflbas a auem P*
«c lermr, como per direy to diuino & humano lhes he per- «.

T toutro fi mandamos que as Sepulturasfe nãovendão, nemfo- *'«/***


e
J cilas, ou fobre as Exéquias dos defuntos fe façáo concertos.nem JEgft
^negue ou detenha a Sepultura atèfe daraefmollacuílumada,ne f'"!^4;*
c f
P^a»oUaceytc para iflb penhor}mas liuremente enterrem os de lijíf *
| mttosnos lugarespara iflb deputados: & depois de enterrados^
-ytosiosi officios, o noíTo Vigayro faràdar aísida Sepultura como
0s
Cheios a eímolla ciítumada, quando odefun&oanáodeyxar
a
** da,quefeja mayor queaquefe euflumauadar.
ih porque ningué pode fem autoridade do Prelado darem fareia e^lius de
^ape ia de lua Iurdicao SepuIturaperpetua,necoceder lugar pa ibudd. '
e e
^ íe fazer Capella na Igreja; aísi comofemeonfentimentodo
? m Prelado fc nao ode
Ca „° P edificar de nouo Igreja ou Moftey ro,ou
Mandamos aos p
deTfc f »ofes, & Rcytoresde todas as Igreja*
• te Bilpado, que fem autoridade noflà& licença pereferito, não
Oí Sepultura perpetua a pefToaalgúa. nem afsinem lugar em que
C

.a9» Capella & Sepultura, íbb pena de vinte cruzados & de não t.hm^
^rcoufa algúa o que fobre iflb fem noflfa autoridade fczerem. O £*£•£
en
■i ao auerá lugar no noíto Cabido que no dar das Sepulturas & lu 'fitòà*
^r« para Cape Ias, guardara feus eftatutos & curtumes. E namef-
a ic
c fe não dará Sepultura fem autoridade do Prelado conforme
r
^' ey to & feus eftatutos.
L nâ°/? entetra™na« Capcllas das Igrejas peítoaalgua fem noíla t**tfr
Cnd0Ca ella dosPaes & Au s c
Cd eos ^í °/ P ° <* ^usantepaíTados ÇJ
iocefforcs&defccndentesfepodem enterrar &deuem quá-
61 a mcfma terra on(Jc cfta a tal
tJa^" " r Sepultura de feus ante
r lados, ou fendo Padroey ro da mefma Igreja, por que efte fe pode
4 m*m açeça noflà enterrar na Capella Mor,ou em outra qual-
quer
Titulo. 20. Dos Officios Dluinòs,'
stp.fibj 16 quer pattCjpor fer eftc hu dos direy ros que a Igreja concede aos Pa'
sW'7- droeyros:Efe alguém fezer o contra yro pagara por cada vezinilrí*

Conflituiçâo. VIL Dos Trintayros abertos %J cerrados, ftj abv*


zps que nelles [e hão de euttar, g^ da ejmolla que hão de auert
os Padres que os dtjjerem, {£/ comoje dm em publicar^
na Igreja o Domingo antes quejefacão.

N T1G A coufáhe & muyto vzada na Igreja dizerem Tnfl'


-ayros de MiíTas pelos defunítos, os quaes hora fe mandão*»'
ZcrcerradoSjhoraabertos.Eporque niftoouuc arcgoramuytosa'
buzos & fuperítiçóes, que nós íbmos obrigados a tirar, mayorrflefl
te nas Aldeãs:Ordenamos & mandamos que as Mifiãs dos Trio'
taytos fc digáo como as outras com as mcímas ceremonias que *
Igreja Romana manda guardar, & cuítume fem íuperftiçáo ou nout
dade algúa,& efpecialmentc prohibimos que náo aja nellas certo n*
mero de candeas per fuperftiçáo, coroo três, cinco, ou fete, creria"
queas tacs Miflasnãoaproueyrãonemteráoeíficaciafemodirofl
mero de candeas, & que não fejáo de certas cores, nem poítos pe
ordem fupcríliciofa, como he em Cruzou juntas.
<[ E também prohibimos que não fefaçãocomeçandofea dizer*
11
MiíTas cm certos dias da Semana, ou a certas horas para fe aueref
de acabar ncceflàriamcnte a certos dias & horas femelhantes, corfl
s
fc por efta fuperítição ouuelTem de aprouey tar mais porque eft* *V
5f0CM.f.ircmoniasfao fuperfticiofas, & pdo Concilio Tridemino prohiP1'
das coque o imigo trabalha por danar as obras Sanétas & virtuol* •
c
IJE outro fi que nas ditas MúTas nem outras algúasfenão requ 7
Ia
rão para fer preícntes certo numero de peíToas para afsiítiré a e' '
de mancyra que não poíTáo Termais nem menos, nemasque»e
charem prefentes, que citem fempre cm pee ou dey tados percCÍ
monia, ou fe aú*cntcm& alcuantem & ponháo de giolhos certas
zes contadas íuperfticiofamente, nem que neceílàriamente íec
mcílèm ou acabem a hora certa, como hs ao meo dia, fegundo
0
mosinformadoqucfcfazemalgúaspartes.Eosquefezerem '

f
& enterramentos,;&trintayrôs,&c;' ioi?
trayro ferão caftigados conforme á culpa que tcuerem, que fc julgai
la
pela idade,eirado, prudência ou fmiplioda<jedccada hum.
" Mas não defendemos que nas Mulas fepoíla vzar de cerco nume^
10
decandeas, não per íupermçâo, mas por reusrencia dos mifíeri-
0s
que a Sanita Madre Igreja venera, como fao rres à honra da San
ttilsimaTrindade, cinco a das cinco chagas, feteaos fere Dóesdo
pintu San&o, doze aos ApoHolos; porque com efie pio intento
ef
n outra fuperftição a Igreja as permite.
■ * , a*slfomos informado que algús Sacerdotes quando dizem os c. àemtjf
lr
inrayrosa que chamáo cerrados, no encerramento & recolhime- "£'"'!?
0
dclles tem & rezáo álgSs erros que fe lhe náo deuem pcrmitir,co«*É'f lli>:6-
n
J°ne,náo fairemdalgtejadenoyte,nem dedia ,ainda que íejáo ^.n.
9pr.a$ neceifarias & pias, comendo & dormindo nellas,& com elles^,'^'^.de
^jantao outros que nas Igrejas jogão & foJgao, & fazem as vezes iajaaifi.
0u Au
»os aucos efcandalofos & de pouco feruico de Deos. #-,'- u
i £ porque o encerramento dos trincayros íe ordenou para que os
a
cerdotesnosdiasem auediflerem as ditas MiíTaseíteueíTem mais
tolhidos & apartados de toda a ocafiáo de dittrahirle, & feus la-
"ciosfoílso Senhor mais aceytosj& náo para com ellesíc impe
lre
mas ob^aivirtuofas & neceífarias: Ordenamos & mandamos f.2.«Wí
^ per nenhú triutayro feimpidaaMilíadodia,antesfemembar ,a'íV1,JJ'
S0aeliefcd gaahorascuítumadas. E que fendo neceffirio hir o cal
acer
dote fora d* Igreja miniílraralgum Sacramento, o faça íiurc
ent
e :& poderá hir fora reconciliarfe, não rendo na Igreja pai a
0
comodidade: & ouuir pregação a outra Igreja, ou fazer pazes
4 eai
^ guaspeíToas defua obrigação que eítemem ódio, ou chama
e leu Prelado, porque per taes obras não fomente fenão perde
perecimento, mas fe alcança ante o Senhor graça.
nao
2 poderão os Sacerdotes dormir nc comer nas Igrejas,mas c.noncpor
S0Dra° Cm fuas caías>ílas °,uacs k*™0 Pc*a roanhaã cedo com fuás g^"*
fepelizes veftidas&caminhodireyto,com os olhos baxos,&
«i a deuação Sc moderna deuida fe irão para a Igreja fem fe deterc
csdaí^kllOCOmpeí^oaa^a, nem ^aertiremaoutroncSoc,0(í
^ iltraha do recolhimento da quelle: & na Igreja rezarão íuas ho-
Ce tas
/

Titulo, 20. Dos Officios Diuinos,


ras,& irão cantar a fuás cafas, & acabado o jantar fc tornarão pelo
4 mefmo modoá Igreja ;& depois das Auemarias fe iráodormira
cafa: E fc algum fezer o contrayro pagara por cada vez dous cruza-
dos para a fabrica da Igreja & Meyrinho.
^E outro íi defendemos aos que efteuerem nos taes trintayros que
náo joguem nas Igrejas jogo algum mayormente de cartas, dados,
bola, ou mancaes, nem cantem cantigas profanas, nem bay lcm,ne
tenhão conílgo violas, harpas, ou femelhantes inílromentos para fe
defenfadar, f ob a mefma pena.
^ E porque o ajuntamento de muy tos Clérigos nos ditos trinta y
ros he cauíâ de diftrahimento & pouco íílencio, & a deuação fe pef*
de: Ordenamos & mandamos que em nenhum rrintayro fe encer-
rem mais que atee dous Clérigos para poderem rezar ambos, #
tratar de Deos & fuás obrigações, os quaes fe poderão ajudar de ou*
tros de fora que não eflem com elles encerrados: & os que fezerern
o contrayro encorrerão nas mefmas penas,
<[ E declaramos que as Millàs dos trintayros fe deuem dizer da id'
uocação dos Sanitas ou dederunâos,conio o defunâo o declarai
& feellc náo declarar quaes deué feras MiíTas, & fomente mandar
dizer hum ou muy tos trintayros, em tal cafo fe dirão todas as M>['
fas dedefun&os fomente, por afsifer conforme adireyto: & náo >c
dirão as Millàs interpoladas, fenão continuadas todos os dias atee
fe acabarem.
3
^ E para que eílanoílà ConíUtuiçáo fe cumpra como conuem, n'
damos aos noíTosViutadoresquc vejáo cm todas noflas Igrejas os»*
urosdos defunâos & por elles faibão quátos aquelle Anno falecerás
& faybão quantos trintayros ou Millàs mandarão dizer, & quanta
MiíTas de obrigação tem atai Igreja cada dia,para que afsi entenda
0$
fco Rcytor,ou Cura pode fatisfazer a tudo-, &fe cumprio cota
c<>
trintayros & Millàs de que fc encarrega ateealij:&fe achar qu
Rcytor ou Cura não pode fatisfazer com as obrigações da Igreja #
com os trintayros & Miflàs dos defunótos de que fe teuer encarreg*
do, & ícinformarà fc ellc chamou outros Clérigos pata o ajuda-
rem, & quaes forão, &fe tinháo obrigações em outras partes poí
& enterramentos, & triritayrôs,&c. 102.
ra
*ao das quaes os mo podeíTem ajudar. E todas as mais dílfgenrí-i
as tee fe certificar fe tem cóprido comas ditas MiíHs & trintay ros:
tachando que não tem comprido, nem o pode comodamente fa-
2er
> os mandará logo dizer per outros Clérigos à ciifta d:lle Ce já te-
Ue
*a efmolla recebida, &fenao àcufíada fazenda do defunclo, &
Prouerâo de maneyra que as almas dos defun&oçnãq padcçáVdctri
^entoem fe lhe não fazerem ou dilatarem os Sacrifícios que man-
darão, &fe cumprão fuás vontades. E os Rey tores & Curas que;a-,
c
har neftescafòs encarregados & culpados os condenará como ihe
ar
P ecer, ou remeterá a nós ou nofib Vigayro para ferem cafligados
lc
gundo merecerem. ■ -V

í E porque acareftia dos tempos & grande crefcimentò do pouo


"-Masascoufas he caufa para que não bafie para foftentaçáodos
Sacerdotes a efmolla que no tempo de noflbs anteceflores íe ouue
P°t fufíicientc: Ordenamos & mandamos que década rrintayroda
SandtoAmadorfedem quatro mil ís de efmolla, & nefta Cidadã
■Jj^ttiilrsjpor auermuy tos Clérigos quepodcmajudareíiandoem
Juascafasjnoqual rezarão cada dia as horas dosderan&os, &os
kloaos Penitenciacs, & o canticú gtao. E de qualquer outio trin-
eto cerrado, fe darão de efmolla féis cruzados ,& dos abertos três
Cr
^ados. E defendemos a iodes os Priores,Rey tores &Curas que
nao
peçãomaisde efmolla quea fobredita, fobpena de perderem
Copara a fabrica da Igreja, &Meytinho,
Ç EPara que os tcftaméteyros & herdeyros dos"defunaos que.man
^°dizer os ditos trintay ros, & as mais peflòas de fua obrigação (ay
°ao comoellcs Te dizem: mandamos a todos os fobreditos Priores*
^ey tOres, & Curas que no Domingo antes do dia era q os taes trinr
Jpytos fe ouuerem de começar aeílação em voz que todos enten,-
d
ão os publiquem, &fe ouuer de ter configo outros Sacerdotes que
0
ajudem,declararáquaesfáo,porqueafsiíçatalharà.a muytosj:n-
a
E nosqueern tasseafosfoe auenoque cumprirão fobpena de qui;
ent
°sfsap!icados pela mansyra fobredita.
"ituição. VIU. Que nas Igrc\as&Mros ddUí(t^'durma,
nem comactíbtba*ntm[o\>i'eas cof*as',e{oicàãmiaos. .■ ■
Titulo, 2ô. Dos Officiôs Diuinos,
$tptMí A CH AMOS queneflenoíToB ifpado principalmente nos lu"
^'Tcl% Xi gares de fora muytas peííbas feculares & homés & molheres
ttt todjit dormem nas Igrejas & Hermidas, principalmérc nos dias dos Ora
m
' gos, nellas comem & bebem, & tangem, & cantão como fe foílèm
cafas profanas deputadas a femclhatttes autos, o que o dircy to não
permite, & a rcuerécia deuid i aos lugares Sáótós nâo íbfre,& nos dí
as dos enterramentos & dos officios dos defunctos, os parentes #
peíToas que a elles fe achãonas méfmas Igrejas & A dros comem #
cép wtllus bebem & as vezes fobre as mefmàs couaspor ceremonia. Polo que
'""•^•cftreytaméte defendemos que da publicação defta Conftituição ent
4ijt<$. diante peíToa algúa de qualquer eftadoôc condição que feja,náodur:
ma nas Igrejas ou Hermidas, ainda que feja nas veíperas & dias do*
Oragosj tirado aqllas q para guarda das ditas Igrejas fáo neceflària*»
c
nem de dia comáo ou bebáonellas, faluo algus doentes que abi eft
tierem tão enfermos que não poíTam fer leuados fora,& que não caí
' tcmnemtanjão,ncmbaylem,nemaja ajuntamentos profanos àc
homés & molheres com que Deosgraucm ente feoffende, & opo*
uo fe efcandaliza. E que os Priores, Rey tores,& Curas, & Capela'
cs quedas ditas Igrejas fc Hermidas teuerem cargo, tanto que foí
tioy te, fechem as portas delias lanfando fora todos os que eíleuer^
dentro & as não abrão fenão em amanhecendo. E qualquer peífra
qo contrayro fezer fendo Ecclefiaftico,pagará pola primeyra vez
mil rs, & fe for fecular quinhentos rs, para a fabrica da mefma IgrC
ja&Mcyrinho. E os Priores, & Rey tores, & Curas, que o fobtf'

diro fezcrcm,autorizarem ou confentirem ou não fecharem as p '
tas ás horas fobreditas, pagarão pola primeyra vez mil rs para °"
bras pias & Meyrinhoí & pela fegunda feráo prezos & do Afy®6
caíligados fegundo fua culpa.
^ E porque ha muytas diferenças íobre as MiíTas das Confra1'2*'
& das que os dcfun&os mandão que fe lhe digáo em certa Igreja» #
nãodeclarãoa peflbaoupeflòasqueasdeuem dizerj Ordenamos^
mandamos que as MiíTas das Confrarias fe digáo pelos Benefic'*'
dos& Clérigos [da mefma Igreja, íènella osouúerdefòcupad0sd
outrasMHTas&obrigações, demaneyra que pofsãobem feru,f
& enterramentos, & tríntayrosj&c' tõ}.
^otraria: & fe na Igreja não ouoer Clérigos défempedidos, feman-
$*fão dizer per Clérigos que viuáona mçfma terrados quaes feda
r
ao os eflipendios cuíiumados ou declarados pelos acordos & com-
Promifsos das Confrarias, chegando ou paliando a efmolla de doi
Us
vintes de cada Miílà rezada, & quatro das cantadas que per nós
, s nc taxada: & náo chegando a contia da dita efmolla Te lhes da-
ra
- & o mcíinofc guardará nas Miflàs que algús defunítos manda-
"01 dizer em algúa Igreja, náo declarando pefíbas certas quelhas
digao. ' " """ - —%
s
S

Çonpttiição. IX. Dos ornamenteis que ha de auer nas Igreja


paraasAi(jJas&/OfficiosT>itíi»os."

i J ORquca San&a Madre Igreja manda que nas Igrejas em que


*~ 'e eclebráo os officios diuinos aja ornamentos conuenientesao
f^°mingo, feita, ou feria, ou tempo em que fe íazé: o que em nolTo
u
pado fe não cumpre como deueainda nas Igrejascollegiadas, &
Cn
i outras que tem rendasfufficientesparaiíToj Mandamos queda
Publicação defta a hum AnnonanolTa See, & nas Igrejas col egia-
as
j & todas as mais Igrejas Parrochiaes Matrizes, aja ornamentos
as
cinco cores que a Igteja manda. ff. brancos, verdes, vermelhos,
v
»lados.& pretos: para com elles celebrarem <as Miílàs & diuinos
^|ncios dos Domingos, dos Martyres, Confeílôres, Aducntos,
XOitcfma, & Defundtos, conforme ás cores que a cada feíla & tem
P°conuem.E nanoílaSceaueráPontificaesinteyrosdetodas asdi
fies •
* cores & Veftimentas, Frontaes, Capas, &PanosdePulpetoem
afiança, & nas Igrejas collegiadas: & nas outras auerà Capas de
Asperges, Vcílimenta & duas Almaticas, Frontaes, & Pano de PuN
Peto das ditas cores para fe poder dizer MilTafoléne quando cóprir:
nas outras auerá fomente Veflimentas, & Frontaes: o que cumpri
0
todas as peiToasà quem pertencer dar os ditos ornamentos; &
Sn
°"os Vifitadores os obrigarão a ilTo com fequcftros,ccnfuras,&
e
P nas que lhe parecer tee com efFey to fatisfazere.
T h tf» auerá em todas as Igrejas que teucrem Retabolos Cortinas
■ •■* • *• -.-

Ce j * com
Titulo. 20. Dos Officios Diuinos,
com q te fc cubrão brancas ou vermelhas, oudeoutrafemelhante
cor cie linho ou feda queferuiram pelo Anno: ôiauerácòrtinas,
ou panes pretos, ou azuis com que fe cubrão na ÇHiatefma,os qua
es ferão chãos,fem pintura,ou terão pintados algús paífos daPaixão*
ou Cruzes fegundo a dcuação de cada hum.
CE o Sacrário cm q efteuer o Sanctifsimo Sacramento ora feia em
o Altar Mórcomo deue eílar,& temos dito no titulo da Euchariítia»
uo em outra Çapella, ou Altar: Mandamos que feja dourado ou
pintado nas partes conuenientes; & fendo de pedra, forrado de ma*
dcyra, ou alguafeda que receba a humidade, & Terá fechado, & ter*
fuás Cortinas de.Seda,
4fE em todos os Altares auerà Cruzes douradas que fempre eílem
nelles &taboas da Sacra bem concertadas, Eílantes, ou Coxins d«
Seda ou de como para os liuros. E todos teráo Frontaes contorna
à renda das Igrejas & terão todos toalhas quetenhao todo o coífl'
prímentodo Altar, & mais dous palmos ao menos ,q pendão ds
cada parte: &auerá para cada Altar ao menos dous pares de Corp0
racs, com fuás palas de olanda, ou pano de linho delgado: & não &
111
rão de Seda nem Algodão, & não terão os Corporaes lauor algu »
&auerá guardas em que andem enuoltos, as quaes terão alga (&»
com que fe diílingão dos mefmos Corporaes.
<|Em cada Altar aueráhua pedra dàra Sagrada, faam&cubcrta^
cozida em pano, de grandura que cayba bé nclla o Caliz & Hoíl>3'
s
ÇAuerá em cada Igreja dous pares de toalhas, tão compridas Qp
tomem toda a largura da Capella Mór, para quando naQuareí^J*
ou em outros dias feda o San&ifsimo Sacramento da Cómunh*0
aos freguezes.
<[ Auerãduas toalhas para feleuar o Sacramento da Vnçãoj &°o;
usvêos para o San&ifsimo Sacramento da Comunhão.
tc
.^Ás Veflimcntas, & Aluas,.& Ornamentos queda qui em dk°
fe fezerem, fe farão comoas da nofíà Capella, todas de hua cor, c°
fuás Cruzes defranja pelo meo, por ferem, afsi mais conformes a
Pontifical & vzo Romano. E as Aluas não teráo regaços,mas *&*
, todas de linho tee baxo. E da mefma maneyràíe farão os mais oc
"-_ — - -- •■— —•--- —»T~- ......... na05 ^
& enterramentos, & trintayrosj&c. 104.Í
^mentos: & não de diucrfas cores como atec gora fe cuítumou.
* Os Cálices das Igrejas feráo todos de prata^ & auerá para cada Al-1 uy4 jt
lar
hum Galiz, fe a renda da Igreja o forTrer: & feráo dourados, ao (<>»/'«**.
mcnos
por dentro, muy to lizos, & limpos, inteyros, &náo de pa tXelra.
r
aruzo quc fedefmanchem: & para cada hum Caliz aueráaome- MíJf'
n
°s dous fanguinhos por limpeza. E todos terão fuás caxas de couro
* dous panos em que fe cnuoluáo.
" Auerá em cada Igreja os MiíTaes que parecerem neceílàrios a nós
u
noflòs Vifitadores, que feráo R omanos com o Calendário nouo:
** afsi Manuaes Bautiftcyros para adminiftração dos mais Sacra-
mento s.
J Aue rà outro fi HG liuto de Miflâs Votíuas & defun&os, apontada
e
canto chão, que per noíTo mandado feimprimio, & hora manda
Remendar &acrcfcentar pelo nofíbMeftre daCapellaj& na nof
a
See & Igrejas collegiadas em que ha Beneficiados que cantão cm
c
horo auerá Salteyros, Antifonay tos, & Graduaes, & todos os ma
ls
'iurosneceíTariosparaasMiíras& DiuinosOfficios da reforma*
^°>&vzo Romano, &Mattirologios.
1 Auerá as galhetas que forem necefíarias, & dous caítiçaes bons &
ouenieotcs para cada Altar em todasas Igrejas; & feráo de latão
c
na fcy tos, & não de pao ou arame, ou ferro, como tee gora ouue
galgos: & nanoflá See & Igrejas collegiadas auerá mais para o
, Jtar Mor os caítiçaes neceílàrios para o numero das vellasque fe
^°dcafcender conforme ás feitas. Auerá cayxados San&os Óleos,
11 0 em x
C c li *" <¥ cftcjão fechados.
1 E c todas as Igrejas Parrochiacs,horafejaoMatrizes,horaFiliaes, ff*1!*
Oll At, .1 . •' J : VI//Í. 1./»
anexas, auera Pias de Bautizar que fejao capazes de tanta agua cj J.J.». }i,
r

. Scr,anças fe pofsão meter todas nella quando fe bautizarem,como


ODri
cf J gação&louuaueí curtume. E todas cftariocubertas &fe-
j adas com chaue: Auerá polo menos dous ferros de Hoflias bem
^Ufracío$ de boas figuras, & auerá hua Tumba para fe enterrarem os
v
un&os có feu pano prcto,o qual terá fua Cruz,como he curtume.
p Aueráem todasas Igrejas Sanchriftiasboas &bem fechadas, cõ
c
Us Almarios deboamadeyra Scbemlautados onde fe guardem os
orn^
Titulo. 2ò. Dos Offícíós Diuinos,"
ornamentos, &fcreuiftãoosqueouueremdedizerMií]a, Epofí
fe não podem conuenientcmence declarar as maiscouías rneudasq
nas Igrejas para oculto diuinofãoneceíTarias, & aqui declaramos
fômenteasprincipaes, os noíTosViínadores farão proucr em ttfd^
o mais que lhes parecer que conuem, para que os templos do Scn^r
tenhãoos ornamentos neccífarios, & os Sacramentos &officios
diuinos fe facão> com o dechoro deuido.
V.. í. . . _ .

ConfUtuição. X. Comofe deitem Armar as Igrejas ff) Capei*


"& las, ftj as ruas per onde pafião as proajíÕes.
i

CVftumehemuytolouuauel & San&o armarem feas igrejas^


Capellas em os dias dos Oragos, & quando nellas Tc faz alg11*
folénefefta: mas por que fomos informado que neíla Cidade &$l
s
pado hl grande numero de Confrarias, &nas feííasde cadahúa°
ofrlciaes querem armar todas as Igrejas onde as ditas Conferi"
cílão; no que fe fazem tão grandes gaílos, & os panos & fedas &^
trás coufas para as armações que íe pedem empreitados, fe tratf
tãomal)qucjánãohaquéqueycaempreftalos&:poreftesinconU*':
nientes & difficuldades náo ha quem quey ra acey tar as ditas Cor»rí
rias.Defejando nós prouerniftc de mancyra que o Senhor feja í^ru
do, & os San&os venerados, & os dcuotos que accy tão fer ofrlciae
das ditas Confrarias mais aliuiados, com parecer de Varões pios *
prudentesj Ordenamos & mandamos que nos dias dos Orago* **t
arme em todas as Igrejas as Capellas teeó Cruzeyro,ou quando^
las fe fezer algúa folénefefia, ou em os dias que nós ou noífo Cab'"
a ellas formoscomfoléneprocifsáo:& nos dias que fe fazem as tcú*
das outras Confrarias ferãoas Capellas fomente.
3
ad.Trid ^ E nas armações que fe fezerem nas Igrejas}náo auerá pano ou p *
la
^«o^nel, ou outraalgíía pintura que feja deshoneftaou indecente. P°
r s
ç-v{««r4 que mandamos aos Priores, Reytores, Curas, cu Thefourey °
quem pertence ver as ditas armações, fob pena de excomunhão
dous mil rs para Meyrinho,& fabrica da Igreja, nãoconfimáoco
fa algua deshonefla, ou indecente nas ditas armações: & foba^c
& enterramentos, & tríiitayrôs, &c, 105V
0,1
pena mandamos que nas ruas per-ondepaflà a prociísão do San
"«simo Sacramento ic não ponháo as ditas coufas que acima
Punimos.

Cottflituiçâo, X1. Qtte as Imagês ft) Figuras das lge]as


Jc)âo honejlas %} decentes. '

I j Concilio Tndentino nos encomenda que tiremos todos os stff.15.ta


/^abuzosq nas lmagés& pinturas delias lòeaucrr&ncítenoílò
""pado achamos muytas Imagcstao mal cfculptdas & pintad is q
*|ao fomente não prouocão os fieys Chrifiãos á deuaçáo para que ]
Qfao pQ)a Igreja ordemdas;mas meucm a rÍ2o & fazem élcandab.
°*o que mandamos que nas Igrejas deíic Bifpado não aja em Al-
a
r ou parede Imagem que nao íe,a de noíTo Sonhor ou noflã Senho
*a> & feus myfterios„ou dos Anjos & San&os Canonizados, ou
ea
tificados, &asqueouuerfejão tão cenuenientes & decente* q
c
°nforrnem com os miiterios, vida & milagres dos bandos quere-
rc
P íentáo; ôcafsi na honeíttdade dos rofíros, & proporção dos cor-
r0si& no ornamento dos veludos íejáoefculpidas ou pintadas, cõ
jtaw honeílidade que prouoquem a lheí ter a deuaçáo que conuem.
to
^noíTo8 Viíitadores verão muytoparticularmente todasas Ima
o^ns que hora ha & adiante ouuer,para que fejáo quaes conuem,'
Q
ão o fendo asmandaráo logo tirar> & fazer outras, procedendo
ntr
a as peífoas aquém pertencer fazellas.
1E pira que nas Imagés,mayormente nos Retabolós que daqui
J0r diante fefezerem nas Igrejas, não aja algum dos ditos abuzos:
andamos fob pena de excomunhão ipfofà&o incurréda, & v^rUÍ*1
ru^adosparaoMeyrinho & obras pias,a todas as peflbas Ecclcfiaf-
*casou feculares deite noíTo Bifpado, que em nenhúadas igrejas ou
^«midaspublicas delle, ponháo Rctabolo,fcm prime yroauerii-
ull
Ça noífo 0u de noílb Prouifor,para que vejamos que miflerios oir
,0a
gens querem pintar nclles, & a decência com que as hãodepin-
r:
* E os Pintores fenão entremeterão em pintar Rerabolo algum,
^ttl os Imaginários cm fazelos fem a dita licéca,pafa que nós tam-
- ^^ bcm
Titulo. 20. Dos Officíos Diuínos/
bem vejamos fe he tão defiro na ar te da pintura, ou Imaginaria q'Jc
"i

poíTa fazer femelhantes obras, como cumpre ao íeruiço do Senhor


&deihoiodefua Igreja,
^ E mandamos aos Priores, Reytorcs,& Curas, que não confífl*
tão pode na Igreja Imagem ou Rctaboío algum, fem lhes confia
quefoy feytocom nefla licença, ou de noífo Prouiíor, íobpena^
vinte ernzadospara o Meyrinbo & obras pias.
^ E fob a mcfma pena mandamos que não viftão nem conílntáo (c
tem veftidas as Imagens de noiTa Senhora ou dos San£tos,com vt#
1
dos empreitados de peflbas leculares a quem fcajáo de tornar p* *
fe íetuirem delies em yzos profanos: ncmoutio íi empreitei11
osveOidcsdos Sanclos. ou ornamentos das Igrejas, ou aluas, par*
psmeímos vzos, ainda queíeja para fcdifciplinarcm.

Çmflttuiçâo. XII. Comofe conjertará oSepulchroem


(jueje ha de encerrar o Senhor Quinta fíyra
da Semana Sanãa.

A SSI como aucmosqhe curtume Santtoarmarfe o Sepulcíitf


X Vem que fe ha de encenar o Senhor Quinta feyra de endoen^
cem ricos panos & honeflas pinturas, para mais prouocar os fiey*'
deuaçáoraucmos que he pouco decente os ornamentos do dito $c'
pulchro ferem profanos de pefíba< q íe ajão de tornar a feruir deli**
Pc Io que mandamos que as Cortinas, PaueihÓes, & ornamentos &
qticíeçobicoScpuIchro^ufãoa elle contiguos,ou Cuflodáclfl
e
que enáoScnhor/ejão da mcfma igreja proprios,ou de outraIg' )*
que nãoajáode feruir cm vzos profanos :& náofecubriráo lugJÍ
©uCullcdia e m que cileuer o Scnor,nem fe porá d>baxo delia, ?*
conguopanoalgpmdequalqueríortequeíejadepefíba fecular, 4
Jne aja de tof n^r a feruir: mas os mais panos & ornamentos cpc v*°
çcbrxni a Cu/icdianem eítão aella juntos: poderãofer errf re^'
c'os de quaesquer pcíToas, com tal que fcjáo honeftos&dcccn**
h os Priores Rey ror es, & Curas que mílo forem defcuydados, è#
cadeados comofua c ulpa merecer.
0*1
--—• k ii' t
& cnterramentos^trintayrõs^c. iò&
Conflituicão. X111' Do5 "Beneficiados cjue hão de ZJir ã
See nos dias de Pontifical.
%

Onformeadireytó& cuftume antigo todos osidias em que ha ^{"^


MilTa Pontificai fáo obrigados avir \ See alguns Beneficiado*
Qas Igrejas da Cidadejafsipola folénidadedo officio, como pata re-
conhecimento da priminencia & fuperioridade que a See Cathedral
te
m íobre todas as outras Igrejas Inferiores: Polo que mandamos q
C:j
i todos os dias de Pontifical, & afni àbençãodoCirioquefefaz
Cfr
i Sábado Sanóto, venhãodisquatro Igrejas de Sanctiago, San&a
«$â, Sam Bartolomeu,8c Sam Chrifíouáo dous Beneficiados de ca
^tõii & das outras virá hum foo,queferãoeleytos pelo Prior, &
"oficiados: &eíhráonaSeeàsvefperas&MuTastodasJ comfu-
as
Sobrepilizes a baxo dos Capellães,comoateegorafeci)ftumou.
R fe o prior ou Beneficiados não elegerem peilòas que venháo,paga-
l5
° por cada vez hum cruzado fem remifsáo: & fc es que forem
c,c
ytos náo vierem, encorreráo na meíma pena, ametade para o
p
ortey ro do noílb Cabido, & a outra para a fabrica da See.
Ena
i Quinta Feyra da Semana Sancha em que íe fazem os San-
tos Óleos", virão os Beneficiados que fáo a iifo obrigados* & os
^Ue nam vierem, ou tardarem, feráo condenados pelo nofíb Ar-
Ce
uiag0 fo gag0 napena que lhe parecer conforme ao defcuydo
u c
° ulpa que teuerem, E feo Arcediago niflb íedeícuydar, pro-
ec
*2remos contra elle como nos bem parecer.
í E afsi virão os Padres da Cidade &de fora no dia de Corpus
C
U"fti para leuarem a Charola no dia do San£tifsimo Sacramé-
10
corno he curtume, & os que faltarem encorreráo em hum cru-
*ado de pena fem remifsáo para a See & Meyrinhoj alem defe
a
P 8« a outro a fua eufta a quem por elle firua.
* E fob a mefma pena mandamos afsi ao noflo Arcediago co-
1110
ao Porteyro do Cabido que nifto não coníintão nem facão re.
m
'fsão algGa. E fe o Porteyro for defcuydado ou culpado fera cafti-
B^o com rigor.

Dd x £?#•
Título. 20. Dos officíos Díuinos,
ConfitMçâò.XlUl. Que todos os Beneficiados* & Ícone*
mos} & Clérigos jaybào cantar per Arte., ^yfte
todosJe ordenem tmdo idade,

Oformandcnos com os noflòs predeceífores, Ordenan'0S#


mandamos, queda publicação deífa cm diante todos os Beflc'
ficiadosdas Igrejas coilegiadas, & todosos Priores, & Rey toresfey
báo cantar canto chio per Arte,demaneyraque pofsão bem enta
ar húa Epiftola, Euangelho, & Frefafío, & ajudar a cantar os oífc1'
,*£4ví5 osdiuinosdamaneyra que a Igreja quer & manda que fe cantem*
& komjt. porque faz grande efcandalo no pouo o dcfconccrto dos que cantai
as Mifíàs & díuinos officios. E os que ainda eíkuerem em idade, #
teuerem comodidade para aprender canto cháo, como he ncftaC1'
dade, Aueyro, & Montemor onde fe enílna: Mandamos queda pa'
blicaçáo deíla em hum Anno aprendão & faybáo competentemefl'
te, & os que daqui por diante fe ouuerem de ordenar em Ordés S*'
eras, não ferãoadmitidos fem ferem primeyro examinados no ctf°
cháo & aprouados pelo noílb Meftre da Capella,como dito he n<> lK
tulo do Sacramento da Ordem.
Trid.Stjf. í E Porque não podem bem fazer feu officio clerical, nem cumf *lf
&2'/74,<# com as 0D"gaíões de feus Benefícios os que náo tem as Ordens Si'
«/«r.e.iz. eras, & ainda quenalgrejade Deosajahús Sacerdotes,outros 0[3r
conos,outrosSubdiaconoscõforme àdiffercnçados minifteriosc0*
que hão de feruir: nem por iílb ficão efcuíbs os que tem Beneficio*
de fe ordenarem a Sacerdotes para poderem per fi dizer as MiíTa*"
05 a
fazer as mais obrigações de feus Benefícios: Polo que mandam
todos os Priores, & Rey tores,& atodosos mais que tem BenefiCI°*
0
curados, pofto quede licença nollà ou per qualquer priuilegi
Vniuerfidade refidáo no Eftudo ouuindo Artes, TheoIogia,ou C3'
noncs,quefcfaçáo ordenar a Sacerdotes dentro do Anno que o d1"
01
t. tuia tx rey to manda: fendo certos que não o fazendo, alem de encorrer*
cv t"tt empriuaçãodefeus Benefícios, & náo fazerem os fruy tos feus»00,
6.Tnde». os caítigaremosgrauemcnte, fepor algum engano ou arte eKeU
sejf.7.fM niajS tenjpo femíc promoucr.
& cncerramcntosj & trintayros,&c. 107.
^ Eos que tem quaes quer outros Benefícios, que curados não Foré, clm 2 w«
Centro de íeis mezes fe farão promouer a ordem de Epiílola, tendo tlúnVru
idade legitima, & não a tendo dentro em féis mezes. depois que a *fU """
MM*. « 11 111^ rtror.t.^,
«ueremj&osqueteuercmidiaepatater ordem de Euangelho no
niefmo tempo de íeis mezes feftçáo promouer adira ordem, &ren
*»° idade para cornar ordens de MnTa, as tomarão dentro de hum
Anno.Eosqueafsio não cumprirem, náo tendo algum legitimo
ltn
pedimentoaprouado per nós ou noflb Prouifor, paíTudoodito
lCm
po que afsi lhes afsinamos, ficarão fufpéfos dos duos Benefícios,
,cc
comeifeytofc ordenarem. Eifto entendemos nos Beneficiados
°jUe teuerem per íi feus Benefícios, masos que os nãoferuem,&té
iconomos, íendo os taes Iconomos Sacerdotes como deuemfer,
não encorrerão nas ditas penas.
T E porque os que (ao Sacerdotes não deuem receber a graça de■Trii.fiff.
*^eos em vao, mas deuem exercitar luas ordens nominilteriopara mtt.t.i*.
°i'Je foráo eleytos, aproueytandò a fi mefmos & ajudando a Igreja .. . bum. s,
0
Senhor,& feupouocom feus íacnficíos:conformandòtu scó *<i-&-
°«íreyto & Concilio TridentinocV doutrina dos Sanctos-, manda >
11105
a todos os queforçm ordenados a Sacerdotè.^quedentro de
S^atro mezes depois de terem as ditas ordens, fe inftruáo nas cere-
^onias, &digaoMúTa,dizcndoa da hi por diante asvezes que fáo
°°rigados:&osqueafsionão cumprirem, por cada mes queeíle-
Ucte
mfem dizer MuTa alem dos ditos quatro, pagarão cincoenu
^u*ados para o Meyrinho & obras pias.
1 fciefedefcuydarem muytos mezes, mandamos aonoflb Proui- \b\f*pg.
0r
Sc Vifuadores q procedáo contra ellcs, obrigandooscóas mais
Penas que bem lhes parecer: E fendo Cónegos ou Beneficiados à\
olla
See,nóslhoc(rranharemos como hera rao. E declaramos fe-
*** °°rigadosos Sacerdotes dizerem MilTa as quatro feílas do An-
no
> Natal & Pafcoa, Eípiritofanao&dia de noíTa Senhora de A- j^Hgj
c? 1 &lenc^0 Curadealmas, ou outro Beneficio fáo obrigados '"<r
^ela todos os dias que feu Beneficio o requere, náo tédo iufto ia)
—»-.„

Dd 3 Çonfk
1
Titulo. 20. Dos Officios Diurnos,
" Confamiçào, XV. Que ninguém pregue fem Jer aprouadopet
nós Q/'pregar na Seefendo nósprejentes ou nojjo Cabido.

AS SI como o officio de pregar he kum.dos mais principacs#


importantes q há na Igreja, afsiconuem que os que oháo de
exercitar fejáo peflbas doutas nas letras, verfadasna doutrinados
San£ros,& SagradasEfcrituras, deboas&limpas consciências,#
2ellofos da (aluaçáo das almas, para que poísao enfinar a boa & Ca-
e.httrt*- tolica Doutrina & aproueytaras almas:o quecmnoíTos tempos &
112 Sef. não guarda como cumpre ao feruico do Senhor & bem da fua Igrc
5. dtri/ir ja,peJ0 q conformandonos có o fagrado Concilio Tridantino & Sa
stjf.H> f grados Canones,ojdenamos & mandamos que em tcdas.as Igrejas
r < ,f,4,
^ "' colIegiadas deita Cidade & Bifpado em. todos os Domingos da
Quareíma&rAduentOj&feítas prihcipaesdoAnnoao menos, aja
pregação: &quandoos Priores &Reytores o não poderé fazer pec
li, ou por não lerem Theologos, ou por outro impedimento,bu&a*
ráo.Pregado. es dos aprodados per nós que nas ditas Igrejas pregue»
aos quaçs íatisf*ráo à curta dos que fáo obrigados & cuftumãopa-
garlhe. E a mefma pregação mandamos que aja nos duos dias #
a
tampos nas mais Igrejas grande?, & rendoías do Bifpado,que eítá
£a
nas Villas &pouoações nobres, & nas mais em que a noflbs Vií* "
dores parecer neccílàrio.
etxcõmn- ^ E para que não fe entremetão a pregar os que para iflb não teu1»
Tjrlao a Míiciécia & partes necefíàrias; Ordenamos & mandamos fcbfc
dtMth nadefufpençâode feu officio Clerical, ipfofa&o incurrenda,at°'
5.J« refor. das as peíToas Ecclefiaflicas defie Bifpado a fsi regulares como (ec&j
10
c.i.$Jú. lares que não preguem em Igreja algúa, Hermida,nem Moíky '
aindaq fejaifento&im media to àSeeApoflolica, íèmferé°perno*
examiuados,&aprouados,&aueré para ifíò nefla licéça pereíctií0'
a qual moftraráoaos Priores, Rey tores, & Curas, & peíToas que te'
rl
uerem cargo das dirás Igrejas & Mofteyros ,antes de lerem adm» "
dos: Efob a mefma pena de fufpençáo,& vinte cruzados para a ScC
8
& Meyrinho; mandamos a todos os Priores, Rey tores, & Citf* '
& mais peíToas que teucrema feu cargo as Igrejas, MotleyroSj #
f

& enterramentos, & trintayrosj&c. to8.


sc
*^ midas} que não confiorao que peiToa algúa, hora feja Clérigo
fccular, hora Rei igiofo de qualquer ordem,pregue em fuás Igreja?»
"ermidas, ou Moíteyros, Tem primeyro lhe mofirarem a dua hec-
£*> ía(uo fendo pefloas notoriamente doutos & conhecidos» [
lEosquedaquipor diante ouierem de pregar, alem da informa*
Ça3 particular que nós ou noIfoProuifor tomaremos de (uaslerra*,
Vl
da, & cuftumes, pregarão primeyro cm a noilà See hum Domiu
8o ou dia San&o eítandonós prefentes & o noílu Cabido: &nác»
podendo nos fer prefentes, pregarão diante de noíTo Cabido com
cu a
' ^formação lhes fera dada licença fendo aptos & fuíhciefltes, & $ejf.'s 'dt
doutra maneyranáo: cValem da fuííiciencia & talento que para o ">■•••*•
«uoofficio dsuem ter, íerao de trinta Annosds idade Eos Reli*
!0i
8 os não podarão pregar em fuás próprias caías ainda que ifentas
«a noífa lurdíçáo, iem hcençaper eícrito de feus fuperiore% com a
Sualíeaptefentarão ante nós, & nos pedirão noíTa benção como.
rr
>anda o Concilio Tiidentiao.
'E para que ilto aja logo a reformação que d^fejamos, & afsi n^s
Conroflor-s,per efta ncíTa Conftituiçáo (ofpendemos todas âs liceu
s
^ Repara confeíTar & pregar temos dadasatodas&quasqtier
Pc-Toas íecularcs ou regulares: 3í lhes mandamos fob as d. tas penas,
SUcdelissnSovzcmda publicaçãodelaem diante: nem preguem
u
° confeíTem fem auerem de nós noua licença, & ferem examina-
is» Sc feauet de fua idade, vida,& cuftumes, & letras, fufrkhnt,!
,n
form3çáo:& a os qiíe forem notoriamente doutos & íurticientes,
^exercitados neítes officiosds pregar & côfeií.r (em ou ro exanis
ço
informação de fua vida,&culbmes,&zeIlo,felhesdiiàl céça.

TITVLO. XXI. COMO SE


Deuém fundar & reparar as igrejas,
Moíleyros, & Hermidas, & dafa*-
brica <5c ornamento delias.
IH

Conftituicão PrimyrA,
Confof
»» w —
Titulo.21. Como fe dcuemfundar ôc
i.bUcuh.i Jj^^â^B^i Onformca direyto não pode edificar Igreia.Moflef
SuJfai w/Ê^ÊMÍ r0>ncmHermida,nemaleuanrar Altarfemlicença
f^ifr.á.i Jj l/yM^^E dos Prelados & íua aprouaçáo. Polo que mandamos
'tUfitdifi *$$*&!£&$£ *ob pena de excomunhão &cinccenta cruzadosga
Tri
'**• * wfeffi obras pias:q ncnhúa peíToa de qlqr cftado q fcjajtief
t!fbki. tenoflb Bifpado edifique ou fúde Moltcyro, Igreja, ou Hermida fe
«rjctf-w licença nofía: & fazendo o contrayro, alem das ditas penas cm que
fera condenado fem rcmifsáo,pola defobediencia íhe íérá derribado
tudo o que aísi fem licença ceuercmfeyto. E quando algum porfu*
'deuaçãoedificaraIgumMoftcyro,nolofarápnn:eyro afabcr,dafl'
do nos conta do lugar cm que o edifica, do inftitiuo dellc, dasreo*
das, & bens queíheaplica para foftentaçáo dos Rcligiofos, ou Reli*:
giofas, & feus miniftros, & para a fabrica dsile: & achando nos que
o lugar Indecente, & o Mofteyro ncceflàrio,& que tem edifícios
& Igreja capaz, & rendas fufficientes para fofténtaçáo dos RcHgió'
fos & miniftros & para a fabrica: ou fendo de Religioibs pobres me"
dicantes que fc poderão bem foílentar com as efmolas dos fieys #
moradores no lugar onde o tal Mofteyro fc edifica.& vezinhosdcf*
redor, lhe daremos licença & taxaremos o numero de ReligioíoSjOtí
^ Religiofas que ha deauer que das rendas ou cfmolías fe pode córcO'
t f«om2 damcntefoítentarfemdifficuldade: o qual fenáo poderá alterar der
bontjht pois que ror per nos nua vez taxado, por afsi fer conforme a direy &
Jf$;& Concilio Trideniino.
**t* fE quando feouucr de edificar algua Igreja ou Hermida, antes de
fe começar, fe nos dará conta do lugar ondefe quer fazer, que ú0
r uC
*T'í{ ^ ^çrmo,^dainuocaçâodoSanao, do modo & decência q
9

#í».n. *\ ha ^c tcr>& dos bens & rendas q para foftentação £ reparação dcll^»
1
:" da fabrica, & ornamentos fe lhe aplica. E fendo o lugar acóm^* '
do,a Igreja decente, a renda & bens baftantes para fe íofícntat #°r'
namentar, lhe daremos licença para que fe faça, fazendofe primei
ro diflb Iníhumcntos fufificientes. E por que ha algús que fazei*1
Hcrmidas &ascdificãfcfcm licença, & depois de as terem fcytasÇ*
0
dem a dita Jicença,& por impotunaçáo às vezes fe lhe concede,*^
fendo os lugares em que as fazem conuenientesmem ascafas idofle!
ih
reparar as ígrcja5,niofteyro's&h-ermida's. 107.
a
Snem osbes quclheaplicãobaítintes;o que não lie feruiço dy De e_»?»»o <fe
^neoidechorccicffla Igreja. Mandamos qiíe ninguém edifique,toje(r' "
nc
m comece edificar Igreja Mofteyre,ou Hermida em lugar algum
kni nofía licença efperando que depois de terem edificado Telhes
c
°ncedcrà:pofqneafsicL>mo a nós pertence a prouar o edifício, & hTlác*it;
r ,í e i
P «uerque tenha bens bafíantes-, afsi também pertence a prouar o ' "' ^' *
kg<ir & necefsidade oii conueniencia que ha de ter a tal Igreja, Hec
^da, ou Mofteyro: Efe algum fem noffa licença ed ficar com eíh
^nfiança lhe íerà a licença negada, & encorrerá nas ditas penas.
í H íe algúa freguezia ouuer tão grande & efpalhada que os fregue tm ai,J!cn;
2es
não poísán fem grandes dificuldades vir todos aella, ou no nu- *f í*[™
"^toteucr enchentes de nbeyros, ou outros femelhantes impedi- ind je/J.
fritos, poios quaes fiquem muytas vezes fem ouuir Mhfa, &/fem l(^^°r'
'CUieadniniftrarem os Sacramentos em fuásnccefsidades coma
^euid ide que conué. Mandamos aos nofíbs Vifuadores que quan-
do vifuatem confiderem bem a diftancia dos lugares, o numero dos
fr
«guczesque ficáo a fiftados da Igreja, as rendas delias, as dtrficul-
^es dos caminhos ,& todas as mais circunftanciasq podem auer,
* Pe«" fi meftnos com feus Efcriuaes, façáo diíTo autos com teftemu-
Jtas: & achando qne ha diftancia de legoa, ou mais, ou que ha jgVan
o« dificuldades polas quaes tenha acontecido morteré alguas pifo
as
íem os Sacramentos neccílarios, ou não poderem os freguezes
Vlr
^Miflàj&queosque viuemforaíáo em numero confiderauel:
re
L? *S ía té renda fijfriciente, para fe poder erigir dentro na Parro-
c
ta outra Igreja Filial, na qual feadrniniítrem os Sacramentos, &
fa
9oosdiuiaosor"ficios, aísi 0 mandará per fuafcntença,aqualfe
untará aos autos da informação que tomar, porque fe alguém o
contradiffer, poflfa conftar que fe fez com a confidenção deuida. E
a
'tandoqialquerdeííestequifitos, não mandai áo fazer Igreja, né
j)luidirão a Parrochia, principalmente fe a Igreja não tcuer fruy tos
.eficientes para fefoftenrarem os miniftros,& fabricarem duas Igrc
Jas:
porque menos inconueniente he virem os freguezes de longe,
* com difhculdade íerem curados, que fazerlelhe noua Parrochia
^Ue ^e não poííá foftentar com a decência deuida.
- Ec - fEflua*
Titulo, zi. Como fe deuem fundar de
€ E quando os nofíbsViíuadores, Prouifor,ou Vigayro mandate
fazer algúa Igreja Filial na Parrochia de outra, quando a fofientaçao
<JoCura,ouReytorque na Filial nouamente erigida fempre mW
datãoq íe píguc dos dízimos ôifruytosdi Matriz, & aplicarão ao
Rey tor, ou Cura que delia for,todas as oíFertas & pee de Altar delia»
& lhe declararão quaes fão os lugares donde a ella hão de vir facra-
mentarfe, & que moradores ficáo feus freguezçsrdo que íe fará auto
ou termo noslíuros da Vifitação, cujo treflado íe lançará no tombo
&liuros da mefma Igreja. Eafsi declararão que toda a fabrica,aí*1
de Cera para as MiíTas, como Ornamentos, RetaboIos,Imagés da
Capella Mor, & a edificação, & reparação, & concerto da meím*
Capella, & tudo o que nella for neceíTario íedeue pagar à cuítados
fi
fruytos da Matriz, com ametadedo ArcodoCruzeyro,&ametaa
doCruzeyro&todo corpo da Igreja fe fará à eufta dos fregu*
2cs,aos quaes femándaráqueajãode Sua Mageflade ou feus Procu-
c
radores Aluarás de fintas para as ditas Igrejas & fabrica delias. P°
de quanto ainda que conforme a direy to comum as Igrejas que co&
Uh/^di jufta caufá em o âmbito de outras fe edificão per mandado dosPrek:
itifS'de dos k aP° ^e echficat íabricar* & reparar dos dízimos & fruy tos à&
rtftMji outras: todauia o cuílume defie Biípado & de quafi tedosos outt°s
a
defte Reyno immemorial, tem introduzido que a edificação, rep '
ração & fabrica da Capella Mayor com ametadedoCruzeyroptf'
tença aos Priores, & Comendadores, ou peífoàs que leuão os.fruy*
tos da Matriz; & o corpo da Igreja com tudo o que nella for necel'
fario com ametadedo Ciuzeyro facão, repayrem, & fabriquem05
freguezes, & prouejão de tudo o neceíTario; & nós mandamos ^c
10
eftc cuílume fe guarde por fer pio & louuauel, íàluo feantre os P* '
a,a
res, Comendadores, & Freguezes ouuer algum contratoJegi» "
f>m«íe. mente celebrado, que nós náo entendemos derogar, fendo cclcbr*
cM c«tej- J0 com autoridade dos Prellados noflbs anteceflores,& fendo &y f
7m!n. fem autoridade do Prelado, por quanto fica peíloal & obriga fôu*
te os que o fezerao & não os íoceííbres,fe cumprirá fomente na vJ
do Prior ou Comendador que o fez, & depois de feu falecimcnt0>
en
guardará o que for conforme a direy to, & cufíume legitimarr>
reparar as Igrejis,mofteyrôs (Sc hermidas. no.
s
prefcriro.
í E outro íí mandamos aos noflbs Vifítadores, que achando ai-
gúa Igreja ainda que íeja Parrochial,em lugar deipouoadoque hú
«todc..Bcfta,oa mais, derredor delia não aja morador algum,*:
por eftar em tal lugat corra perigo de (cr roubada ou mal tratada, a
àção logo mudar para o lugar principal da fieguezia, que fe ja mais
acomodado para tedos os freguezes: ttabalHando qian:o rielles for
que ifto íe Érça com beneplácito dos Priores Comendadores, &,
&eytotes delias E quando injuílamente contradiflerem, todatna
a* mandarão mudar,íazédo primeyroíumariodas caufas & razoes
porqofué.&oqniíto mandaré farão executar, fèm embargo de
H^que appellaçâo,que neftécafonãoíofpende. ' ^"jr^
í E quanto as 1 grejas que acharem ruinofas & caídas, & que pola fa/,.I0. ■
Pobrezaíuafenãopodéreftaurarnemredificarnolugaronde eítao,
guardarão intéyramente o decreto do Concilio Tndcntino na
«cffaoai.cap.7,qucniftoprouècomoconucm.
1E achindo algna Herm.da outro G em lugar defpouoado mal
fecM, c xpofta aos males & perigos que cada dia acontecem, a ta-
^omudar^endoneceiraríajparaomaisvezinho&acómodadola
8* da mefma freguczia:'& não fendo Hcr rnida do poao, Si necefla
,
«a»nusd:paflòa,particular,lhesmandarãoqueamudem} &nao
frendo mudar, lha farão derribar; Eifto farão também nas Her
^^sqieach irem desfechadas & mal repay radas: porque náoa-
^ndoquemqueyraobrigatfearepayralas&ornamentalas^apli
**e paraiíTo bensbaftantes,federribarão: porque menos mal hs
^oasauer^ as cafas& Oratórios do Senhor fere profanados co
Peccadoí, & mal reatados, & não terem o ornamentodeuido. j
í E feachuem a'gam lugar táo longe da Igreja, que nao pofla co-
modamente trazerfe delia o Sanítifsimo Sacramé to da Comunhão
J°*que ahiviuem, fe no tal lugar não ouuer Hermida, os noíios
V
»iuadores a farão fazer àcuftados mcfmos moradores: & lendo
lao
poucos & pobres que não bailem, contribuirão osPriores&os
mais freguezes por via de efmollarpara que quando fc lhe ouuer de
S5 a Sandifsima Comunhão aos freguezes do duo lugar, ?c P0^

'ima
Titulo. 21. Como fe dcuem fundar &
nas taes Hcrroidas dizer Mito, & também pofiâo os doentes hif«
çliarezir &cncomendarfe aDcos.

Qnpuiçâo. JlT>alimpeza&? renomçâoda çrwmen*


tos, (£/ coujas mcefiarias ao jewiçódas lgrc}dst

XT O Titulo precedente na Córtituiçao nona eHá declarado cfi


X y òiquátosdeuc (erosornamentes,Cálices, liuros,&■ w&\*Sff
ias neceflanas ao culrodiuino, & feruiço das Igrejas: mas porque
conuemqueosminitferios Santos do Senhor íe tratem náof>*
•te com pureza interior, mas também com limpeza exterior.'
Ordenamos & mandamos que tcefos es ornamentos tanto f■
^Picruircmaaualmcnrc-np.sAltarcs.&minifieriodos Sacra»*'
tos, eítém bem guardados 6 fechados nos.Alniarios da Sane*'
* nao auedo Sancníria, fe mandar. fizer logo: & em quanto-fe ^
f
raz^aucrahuaCaxa forte bem laurada, & fechada na Capeila Maf
onde os ditos ormmentos fe guardem,
Ec
igT'À T *** WWeÂm fc. porão em todos os Altares Corporaes B**
;f(^.pqs&lauados&arsiaSPa!as,Ságmnhos,&ospanosdosCa!icesCí
•* da qu.nzed.as ícráo iauados com fabáo,« nác com outra coufa #
c
noslimpa, como em algúas partes ateegora fe fez: & per peflba f
r< cs a 3
«/a^f^W» ° J ^«^ <H os náo lauaráem cafa, nem em Pia,o»» '
?Ã,;P ^ r ÍW fe náo em agua limpa & corrente, feb pena <kf >
«< »,/«.. g« quinhentos rs, por cada vez que niítofe achar falta Efeo S*»'
«*•* cnílaoou Tcfourcyro teucr Ordens Sacras, elleos Iauató-&o*"'
tendo, ofrw ou peflôa que teuer deites ca rgo os fará lauar per &
ngo de Oídei Sacras nos ditoi tempos, lob a rnefma pena.
q tas Aluas &Amito, queferuirem nas miflas quotidianas; (c&
lauados cada dous mezcs ao menosj & os que feruirem em as M^

qumze d.as: fa!uo fe antes do d.to tempo vier algua fefta de noíTo »
ÍXf " ' ^ °U ? ^ °^° ^a cafa, porque
taes dias fe porá tudo limpo &Iauado de noHo, " *■
4.

reparar as fg rejas, imfteyrós & hefroidàs.' IJI,


E
" cada Domingo fe porá hum pano luuiado na ilharga do Aliara
a
P ttccla£piftoIanolugarcunumado,emqiieosSaceidotes alimpe
& '^aosfit-cflcs panos ausrâ em todos os Altares, .&■ íe porão cada .
domingo lauados como dito hc. E na Sancriftii òwfcos Sace*do»
tfi
s iereueítem auerà húa toalha queíe porá íauada cada Domvngc^
Relera de duas varas em comprido, d:: oianda,oulaihp délgatfabj
ftoxjaç °s Sacerdotes &miniúrvs do Altar leJimpem; o que te o*
pnrafoba mefma pena. -i
j EmandamosatodososSacerdotesdeílenríToBifpadoemvirtu
e
d-obediência, &lob pena de quinhentos rs* cj náo dçáo miíJa
com VeiHmenta, ou Alua que efteja rota nos lugares em que íe pof*,
ao ver j nem a que falte Efto la, Manipulo, ou Cordão;& tantoque
Sua'quer Vcmmenta,ou Alua for rota, logo íe fará a faberaquem
"as tcuer cargo para que íe concertem.

Conflituicão. 111. Dos Ca'ices Bopas^Pias


de ylma 'Benta

f j S Cálice* com que fe diz Miíia deuerri fçr de prata & miiy- t,\»ft. e.
c
. o fáos & v, dado"», como no titulo precedente diíTemos: Po ^,!L.
^emandamasaquemdelles teucr cargo que cada oyto dias os
e
Ja &Jbe Lnceagua para ver íeíao bem vedados & fáos; &achan-
0
íjue fáo roros ou fazem aguarão confentiráo que com elies fe di-
a
6 Miilà tee fe mandarem concertar como conuem. E o Sacerdo-
"S^d.íTef MiíTacom Caliz que não fej^ íáo, &oqueihoder pa~
* |no fabendoo, ficará lufpenfo em quanro nós o ouuermos por
^ & pagará mil rs, para a Confraria do San&ifsimo Sacramtor
E a
^^Meyrinho. ^ mefmapena mandamos qtíe fc não diga «//»•'*
' a lem pedra de Ara que feia Sagrada.nem cm pedra que feia íen 2.,.f \»à
t& ou quebrada. ' **'*
^^adaquinzediasfcfarãonouas HoPuas/muytoIizas & brancas; gf(kf.
^ aueraem'todasas Igrejas vinho bom & puro, que cada dia feja
reíco nas
n j, °í Gaihetas: & náo fe dirá Mifla com vbho que
e ,as cftc
ja de muy cos dias, nem azedo,polos perigos que nino pQ-
v* \ de
f
Titulo.21. Comofe deuémfundara
'deauer': & as Galhctas fe lauaráo cada quinze dias fob pena de ào<
zentos rs.
tf Auerá em todas as Igrejas a cada porta per onde a ellasicentra,
húa Pia de Agua Benta bem laurada.com feu izope, & eflará fem-
pre ptouida de Agua fob a roefma pena: & cada Domingo fe en-
cherá de agua limpa para fc benzer.
«[ Tanto queasMuTas fe acabarem fe cubrirão logo os Altares»
Retabolos, & fe facudiráo do pô, principalméte onde efleucr o San*
&ifsimo Sacramento, o qual terá Cortinas com que fe cubra, #
Alampada continuamente acezadedia &denoyte à eufta de querfl
for. E afsicftará, como as mais Alampadasqucnas Igrejas &&'
" as Capellasouuer,eíhráofcmpre limpas &prouidas do neceíTario
fobpcnadedozentos h> por cada ves que nulo ouucr dcfcuydo: #
fe bar terão as Igrejas cada o y to dias: & cada mes fe facudiráo aspa*
redes do pô, & tirarão as teas de aranhas: & afsi o Choro & Sancril'
tia, para quea cafa do Senhor ande táo limpa & concertada quep*
reça, como he, domicilio íeu & cafa de Orarão.

ConfUtaiçâq. J1II. Dos OrnameniosVelhosi madeyri,


C^ pedra quejae das Igrejas.

.~T\ OR que as coufashúa vez dedicadas ao culto diuino não po*


jtincHDu X maisíeruiremouttosvzos profanos: Ordenamos « mano*
* ^""mosque osCaliccs, Cruzes,Patenas, & mais vazos de Prata,**
d
Ouro, ou qualquer metaj,que fáo fagrados & dcdicado5?ao culto ,
uino, tanto que forem quebrados de maneyra que já não pofsáo W
uirem às ígrejas,fs quebrem &queimem,nofcgo,& quebrado*
^-queymados-fc poderão véder & dar para quaesqaer vzos profr»05*
M.J.Í. E os.ornamentos de brocado, feda, ou pano de laá ou linho, tant0£í
forem rotos que não feruirem nem pofsáo aproueytar para ou*
3
coufa dó vzo da mefma Igreja, por ncnhúa maneyra fc entrega'
,. , io a peflba fecular, nem darão ou venderão para vzos profanos* fc
€.ltintaeI r . i li r i ri J„ PtidS
c5/«í'-.<í. 'queyrr;araona igreja,&acinzadelles íe lançara pelo cano aa i **
*£§?' Bautizar. O que com mais diligencia (e fará nos panos dos Ctfp^
repararas fgrejas,môíleyi'Os,& liermidas. 112.
Ta
« & dos Cálices, & Sanguinhos: os quaes fe queymarao fobre o
A,
tar, &as cinzas fe lançarão pelo dito cano da Pia.
^Eamadeyra & pedra, ou telha que fe tirar dea!gía igreja não fe d.(jj£M
^ndecá uem dará pata vzo ou obra profana fenáo para outra Igre- ;J*-/>*J

Re
Ytor, ou Cura,ou Tefourey to leuar de cada húa das ditas coufas
de
Pedra, madeyra, ou telha, para cafas fuás, ou as vender ou der pa
*a vzos profanos, pagará mil rs de pena para o noílo MeytmtioK
&brica da Igreja, alem de rcftituir o que afsi leuar.

Conflimiçâo. V. Que a Prata & Ornamentos das Jgryas


knào empresem nem empenhem.

APrata,& ornamentos, & rooueys das ígreias não podem alhe^ ,&#
ar nem empenhar, fenao quando as necefàdades das meímas J^
%cjas forem ta es que fe nao pofsáo remediar dou tra maneyra:pot jnH
Ue
^ conforme a dircyto, tendo a Igreja ou feusminiítrosneceísida %ilw;
d r
í> edeue, podendo fer, remediar per empreítimo-, & quando íe -■- -
n
*° achar, fedeuem empenhar os bens, moueysou de raiz profcV mmri.%
nos
^e não fao efpecialmente dedicados ao culto diuino per benção
^con(agraçáo:& vltimamente quando não ouuer outro remédio,
^Poderâo^elasneceGidadesdaslgrejaspobresdelbs.&catiios,
Cltl
penhar a prata & ornamentos. E porque muytos Priores & Be
fiados empenháofacilmente por qualquer necefsidad: osvazos
de
pratadas Igrejas & omimcntos delias: Defendemos a todos que
Ctti
nenhum cafoalheem nem empenh*m prata ou ornamento al-
&% ou coufa que feja Sagrada ou benta, por algúa ncccfsidade tua
neiI
>aindada Igreja,fem nolfa efpecial licenciou donoíTo Prouiíor
Petefcrito:&tendoa Igreja tal necefsidade que fenãopoltiperou-
lro
modo remediar, fenáo empenhandofe algúa peçade prata ou oc
^ento, nos darão diíTo conta, oua noflb Prouifor 16 achando ler
• lsi> lhes daremos licença pata que fe empenhem a outras Igrejas
on
Titulo. 2i. Como fe deuemfundar &
ou a Clérigos j & nSo a peíToas feculares. E fe algum o contrayro fe
zer, fera prezo & do A jubecondenado em hum marco de prata po
la príroeyra ve2 que for comprend.dor & pola fegunda aueráa mais
pena que merecer. E fe com pouco rcmor de Deos vender algua das
ditas coufas, mayormente a leygos fem licença noíTa, a cpal lhe não
daremos feoáo em cafo deertreytilsirria neceísidade que per outro
modo fe não pofla remediar, fera pre20 & como facrilego caíiiga*
do} & não fera folio tee não tornar à Igreja a peca de prata ou orn^
mento que vendeo, & outro tanto para a fabrica delia.
^ E afsi defendemos a todas as peíToas, Clérigos, &leygosdefle
Bifpado que náo empreitem dinheyro ou outra coufa fobre prata,
ornamentos,ou coufas bentas da Igreja^nem as tomem empenhor,
aindaquefejaperautoiidadedaluítiça fecular,quenefíecafo a não i

pode dar j nem os comprem,nem dem a ííto coníentimento, ou aju-


da ; & qualquer que o contrayro fezer, perderá o preço que pelaste
tas couíasder,ouoquefobreellas empreitar, & as peças k reíticuí-
râoà Igreja :& alem dtíTo fendo Clérigo o que as comprar ou to-
mar em penhor, pagará mil rs, paraa fabrica da mefma Igreja, &0
leygo quinhentos: & o preço porque fe venderem ou empenha^
fe perderá para a mefma Igreja.
^ E outro fi defendemos fobpena deexcõmuhãoipfo fa&o incuf;
renda & mil r\,atodos os Priores, Reytores, Curas, Sancri(lács,#
Tefourey ros,& quaesquer outros Clérigos & peíToas Ecclefiatfica*
!

q não empreitem peça de prata, ou ornamento da Igreja para fefas


algúas (pfanav, né|>a leruiré em vodas,ou iogos,ou farças,né apc^
as feculares fé noflà licéça. Eafsi mádamosaos meímos Clérigos 4
fe náo fíruãoem fuás cafas das ditas coufas, & panos dos Altar^»
fob pena de quinhentos rs, por cada vezq nuTo foré comprédidos».

TITVLO. XXII. DAPRATA


& bens das Igrejas, & como fe porão em
boa guarda & arrecadação.
'&$
f

Titulo.22. Da prata & Bens das igrejas nj


Confiam cão Primtyr d*

Ç Ol AR Aquéõsbcscíaslgrciâsdepuíâdospata etifiàti
jpj
\.. .
o íemico delias &íuacnftaçãodosroiniQto&^;^
iJk.*'

P jáMfW fc rio aihcéou petcão,&cfíc feropre em boa *M*ft*


? « ir- -3 &m. guarda* & felaybaquaeslao: Oídenãroos
Z' '
j &mádamosq da publicação defta até dou*
j mexes pnmeyios íeguintes fe peze ioda a
f ■*■■_ i*^. V ,T» — ~ «

; • y prata dasIgrejas cada húa peça per fi,& feia-


e
|lai loueatay ro autentico per pcíTca q tenha (ws publica có teftô
Q
naí;Roqaalfeefcf:euerãotodas aspeçasdeclatíd^afurma,ley
>* liames década bua mUytopaíticularméte^araq em nehú tem
e
pofsâo trocar,& perdeodofefepofsâo cobrar cilas ou or. traí. êa
01
°pezo&feytioàcuftadequemasperdtT:& depois de feyto
I ^tayroíeporáemTóbodsliuío q fehid^ fazer dos bh óAS
CT*CQO)Q Jjremos na Cóíiituicáo fegilinre. E a prata fe entrega-
?
ra 3u roa peíToasqde ia cuuetéde ter cargo , no qual afcinâião
' a^s teiteu.unhas comofch;o por entregue*delia: & efíemcfmo
^de entrega fe láçarà no meimo liuto. t fendoPàior, ou Rey íOé
e
tj'Ç ja,cj odellatenhacargo,fe lhe podetà entregai f<.fóça;& fedo
el
pateyi o, dando fiança íegucafic abonada diante de nolTo Vi-
i. ?°.^er^>0UI Arcipteíte,cóiirmada cõ juraméto fojeitádofe a neflã
. ^Ojíc lhe poderá entiegar: E o mefmci fe fora dos omamétos
Prata,$c todas as mais coufas de todas as hermidas & cófratias,
1 ** ftaniauendonalgrejaThiíbuteyto, (eclcgerãhum Benefícta-
r >°u hum freguez rico & abonado a quem fe entregue cem a dica
°ca> & doutra maneyranam:& a fiança fcfatàao pee de I^Kntay
^auto de entrega. E o mefmo tauentayroktjtada; ratada
a
See:8iquant0 à guarda & entrega feguardaião os ei{aiu.os&
^fce, delia.

fyvfítuiçâo. II. Que em cada tgre\aha)a'huÍiwodsTomh(}


autentico fio qualfe efercuerão todas aspnpriedades
L fíJ km das hrs\a$$} onde o não ouuerícfaca.
ff Mandai
ítalo. zz. L/a prata ec-bens das igrejas. |
T T Andarão ncíTaspredíceflõre5 aos Priores & Beneficiada*
5
1J i ReKgiofos deíie Bifpado, que fezefcm Tombo de t<^
■ aspropíisdadcs. Eporque eira obrahe tá^neceíTaria: Mancha
a todos os fobf e Juos que fe faça hum, ou dous liutos, ou o J que &
e
xcm, neceílàrios, c u de pergaminho,ou pape) grande & gro&,f
duremuytosAnno3,enquadcrnadoem courc;ooual fera autíf*1^
aísinado &numerado,comoíáoosliurosdosTabaliáes das H3tâS'
E no duo liaro, ou liuros, per li im Tabahãc publico que tenfa **
r:
publica, fc efcreiieráodiftmtament: todos osbésderaizquea t
ja,eu Moftéy ro teuer com íuas confrontações & medidas per vafj
declarando quantas tem de largo,& quantas ao comprido^*1'P*
as que ao prefeote aspoffuem nomeadas per feus nomes & &**?
nomes & alcunha & diclararfehão as fregueziar», & lugares, *V'
deas onde eftáor & fe forem aforados em fatiofim" perpetuo, $1
dirá, ou fe em vidar: & fe fáo dados em vidas para fihos & à^1 '
tes, oo para ourr2s peífoas nomeadas, ou para que o piirney^""'
uvee o íegundo, & o feguodo o tercevroj de mancyra que fique^J
declarada a íubíhntiada íbcefsãbdcfbsbés, &oforoquepã^ íí•
aparulha,8i tuJo omaisqtieneceílariofor.
fC 3$
Ç £ no mefmoliuro fe tresladaráo todas as doações fcytas ás lg >

ou Moaeyros pelos Rey s & per quaes quer outra? peflbas,& tc^
|1,
mais eferipeuras que noditoCartorio ouu?r^uepcríeDrã•Jaos^
& jtfrdiçáo delias, & as próprias ficarão guatdadaa nos Cartório
rnefmas Igrejas a bem recado.
oti
ÇE todos asefcriturasdcafcramentospetpctuoscnem vidas f-
ncuaçóes que daqui em diante fefezerem,íc lançarão no tàéft*
5
uro,&nao feafsinaránem dará efcríp;ura ás partes, fcroprifl*)*
cmoíiuiofícarefcriptaptloTabaijáocuNotayroqueafe?er. ,
% E quanta aos prazos & efciipturas cjaicc agcraíáo fey tas » ^
tr3
cftãó lançadas em liur o,nao fe tresladaráo nclle per fer rouy^ ,
lho & defpeza, roas guarda rfehão no Cartório com os rr aií fft
masaíuftanciadeiles fumariamemefe eícreuerá no dito\mO. -
Cf £ porque es pcíTuidorcsdosprazoscvfaricfinsdasIgKJ^^
xcm,. & íe mudio de hús em outros cada dia, & pofto que it$
Titulo. 22. Da prata & bens da Tgreja. n£
^conhecer o Senhorio, & nas efcrituras lhe facão termo como os
a
<*y táo por inquilinos, não fica nos Huros da Igreja lembrança dis
"'taspcfloas para por cilas fe arrecadarem os foros &penções. Ma-
laios a todos os fobreditos que cada dez an nos prouejão o dito li.
UtoouUuros em queeíteuerem eferitososbens & prazos das Igre»
!-s>& vejáo feos pofljidores fáo mudados, &os noílòsAftfuadorôS
particularmente prouerãofobreiflo.
1 £ tirarão dos ditos liuros das ditaspropríedades cV prazos, hum cy nunU
Caderno em o qual por fumado efereuão todos os duos prazos, & wa ** u
Q,
Ai ' ti 1 «> 1 i f JH »á«*»
gao nelle, ta! prazo que eira em tal parte, & paga tanto de foro, &
pontue o hoje Foáo: & afci ficará tudo em ordem que nas igrejas não
aa
) confuzáo, & fuás rendas íe arrecadem como cumpre.
1 E no meímo liuro feefcreuerá o Inuentayrodá prara & òrnamç-
*°$ das Igrejas conforme \ Cònítituição atraz & a direy to.
lE outro fi fe efcreuerao todos os Bsnsficios, rações, & Capellas,'
^ as inintuições & fandações delias, & os encargos & todos os<;Anr
^ffayros, & osbens que pelos duos Aniuetfayrosledtyjtatão,ôc
J^oifto fe fará em publica forma: & as efcrituras & doações dos
psdas Igrejas mandarão os Priores & Beneficiados lançar nos Tc&
0s
à íiu cuÓta, & os das Capellas & Aniuerfayros à eufta dos poílni-
^tes dos bcsdelías: & os prazos que da qut por diante fe fezer em a
Cu
fo dos inquilinos.
" E porque não aja deícuydoem matéria tãograue, Mandamos
*°s fobreditos, que no dito termodedous mezes, facão o dito hura
°J «uros pelo dito modo fob pena de vinte cruzados pata o Mey ti-;
ntj
o &c fabrica da mefma Igreja: & pafíàdos outros doús mezes fem
c
^ °nipnrcm encorrerao em dobrada pena.
J E porque algúas Igrejas ou quafi todas as deite Bifpado náo tem
Of
ribos autênticos, nem as fuás propriedades medidas & demar*
ac as
* pec autoridade de luítiça:& nelle Synodo que celebramos,a ki
^ Muitos apontamentos que os Priores & Beneficiados nos derác,
c
°aio pelos Procuradores do Cabido & Clero nos íoy pedido com
Q
»wncia qae fe mandaífem fazer Tombos cm todas as Igrejas, o q
.e naopode fazer íenáoporluizq Sua MageíUde para ilio deputar
Ff 2. apc-
T
I

Título. 22. Qaprata&bens daígreja.


.àpetição dastnefmas,&Igrejas; auedo cada hua de pedir feu lúhfo
riacaitfa.de não poderauer o effeyto que tanto lheinporta: Manda-
mos que os ditos iiutos deTomboíefação na forma fobreditaptf
hum Tabaluío publico, &nclle fe lancem as efcrituras & papeys<j
fe acharem autênticos,&o que for liquido & medido & íem contro-
uerfia, &tqdas as mais cautas que acima ficáo dicas.
^ E para que as propriedades fonegadas ou parte delias venhão otí*
tra vez a poder da Igreja donde andáo mal alheadas: Mandamos i
todosos Priores, Comcndadores,Reytotes, & Beneficiados, q et11
«imo de quatro mezes a jáo de Sua Magellade Iuiz que lhes dciní**
que luas terras & propriedades & lhes faça feus Tombos autênticos*
E poderão tedas as Igrejas da Cidade & darredores delia auer'»&
luiz, & as Igrejas de cada Arcipreftado outro,ccntribuindo cada nu
prorata das rendas que tcuer, & nas lhes datemos para iflb todo o
fauorôí ajuda-; para que iílo com Sua Mageftade& feus cfficiaesaj*
kjgoefíeytoí o que cumprirão no dito termo,fobpenadc proceder*
moscontra clles com as Centos & penas que nos parecer, aree co
effeyto fatisfazeremr que pois clles com tanta inftanciaopcdiraO»
& cumpre tanto aos bens & rendas das Igrejas fazetfcnáoheraza?
que nelles ajadefcuydo.
M.i»>r<c ^ ^ °utrofi, mandamos a todos os Priores, Comendadores, & $?
ts-ibiáfli ficiadasfcbcujaadminiftraçáocftáo os bens & fazendas & renda*
citroLr.í das Igrcjas,auendo na Igreja algús bens de que cila efté de poíTe, <&
ttjtnwr. £Uscaícyros, inquilinos ou colonos, dos quaesfe não achem i&P
los autenticos,dcntroem dous mezes da publicação deita façáo cit*f
o poíTuidor dos ditos bens para que lhe moílrc o titulo que dellestf'
& nós para iflb lhe paliaremos as cartas de excomunhão quelhes f°'
tC
rem neceflarias. E eílando os poíTuidorcs fora do Biípado lhes d*
mos quatro mezes, & fora do Rcy no, hum a nno para fazer asdi'
tas citações ante o Iuiz competente: & íegairaocomopoíTuíd0*
dos ditosbensademandaateeelleconfeíTar o titulo por q os£0»tí
ci
verdadeyramente, ou fe dar no calo final íentença, que pofla &
no cartorioda Igreja por titulo.
flfl
C E no mefmo tempo lhe mandamos que auendo algas bens, p '
Titulo, ir. Da prata5c bêsda igreja, nf.
c
>palmente paiTaes, que per elles ou feus antecelTcrcs foíícm rhâl a- a.depré*
C r c
Ceados com dano da IgreJ3 > os peçào & demandem aos q os mal yC r\ mít.
P°fiuirem, atee os tomarem à Igreja.E porque eiras demandas (áo *•* «*« *0*
et 4
» tao euidente prcucyto das mefmas Igrejas, Ô^taoneceiranas,-" *"
^cufsáoaos^aftoics datefidenciaptíToal, quando nas tâes câiifàs?
*°rneceíniriafuaafsiítcncia, &fenáo poderem bem tratar per Pro-
^Uradorj nos darão conta delias quando as fezerem, & hòs toman-
do a informação dvUidi, lhe daremos para fazerem & feguírem as ^txpArU
«uasdemandas o tempo ouebèm nos parecer, & fen licença noífa *•'«/*?<« d
cler.nõ r*
'«não poderãoauíentarda refidenciade feus Benefícios, ainda que j/J.'
'eÍâoporiMzãoda<i ditas caufas & demandas, polas fraudes & énjfip
^squeníTopodemauer»
í E de dous em dous annòs fe elegerão nas ígrefâs colíegiadas riuòí
u
P dousque vão vifitar tedos os bens & propriedades das ditas Igrè
)aS& verão com diligencia íe cftão danificados peles pcíluidoresj
clones, ôuinqjilinòsjOUaproueytadoscomo deuem, & fe cuap
geenas condições CO,Xí que fotão emprazadósi & achando alguns
^° auelmeatedámficados,os tirarão aquém os poífutr, òuproiie-
íd
^nvQl;demarteyraqu*feaprôjeitemcomo cumpre. E onde nío
0,
Juer BeneficKutas o Prior o fará per fi, & os Comendadores, ou
Hr fi,ou per húa pçfloa de confiança. E o qiieàísi o não cumprir pa
&*ia por Cada ve2 hum marco de prataí& os noífos Vilitádores ia*
^rao feafsi o cumprem, condenando os que acharem negligentes
°u culpados,
f Hfealgúa Igreja teuer jáliuro, ou íiuros de Tombo autênticos &
c
* ytos na forma fobredica,a não obtigamosa fazer outro de nouoí
^s não o tendo, ou tendo o tal a que falte algúí das ditas folénida-
dc
S a farão cumprir no dito termo.
* Ê nos Tombos que das Igrejas fe fezerem fe porão ndprincipid
^ liuro de cuja aprefenraçao & prouifáo hea dita I greja, & quem a
jPieoadercadeyra VeZ,&asFiliies,ou Anexasq teuer, & fe téalgús
v
aíTallos ou terras de fuaíurdigão crime ou ciueh & fe té algíís Bené-
ficos ou Capellas defuaaprefcntação/collacio OJ adminiilracáo:
u
t f feriftoaparte principal q Conué andar muy to certa & clara.
~* ----- - Ff ? - IfEddí
ir w -
i Titulo. 2z. Da prata (5c bens da ^greja^
^E dos ditos Tombos fará cada Igreja dousliuros autênticos am6
bos, & que facão fee, dos quacs liam ficará na mefma Igreja & car-
tório delia a bom recado, & nao faíra delia por cafo algum: & fendo
delleneceffariotrefladodealgúaefcnturaou verba, irá o Tabaíiáo
ou Eícriuáoao Cartório fendo o Prior ou algum Beneficiado prefen
te, & trefladará o que quifer per autoridade de luftiça: mas o liuro
nunqua fairá fora fem noiTa efpecial licença, fob pena de cxcóma-
nháoipío facto incurrenda, da qual não fera afoito o quenclla cn-
corrcr teco reítituir & tornar ao mefmo Cartório: & fendoconuc-
eido pagará o q o tirar, ou mandar tirar,.cinco cruzados para as
obras da See & Meyrinho.
fEo outro treílado &liuro autentico do mefmo teor fe porá no
Cartório da nofíaSee como cabeça que hedas Igrejas do Bilpado
onde tudo eftá a bom recado & per ordem, para qucperdcndofeo
das Igrejas,fcpoiTa achar nellas. *
^ Eoutro íj, mandamos que no Choro da noiTa Sce em parte onde
bem peífa leríe, aja húa taboa em queeftarão eferitos os Aniuerfay'
ros, Miífas, & Capellas perpetuas & Comemorações que fe hão de
fazer per quaesquerpefíbasquedeyxaráofeus bens: & outra cofl\
forme aeftaaucránaSancriítia.Easmcfmasduastaboasauerá n3$
Igrejas collegiadas que tem Choro & Sancriftia, & nas Igrejas qu«
não forem collegiadasaueráhúafo taboa qeflará fixada na Capela
Mór na parte mais conueniente, o que íe cumprirá da publicação
defta cm feis raezes, fob pena de dous mil rs.

LTITVLO. XXIII.DAS
Procifsõcs.
Confttuiçâo PrimeyrÃ

S Procifsõcs forao ordenadas por direy to & louuauey s cof'


tumes para gloria & Iouuor do Senhor, & honrados feufi
San&os, & para que 05 fieys Chriftáos juntos em oração
poiTao
1
Titulo.' 23. DasPròcífsões. íió
powáomais facilmente alcançar cio Senhor remédios& ajuda em
toasnecef $idades:& para queelias fejáo tão deuotas & folencs como
«c rezão: Ordenamos & mandamos que era todas as prociísões (o-
'énes que neila Cidade fe fazem, como fáo a de Corpus Chriíti tiíi
ta
Çáo3Arjj0j ôsLadainhas, &nasfeílasfeytas da Qmrefma, &na
°ytaua do Eípirito San£to,tanto que fe tanger o Relógio da See,ou
°utro Sino para fe começar a dita procifsáo, todos os Priores & Be-
neficiados da Cidade & csReligioíos qa cilas í ao obrigados & cuHu
^ao vir, íe ajunte logo nella cm quãio fe tange o dito Sino,c qual fe
l3
geráhúahjracõtinua:tcdos có fuás Cruzes & Sobrepelizes eu.
^aédeCoSlegiocomoatégoraofezeráo: & as Sobrepelizes Lua-
***& boas como ecuem q os Sacerdotes & Beneficiados Icué em au
0s
tão públicos, & afsi os Tefourey ros q leuaíé as C ruzes: & debaso
das
Sobrepelizes leuatão rodos roupetas cõpridas q lhe chegue £os
at
ttlhos. E todos os que náo foré juntos na neflà S^e, era quanto fe
an
ger o dito SinOjcncorrerão em pena de cinco cruzados para a Sec
,Meyrinhofem remifsáoráifendoRcíigiofúsifcntoSjfelhes tiraiãí>
Qas
tenças ou efmollas q de nos ou de noffo Cabido teuciem.
3 E quanto sprocifsao de Corpus Chriííi,fe guardara o que a trás
Ca
a»to no titulo do Sacramcntoda EuchaiiíLa, & difpoem o Con- rtf»r.is.
^ioTr;dentino. £#**
J H p; r.»q neftas procif ões (oIenes cm q vay o nolTo Cabido & to-
a a
Octeziada Cidade não ajadefordês,&aucdoa'.1r.jaquê' as pcíTa.
e l
P jnair & cafiigar: Mandamos ao noflo Prouifor cj em todas as;p-
j%>es em q for o noífoCabido vá de traz de toda a Glcxizia dsáte do
a
°id> có íua Sobrepeliz & vara bíãcarcgédc-a Clerezia tcda,&fi
£
ndo c ida hu guardar feu lugar, & q náo fe mude de hãa pari» a ou-
a
^ E afsi os Cíerigoscomo lcygosqfocem inquietes, cu fezerem
. 8^s voltas nas duas prociísões,ou nao quifetem kr no lugar que
4
^ mandate, o dito ncííb Prouifor os caftigaracomo lhe parecer,
c
°s mandar dahi ao Aljube, fe tanto merecer fua culpa.
to
/3 Chantre,ouqué porclleprefidirnoChorOjregetáaprociísão
ífcaspeííoasdo mcfmo Cabido & feusCapelláes,& caílig ata cõ
pontos osqucfedefordenajcm3oufezeiem aigúa ceufaquenáo
deu ao:
- . A
» Titulo. 23. DasProcifsões.

chuão: & fe ifío não baftar, fc nós formos na dita procifsão, proue-
rcmos como for juftiça: & não indo o fira o ooíio Prouifor a requeri
mento do dito Chantre ou Prefidente, nas pefíbas dos Beneficiados
& Capelláes da dita See fomente.
^ E fendo cafo, que nem nbs,nem o noffo Prouifor fe poíía achar na
ditaprocifsáo, damos jurdiçáo ao dito Chantre ou Prcfidente fc^
cometemos noífas vezes para que ellespofsáo proceder contra osq
le defordcnarçm,ou fezerem voltas, ou não obedecerem acs que re-
gem a dita procifsáOjCom defeontos & penas pecuniárias atè os vaM
^JX ao Aljube fegundoa culpa que merecer.
€ E nasprocifsóes que fe fezerem foradefta Cidade os Priores,Rey'
totes, & Curas, & afs\ todos os Clérigos dos lugares em que cilas le
fazem,& todos os mais das outras lgiejas & freguezias,q per eufr*'
meantigo foem vir ás ditas procifsòes com fuás Cruzes, lerão obn
gados ajuntarfe com fuás Sobrepelizes na Igreja donde a prociís*0
ouuerdeíair ás horas cu rumadas, para a acompanharem atee tor*
nar á mefma Igreja donde faio, ou fc acabar em ou tra^cenforn*
ao cuftume,queniftofe guardará. E os que nas ditas procidóes k»J
rem, fendo a iíTo per côtrato,ou pei cullume, ouperdereyto obr*
gados, pagarão por cada vez quinhentos rs,para a fabrica da meín1*
Igreja ondeaprocifsáoíefaz.EosClengosquenãotem oalgrej*
Beneficio, n:m obrigação, mas íáo nclla moradoies, fe não forej*
às ditas procifsòes com fuás Sobrepelizes, como dito he,enccrreta<J
em a meíma pena, & não lhe deixarão dizer Mifíà na dua Igreja, °*
os chamarão para os officios quenellafe fezeicmateeos pagarei*1'
E declaramos que todos efícsfáo obrigados a hir ásprocií.óes <PC
c
fe fezerem por bem comum,como íaodepeftc, forre, & outras» '
melhantes: & não as paticulares que fe fazem por deuação.
^ Eas pena>dosq não foré ás^ciísócs naCidade,as fará executar o
í
noíTo Vigayro jGerai:&fédo Beneficiados,cu C3pellác3daSé,c"
1
íidéce do Cabido fará executar osdeícontos qfezcr:& auedon^
penas os mádará é rol ao noíTo Promotot.E fora da cidade,os noí»1'
Arciprcftcsjcxecutaráo as penas, & os Priores, Re ytores, & Cur?
Titulo.'.iy Oasprócifsões.' 117;
<krão cm rol ao Iuiz da Igreja, para que os faça executar & a meta**
^ para a fabrica delia: & os que os não derem a rol, ou os não fezeré
executar, ou executarem,feráo condenados nellas per nòs ou noíTo
^igayro Geral, ou Vifitadores.
í E na procifsão q fe fazdarredorda nofía Sce nefta. Cidade, & fora
& faz nas Igrejas & lugares cuftumados o Domingo de Ramos,irão>
todos os Cónegos, Beneficiados, & Clérigos com fuás Palmas ou
^amos nas mãos,& os regedores da Cidade & das Viilas & lugares,'
& os não deyxaráofenão depois da procifsão fer acabada, guardajn»
do inteyramcnte o cuftume fob pena de dozentos rs.
f E na procifsão que fe faz dia da Purificação de NoíTa Senhora que
c
^;mão das candeasjeuatáo todos candeas acezas em quantodurar
* procífsáo, para que reprefentem como conuem o qus pelas ditas VtdtrUtu
c
andeas a Igreja pretende fignificarj as quies darão à eufta da nofla s"m.\o-
frenda 4^«
como
w ^
atec
,
gora
O
fefez,' & Sce vagante
r • J
as lo
dará o Cabido à^-W*
i/i .4 f VI-
c
uftadas rendas do Bifpado.afsi aosBenchciadosda í>ee, como aos fiuU**
Perigos & lcy gos nobres que na dita procifsão fe acharem a quem *>-
c
uftumão darfe
f E para decoro & folenidadc das dicas procifsóes, & edificaçáodò
P°uo: Mandamos a todos os Prouinciaés, Minillros, Priores, &
GuardiãesdcílaCidade, qae nas prochfões foiénes quenella fe feze-
*cm em que vay o noílb Cabido, vão clles com fuás Cruzes & Reli-
giofos. E nas procifío;s que fe fezerem nas Viilas Ôt lugares fora do
Êi
fpado,váo os mofteyros que nas ditas Viilas, & lugares, ou fre- f^**,/,
E^zias eíteuercm, hora fejão Mendicantes, hora não íejao, pofto q
íkntos fejáo: por quanto conforme a direy to & Concilio Tr identi-
n
° não (ao efeufos das procifsóes publicas & folcnes.
í Epoftoq nós podemos tãbê obrigar os Çollegiaesdefta Cidade a
vir
i não fôméte à procifsão de Corpus Chrifti, mas a todas as publi
Cas
>corno no decreto do Sãô Cócilio fe cótérfaluoosqcfpecialmê sttiarat.
tc
diuoforcifentospfuaSanaidadedepoisdoditoC5cil!Oi &osq ggj£J
yu
' éemmaiscírreytaclaufura; &acT:ualmente a guardáo, nóspo iu/iStum
fesoceupaçóes defeuseftudospereftaConftituicáo não obrigamos Jj™tjf™
* Vir os ditos Collegios: faluo à procifsão de Corpus Chtiíli, como *i 5 9 o%
Gg no
^Í3 Titulo. 23. Das prôcifsões.
tio titulo da Euchariftia fica dito:ou a outras femelfoantes é asquaeJ
for pela Cidade o Sanâifsimo Sacramento. E ás outras procitfóe5
folénes, ainda q nós & noflb Cabido nellas vamos, náo feráo obri-
gados a ir, faluo fendo per nós ou pelo noíTo Cabido efpecialmente
para inochamados:oquc não faremos, fenão com caufagraue,ori'
de ouuer algúa particular razão para fc acharem, todos. Másos
Moftcyrosferáo obrigados a ir a todas as procifsees cuftumadas,
fem ferem para ellas chamados, & todasas mais em que for o Cabi-
dojpofio q cuftumadas não fejão, íendo para iíTo, p e)le requeridos.
] EfcosRefigiofos hora fejão ifcntos,ounáo,aindaqje conforme
a fua regra deuáo viuer c eftreita claufura fe aaualmcte a náo guar-
darem, náo vierem as ditas procifsões, fe procederá contra elícs co
Cenfiiras & penas tce obedecerem: & náo querendo cbedecer/e a-
grauarão contra ellcs,& feráo caftigados conforme a culpa & cofl;
tumaciaqucteucrcm.

?onfl't(*içâo. 11, Que as procifsÕes não *vam a oyteyros'1


nem a\a nellas clamores, fé) que <-uão em ordem.
POK Ser abuzogrande irem as procifsóes a outcyros ou pene-
dos, como cm algúas partesíc faz: defendemos que &<p*
por diante nenhúa procifsáo vá, fenão a Igreja ou Hermida onde f«
poflà dizer MiíTa. & pregar, ou fazcréfe os officios diuinos. E nas di
tas procifsóes não vzaráo de clamores, nem outras preces, nem p*
lauras,fenáodasquepclaIgrejaeftáoaprouadas, fobpena de (p*
nhentos rs.
f E irão todos, os que nas ditas procifsócs fc acharem, cm boa <**
dem:&iráo os leygos diante de todos, & logoosRchgiofosper^
as antiguidades ou poíTcs: & detrás dos Religiofos os Clérigos cofl»
fuás Sobrepelizes: & detrás di Clerezia naCidade irão os regedora
delia, como fccuíluma.-& detrás de todos as molheres: &iráo*nr
dom Choros todos quietos & deuotos, cantando & refponder>
as LadainhasdosSanaos,&preces que nasditas procifóes ou«cí-
E os que as âim procifloes regerem, afsi na Cidade, como fora,<*'
faomuytocuydadoquefcnáomudem de huaparte aoutra,aind*
Titulo. 23. DasPrõcifsões. 118
1

ícíeja par fugir do Sol-,pola defordem que caufáo nas procifsõcs:


^ procederão contra os que fe mudarem como lhe parecer.
% E náo comerão, nem beberão, nem farão foliassem feflas, nem %£%'£
Ca
ntatesprofanos nas Igrejas ou Hermidas onde forem com as di- u»mjt*t.
tas
Prociísóes: nem fe ajuntarão nellas depois da procifsãQ acabada £^£
Pata dançar & cantar, como em alguas partes fazem, com pouco «^ ?í}'.
te
^or de Deos & rcuerencia dos Santos, fob pena de excomunhão * JgJ
toa
yor&demilrs, paraa fabrica da Igreja. &meyrinho. E os Prio TritM.
íes
íReytores,& Curas cumprirão eftaConítimição com diligencia: £j£VJ
* fendo ellesniíTodeícuydados,ou permitindo que nas fuás Ig«jas^£J£
* Hermidas fe faça algúa couia das que aqui defendemos, encorre- Mtjja^â
Ia
o em pena de mil h, pola primeyta vez fem remifsão: ôç pola fe gg*
B^nda (eram pregos & do Aljube caíligados como meiecerem. ftu**a>

ConfHmição. Ill Dos q na procifsâo ou nas Igrejas ou Her~


' mi das arrancão armas ftj fazem briga eu remita.
r , . .....

OR quanto acontece muy tas vezes na» procifsões & Igrejas j$jj£
& Hermidas auer brigas & reuoltas,com as quaes não fomen- & *Htb.
te
° Senhor hsgtauementeorTendido, mas feperturbão os officios-j^ JJ*
*»nos, & osfiey s íe efcandahzão: conformandonos com o der ey to^A^
^leys do Rcyno,quepoem grauifsimas penas aos q nas ditas pro-
cif
sões & ígrejas,ou Hermidas fazem brigas & reuoltas: Defende.
tolos eftreytamente a todas as peííòas,afsi Ecclefiaítícar, como fecu
,atc
s,fob pena de excomunhão mayor & vinte cruzados para as o-
bra
s da See■& Mey rinho, que nas procifsões,cu igrejas, ou Hermif
das
uão arranquem arma algúapara com cila ferirem ou iniuriareni
^«etn; nem façáo briga ou reuolta, vindo com outros ás mãos. E
fc
%im, não fomente arrancar arma, mas ferir, ou injuriar com
e
^ outro, ou lhe der pancadas, ou bofetadas, nas ditas procifsõcs &
fejas,alem da dita pena, fera prezo fccaftigado conforme áeul*
a:
P Sc os que fe tomarem fomente em palauras injuriofas & de efeã
^a'°s de maney ra que ajabrados & reuoltas, fem virem ás mãos» ne
lançarem arma, fendo Clérigos que não tenháo Beneficio, nem
"" " Ggi áigni-
1 ítulo. 2f Dósenterrametos dós dcíunãosi
dignidade,ou leygos piães pagarão mil rs do Aljube: & fendo Clà
gos Beneficiados, ou leygos de mayor condição, encorreráo cm ^0
brada pena de dinheyro,& ficará em noíFo arbítrio, ou de noíTo V'«
gayro mandalos prender, cu náo.
E C l aat0 s in urias &
frrllk í ^ í * Í Ê«"fi^õcs das partes, fendo os que ferircto
»0í ».5.« ou efpácarem outros nas procifsões, leygo?, & os injuriados C\&
(cj>tm. gos,guaidaríeha a forma do concordato no *. i8.conforme ao q^
podemferdemandados emon^ílòluyzo,oucmofecula^,qualíí
Clcrigos injuriados cfcoiherem.

TIT VLO. XXIIIL


Doseiitcrramencos,MiíTas,&offici'os
dos Defuntos»

*>..- « ^Conftituiçâo. I Que nos Domingos:&MdsJolcnwê


^-^~»../"— - •
fendo façáo executas.

S Domín s
"bui P?§S§H g° &> PA Igteja ínftituldos & uão&A
vcnCiat & uardar em
{blnJÍl \Wk ^ g memoria da Kefurreyçáo do S*,
fiinefZ >||l§|gCT nnor: & porque em rai dia teue o mundo principio tc0
*£*ttS Si^^Porâl&rcformaçáoeípiritual,&por ilTo cmtaes d**
's tao pelos Cânones Sanftos prohibidos o jejús,& exé-
quias de mortos, & todas as mais coufas que á feíla & fignificacãc <k
*%» tâ|dia parece que naoconuem. Polo que confermãdonos corri ilfo'
$.j. ' ordenamos, & mandamos que nos Domingos fenão fa^ão exequ*'
1
de defuntos, & auendofe de enterrar nos taes dsas neccírariamC ^
alguém, fendo pela manhaa,fe enterrará com hum fó Refponfo^
o ofôcío fe fará á tarde, & as MuTas fe dirão áfegunda feyra 4P'1*
imnhaã. ° '
:f £ nos dias de Nara!,Pafcoa,Efpirito San£to,& NciTa Senhora <*«
Agofto, nem pela manhaá, nem a tarde fe farão os ditos officios • *
*Ol5!^cdaíealgúfc enterrará a tarde precedendo a encomenda
fep^í
[ Titu!o.2^.Dosenterrametòsdosdefú^os. np
% fe poderá fazer o ofício da Sepultura fomente rezado em vozbaxa
^ iem horas: & ao dia feguinte fe fará o que pelo dcfunfto for manda
do
como duo he: & os Clérigos que contra cita prohibiçáo fezerem
10
í s cães dias exéquias, perderão os benefes & oíFcer ta s q do dito de
Mníto lhe vierem, para a fabrica da Igreja.
1 E porque fomos informados, que na nofla See & Igrejas do Bifpa "tA*i
d
<>aos Domingos depois das Matinas & Prima, & no cabo de todas {$£&
,s
horas da manhaá íè dizem Re^poníbs de defundos no Choro, 'ffl1-.4'
^ntados ou entoados conforme ás horas, o que náohe conforme a oóíjí
direyto, nem he bem que fe faça, que pois lenáo faz nos San&os
jMez que vem pela Semana,com mais razão fe deuem efctifaraos
^orijingos,nosquaesa Igreja reprefenta a memoria daRefurrey-
a
S o do benhor, & tem por Antífonas as horas, ás Allelutas. Polo q
lenamos comandamos que daqiuemdiante osditos Refponfos
^Ojaçáo.dos defuntos-t fe não digáoem os Domingos pela ma-
^*á: & as que entáo fe dey xarem de dizer, fe dirão na íegunda fey-
feguinte, ou o primeyrodia deíempedido com os mais que no tal
,a
íe ouuercm de fazer,porq.ie dsfta maney ra fe fatisfará à vontade
Os
defun£tos Síàíblénidadeda Igreja. E o mcfmofe guardará em
Jjjus as outras Igrejas collegiadas defte Bifpado: & mandamos ao
Ventre da noíTa See, ou aquém em feu lugar preíídir, que afsi o fa-
£° imeyramente cumprir fcV guardar. •
i ^or inconuenientes que podem acontecer de Te fazerem os enter-
, bentos denoy te; Mandamos que daqui em diante nenhfia peíToá
c
Qualquer eflado que feja , fe enterre depois das Auemarias
ltlc
ta que feja, Duque, Conde, ou Marques, quepor mais foléne
lll
°° pa o queyrão enterrar a taes horas com tochas: por que mais
e e
x yto te deue ter com o que conuem ao feruiçode Deos, & aos
ae
' s que de femelhantes exéquias fe foem feguir, que a eílès, apara
, sSueaproueytáopoucoaalmadodefunc"to. Emandamos ato- *>ái&m*.
°s°s Priores, Reytores,& Curas, & Beneficiados, & quaesquer H1'u
^os Clérigos, que te nao achem cm taes enterramentos que de-
y*e fe fezeiem, fob pena de mil rs: & iíto não aucrá lugar nos en-
4?mentos dos Reys, & Príncipes & Infantes feus filhos.
Titulo. 24. Dos enterramentos dos dei udtos.
^ E polamefma razão, defendemos que fe não façáo nas Igrejas ca 1
famentósdenoytecom tochas, nem depois do Scl poíto, ainda que r
©sbanhosfejao corridos: & os Clérigos que cm taes cafamentos fe j
acharem recebendo ouafsiftindo, & o» melmos noyuos. & feus P^W
drinhosencorreráo nas penas dos que fazem os cafamétos clandeft*
nos, & pagará cada hum mil rs.
€ E nenhum enterramento íefaráfemodefun&o fcrprimeyro en-
comendado pelofeu próprio Parrocho onde em vida recebia os Sai
11
cramentos, ou per outro Sacerdote a quem elle ifto cometer, ne *
fem fer acompanhado com a Cruz & Collegio da fua freguezia >le
nellao ouuer: & fe não for Collegiada,iráíempre o ísu Prior, VÇ
e
gay ro, ou Cura com elle, ainda que fe aja de enterrar em outra fr "
guezia, ou Mofteyro que não feja de noíTa Iurdicáo: faluo indofe c#
1
ter rar fora da Cidade & arrabaldes;porque em tal cafo não fera ob *
gado o fcuParrocho ou collegio da fua Igreja a companhalo, fenj0
feoderun£toafsiomandar,dcyxando por ilTo competete cfmol'3,
lJ
E os Priores, Reytores, & Curas, & Collcgios das Igrejas Colleg
das, que com fua Cruz não acompanharem o defuncto feu fregUe
à Sepultura, não auerão ccufaalgúa d is orTertas & benelles delle> *
pagatão quinhentos rs para obras pias: fie os que leuarem algunlíJC;
e
funcho que não for feu freguez a enterrar fem eíperarem pelo Cc»' í
gio'ou Parrocho do dito defun&o, perderão todos os fruy tos &W'1
neflês para os ditos Parrochos fem rcmifsão.
<| E outro fidefendemos quefenáo retém as horas dos finados05
cafas dos defunctos, nem pelas ruas, mas fempre fe rezarão dentj
das Igrejas onde feouueré de enterrar, ícb pena de quinhentos p
^ E nos officios & enterramentos que fe fezerem em qualquer
gar defte Bifpado fora da Cidade, ainda que feja aldeã pequena >l '.
s
dos os Clérigos tenhão Sobrepelizes, roupas compridas atec o * '
telhos, & náo pelotes, né roupas curtas: íob pena de mil rs, & of 1
;
jpeeder contra elles como pelToas que andáo fora do habito clefíf

ÇÕflitttiçáo. 11. Comofe hão defaçèr' os Officios dos


Defanffos ã Segunda Feyra, : ■«
Titulo. 24.Dos entcrrametôs dosdefuíos. nò!
PO R fcr geral cuílume aprouado pela Igreja & Breuiário Roma >4H/. it
no,em as fegandas feyras de cada SemanaFazeréíe Refpóforios v/y/í./rt.i.
*comemoraçóes dos defuncros, taindo os Clérigos & Beneficiado*
tobre as couas: Mandamos que afsife guarde & cumpra quando ai,
fcgundas feyras não forem impedidas com algúafeftaduplez,ou
°yiauacm todas as Igrejas collegiadas,& Moftcyros deite Bifpado
Dcns
danofla vifuaçáo,poríerdeuidacompenfaçãodo$ que os de»
anitos lhes deyxaráo & muy ta edificação para os viuos, que vem
°íDO as obrigações fe cumprem: & em quanto andarem fobre as
C

c
ooas dos defuncms,fe tangerão os Sinos como hc cuítome.O que
fc cumpríráfob pena de mil rs, por cada vez; & concorrendo na fc-
g>mda feyra algum Sanem duplez ou oytaua,fe fará no ptimcyro
íufeguintedeíimpedido:rirandoos em que per curtumedefteBif- ;
: :
pado íe não fazem íemelhantesprocifsócs de dtfunótos. *
f E o Mmiftro que ouuet de dizer as Orações as não dirá ícm Cap*
^Afpcrges violada, & na Q^arcfma preta com Cruz & Aguaben
adiante: & nanofla Sce & Igrejas onde ouuer Adros & femiterio?
foradellas, tairáocom aprocifsáo per todo o Adro: íaluo quando
c
^oucr ,por que então fc fará fomente nas Igrejas & Clauflrasdelias,
fciílofc guardara nefta Cidade & em todas as Igrejas collegiadasdo.
^ifpado.
í E nas outras onde ouuer fomente hum Prior, Reytor,ou Cura ,fe
c|
Í2 for obrigado dizer MiíTa á fegunda feyra, fairápela mancyra
Credita (obre os defuntos com a Cruz diante, que lhe leuará hum
freg ie2. & Agua benta: ainda que não tenha outro algum Clérigo
H«c o ajude. Bonde não ouuer obrigação de o Prior, Reytor,ou
c
ura,dizcrem MiíTa a fegunda fcyra,fairáo fobre os defuntos com
a
?roafsáo na forma fobre dita ao Domingo acabado o Afperges
a?
»tes d2 entrar à Miflfa, como atec agora fe fez & eftaua mandado
Per noíTos anceceílòrcs: & ifto permitimos fazer aos Domingos
Por fcr obrigação necefíària, & não auet outto dia cm que fc faça
^ando as Igrejas náo tem obrigação de MiíTaà fegunda fcyra. E
0s
Priotes,Reytorcs,ou Curas, ou Coílegios q afsi o não cóprirc,pa
gitão por cada vez quinhétos rs,Pa a fabrica da igreja & Meirinho.
-* , *-_— - ^Epot '
I

Titulo, 24.. Dos enterrametós dos defutos."'*'


^porque na nofla Scehe curtume dizerfe ao Sábado da oytauade
nofla Senhora da AíTumpçáo, hum Aniuerfayro, & ao Domingo
procifsão fobte os defun&os, & a fegunda fey ra húa Mifíà de requié
pelos Confrades de noflà Senhora: Mandamos que o dico cuílume
fc cumpra, quanto ao Aniuerfayro doSábado & MiíTa da fegunda
feyra: mas a procifsão que fe fazia aos Domingos fobre os defun-
aos, mandamos que fe paflfc para a meíma fegunda feyra em que fc
diz a MifTa, & aGi fc cumprirá fob a mcfma pena.
* nS tjli- ^"Eporfer Santta& muito prouey roía ás almas dos fleysChnítáoi
JX«»//'^zctrePorclIe?continuAOr^ocomoaIgreja nos cníína j &&
^"^jando nós que cada dia fe continue, Ordenamos & mandamos qu«
na noíía Scc&cm t0< asas
%?&[*t ^ Parrochias,afsida Cidade,como de to-
£££? ^ooBl^Pado,&nosMofteyros de nofla vifitaçáo quando acabar*
de tanger as Auemanas dem logo após dias duasbadaladas juntas
cm hum Sino para que tedos es que as ouuircm facão Oração pela*
almas dos ficys Chnftáos queeftão no fogo do Purgatório* & pelos
que eftão cm peccado mortal :& digáo hum Pater Noftcr #
húa Auçmaria pedindo a noflb Senhor que aos que eftão detidos n<>
0
Purgatório feja feruido Dcos liurar das penas delle & ícuar á fua g*
ria: & aos que eftão em peccado, tiralos delle & darlhe fua graça,p*
ra que fe conuertão & facão verdadeyra penitencia. E os Priores,
Rey tores, & Curas na Eftação cada mes húa vez, encomendarão*
feus freguezes que ouuindo as ditas badaladas depois das Auemari-
asfaçãoas ditas Orações polas almas do Purgatório, & que eftão et*
peccado: & os que nifto forem neg]igeuies,nôs&noíTbs V&M
dores os caftigaremoscomo merecerem,

£*?/&*»£». ///.' Como $ onde/e dirão as Mjjas que o de-


funtlo manda dizer, quando o não declara.

QVando os defunaos dcclarão as Igrejas ouCapellas ende quc


remquefelhedjgãoas MilTasque por fuás almas mandai*
dizer, iflbfccumprirá, & pelas peíToas queclles ordenarem. M&»
??É?Hnaús mandarem dizer MiíTas, & não declararem onde («
dcue*

- y
.*

ítulo^.Dos enterrametòs aos aefutfos. nt


dcuem dizer, nem por que peíToas. Conformandonos com auero
"mil VQTdade dó defunfto & com a diípofição de direyto: manda- '#*'*■■
"tos que fe digáona Igreja onde o defuntto era freguez, pelos Be- 6-mb de
oficiados & Clérigos delia: fc náo ouuer na Igreja donde era Frc-" Ç^áiJSÍT
g<iez o defuntto, mais que hú fô Prior Reytor, ou Cura: & fendo a /»nomm
igreja quotidiana, ou auendofe de dizer todas as Miílàserohum,'•"•*
"ia» o Prior, Reytor, ou Cura, as mandara dizer pelos Cleiigos do
defino lugar, fc os ouuer, ou pelos dos lugares vifinhos que melhor
0
ajudarem no feruiçp da dita Igreja.
í E fe a Igreja náo for quotidiana, nem as MiíTas fc ouuerem de di-
c
* r todas cm hum dia, o Prior, ouRcy'tor, ou Cura, dirão as que
P°derem dizer íem faltar nas obrigações da fua Igreja, & as mais
andara dizer pelos Clérigos que efeolher, o que farão nos tempos
^ dias que os defuntos mandarcm:& náo declarando tempo & dí-
as
> as dirão com a may or breuidade que lhes for pofsiuel. E não to'-
^acãodas MiíTas dos definitos, nem Capcllas mais que as que po- 4 ^
^'cm dizer, cumprindo com as Miílãs& encargos da Igreja.
T E quando o detun&o fc mandar enterrar fora da fua freguezia^
a
^etad e das MiíTas que o defunto mandar d szer, fe dirão na Igreja
donde era freguez, & a mayor parte do anno recebia os Sacramen-
l0s
> & a outra ametade na Igreja onde efeolher a Sepultura: o que fe
^ttpnrámáo fomente quando o defando morrer na fua freguezia,
°u perto delia: mas ainda quando falecer em outro Bifpado ou Rey
n
°> não tendo já la mudado feu domicilio, faluo feodefun&ooutra
c
°ufadec!arar.
í H quando os dcfun&os mandarem que felhe digâo as MiíTas em
al
gí a certa Capctla ou Altar, os Clérigos ,quc a s ouuercmxlc dizer,
as
ditáo na Capella cu Altat que o defendo declarar, & náo em ou-
tr
a:&feráoauizadososqucteuerem MiíTas de obrigação de algua
Capella cu confraria, que as nam deyxcm de dizer por outras de
^fan^os ou viuos que lhe encomendem,ainda que por iflb efpeté
^ais cfmolta: porque fera euidente cobiça deyxarpor intereíTc as
MiíTas de fua obngaçam,&accytar outras. E qualquer que o con-
tfayro fezcr,paeatapolaprimcyra
r ô r
vez quinhentos fs, para aSee
^ Hh *
Titulo. 24. Dós cntcrraniêtos dos defucftos.
& acufador,&polafegundaodobro:& fendomais vezes compre*
dido,auera as mais penas que merecer.
.^ EporquenasofTsrtasdosdcfun&os foeauerantre as Parrochía*
donde o defunao era frtguez, & as Igrejas&Mofteyrosemq&
roáda enterrarfe, grandes duuidas & demandas: & os cuftumes fá°
neíle Bifpado diferentes & incertos, cóformandonos com os ditos
curtumes & com odireyto Canónico & mais vero limei vontade
do defunto. Ordenamos & mandamos que íc o defunao deyxar à
Igreja onde o enterrarem cerra ofíèrra, &náofezer menção da fo*
fregueziai em talcafo fedaráoutra tanta orTerta àfregueziacnde #
cebia os Sacramentos: & deita maney ra fe guarde o cuftume, qUc *
Igreja da freguezia & da Sepultura fejáo as ofkrtas iguaes.
^"E quando o defunto deyxar à Igreja da Sepultura certa orTetta»
5
& àfua Igreja deyxaralgúa couía também por oferta;íeiífoqU
deyxarfor rantoou mais quea quarta parte que fedcyxoude.oft*'
ta^à Igreja ou Mofleyro da Sepultura, em tal cafo a fua freguezí*
não poderá pedir mais: & fe o que deyxar por orTerta à fua freguezi3»
nao chegar à quarta parte d 1 oferta \ ou o defunao declarar que lhc
íí/iSerS na°tieyxa offcrta alS"a»aucraa ffeguezia a quartapartedasonW
% de Se* quedey xaà Igreja da Sepultura: por afsi fer conforme a direy to, &
mo
{^ííl também h.i deauer aParrochu do defunao ametade de todo*
,lm iudíí & quaes quer legados que o defunao dey xar a outra Igreja onde &
d< ^ . cofoc Sepultura, não fendo para a fabrica, ou ornamentos,ou a $
pada, ou paraalgú Aniuci íayro, ou para oculto perpetuo da ditf %
greja ;porquedeftes taes legados íenáodeuecoufaalgua 3 freguez^
IcMtJ. fefem fraude fe deyxarem: íaluo fendo deyxados a Moflevros: O 4
tais d. c. nos manamos que íe cumpra & guarde onde não ouuer culto*11
** certo & legitimamente preferito em contrayro, porque auendo °*
«.««#<* guardarfeha a cerca da repartição dasoíerras, ou legados pios <JuC
ruc/epu deyx5o a 01Jtra Igrc)-a ondc os defunaos efcoJIlem fua 3epUltura-
E declaramos que efla quarta parte das ofTertas & legados que ?e<
direyto&noiTasConílituiçóesfedeuema Igreja Parrochial ào^
o defunao era freguez, ou aquillo que per cuílume fe ihedeuer, ^
de pedir aos Priores, & Beneficiados, ou Rey tores das Igrejas a ^
lr

íc
Titulo. 24.. Dos enterrametos dos defutós. 122.
e
» deyxão,&nãoaos hcrdcyros & teflamenteyros dos defun&osJ
contra os quacs náo ha auçáo, faluo no caio acima dito, em que o
defun&o náo fez menção da fua fteguezia, nem lhe mandou dar, nc
tirar offerta: porque ncítc cafó hs viílo conforme ao cuftume querer
^uefe dec oucra tanta offerta a fua freguezia.

Conflituição. 1111, Que (e facão os• officios aos'que fora) Â


guerra g/ não tornarão, nemjejabe deíles: ç?* aosatt^
[entes per longo tempo de que não ha nonas
fêJ íe tem por mortos.

01 S queentrão nas batalhas & depois fe não acháV, nem fabe j„v/,.£ A
5 n0
deiles, conforme a direy to fepreíumcm mortos, & feus bés» *** :
"h&ndasie entregao a íeusherdcyros, como ie verdadeyramen -fim. &n*
,c
cónftafljí de íua morte: & porque não he razão quepara 'herdaré *'j:^"'
«cus bens os ajáo por mortos, & pata lhe fazerem osoíficios cuftu- ?nj/,í?<«
^dos os tenháo por viuos,& a(si careçáo perpetuamente dos fuíFca tT//" »dw
giosdeu?dos: Mandamos a todos os Priores, Reytores, & Curas, tmejt.
^ Capeljáes, que a todos os feus fregueses que na jornada dei Rcy
^°ín Sebaítiá? foráo com cllc a AfFrica, & náo tornaráo,nem íc fa-
2
° delbs, façam logo da publicação deita a trinta dias os officios euf-
arados, conforme a fua qualidsde & fazenda: & as efmoilas dclles
Pediráoafcusherdeyros,ou pefíòas que em feu poder teuerem ícus
"ens: & os euitatam da Igreja ateeíatisfazerem: & não querendo,
0
^oflo Vigiyro Geral procederá contra elles atee com effsy to com
r
P ifcm: porque ainda que poíía acontecer que algum deíles íeja
v
iuo & torne,melhor he fazeré fe lhe os omeios fendo viuos,que íal
lat
«m lhe fendo defun&os.
í £ o mefmo guardaram os Priores, & Reytores, & Curas, da^
Sui cm diante com todos feus freguezes que forem cmalgúajor-
na
da de guerra por Terra, ou per Mar, fe depois de tornados os
preitos & armadas, elles nam aparecerem, &ouuer fama que fáo
♦tecidos dentio de hum anno. • - w

Hh A CEos
Titulo. 24.. Dôs enterrametôs dos defútos.
* ^

j. 1. it v ^ E os que forem para fora do Reyno, ainda que não vam a guerra»
&
ta*i!>fZ andarem aufentes dez annos, ou roais fem èfcreuercm a fuasca-
íH/V-ííS fas, nem aucrnouasdelles, tanto que conforme ás Leys do Reyno»
^finti os feushcrdeyros ou parentes pedirem feus bens, & lhes forem cn-
ttc ucs com an â ou cr
'"!%* f*- S fi Ç > p qualquer outro modo: Mandamos qu«
|«a»iw da mefmamaneyrafe lhe facão osoríicios como aos fobreditos:o
)»nZ. ^ ^ gu'uc^ar^ ^Si n0* °iue nora ha roais de dez annos que (io au-
t. cutujtr ícntes,ôi fc náo fabc dellcs,comoaos que da qui cm diante o foremí
j$iM4A Por íluanto ^otnos informados que a cites eufentes, porque nunqu*
oshâo por mortos, nunqua fc lhe fazem os officios, & afsi ficáo pc*
petuamente fem ellcs. O que cumprirão todos os Priores, Rcy W
ics, & Curas, fob pena de mil rs, jkí cada vez que fe defcuydatefli*
& os nofíbs Vifuadorcs faberã© fe afsi o fazem.

Conflituiçâo. V. Dos officios cftefe deuemfazf^


as peQúcis tíemenjs idade.

PQK tirar todas a«duuidas que auia antre os Parrochos &&*


guezesíobreosofficicios & exéquias dos menores: Orde***
mos & mandamos, que falecendo algum menor Macho de idad*
de quatorze annos compridos, & Fêmea de doze, facão os mci&oS
3
officios q fc euflumão fazer aos mayorcs da fua qualidade cV fazé^ '
^ E falecendo de idade de fete annos tec os quatorze os Machos* &
30
a*ce doze as Femeas,fe Ih? farão ametade dos officios q fe cuítom
fazer aos mayorcs da fua condição & fazenda; & morrendo de cifl*
c
t co annos atee os fere, íelhes dirá por cada hum húa Miílà ao & '\
nos rezada com leu Refponfono dia em que os enterrarem, oul°*
no uíntc
lrthii..h %° fcg > fc ncíle não poder ícr: & falecendo antes dos i&&
u
j oi>ea k« anos náo lerão obrigados a lhes dizeté MilTa, né fazeréofficio alg '
mas nc 1 0
SJiíí' Winiel dizerfelhe. E os Priores, Rey cores, 6í Curas,* *
sfTlC
t isc*nott obrigarão aos Paes ou peíToas, q cm feu poder teueram os tae r
#49. & c norcSj a foCft faZcrcm maj$ 0fficj0J qUC os ncfta Conftituição d<*k
dos, fob pena de mil fs, para obras pias &acufador: & fob a t*16*'
mapenanáodeyxaráodcfazcrosquencllafedeclatáo, „,
Titulo. 24..Dosénterrãmecósdosdefutos. nj.
Conflituiçáo. VI Qyt fàojt de quitação nem apnadô âos
berdeyrõs,o»teftametJteyros>nem admimflradores das
CapelldS) de mats efmollas das que realmente de?e~>
nem de mais ojfetos dos que mandar em dtzer»

PORquanto muytosPriores,Reytotes, & Curas, ^Beneficia*


dos per amizade» ou parenteíco, ou per outros reípey tos, muy
tos vezes dáo quitações ou aísinados aos herdeytos & reftamentey*
tosdos defun&os, porque confefsáo receber delle» mais elmollas
«tasque lhesderáo, & que tem ditas mais MuTas, & fey tos mais of-
ícios do que diíTeráo: o que he em grande prejuízo de luas confeien»
cias & dano das almas dos defuntos: Mandamos, íobpena de-fey í
mefes de íufpençáo de íeu o&cio, & dez cruzados pata o Mey rinho
&obras pias, a todosos Priores, Reytores, & Curas, &Capelláes>
&
Pnoúes,& quaes quer outros Sacerdotes & Clérigos deite Bifpa
^.que náodemaísmadosapeíroaalgúajperqueconfeíTem quere*
«cbcrao mais efmollas das que os herd^ytos & teíhmcntey tos, oa
°utrem per elles, realmente lhes deté, nem porque confeílem que
fcai recebido tudo o que o defunto mandou dar i mas declararão
°°s ditos afsinados, hora fejáo públicos, hora priuados, a^ elmoUai
S ie receberão na verdade. E aG»io faráo nas MtfTas & oífkios, dizeà
d° q ie duTerão tantas MiíTas,ou ofícios rezados ou cantados,pelos
<^acs lhe detáo tanto de efmolla,
f Efob a mifmapenalhis mandamos qiefe não concertem com
OsadttiniítradoresdwCapellas, nem com os executores dos teíty
bentos, para lhe auerem de receber, poios oftkios ou MiíTas, me-
ft
0s efmollas das q o defuito mandou que fedeíTemi & iftomeímo
guardarão em todos os legados piòs,& ofter tas, ou efrnolias, que àí
ígrejas & feus Minillros forem dey xados.
*'

[TITVLO. XXV. D A ALHEA-


ção, emprazamétos, & arrêdaméco$ "<*>

dos bens das Igrejas.


Hh > Ç.">B
■QTx»

v, \
Titulo.2^.daalliéação,dosl)esc]a$ igrejas.
: Conptukâo Primcyra. Que os bem da lgre\4 fe mo alkecnè
jcm mdititt njplidade) ou necessidade^ Jolemdade,

jyjlOR Direyto hedefezo aos Prelados &&&


tcptioneil miniftradoresdas Igrejas &Mofíeyros,quc
náo alheemos bens déraiz delias, nem os
moueis preciofos, íâlao concorrédo na tal
alheaçáoduas coufas juntamente: conuetn
a íaber, euidente vtilidade, ou neceísidad«
6
_,__ da Igfeja}que por outro modo náopoíTat
0
•medearfe, & a folenidade deuida , quê fe contem na Conítuu»^
ieonina,& em outros decretos dos San&os Padres &'Concilsos vní
uerfaes,os quacs impõem graues penas eípirituaes &ç temporal
^aostranfgrcfíoíes.
í Eporquealgúaspeilôasnão temendoâ conta quedeuem da^o
♦Senhor de fua admmiílraçáo.nem asCerLras em que encorrem,c°
DtA ojuraírenro que fczcrfd qjando das Prelazias & Benefícios»
«uadmmiítraçóe^o prouidos,fcatrcuèm a vender, trocar, ern-
prazar, & per dmerfas maneyras alhear, cV difsipar as j?ropriedadeí
das Igreja;, & Moileyros,^ os moueis pt ccioíos.Defejando nós ata
Jhara eftes malesquanto em nós fcr,& tirara%ús rbuzesqnos cf f*
zamentos fe fazem. Pela prefente amoeftamos a todas as peíToas f°*
breditas,&aAia todos os Com£didores,Priorcs, Reytores- M^'
«eycos, Gollegios, & Beneficiados, & todos os q teucre admíniftta-
íãodosbcnsdcalgfíaIgreja,Moncyro, Hermida, ou CapeHa^'
•cleuaftica. que daqui cm diante não vcndâo,-ncm dem, nc trcqi*,
nememprazem parafempre, ou em vidas, nem per outra maneja,
alheem osbesderaiz & moueis preciofos das Igrejas, Moíteyi°>

i ,- -. -'-?&"-j«j^uiviuuc)!ro: nem os Hipotequem, o(JCnir


♦.i./»yfw. nhem efpeçialmente, nem façãodellcs arrendamento de dez ánno*
**** ^!uoconcorrendonasditasalheac5cs5ouemprazamentos,eui^O'
1
£ Z? ^.^ 2» BS^tót» Igrejas ou: Mòflcy tQs:& a folco^r
Título. 25. da allieação dos bes das Igrejas, 124..
deuidadeqabaxofefazméçáo. E iftofe guardará muy to mais nos t.cájpof
^ns& propriedades que nunquaforão alheadas ;por que nellashe ££*$&
4 teiatií
^eccíTarío que aja mais euidcrnc validade, ou necefádade, &as di- /"
ta
s folenidades:fendo certos os que fezerem o contrayro que encor- pràjlatr.
lea? nas penas da Conftituição Leonina, & nas conteudas naEx ç'xfr^í
lr
aujgante do Papa Paulo-, & nas mais que pelos Cânones lhe (ao ihhioj*
Poítas : alem das ditas penas, ferão prezos, &do Aljube reftituiráo \ ttcUmr
c mmu
igreja os ditos bens per clles mal alheados: aueráo a mais pena que ~
Merecerem,
* E pata que fe não poíTa nasalheacóes & folenidade deltas preten-
der ignorancia,porrazáodealgumcuftumeouabufo, q em algúa
Patteaja. Ordenamos & declaramos, q tendo a Igreja algúa g aue UM t.t.
ne
cefsidadea qual fc não pofía remediar femíe alhearem algíis b:s ^'&"nirjt
feus,primevrofealheem os moueisquecuuer,náofendo (agrados: o«»i*f»«-
&náobaítendo,oun30os auendo.fcfa^aalgum arrendamentope u p tU.
Wmpoquebaftarparaaditaneceísidadeferemediar: & fe ainda j$g£j£
^onáobaítar.entáoíe poderá vender ou darem feuiooi prazo* Ió.».8.
^*s antes que iílo fe faça, o Prior, & Beneficiados onde os ouuer,ou l'rZ/nL
ft
ão auendo Beneficiados, o Prior, ou Reytor, cu Abbadeif^ou ttdy-,
^riorciTa,ouComendatario,ouqjatqr outro legitimo adminiílra-
dorda Igreja,ou feusbens, ou do Molteyro, ou Collegio que tal
toceísidide teuer, faca petição a nos, ou a pefíba que noílo poder te.
Uer
> na qual declarara a neceísidade que tem, & a propriedade, ou
Ptopned ides, que para remédio da tal necefstdade quer alhear, que
fcráfempreaq menos ucecífariafeja à Igreja-,& nosouadiu peuoa
^enformaremos com deligencia da dita neceísidade, & do reme*
^° que poderá ter: & achando que náo ha outro, mandiremos íâ-
*cr autos da dita informação, & ao pee delles pronunciaremos per
kntença, que vifta a neceísidade & informação q do cafo fe tomou,
^e damos licença, & com ella poderão fazer a dita alheação;&
"°utramaneyra,alem defer per direyto neuhua, auerãoas penas
c
* irna declaradas, em queeucorrem os quealheáo os bens das Igre-
ja nos cafos que namdeuem.
í E tendo algúa Igreja, algúa propriedade longe, ou que lhenatn,
fenti-
Titulo. 25. Da alhéaçãp dos bes dasígf cjas.
fcja rão prouey tofa como outra que pretende aquirir, & quifer vc-
dera dita propriedade para comprar a outra, fará petição pelorref*
mo modo, & confiando que he vtihdade, lhe daremos licença, t°'
madaa informação per autos, como a traz fica dito, para que ven-
dáo a propriedade que lhe não hetáo prouey tofa para comprar ou-
tra que o mais fcja,coníhndo nos,que vcrdadeyramcnte & fem ffaH
de, por euidente proucy to da Igreja o fazem, & círáo já concertado*
com as partes para lhe auet em de comprar, E iftofe guardará quan-
do por euidente proucyto da Igreja fcouuer de fazer algúa trocai
ia íc faca có outra Igreja ou Moílcyro, hora com pefíba particular.

Conjlittttçâo.11, Que ntnhus Uns que eufumâo andar empra-


Zítdos, fe emprazé) nêprometdo anus de <vagarê.
'!

R mu tas VC2CS or
?%"£ T) ° Í y P importunação dos que pedem, fe faZ^
fef ft*-1 emprazamentos, ou promefías de bens que náoeOáo vagos, n°c
itnAA.i ^uc> a|em JQ pcrjg0 ^ p0cjc auer je çs cjefcjar a mortedos qu

poiTuem,fe dáoccafiáo a ódios & demandas. Mandamos, fob pe
decxcõmuháo&dcviotccruzados,quenenhúsbenscertos & n°*
meados que andem emprazados, ainda que fejaem derradeyra Vij
da, fe emprazemouprometáo a outra peflba antes de vagarem»
ainda que aquelle que os poífuc déa iflb conlentimcnto. faluo fe &
Ic renunciar o prazo cu titulo que tem dos ditos bens liurement*
àlgtcja,ouMofteyroquc dclles hedireyto Senhorio, para que *
Igreja os empraze a outrem: porque em tal cafo , parecendo b<?
ao Prior & Beneficiados, ou ao Prior onde Beneficiados não oU'
uer,ou aos qae teuerem cargo de emprazar csraes bens, lhe po*
| dctãoaceytararenunciaçáo,& emprazar, a peíToa que o renunc|'
ante nomear, precedendo primeyro diligente tratado, & as tnai*
folennidades eufiumadas & declaradas na Conftitúição legume»
úC
E faíendofe ou pretendendoíe algum prazo certo & nomeado <\
1
outrem poflua em outra forma,alem das penas fobreditas, o tal efl ;
1% prazamento ou promeua não valerá. ^
1
[Titulo, ts, áaallicação, dos bes das Igrejas, ii|
*

CenfíitttiçãcIJJ, ComoJef&àoQs cmprpjzflmemos,

j Anto que algú prazo for vago, ou per morte, ou per dcmifslà
•*• do pofluidor, ou por caírem comiílo julgado já por final ícnté
& que paíTaíTc cm coula julgada:ou auendoícde emprazar de ncuo
*'SUS matos maninhos ou terras defaproucy radas, ou outras feme-
jantes que feja de vtilidadeeuidente da Igrejacrnprazarem fc:fen-
a
%eja Colegiada, cm que aja Cabido, ou fenio Moftcyro, ou uuaitijê
^cilcgio regular, tratarão em dous Cabidos ao menos por inter- í** PHnS
Ua "oclcdousdiasantrehum& outrojcom a deliberaçãodeuida felrtbxti.
c
°nucm fazerfe o tal empra2amcnto,ou 6car antes incorporadoeflè'^^
prazo na Igreja, & o nicdoporq íe feç,aquemaisproucytofolhc{c*r<#4íi«t
)j> & as condições & claufulas que terá. E íe a mayor parte do Cabi-
y iQt de parecer que íe faça emprazamento, fe fará diílò auto afsina
y per todos, ou lendo os votos iguaes, aísinado pelos que forem
p parecer que fe faça, & nolo enuiaráo a nó s ou a nofíb Ptouifor, oii
Sayro, tendo para iííònoíTacfpecialcomífsáOiper hum dos Be-
Jcnciados,ou peílòafem fofpeyta, que não feja a parte aquém feha
'^zer o prazo: declarando no dito auto como tratarão em dous
doidos, & feaíTentoii que fe fezefíè porfer proucyto da Igreja,'&
s
fezões porque lhe parece que he prouey to! & declararão mais, fc
s
^cs bes iao terras brauas, matos maninhos, ou cafas, & edifícios
Ult
^ofos que nunqua andarão emprazados: ou fe fão terras boas Zc
.Pcoucytadas, & as cafas nouas, ou moinhos: & fe efião perto ou
°nge da lgreja,de maney ra que fe exprimão todas as circunflancias
pks quaes fe pofsa bem entender fe ferá vtilídade da Igreja fazer-
la
' l emprazamento. E tanto que o dito auto afsinado pelo Prior ôc
oficiados yier a nós ou a peCfoa q teucr noílà efpecial comifsão,
°s ^formaremos diílb:& achado q as razoes q ha ga íe fazer o tal
ni
?ra2amento &a!heação, fãodasqodireytopermite, lhe man-
cos paííar carta de vedoria em forma, fazendonos petição, na
al
le declarem as caufas que ha para fc emprazar, & as qualidades
sD
es, & todas as mais circunftanciás acima ditas: a qual comete-
mos a duaspelfoas EccleGaíhcasquecomdoustauradares hornes
t

Titulo 2?. da alhéaçáo dos bens das Igrejas


bõsquetenhftofabcr& experiência, ou fendo na Cidade ou Viito»
com dous homés bós que ellcs efeolherem, aos quaes fe dará ó titulo
velhodasditaspropriedades,fejáforão emprazadas, &naoofédo,
veráo primeyroo tombo da lgreja,&depoispeiToalmentc irão ver
as herdades, paiTaes, vinhas oiiuaes,eafa$, ou propriedades que íc
qqerem emprazar, & todas as aruores com fruyto & fem fruyto»
inatos, & deUeíasque tcuerem fontes,aguas, feruentias, & paflos,
& logradouros, & fetuidócs que deuáo*ou lhe fejáo deuidas. E todas
e
asmaiscirçunftancias: & tudo efcreuerao no autodevedoriaqu
1
fczerem:&declaratfeháo as principaes confrontações com queu
partem; & as cafas,curraes, adegas & celeyros fe os ouuer, ou H^
roídas.E fe os béseftcuerem todos juntos, fc declarará quantos al-
queyres de femeadura: & náoeftando juntos, fc fará a medição #
declaração de cada coufa per fi: & fe fáo terras para dar trigo,milho>
ou centeo, ou ceuada\ tudo ráo diftinto que poíía bem entendera
<JE outro íi declararão na petição que no§fezerem,fe as ditas p'0'
priedade* foem andaremprazadas, & aquém, &o foro que nos cifl'
prazamento* paíTados delias Te pagiua, & a partilha, fc a tinhão> #
cííl
ie ntmqua foráo emprazadas: declararfeha fe fáo pafíàes que cft
pegados com a Igreja, & fe fica. â* Prior ou Reytordelia algú ena**
quintal & caía para fua viuendaóc recreação: ou fe não íáopafláf'
tnas bés próprios da Igreja que nunqua andarão alheados: & fe " ,
aprouey tados, ou maninhos, longe ou perto,como dito he: & fe <1 J*
data o já arrendados a fimplices colonos, & o que per elles fe daua <j
arrendamento. E feyto auto pelos vedores de tudo diftinto & dec
lado com todas as circunftancias acima ditas, o afsinarão todos:
fctraráaoEfcriuãodaCamará,oqual feyto termo de comolhofi
tregaráo, & do dia & anno, & da peflba que lho entregou, o fará
clufo a nós, fc a carta de védoria fe paliar em nolTo nome, ou a P
0
foa quede nós teucr efpecial comido em cujo nome for pafia ^
fe pola dita vèdoria confiar que heeuidcnre proueyto da lgfcJa',,
2erle o tal emprazamento,nos ou a pefloa que teuer nona corou»
3
.pronúciaremos que fe faça prazo,na firma cuílumada com as c'
fulas & condições que. para a Igreja íc jáo melhores. E eíla lent^
Titulo.^.Dáalheaçãodòsbcs das igrejas. 116
fc tirará dos autos, que ficarão fempre em poder do Efcriuaoda Ca*j
^ara em (eu Cartório, a qual fe treíladará na eícritura do empraza»
^ento, ou ao menos Te reíiimiráo as forfas & íuíbncia delia, & con-
Wiea ella íe fará o titulo pTabaliáo publico <J notas>oupelocj caí*
tomar a fazer as taes efcrituras,&ganToteucr poder & fce publica,
í B mandamos & encarregamos muytoaonoííb Prouifor, ou Vi-
g^yro, ou a psíToa q teuer nefla efpecial comifsáo, pa, ver & exami
n
*r, & a prouar os emprazamentos,q depois que ca autos das vedo
tiaslhes vierem conclufos, façáo diligente exame, para ver íenelles
°uueaígua fraude, ou engano, ou fe os Vedores eráo pcíFoas tofpey-
f*'«Enas cartas que fepaííàrem,fc mandará que os Vedores tome
lamento hús da mão dos outros, que bem & verdade yramente fa-
froadita védoria a proueytoda Igreja: & do dtto juramento Ccfara-
benção nos autos delia: & ao fimdostíitos.autos dirãòs qucpclo ju-
ra
uientodos Sanftos Euangelhos que receberão,. <Maráoq aquillo
^ o que lhes parece em Deos & fuás confeieacias, & aísinarfehão
c
°n>.o dito he.
S E os Collegtos priores^ Comendadores, fcMofteyros ScpeíToas
1ucouucremdeemprazaros bés das Igrejas,depois ckfsytaa vé-
^ria,& pronunciado per nos ou noflo Prouiíox, que Te faça piazo
c
°nforme a elÍa,não poderão acrefeentar nem deminuircouCaalgúa
^°foro& penfáo que na dita védoria & fenrença is declarar: afsi
P°tqueconforme adirey too não podem fazer, como também por
S^che contra juílica alterarem o que por juíta védoria for tayxado.
^ íè as partes entenderem que na védoria, ouuc engano, o poderão
tc
qucrer ante quem defpachou a védoria, que com fufficiente inibe-
^ção pronunciará o que lhe parecer: & o que elle pronunciar fe
Euatdará, & conforme a iflb fe farão prazo

4Uepcrdireytoéncorrem,os auemospor condenados em dez cru- r£gml


^dosparaanoflaChancellaria.E osque ouuerem ,ou pofíuircm
ptazo algum ou bésdas Igrejas.que lhe fejáo dados ou emprazados
1Í i fera
•■■*
Titulo.25.Daathcação dos besd as ígrejas'
íem as ditas folenidades, como pofluidores de má fec feráo obriga
dos reftituir todos os fruy tos dcfda indiuida oceupaçáo: & perderá0
hdomíL asbéfeytoriasqncllesfczcré,faluofédoncccffarias.Eporq o M0*'
iírrítfn tcv ro» Collegio,Prior,ou Rcy tor q tal prazo fczeré,fc jáo calligados
dit. naquillocm q peccarão:Mandamos q osfruytosqdos dito» prazos
fcytos fem adeuidafolénidade,forem recebidos pelos poíTjidores,
fc não rcítituão aos Priores, Beneficiados, & pefloas que lhos deráo,
ou niflb confentirão, mas fe arrecadarem para fe gaftarem,ametade
na fabrica da Igreja, & a outra ametade em obras piar, fegundo
nos parecer.
s,iJfiud .ff E quanto às renunciações que fe pedem ou fazem durando a ino*
nícUrj9* vidas doprazo,fe os poíTuidores tcuerem feytasbem feytorias>#
fi
tmfbiwf forem bós Scproueytofos cmphiteutas, os Priores, Rey tores, & B
«if. «/<^ nefandos, & Mofteyros lhos poderão renouar fcm as ditas foléni"*
Ut.ucj7.fa1, como per noflbs predeceflbrcs foy ordenado, & o dircyitf
permite:
^ E nefta noíTa Conflituiçao não fc comprendem os prazos querio'
fezermos dos bes da noíTa roeíâ Pontifical, nem aas Igrejas deli*
1
perpetuamente vnidas: os quacs fe farão per noílà autoridade, fcP
cõíclho ou confentimento do noflb Cabido: afsi por ícrem os bc* *
adminiftração dcllcs antre os Prelados dcftcBifpado & Cabido,^'
uididos per antigo contrato cófirmado pela Scc Apoftolica: co&°
r<
porque afsi eftá introduzido per cuftumcimmemorialj mas fcmp
aucrá vedoria, & os autos que delia fe fezerem, fc farão na a\ct&*
forma acima dita.Nem outro íi fc comprendem nefta noíTa Cow-J
tuicão os emprazamentos que o Cabido da noíTa See fezer dos bcí
& propriedades da fua mefa:porque os poderão fa2er conforme i0i
fetis cftatutos & cuftume fem noúa licença, nem de noflfo ProUifof*
ou Vigayro, mas nós cafos acima ditos, & guardando todas a**5
tas folenidades inteyramentc.

Çanjlituiçâo. Ill /. Que ispraqs das Igrejas fc


n*Q facão [enâo em três njidas, " ~

ÇflV
Título. 25. da atheaçao dos bcs das igrejas. 127.
r^Onfor mandemos com ò dírcy to & Conftituiçõcs de noílbs pre Jutb.fni
^ J-ceíTorcs, ordenamos & mandamos que os prazos dos bés das '^bim*
%ejas fenáo facão fenão cm tres vidas foomente, hora fcjãoM
P^oaslogo no emprazamento declaradas, hora q a primeyra no-;
"lee a fegunda, & a fegunda a terceyra, & o marido & molher não
poderão ler ambos húa vida, nem outras duas pefloas, fazendofe
fi^rá o prazo valendo nas tres vidas & pefloas fômemc,fcndo o ma dâ.Umb.
ndo ou molher a primeyra vida, ôt o outro a fegunda, & a teteey ra, T**^\t
a
que notitulofedeclarar,ou elles nomearem, iegundo a forma do Ctutf.«-
c
°Utrato. E todos os prazos afsi os que adiante fe fezerem ,como os £t%j£
SUe ja forem feytos para mais que tres vidas & pefloas, fe reduzirão[* "/'•
1 \.
as r, * i 1 1 1 -vi !RtfȒ.7*.
«nas tres lomente, como pcidircyto hc mandado. Nem outro mmtr» z.
fi k poderá cm o titulo do emprazaméto que fc fezer cm tres vidas jj/jj^
P°r claufula que acabadas as ditas tf es vidas lho aforão, ou hão por- Uuod <«-
a
torado, ou emprazado cm outras tres: polo mcfmo nem por ou • 2yyJJ2£
l
ro foro, nem por oueíe obriguem a cmpraza!o,por fer em fraude namtr».*,
^ Igreja & da ley :& fazédoíc,não valerá coufa algúa a dita claufula.

Conãituiçâo.V. Em aue cafés fe poderão fazer afformentos


ou fatiofinsperpétuos dos bens das Igrejas,

Ainda que regularmente feja prohibido fazerfe emprazamento ''^"'*j*


dos bés das Igrejas mais que cm tres vidas fomente: toda-/*«/»•«*.
u
'aalgús cafos ha em que o direyto permite darcmfc cm fatioíim t\ufiL *'
^ prazo perpetuo, porque fc podem vender & alhear de todo, tiran
^°da Igreja náo fomente ivtil, mas ainda o direyto fcnhoriojquan dt t,sin$
do ou a necefsidade, ou a vtilidade euidente da Igreja o pedirem, co '*"&?*
m
°os Sagrados Cânones declarão: com naais razão auendo tal ne-^Bí.
Ce
fsidade, ou vtilidade, fc poderão dar em fatioíim perpetuo, fican-
do na Igreja o Senhorio dircyro.
i Mas porque niíto não aja ou enganos ou erros prejudiciaes ás I-
8rcjas, declaramos quefe não facão aforamentos perpétuos de bés
da Igreja, faluo nos cafos feguintes.
í I. Se forem matos maninhos,terras cfteriles, brejos > fcpauys'•'""&'
,• Titulo.2?. Da alhéaçao dos bes das igrejas.
allagados, que à Igreja não dem proueyto algum, nem ella per fi
polia comodamente romper ou abrir as ditas cauas, & pauys, &
matoi: nem feachem pcíToasque os queyrao aceytar em três vidas
com igual proueyto das Igrejas: porque em tal cafo íepode bem&
conforme a dircytofazerod.ro afloramento perpetuo: masnáo te
fará,faluo andando primeyro os ditos matos, terras incultas, ctf
pauys em pregão, porque afsife aflorem a quem por ellcs mais der,
& a Igreja teja mais proueytoío: &o mefmo fefará nos cdiíkios, &
cafas caidas & ruinofas.
dí ??b"s'$® lI'Cafoem que Tc poderá fazer emprazamento, ou fatiofif»
tff.í/. perpetuo, hz quando algúa peíToa que dantes per fimples arrenda-
mento, ou titulo deprecario, ou emprazamento da Igreja, culii*
uaíTe algúas tetras, ou rompeíTe matos, abriííc pauys, fazendo nel*
les quintas, pomares, vinhas oliuaesvmoinhos. cafas, terras dè pão*
ou outras íecneJhantes propriedades proucytofas com palaura oH
eípsrançadcfelhcdarememfatiofim perpcruo:porque então fcp°
dera fazer o dito afloramento perpetuo com a pençáo que julte
parecer, aos que com f aasdefpezas cultiuarâo as taes tetras,mato*í
ou pauys,ou a íeus filhos & íòceílores: & na penção & foro que ^
lhepofer,feterá refpeyto,afsi aos gaftos que em romper &apro-
ueytar as ditas terras fefezerão, como ao eftado em que efleuerefl1
no tempo que o tal afloramento fefezer.
e.4iMp* ^"O III. Gafo em que permitimos fazerfe afloramento perpetií^
«tUfi " dosbésda Igreja he, quando a Igreja teucífe tal necefsidade, que c°
form^ a dircyto baftaílc para fc poder vender algiía herdade cu $1°
2
priedade da dita Igreja, para a remediar, conforme ao que fica de '*
radonefte titulo na Conítituiçáoprimeyra: porque fe em tal cafa»
fc achar peflbaquc queyra remediar adita necefsidade di IgrejaiU^
dolhea tal propriedade em fatiofim, fe poderá fazer. E em oUtiP5
cl
cafosa cftesfemcihantcscm que o dircyto permita venderem&, *
- doarem fc os bens das Igrejas, fe poderá com mais razão fazer ano*
ramento perpetuo .Mas cm todos efles caíos fe guardarão femprC
, & com mais rigor as folennidadcs a trás declaradas na Çonú^1"-
çao írgunda.
'■•'... ' ç9nf;.
Titulo. 25. Da alheáção dos bes das Igrejas. n8
4
Conflttuiçââ. Vi. Que nas atendas dos lês das 1gre\as porq
fe tr e (paíje o Senhorio guarde asJolmdades de direyto.
ff J
1 nda que nas alheaçõcs dos bens das Igrejas porque fomente íe íj&<m#
trcfpaíTa nos pofluidores o Senhorio v til, ficando com a Igre- gjj*
ij» o Senhorio dircyto com o foro & penção jufta em reeonhecimen*
to
dcile o cuftume poffa alterar as folcnnidadcs que o direy to reque-
tc
& temetilasem parte, como nefte Bifpado eítá introduzido.To*
^uia nas vendas, 6i doações, & femelhantes alheacões porque fe
trcípaíTa o Senhorio direyto, não ficando a Igreja nos ditos bens *£$£
coufa aleua, náo pode o cuílume mudar nem remem as folénidades myu U
^iie o direyto requere, poios grandes prejuízos que das nes ameaço ie rtiudm
Cs
àmefma Igreja podem refultart Polo que ordenamos & manda- gjggt
^os, que nem o noiro Cabido, nem outro algusn Collegio, Môftey • ',
.^ouPrior, ouRcytor,OU Comendador»ou qualqueradminiftra-
JordcquaesqaerbésEcclefwfticQS,faça venda nem doação perpe-
tra de bens de raiz da 1 gteja,nem móuey s preciofos, íem noíTa hceit
Çaouautotidade, ainda que por feuseitatutos 00 coftume pofsão fé
el
lacmpTazar,ou efeambar. E ainda que eftem em poíTe ou cuftu-
^eimmemorialemcontrayro.oqua ncQécafo náo pode auer lu*
gar: & alem da noíTa autoridade ou licença» auerá na dita venda &
doação o tratado que per direyto ferequete.5& as mais folénidades
P« elleeftatuidas. £ o mefmofetá quando quiíeífem deCmembrat
de
fiou dat pleno jure algúa Igreja íua,ou jurifdição, ou Padroado.
E
Pola merma razãodeclaramos,que nas vedas & doações de feme
dantesbés,&deímembrações& femelhantes alheaçóesrorque fe
taojfoe o direyto, fcytas per nos ou nofibs fuceíTotesfemébargo
& qualquer cuftume,heneceflario o dito tratado & folénidades de
dlT
cyto, hora os bens que fe alhearem de todo íejácda Mefa Ponti*
kal,hora de outra algua Igreja inferior.

Conftuutçâô, Vtl Quaes fio os bens que je podem emprtZAU ^ ^^


Onfotmandonos com o direyto mádamosquefe náo faça Príl* £ </«/,«£
zo algum de dizimos, ainda que feja em titulo temporal: & os «*#j«
^•■1 ^r# ^#
XitulQ.2F.Da alheàção dos bes d as ígrejas*
M»-^quccfteucrcmfeytbs, fendo antigos, tanto queas vidas íc acsbaie»
^'pr^fenãoínnouçmnemçmprazcmniais.Eosqucforein DOUCS fe tire
iílfí!aos Pudores,por ferem pelos Sagrados Cânones prohibidos,^
tinas, outro fipoderá fazer prazo, no qual íc confunda o dizimo com a $1
ção&foro como atee a gora cm algúas partes fefez.
fâhft. àt ^ E outro fi, ordenamos & mandamos que fe não emprazem foros
$
ftut'lK*.oura£Óesqueoscafcyros&lauradorespaguem ás Igrejas>horafe;
8
*£ V* *" jão certos & íàbidos, hora fcjão de partilhas de terras, quartos quio*
tos, fextos, ouoytauos, ou partilha femelhantc: porquehemani*
fefío dano das Igrejas emprazar fcmelhantes foros & renday,dando
muyta mais tenda por menos. E conforme a direytofe não podef*
zeremprazamcntodetacsbcns:faIuofceítcuercm tão afaftadosda
Igreja quefcnãopofsáo per ella arrecadar, fem fe fazer niíTotani*
ou mais defpcza do que os mefmos fotos para a Igreja importai
porque em tal cafo fe poderá fazár prazo dos ditos foros poia pefl*.
ção que juita for guardadas as folénidades deuidas. E fazendoíc A
gum prazo de foro que cílc atec íeis legoas da Cidade que he hu*
dieta, ainda que crteja mais longe, fendo os foros tacs que íc pofsaa
«rtApr* arrendar com mais prouey to da Igreja do que fe emprazáo, os atffi#
í^i'^ mospor ncnhuscoaaio fe^tosem danoeuidente das Igrejas; &<*
tAdertjl. que fe acharem feytos de quarenta annos a eira parte íedemandftf}
if
im £T- & tirem aospoífuidorcs, oupmeflitução,ou pelo melhor modo 4
íer poder.
$ E todos os que contra forma defta Goníliruição fezerem praz0
de dizimos,ou de foros, ou rações pelo mcfmofey to encerrerso^
feismezesde fuípcnçáodefeus Benefícios, &adminifíraçáo: & fc
ião obrigados à fua curta a tirar os ditos dízimos, ou foro?, ou raçõ-
10
es makmprazadasàs pcíToasque os trouxerem, & pagarão ale
diíTo vinte cruzados para o Meytinho & obras pias.
%v% ^ ^ Dã° Poc1:"0 outto fi emprazar paflàes algúj,q cóforme a dirc/'
1
4â. to ícm os chãos, cafas, vinhas, pumares que cftão pegados co» **
Igrejas,os quaeseítáodeputados para vzo, viuenda, &recreac.á°
dos Priores, & Rey tores que nellas relidem: & fendo os paílacs tão
gr andes que os Priores, & Rey tores lefidcntesos não pofsão pc<"
granjcar
Titulo. 2?. da alheaçáo dos bcs das igrejas. 12^
g^njear, nem per colonos íimplicescómayorou igual proucytoj
c
m talcafo poderão feremprazadoscom as íolénidadcs acima de-
claradas aquém fezcr melhor a condição da Igreja, ficando fempre
para os ditos Priores, ouRcytoresrefidentes as cafas, feas ouuer:&
algum chão, pumar, & pedaço de vinha para feu vzo: & doutra ma
fccyrafenão poderá fazer emprazamento depaflàl.
í E outro fi, poderão fer emprazados os paflaesque foré de algras
Igrejas, cujos fruytosefiáo perpetuamente vnidos ànoíTa Meia, ou
den3ÍToCabido,oualgumCollegio,ottMoacyio,ou outra Jgtc-
JVindaquenastacs Igrejas vnidasaja Vigayros perpétuos: fican-
do porépa os Vigaytos perpétuos ou remouiucys algúa parte, ter
c
«yra,ou quarta dos ditos paíTaes pa feu vzo & recrcaçáo,& as cafas
Í nunqua fe poderão emptazarcliandojuutocõa Igreja nos paíTaes
vacila: {'aluo auendo outra caía da mcfma Igreja cm que bem poíía vi
UcroReytor,Vigayro, ouCura.
í E quanto aos próprios da Igreja & bens que nunqua forão empra
^dos poderfcháoemprazar nos calos acima declarados, & nos ma-
*squeo direyto permite, com as íolénidadcs deuidas.
í E as propriedades que cuftumáo empra?arfe à pão, vinho, ou a-
íe
yte, cu outra femelhante nouidade, não fe poderão empraxar^
Mudando a pcnçáodc pão, vinho, ou azcyieemdinhcyro.-faluo
«ftando as duas propriedades oy to Jeguas ou mais afafladas da Igre«j
Ia! Ôcfazendoíe emprazamento de algús dos bcs fobreditos contra
fotf
tu deíU Coníhtuiçáo, osauemos por ncnhús:& os que os feze-
JCíI^ escorrerão cm pena de dez cruzados para a See & Mcy tiiiho.
•<

Çonfituiçáo. VIU DvpeJloasaqueJenâodMèmcmpra^


z<iros bêsdas Jgn]as, &/qttenamp0dem(er ueltu
nomeadas, mm joceder mlks.

1i^OR.Queconformead!rcyto,hamuytaspcnoasproh}bidasa
-*" quem os prazos da Igreja não podem v ir, & outras a que nam
c
°nuem que venháo, poftoque lhe não feja expreiíamente prohibi-
iÇ Ordenamos & mandamos que fe não emprazem propriedades
--^ -.. Kk |gfi
Título. 2^Da alhSâçaodos besdas Igrejas*
í^f»,». algííâs, ou herdades das igrejas, Moíteyros, Collegios, ou Bene&ci»
1^'^^osjaMofteyro^ncmâGolltgiojncmàoutraIgreja, Hofpital» ne
lugar pio: aísiporq por rafcáo de feus priuilegios (tv&a podem Wfl^
bem auerdellesaspenções,& demandar as perdas & danificações 4
1
deiles fe fezerem ,ncm petóè nos cafos em que per culpa dos poutt
dores fe perdem, comotambem potquenunqua vagáo, patafepo*
r
dera Igreja melhorar. Nemfcemprâzará propriedade algèa,ho *
c
feja rultica,hoTa vtbanaa peíToa que teuer outra f*melhant« propi*
dade pegada com cila que leja fua própria, dirimo a Deos > 0°
í0
prazo de outra Igreja ou pefíba, para que as propriedades fen
çonfundáojoualgúa parredcllas venha aperderfe, como oauyíaí
vezes a contece»
cm
íí»^«i- ^ N outro fi fefaráemprazamentodebesaígusda tgrcjaafilko
M^i"' efpurio, inceftuofo,ou adulterino,ou naturaido Prior» Abbadc» Be
c7/4fr«y. neficiado, ou Comendador da Igtcja cujos íao osbés>ticm * w^°
0
t(dtf. cfpUri0j ou peí qualquer via iÍlegitimo\ ainda que feja legitima^
ou defpcnfado por elRey noifo Senhor: porque, pois os taes não p°
cm occ< ec nc cs rC
- x ®t ^ ^ ^ ft bes quando outra couíâ fe não declara> pola p '
ti.cmfrt função que ha de a Igreja não querer que feus bes venha© a peflòtf
t0
ÍS.40 pxdfay tá° odiofas, não he razão que deiles fe lhes faça empra^*
mento: Saluo fendo legitimados per fua San&idade ou quem fettp0
der tenha para poderem auer os taesbés & foceder nelles. E iíto auc
• talugar afsinos prazosque forem concedidos aalgúa petíoa, &»*
1
filho ou neto jeomo nosque fe concederem com claufula» queo p* '
mcyropoífa nomear a fegunda pcllba, & a fegunda a terceyra>olí
ainda que diga que poík nomear liurementcquem quifer: por<JtíC
zC$
todas eftas claufulas fe entenderão de pefíoâs legitimas & capa '
ou que para ino fejão habilitados pela See Apoftolica»
0f Nem outro fi poderão fazer prazo debês algús a molheres cptf
13
nháo ou ajão tido por mancebas, ou com que teueífem ou te»*
mà fama j nem a feus filhos delias, nem a fuás noras» ou genros» °,

netos dos Priores, Rcytores, ou Beneficiados das Igrejas cujos *
os bés que ícouucrem de emprazar» O queafsi mandamos a^P^
n
lo quç conuena à honeftidadc Ecclefiafíica, como porque v&
*

. Titulo, z*. Da alheação dos bes das Igrejas: 130


Verofimel que fc fttça tal prazo emproueyto da Igreja quando fe
«apraza a taes prffòat? nem fe poderá fazer a outrem prazo para q
fcu* filhos, notas, genros, ou mancebas hajão defernclles íegudas
ou terceyras vidas, nem para que em caio algum lhe venháopet
iwerpofua peíToa.Efazendo'e algum prazo as peflbasnefta Còtótô
tuÍ£áod:clnadas,ououtras per direytoptohibidas,fcià nenhum:
fcosque o fezerem, calando ferem astaes peftoasdasfobrediras
Para afsi enganado anos ou a peflba qde noíía comifsao teuerlhe
f« o prazo fey to:fe com tal engano & fubreyçáo ouuer carta de ve
dotia&lcençí.:&oDlprazooJuere%to,do Aljube pagara vm
te cruzados para a See & Meyrinho, & náo fera abfolto atee com
«% to fazer tomar os ditos bés & pcífe delles à Igreja. E quando a
P«içâo declarar qcic a peflba, ou peflbasa quem lè quer fazer o
prazo, he das fubreditas neíta€onfticuÍ£ão proh>bid?s,náo encor-'
rerànasditaspcnasimascnoíTo Prouifor, ou peflba que noíTacó-
tófiâo tcuer: lhe náo poderá fazer tal prazo: & fe contra efla Coftt
«oiçâomò fszer, ficara íufpcnfo do officio,& pnuado do poder que
denósteuer pira fazer & examinar os emprazamentos: & oque
Procurar ferlbe fey to tal prazo, alem defernuttojpagaiáciezcru;;
?a<ios aplicados pela maneyta fobredita.
»

^ Conjtitiàçâo. IX. apelos fracos fe não Iciti mTradú


1

OtUenamos & mandamos que pelos prazos fe nãolcue entra


da,porque ainda que per direy to não feja ift o prohibido,tcda
^aheoccafiao manifefta dsfc fazerem os prazos com pouco pro-;
u
eyto'da Igreja. E fe algumleuar entrada, perdetà o dobto do que
Ciciar para a fabrica di Igreja & obras pias, & oqueodeuo
fiao poderá pedir.
1
$ Çonjlituiçâo.X QjHOíc^epopnrní^ de Igreja pagado delle]
fincão como empbkeutas.ptr ' (parenta annoitjenâoteuerem
5
titulo, ouje 'dlegar que não foy <valiofrpor defeyto de .
alma. tplémdadeJe\âo auidospor derradeyra wida.
"-■"—— —"—" "" »' ' Kki Acontç
* #

Titulo.25r.Daallieaçã6dosbesdasígrejas."
AContcce muytas vezes que alguas pellbas pofliiem bens dai
Igrejas,pagandodelles penção cm cada hum anno como cm-
phiteutas, osquaesnão tem títulos, ou por feauerem perdido, otl
porque osouuerão de feus pays, ou anteccflbres, como p razos da*
ditas Igrejas,& nío fc achâo titulos. Cõformandonos com a difpo•
tTSfr fi$áoxledircyto&ConfíituiçóesdcnoírospredeceíTcres:Ordena-*
bo reptiit mos &mandamos,que os d poiTurré bés pela dita mancyra por cf-
deitem. pa£° oc quarenta annos,reconnecendo a Igreja coro pençao annua
phi.dtú- como dito he,fcjáoauidos nos duos bés& prazo por derradevra*
Jio rerm. »j >í / " 11 i
2^a.z. Viaas: íaluo le naquellas terias onde per quarenta annos polTuirem
os taes bés pagando delles pendão, todas as roais propriedades CJUC
a Igreja teuer forem íatiofins perpétuos, comoacõtece nos pôíiySf
brejos, & matos maninhos, quefe dáo em foroperpetuo aos que oí
cultiuaráo: porq em tal caio os que per quiçenta annos os políuiré
çom boa fce pagando as ptnçóes, ficarão emphiteutas perpetuei
comoos mais feus vezinhos que trazem outras taes propriedade*
das Igrejas.
^ E íe algum moftrar título de emprazamento^ contra o dito tti
tulo feallegar algum defeytode íolénidadepuld qual nã)deuav^
let: Mãdaniosque íz do therr do dito titulo náo confia tclaramétf
queatalfolénidadefaltou.em tal calo, fe per efpaço de quarenta
c.ptunitJ annos pollúir os ditos bés, fejaauidopoi legitimo emphiteuta n*'
fX&Sl <luelIa Vlíía ^ PeI° dit0 Pra2° me COUDer •* Por quanto por ta ntoj
».7. wry. annos fe deueprefumir que no dito prazo interuicrão todas as fole
to.-tittc r /§ . • li ' . _'*"■- *

fo, njdadesnecciTatias. E íepelotheor do titulo que meftrarcm cefc*


claraméte q faltou algúa folénídade cifencia),como he vedoria, oií
imílà autoridadc,oudapeiíoaque nc iT&cómifsâo teuer,ot? quefc/
fey to eflando a igreja vaga,em tal caio, poflo cue aja pofluido p^*
ficamente quarenta annos, fe os Prelados foaflçres, fabedo o tal
defeyto,náo deté ao ditoprazo feu confentiroento & ratificação
n
reg.iu; a ão fera auido por erophiteuta, antes lhe confirargei ão alargar <£
tnhuAj bés quê centra direyto,& com máfeepoiTue.
re?.tnrjn « y> n- • - vi r\ / '*
6." ^ Lonjtttuiçao.Xl.Dosarrendametos dede^annos^ou mais
tempo^uefenâo facão fem as jolémdades atte nos
emprazamentos fe requere. '" $°l
Titulo. 25. Da âlhcação dos bes das Igrejas. tji
OR Qne pelos arrendamentos de dez annOs, ou dahi para Cí-M. «P jjj
ma,fepaíTanospofíuidores o vtil Senhorio, ficáoos taesarren- í4^.,|-f
amentos efpecieda alheação>Polo que mandamos que taes arren->/ £*
<Wntos fc ná o façáo, faluo com as meímas folennidadcs que nos ^/.re/W.
ct
*prazament05 fe requerem! & fazcpdofe, não valerão. E os que jj^J^
til
arrendamento íezeréj & os que o receberem, deuem temer ««»*«*/*
c
P nas da Extrauagante de Paulo, fc pagarão dez cruzados para a ££;Jk
See&Meytinho.
S Nem fe poderá fazer arredamenro de três noue annos, de maney ^hjn»
ra
que acabados os piimeyros noue, fiquem arrendados os mefmos* ten^m
b
* per outros noue, & acabados os fegundos noue poios «rcey ios,j£/^
ai
nda que fc declare que fejão três arrendamentos diftin&os, & «Çie*jc#«4*
0
kgundo fc entenda fey to depois de acabado o piime yro, & o ter-**•**
c
cyrodepoisdcacabadoo(egundo:porferemiíto inuençóes frau-
dulentas, que o direy to não permite: afsi como também não valem
f
emelhantcsclaufulasnosemprazamencos,como a traz fica dito.
* pofto quealgus arrendamentos delia calidade por mats de dez á*
^,ouperdous,outresnoueannos,leachemfeytos,aindaquefc.
a
Í perrefcnpto Apoílolico,feauerãopor nenhús. Eostaesbensfe
íotnaráoaIgreja,como pelo Concilio Trideniino cftámandado.$tffii2t
È nós mandamos a todos os Priores, Igrejas, &Mo(teyros, que a-'«/".<•«•
^endo taes arrendamentos, os ^ão declarar por nullos, & os de-
nudem aos poíTuidores dentro de hum anno da publicação deita.

Conflituicão. XII. Vos érnudamentôs dos bésdaslgn\*s>


ÇT fruytos dos benefícios, por quanto tempo
fe podem & dettertifazsr.

OK Quanto de fc arrendarem os bés & fruytosdas Tgrejasper


muy tos annos.fe Ceguem alguas vezesalhearfe lio doimmo ou
P°ffe delias: & outras vezes mõrretc os Prelados, Priores, & Benc:
fiados que os arrendào tendo recebido o preço do airendamem,
*»âo lhe ficarem bes com queíefatisfaça,ou as partes ou a Igreja,
doutros muy tos inconuenientes prejudiciaes às meímas Igujas.
4
Titulo.25. Da alheação dos í>es das fg rejas
I. t.n. ta Conformandonos com as prohibições dós San£tos Padres & do Co
tnntyii. cílio Tridentino, Ordenamos & mandamos, que nenhíís bens daí
Igrejas, Mofteyros,& Capellas que tenháo natureza de Beneficias»
ou de outros lugares pios de noilá vifitaçáo nos quaes a Igreja tento
direyto Senhorio & pofíè, hora íejáo paflàes, hora ptopuos; Te af
an
*\
fendem per mais tempo que de três annôs conforme à Ex:trauag
te de Paulo, a qual ha lugar nos arrendamentos delks bens: & &2e0
s
tfofe arrendamento por mais annos, não valerá coufaalgúa» E© \
taes arrendamentos fezerem ou receberem, pagarão vinte cruzai5
paraa Sec & Meyrinho.&deuem muy to guardarfe de taes arrenda"
mentos, receando as grandes penas & Ccnfuras da dita Extrauagá"
te de Paulo: as quaes, pofto que não obriguem onde cila não foy re*
«§£«í CcbÍC,a ou eíla<ícrogada per curtume de quarenta nnnos em cpfitftf
/•/.9J.4Ú'o, como ha nefle noflb Bifpado; & ainda Doutores graues aífr-
mio < uc n io
ZZh.§Z > l *° y geralmente recebida, todauiapolaspenasneW»
1
poftas íc entende quanto prejuízo trazem ás Igrejas fcinçíhaoC
arrendamentos.
LSifit c«rq E quando os bens & propriedades que fe arrendáo forem de q^'
fooctn tocíos os trcs annos
J&£dadcquênaodao mais que húanouidadc em dous annos, cornou
os oIiUâCS fcna at rcn(laf
**££
*tlt«r i*J P or írcs 'nouidades,
°" ^ conforme as quaes auemos» H^ °
por bem que os ão° g

Sfí?.ÍC comPutcm»& <Juccfa noíTa Conftiuiiçãocm quanto defendei


m}U. 'zerfearrendamentopormaisdetresannos, aja fomente lugar D*
bens que cada anno, dlo fruy to: & nas outros que os não dão cmcí
0$
da anno, fe poderá fazer por três nouidades, porque citas auem
por três annos.
JE defendemos, que os arrendamentos que fe fezerem dos &&
bens pelos ditos tresannos, ou trcs nouidades, fenão poílâ rece^
ou dardinhcyrodantcmáo,mas que fe façao fempre ispaga»'^
cfl
pois dos fruytos vencidos como geralmente fecuíluma: & iõm
te permitimos, para remediar algúas neccfsidades que ao Prior, *
Beneficiados focedem, que pofsáa receber a terça par te,cu am«3?C
is
do preço do arrendamenro de hú foo anno dante mão, & não m? *
• f£<3uantoaosarrendamemosdo5dizimos&fruytos das igreja^
- .-,-. ~- r r , / ... ^en
Titulo.25.daalheação,dosbeâdasígrejâS. %\\
MoftcyrosXollcgtoSj&BetieficioSjnos quaes âExtràuagantedé
kiulo não auia lugar, por euitar os grandes prejuízos q fefeguc ás I«
g*e}as & foccííbres delias,& ás partes q arrédào; Ordenamos òc man
damos que, fendo as tendas do noíTo Cabido» ou noílâ, ou de algúa
igreja Coltegiada, ©u de Mofteyro, que não vaga per morte dos
Poluidores, íe poífa fazer per tempo de quatro annos,por razão da$
nouidadwdcazeyte, & mais não: &fazendofepor mais tcmpo,náo
vaterão: & os que o fezerem encorrerão cm pena de cincoenta cru-
zados para a See& Meyrinhô.
f E fendo a tenda de algum Beneficio particular, o qual vaga per Triiftff.
^otte do pofluidor, que o arrenda, não fe poderá fazer por mais ic- ^'f*
P° de hum annot íaluo auendopatàilTo noíTa licença per eferito, a-
^ual lhe não daremos, fcnáoauendocoufa mu y to vrgente para que
fc faça por mais tempo. E não fe fará, nem pelo dito anno, arrenda
Bicnto polo qual receba logo dante mão o preço todo, mas pode-
r
áo foomente receber a terça parte, ou ametade do pteço do dito ar-
rendam ento de hum anno. E fazendoíe arrendamento de mais tem
P°> não valerá: & os que o fezerem, encorterão em pena de dez ztú\
fcidosparaa See & Mcyrinho: & o mefmo Prior, ou Beneficiado q
talarrendamcntofczerpormaisrempodchum annofem noíTali-
Cc
nça, poderá vir contra cllc, & arrendar o feu Beneficio a quem
c
"* parecer.
í E fe algum Prior, ou Beneficiado, Cabido Collcgio, ou Moftcy-
í0
de noífa iurdição, fezer algum arrendanento dos bens ou fruy tos
da Igreja com pagas anticipadas, que chamáo dante mão,o tal ar-
^ndamento nunqua prejudicará à Igreja &foc^^^
0
Ptior, ou Beneficiado (que tal arrendamento fez & leuou dinhey-
t0
dan te mão) antes de o ter vencido, não poderão feus hctdey tos,
c
° m rendeyros tet rccutfo contra os foceífores, dizendo que o arre-
amento fe fez a proueyto da Igreja, & o dinheyro quefe recebeo
<W mão, fe gaftou, ou em ncecísidades delia, ou em coufas a cila triL M
r
P oueytofas,oucmncceiTariafoftentaçãodo Beneficiado: porque >/"'•
a
uendotalneccfsidadcdaIgrcjapelaqualfeja ncccíTario fr*"^*
Mamcnto para fe auer dinheyro dante mão,nós darão,cota delia,
Titulo 2?. da athéaçao dos bens das Igrejas
& com fúfficicnte informação do cafo, proacrcmos ncllc come nos
parecer, & doutra maneyra não.

Çonfttu*çã>' XH1- Dos que f^em arrendamentos a ditterjas


pejjoaspelomeJmotempOiOudtuerJosannos.

l
J'f■ * O O M O S Informados que algus priores, & Beneficiados, com
2*' /. jt T^ pouco temor de Dqos, arrendáo os fruy tos & rendas de feus Bc
j^/-ncficiospelomefmo tempo a diuerfaspeíToas, recebendo delias di-
nheyro, & depois anttc os rcndcyrosfemouem grandes demanda*
fobre qial deue fer preferido ,.& perdem muytas veres fua*
fazendas: Mandamos a todos os Beneficiados, & a todosos que tfij
uerem prcílimonio, ou fruy tos em pençáo, que náo façáo pelo meí-
mo tempo arrendamento a diuerfaspeíToas, hora feja per eferitora
publica, hora por feu afsinado: E fazendo algum o contrayro, íeri
prezo, & do Aljube pagará trinta cruzados para obras pias-,&ná<>
fcrã folto tee fatisfazer áspartesoqueihedeucr: & aucrá as ma»*
penas que por direy to (ão poftas aos que faze femelhantes cólu)c s'
/amtiu«^ ^ concorrendo diuerfos arrendamentos domefmo Bedeficio có-
ih dd. U firmados per nós ou noflb Vigayro, fc algum já, per vettude de ícil
wtuymi. arrendamento efteuer cm poíT^eíTe correrá a renda efleanno,poíto
que o feu arrendamento feja derradeyroem tempo: & náo tendo nc
nhumdclles poífc, precederá o que tcuer primeyro arrendamento
1
&fc concorrem a pedir confirmação, fe dará ao primeyro. E fc fa*
cila algum começar a correr a renda, não poderá allegar poíTe par*
auer de fer preferido,& pagará dous mil is, para a fabrica da Igteía
&Meyrinho,
^ E para qu: eftas noíTas Conftituiçóes fobre os arredamentos do*
bens das Igrcjasíe cumprâo & guardem como conuem: Mandado*
a todos os queos tomarem por arrendamento, que não feentreme-
táocm arrecadirosfruytos,né corrão a renda fé primeyro moflrat6
os arrendamentos ao noflb Vigay roGeral, o qual verá fe fão cõíot'
mes aditeyto & noflas Conftituiçóes: & achando que o fão, mand*
ráque fecúpráo.ElhcpaíTaráícuAluarádecorrer:tachando q°
Titulo. 2?.Da alheação dós bes das Igrejas. 13}
n
áo fáo, aCsi o declarará, per feudefpacho. E mandamos que todos
0s
Wadores & pcffoas <p fam obrigadas a pagar ás Igrejas dizi-
as, & primícias, foros, rações & quaesquer fcuy tos, Ou dinhey^
r
o> não ccúdáo com eiles aRendeyro algum, fem primeyro na efta-
& fw publicado o arrendamento confirmado per noOb Vigayro,;
* Aluará de correr como hc cuftume.
í E outro fi mandamos a todas as comunidades & peíToas Eccíe-
líticas, tendo Tuas rendas arrendadas per hum anno, ou per mais
temp0l fegundoforma de noíTa> Conftituições, durante o dito tem-,
po, náof^áo arrendamento a outras pefloas para auer de começar
babado aquellc, recebendo algum dinheyro dantemão dos íegurt*
^sRendcyros: & frzendo o,perderà o que receber dante máopâi
r
«l fc gaRar em a fabrica da Igreja & obras pias, & o Rendcyro lhe
**ao poderá pedir.. *■■"'-•'■
í E porque a!g'JS Beneficiados 'da nofifa Sec arrendamos fruy to*
&fuas prebendas,ou mcos,ou tercenarias algúas vezes dante mão
Ctt
ifcu notaueiprejuizo, &fczematrendamêtosadiuerfaspelicas^
^quaes querem vender os fruytosem oCeleyrõ do Cabido, o
^e náoconuem,&algãsdosditosBeneficiadosdefpois deterem
Prendados os fruytos do Celeyro, os pedem & mandão receber
P°r ícus criados, do que fe feguem demandas,^ quey xumes, por íe
citarem cftes & outros incóueníentes: Ordenámos & mandamos,1
u
S « arrendamento algu de BeneficiodanoíTaSee,oufruytos do Ce
ky to, fe não guarde nem cumpra fem fer primey f o vifto pelo noíTo
^Udoj&aprouado&corfirmado p^o noíTo Vigayro Geral. E
^andamos a todos os queorafáo,ou pelo tempo forem officiaes
^ Celeyro do Cabido que cumpráo efla noíTa Conftituiçáo intey-
rat
^cnte,fob pena de vinte cruzados para a Sec & Meyrinho,&de
Pagarem de fua cafa tudo o que contra forma delia derem.

Confátiáçâo.XUllgmhofertas ^petâeAlt^u
jenam arrendem a Leygos* ^
S offertas dos fieys Chriftãos, que fe chamão pee de Altar.co- t'- tntt; ,„'
forme a diteyto pertencem aos miníftros delle ^aualmente/^^,
Titulo,^?.Da alheaçío dos bêsdas fgrejas.
feruem: Polo que mandamos aos Priores, Reytores,& Comcnt»'
dores, Colégios, Comunidades, &Mofteyros, que teuerem Igre'
cíB
jas,oa Hermidas, nasquies não refidáoanualmente,que de)x
todas as orkrtas ôq>ee de Altar aos Curas & Capclláes que per eíles
feruirem:&aindaq refidáo, ná<>poderão arrendar as ditas críertas
& pee de Altar a peíToa algúa,hora feja Clérigo, hora Leygo: & ffy
ri
Zendoocontrayro,alem de ler o arrendamento nenhum, pag*
dousmilrs,paraaSee& Mcyrinho. ;
q E fob a mefma pena, defendemos aos Curas & Opcllaes, qúfi Vi£
p2ríi,neminterpofitapeiToarccebáo as ditas orTcrtas& pee de A**
tarpor arrendamento dos Priores, Reytores,oude quaísqueroU*
tráspeíToas, nem ellesarrendarão a outrem a* fuasorfertus & pec#
Altar que teuerem.
ÇE por que algús Priores & Beneficiados & outras pelToas quan<j°
arrendáofeus Benefícios dão poder aos feus Rende yros que pof*^
nomear ou aprefcntar os Curas & Iconomos:& os Rendeyros *c
concertão com os clérigos que haode feruirde Curas, & CapellacS>
& lconomo;,paraÍheaueremdefcruirostaes Benefícios curado*
&Capel!aniaspor menos çítipédio do quepernoílàs ConílituiÇÓcS
eílã taxado, & Ihetomãopa^tedopecdeAltarou todo, ou o arre"'
uC
dãoaos meimosCurasi&pafoqfecontentemcom os partidosq
s s
clles lhe tezerem, bufeáo não os mais idóneos como deuem, ma °
quefe contenção com o que elles querem •, o que he caufa de ^°
auernas Igrejas os miniftros queconuem. Ordenamos & mand*'
íZC
mosqie daqui cm diante fenáodee nos arrendamentos que fef
v a
rem, poder aos Rendeyros que aprefenrem Cu as, Capellács, °
Iconomosjncm lhes metao no arrendamento aseffettas & pee °c
Altar. Efe algum fezer o contiayro pagará d usmilrs, para obr*s
e a
pias & Mcyrinho: & o tal arrendamento não valera: & nefla p ° '
encorreráo afsi os Beneficiados como os Rendeyros.

Conpitmçââ. XV, Quefe nào arrende iurisdição]


nem Offcto Zcdefiaílico.
pof
Titulo. 25. daalheação, dos tes das Igrejas. 134.
T}OHdi:eyto diuino & haitiano he proliibidodarfejurirdiçãoMfí/èí.
1
Eccleíiaftica ou officio algum que tenha vzo da dita junídiçao Vt(e5jMÍ%
G
P s:díuheyro3ouoiuracouía temporal Peloquemandamos a to-
^ as peííbas que por priuilegio, cuílume, preferipção, ou outro
<&% mulo teuerêaquiridaalgúajurifdiçao, ou poder efpiritual,
0l
'EccÍeíuaicoJonáodemapeilQa algúa por arrendamento para
feauerem de dar por cllc cada anno, ou per outro modo algum, ái
^yroou ceufa temporal. Nem outro íipoderão arrendar ou dar
í>°t pteço o poder de aprefentar em algum Beneficio ou Capella. E g|j#?jJ5
fea)gttm arrendar Villa,ou Morgado a que clté anexa a prefenca*'^wLtá.
i
&>de ajgiiai Beneficio, ou orneio Ecclefiaftioojnãõ ometeráno jjjç£j^
ar
'endamcntopara que o Rendeyropofla aprefentar nos taes Benc
ficios3 ou officiosacontecendo vagar: principalmente acrecentan^
^por iílo o meço do arrendamento, leuando mais do que ouue-
r
^o de leuar íe\icllc não entrara o poder de aprefentar. E o que o
co
ntrayrofr«r,alem daspenasde Simoniacoqueper dircytociw
C0
«re,& o tal arrendamento fer nenhum, íerá prezo, & do Aljube
P%tà vime cruzados para a See & Meyrinho.
í È mandamos a todos os Tabahács, &Notayròs Apoítolicos
*$e Bifpado,& de qualquer outro quenelle teuerem poder para
k*ct arrendamentos públicos, fobpena de excomunhão & vinte
azados para obras pias,& Meyrinho, que não facão arrendamen-
to
aígumdieben3 de Igrejas, ou Moíteyros, ou de rendas EccIcíiaíH-
cas
, contra forma deíhs cooftituiçóes, & fendo mais vezes conv
fendidos procederemos contra elles à mais graues penas.

TITVLO.XXVL DOSDIZIi
mos, Permicias.&Offertas,
. .. .. . J - - --••• . -«

CofitMçâo Primyra. Que todos pagUtm dizpnoij


$ ningmm os <z>&rpe ou impida*

tu P«
Titulo. %6. dos dízimos, primícias, ofíertas
IttCit t IO
t.cijttti'
ER Direytodiuino,&:humanohcdeuida
aosminiflroscfpirituaes côngrua fuftcnca-
t- Cltrki
g.]HttJt.2, çâo temporal, pela qual razáo antes da \cf
cfcrita,os Patriarcas Sáaosoffereciáoao ÍJC
nhor o dizimo de tudo o que elle lhes daua>
& depois na lcy eferita judicial perprecey*
ijrtutrtU to mandou o Senhor que íe pagaífcm,^
mini i6.f. os Profetas, & Sandos dizem que por fe não pagarem ao Senhor
frims.
cdecittas bem osdizimos,vicráo grandes efterilidades. E os Sagrados Câno-
ló.j 1.1. nes, & Concílios vniuerfacs fundados neftas leys diurnas naturae*,
tuá.cpaf-
ttráíts it & judiciacs, mandáo q de todos os fruytos & ganhos,hora fej?.o na-
item.
Sttf.i5.t. turaes, horainduftriaes fede às Igrejas parafoftentação dos minis-
tros delia a decima parte, & o Concilio Tridentino manda aos Pre-
lados, que não confmtáo, que os dízimos que fe deuem a Dcos pa*
fuftcntaçáo dos Sacerdotes, &Miniftros de fua Igreja, fe impidáo.
ou vzurpemper pefloaalgua, nem os retenha, declarando queos
que tal fazem tem roubado oalheo. E outro fi amoefta, & manda
à todas as peíToas, de qualquer grão & condição que ícjao, que (06
obrigados a pagar dízimos, ospaguem inteyramente, ás Igreja*.
Moitey ros, ou peíToas aquém fe deucrem. E os que per qualquer ra
Zâo, ou pretexto nãoquiferem pagar, ou impedirem, que fe não p*
guem, ou dilatarem a paga dellcs, ícjão per nos, ouper osPidado*
feus fupcriorcs excomungados,* náofejao,da excomunhão abíol
11
tos,atee fatisfazerem inteyramente com effcytc&amoeíra^ *
daqui em diante não íeja graue pagarem todos os dízimos de tud°
o que Deos lhe der aos Sacerdotes, & Miniílros que tem cuyd>
de fua íaluação,cfpiritual. Polo que conformandonoscornou
Dcctetodo Concilio,mandamosfobpena deexcómunháo, a to-
5
dos os auradores, criadores & todas as mais peíToas «Ecclcfiaftica »
& fceulares de qualquer eftado & condição que fejam, que per ^1
toíaoobrigados apagar dízimos, os paguem inteyramente (&
diminuição algua, fendo certos que nlo os pagando, íerao por nó*>
OU noffos of ficiacs excomungados, & o peccado que cometeré eí*
naopagarcm os ditos dízimos, oa impedindo a outro q não pag^'
Titulo. 16. dos dízimos, primícias,offertas IJT
0,
J v fatpando para fi os dízimos que fc deuem ás Igrejas & feas Mi-
«tiros, fcjaaDOS reler uado, como no fim delias Conttituiçõés fe
delata. E cila amoeftaçáo & declaração do Santto Concilio Tridé-
ll
«o & noíla , fe lera nas citações duas vezes cm cada hu anriò, no»
tempos maiscoDueoieiues.

Corãitwcão. 11 Que ninmm tire asnouidades dos agm


Jcm chamar ásperas aquém fc ame pagar os cuztmos.

Onformandonos com as Conftituições denoíTospredeceflõ-r^l


res, & diípofasâode direyro para queie tire todas as occauoes (im.gu*
<*c fe fonegárem osdizimos em todo ou parte. Ordenamos & man- «• f«J^
damos, qtic nenhúa peííoa r.re páo algu das eiras onde fe debulhar, íVIWLBM
ne
*i o vinho dos lagares onde fe fezer, nem o linho do lugar onde fe "J^iJ
Cn
xugar, né o azey te dos Oliuaes onde fe apanhar, né a caftanha do mt * á*;
s
2uto, Md, 6c Cera dos cortiços, fem primeyro chamarc aos Prio-
r
*V& Beneficiados, ou Prbítes,ou íeus Rendeyros, ou aspeíloas
Wcu poder teuerem, para arrecadar os dizimos: & fendo ellespre
kntes, fç dizimarão de todas as ditas coufas, tomando para finoue,
* dando hum ao dizimo. Nem debulharão o pão, nem farão feu vi-
^o» ou enxugarão linho fora dafreguezia, por não fazerem mais
d
'íHcuUoSa,oucuíloza,aarrecadaçãododitodizimo, nemmiflura
r
áo nouidides dediuerías freguczias,em hum monte, ou lugar por
u
S c fe não confundáo os dízimos.
* Efe os Priores Beneficiados, ou Prioftes, ouRcndeyros, fendo
«Hamadoi, nãoforemlogoefpcrarãoporcllcsatee dousdias: faluo
ís
otempoford;chjja,ououuertalnccefsidade, porqícnáopofla
cf
Pecar, porque em tal cafo chimaráo o Iuiz da terra, ou lurado cõ
**» homens bons da freguezia,& diante delles medirão o pão, &
d,
*imacáo,& todas as mais nouidades fobreditas: &lcuaráo par*
fua
s cafas o dizimo,porque fe não perca a culta dos meímosPriorcs,
^fcusRendsyros.que não poderão maisallegar que fe não dizima

°inteyraméte Jaluofe quifereprouat que antes de oschamaréle
Ua
ráoal2Ú páo daseiras,ou recolherão agua nouidade por dizimar.
Titulo 16. dôs dízimos, primicias,offertas.
^Efendoo Iaurador,oupcíraa,quc feouucr de dizimar de aíg^s
fruy tos de fora da freguezia, fc dizimará antes de os tirar delia, chi
marubos Priores, Prioftes, ou Rendeyrosda igreja como dito**
s
% E o que contra forma deita Coíiituiçáo, tirar aigua noutdade dc
ditos lugares em que as mandamos dizimar, ou parte delia feni <&
2imar, nem chamar as peflbas aquém deuepagatfe, fe fe não ach*
remteíkmunhas que akiidrem bem quanto podia íer o dizimo, fe

F' - ;•— — *•", vw "g»V> ÇU.WLUUUÍÍUJM11V,--


chamaraspeíloas com qae fedeu?partir, & à Tua própria eufta (cá
obrigadoleuarodízimoà Igreja, ou lugar onde fe foem recolher»
& paga rádousmilrs, para a fabrica da Igreja. Efealgfi for afegão
vez comprendido cm íemelhante culpa, pagará o dizimo que íc ^
Tiguarque deuia em dobro, &dous mil ts para a fabrica, & fendo
3
mais vezes achado Teprocederá contra cíic com as penas fcccníur *
qae parecer,

Cofitoiçâff. IJJ. £ue osdiztmos[epaguem [em tirar as[ementes,


mm gafas & antes de je pagar outro tributo.

a Jant0 fbmos
í'*?S P ° ^' ^formados, que em aíguas partes dcííc B^
tjt. c.tua i pado ha Jauradores,& peíloas que antes de dizimarem tira1?
SjtZld° t0 j° moníe 3 fe*«eque lanção à terra, parecendolhes, q ?oi
5
*«»* í-aucrem fido as duas fementes dizimadas, fedeucm tirar,oqueh
^ erro grauemuytas vezes condenado peia Igreja, & Sagrados O»0
nes, Mandamos que todas as peflbas que cuuercm pão; fruy co?, °*
nouidadc, gado,criacao, Mel, ou Cera, & todas as mais cotifo *
que fe deuedizimo, os paguem de todo o monte fem tirar a íenicfl*
te que lançarão aterra, nem os gafios que com atai nouidade feb-
rão, nem oferuiço ou foldadados criados, nem do dizimo do ga*>
tirem a foldada ou mantimentodospaílores, mas inteytaméce*
tudo o que Deos lhe der lhe paguem à decima parte, fob pena &
Titulo.26. dosdizimos,primícias,oíFertas \\&
P3garc em dobro a femcteou defpezas,qiie antesde dizimar,tirare>
&
cncorreráoemasmahpenas,q.ieencorrem os quevfurpão, ou
fcncgio o dizimo,declaradas na Connituição primeyra, & o pecca.
<jo ficara a nós rcferuado, doqualnáoferáoabfoitoslemprimeyro
^tisfazcrcminteyramente-.faíuoíe antes de irem àconfilsáofatisfc
^em, como no fim delta* Conftituiçóes fe dirá no titulo dosca:
ÍQ
s tcferuados. „„
í E outro th mandamos que os dizimos fe paguemdeWo monte, jjj&jgj
Ws de fe tirar delle foro algum, nem ração, nem outro tributo faMth
íèaja de pagar a algum Senhorio, ainda que fejaoutrilgreiajOU^Í"'''
^cflòa Ecclefiaftica, & quando fe pagar o foro, ou ração irá ja db
Rimado.. ' J., t
í^olaurador que antes de dizimar pagtt algum foro fabido, ou
^°fabido,ouraçáode qualquer partilha, ou outro algum tributo
P°rdizimar,feráobngadopagaráIgrejadc fuacafe todo odizi-
^0, que dos ditos foros, rações, ou tributos íeihedeue,& ale dtflé
«aUrs de pena para afabricada Igreja. Eporquç a!gús poderoíos,
Oi
idemenor condsçáo conftrangem aoslautadore^ou teareytos,
°ufeuscazeyros que lhe paguem o foro, cu ração, ou qualquer tri-
^topor dizimar contra lua vontade, dizendo que efláo neHa poíTe
v
*urpádopor efta via os dízimos as Igrejas. Defendemos a todas as
Mbas d: qualquer eílado ou condição que fcjão, fob pena de exco-
rn
^háo ipfo f,ao incurrenda, &de vinte cruzados para as obras
d
*See,&Meyrinho,quenem per fi,nemperfeus criados, ou ou-
tta
* iaierpofi- as peíToas direde, nem indir ette conirranjao os laura-
dor
es, feareyros, criadores ou quaes quer peíToasa lhe pagarem o
fof
o ou rasque lhe deuem por dl zimar ainda que digáo que eftao
íe
fta pefle, aquaí em tal cafo os não pode defender, & ainda que di-
B'o que elles pagarão da ração, ou foro que leuarão ò dizimo aque
lc
<W.Da qual excomunhão não ferão abfoltostee defiílirem da
^ía força, & fatisfazerem ás Igrejas & darem caufãoao menos ju-
rat
oria que mais não farão o íobredito.
f £ iuo fe não entenderá nas Igrejas que tem legitimamente pref-
Ctit
o pot tempo de quarenta annos lcuaremdefeus cafeyros fuás
1 *~~ —•■**
Titulo. 26. dos dízimos, primícias, ofíer tas
rações por dizimar. Por que as Igrejas húas contra outras afsi como
podem prefereuer os dízimos, podem per pofle continua & pacifr-
cá de quarenta annos prefereuer que as rações feihc paguem por à
zimar,o que auerá lugar, & mandamos que feguarde lômetite na*
Igrejas, & lugares onde a dita pofíe,& preferifáo de quarenta annos
ouuer, & nãQcm outros onde não ouuer tal poíTç, pofto que feja"
c.tuolmáa. melma Igreja. Nem poderá Igreja algúa pedir oulcuar raçõe*
fjfiripíi Por ^iwmarffe algum lugar, ou lauradores de q não eAé em poííé»,
*». er
cr ibi pofto que afl<
aflegue &prouequeem outras partes onde tem foros#,
rações ás leua afsi:

Constituição. 1111. Como fe pagarão of dízimos prediaes


quando as terras íjlâo em bua Freguesa, í£) os loura '
dores receiem em outra os Sacramentos.
0
»ri{&MiT)ORfçrcoufaduuidofana qual ha razoes., & authoridadesp '
jpifteti- •*- ambas as partes,íe os dízimos prediaes fe deuem pagar à Ig*c
</e a,em C0 a
**a? 'Í Í Pattocbia êftáo as terras, ou onde os lauradores, & &£
?
'*' nhoresdeliasfãofreguezei& recebem os Ecclefiafticos Sacraoic"*;
tos: os Sagrados Cânones mandão que íè guarde o cuftume de cad*
Bifpado, ou Igreja. E por que nefie Bifpado, cm algíías partes <js
c
taes dizimos íe parte igualmente, & ametade fe paga à Igreja cfià
f
eftãoas terras, & a outra ametade, õde o Sennrio delias ou laura^°
recebe os Sacramentos, & em outras partes ha outra diíkrePtC
diuifáo. Mandamos que fe guardem os cuftumes na. repartição ^
paga dos ditos dizimos que ouuer em cada IgrejaV
E
ã2£í taramos que baftará nefte cafo cuftume de dez annes c<>&
ttifintMpoíTepacifica, & continua, porquanto nascoufasquenão fão,c°n*
dt7mJd.tra direyco expreflb bafta o cuftumc do dito tempo.
n0S iz mos uc as xc s ue tem 1
**§*'*'
JnJut
^^ ^ * Ç Ig \* ^ prazos em outra Parrech *f
* ' leuão, quando os poíTuidoresdos prazos não íáo feus freouezes,p°
fer ifto contra direy to,fe guardará o cuftume, fe for de quarenta *&
nos, & afsife guardarão os mais cuftumes,"quc na p3ga & repa*^
çãodos dizimos fcacharem legitimamente preferiptos. Mas pot!l
'fe fe achar algum cuftume de algupouo, oupeíToaparticular,p°r^
-

Titulo.26.dos dízimos; prímícíasjòffertks. 137


totalmente fe eximão de pagar dízimos prediaes de todas, ôu de aP
Sfoferócte, ounouidade, ou criação. Mandamos que 0 tal cuílume
l
«nâo guatde, pofto que íeja de quarenta annos ou mais, mas que
íc
«i embargo de tal eufiume ou poífe os obriguem a pagar de todas ghJ,
as
Wntes&nouidades& criações o dizimo inteyramente: porq tameJi
áos
di2imos prediaes cm parte, nemem todo pode conforme a di- J^jJ
íc
ytoocufiumcouprecripçãocfcufar alguém. «£*£

Constituição. V. T>es dízimos dos gados, ty £££


ates, tt) outras criações.
u.- — »-"
tjt de d*

POR nofTospredeceuores,emdiuerfas ConftituiçôeS antiguai


foy mandado que os dízimos de todos os gados, ou criações*
^aues fcpagaíTededezhum inteyramtee fem fe tirarédefpczas, né
lidadas, & onde ouueffe dez cabeças fedeflèjhúa de dtzimo*apartan
We de cada dez duas as melhores, das quaes o iaurador efeolherá
^a, & o Prior, ou Dizimeyro, ouRcndey ro da Igreja outra:& nao
a
"endo dez ,&aucndo cinco cabeças para dizimar, fe pagará amtti
*to ^ eílimação de húa cabeça, & na aualiaçáo delias fe louuaráo em
^aou duas peíToas que por feu juramento digãoo q valem, & iííò
fc
dará, & não concordando fe venderão, fcauerá a igreja p3tre do
Ptoço que lhe couber, & fendo menos cabeças feaualiarão redas as
^«ouuerparafedizimarem,ouvenderempclamineyra fobredi-
SScaueráa Igreja a decima parte do preço, ou a eUimaç.áodasca
^as)0u cabeça que feouucrcm de dizimar, Epeia 1 nclma ma-
nc
yrafe pagará o dizimo dos patos, galinhas^ ourws-quaesquer
auc
smanfa1,&das egoas,poldros,mulas, mulatos, ou burros. E
0s os
gados, &aucsfedizimaráo,ou aualiaráoparafe dizimarem "
COt*Joatee gora fe fez, & as beto fe dizimarão, ou aualiacao de \m decim,
Ae
dc
^dousannoscomopelasdiras*Gonfticuiç5=sera mandado. ^Ál
1 Maspoiqueos lauradorcs, ou criadores -d:fraudando as Igrejas &&&
^^usdiziraosquanàDnSotcmdezcabeçasparadizi^ar^áoqde »' '
í^quefe auali:mpelamancyrafobredita, mas quçré pagar m
_.. ^r Mm í?3
_

Timla 26. dosdfeímõ^ primlck^ôfFertas.


bmcontiWuà vôntàdequèhemuytb mcíiòs doquecabe ao &
aimo,^ do que agora Valem, os gados & criações afeando que
«ftao neíh pote, & cuftumé a qual já per noiTos predeceflbres foyã
prouada, & mandado que fcm embargo de qualquer cuftumc fea*a
liaflem os gados, & criações, quando não ouikífc dez cabeças, par*
íedizimârperaualiadores a aprazimétodaspartes,&qaauaiiaçá<>
fe Feíeflc Conforme ao preço que as cabeças tentou teucrem ao tefl»
poqueiediSsimao»
fPeloquecoaformandonos comas ditas Côhftituiçócs, «e com *
dircytocomoos taes cuftumcs fio muyto prejudiciais ás Igreja*
^codenaJospernoíTospredeceflores. Ordenamos & mandamos,
que íem embargo de qualquer porte ou cuftumc que neftc Bifpa^
aja, todos osgados fcdtzimem daqui pot diante pela manevrâ aci-
ma dita ôcauendo dez cabias para dizimar, vinte, ou mais deca*
mnSí.t 7PVtei»^smiJhoreS,& das duas efcolha ocriadorhúa.
oulrâfò£,Câ
tó.f7» * °cii2imo,&âUendoparâdizimarmenos de desca-
beças fe aualicm todas as Cabeç is que forem por hua ou duas p>
as conforme âo preço que agora valem, ou ao diante valerem <&*
dofeouueremdedizimar^nãoccnforme ao quc valeráo «*"
tempospaflidos, nem confofmcaoqueos criadoresátee .gora ^
aiiaharao, & do preço em que fe eftimarem âs ditas cabeças fb paga-
ra ao dizimo a decima parte, & o mcímofe fará quando for b*
100 careci*
f Eaísifepagara ínteyfamlte õ dizimo do Me!, & Cera,afsi * í
ie tirar quando fe creftao, como do que fka aos cort iços qUanoV> *
àbelhasmorrçmj ou os enxames fe Vão.
«MM Equantoaod.zimodoieyte.mandamc.s queonde ouuer**
m
ni}. c V* os criadores o recolhem todo, & fazem dclle queijos :*»
qucMosíepagâraodizimoà igreja:& onde íepaga pet culto***
dizimodo mefmôIcyte,náoíepagâr4dos queijos 6L fc-fc***
do ley re ja dizimado, Eaísi fe pagara por intey ro o dizimodas I**
w»»
€*/> htm fodo de dez velos hum à Igreja, & ficando algus que aáocheg*
íc pag cim anc ao<iU
aí ^SSA - - **%-* ™ ^ *? !
Titulo.ió. do$dizimôs,prírnicias,òffertas 158
£ s&i fc pagará dizimo dos babais & cie toda a fruy ta & ortâliíTa, & yíwgrt
ws ferrejaes, alcáceres, prados, de heruagensí poítoque nalcco.pct
íi & não fejáo teoicados, nem cultiuados íe éfteuerem tapados, a I-
grqadedez hum, ou diuidindo eftas ortas tapadas, alcáceres, ou
fetrejaes em dez partes aísinádo nú a aodizimO abalizada de maney
'aquc nem aja escândalo, nem as Igrejas fejão defraudadas de feii
direyto. ■ . . .
í Pagarão o dizimo das caftanhasjandes, & bollotas pela manèy-
*a fodrcdiia, & da madeyra que feeorcar das matas de caftanhos,ou
«wualhos, & afsi dos paosque fe cortarem, década dez paos hum*
°U aualiandofeadcciuiapattedopreçO,

Ceftituiçao. V í. Dos diztnios dos moinhos, lag#{h


1$) fomos cr pefarids.

OS fruy tos due fendem OS moinhos, & lagares de azeyte, ou Jfjfj^


de vinho tem mais natureza de prediaes que de peúoaes,le de Wj*> **
^cdclles pagar de dez hum, & afsi as boguey ias & pcfeaf ias confor
toe a diteyto fe deue inteyro dizimo dos fruytos & rendimen-
to* delias. Mas por que afsi neíte nofíò Bifpado como cm outro, ôc
S^afi em todo o Reyno da mayor parte dos moinhos & lagarts,&
f
r
°rnos fe náo paga dizimo inteyro (enã deus cu tres alq y res de cada
°da ou vara, ou certos páes,oucontia dedinheyroaq chamáoco-
n
Wença, & eftes euftumes fáo de tanto tempo que náo há memo--

aemcontrayro. Mandamos queoslagatis, moinhos, & fornos^
Quarenta annos & mais que efteUerem em pacifica pofle, a olhos
* face dos Prelados* & Priores, & Beneficiados, de nao pagarem ae
^ hum, fenão certaconheccnca, a qual polo duo tempode quatc-
la
annoslhs foy fempre recebida fem contradição que não íejao
frangidos apagar dizimo inteyro, mas fòmenteas conheeen-
^ que atee agora pagarão, fendo o tal cuftumelegitimaméteprei
Cri
pto fem interrupção algua* i ri »>***
í Mas dos moinhos, lagares, 5c fornos onde iiãoouuéf talcultume w>f#
Mcripto, & poíTe de quarenta annos como dito he, & âlsi. dos que
Titulo. z6. dòsdizimos, pi-imicias, offertas
em â!1 tC fc fe2ercn1 f
SJSSf ^ * > c Fgarà to ígtejas dizimo inteyro co<
Mjfrtdt tm> per direy to fáo obrigados íem poderem allegar quedos outros
SSrfSrooinnos»&lagaresfenãopaga, vifloeomoocurtumenáo fac*«**
tfe« «0<t. Uetfal em todos os que hora fáofeytos, mâs há muytos que pagá°
'"-. inteyrOsdizimos,pofloqueamayorparte pague fomente conhe-
Ccnça,&afsife determinarão as cauías que fobrefemelhantes dízi-
mos penderem»
<f E declaramos que não fomente os leygos não pôde ter dizimPs
nemptercreueÍospertempôafgum:íaluoperpritil]egioda Sano»
See Apoftolicâ, tuas nem ainda os Clérigos & peííoas E.cdefaíH;
cas que naõ tem Parrochia,por quanto fáo detey tos Parrochiacs ,4
fcdeuemáspatrochiâSpor razão dos Ecclefiaílieos Sacíamet»<f
Polo quejnândamós que os dízimos fe paguem inteyrameme J*
Pârrochias» & nãoâ outras peífoas, nem Moileytos* nem Colleg»*
os, Capcllas, & Hofpitaes,ou Confrarias que náo tem parroebo»
pofto que alleguem 6t prouem que hl mais de quarenta annosq»*
os recebem, &èftao heífa poílepacificamente. E tendo algum pÀ"
uilegioda See Apoftoiícaparaauerdelenardizimqs fe examinai»
& verá, & fendo )uílo & legitimo fe lhe guardará.
E r( Ue mt, tos RcIi Í0Í 6
t,x t*u í P° í y g °* 6o ifentos de pagar dizimosda* "
*"./*«. de as propriedades que, pet li &per feus feruidoresgrangeáo, &de&'
*""" ^cria^esafsiperdireytocomum^omoperparticuiaresrefcnto5
da See Apoflolicâ, os quaes ao tempo que k lhe concederão prcj>*&
l0$
cauáo poucoás Igrejas parròchiaes por terem âo tal temp©o$$
Rcligiofos poucas propriedades* & hora lhe podem prejudicar arf
to por teré acquirido, &acquiriré cada dia muytos b6sà & fczcc^
e
ê.fififii das quaes antes fe pagâiiáo dízimos ás ígre jas ,& ccTorme a d« f °
uattclô
líS: <j o* taes priuiíegios vem a prejudicar muyto ás igrejas fa*
gUatdarpoínáoícriní eílc <la
m*l£$ c s r,olle iosí > SeeApoílolica, qua«k* íc
^;«ffí , P g èconcedemquefeguardem vindo a taleírâdoq '
verniz )ao muyto grauofos ás igrejas. Ordenamos & mandamos <\* r
* uendo algus femelhantés priuiíegios, q muyto prejudiquem * *#
rdcn.asi os Priores, & Beneficiados rtqueyrao, & pecao *&*
mosdaspropriedadesqostaesReligiofosacquiriúo de «jo*** 0$
a»»
TÍtulo.2Ó.DósdizlmoS)priTniciâS>ôffertàs. í#
a
nnos a efta parte q datites pagauãô dízimos ás Parrochiãs, & das q
daqui em diante acquirem, & fé lhos não quiferem pagai, citem &
demandetn os taes Religiofos pelos ditos dízimos, ou fe compo-
rão com elles, o que faráo da publicação défta em íeis ihezes. ^
S E outro fidedaramos que faalgúa Igreja teuerprefcríto algúsdi" jí.etf«*
^osem a Parròçhia de outra Igreja per eípaço de quarenta anos de^
kgitimàmente,q fedepois de aísi terprefetito na qUella Parrochiâ, .
&abrirem pauis de noUo» ou reculiiuatem maninhos, ou fe feZerê
terras nòuas:que os dízimos das tàes terras nòuásfe paguem amei-
ga Parrochiâ onde éftáô, & donde ós lauradores delias fáo FrcgU"
^«conformeadireyto, & cuílume, fem embargo da prccripçãò "*«*
que fe não eítende às terras nonas.
f Eomefmõfeguardará nos dízimos qUealgua Igreja der á outra
Çcralgum Contrato, quandtí no contrato fe declatar que lhe da al-
fcãa parte dós dízimos* porque leuará foomente aquellâ parte dos v
ázimos que fe deuem das terras que ao tempo do contrato eráo eul
Mas, & não das que de nouo fe âbritem: faluo fe pelo teor do co:
ttato outra coufa conftaf.

Confiituiçâo. VI Dos dízimos pejjoàes. (

Ainda que conforme adircy to detodos os ganhos que per in. úitffi
duftriadaspeflbasfe acquirem i'e deuaá decima parte ás Igtc pâJlorali's
ias onde os Sacramentos fe recebem,tirando os gaftos &defpezas; * ***
íet
n o curtume alterado eftes dizemos pèíToaés, de maneyra.quc em
%ias partes fe paga fomente hUa cohhcCença fegundo o trato &
°fficio de Cada hum, & cm outras partes nem ainda eftas conhecei
Çwfcpagáo. E para que fefaiba o que fedeue pagar deconhecença
«a lugar de dizimo peuoaí, cotiformándonos com as Coftftitui-
tfesdenoíTosprcdeceitores,Ordenamos& mandamos que fe pa.
Suememámaneyrafeguinte.
í ItemoMercadorquetratarem Frandes, França, Itália, ou pata
Malquer patte de tefrme, pagará em cada hnm anno fefenta rsde
c
9nhecenca. *v~
Eo
- Mm 3 í
è

Titulo. 2Ó.Dos dÍ2Íniõs,pr ímícias, òfimas.


fEo Mercador que tratar cm Caftella cm panos( fedas, laãs, Otí
cm outra femelhantc mercadoria, ou teuer logea de panos que ven*
da pelo meudo, pagara cincoenta is.
^ E o Almocreue, per cada befta quinze is.
4 O Carnicey roque cortar carne na Cidade> ou em algúa Vilh»
quarenta ís. O que cortar tora em Aldeãs trinta h 1 faluo onde oU-
uer cuftumededaré pordi2imo as lingoas dos gados que matáo,ou
algúa poíh de carne,porque ahiíe guardará olcuílumc.
q OTccdiáo trinta f s, a Tecedeyra Vinte. E fe o Marido & Molhe*
ambos forem Tecellaos não feráoefcufoshum per outro.
^ Os Padeyros vinrers.
f Os Auogados íefenta rs. Os TabaIiães,EfcriuàcsjNotay ros,<p*
rentais,cada hum. . ■ ..
fCaTpinteyros,Pintores Barbeyros,Ataqueyros,Pedreyros,Ma
teyros^arreyros^anoeyros^lfayatesjTozadorcSjCeleyroSjC*
da hum quarenta rs.
^OsOriuescadahumfefcnta rV
^ Os que vão à Efttemadura,ou outra parte ganhar dinheyro a fe;
gar, cauar, ou ourros feruiçps rrinta rs.
^0 Vinhareyrõ que não andar com befias» quarenta. E fean<kf
com beftas, pagará fegundo o numero delias,quuuers, por<#
da hua.
f Os Cauadores,braceyros,& ganhadores, cada hum vinte rs. #
as molheres que ganhão quinze.
q E as Molheres que criáofilhosalheos por falario, quinze fs. *
q Os Carreyros que ganhão dinheyro, com Bois * & carros, víote
fs,cada hum, &feleuarem mais que hum carro, década hum p*3
garáos dito* vinte rs.
«[Os que vão ás feyras da Guarda* Trancofo, & outras partes»*
c a
nellas comprão bezerros & os criáo, & depois os vendem & * ê "
tão, & ganhão niíTo, trinta fs»
f Os q tem caneyros, ou pefqueyras nos Rios õdc tomão laptff'
& outros peitados, pagarão delles dizimo inteyro de dez hú # **°
algus pey xes o conhedca,ou dircy to como em aleúas partes íe &'
\

Titulo.^.dósdkímôsíprimieiã^offeríâi» 140
Os Caçadores de codhosjpcrdiZès,codorhizés, &outtàS férrié. ôi>»tt»
J r
Imncescaçás, também déúcmdiZirriòintèyrodédézhum. Èàfsl fe J^ *
Pagitá o que fe entender naqoelles quê tem por õrlfííio eàçâr todo ò
a
nno t ou em todoS os tempos delle pára gtnhãr diftheyroi £ onde
°uucr pofleimmeniomldefenáo pagar da cáÇa dizímõintêyrOi
apagará húa boa conhecença âo menos.
% Os que fazem gâmèllãs, trinchos* & lóúçá dé pão para vend rei
^paSjcefto^gamellaSjCarrètâSipadioliSj bancos* & outras leme»
Inantes couías pata vender Vinte tu
% Os cileyréyiOSj&ofhciaes que latirão junco,efpârro,pa!na,colmô
viiitcfs.
í Os Èfctidev rós homens,& motneres que nâò tem officios certos*
porem criam Caualos & beftaspara venderem* & tem algum tra-
l0 a
» P gátáo também conhecencáâs Igrejas onde recebem os Sacra
bentos fecundo o trato * ou mértéò que tiucrtm. >
^B declaramos qie não hehOíTâintençãoinnoiiat cOiifaaigúa nós
<taiino< petizes* 3e Cônhecençàs do qtie per aritiguo cuftumè neíté
ftofto Bifpádoeíhiiitroduzidd. Mas queremos qué os curtumes le-
giitirosiprefctitos íe guardem como têc aqui fé guardarão. É
^iodamosaos PrioreSjReytores >& Curas, que lia eftaçáõ façáo pâ*
ocular menção deites dízimos pèíídaés,& ednriecençás á feus fregué
ics
i & declarândolhe a obrigação que tem dé reconhecer a 'grejà
^Mioiftros delia de quem recebemos Sacfamentos,comálguacotí
ia do que ganhão pof feus officioSi&tratos.
\ -m #

- r
Cottflitutçâo. Vil Do tempo ~im fie às dizfrtiàs fedettem
;
pagar ajsi peflodesicówopndtaes.

OS dízimospcít^aes,otf cònhecénçâs conforriièàdireytô fé<^v«*j


dèueim pagar em o fim dé cada hum atino, & potejué ás ígíé- j&JSíí*
í4s por raZao dos ftuy tos & nomdades contão feuanno dé dia de ^mini
Sam Ioam ftautiftâiátée outro taldiâ* Mandámos que todos òs èi-
*"»os,'& c0íthccenç3S ná Conítituiçaó ptècedenté declaradas, fé
Pagucm dentro
.r de quinze
^ dias depois
z do Sam I040
- dé cada hnnj
w &mói
Titulo. 26. do$dizimos,pnmicias ,ofFertas
anno,& osPtióres,Rey tores,& Curas notificarão o domingo msi$
próximo ao fam Ioáoaosfeusfteguezesóde não ouuer cuítamcao
tigo em contrayro, & euitaráo da Igreja os que não quizerem p*:
garaté íatisfazerem.
C4p .tm ^ E quanto aos dízimos prediaes dos fruytos que Te recolhem das
dUrim. idades de pão, vinho, azey te, caftanhas, & quaefqucr outros fc-
fnelhantes,fe pagarão tanto que forem colhidos, porque ncíTe tenv
p o conforme adireytofáodiuidos.
^ Epera tirar as duuidas^demãdasq ha fobre os dizimes das pej-
foasque no meo doanno fe mudáode húa freguezia peraoutra:có-
formandonos có o dircy to comu. Ordenamos & mádamo- que íe-
algúa pefíba fe mudar antes que os fruytos fejáo feparades <ia terra»
ou aruore que os dá,& antes de ferem maduros, & em eíhdo qu< ca
tão fe pofsáo colhenque os dízimos fe paguem a treguezia ondeca
<L htí viuer ao tempo que os fruytos fáo maduros pera fc logoco*
Jherê,ou q actualmente fe colhem pofíoque amayorpartedoa»"
no viueíTe, &foííè íacramentado em outra freguezia: & fe ao tem*
c
po que fe mudar os fruytos forem táo maduros &afazoado$cuef
pofsáo bem colher, pofto que ainda não fejão feparadosda terra,o11
aruore,& fe feparem depois de mudado:pagarfchác á freguezia on-
deantes viuia quandoos fruytos crão maduros: & defta maneyr*
íe entenderão os fruytos vingados, & fe julgarão as duuidas que cff»
cafos femelhantes acontecerem por quanto temos vifto per expe1*'
encia aprouarefe ncfte bifpado nas mcímas par tes contrayios cuífo
roes,& não ha cuftume certo que íèja legitimamente preícrico.
^"E quanto aos dízimos do gado que pafce em diuerias freguez^
Ch.rtttt c c
dandofe de húa pera a outra: Mandamos & ordenamos qu * '
a ar cm ,,a cS
ídaZ/io P ^ ^ s freguezias igualmente,conuem a faber féis w&
C emn a & s cutr
" r(h^ " > ^* a:hora fejão juntos hora intcrpoiados.-osdizi'
0l*it. mo* dos cães gados, &láasfe paguem &partão entre ellas pete1116
(tm.
yo:& íe paftat em três ou mais freguezias per igual tempo,entrc cí*
las todas fe diuídirà o dizimo pro rata.
^ Efe pattar o gado per defiguaes partes detemp0)pagarfehao^
r
g*£Í ? cada fregueziapro rata,fegundo o tempoem d nelias pa^ *
Titulo.26. dosdizimos,primícias,offcrtas 14.1
^idir.co tcdo odizmio pelos mezes & dias do armo pêra fefaber
^anto vem a cada mes & dia. Mas íepaliando o gado de hiia fre-
EUczia acurra de caminho fe for detendo hú dia ,oudous, ou três,
u
° ^ais fem animo de pafiar ali fenáo o que lhe he necefiariopara ir
Nàndò o caminho,não íe terá conta comos dias que o paitar im*
0(
k raminho para outras partes, fem animo de ficar ali.
;£ka!gu per defraudar algúa Igreja do dizimo do gado por aucjt
^diferenças, & ódios com o Prior, ou outro lemclhanterefpey
,0 c
> £ mudar pêra outra "iczia prouandofelhe eíía fraude pagara
J lcytamcnje oVdizjr . Igreja donde fe for, & a outra pera on*
**k mudou pagara também o dizimo conforme ao tempo que o
^opaftou da freguezia delia.
c
1 ^ rta Conftituicáo auera lugar,onde não ouuer cuízumeprefcri-
°'egitimamentecmconcrayro>o1ue mande em outra maneyrapa
^r°sdizimosdos quefcmudáodc húafreguezia a outra,porque
ÍUc
ndoo & prousndofe fufficientemente fc guardará.

CMptMçâoVMXomo fedeuem pagar as primicasi

P Onfofmc a direyto canónico fedeueâ Igrejaparrochial onde iqXf


^ cada hum recebe os Sacram ntos ecclefiafticcs, a primícia de f( f££
H)so$fruytosque Deoslhedaqrefpondem aosptimeyrosfruy- Tbtm.i.
^jpe antiguamente fe oífereciáo ao Senhor, & pofto que no prin- ^•86"r-
^foflemoíFertas voluntárias,liojchedireyto neceíTario. Pelo
^mandamos que todos paguem as Igrejas parrochiaes dondefo-
tetn
ffeguezes, U receberé os Sacramentos ,as primícias de trigo,
nie
£ o, ceuada, milho,vinho, & linho, & qualquer outra femente,
Jnáo feráo efeuzos de pagar primícia, freguezes alguns pofto que
.'gtáo que eftão cm pofle de a não paguar, porque eftc direyto não
^eue preícreucr, nem íe àavx a ourra algúa Igreja fenão a própria
c u
S czia onde fe recebem os Sacramentos*
j £ porque em direyto náofe acha certa quátidade determinada^
6(
feua pagar de primicia,afsí como no principio era arbitraria,afsi
°Je »e dsue pagar cõforme ao cuftume de cada Bifpado, ou fregue-
Nu zia
Título. aó.Dos dizímos,prímícías, oíFcrtas»
c
zia que cm huas partes he pagarfe comochegão a quarenta m '
didas háa ,&cm outras partes como chegáo a trinta, & outras #
nicnos.Os quaescufturaes mandamos que fc guardc:& náo p*gaf
fceguez algum mais que húa fô primícia de cada fcmentc:mas na*
poderá ajuntar as femétes todas pêra pagar húa fô medida de toda*
mas de cada cfpccie de fruy tos a deuc pagar como per dircy to»*
obrigado.

ConftitMçâoIX.Das offertasfè} como (c


amem arrecadar.
__. . — - - w* ... _..

SofK:rcas ilc
//&"": A q os fieis Chriftaos ©fferecem ao Senhor i* ^
hor.ftgn,f. 1~ *■ miniílros de Tua natureza ião voluntárias, mas em alguo^'
fos
w,'ghl (*° neceíTarias, & de obrigaçáo,& fe podem pedir, & demao^
tõ/uut. cm juizo.Oprimeyroíe por curtume antigo (c offerecc femPrfiC
©'. Tis,0.certosdias.O íegando feper teftamento,ou contrato fc mandai^
m àt tcrcc t0 lc rCl1
%(,** *' ^ ' ° y °parrocho cmueíTe cm necefsidade tal que a$ '
l.4d Iplj das & dízimos que tem da Igreja lhe não bafarem, & neftes cM°
n ff Vl a ro as m
iimJl. ° ° 8 y andará pagar obrigando a iflb os que as fc^'
. , ' f E fora defíes cafos em que as offertas fáo neceíTarias náo coo^
geráo aos freguezes a oftèrecer algúa coufa:pofto que fe lhedeuc<Jl'
c
zer, & lembrar quáo antiguas fáo, & quanto cuftumadas, #
ê
comendadas pelos Sanftos, & pela Igreja,& quanto ganhão o«f
de bom, & limpo coração oíFerecem ao Senhor algúa parte do f
cllelhesdá.
Cdf. <juu í Ê defendemos eílreytamente a todos os leygos de qualquer cP
f*ttrd$. do, & qualidade que (cjáo, & aos clérigos, & peíToas Ecclifi*^
10. ?. 1. f. qi,c °ao uuerem os direy tos parrochiaes,que fenáo entremeta^
af reca<íar né as
l«Íi*f > vfurpem per qualquer pretexto que lèja as d" °^
ua c
Abjn cM tas, ainda que alcguem,ou prouem que eftão cm pefle antig " /
l rccebcr & Uc as íC
lffi!jl. 9 tempteferitopor que os leygos asnãopodép
creucr
5
% E fe algum leygo, ou pcíToa ecclefiaftica que não té derey t° jj*j(
rochiacs, vfurparasoíFertas que fomente fc dcuemaos V^ll° d
Titulazó.dos dizini05,pnmicias,o#ercas. 14.2
cufe entremeter em as arrecadar, ou impcdirqueospurcchosaá
n
áotirem-Iiu?cmcntc delias fem nofla licença, ou dosparrechosa
«fiem pertf ncem, encorreráo pelo mefmo fey to em íenicnça de cx '
c
ô^unháo mayor.que nós pereílaConilituiçáo pomos em fuás pcf
kasconformandonós com algús concílios prouinciacs antigos cm
apoiados em direyco. Da quai não íerâo abfolutos atee com er%-
l
°íW,ía2erem. .
* Equinto a* oforta? que fe dão emalgus oratorios,ou hermidas,
feíqac as oferecem declatarc que as dáo pêra Ce giftarem na fa •
brica da cricímá Igreja, fe giíliráo na fabrica & *ío delias, fem os^
P^íochosemcujafregucziaastaes hermidas eítáo aspederem to- stcin.it
toatpecafi, nem aplicar a outros vfos. Mas a arrendaçâo &'admi'^^
^raçío delias fora d-as ditos parrochos cm cuja freguc2<a efteue- ""^.'V-
re
«i as hcrmida-í & oratórios, pêra queelles as gaftem na fabrica^ &£££
^o as poderão arrecadar os mordomos, & olfkiaes das confia: iis, }©•
net
* gaíUlias.íaluo tendo pêra íflj priuitegió da landa & c Apcíío;
liça.
ÍHpoíioqueasoífertasexpreíiamínte^clarameníefenãodípe-
^áfibrka da hermida ou Tg ejaondefccfftrecem fe ellasfao grã-
^íS»&a tal hermid i,tgreja,ou orarorio tem necckidadc de fc«bí iça,
°sparrocbosferâoai0oconarang<doáper nos,&noííoProuizor, ^
^ Vifitador como per hãa decretai extrauagante do Papa Alexan-r \hji&
^eftimandido.
í H fcas otíertas fe oferecerem a algúa imagem de NoíTa Senhora, Ah insto
?tài$an£toáig\ n queelleja cm hermida,ou oratório de pcÍIoa j*ggj
fíiuada^áopoderao (enhor dahermida,oUOratório tomaras raes ofi.um*
oifc
rtas, masentregarfeháo aopatrochoem cujafreguezia oorató* "" JJ^jS
íio
ou Imagem cfteuer^em embargo de qualquer Cuílume encen- <«.««M.
^ayto. x
? EasmíborTertasqjtfenáodãoperaafabricá^U outros ga(ío$í
*Cráodosparrochos, 5c minutrosd.i Igreja aquém pertencem, ôc
as
Poderio enfiarem fcii* vfos .quando a tal hctmidâ náo tiuer ne-
Cçfs
id.idc de hbric.i,i>em forem coufas que percendo ao mimíierio
?^*« E ifto fe entenderá nas offoctas de dmheyrò; páo,\ i.il.o,azey-
te
Na A . *

/
Titula 26. dos dizimós, primicms,oífertas.
te, & coufas femelhantes.'
pQrcm íe nas
%? l ^«W» few*i > ou oratórios, fe oferecerem d-
«fc.. w«- cus ornamentos que nas taes !grejas,ou oratórios pofsáo íeruir.Co
Ji%k VemaíaDer cálices, cruzes, de prata, ou de metal, imagés deSafl-
2tí aos °S> °U C°Tarde D0íra Senhora>Vcnidos PCrâ a* imagés, toaihasje
We ngnk. S > P^os de feda, ou lãa, fínos,campay nhãs doutras peílàs afsi de
/

*r.ft*£. ouroouprata^omodefed^oupanorouauendonastaeshermiclas»
npIp»tací,^fimsJcamasJãíõcs>&quâcf<jrouiràscou!âsacotiiO'
dadas pêra o vfo dos mefmoshofpitaes,gaâtias. Defendemosef-
Uey tamente, & mádamosfob pena de excomunhão, & de dezen*
Zados pêra a fabrica das igrejas, & meynnho que as náo tirem daí
dita. Igrejas,hermidas, oratórios, & feus hoípitaes, ti gafarias, né
asapliquç-nafeus vfos, ouaoutroiaIgu8,nem as tirem doferuí£<>
dasmeíma* Igrejas.G que os Priores, Reytores,Curas, & todasaí
mais peíloasa q jem pertencer a arrecadação, ôt admimGraçáodaí
taes ©flertas, & hermidas, & oracor ios,cúprirâo fob as ditas penas,
f EporqueosarrendamemoSquefefazédasoffertas,aleygos/aO
efcandalofos,&fàopartedo peede altar quepelasConuituiçóesdí
ncífos predeceíTores fáo prohihdos.Mâdamosa todos os Priores»
Rey tores, & Curas, que náo façáo arrendamento a peíToa algúa m»
yormcntefendoleygodas offerras quefeofferecerènas Igrcjasofl*
de elles rendem, mas ellcs per fi, ou feus familiares as arrecadem, *
lendo ofiec tas de alguajhermida que ette longe da Igreja onde refi*
iem,cmtalcafolhcpermitimosqueasattendemaohermitáoq«tf
eftmer na mefma Igreja ( fc nella o ouuer) & náo a outra peíToa:»
«aoauendo fearrrendem a cle.rigo podendo íer. Mas nos taes*?*
damentosfedeclararaqucnâoenttarãoos ornamentos atras ded*
rados, & coufas que fe offerecc pêra vfo, & femiçp das mcfmas \*r
rnidas. Epoítoquefenaodeclarcm,ou pelomefmoarrendamcot*
ie dem aos rendeyros das cffertas, nos per efta Cóítituiçáo auem*
quantoasditascoufasosarrendamentosporninhús.Edcfendemc*
lobasmefmaspenasde excomunhão,&dinheyro,atodososdimS
c
Pnores^Reytores^Curas,quenostaes arrendamentos náon '
88S ?l™ c?ufas Vç- fc otTcrecépcra o vfo & feruico das Igreja'
Titulo^26.dosdizimõs,primidas>cfFertâS* tyj
^etmi(iaSjoratoric)S,ouicragésJ&aosqileâstâêscÊttistomâteti%
per arr endamento, mandamos fcb as mefmas penas,que hão tome
perafi nem pcra outros vfos as ditas peças, & ornamentos, nus ftf?
deyxem ficar pêra o feruico delias.

Confllmiçâo X« Que fenão arrendem as efmollas.


i
PElo fagrado Concilio Tf tdenrino,& muy tos Cânones antigos í^;*^
cíta mandado qieas efmollas íe não arredem a peíToas mayor*/<"»» »*9.
toéte leygas q nellas: ganhão fazé jo das oífirtas pias do* fieis Chrif
*áos, aatos cheos de cobiça. Si eícandata. Pelo que mandamos a to
^sosofh hesda*confrarias, &hDfpitaes, mtfericordfas j&cati--
^■s piedade, ou quaefq>«ieL*outf<iS inuocaçó?S;,&;;fsiatcdosos que ,
íç
uerem prouiíad âpóíblics pêra pedirem e>u tirarem eímollas, ou
nn
<tas aluaras que náo arredem as dirás efmollas a peííoa algúa cc-
c
^fiaílica néfecular,nem peí certa comia , htm per queu delia.';.
*^c thaneyraque da publicação defta em diante náo aja mais arrem
^niento de elmollas, nem nome dí rcndeyrjs das ditas efmcllts\q[
kíocm entrenós chamarbuleyros. E fe algúa fezef os ditos arren~
bentos, cu os receber, alem de fere nenhút,perderão polo meímo'
fyto o priuilegio ou aluar á, ou poder que teuerem pêra pedir,ôc lá
Ce
tar as ditas efmollas: & ferão prezos, & doaljube cÕdcn.dos naJ
la
** is penas quemerecerem.
í H para queaígús com pouco temor de Decs não facão arrenda**
^étos paliados debay xo de nome de cómifsão ou procuração; Mã«
^naos fobpenade excomunhão ipfo faaoinairrehda,que nerh"*
Peflba faça táes arrendamentos paliados debayxode nomedepro*
CUr
ação, ou cómilíão para íear recadarem as eímollaF, ou per outta
a
tte óu inuènçãoi & fendolhe prouado , alem da dita excomunhão,
er
* ão ptezos & do aljube condenados em vinte cruzados peta obras
Pús&mcyrinho.
i E osque teuerem poder, ou pfouifáo Apóíiolica, ou noíia pêra
Pairem efmollas as arrecadarão per (ij ou íèus amigos &prccjra-
?otes: 6c os parrochos lhe darão peiToas em cada Igreja que degra-
r
* '" * ~~ " í*
Titulo, 27. Dáimmuriiclacle das
içaporamot de Deoslhaíipcção&aríecademj&as farão entregara
ellci mefmos, ouqu:fua cómifsão ceuer,aqualveráoprimeyroôC
examinarão; dandolhe juramentofdao aquelles natal procuração
ou cómifíao contcudos,& que náoarrecadáo as ditas clmollas po*
arrendamento.•• # •» ^
"

TITVLO XXVII.
Da inimunidade das Igrejas.Sc 4 .

peffoasEccleíiíUcas.
ConfítUkâo primeyr aQue ninguém"vfttrpea aytrisdkm
tcclefiafltca, nem ate clérigos diante
da\uftiçAfecular.

jl'ÍZ III Jllf OY íempre & he tãoneecíTarioao bom gooerood*


S*l-?6 d' fpl iÉfitl Igreja do Senhor ferem as Igrejas & pefiba^ecclefiaí'
C.WíUHSCí 1 sa^lMÍ...ncas ,lurcs
! - ltcnt
& r s 1 • /- 1 - i
JH ».? 1. MpKÉl ^ do jugo fecolar & dos encargo*
c.iMfor. ^««-Mfe^i temporaes da Republica, pata que com a reuerenci*
"*'■ deuicj-a íejáo tratados,&com a quietação & dcuaçáo que conuem
minúkcm os Sacramentos & diuinos ofticios ,cj logo na primitiua
Igreja os Concílios vniuerfaes & fagrados Cânones &os Empera-
.do>es cathohcosfczeráomuytas conftituiçóes & decretos per q có-
cederáo & confirmarão eíh immunidade& liberdade ecclefiaític^
as quucs tantomais conuem guardaremfc, quanto mais dellape»'
de grande parte da difciplmaccclefiaíHca.pelocjos concilos&O'
stff.15.it nones antigos, & o fanto Concilio Tiidentino, que renoua & m^
r
LJ2o. da.guardar todos os concílios getâes & cânones fagrados, & toda*
asley.s & ordenações apoftolicas feytas em fauor das peílbasôc \'^ci1
dadeeccleíía(hca,& contra osqueaquebrão&oncendem,&am<,"'<
?c
ta todos os Emperadores, Rey* & Príncipes Chriftáos & fenh° /
temporaesque quanto mais largamente o Senhor os dotou de beí
&eítados temporaes & poder fobreosoutros,tanto com mais c$f
dado &zello guardem & honrem tudo ao que pertencer ao dirc)ría
i
!
Igrejas & peffoas eccleílaílícasr Í44
Ecclefuftico, como coufas que o Senhor particularmente tem êc]
kayxode íua proceyçáo: & não coníintao que os outros íenhores fc«
Us
valTaiios & peiíôas poderofas, nem fuás juftiças & magiftrados
as
víurpetn ou ofíèndáo: mas com muyta fcueridadecaftiguem to-
dos os que oer qualquer via quebrão cu impedem a liberdade4 im*
^unidade & juaídição Ecclefiaftica. Eque os mefmos Empetado
r5
$, Revs, & Príncipes Católicos, fejáo niífo exemplo aos outros
ttenos po ierofos, mayormentc feus íubditos & vaífallos, imitando
a
os Emperadores & Príncipes antigos & feus predeceíTorcs>que com
foaautoj idade & magnificência aaefemaráo as coufas Ecclefiaihcas
&as defenderão & empatarão das injurias dos outros. E que com
tentocuydadocadiliurudcllesemfauordalgteja &fuasimmunir
<k<fes, liberdades & juidsçam façafeU omeio,ó oculto diuin.o fe faça
«OITI a dcuaçáo deaida: & os Prelados EcclefialUcos & os mais Cléri-
gos & miniíiros do Senhor nos lugares de íuas refidencias podam vi

f quietamente: &Uures de todas os impedimentos cem muy ta
c
&fi:acáo do pouo fe empreguem nominifterioefpiritual. Polo
^ue conformandouos com os ditos fantos Cânones &ConciIios vnt
u
«íaes antigos& decretos do Santo Concilio Tridentino: Manda*
^os fob pena de e «comunhãoipío faôo incurrenda k todas as pcííb
Me qualquer eftado &condção que íejáo,queper fi nem per cutré,
?er força, nem per outra inuençáo, ou manha vfurpem noflà jur-
<%am Ecclefiaftica nclte noflb Bifpado, nem impídão noffos ofí
ficiaes vzarem delia liuremcntc como per dereyto podem: & dc2
u«m;
í E fe algum noflb fubdito per, fi cu perewrem impetrar cartas de ^
a
'gumPánci.p2 ou Senhor íecular, ou de algum Magiftrado tempo ft,6.'*á
ta
* para citar diante delles Clérigo algum ou pefíba Ecclefiaftica que JJ^ *
Ê°zedopriuileeio Clerical por aleum fey to crime, ou ciuel,pofto q c^.« **
lc a
) de alii)ota^ari3,ou dereytosreaes,ou outro femelhântcjem quey*íflW^
^sditos Clérigos fejáo Reos, ou procutarque fefaça em prejuyzo
^noíTa jurisdição Ecclefiaftica, alem da excomunhão em qtse pelo
^cfmofcytoos auemos por encorridos, perderão todo o dereyto
\^enas taes coufas teuereai, & nam íeião febre cila s maisouuidõS
Titulo. 27* Da immunfdade das
tio foro Ecclcfiaítico, & ficarão fufpeníos do officio clerical, & de
todos os Benefícios & Dignidades, & quaeíquer adroiniftraçóes
Ecclcfíaílicas queteuerem: & feram prezos & do Aljubecaftigi-
dos fegundo arbítrio de noííb Vigayro: & nam feram abfolutosd*
excomunhão que encoríerem, nem lhes ferá aleuantada per nós a
dirá fuípeníâm, ateeentregarem todos os fruy tos dos ditos benefi*
, cios que renderam todo o tempo que afsi eiteueráo excomungados
& íufpenfos para íe gaftarem em obras pias*

^"E não tendo benefícios pagarão cincóentâ cruzados para as mel-


mas obras pias: & feosnam teuerem íeráo degrados para fora do
Bifpado pelo tempo que parecer: ficando fempre em feu vigor to-
das as penas &ceniuras que pelos Sagrados Cânones & quaefquc*
Conílituições Apoftolicás, ou fentencas contra os taes fáo publicai
das; porque não iam dignos da benignidade Ecckfiafiica, os qu6
Cap V/í. $ deuendo por a vida por defender & conferuar a liberdade & imm^
imatttnit. nidadeda Igreja cujos miniftros fáo, & de cujo património fe íofti'
tilei» * 1 ^ » m 1 ' " " •- * - »-
tao, as quebreo & ofrendem»

^ E aos leygos amoeftamos em õ Senhor^ que não citem^ nem &'


5fí,,*VÍ mandem os Clérigos ou pefloas Ecclcfuftícas nas ditas caufas, ne**1
Cap.piacu em outras famelhantes ante as juíhcas fcculâres, pois diante de °0$
tocaia & noffo vigayr0 & officiacs òs p0(jcm dçmãá&t & fc lhes fará iotey
ro cumprimento de juftiça: nem impetrem cartas dos Príncipes pa'
raos íeUatem eirados áCorte emcauíàcrimeouciuel: porque cctV
forme a dercyto Canónico os Clérigos como Reos em nenhum c#
fo podem fer Ieuados ao juyzo íecular, quando no EcclefiafíicO fl$?
falta quem adminiftre juftiça como deuc.
Ç*p.si4í'
f%"%'. f E cfta noía Conftituiçaoaueráíugar ainda que os Clérigos fc<k*
forem, & confintão ferem Ieuados ao juyzo fecular: porque ^
forme a dereyto o não podem fazer ainda que o jurailèm. (
5
If E fe algum citai algum Clerigo,ou o Icuar prezo ante as iufóÇ*
" ^ - Zr-:-—:?—, r atoA

1
:
Igrej as & peííbas Ecclefi afaças? 14?
c
ularcs, porque ao tal ccmpo o achou fora do habito & tonfura
tical & o náo conheceo por clérigo, náo cncorrera nas penasdeftar

io,oudetf ofto Vij&p Ctp.fii*


to
mais
brigado Jobasmeímaspenas.E os clérigos que cb^fch tirem ex*
prcal ou tacitamente ferem demandados no juizo fecular mais qUéf
a
tee nelles conítar com o fão clérigos não fendo cônhèados por tàcs}
fetão prezos & do aljube pagarão dez cruzados para aStc& meyri*
n
ta, & náo feráo foltos fem noíTo efpecial mandado.
^Eporaucos clérigos não fomente náoí podem confehtirnò juízo fy.fi*
c
cu ar mas nem ainda obrigarfe a relponder diante contra juiz ec- ^.fisé
dcfuftico fem licença de feu prelado, nem prorogar fua jurisdição: jígMjj
Mandamos a todos os clérigos^peíToasecclefiaíticas noílbsíubdi
l
os5c fogeytosanoíTa jurisdiç;âoordinaria,quenáòfaçâocontraio
°u defaforamentoper que fe obriguem a refponder diante de outro
%mi prelado ou juiz ecclefiaíBco ordinário ou delegado,fem no£
*a Itcéça por efcrito:N=mproroguem per expreflb ou tácitoconts
I * * ~ _ /IH " . — _ mW

li
mento fua jurisdição. E fazendo algum o contrayrO \ alem de fer
Nbcudo o que em outro juizò fefezerfem noíTo confentimento
c
°mo em foro incompetente, pagará pelaprimeyra vez dez cruza
d
°5 para a See & meytinho, & poía feguda fera prezo & auerá aps-
na
dobrada:5c fazendo mais vezes, fera mais graueméte caíligâdo. t»p.M*
\ H declaramos que não he noíTa tenção prohibir aos clérigos nof- %*4^ê
fos
fubditos refponderem no juizo fecular nos cafos em que perdi- r»«*g-
te
yto Canónico podem fer nelles demandadosrcomohe quando fe \tjt„ i
Uc
rem feudo algum do Re y ou de outro fenhor fecular, & for dema gjtf^
^dopdo m:ímo feudo, ou parte delle, ou coufa aelle tocante:ou imut.t*
' le«« bés da coroa & fe tratar dos mefmosbés:ou quando elle cm ai ^áAcA;
S5* caufa ciuel demandar algum leygo no foro fecular, &o leygo iffin*
0 tc
conuir no meímo foro,nos cafos é que conforme a cuxcy to nao pm^feet
■*■■■- ' ~" Oo * lugar rtg»i*h
Titulo. 27. Da ímmunidade da
Iggarairecoduençôes, & em outros cafos femeíhante s que em dj
reytofáo expjçfíos: pot que neftes cafos poderá© huremente refpó*
der no ditoíey to fecular.
ÇÉ^ ^aístóoderáo fer demandados & refponder fem ncífa licen^ dl
«ie/flro
«owf». 3te& Sutrps prelados £ juizes eccleíiafticos os clérigos noíTos íub
0
^itOS^orríÊsâodealgumdelicl-Oyfeláo cometerem, ou com"»*
jÇè la o fezefem'& forem achados no lugar do contrato ou por razSo
de^lgum^ beneficio OU Coufa que teuerem em outro bifpãdo> íegun
dj?;|?çr,^e3^oji©ordenado» Ê fora dos cafos que em direy to fóocí
tr0
preflòs todos os que ou refponderem no foro fecular ou em ou
1
foro ecclefiâjiico fem nofía licença encorrerãohasjpenasdeflafcotf
Cpnftituiclô.

Conjlutíiçâo II. Que- as ]ufliças Jecu lares não obrigue os C/í*


ngos refponder em fetis\mzt>s\mm ospenhor eni
em feus bestou lhos embárgueM,
Càp. i.it Xy Or quanto osclerigósde ordens facras & beneficiados &&&
s"dt$i ^ peflbas eçcleílâítiças fáo ifentos do foro & jurisdição iecular *
a
ítmp. ffc.
fc
fendem os fagrados Cânones âôs juizes &jumçâ$tempòrâesqn °
ti/ti * ......

5
Corregedores, !uizesà Alcaydes, Meyrinbos ,& quacfqucroutto
officiaes&minifíros dájuítiçafecuíar,que náo tomem conheci016'
to de algum crime, ou delido, ou quafi delido que algum clet»g°
0
bubeneficiado fe diga ter cometido que notoriamente íeja údóÇ
clérigo ou beneficiado; ainda que ò tal deMo feja pelo clérigo c°'
metido diante das mefmas juAiçasfcculárcs óu contra ellas^oú6
alguâ caufa que omefmo clérigo traga com algUm íeygo no »0^
fecular, como fe difeflc? que jurara falfo ou dera tcítemunhasou <&*
s
recerâ autos falfos no dito juizo: porque nem ainda neftes cai° P r
la
dem procederas juftiças contra os clérigos, mas Os deuem áccP
&dômândardiantcdenbsounoiTo Vigayro.
uc
€ Nem outro íippdtífão conhecer de algum feVto ciuclém *j
*

Igrejas & peííbas Ecclefiaílicasl V±6


cictigo reo como naConfthuiçâoacima hcdito ,*in<)aque oom»<.
%v,m fuperior íecular lho mande \ poQo4 lejão lob« pcftuiasda,
cardara, A /* * *f Cauifh'
% Eoutto filhe defendemos que não tomem pet finem leusmimk ^/ú»
iros bens aleus aos clérigos ou beneficiados. nem os penhorem nei- i„ /««.
lesou os embarguem, pono que feja por razão de álgõas euftas em
que folTem legitimamente condenados no juízo íecular: porque le
<W requerer a execução das fen tenças que contra os clérigos le de-
tem no foro íecular nos cafos em que íáo autores Ou recouindos a^
noQo Vigayro geral que a mandará fazer com diligencia, & as nao
Podcmosfecularcsexecutarpcrfincmperfcusminiaros. ii • < •
f E outro fi lhes prohibimos que náo embarguem nem façaole- Jn;/dt
Uar aos celeyros públicos as rendas de páo, vinho, ou azey te ou ou- kgm*
trás quacíquer dos ditos clérigos & beneficiados, hora feiao de leu ritJj §^.
património, hora de feus beneficiosmem lhes lancçm caieadostio.s ***£
celeyros, ouda Igreja, nem os obriguem a dalos ou vendelospoç
íuaordem, nem lhe tomem parte dellcs, ainda que feja para neccir
íidades pubhcas ou mantimento de íoldados: por queocorrendo t*
«s necefSidadcs,nós fendo delias informado mádatemos prouer D%
fo como for juaiça.obrigando os clérigos â dar Dar te dos rru yros da
íuas rendas/ou todos os que lhe fobejarem de fua côngrua loftenU - ->
Ção,efmollas,&hofpital«dades a que fto obrigado*. u Jj
^ Nem lhe poderão tomar polas Lbreditas ou outras femelhante*
caufas fuás beiras dccclla nem de f eruiço, nem feus bois ou carros,
fcem lhe tolherão que leué luas rendas fcfruy tos delias para fora do
termo para onde lhe bem vier: mas auendo necefsidadcpublica no^
lo farão íabcr,&nós proucremos niflb como dito he*
^ E fe algum oficial ou miniaro de juítiça íecular cõ pouco temor
de Deos proceder contra os clérigos ou bencficiados,ou le entreme
ter per fi,ou feus mimftros em algúa das couías íobrediras, que por
dircytoCanonico&poreftanoiraCótutuiçãolhedefédemos,écor
íerác feneça de excomunhão mayor ipío fafto,cuja abfoluiçáo rc-
fruamos anos, & fendo fora dobifpado ao noítoVigayto geralda
qual nenhú teràabfoluiQ tecfazer intcyra fatisfaçáode todas as per-
- —"- Oo A «a*
Titulo 27. Da imniunídaJe das
das &danos que por fc cnttcmcter nas coufas fobredi tas os clérigos
íccebcrem,&pagarádezcruzadospara obras pias .-ficando em feU
vigor todasas mais cenfuras& penas que contra os taespor direy-
tofãoimpoftas.
i

Cmfijtmçâo 111. Que as \ufiiças [etulares mo prendai


■*' ' cletigoJaluotmflagrante deltth.

Onformandonos com o direy to Canónico defendemos a to2


dos os Corregedores, Iuizes,& officiaes da juftiça feculat & &
Sm nÍftr 0$,Í3UCn á0 prCnd5 c,6r
^t^I! Í J , ° 'go algum de ordesfacras, nem
ddMfm. beneficiados^u religiofo profefío, poflo que as não tenha: nem <*
^f/cIcrlêos<isor<,"mcnores Succonforme ao Concilio Tridentino
ítToám g02â° doPriuiIcgio cIcrical andando em habito & tonfuta,fendo ú
tS!/i/2dos&?°n^ccit,osP0rclengos,por crimes ou malefícios que ajáo
cometidopor graues & enotmes que fejáo, pofto que em algúa de<
uaflàque tiraremos achem culpados .-ainda que outros juizes fcU*
fupetiores lhos mandem prcndcr,pois para os mandarem não l«H
poder, & ellcs fão mais obrigados a obedecei as leis & mandados d*
Igreja que aos feus íuperiores oculares.
Slfí'EoUtí° riIhedcfen^m0squcquândo tirarem algúa deuaflâotí
j*ditijs. Por ra2a0 dcfcuofficioouporprouiráodclRey noflb Senhor, de ai
£um crime, ougeral, ou efpecial, fe os que do tal crime denunciai
derem por autor algum cIcrigo,não formem contra elleauto dede*
uaíra,nenjrecebáoquerella:&fa2endo o autodadeuaflaemgetfl
ou contra algú leygo, fc pelo difeurfo da dcuafla & fúmario das tes-
temunhas acharem a algum clérigo culpado, não perguntem con-
tra elle cfpecialmentc teftemunhas, ainda que feja pataeífeyto^
nos remeter os autos: mas poderão cfcrcucr o que as teftemunhas
da dcuafla diíTcrcm culpando algum clérigo, não fendo per elle cif*
cialmentc perguntadas.
f E nasdeuaflàs que tirarem dos que caflao cm mezes defezos, Ctí
com armadilhas defezas, ou atirão com munição, ou de outras fe*
1 oufas uc cr
5SS ? 5 ~
<l P <tocy to Canónico & comum náo ião de*
: . _ _ .
v
Igrejas&peffoasEcclefiafticas. 1+7
líaos: Mandamos que nas taesdeuafíàs nãocfcreuão o que fe ditfer £jM*£
centra os clérigos, por quanto as leis do Rcyno neite caio os haOyí^
obngáo: & nós quando os acharmos nifto culpados procederemos
contra ellesconforme a nclTas Ccnftituiçpcs > polas quaes poloqúfe
conuem ao bem comum & fe,ruiço de lua Mageílade lhõ defende*

f E outro fi, não tomarão,nem coutarão ò$ oíficiâes das juiliças fe*


culares aos ditos clérigos & beneficiados as armas que trouxerem.
de dia, nem lhe coutarão Teus veílidos ainda que lhe fejáo por direy*
to Canónico ou noflas Conrotuiçóes defezos, nem ainda ospodtí*,
tão por eftascaufas acufarou demandar ante noflb Vigayro geral»;
porquãtoorefeiuamosaonoíIoMeyrinho&offíciaes, i
f E íe algum dos ditos Corregedores,luizes, Alcaydcs»Meyri*
bhos, ou quacfquer outros miniftros da juítiça fecular *per fi otiptt;
outrem prender a algum clérigo, ou beneficiado, ou religioíoícdo
delle conhecido por tal, (aluo em flagrante deli£to,alcm da escoam
^háomayor em que per direy to encerre >fcrà condenado emdouí
«a arcos de prata para a See &Mey rio ho & declarado por excómua
g^do, & náo fera abfolro fem pagar a dita pena & fatisfàzer ao cl«f
ri
go fuás perdas & danos.
1 Epere(UConíhtuiçáo reuogamos fcauemoá por reuogádas tó*
das as licenças por nós ou noíTo Prouifor, Vigayro ou Vifitadorei
c
°ncedidasaosofficiae3 dajuítica fecular, Alcaydes,ou MeyrinhoS
pata poderem prender clérigos de dia ou de noyte, hora fejáo gera-
e
« hora efpeciaes, por quãto temos achado por expericcia q das taeí
licenças tomáo ocafiáo de tratarem mal os clérigos, & por cilas (t
v
cm a perder a fuaexempçáo & liberdade, & o reípeyto que os fectt
lates lhe deué ter como pais & meftres feus efpitituaes*£ madâmoí
a
o noflb Prouifor, Vigayro & Vifitadores que taes liccnç.âs não pa£
fe
mda publicação deita em diãtc, & paflàndoas, não valerão & nòá
Wfttanharcmos. Saluo em cafoqueos noítos não poderem pre-
mer os ditos clérigos por ferem poderofos,porque entáopoderá pe*
dirajuda debraçpkculaf ,na forma que pcrdircytoine hecofl-
«edido.
Titulo.27. Dalmmunidadedas i

GonJlituiçÃo UU.§lueningucmt$hulhc a$ lgTt\as& j


clertgosdc jcusbtns ou benefícios.

&pjr*- O E algúapeflba Ecclcfiaítica, ou fceular de qualquer condição 4


^",'í Ofejafor cão oufada que contra as leisdiuinas& humanasvzut-
«4ts up. nar ou ocupar ajurisdiyáo ,bés .tributos, rendas, & propriedades>
dumtji ainda que (ejao teudacs, ou prazo, ou rruy tos ,ou oítertas ,ou ou-
* yrUt. trosquaeíqucrdireytos.TédaSjbcsdcraizoumoueisdealeúa lere-
/eji.ll.dt „; . . 1 . T - ■ . * » ' O V
refinm. t. ja regular ou lecular, ou de outro algum lugar pio,ou outras renda*
u
' & oí-rtas dos fíeis Chriftáos que fe deuão cóucc ter & gaitar na foi*
tentação dos miniftros das Igrejasou dos pobrcs,ou por medo lho»
fczcrdeyxar: ouporalgúa arte ou intcrpotfa peífoa, ou qualquef
outro pretexto os conuerter em leusvzos, ouosvzurparjOuim"
pedir que as Igrejas & peflbas Ecclcíiafticas a quem pertencen-
iião vze.n dclles liurcmcntcipolo mcfmo feyto encorrerà cm exco-
munhão miyor referuada a Scc apoftolica, da qual não pederà ícf
abloluto ícnáo pelo Tanto Padrc,reftituindo primeyro todos os be*>
diteyros, jurisdições, fruy tos, & rendas que per fi ou interpolla*
pelicas tcuer víurpado, ainda que feja per doação de outra pelica, 4
os primeyro vzurpafle qcllcouperoutroqualquer titulojtabeodo
ou dcuendo faber, ferem bés das Igrejas & lugares pios que lhe (o*
ráo vzurpados. E fendo padrocyro da Igreja alé das ditas penas p°
lo mefmo cafo perderá o padroado que nçjla teuer.
^E fealgú clcngo for praticipante écftefacrilegio, roubo ou vzUf
paçáo dos bés Ecclefiafticos, ou a ífíò der feu coníentimento, ajud*
ou fauor, encorrerà em as mefmas penas, & perderá todos osbene*
ícioscj teucr,& ficará inhabil para aucr outros. E ainda depois de
ícr abloluto das ditas cenfuras, &rerfatisfeytoás igrejas & pen°a
Ecclcfiaíticas o auemos por fufpenfo por tépo de féis mefes da exC *
cuçáo de Cuas ordens.
«[ E mandamos ao nolTo Vigayro geral que achando algUs com*
•prendidos nos ditos malefícios, os declare por excomungados
encorndos cm asditas penas que por direyto & Concilio Triocj ,
uno lhe íáopoftas, & procederá contra cliçsatee com eí% to i»*1"
■r --7• — - —"- * ■ *— - — —
I

ígrêj às & peífoas Ecciefiãfticás. tyâ


fazerem tuaoihtèy ràmehte: & depois quê teuèrcm íatisfey tõfhès
mandará que ajãòabíoluiçáodè fua Sãtidádé fazendo os eúitar.' "
todos os fieis ateè ferem àbfolutòs;

C^miçM^^èfif^itm'pope das j£r^às^ Untfçi^-


'Mt&agatm(&óysg4jpòiõmepfrriàij
• * f

CsÒnformahdonoscom ò díreyto: Ordenamos & mandamosi*j^**


? que nenhúa peflba ainda que feja padrocyro fecular ou Eecie- gabpty;
fiaftico tomepofíè, ou cuftodià de Igreja, OU beneficio algum quiri >*&***■
do vagat, fem noííb efpecial mandado, ou de outro algjm hoflb
%crior Ordinário, oU delegado que, lha poíTa dar: & fe àlgii.m fezet
o cohtráy ro,ainda que feja Senhor òii morgado que diga que por rá
ião & conferuaçáò de leu padroadomanda tomar a dita ppíTe, pô*
mos na peflba de cada hum delles fentença de excomunhão nefteS
prefentes éfer itos: cuja abfoluiçáo r eferuamos ã nos;
f E fendo vérdadey ros padroey ros que eftem em poflfe de aprefen*
tat em á tal Igrejã,ou beneficio* os áuemos por priuados da preferi*
toçaòdéllipor aquella vez fômente,quèíem a dita noflàltccnçà tò-
inaré à pbíTe ou cuftodià delíc* & à auemos por deuoluta a nós.
í E não fendo pàdroeyros os auemos por condenados em cincoeri
*a cruzados para as obras pias da noífa See:& o noffo Prouifor& Vi-'
g^yrofaráo contra elle os mais procedimentos que forem neceíía-.
r
iosatècdefiftirem da pbílè & ciiílodià dàs ditas Igrejas & benefici
°s, & pagarem a dita periâ; . I ., _ .
j E outro fi defendemos a todos os Priores, Rcytores, Curas *
trigos \ ÍSÍotayros ,Tabaliães, ou Efcriuáes, que não dem adita
poQe^ nem façáo autos delia ou da cuftodià fem noíTo efpecial man-
*Wo j0u de rioíTo fuperiòr qúe para iíTó tenha poder. E vindo algua

. WWâ padroado, o riáòiòmatãò per


d
e fob as mefmás penas, fém noló fazer a faber * & nòs lhe daremos
£*iaifto licença: Neoi ouuo fi o farão fem cila de feu offkió.
I • .
Título 27. Da irrun unidade das
^EpoWcufaralgúseícandalosquefoeaucr fobre a pclTe&cuflo*
diadas Igrejas & benefícios que vagão, mandamos ao noíToPíOUh
for&aos accípreílcs que efteuerem no lugar a ode as Igrejas,ou be-
nefícios vagarem que tanto que morrer algum Prior, ou Vigayto
oubeneficiadodsalgúa^IgrejadeíleBifpadoJogo com muyta di-
ligencia tomem deiie poílc em noílb nome & por nós, caufa cufto-;
diSjfazendodiííòosautosncceírariosj&noloraraoaíaber.E fendo
fora deite Cidade ou em lugar onde o notTo-Piouiforou Acipreíte*
háò refidáo, os Vigayros ou Curas das ditas Igrejas tomarão por
nòs a dita poííè com hum tabahao, ie na tetra o ouuer, ou com ou>
tcoxlcrigo q lhe íèruira de Noty ro: & náo os auedo, có duas ou trcS
teftemunhas.Oquehús& outros cumprirão dentro de meahora
depois que o Prior, ou bcncficiado> ou Vigayro falecer.
^ Efeaígum fornifibtáodefcuydadoq no dito termo não tome*
dt*a pofle,ocafiigaremos conforme a culpaou defcuydo que teutf •
aucra u 3r
Self. 24. í E $9 ' g hora as dicas igrejas & benefícios que vagarea»
dtgfim. fcjáo da ncíilà coliacáo ordinária, hora de padroado Ecclefiaftico
ou fecular: E ainda que vague nos mefes referuados ou tenháoqua''
c
quer refcruageral,ouefpecial,curegrcíToem fauerde qualquer p *
foa concedidojpor quanto a nós pertence quãdo a collação das Igtc"
jas he a outrem referuada encomendalasa pcíTcas que tenhão deli*!
cargo efperitual & temporal com falario competente.
ConflítMçâo Vi QM nas lgre\as ftj cajás delias fmâofaçâu
cajiellosjttemcarceresjfjemprtztes.
têp:*. dt T) Or que a caía de Ocos hc deputada para nella fe offerecerem &
mmtmt. j_ cr,£cjos &oraçõcs &0 louuarem,não conuem que feja pro&'
liada com cárceres & prizócs de malfcy tores, nem guarnições <*c
foldados. Polo que defendemos a todos os Corregedores, luizeS^
jnftiças, Capitães, ou Alcaydes mores, regedores das Cidades otf
filias & todos o« feus miniílfOs que nas caí: s 5í adros das Igreja
ri ao facão fortalezas, nem fortes, nem guardas, caflellos, ou carce-
c
-rts,r»em apoufentem em cilas foldados,nem Defernbargador,Co
regedor,ou Proucdor que venha fazer algíía diligenciarem oUtr*
peííoasàlgúas
-
íccuíaic?,dádoihe
.—.- ——
as duas caía§ de apofentadaria
-.._... *

~~ jyjein
{ Igrejas &peflbasEcclefiaflica$; 14?
N?m outro fi poderão apoufétar foldadds de guarnição, ou depaf- c*/>. m
Ug«m nas caías das Igrejas, ou dos clérigos em que elles actiwlme- ^««i,.
femoratê,pu teueré íeus familiares, ou fazendas :& fe algum fezer***&/•
°ccntiayro,encorrerà em fentença de excomunhão mayonpfo.
^o,ô^ pagará vinte cruzados paraa fabrica da ígrcja&obras pias.i
$ E fob a mcíma penade excomunhão &dinhcyro: Mandamos fcitirfcM
*tôos os fobreditos, que nas Igrejas ou adros delias, nem nas cafas- ™^6'
«Wieímas Igrejas que a ellasefteuerem contíguas, & deputadas
P'«a os clérigos & minmros ou para o recolhimento dos truy tos &
tendas ou qualquer vzc da Igreja não facão audiências, nem cama-;
*W» nem confelhos fecularcs, nem outro algum auto judicial, afsi '
c
°mo perguntar teftemunhas.Nem facão nas Igrejas, adros, & ca- ,cap.<tece$
««.delias, feyras, mercados, nem contratos protanos, vendas, tro-g((/£y llK
c
as> ou aforamentos, nem eferíturas fobre bés temporaes, faluo CcjeMo.
fcrédas mefmas Igrejas:& todos os autos judiciaes que nas Igrejas
^dros fefezerem ferão nullos.
S E fob as mefmas penas defendemos que nosradros das Igrejas fc$
táoCorrão touros, nena facão ás portas das Igrejas palanques para
c
? verem delles. I t

l * 2

Conftittúçâo VIL Qúc naslgré)4sftriâo rtpr tf êntt forças^


nem aja representações, ou fe [las profanas^
nem comào m bthào nellas*
. j ,1 —*•■ ' ui - *-.* » ■>•»
\

SOmosinfòrmados q\ie em alguas Igrejas & hermid is em as vi lyjtíth


gilias &dias dosoragosdcllas,&outrosdias de feftas,fereprç
*entáo autos &fatfas &ha outros jogos profanos :& por que alem
V* feriílopordireytoptohibido,hecoufademuytoeícandalo, &
^ fc não ter as Igrejas & lugares fagrados a reuerencia deuida, dc-
^ndemos a rodas aspeflbas Eccleuafticas & fecularesfob pena de
c
*cÕmunhão &dcz cruzados para a fabrica das mefmas Igrejas cj
jjçllas ou nas Hermidas fenão reprefentem farias, autos,ncrr> come
^1 ainda que fejáo reprefentações pias & dehiítorias de Santos,
y6 dia nem de noyte: nem aja nellas jogos, danças, ou cantigas
pp jpro-

1
Titulo.27. DaimmuniJadedas )

profanas.
f E aos Priores, Rcytores, & Curas: Mandamos fob pena de dou*
milI f s, que pagarão do aljube, que não conííntáo que nas Jgrejasfe
facão as ditas rcprefentacóes, jogos, ou danças, ou cantigas profa-
nas: nem fc ajuntem nellas leygosa cantar, danfar,ou comer,oupa;
ra fazer outros autos profanos.
Ncm Utr0 fl conflntirão ue
ifiífií ^ ° ' <l nellas comãooudurmãopcflo-
*W«4 as a%"as oculares ainda que eftem em nouenas, mas tanto que foi
noy te fecharão as portas,como per outra Coníutuição no titulo.**
lhe hc mandado, iob as penas nclla conteudas. E onde ouuer cuífo'
me de dormirem em as hermidas de noy te lhes mandarão que duf
mão nos alpendres ou cafas no lugar junto as he rm idas: & por ne-
nhum cafo lhepermitáoque nellas durmão poios grandes abufos<í
fiiâo ha.
f E fe algías peflôas fezeretn voto de terem nouenas em Igreja*,'
ou Hermidas, declaramos que ellesvotos fe cumprirão eílando và
las de dia atee as portas fc fecharem, faindofe para fora ao tempo q
ouuerem de comer ou dormir: & quanto a dormirem denoy te nel-
las, os táes votos os não obrigarão, por fer de coufa que por nos &
por dircyto lhe he defeza.
^"E fobasmefmas penasde dinheyro defendemos aos clérigos #
beneficiados, que quando íe ajuntar em em algúa igreja na feita oK
eííi
orago de algum Santo que não comão nem bebâo nella, nem
a íancriftiâ como atee gora fe fez.
<| E outro fi: Mandamos aos Priores, Rey tores, & beneficiados #
íeusPrioftes&dizimeyrosq nãoponhãoncconfintão quefeponb*
fias Igrejas trigo, milho,centeo,ecuada, linho, azeyte, ou VJtfh°>
nem outras couíàs femeihantcs parafeauerem de repartir antre d'
les,masleuariehãoaosccllcyros fie cafas das Igrejas profanas oWe
fe recolhão ou repartão: & qualquer que o contray ro fezer ou cd*
fentir, pagará por cada vez quinhentos rs.
^ E fe a'guem cfferecer pão, vinho, linho, ccra,Icgumcs, ou oUtr*'
rC
coufas íemelhantes que fc foem offerecer, que as não ponhão:fck
os altares, mas queiuntodellcsfeponhahúamcfabem confertad*
«s
^ Igrejas&peffoasEcclefiafticás.' h<*.
«n que fc pontuo: & fazendofe o contray ro: Mandamos ao noíTo
Vigayio ou Arcipreftes nos lugares de íua jutifdiçáo, que mandem
tomar as ditas coufas & as facão repartir por pobres ou dar aos pre
zosdasvillasoulugarcsondcefteucremas Igrejas ouHermidascn
defc oferecerem: «efeantesdcllcs ai tomarem os Priores, Reyto-
res, & Curas as teuerem leuadas & gaitadas, os condenarão em ou
*o unto como ellas valerem para fe repartir pola maneyra lebre-
Ata.

Conjlitmçâo VHL §ue ninguém' fe Vncofie aos altar es >nem g


" Uygos ejlem na1 capellas mores ao tempo dos offciv
diurnos} nem pajjeempolas Igrejas,
- -
-

X\ OrmuytasConmtuiçoesde noííbs predeceflbres foy prohibí- <£*£


1 doqueninguma feencoftalTs aos altar es nem os leygos en-^ .*.
traírem nas capellas & choro onde os officios diurnos fe cantão, o Jf, M
Hue atee agora fe não cumpre, afsi pola pouca ^f^^$Z£fc
Ws como polo pouco zello & cuydado dos EcclefiafUcos: & por bm m,lf:
<Jue kheíobgraues penas por d>réyto &Conftituiçóes doPapa £g£
rio Quinto prohibido.pata que daqui por d.antefenao poíiaal- ^ }.
4»-ignotancia, & o temor da pena faça guardar o preceyto:Ma-
<Wa todas aspeflbas EccleGaíticas & feculares que fenao encoi-
»em aos altares, nem ponhâo febre elles veftidos, íombreyros,oa
battctes,fob pena de quinhentos rs por cada vez.
^ Eatod,s os leygos afsihomés como moiheresde qualquer qua-
tdade ou dignidade que fejáo.-Mandamos que nao eftem adernados
**n em pee, nem de giolhos, nem entrem nas capellas mores ao
tempo que nellas fe celebrarem os officios diurnos: & os que rezem
° contrayro enconé excomunhão poRa per hua Exttauagantc do
^apaPto Quinto. E para que eila melhor fe cumpra, Mandamo*
a
°s Priores Rey tores, & Curas que publiquem eíU Conftjtuiçao
muytasvczes emfuaseftaçces,amoefiando aos feculares quenao
temente fe não dcuéefcandalizardtfto, po^hclugar fomente aos
Sacerdotes,* Miniftrosdo Altar deputado: mas que o deuem alsi
kZ—■ 4
Titulo. 17* Daímmunidade das '
cumprir cem truyta ctcdicncia fc reuerencia: lembrandolheí
que San T Ambrofio mandou fair da Capella Mór da Igreja
de IV ilao ao Emperador Theodofio que nella queria cftar ao tem-
po da Miflà, & ellecom muyta obediência fe fahio. Mas náo lhe
rolhemos que ao tempo que náo ouuer MhTa,nem officios diuinos
pofsáoeítar nas Capellas rezando por fua deuacáo náo chegando
muytoaoá altares, principalmente as molheres.
^ E fe algum com pouco temor de Dcos & das cenfuras & penasq
pela Igreja lhe fáopoftas, quiser cftar na Capella Mor, ou Choro
ao tempo que neta fe dizem as MiíTas ou celebrão os officios diui-
j nos. Mandamos aos Priores, Rey tores, Curas, & Beneficiados, 4
os náo confintáo,procedendo contra cl!es com penas pecuniárias,
aíteoseuiíarcmdos officios diuinos:&feelíes náo quizerem obe*
decernáo celebrarão com elles, & o farão faber a nós ou neflb Ví-
gay ro, para q íejáo caftigados conforme a fua culpa & cótumacia*
f*!7.t \E outror,»conforniandonoscomodireyto & Extrauagante^
tipitttità Pio Qumto.Ordenamos & mandamos fob pena de excomunhão
knn.m. & dc dc2 au2a(J0S para a rabrica da jgreja> (jue nenh{Ja ^^
tempo dos diuines officios paíTee nellas, nem com irreuerencia vir*
as coftas cõtra o Altar onde eflcuer o Sanótifsimo Sacramcto,nem
tenha nellas praticas profanas defentoadas, mayormcnte désho*
neítes, nem cfteeaos officios dtuinos&pregação defcôpoao aífeO4
tadodeshoneftamente para homés oumclheres, ou pondolhe**
mãos, ou fazendo outros femelhantes autos deshoneítos, &co&
immoderados rizos, & eítem nas Igrejas com ©acatamento & <k'
uacáodeuida remendo ao Senhor & feus caftjgos. Efea^um^,
mito muy tas vezes comprendido. Mandamos aos Priores, Reyto^
res,&Cutasqueofaçãofaberanós, ounoilò rtouififcr, Vigayro»
011
cu Vifuadores, para q executemos contra elles as ditas penas,
outras fegúdo neflb arbítrio: E os Vifitadores perguntarão fe ha i\
—w a>AOA tu^uiccaa <x ucauuucuas nas igrejas,
guasdeítaspeíToasafsiinquietas&deshoneftas
0 Igrejas, Ppara k
K~J _.„ - .* fcant£,
tem caíligados como merecerem. E iíío não auerà lugar nos
res & peííoas que forem neceíTarias para ajudarem ás MiíTas 6
C10 fc al ú
??* ?E ?- E g homiziado efteuer acoutado em algua Igreja
Igrcjasic peíToâs ecclefiaftícaS W
ou Hermida, fe dentro no Adrôteuet alguâcafa quegoícdamef-í
toa immunidade, nam comerá, nem dormirá na Igreja í & fe nam
teuer cala recolherfeha denoy te na Saneriftiã, fea ouuer, âfsi denoy-
teadormir,comodedia acomer. E namauendo Saneriftiã pode
táentãoeomer& dormir na Igreja junto da porta a tempo que não*
lujaoeHa Miflfas nc diuinos officios, o quefatácom muytâ honeíU-
«Jade & moderação,*& foo femhofpedes, guardando a jeuerencia
deuidaao lugar fagrado delias. E os Thetoureyros das Igtejasott
ptfloas que teucrem cargo delias onde não hathefourey tos, terW
«uydadodeasfechacafsipclamanhaácomo anoytc, tanto que íe
Acabarem os ofticios diuinos.
f E porque he grande tortíaçáo & potica reúcrencia aíTentarcm fe a*
ptffbas que a cilas vão cUuir as Miffas & officios diuinos em cadey-
íasdeeítado oudeefpaldas,&haniflomuytadeuaGdamí Ordena
«nos & mandamos fcb pena de excomunhão* dou* mil rs para afa
btica da meíroa Igreja todas as peffoas afsi Ecclcfiaílicas* como fe
cularcside qualquer eaadoJdignidade,& condido q fejáo, que nam
mandem leuar ás tgreja?,& Moueyros cadeyras de erpaldas,para (e
dentarem nellas aos o fíicios diuinoS,ne fe aííentém nas ditas câdey-!
'as,poRo qosaeytcfé ,Pricres,ou Curas lhas offereção. Saluofen-,
do Arcebiipos,o«j Bifpos,oil Geraes das Ordens, Duques, Marque-,
hes, & Condes; porque a eíles fe poderão dar Cadeyras de eítadô, cu
«fpaldas:Eaísiaos InquifidoreS,quádo fotem a algua Igreja faZer ai
fcuauto,cuduigenciadefeUcmcio. E os Senhores de terras qusdo
fotem ás Igrejas das mcfmas terras de que Cão Senhores, poderam
«ftar ern cadey ras de eftado, ou de efpaldas,& não em outras Igreja?»
* asditaspcíToas fcculares,aindaquc'per razão de fuás dignidades,
polsáoeftaremcadeyrasdceftado^aseftatãa fora da CapelU: E
kem afsi a Cidade,conforme ao cuílume em que eftá.
í E fob as mcfmas penas,mandamos aos Priores, Reytores, & Cu}
*«i & Beneficiados qnão cõfintáo peflba algúa,nâo fendo dos fobre
duos, aflentarfe em cadeyras de efíado,ou de efpaldas, & lhas facão
tirar,& não qrendo,náo celebrarão cõ cllcs, & ncloifação a faber,ott
«onoabProuiíorjparaqproccdamoscótraellcscomoforlufliça*
r^ít. ppj — onfc
Titulo! 27. Da ímmúnúlade das
Con^itmçâoJX.^eaosClmgosjenàoponhâotmmUuèm
» • tributos, de que por dereytojâo t[entos,nem lhe impi.
\áão<vzftrem da couías que atodosláo licitas. s
* *

R Ça
'ir//»'. O ° <P experiência não foomente em noíTos tempo?, mil
^/í»íI/íí I em os tempos paíTados)&antiguosmoftiou fempre ferem os
05
ZuTcMyê inteftos aos Clérigos. E com eftc odio,& ma vontade lbcría
S.J -'£'2*m* ^nas Pc^as.corno no$ bens muytas auexaçoes. A Igreja
wmmitt. Satf;taem muytosConcihos geeraes, & Jeys Canónicas piocurcil;
£Í/1» M"3«íi*r eftes males, pondo d uerfas penas aosquecontia a líber-
mmus. dadeEcclefiaíticaaucxão os Cl.-rigoscom impolicóes & tributos
yKl*>^^^ Polo que prcucft
nitMcuf.do niftocomo os Sagrados Cânones nos mandão: Defendemos a
«í^IW». «dos os Corregedores, Iuyzei, & Detembaigadores, & cificweí
j«xto. da Iuíliga, & offijiaesdasCamaras,&concclhos,& quaesqueroiiV
trás peflbas de qualquer cftado,& condição que fejara: Q ue nan»
imponhao aos Clérigos, & Beneficiados, ou Reif'gioforr& m&*
peflbas Ecckfiafljcas imporçãoalgua,nem finta,ncm tributo peifrí
af,nem ainda real. Como íaofizas,ou pertaecj das quxes perdei*/
ffiun?** Canónico íao ifaitos, nem lhes façao pagaras ditas fintas, fizas»
p»*tUi>& portages, ou femelhantes tributos por cauía dos bens f atrirroni*i
esque cl{cspcirucm,cuco r.prâo, ou vendem pára íeu vzo. E íe al-
gua peíToa,oa comunidade Ecdefiaííica, ou fcorar ccnRianger peí
íi,ou interpofita peliba Clérigo algum,Igreja>ou MtíLyro a pagaf
por razáodefuapclToajOude feus bens, fiza, per .agem, finta, oú
outro qualquer tributo deque conforme a detey to fao ífentej, &H
l$*crS do peflba particular, encorrerá pelo mefmofeytc cm.excomunhão
,non mi may or que per dercyto cõtra es tacs he irrpolb, & pagat á dous mar-,
TJ-jUs & cosdeptatapara aSè,& fendoCollcgio comunidade, Camará, o\S
ÍS!fi?l CóccJho>CitiacIc>VilIa>0" Lugar,encorrcrãocmfCntençade inter*
<»» fil £o, & pagarão a mefma pena pecuniária^ não íeramabfolros das
ó
&> - ditas fcntenças de excomunhão, & intcrdiao.cni que afsi encerrem
atee famfazerem inteyram5tcaosChrigoí,&ppífocH Ecclcfiafl»;
cas todas a$perdas,&danos,& execuções ô fizerem, & lhe refi •»*«*
tud>
I
1
Igrejas &peíToasEccleíiaílíca$r 172
tudo o que pelos ditos tributos, & fintas lhe fezerem pagar, filma-
is a dita pena.
I[ Mas fe os Clérigos tratarem, ou negocearem comprando & ven c«j>.y>hM
dedo pão, vinho, azey<c,ou qualquer mercadoria,bois, oubeflas, Hji%tr'
ou eferauos para tornai a vender, para ganharem & não para feu
V2o, ferao obriguados a pagar as mefmas fiza9, portagens, & tri-j
butos, que por razão das ditas mercadorias fe leuão aos leygos, &
lhos poderão leuar como aos meímos leygos, fem temer de encor-'
rerem é as ditas penas & cenfuras. Osquaes o notTo Vigayrolhes
fará pagar, fendolhe perante elle pedidas, & demandados como
deuem. E fendo âmoefíados três vezes, & não defiftindo encorre-
ião emasmaispenaspordireytoimpoftas.
H Nem outro íiauemospor ifentos de todo, os Clerigos,& peífoas
Ucclefiafticas de darem algúa ajuda para as obras das pontcs,fontes,
& reparação dos muros, & ruas das Cidades, Villas, ou lugares cm
que viuerem: porque pois das ditas coufas V2ao, & fe feruem co-j
&10 os lcypos, juíto he que fe não eximão, de darem algúa coufa
para as defpezas delias. Porem não poderão fer fintados pdosoffi <*'"/'•»•»
ciaesícculares,masauendotalnecefsidadedecadahúadas ditas o-
bras, & coufas fe fazerem, a qual fe não poflà bem remediar ,com fc
fintarem fomente os leygos, ou fendo tam pobres ,ou tam poucos
«Jucnáopofsão fazer todo o gado delias, nollo farão a faber, & nós
c
om deuida informação do cafo, & fendo neceífatio confultando a
'SuaSan&idadelhesmandaremospagaroquc for juíto, como per
direytoeftá determinado. Efe os leygos per fi fintarem acs^Cleri- ietpno9
os m,ms
E » & fuás fazendas, ainda nos ditos cafos, fejão cerros que encor- -
*em nas cenfuras do Concilio Lateranenfeprimeyro,&nas mais sutÀltÁ
w, I
F°r dircy to impoftas-, & mandamos aò nolTo Vigayro que os deda 3- /< 9«
Ie
por taes & proceda contra elles tec com effey to obedecerem.
í Porem íe algíía Igreja ou peflba Ecclefiaftica comprar, ou por ®«<»Mí.
1
°utroqualquer titulo acquirir algúas terras,ou outras propriedades^, ^
^jfejão tributarias, ou deuão ao Senorio algú cenfo ou tributo paga,/'?*
*ão o mcfmo tributo real dahi por diãte q dates pagauão porq as ia.
*édas teporaes q fão tributarias pafsão em as PelToas Ecclcfiafticas
05
mclnios encargos, tStz2
í

Titulo.ij. DaímmunííJadecks [
Conjltturçâo. X. Quefe não facão eflatutos ou acordos contra
ahhrdadtEcdepafiica,cr os fcjcós Je revoguem.

Sa
g' , . .
mente a todos os Senhores de terras, cami\ras,concelhos, & con o
nidadesquenáo façáo eítatUios,leys>nern acordos que dircftc, ou
induxaeaíRndáoal.berdadeE.eleOalLUeajimpondolhe/oros^n*
tas, tributos vafl^lagens. nem os obriguem aeftarpclos ditos Teus
çihturps, qcardosou poRuras, poreje fendo cilas tae-s, que (ttf.Çlej
rigos,&pcíToasEcdefuílicasosdeuáo guardar, por fere comuns
apodos, ôí neceíTarics ao bom gcuerno, nós & nofiò Vigayro Gej
ral lhos furemos guardar.
y^J/f^j *^.Is?crT1 °'atro ^ faráocftatutos, acordos, ou pofturas polas quaeí
tu, efpeciaímente manderr^oudcfendáoalgúa ecuía aos Clérigos ain-
àà cjue lhes feja boa, & prouey tofa; porejue não tem autoridade pa-
ra o poderè fazer.Nem lhes deíendáo vzarem dos partos, menta-
dos, tbntes, mcrcados,6í todas as mais coufas cujo vzo hepublico,
# comum aosleygos: NemJhes defendÚo venderem fuás fazeP'
da^&ostVuftosdefeus Beneficio*, ou património em quaiqiie*
tempo, queellesqui'ierem,né por iíTo lhesleuê penas, ou coymas.
a us -
4 e. ictU ^ k '§ brutos, acordos, ou pofiuras forem fey tos antes da pu
j,4dc««/blicaçáo defta nefla Confiituieãoque directe, cu indite£e oífendáo
TJmíc'aherdade Ecclefiaílica,ouque efpeciaímentediíponhão dasígíC
d H Í3S> ^pcfloasEccleíiaAicas,ou defeusbens, 6c rendas mandando
oC
W.ííIí:gJh", ou defendendolhe àlgúacoufa,osauemos,& declaramosp
; w6
*'v *' ncnhús como per direyto íáo. E lhes mandamos que dentro de n°
uedias,qaeíhesaf$inamos por todas as ttes canónicas amceftaÇO-'
ne
èí, termo perentorio os reueguem de fey to, & declarem por ",
eíl
nhiís, & mandem quefe não guardem. E não o fazendo afi?*» * "'
do pciToas particulares, pomos na peflba de cada hum fentença d?
evcomunhão mayor,& os auemos por condenados cm vinte cr***
zades, para a See & Acufador, & não feráo abfokos tee fatisfazerC#
• ê
Igrejas & peííoas Ecclefíaflica$r 155
f E os que por fuás leis, eílatutos, acordos, ou pofluras, OU fcntc-
#s, ou mandados prohibem aos leygos que não vendão ás peílóas
Êccleííafticas pão, carne, pefcado,ou as mais coufas de que teueré
«ccefsidade que fe vende a todos ,ouquclhesnáomoáo,oucozão
fcu páo, ou lhe náo ferrem fuasbeftas, ou lhes facão fuás obras, ou
não firuãod:eclaramos queencorrem em íentença de excomunhão
ttiayor por direy to contra elles impofta. E fendo camarás, conce- d.tMK ]
lhos, ou outras comunidades os que tais eftatutos, ordenações, ou
pofturasfezerem contra a liberdade Ecclefiaftica, ou tendoas fey-
*as as náo reuoguarem no dito termo, os auemos por inteidi&os,
& encotndos nas penas pecuniárias acima declaradas.

^E mandamos é, virtude de obediência a todos os Priores, Rey2


totes, & Curas, he a todos & quaefquer Clérigos, ou peflbas Eccle-
íafticas que tanto que viera fuanoricia, que íefazem ouláofeyto*
algús eftatutos,acordos ou pofturas cõtra a liberdade Ecclefiaftica
«orno dito he,o facão logo a faber a nòs,ou a noflb Vigayro, ou pro
^etor para que procedamos contra os autores com as penas fobre* (
ditas,&asmaisquc nós parecer. E os Ptiores,Reytores,& Curas,
& mais peflbas Ecclcíiáfticas que niftoforé diícuydados,ferão por
iiós, ou noflb Vigayro, ou vifitadorçs caftigados como conuem.

f E fe clRey noflb Senhor fezer algua leyíod pfematica fobre a tay *g*J
*ad©s mantimentos, tayxando o jufto preço dellcs: Mandamos a t.if.nmt
to
dos os Clerigos,& peflbas Eccleíiafticas que a guardem inteyra-n- •
^ente não excedendo em coufa algua os preços ptt as ditas leis, &
Praticas tayxados. E todos os queocontrayro fizerem alem do
pecado que cometem,&rcftituição a que ficão obrigadosiManda-
^osao noflb Vigayro geral, &officíais da juftiça Ecclefiaftica que
ptocedão cõtra elles,com as mefmas penas impoftas feias ditas leis
^ ptematicas aosley gos,condenandos nellas, ou em outra s porq
ní)
s pcr efta nofla Conílituição as auemos por impoftas per nós, 6c
c
?Hío tais queremos que fe guardem.

CwM
8*
Titulo. 27. DaImmunidade das
Conjlitutçâo XI. Que os que Je acolhem as Igrejas,mo fc]â*
delias tirados par a ferem condenados a morte, ou
pena de fangue&J comofegomara da
immunidade da Igreja,

Elos rac,os :
díífflíà T) % Cânones, & leis imperiais he ordenado por re
aitcckji: i uercnciadis Igrejas & lagares fagrados & bentos q os que á
gmnt. e^es *"e ac°lheml nío poísaofer delles tirados para auerem pena àc
c nunr e. morte, ou de Tangue. E para q fe não poíTa ao diante duuidar quai*
íao a l C S&
/ej. 17. í. * g< J<* lagares fagrados, & bentos que gozao da dita iva-
4 <•'»"'inanidade, &quaes os caíoscm queellanáodeuc valer aosqueaí
de mm* ig^jas >e aceurao, contormandonos com odirey to Canónico (*°
Zl"ffôi. cluaí ncíía materia fe deue íeguir aindaq as leis ciuis, ou quaefqusf
5
U„ ues?; leis ào Rcynojou ciarmos feculares digão o cótrayro)Drdenam<>
>lt- & mandamos que fe algum delinquente fe acoutar á algúa Igreja
Mofl.e> ro, Hermida,ou adro deila$,ainda que tenha cometido qa*
cfq KV delidos graues, & enormes,^ não fqada hi tirado pelos l&
zes feculares nem as nofíàs juftigas Ecclcfiaílicas, Priores ,Reyto-
res, Giras, & Beneficiados das ditas igrejas lhocóíintão para aU^
$
rem de fer condenados a morte, ou cutra pena: faluo fendo ladr&
5
públicos, ou falceadores de caminhos, & nocturnos deftruydetf
dos campos, & fementey ras,ou que cometerem algum homic'di°'
capjnter ou ferimento, ou outro femelhante crime de prepofito,& por trey
mmtuU Çao:ou roubarem algua freyrad: algum Moíleyroporforça,ouVíf
cm
ÍUJí!?' S honeftacom a mefma força:ou de prepofito confiado em kv*
ler da immunidade da Igreja cometer nella, ou em adro algum b0;
0
micidiCjfsrimetOjfljrtOjOuoutroqualquerdeliótograueJforq *
1110
toeftescafosfáopordireytoexemptuados, & nelles petmitf *
Canoncs uc os
/«^í V S que os cometerem não gozem da immunidade, #
sw ji fe aque efiando na igreja cometer algum deliíto confiado n**0':
,munidade,& teuer outros porque a Igreja deua valerlhe, q«afl'
toaos outros gozara delia. Efe algum Corregcdor,Ouuidor,l»*'
Meynnho,ou AIcayde,ou qualquer officialda juftiça tirar a!gj*
-
peitadas Igrejas, Hermidas,Mofteyros& adros delias, para os!*
ígrejús &peffoasEcclefiaftícasr i?4
oarem prcfos aos cárceres públicos, & osfcntenceatépelomefmo CQMtt
teyto enconcráo em excomunhão maycr, dl cjual não íerãoabfol- /^«é/í.^
*°s ate çô eífeyto tornarem a Igreja o R:o que delia tirarão, com to-
das as perdas & dinos, & pagarem dous marcos de prata pata a
n
°ftiCh*nceíí;uÍ3. Efe para tirar os delinquentes das Igrejas que-
darem as portas, ou fezeré algúa femelhante força, ou nas Igrejas,
°u ás peífj-is Ecctefuuicas que quiferemimpidirlho,aueráoamaií
c
P m que merecerem, a qual o nolloVigayro executara nellescora
rigoragíajandoasccnfuras atécometfcytofatufazercm.
*[ H poiio q DOS cafos acima ditos por derey to Canónico execeptua*
dosjé qosdelinqjítesnãogozáode imunidade das lgrejas,polTáo
•€t delias tiradas pelas luítiças fccularcsfcm pena: porque não aja
ni
Sc exceder fe o medo, & tirarem Te das Igrejas & adros, os que a
c
"as fe acoutáo em cafos que deucm gozar da immunidade,como
cadadtafe faz. E por atalhar a outros muytosinconucniétes, & de*
«catosdas Igrejas-Ordenamos & mandamos fob as mcfmaspenas
^excomunhão & dinhey ro,a todos os fobreditos, & quaefqucr ou
lr
°s ofticiaes da juíliça,ou pcflbas de qualquer qualidade, que tanto
^e algum fe acoutar a Igreja, ou adro ainda que tenha cometi;
**°s crimes porque não deua;gozar da immunidadc, não feja delia
*lr*do fem primeyro fe chamar o noíío Vigayro fedo na Cidade, ou
*rrabald?í, delia, ou cada hum dos Arciprcltcs,fendo nos lugares de
teus ArcipreOados onde cites refidirem, ou ao tempo fe acharcnj,ou
PSrío deites. £ fendo cm outros, os Priores, Vigayros,Reytorcs, &
jyrasdis Igrejas com os quacsfe fará fammatto da cu!pa,ou culpas
"°komidadonafjrmacu(iumada:&achando quealgrcja lhenáo
a
* Wsi o declararão por feudcfpacho: & poderá fempena algúa fer
• ^etnente leuado, & prefo pelas juftiças feculares: 6c fe a Igreja lhe
Va
'^, não confmtirão que fe tire, guardando neftes autos fúmatios^
r
j* P onuciacão delles, derey to 5c cuftu me: & difcotdando os Iuizes
^Cc»cíiafticosdos feculares fobrea immunidadefe leuaráe os autog
• ^periorconforme ao cuílume.
• ^c acontefet,q ou por elhreo noíTo Vigayro geral, ou os Arei*
-ii^i^fíorcSouReytotes^mpcdUosouosmcfmos Iuy2es, ott
ftqa Ccrr*
Titúlo«i7»Daimrf!uní(ía(]edas
Corregedores fecularesquedeuem concorrer em o fúmario, ou fc
não poderem por outro qualquer jufto impedimento fazer o dito
fúmario,& verem fc as culpas dos ditos homiziados, em ta! cafo os
poderão tirar das Igrejas & adros, &leuar preíos em euftodia aos
cárceres públicos com noíTa licença, ou de noíTos officiaes; & doutra
mancyra não: para logo que ceifar o dito impedimento íe tornarem
a ajuntar, &fc fazer fúmario, & fe ptenúciar febre a immunidade»
ff E todos os que cm outra forma fem noíTa liccnça,ou de nolío W
gayro tirarem algú homiziado da igreja ainda q digáo que o Icuáo
cm cuftodia,ou qtem deli&os porque lhe não vaí^encorrerso em a*
ditas penas de excomunhão, & dinhcyro, & não ferão abíolutos ate
os tomarem as Igrej as ou adros donde os tirarão para fc fazer & p:o*
nunciaroditofummarim E neílecafo fenâo admitirá pcflba algua
porpattc,fenáoo Iuyz,Alcayde,ouMcyrinhoqafsio tirannc feráo
admitidos a algus embargos,ou rezões q lhe não deua valer a Igrej*
atéfercmacllareílituidoscomoditohe.
«owá». ff E fc algum delinquente indo prefo em poder dos miniílros dajti*
Altxtnd. J. /- i r r i i ir r n i ~ • i
or ias. i. mça iccuhríeloltardelles, &lc acolher a algua Igreja, ou adro va
r ne na cm c
'íe* "tíus ^ ' todos-çs cafoscmquedcue gozar da immunidade E
ymcand. cicíu/tica, comofe aellafc acolhefle fem nunquafer prefo: & com
ma
UIUIIAQ. y°r fezáo valera a Igreja, ou adroaqucllcs que fem fer prefo* í°
num. n remfeguidosdoscificiaes da jufiiçaatecfe acoutarem a ella.
tnuartei ff Mas feindoaâuairoétcprefosícmfcfoltarcmdasjuítiçasquco*
0[i
ftusin c.
Jtcutanti'
Içuarcm paílàndo
j1. i
per al&úa
o
Igreja,
o > '
ou adro,
'
fe acoutarem a c\h> ,
m
aw
quitus.i-j. puxando pelos que o leuarem entrarem na dita Igreja, ou adro fl
%fja'àt- P0£^ráogozar da immunidade, por quanto fe não pode dizer cpe
«MIO. lèacolheráo as Igrejas, fenaoaquellesque cóíuahberdade fc acoU*
táoaellas.
Ç-E defendemos outro íl, fobas mcfmas penas de excômunh^
& dinhcyro a todos, os ofíàciacs da Iuítiçafccular, & quaefqucro11'
re
trás pefloas qqe tanto qucalgúi homiziado fe acoutai a algua % '
jaem quanto nella eíteuer, náolhe cerquem as portas & íctuenti^í
da dita Igreja, ou adro para eíreyto de lheimpedírem o comer &&*
0
btr,&ornais que lhe forncccflàtiopara fuafoftcntàcáo£íUi^í *
.— ... * . _ .... _..- f#
Igrejas &peffoasEcclefiafticas. iff
F*ta que afsi ou pereça a fome, ou lhe feja forçado entregarfe a ju*

f E declaramos que gozáoda immunidade não fomente os que fê Cáp.tttl$*


ac
olhem as Igrejas (agradas, ou Moftey ros, masa qualquer outra ^imt
Igreja, ou Hcrmida,em aqualos diuinosofficiosfecclebráo,pofto í^íA
^Ue(agrada não feja.
\ H fc algúa Igreja for fey ta por autoridade noíta ou de quem par*
Mo tenha noíta com lííáo, & depois de fey ta ouuer licença para fe di
Zc
r nellamiíft, ainda que ao tempo que algum homiziado aellafe
Coutar não feja dito miíTa, gozara da immunidade : mas fendo fô« àikp^
^ente fey ta por noiTa autoridade, & antes de fervifta pornbs,0U cou>s.d.*
P°í outrem de noflb mandado & lhe darmos licença pata nélla fc ce
'ararem os diuinos officips,aIgum fe a coutara clla,não gozaráda
dita immunidide por afsi parefcer mais conforme a direy to. E af-
* gozarão os que achando as portas das Igrejas fechadas, fe apegáo
as
portas & fechaduras delias.
ÍEoqueheditoda immunidade das Igrejas aueralugaf nosley- T<*.tm
E°sque fe acoutarem .E quantoaos Clérigos & peííoas Ecclefiafti- $£**"
Cas
>quc tendoalguns crimes graues fc acolherem as Igtejaspata fc \gn /.*.».
vierem da immunidade deliaspofto que os crimes fejáotais, que *]Jfj£y
Prouados mereçáo dcpofifio verbal, ou aftual degradaíão, poderão ^-ffc
atirados pelas noíTasjuíKcas das Igrejas ou Mofteyros onde efte- tumfmt
Jc«*m acoutados,&leuados ao aljube. E o mefmo auera lugar êos '&««•
fygos que cometeré algu ctime meramente Eccíeímftico, ou ain- per m*t
^ mixto, cujo conhecimento pertença ao foro Ecclefiafíico,porcj £***
ac
°utandofe a I greja poderão fer delia tirados, polo noffo Vigayró
* °fficiai£, & leuados ao aljube, ou ao carcer da inquifição fe ocri-
^ Pertencer ao fanfto omcio,para ferem cangados conformea fu
s ClJ
* lpas, mas não poderão fer tirados polas juíliças fceulares para

% to de ferem por cilas julgados, ou condenados, conforme a di* '
Jyw.&cuftumé. *
* ^conformandonoscom o direy to: Ordenamos & mandam os 1
l
°dos os Iuizes Eccleíia flicos, ou feculares que da immunidade per
^Iquer via,ou na primcyra,ou na fegunda inftancia conhecerem,
. Titulo. 17. Daímmunídadedas
ih.it In queaucndoduuidaalgíía febre a dita immunidadeie as leis Impe-
à
M.!5.C#- "as ou do Reyno, & os fagrados Cânones nelia difpoferem & .
toLí*'' ac^iS Couí*as» ou coutrayra5: que determinem as duas duuidaf
conforme ao direy to canónico, que neflamaterya dcuepreualeccr;
faluo fc per cuftumearrezoado ôdegirimamenteperferiptoporef-
pauode quarentaannos as leis Imperiais, ou do Reyno forem cm
pratica recebidas:por que confiando de tal cuftumcjfufKcienteoiC'
te fe guardara ainda que os Cânones digáo o contrayro.
^E por que fomos informados, que os Clérigos & peflbas Ecdc;
fiafticai,defédem os q as Igrejas feacoutáo,náo fomente cõamocf'
taçoes, & cenfuras, mas com arnus, do que muy tas vezes fc feg«*
graues cfcmdalos, & a Igreja náo tem outras armas fenáo as fpi"',
iuaes,com que fe dcue defender: Mádamos a todos osPriorcs,Rey
tores, Curas Sc quaefquer Clérigos, & peíToasEcclefiafticas que»
coucandoífcalgG homiziado a elles,fe as juftiças feculares ,oufc^

iritniftros qnferem por força enrrar nas ditas Igrejas, ou adros #
nr d .-lias os delinquentes ,lhcs não refiftáo com armas temporal*
$
nem ihedigáo palauras injuriofas. Mis fendo em lugar onde o'o »
i0
noílb Prouiíor, Viga yro geral, ou Accipreíie eítiuerem lho tí
logo a faber, os quais acudirão cõ feus efer iuâes, & officiaes de k°s
cargos,Sc procederão contra os ditos officiaes, & miniftrosdasj^

tiças féculares com cenfuras agrauandoas com termos brcues, a*
interdito & farão autos de tudo pêra que por el'cs poíía confiar dJ
tal violência, facrilegio & contumácia, & procedao a mayores pc'
nas, conforme a qualidade do cafo ,ateecom etfeyto obedecerei
& fatisfazerem. E fe os ditos officiaes feculares forem táo contai
íès,5c defobcdicntesqacdcfprezando as cenfuras,tirarem das IgfC'
jas, «cairos os homiziados: Mandamos as noflas juítiças,#3 t<r
das as peíToas Ecctefiafticas que lhe náo façao refiílécia com &*&**'
af
nmfeytos autosdetudoostragáoanós,ouaonoíToVigayrop *
ie proceder contra os culpados conforme a direy to.
1 fc acontecendo que as juftiças feculares & feus miniftros yo&K
ça tirem,ou queyráo tirar da Igreja > ou adro algum delinqufiDt^
^
, a cila caiuer acoutado, cm lugar onde nos, ou noflb Prouifor °a *? ^
Igrejas &peíToasEcclefiaílica$. ífS
gayrofejamosprefentes, nem cada hum dos nofíos Accipreftes
^riorjReytor.ouCurada dirá igreja onde o cafoacontecer,Íhesniâ
dará com pena de excomunhão ipío factoque dififtáo da dica for-
&& moleítia,&náo querendo os declarará por excomungados, &
kainda perfeuerareos dará de participantes & fata aptos com hum
fcbaliáo,ou efcriuóo da terra le pata iflo o cuuer fem foípeita,ou cõ
outro clérigo quelhe Gruirá de eferiuão preguntando três, ou qua-
tro teliemunhas,& os enur ra logo a nos ou a nofla mela: & fe não
teucr outro clérigo nem pefloa com que f.ça os duos autos & fú-
ftttrio, chamará duas ou três teftemunhas, & lego auizaráa nos
Pá noír0Vigayro,per3 que os mádemos fazer,& íejáo caíbgadosos
Sue tal forca,3dacrilfgio cometerem.
<f E por quanto não he jnito que os priuilcgiòs & immunidades cõ
cedidas as Igrejas & 1 -gares(agrados,porreuerenciade Deosfc
fcus Sanfbs, íqáooccafíáodeílrem profanados & mal tratado^
Ordenamos & mandamos q »e os delinquentes que íe acoutarem '■
£s Igrejas náo cftem neiU mais que atee cnnndias, porque cite &
po parece fera bailante para íc poderem aufentar & remediar, &
ficíte tempo nío comerão, nem durmirão no corpo das Igrejasaué
do nellas, ou nos Ad;os outras cafas, ou lugares paraiflo-, & náo
^ajcnd3Coa;ão&:djrmáonasSancnftÍ3scomoditQhe^lenao
*Uu« Sancriítias.a húa parte do fundo das Igrejas com muyra h i-
Wildadc & rcuerencia, & fem fazerem com outros banquetes.
«ÍEfccmós duos dias forem tam guardados das juflteas íeculares,
^áopoísáoíairfedellasiemperigo^faiãoafaberanosounolt.,
Vigayro,queconftandolhedofobreditolhesdiremosocempoq ie

5 E mandames ao noíToProuifor,&Vigayro Geral, Deíembarga nUM


dores, Accipreftes, Vifitadores, & a todos os Priores, R.c yteres, & ^;i£
C
uras,&maispelloas Ecclefiauicasaquemocomprimento&exc
c
^ãodeftanoífiConft>tuiçáopertence,que com muyto zdlo &
ca
ydadoaguardé,&façáoguardar,procurando quanto nellesbr,
^eaimmumdadcdas Igrejas & Adros delias náo feja quebrada,
0U
profanada,ou menoscabada peloslcygos,& miniftroida jufliC»
fecú-
,
Títuló2S<dôstcftamecosóctéftameteíros. *

fccularcomo pordireytofáoobrigados, &feniflb forem negligen


tes, nós lho cítranharemos como a calidade do negocio merecer.

TITVLO. XXVIII.
Dos^teílamentos & teítamenteyros, & comofc
haodecompriras vontades dos defWlos.
Confluuiçâo Primeyra, Que as vontades dos Defmãos
Ce cumprão logo, ou; ateekimanno.

Splius.C. O R Ter coufa muyto neccflària,& obriga


dcfUei co cáo de direyto diuino & humanocoropr**
mf.c.not
quuUm c. renfe as vontades jufias dos defuntos, fúa
t. tua no - cipalmente aquellas porque difpoem deíc-}
5
Vis de ttf. us bens por fuás almas, & em outros vz°
tatn. t. li"
fctdc\>ot. pios, per direito encorrem empriuaçáo &*
_ .fituef'
(? , —— ~_— bens & fufcefsao dos mcfmos defuntos, *'
"'♦"•í.i-queuesquenaoexccutáofuas vontadespias dentro de hum anr*'
&os teftamentcytos o„ executores aquéaexecução delias fe encaf,
rega 1 ao prmados deiie poder & fica aos ordinários deuoluto. P*
queconforsnandonos com a difpoficáo de direyto, & defcja>
atalhar aodefcuydo de muytos.que por fe lograrem a fua vont^
dos bens dos defuntos, &per outros refpey tos temporaes, dilata
pormuytotempoocomprimentodefuasvontadcs&legadospi'
os,noqueasalmasdosdefuna:ospadefcemgrauedetrimento,pof
nao ferem logo focorridas com os fufragios,& com as ctoofos, 4
cllcs mandão, & os herdeyros & teíWnteyros encarregãoí^5
confciencias. Ordenamos & mandamos a todos os h:rdeyros,tefl*
/filo.?c,nte>;r°s>ouPeíroasaq«em,ouperteítamento& expreflà von*
í
/iÍ3i-^clcdosdeíuntos> ou pet direyto, ou outro qualquer modo pertett
SíídSS0 cotnP»mentodefuas vontades, quepodendo cumprão K
vcjtkt todas as obras pias, que os defuntos mádarem fazer porfuasalo^*
fe afsideMiflas&fufragios,como de efmolas, & votos reaes^P^
S^ÍH^i^^^^^^csprimcyro feguinte depois de if
- « c
TituIo.28.dos ceflamecos6c tetiàmeceyros. 157
130'
klccimcnto» & não podendo logo, o farão dentro de hum anuC-fò; «»

lií
o per direvtoíao obrigados :&náo fatisfazendop^íiàdoodiíQ
a
niio,lhesdamosmais trinta dias,qlhes-aj£ÍfjamQSj^çaQoniçjjf
a
^vocftaçóes nos quais lhes mandamos, que çunipráointeYtamçn^
lc
j&paíTadosos ditos trinta dias que para mais co^ueaíeriuaculf
pa,3c negligencia lhesdamos,os áuemos/& declaramos pcrpriua* *

«os de quaefqucr legados, pf emios, ou íalaMo que por lerem exe-


cutores,ou tcftamenteyrosdos tais defuntos lhes forem deyxados:
& lendo iKtdeycoscncorreráona mefmapriuaçáodo^bensdodej;
íunto, cujo tclUmchto não executarão .£ os legados, bens ,& fa-
stios de qu e afsi auemos por priuados, os h. rdeyros, & teftamem
lc
yros das d;íuntos.quc dentro de hum ahno,& hum mes lhes não
Cl
*aiprirem luas vontades.fe entregarão logo por noflo mandado,
°u denodo Prouiíor,ou Vigayro,ahúapeííoa abonada & temente
a
^cos Ecclefuílica ,para Te mandaremgaftatamctadc nas obrai
de noflaSce,& a outra cm obras pias, pola alma dos meCmos de- ^% »*r
flatos ,& aexecução dos teftamétos que feus herdcyros,oí teílamé q^dmié
tc
yros náo fizerem no dito tempo ficará dcuoluta a nós, ou noifo tUmrI'*
^'giyro girai, como por dircy to he ordenado. 3Tí2Sr'
\È tédo os ditos tcítamctcyros,&exccutorcs algna çaufa Ir grima u«m<h*t.
Na qual náo poderão no dito tépo executara votadrdos derucos, ]?*£'}£
v
irá3détrodjditoanno&mcsJátenoíroVígayro allegar,&jufh- /«.«-«.A.
"C3r a dita cauta, & achando que foráo ou fao h ginmameote im-
pados, & que não cila por clles, lhes daremos o mais tempo que
Mo parecer: & feno dito tempo não alegarem & juíhficatem a cu
a
do impedimento, náo feráo mais com cila ouuidos: antes cemp
fic
S%entcs encorreráo nas ditas penas, íem mais poderem allegar
CQ
° i prouar impedimento algum,
í & ifto nãoauerá lugar quando os teftadores limitarem aos Çç.^^f*
llck 1 « • t • tusd.(A.
"'nerdcyros, & tcítamcnteyros mais largo tempo, para cumprir nA9é
c ls
ícíramentos^orq ncftc cafo durando o dito tempo não encor-
po em pena algúa,nemferãoconítrangidosadar conta do que
;c
ebctáo, & d :rp-aierão na dita execução. E a citação que lhes
0t
feyta durando o tempo limitado pelo teftador, não bafíara pata
ÍU pot
T;tul.:8.(lps tfcflam&itçs & teftamenteyrosr
tímm t. por cila fe perpetuar, ou preuenir a jurisdição, que pois fenáo pode,
corne ^roceder contra e leshao hcre7.ao one fímipm nor líío
ígado^opíopafáàííc
tf £fèos tèfíattares declararem que. não podendofeus teftamete)'-
■Í62 Camprir1 b cluemes mandão denxro de hum arino,lhes dáo mais

I
f5 ...,.-»- ,

Irando que nzerao diligencia encorrerao nas ditas penas & ícraP
áúidòs porntgligehtes.

c,
as;néoratiãò f<foub?íféã feuv teftamcteyros fcauiáodedefcuyd3
Mandamos qfem embargo diflo a dem>& cúpráo as vonradesdo*
defuntos dentro no dito anno & mes,ouno tempo que elJes lhes a'
limarem, & não o fazendo encorrerao emas mefmas penas.
■ 1
Confituição. J], Que os tabalíács, çypejjoa f quefoerem os tefa
rtientos tm que Je deyxarem legados pios, ou os teuerè
cmfeu poderás dema nos,ou anojjo
* Yigayro^ouVafiadores, j
C:?ííí.M« T) Gr fermos informados que os tabaliácsquc fazem os teflan^'
d
í\u7mi A' tos públicos, ou outras peífoas, que per mandado dos teftad0'
(
res ós efeteucm & guatdão & tem cm feu poder, ou por rogo &°\
hcrdeyros, ou por outros rcfpey tos os encobrem & fonegão, n° 4
arcS
as almas dos defuntos recebem detrimento, & as Igrejas & lug
M

cC
piosaqucmfáodeyxadosalgúsbens,legados,ouefmollasos p *
dem muy tas veze^ por não lerem diflo labedores: Conformai1"0'
nos com o que emalgús Concílios prouínciaes &prouincias bc
na c
gouernadasnefte caio achamos ordenado. Mandamos fobpe
excomunhão ipfo facto incurrenda, & vinte cruzados pára PJ^p
pias, & Mcyrinho a todos os tabaliacs, notay ros, & peífoas Scc c:
Título. z8.dosteftamêtbs&teftametejrr'oi. 158
fenGàs,òu fcculares que era fuás notas efereuerem teftam enrolou
? -r mand.ido do defunto, nosquaisfejãodcyxadosas lgrejas,mi-;
í;
f'-cordias,horpiues,lugarespios,& pobresjalgusjbésmoucis^u
««aiz, ouesmollas:que d3 dia que clies fouberern que o teíhdoc
fc:falecido a fefentadias primeyros feguintes ,dem o treslado dos
taos te(Umentos,ou as verbas dos legados pios,aniuerfa tios & eC{
folias, ás latejas & lugares pios ou pcíToas a que forem dcyxadas,
kndo pefibas certas nomeadas, & não fedo certa&peflbas poios tet
tactares nomeadas, nem declaradas as obras pias, nem os lugares a
tjuem fe deyxão os bens & efmollas que íc mandão gaftar ,coma
hc fc algum deyxaíTe certo dinheyro,ou benspera fe drfpenderem
«na obras pias, ou darem a pobres: c tal cafo nolo farão faber anos;
°u neflb Vigayro, ou Vifitadores no dito termo, para que as von-;
tades dos defuntos fe cum práo, & as Igrejas, & lugares pios & po-
bres não percãofeudirey to.
1E aos Priores, Rey rores, & Curas defle Bifpado mandamos,quc
Cr
» cada hum anno dem ao noflb ViGtador o rol de todos os que na
«Nle anno falecerão, &fizerãoteíUmento,& dos tcftamenteyros
y* nomearão, para fe faber fe tem cumprido, & afsi darão rol dos
<llie falecerão fera teílamcnto, para que fe lhes mandem fazer nas
toas freguesias, os ofhcios acuftumados .O que cumprirão fobpena
^ dous mil rs, para a Sce & Meyrinho, & os noflbs Vifitadores te
^particular cuydado,depedirem o roídos defútoSjteftameotos,
tcftamenteyros. ,

ConfituiçãollL^eôsClerilisnâò efcreuâà MÍtefi^rnSõsí


legados//nifiítSyMmttintayras pára Çu :

P Orque nas peflbas Eccfc fiaftí câí he mai s âbommâíiei, & efeart t&mf.
* dalofa a auareza, & cobi^Ôc noS fomos obrigados tirar quan ^Jjl
t0
em nos for do eftadoEcclefiaftico, todaá as cúufas em que pode l>ij«Mt,
auc
f fofpeytadc femelhantes vicios com que ellcs o&ndé a Deos,
* °s leygos fc efcandalizao. Conformartdonós com o direy to, òt\
unamos, & mandamos,que todos os Priores, Rey tores,& Curas,
*- * .1»*
Titulo. 28.dõsteftamctos & teítameteyros.
1. j . /. & todas as mais peífoas Ecclefiafticas, que quando fizerem ou efere
ptn.C.âe ai ^
jíiyíií uerem feús > teftamentoscerrados a feus fregucíeá, ou í>quaclqueC
jtribii
'Mu outros, tenháo fomente refpey to ao que cumpre a faluação dos teí*
tadores, & defeargo de fuás conciencias, pax, & conformidade de
fuás famílias, & íuecefíbres. E nos tais teftamentos, ou Codicill^
riáo fe efcreuáo por herdeyros ou teftamenteyros, nem efcreuerao
para fi, nem para parente feu dentro no quarto grão, legado aig«»
ainda que feja com pretexfto de piedade: nem ousro fi,muTas,trifl*
tay ros, ou offícios, declarando q cíles mefmos os ajáo de fazerípÇ*
q achamos auer nifto tão grandes abufos, que parefee trataré majjj
de feus interefles temporais, que doqueconuem aos teftadorel*P
os que contra forma de direyto & deita Conftituição em algum te
tamento,ou Codicillo cerrado efereuerem para fi ,ou peíIoaqc"c
debayxode feu poder, herança, fu{tcntaçáo}legado,ou qualquer otfj
tro femelhante proueyto, ainda que feja pio, o não poderá peujr>
£.!■$«•/• porque conforme a direy to não vai o que cada hum no teftament
dt lh cíU
f* para fi efereue, & alem diífo fera preío, & do Aljubepagará dez
rzados, &auerà as penas que por direy to merecer.
tf E fe forem rauTas, ou offícios, anniucrfayros, ou trintayros,^1'
para fi, efereuerem, farfehão ao defunto os officios acuftumados
mente, como fc eJIeiflbnão declamará. Efenoteftâmento efcreU
algiía coufa paraparente feu dentro do quarto grão, criado, ou tfi
da,ou familiar que em feu poder não eftejáo pelos quais fe lhes oa ^
acquirá a elles coufa algiía, pofto que o que afsi efereucm valha»
dauiapolaprefumpçãoquehadcfazeréifto , muy tas vezes tern
teftadotes o faberem, & outras enganandoos. Mandamos que P ^
guem outro tanto de feus bens # fazenda para fe defpender e o
pias, q íando elles nos teftamentos ou Codicillos cerrados eítfe
rê parafeus pareces, & familiares. í[ E amoeftamos a todos os
figos &peífoas EccleíiaílicasnolTosfubditos,que não fãoletrâ ■,
nem veríados em fazer teftamentos,nem fabem as follennio» . s
nellcs fe requerem, nem diípor ,& ordenar as Capellas,Motg
fubílituiçõcs, & outras femelhantes dífpofiçóes, que os tefta ^
muy ws vezes fazem, que não feentremetão nifto: antes acon
Titulo.iS.dosteftamecos&tôftâmecéyrós* if$
a
o> teítadores,mandem chamar psíToas doutas, & éxprimentâdâíj
& tementes a Deos com que ordene fuás eoufas.E ifto deuião ttiuy*
to miis olhar os religiofos poios grandes males , demâhdâs , & ef*
candalos de que elles lao caufa,ordenando teftamentoSí & motgâ-í
das que elles não entendem.
^H os que niíío forem culpados alem dos câtgo$,quc fobre fuás cõ
fcícncias tomáo,fe'por culpa ou ignorância fuafe achar que algum
morreo fem teftamentofolenue,oU noteftamento,ou eodicillo fé
acharem diffieuktades, & duuidas,ícrão caítigâdos conforme a cul-
pa & negligencia que tiuetem, & onolíoPromútorjpu as partes 4
que tocar os poderão acufar,& lhes fera fey ta juftiça ínteyramenté*

'Confiituiçáo 111 J. Coma procederá o VigAjfo Gerãmlx&


"■~ cucâo dos tegumentos, quando por negU*
çeneid dos executoresficaaos^
Prelados devoluta*
- ....
!

Ç\ Vando por negligencia dos teílamenteyrõi a etecíição dos


V£ teitamentos,& legados pios fica a nòsdeuoluta.Ordcnamos
* mandamos qje o noífo Vigayroge«*al a faça com muytabreui-j
^de, & diligencia por fi, ou feus officiaes 4 & dentro em oyto dia*
^spois de lhe fer deuoluta, & vier a fui noticia a começ,aú& comi
ft
«4râatce Te acabar com a breuidade pofsiueh
í H fc os defuntos cm feus teftamentos, ou ccdicillc* declararem;
as
riflas, ttintiyrôs, officios , & efmollas, & mais obras pias, que
Mandão que fe fiçáo, & as Igrejas, ou peflbas onde, U âqusm fe de
Uet
» fazer, afsi o cõprira, como os teftamenteyros crão obrigados.!
í E k mandate fazer algúa obra Como he Capella, Hermida9Mof
te r
y o,oij outra femelhante obra ,0 dito Vigoro amandarápor.é
t*rcgão, & arrematar a peflba, ou pefíbas, que milhor & a mais pro
Ue i
y o a fezerem, com tempo certo em que fe aja deacabar* rtdesi«m
5 E <* o defunto mandar cafar alguasotfaas ,ou fazer outras coU- g$g1
Semelhantes para as quais heneceflariâ dilação de tempo, tara ^^
lo
godepofltar o dinheyto para úTo necefiario, em máodepefloa jy Ç£
i
Titulo 2S.dos teílamecos & tcííameteiros.
. abonada & fcja Eccleíiaílica da noíla jurisdição, podédo fer per a'J*
tospublicos, & não deyxando ©defunto dinheyrobaflante para as
ditas obras fc fazerem, fará logo venderem pregão tantos bés mo*
ueis,ou de raiz de fua herança cjae baftem para iflô, & odinbeyrO
depoíí tara pola dita maneyra.
<[Efe o reílador mandar, que fegafte algíía parte, ou cota de fua
fazenda em redempçáo ès catiuos, ou em eímoilas, ou em femelha
tes obras, pias,íe fará iouêtayro de toda a fazenda para fefaberqua-
to cabe, na terça,ou quai ta part?, ou em aqueila que o teftador ma'
dou defpendâtpara que afsi íe náo poflà defraudar coufa algúa, & »*
to mefmo farão os teltamétcy tos tanto que acey táo a execução dos
teítamentos.
4.§./fl»h ^ E fe o teiiador não declarar as obras pias, em que fc lia de gaft1f
4 a
redfyfi» ' ^z^da cjue manda, ou parte delia, comofedeyxafle ceita canU*.
»««^-'*daJededinhcyro,ou cota de fua fazenda, para fe remirem catiu0if>
km. ou caiarem otfáas, ou repartir por pobres,fem declarar quais cat**
uos,oríáas,ou pobresdeuem ler. Emralcafofeelledeyxat íílo n°
arbítrio de (eu tellanicntey ro, elle o fará como lhe parecer, confrr*
mandoífecoma milhor,& mais veroíimil vontade do defunto prC
ferindo os pobres, & cariuos, patentes, & amigos dos duosdtfufl'
tos,aosoutros:Síosdefua fregue2Ía,& natureza aos eflianht;Sc0-
4h.&<!d;mo o dircy to manda. E iíto mefmo fará o noflb Vigayro, quaP^
me'«'''-a elle ficar a execução deuoluta.
f
«*lt de tf 'ri i " f \?'
Jiam 0[ E íe o teítadot deyxar lua fazenda a pobres, ou catiuos, fem w
çer [Til darar quais (e|áo,nem der a eleyçãod.ílba feus tcílamentcyros,^
u3
viamcJct3l\ caí0 p0r q conforme a direytoa nós pertence declararmos <] ^
tttr.A .$.ispobresjou catiuosdeuemfer .Mandamos aos tcíhmenteyf08^
J
tm" *" na0 ^em cou^a a%^a a P°^rcs*ou catiuos, neni a difpendáo fé en°*fl
d tr conta diífo, & nos declararmos, as peíToas,& pobres a que f "
U2 dar íbbpena de lhes náo fet leuado em conta, & o mefm° cúííl"
prirao noífo Vigayro, quando por negligencia dos tertamen1^
rosa execução lhe ficar deuoluta.
3
^ E por que muy tas vezes os teftadores náo nomeáo em feus te" '
mentos executores de fuás vontades, declaramos que não »uefl
Titu lo.82.dos tefiamentos & te
teíhmctcyros nomeados,osherdcyroscófíituidoscóformeadir.ey?Ài/«i *
to fie ão exccutctcst brigados a cu prir fuás vontades fajil nos liga J^; J
dos & coufas pias,cqmoe todosos mais:& ícrão cbrigailQsacom-
pnlas nos melmos tei mosque aos tcftamenteyros, p;$|CÍld.Conf*
tituiçác,& perdi cy to lhe fáo dados, &íob as mefma^ penas. Saib^*^-
Upfendo ligados deyxadospararedcmpcao.de catiuos por qucJ&^y, ,«,*
executo delles guando o teítador náo nomea exeçutotpau4 iaj^JJjj*
Cl
Jrnprà,pcrtenceanós&anofloVigayro» ^ $««';«*
S E outro íi, declaramos, que o anuo & mes, que aCúnamOS» aosij^ ^
^Ihmcnteyros & herdeyros para cumprirem & executaremos %ô «/<-«.
^dss pias dos defuntos,ic ha d^ entender, poílo que aio feja ace.y l((i in$,
Na a herainapelos herdeyros que íóccdercm> ou per teítamente,,';" *****
°.uabintcftaí!o,porq ainda qnaoíejaaceytada ôs legaqQ&piostedfe
rá»&pod;exrcutar,esmo hemais conformeadueyto.,& recébu
dopervfo.
f Mas por que por erta rezão,a execução não fe dilate. Mandamcit
a
°s teftamentey rosque tinto que vier aíua notici i,que ofao: fe*
frança náo fonaaceytadi,détrocm vinte dias requeyraoaolurí ,
S°sobr'gueaceytala aos hcideyrosinftimidcS &t>àoosaucdo,rit
Ba
o queado ler herdeyros, fazédc diíío termo, requererá os ir ais
c
^gadosparencesqlhefocccdremabinreaadjqa aceyté ,fazen»
^° nifto tedaa deuida diligencia, para que feja aceirada,& f.-dentro
"o* ditos vinte dias de pois de taber que heteitamsntey ro,iiáo fizer
Keytar a herança ou a deuida diligencia para queíe aceytelhcaf
"namos mais vinte,nos quais lhe mád^mos ,q a ração, &náoa fc
l
êdo os auemos por pi iuados do officio de executores, & de qualq;-
^dijou proucyto,q por elle lhe foi deyxaqo, como negl.g?te<
ifc porqmjytas vezesacetefceauerentre os herdeyros eicri.os
* abintçftado, & entre diuerfas peflbas duuidas, & demádas íi b t
0s
teftamé tos & herança, as quacs femouéantes delia fcraceyM c
dalgum, néauerpoíredosbens,&duráorruytos annos,&p
e
«4Cauiaas vonrades dosdcfuntosfe náo cunmrcm,conformád'
^^comadifpofiçáodedireyto .Mandamosaos teítomcnteyrov,
^poítoqueahstanjanáoíejaccytadancmper paiaura,nem p*r
tb;a
Titulo, iS.dos teflamctos & teflaaiêteyrosi
V i .\0oM;8rerorcga, ten^^
5;$'£tf^eim^^ efmollas, miíTaSjôdu-
•£?'JT T^05'^íe °ã° Hem' dilatar com difpendio daahwa do dcfun-
tó & fcn
31. *£ >' ?° &Nberis cm fcu poder, requereraao Iuiz competente
mrmdc entr ar ara os
SÍTâíP*; *g >P ^'tos legados pios íe cumprirem,
íMWC.^*
0900
ftzcndo dentro no tempo que lhe àfsinamcs, para cum*
**«»-; ^prir a vontade do defunto, encorrèrá nas mcfmas penas, (c podi*
allegar efle impedimento,por quanto os legados pios íe deuem>#
\ú b5°c!c cuí0Prir> Pofto «F6 a herança fenão accyte.
w'd!!tfS Enquanto os teílamenteyros, ou executores, não pbdem íér
t*n>. .precifamcntecompellidosacey tar eítccargo ,mas fomente não *
aceytando}perdemoslcgados quepor ilío lhes fáodeyxados:&pí>i
deacontefcer que por náo acey tarem, ou repudiarem logo cfrecar
go fe dilate a execução. Mãdaraos a todos os que furem nomeado*
per executores cm algíí teftamento quanto ao que toca aos legado*
&eouías pias,quedo dia queifto vier a íua noticia em trinta dias p'i
mcyros feguintes declarem fc acey tão eítc cargo.ou per palautadi-
2édo o em JUíZO jou fora delic diante de algum tabaliáo publico,oU
teílemunhas, que o querem fer,ou per obra começandoa executa*-'
& não acey tando per palaura,ou obra no dito termo. Mádamos ao
noiro Vigayro geral, & Vifuadores,q de fcu officio,ou arequerirr^
to de partes os tornem á amoeflar, & lhes mandem que decbr^
fe querem fer tcflamenteyros, afsinandclhe para iíTohum bteue te£
mo com cominação, & náo acey tando no dito termo, os aue^a
por priuados do cargo,& de todos os legados & proucy tos que ?Qt
1
rezão dcílc lhe forem dcyxados: Ce fc no dito termo náo ace}tareo
s
firão autos da notificação q lhe fizerão paliados es ditos trinta di* »
c
& como não quiferão declarar fc, & pronunciarão por fentença> *
mo os priuão do dito cargo: & farão logo outro,ou outros tcftan15
tcyros peiToas de boa confcicncia aquem darão juramento que c **?
ção bem, &ficlmcnt9,& de todo fc farão autos, pelos quais pofl*
conflar a todo tempo como forão notificados, & requiridos,^ **°
quiferão.
ttMm q MJS OS tçflamcútcytpi (juc tóa re2 per palaura, ou obra aceyt*-
I

Tituloal dos teftametos <5ctéftameteyrósr i&


tem o cargojnão poderão mais defobrigarfedelIe>&ferãopôt no£
fo Vigayro&Vifitadorcscópellidos,com cenfuras, &com as toais c$.\m
penas que lhes pareíeer, para que acabem a executo do teftamWfc JJJ* *$
to que acey taráo.
*

Confim cão V. Dos teftamehteyíos que defiro dó atm$, ^


mes cumprem os teftarnentoS) f$ das quitar-
es, que pedem, ou lhe Jâo dadas,

SÉgutido direy to â execução dos teíiaméntos póí (ti míxtifoti mk it


pertencea nós, & a no(ío Vigayro, òí Vifitadores * & aos Pro- í^j $i
Uedores,Mampofteyros,& outros minifirosda juftiça feeular,aqué As §£ *
clKey noílb Senhor por fuás leis & ordenações atem encarregada* %$Z? ]
& afsi a qualquer dos noífos* ou dos ditos offíciaes feculares, íe po- W/(^
de dar conta &auer quitação,mas tanto q fc der,cu começar de dar \»*fa j
a hum, ou for para iflb citada a parte,â jurisdição fica ante ejle pre
Uenta , & o outro fe não pode entremeter nelle»Maspoí que touy-
tasvezesosteftaméteyros,ou herdeyros dentro do anno executád
os tellamcntos, & querem logodar conta,&auer fuaquitação,no
que foe auer fraudes, afsi na jurisdição,como na mefma execução*
querédo nos atalhar a iíTo, conformandonos com as leis doRéyno*
Ordenamos & mandamos que fe algum dos teftamemeyros den-
tro do anno cumprir o teftamento, & der conta, & ouuer quitaçác*
do Prouedor ou offictaes feculares a quem pertence fem embargo
diflb o noífo Vigayro^aífado o anno lha tomará ,0U os n«íT°s Vw
fitadores fem poderem allegât preuénção,cómo também poderãg
os meímosProuedores ,Ôc oíficiaes de fua Mageftade pedir & to*
toar a dita conta,aos que dentro do dito anno & mesa derem Hfloft
o fc Vigayro ouVifitadorestpõr <}ue dentro do anno & mes fenão
P^de dar a hu em prejuízo do outra,nè a jurisdição podeferpreuéta»
í E fe algús quifetem antes de acabado o anno &mes dar fua eonrç
& auer quitação legitima ■« O poderão fazer ante noíTo Vigayro, 64
Vrfitadores, & o Prouedor,ou Mamporteyto juntamente^ fendo
fey ta por ambosnão poderão mais fer obrigadosa,dalà* a \
- TitulozS.closteftametos & téftacneteiros.
ff E paífado o anno &mes fe os teílamêtey ros por noflbs officiaesôí
miniftros foré primeyro citados pata daré cota ante noflbVigay*
rogera^ouVilitadorcsem feu juizofe acabará a dita conta,&a
quitação que federfe guardaráafsinonoffoforo,comonofecular
Uf.iM comoodireytomanda .EfeoProuedor,oujuíticas feculares na©
txcef.Ub. quiferem guardar a fentcnça,ou quitação dada por nofíòs officiaesi
Mandamos ao riofíb Vigayro que ptoceda contra elles com cento*
ras Ecclcfiafticas atee cõ efcfey to as guardarem. E pelo mefmo m°'
dofe algum teftamentcyro for primeyro Citado poios officiaes le*
calares ante elles fe der a conta, & fe guardará o que elles detertn^
narem por noíTo Vigayro & Vifitadores: E íe o afsi não cumpria
nós oscaftigaremos conforme a culpa que niflb teuerem. E a fflw*
ma preuençáo fe guardará na viíitaçáo, & conta dasCapellas & C°
frariasqper direyto,ou euflumepertenfe a nós & ao foro feculaf •
^ E para que ceífé todas as duuidas que fobre as citações neíte cv°
íoeauer,pore(taprefentc Conftituiçáo damos poder, ao noíTo E *
criuáodos teftamentos, ou qualquct dos Efcnuács do noíTo audit0"
rio Ecclefiaitico, ou aos que por noíTo mandado forem vifitar, qafi
fem outra córmífáo, nem mandado efpccial noflb nem de noífo V
gayro nem Vifitadores poíTáo paíTado o anno & mes citar todo*»
& quaeíquer t eftamenteyros diante do dito noílo Vigayro, ou"*"
fitadores paradarem conta dos teítamentos: & fe náo acharei*1 j>
teftamenteyroSjpara os poderem citar é fuás peífoas ,con{tando>k
por fúmario de teftemunhas, que tirarão como fe efeondé por 0a
fetccitados, poderão citar húfcufamil)ar,ouvifinho.Eefl:eflir11
riodecomofeefeondem ,ouamorão,por não ferem citadosp
derá fazer cada hum dos ditos Efctiuácspotíi fô, & fobre el'cPl
nunciarcomo lhe confiou quefe cfconma, & por iflo o citou £
D
cuuc por citado na peflba de N. feu familiar, ou de N. feu vi» „'
por que afsi cefíàráo muy tas duuidas,que fobre femelhances cita* j
escada dia acontecem» t
%E outro fi cometemos aos Priores, Reytores, & Curas que P
fado o anno & mes poíTáo citar os teftamcntcyros,paraqdct»
a n 0
S ??? 5?° Vigayro, & das citaçóçs que fizerem mandata .
< ■
Titulo,zS.dosteílametosíScteftamèteyròs. \6z
tidaoao noíío promotor para que os acufc,& nas ditas citações de
dararáo como os citarão por virtude deftaConíUtuifcáo/em outro
Mandado,
% E mandamos fobpeni de excomunhão, & fofpençáo de feus of-
ficiosaonbfíb Vigayro, & Viradores, qnáodèquitaçád<iítefta
toenco que náofcja cumprido :nemíeuem coufa algCpdç teftamen.
*osquenão prouerem,«acabarema conta:&aoiMrioíces,&apó
Nores,& beneficiados das Igrejas* não dem quitação de officios cj
fcjâq feytos, ou teftamentos cumpridos, fenáo em Cabido afsina:
doportodos.

Conflitmcão V.L Queoste^ammtcyros mocorn^.

PO^euitátinconuenientes& cargos de conferencia: acenai r.jrh*.


e
mos & mandamos a todos osnoflbsfubditos, queforem tei% ^"" £*
^nenteyros ,quenáo comprem para fi fazendaalgúa mouel 4 ne jMjm
d« raizqae pertença ao defunto cujos teftaméteyros fão,faluofc trMni.
^à fe vender publicamcnte,& em pregão não feachando quem a ml*
c
°mpre, ou de por cila tanto como elles: & fazendo o conrrairo,
a
>em de ler avenda nulla,os auemos por condenados em mil «para .
°Mcyrinho,& obras pias. . ■
í
cil
H quando fenão achar quê compre a dita fazenda ou de rantopor
4fepoílíiocumpriros]cgados&coufaspias,emtalcarootella
toentcyro dará duTo conta ao noíib Vigayro, o qual confandoib;
$* não ha fraude nem engano, lhe poderá dar licença, & fe deela-
tàna-eat» daarremataçáo,&vcndaquelhefor feyta,comopor
%£je| q-ism a cõpraííe ou.deíf: tanco,de licença do ditoVigayro
Iij
- forão ostaisbees arrematados, & vendidos,
fr
Eeíta noííaConftituiçãofe giiardaràem todos os teftameníey-:
^eccleíliílicos ou feculares, quando a execução pender ôíietra-
r
« em o nofifo juizo eçcjefiiíiico : & tratandofc cm o fccular^guar-
^^ehaoquç polaskiscómús&doReyno efteuerdetermina^
—-. a
Titulados teftâmentos & teítaméntey ros.
Coftfiitmçâi Vil Dosteflamwtàs dosCUtigos,&j%mfi-
úados^ ft} como jc cumprirão > <& como íe
íuccederã em (eus hês.

up .cum A Inda que conforme* dircy to canónico era prohibido aoscle-


ZÍfum. ■f^rigoí, &peíToas Ecclêfiaftkasq não tcaalíé, dos bens acqui-
ã íl£ 0S 0t rcZâ 1 to a
* vto cftefU ' ** n0 ° ^^S ^ > ^ ^por antigo vnuicrfal cuftu«*
w4»í«»*^ y >* * l°da Hcfpanha & dôutrbsReync»CathoJjcos,fo
c
X«T k nd°°' faotos Padres & Paflorçs vniucrfais, & os Prefados ;«#
iorV iô introduzido q os Clerigos,&Beneficiados poííao teíhr de todos o»
fruyt0s& aC( uircm ór ra2a
t"fX Pesque 3 P ° de quaeíqucr beneficios*
»r.^Hf&. por Cóftituiçóes antigas detlc Bifpado nollòs predeceíforesal**
■*i.!í«ír.odccerini<ia"0 conforme ao curtume vniuerfalaprouado, &dtfc-
r mu tos var cs raucs
í/r *»« ^° P° y ^ 8 > &doutos ,antigos & moderno*
t/J™ P«lo queconformandonos com o dito curtume dcfte Rcyno,^^
£*£«* Heípanha immemorial, & com as Conmtuicoes de neflos prede-
w •jjííi/i ceíFores»Ordenamos & mandamos qfe os Clérigos beneficiada*
dc eno
*&£. ^ ^ Bifpado,orâ fejáo de benefícios curados ora fimphces4
feZ6ré tCftâmcm Ucodic &
^íií' ° ° ^°* ncllesdifpoferemdosfruyto*4
?«tó!t/. «ucrem Vencidos de feus benefícios, & de quaefquer outros bens 4
0Í re2a0<le, s
íííSlS P ^ tenkáo com prado & acqúirido, que (e guarde o4
s
i,è.if. *»« ordenaremiflí feus herdeyros, & as peíFoas aque dty xarcm°
ditos becs os ajáo liurem ente.
^"Efeosditos Clérigos, & Beneficiados nSo kierem tcftaroen***
ticmdifpoferem dosditosbcns,focederáo nelles feus hetdeyros^
inteftato como é os mais bcés patrimoniaes.
^ Porem ifto não auerá lugar, nos bees que os ditos Clérigos**00*
ficiadosacqnitirem &déyxarem por fua mottc, quefejáo à&a'
dosâO Culto diuino como fáo Vcflimentas, Cálices , & fcnicl!**»***
30
coufas.porque cilas ficarão a fua Igreja conforme a eirtrauag ^
1
do Papa Pio Quinto i Né Outro fi, íe entenderá nos bcés, * a»**
queforem dasmefmas Igrejas, como fáo Adegas, Cafas, Tui**5»
ou Vazilhas^que feus àntceeflbrcs, ou elles fifcefíèm para vío #*f
*?? Í* ??«*<»* %rcÍa * * f€U8 miniflros por d eOcs tais bes &*iá<> *
mcis»'?
A*-

1 :
■ ' , : - . " r
Titulõ.82káosteftametos&tcftameteyrè^ \è\
mefina ígtejà cujos láò.
^ E fe os ditos Prioíes, & Beneficiados èm fila Vida fizèrãô algua
unificação, nà Igreja, oU feus beésr', oúlhes Foy maíidado per vífi-
foÇao,qiiepofctfem,oufoé&m nâIgreja algúâ coUÍa tudo fepâ^
girados ditos beés& fazenda que ellesdeyxarcm cantes de ferem tú.p™-.
entregues a feusherdeyros»Èafsi as diuidas quedeucrÇ âos criadosjJ"í'0^JÍ
4°sicruitão no têpoq foráo Beneficiados, &às$ fe achat^ fe2&râ0 »*"/• **»
Parafuftenta^áofua&dcíua&miliajfiorqoeccFordica direyrôeC- '
te.» & outras íemelhantes diuidas fedetiém pagar dos fruytós t|èllc§
Vencerão,&beesquefelhc achatem:& $âoos auèndo,dos queô
Wneficio tender no tempoque eftcucr Vago.Èainda fe podetaO pe- fâ, i ài
dir âofocceítbrj como diuidas fey tas em ptouêy to da Igreja; fyjí* t r\
1 Ê pelo mefmo modo fe tirarão dos ditos beês as defpefás dò èn*
terramento & cxcquias^uepot fua Alma fe fizerem ícgúndtí àqiiâ*

lidade de fua pefíba*
í- E por que podeauer duuida nos fruy tos do derradeyró annò chi
que os Cleíigos beneficiados falecem aque pertcncé,& quanta par-
^deílcs fazê fcus,cõrormandonos com o cuftume}& Cónílituições
de noílbs predeceííbres, & dos mais Prelados defte Rey no ■. Orde-
namos & mandamos q falecendo âlgudefde dia de fani íoão Báuti
^âtee dia de Natal logo feguinte do mefmo anrto,vença ãmetã-
dedos rruytosdaquelle anno,pofto que ainda não fejáo recolhidos,
•Jetiá maduros i& falecendo depois de dia de Natal ateèVefpof a de
**m ioáofcguinte em que o anftO Ce âCabá, Ven^a todos os fruy-
t()
s dellccomo fe âétualmetcatcí o dito têpo fettíira o dito beneficio.
5 ^ íè o tal beneficiado tcuer fey ta algua feará, nas terras da í gte- itefinU
i^epois de (am íoao que fe aja de recolher no aono feguinte* quer gj$$
^c£Unces,querdepois^otlqualqueroutta nouidadequepondá, #* £■£
c
P «cnceráoem folidojáafucceílbt nias pagáríg háô aos herdey- àylUã
*°»do defuntoâs defpeía* * fementes, & gaftos que nás ditas feáras dic. '
^ beês teuer feytó cujos fruytos ha de âuer ò fueceflor.
f E omermò fefaíá c asnouidades,quclaurarcm & femearéjiiôs
paíTais.E a diuiíao & vencimêtode frtiy tós acima dita áucrâo lugar
!? Ptiorados, & Rey torias, & outros beoeficktf curados porque
Titulo, 2$. dos teftametos & teftatneceyros.
cite? fe vencerão ametadepaífadoodiadefam Ioào,& outra amc-
tt-de <iia de Natal.
^ M as os fruy tos dos beneficiados fimplices que pola maycr par-
te fe vencem pelos dias, & horas de rodo :oatino, fe vencerãopro
xará do tempo, que o beneficiado viucr, & as merecer, & desâo dia
que morrer psetcoecráo aos prcíenresfendo os benefícios de Igre-
jas col!cgiadas,ou de nolíi Ses Carhedral,aquem conforme a direy
to,actcccm os fruytosdostais benefícios ,em quanto eítáo vages,
& dep o 1 s d.5. peou idos fe da r áo a o íucceíiòr: & fendo o be n S c&
fr$P.texqienão feja daIgreja coliegiada comoíaoalguasCápd-
*. iu*r. las cccJeiiaíticas, prouidas em titulo de beneficio, auerá o defunta
uíml' ostruvtospro-rata do tempo queferuio,&viueo,& naomiis^ey
irmm» tacompjca^áo igual por todos osdias ou nicfcs do anno para íei-1'
f.^yí».- o-i\o qis vem a cada mes & dia, & o mais fe dará ao fucceíTor. E c»

«4 *.-.ii«4 /Ja h im teuer cm os feuy tos de algum beneficio, ora feja em fruy i&
"linfa °ra,e nd nneyr0:P°«"quanto ocurtume,*&Cóauuiçõesdenoífr*
/«{iii i predeçeilores hão ijgir fomente , nos que tem b-neficios curada
1 s
Mna ^Ã^^^^¥4A^ E cóformcadireytoa diuifáodos fruyt°
*M «.«• dos benefícios &penfoes£deue fazer pro rata do tempo que cada
hum íçrue, Seremos encargos dellc. Polo que m uid imos que etf
lojosos beneficios fi nplices^roltirnonios & penfóes fe faça diui-
fâoproratacomopordircytofcdeaefazer,& nos curados fòmc0'
te fe gu ude a q ie acima d>íT:mos dos que fallecercm paliado dia #
famloáooudeNatal.
. f E outro fi, mandamos que a dita díuifáo dos fruy tos dos bé»?;
ficios, catados & vencimento dclles, aja lugar fomente nos quÇ
vagarem per morte natural. Mas vagando qualquer beneficio
curado per renuncíacáo ,ou priuaçáo.ou «jualquetoutro fo&t
ú
íhante modo que não feja morte natural, auetá o que dey xar, °
perder, cmren^nciaroditobeneficio,osfruytosfômentedo t*ífl'
po que o teuc & feruio com boa fee, & os.màis fe darão ao íucccflbr
aqué pertence/-y ta igual cóputaçáo, de todos os fiuytos,polo^ nlC
fes^diasdoanno Como acima "diflcmos dos benoficiosilmp-íc*'5.
Titulo.28.dostefiamêtos«?cteftameteyròs. \ty
% E quando algum Prior ,Rey tor,ou peflba que tehhàbeneficio eu
rado, morrer depois de dia de fam Ioáo,em queoanhOpâraOVeft
cimento dos fruyms ecclefiafticos, & feruiçp das Igrejas ÔibenehV
ciosfecomeea,& vencer ametade conforme a eftâConítttuiçãoiott
falecer depois de Nataí,& vencer lodosos fruytos daquellc annô
atee o fam Ioáo feguio te :por que as Igrejas em quanm eíteuetem <
vagas náo careçáo de quem as Grua, ou O íucceíTor lc nette anrto foi
prouido, tenha com que fuftentarfe. Declaramos & mandamos
S«e dos ditos fruytos que venceo fe ha de pagar ao Cura, ou pcíToâ
^eferuir oditoannoo eftipendioacuítumadô,oúâquiUôqânos'
°u a noíTo Prouifor parecer juíb, âfsi como dos melmos frUVtosf<i
d'Ucm pagar os outros encargos reais da Igreja que para o miniíte*
rio fpititual & temporal della^eíTemco tempo fáo necetfarios, :
5 E quanto aos bes pattimoniaes que os Clérigos teuerem acquiri-
to* per ittáode fua peflba, indullria, & ordés, que todos tem nata
»&a de patr imomaes i poderão difpor delles liuremehte comolhe*
tateícet- E falecendo tem tefWmento, lhes focederao {eusparen.
l
« abmteíhdo atee o decimo grão, computado conforme a direy-
to ciUll. E náo tendo, eu nác te lhe achando parentes atee o decimo
g"o todos os bes per feu falecimento pertencem atgreja fca tinha
6
náo tendo Igreja a nos ou nofla:,camarâ conforme a direyto pa' f4p,ifau
8>i fuasdiuidas,&cxequias,Ôinos os gaitaremos em obras riu&* *^£j
ítionosparefcer. t ^taioa'
S* lembramos a todos os Priores,ReytorCs, Sc Beneficiados defte *££
R
°ÍTo Bifpado quando per íuasvkimas vontadesdifpoíetém de íe *.».*.*

*» obtisa&od te de lhe rcfpÕder CÕ o agradVcimetodeUido* & títo


c
^r íeuacreântamento,6í dalgúas faltas qoepodiãofazer âfsi em
^r^omonarefiéencía &feruiçoda mefmalgrcjâ^ortezaodas
JMi bj jiifto que lhe dey xem algiía coufa may os mete dos bees&
r
P° rezão di meima Igreja âCquitiráo. " . .
5 E outro fi| náo deuem enrequtcer fetiS pàréteá cóosbees daslgtf aig
*Al focorrellos fendo pobres CÕO q> for neceflario* juft* ^
1E paraqos beés dos Clérigos noífos &*& «^X
*

Titulo. 28. dos Éeftametos & teftaméceyros.


rezãodos benefícios comD ospatrimòniacsfepoflao comfedelida
de entregar aquém pertencem, fcdiuidir conforme a eftanoíFaCo
ftíCuição&Q$ dedicados ao vfo das Igrejas fe lhe demlogo,&a
fattsfaçáo de feus criados, diuidas& obrigações & os encargos da$
Igrejas, & vificaçõesde feu tempo fe cumpráo inteyramente:Man-
damosao nono Vigayro geral que tanto que algú beneficiado fa-
lecer no mefmo dia fendoainda horas,ou logo no feguinte per fi otí
pelas pcilòas que béihcparefcer, faça inuentayro de todos os beés
moueis, & de raiz, diuidas, & auçóes que per feu faliecimen to fica-
rem: & fe aualtaráo todos per peíftas que bem o Gibão fazer:& afsí
no mefmo inuentayro fe efcreueráo todas as diuidas que deucrem,
& òs criados que aótualmentc o feruiráo,3o tepo de íeu faliecimen-
to. E feyto o dito inuentayro fe entregarão os duos beés apefàa
abonada de nofla jurisdição, atee fe determinar aqué pertencem*
^.1 c. /»- ^ E porque algúas pcíToas cora pouco temor de Deos, por auereiíi
osbcés<ías círoas
ni»th. P aquém efpcrão,oudefejãoíuccedcr,húas vezeV
uri pro> coro medo, outras com enganos, &diuerfas artes, impedem aos 5
Hkttwr. q^rem fa2cr teftamento, que o não facão, nem mudem o quej*
Seuerem feyto, ou os obrigâo aos deyxar a elles por herdeyros, °ú
as pcíToas que elles querem: &pereftaviafc impedem rouytosle*
gados, & obras pias, que os fieis Chriftáos deyxarião,& manda***
0
áo fazer,fc liuremcnte osdcyxafíetndifpor de feus beés.Defejand
fa
nos atalhar a eftes males pelo q toca as igrejas, & lugares ,& ob *
pias.Eíftreytamenteprohibimosa todasas peífoas Ecclefiaftif3* ■*
íecuJares, de qualquer eftado & condição que fejáo,que por tc&oU
ou manha não impidáo a peflba algúa, fazer teflamento, ou codi-
cillo, ou qualquer legado, cu vitima vontade, nem mudar o quc I*
teuer feyto, nem os obriguem a inftituir alguém por herdeyr°ca
s
tra fua vontadc,nem a dey xarlhefeus beê^nem tolháo aos Priore >
iReytorcs,&Curas, &Re|igiofos q.quiferé có osdoétes tratando
0
que côucm a fuás conferencias & a difpoííçáo de feus beéSjkllaf* *
COmelleS:nem n*T*kJ.Ó,.r «., «.í^^ LSc^.t \U-Ctv.erbv*
oU
. tentos,Eos.qucperfi,ou interpofitapcíToa, por modo,
cigano, ou qualquer outro meio illieito, & injufio prohibiren?oU
Titulo.zS.dosteílametos&teílameteyrÒs. \6$
«"pediremalgum fazer, òu mudar liurerncnreíeu teflamento,ou
0
confrangerem para que contra fua vontade liure, inftitua outra
Pcflba,oulhe deyxe íua razéda, encorrerá poreíTc mefmo feyto cm
íentença de excomunhão mayor, & aucrá as mais penas que por
<heytomerefer, & fc foy caufa de fc tirar,ou não deyxar algum lc-'
gado pio a a!gúa l gteja, ou lugar pio, ou pelToas Ecclcíiatticas, oU
pobres, orfaos, ou mifcraueis, não feráabfolto atee pagar, Ôcfatis^
^zer de fua fazenda outro tanto como o legado que afsi fez tirar,
f Efendopeffoa Ecclefiafticade noiTa jurisdição, lerá prezo, & do
Aljube grauemen te caítigado,conttandolcgitimametcquehe culj
Pado, em alsúa coufa das fobteditas.
•- ••

. ,,...» —,—••, ^—*~—>--«-« - ' t "ty

Conflitoicão Vlll Qttt os tejiamentos feytos m atufas ptm.


fccumprâo,pojloquenão fejâo feytos cornas^
íolennidaâes que o dtre-
ytorequere,

Egundodireyto Canónico ,ostcftamentos que fao principal- c^rfc


mente feytos cm caufas pias, fedeuem cumprir , poftoque fc te/l4nh
%ão (km as folcnnidadcs que o direyto requere. Pelo queman* ^j£
^tnosfob pena de excomunhão ipfo facto incurrenda,a todos os iiu
Regedores, Iuizcs ,& officiaes de juftiça Ecclefuftica,ou fecubr
^«noffo Bifpado,qucaprefentandofle ante elles algum teftame-
l0
> ^o qual feja inftituida por herdeyra algua Igreja , MoHcyro, & j
^0ÍPital, ou lugar pio, ou fc jáo dey xados todos ou a màyor parta
°s *>é$ alugares pios, ou pobres, ou órfãos, mifericordias>ou qua-j
c
%icr omtas obras pias, poíto que nellc não aja o numero de tefle-
ftlu
«Has qUC as leis imperiaes, ou do Reyno requerem,auendo pro-f
*jalegmmade duas teílemunhas, ou qualquer outra proua,quc pef"
,rc
y to he baflante pêra prouar qualquer contrafto, mandem cura;
ptir
& executar o d Jto teftameto & o ajao por valiofo, & aos hctdey
K hora fejãoefcritos,horapretcndáo fueceder abinteftado & to-
$!* quaefquer outras pefíbas Ecclcfuaicas,ou fecularcs de quah
^ * —*—mm. r^...§ *.— ~~— - q* queç
i—>'f*«
Titulo. 18. dos teílamétos & tsftameceyros.
quer condição, & eRado que fejão: Mãdamos foba mefma pena<fc
excomunhão & vinte cruzados, para obras pias, que náo impidão
per íi, nem por outrem a execução dos duos leftamcntos.
E fe a, JÍI1 íe
Uclmlo. ^ g g^o pio for dcyxado em teítamento menos folen-
n^Àe tsf- nc q Je nao íejà fey to em coufas pias, por náo fer auiriguado em ài-
***• reytofe fedeuc cumprir ,&auemi{ra diuerfas opiniões ,guard>
fe ha o que parefecr mais conforme a direy to comum, fauoretó
do cm <Jaaida as couíàs pias, como per ducy to láo obrigados.

fSfSf Ifc é a,S5 teítamento fey to em cauta pias, for mal desherdâdo
l,b r r
J /t 1'e°* pretendi algum filho.ou herdeyroforçada,qjanto a inftintf*
0
UtJ''V* áoherieyro, ou hjrd;yros, o teíUméro não valerá: mas fe foi
nelle deyxado algum legadado pio,fe cuprirá como fe fora deyx*',
do cm teítamento peifeyto.
E fca, um mho íamilias
dihífc'. Í- § mayor dequatorze annos deyxar J-
ttjtsm. ' gúacoufa por íua alma, dos bis caftrenfes, ou quafi caftrenfes <{&
teueacquindofecumprirá,ainda que fejafem licença de fcuPay»*
cujo poder cHcuer, &dosoutros bés que não fore cattrenfes ou <{&'
fi,com liceuçadefeu Pay poderádifpor por fua alma, & o quea#
ckyxar feguardará.
E tU uc eyxar cm ua u ç
ítíkí' ^° ° ^
ou obras ias
*° ^ R 4 « teítamento, para coufe >
SSF!I P fe poderá demandar, ou no juizo fccutar,ou ante »ol-
ta
abom
. Wí. fo Vigiyro geral: onde píimcyroa parte for citada :& fobasd» *
bus Mi/r penasdeexcomunhio &dmheyro, mãdamosasjuítiças fécula»
*g nao impid ío os noíTos ofíciaes tomarem conhecimento dos tcft>
tâlrl

mentos, oulupres pios fcprimcyro começarem, & aos notí* °J*


ficiacs: Mandamos q31njo impidão, nem inhibao os fcculares, &
por ellcs a jurisdição for prcuenta, & as fentenças que paíTareifl &

quefecumpráo,&g!
fo foro, como fc deuem guardar todas as mais , que fe derem fcbr*
cf
c^. ». 4e as caufas que pertencem a cada hum dos foros, per direy to, ou p
?»***. cunumc.
es*
Titulo.28.dosteftamêtos&;te(lameteyros. t&i
CofMmçâ6tX\ DAt ptflitat ftefrt dirtpú Cátiónicd mb
podem fazer tejlamcnto, ainda que
Je]a em cottfas pid/.

POR quanto per diréy to Canónico alguas pefloas pertocul- CQ.pa»


pas,fàoprohibidasfazer tcitameuto6#conuemaísi para cafti- ?*;£*[*
0
{> sdosq tais crimes comete, como pata exemplo dos outros, q
0s
agrados Canonesque íftodiípocm, feexecutem.
IOrdenamos & mandamos que fc algum público onzeney roque
% conde nado, ou tido 5c auido por tal, fezer teftamento, codiciUj
'°>ou doação, qoe em directo fc chama, ciufa mott» >o tal lefta»
^ento, fe tenha, & aja.pot n ullo aísi no foro fecular, como no Ec«
c
^aftico: Siluo fe o tal onzeney to ao tempodi morte, der caufáo
^ciente,na forma do dir eyiosde reftituir o que por onzena teuet
ac
4uirid0jOU axialmente o reftituir com effcy to. E fc depoisde ter
^ adiu caufáo feprouar, que tornou a executar onzenas, ain-;
^ Sue ícia em ícgvedo,o tal teftamento fera auido por nullo.corno
€ta
l cauíáo náo teuera dado.
í^poftoque em o talteftamentò,o publicoOnZctlcyroinítttuâ ai*
BaaIgrqi,obra,oucoufap»a,ouncllelhcsdeyxcalg3sbés ,o tef»
^«uto iç£á nenhum, 6c Oí legados pios fc não poderão por elle
pedir.
'l^S^rç (uiz Ecciefnííico, ou fecuíar mandar cumprir algum
^*»« uo d) onzenevro publico quelhe confie que cm talcftado
J''Jrrcon.io re htaindo as onzenas,ounáodaodocauíáo,comodl
f '/> encorfera em feqtc^a de excomunhão, & vinte cruzados pe*
à
^ puis; & auerá as mais penas que per direyto mcrefcerE d«
c! vxu
y* » q feauerá por onzeney ro publico, não fôméte o que puj
^ nu-nte emprefiac dmhey ro com on2 ena, mas o que por via de
ta
'J?£ »°u penhor, ou outro ícmelhante contraio paleado a fizer.
J **nismcfmaSpenasencorrcrãoosTabaUáés,& Notayros^qfi*
rcn
^ vtcaitnemos de onzensyros públicos j que antes deõs fazei
J* c*wt€m.as onzenas, ou nãoderem caufáo >ou nos taistefta*
-;2SS k{m tcftimunhas, ou ajudadores.
TITVLO XXIX.
Dasfepulturás,&das peííoas aquém
fedeuem negar.
r.
Conflituição primeyra. Que todos os fieis fi
• ■ enterrem nas Igrejas, ou
Adros Jagrados<

0
IGRE! A Carholica gouernada peloSpiri'
San&o, ordenou & mandou, que todo*05
fieis Chriftáos fcjâo enterrados nas Igreja
ou Adros dcILs fagrados,afsi pera que k)i0
ajudados pelos Sanâos, aquém as ta» ígrC'
ias fáo dedicadas, como por que os parenta
amigos, & fieis ChriíUos, qUe a cilas con-
corre n aosdiuinos officios, Sacramentos & Orações, vendo fu**
kpulturas, fc lembrem de rezar por cllcs, & fazer efmollas, o&r<3Í
& fãcnficÍDS,pclos quais mais cedo fcjáo liures das penas do W3'
tono.
f E a mefma Igreja Catbolica manda que aquelles,que môrrff^
impenitentes em peccado mortal, & os herejes, infiéis, o^%'
maticos, que fe cre qae morre tais, aos quais os íuffragtos da lgre'
ja nem os lugares Grades náo aprouey táo não fejáo ndles c»tCÍÍ
rados. ,

^ Etambem manda negara fepuítura Eccleíiaílicaá outros a% *
comosaos qu- comete algús graues exCcflòs, para q os outros ^
do quç ainda depois de mortos a Igreja os cafliga, fujáode ot cQ&
ter.Epara quefefatbaq uisíao os cafosem que a fepuítura^ctíeíi
gufe: Ordenamos, & mandamosa todos os Priores, Rsyt0^' =
Cép.ptut Curas, & mais Clérigos deíle Bifpado, quenão enterre em hff*/
àc b«m j0>.jnficJa|gUmjho^fcjamouro,horagentio,né hereje, ouap°
tatá que a Igreja tenha, & julgue que morre tal, ou cóflar difloíu \
íicientemente. ' '"""" "~~
Titulo. 29. Das Sepuluras* 167.
í Nem outro fi darão fepulturaEcclefiaítícMOsque forem publi- ** gjg
cos onzeneyros quefejão tidos & auidos por taes: íaluo fe á hora tipMyn
m tn
de fua morte reítituirern as onzenas, que teuerem leuadas, ou de* -
Wtn caufão a iílo fiifficiente: por que doutro modo deuem carecer
defepolturaEcelefiaftica.
í E depois de feus herdeyros,poi íeu mandado tacito,ou expreOo
^ituiceruas-onzenas, poderão fet enterrados em fagradp,ou le*
Mos a fepultura Ecclefnftica.
f E fe os taes onzeneyros públicos morrerem (em linaes de coo*
Kiçáo, ainda que os herdeyrosreftituão as onzenas, não ferâo en-
trados em (agrado»
ÍBoutroíi,náoaueráofepuíturâ Ecclefiaílica os que morrerem Cap.t.Jt
ttr
» defafio publico ou particular. úS jrid.
$R o que morrer excomungado de excomunhão roayor, fe/^
m
orrer com manifeftos finaes de contrição, fera abíoiuto depois U9,
^ morte, & depois de abfototo fera enterrado em a Igreja, ou Wjfffl
Adro:& (cus hccdeyros obrigados, a fatisfazer, & pagar tudo, o t***b\s*
h /• 0 Y defenitm
r°tque foy excomungada. txcómuni
TE os que forem nomeadamente interdtaos,&aquelles, a que gg.^
Ctli
vida era interdiòto o ingrefíb da Igreja. ru as ?«i
dejintertt
í B o Frade ou Rcligbfo profcíTp, quç morreo com bens pro- excoman*
* «-*
lib> 6.
^E geralmentetodosaquellesque morrerem em pecado mor \fJ^
tal
> oupor fe matarem comdefefperaçao, oupor fe nao quere- mmbt,
let11
conftíTar,tendo lugar para iífo , ou per outto femelhante bl0^Hltl
modo.
E
í dalgum contra derey to & efta nofía Conítftuição, admitir a
Mtura alguns mortos nos cafos fobreditos,emqueodereyto
?s Ptiua delia: Alem das penas que por-d^rey to encorre, ficara
íuf
Pcnfo, ate auer de n6s difpenfaçao, & pagará vinte cruzados
Para
a fabrica da mefma Igreja, & Meyrinho: & a faa cuitale-
ta
brigado a defenterrar, ee tirar dos lugares fagjados > o que
c
°mra dereyto enterrarnelles,podcndofç t^mt dos corpos w
oflosdosfi
^ " C,#-
Titulo. 29. Das Sepulturas?
Couflituiçâo. JLQUícadabttmpoffae[colherfepttlturà
liuremtnte onde lhepareícer.

S?x!c. A Sa os
« antigos, nos incline,& deua.meueí a querer que íeja-
jraurnita mosenterrados nas íèpukuras de noíTos Auòs, & antepaííados:&
?/j^!'osCanonesant^ de cada hí/:
todauia porque pode ocorrer muytascaufas pelas quaes fcjajufto
efcolhernouasfepuIturas,permiteodcrcyioacada hum.qaepoíTa
eícolher fepultura etn qualquer Igreja, Moftey ro,ou lugar Ggrado
que lhe parefcer:com tal que efcolha,outro lugar melhor, ou igual
a fcpultura defeus antepiífados. Peloqueordenamos & manda»
mos que qualquer pefloa hora ieja home, hora meJher caldos oU
foltey ros, ainda que eftem em poder de feus pais j fendo mayoreJ *
as fêmeas de doze, & os machos de quatorze anos,em vida ou po*f
niorre,pofsãoliuremcnteefcQlher(epulturasem outra parte,qt»e
náofeja em fua freguezia, nem na fepultura de feus Auòs: &efcO'
lhendo lugar igual ou melhor,fcjáo enterrados em a fepultura cps
eícolher é: &: os que efcoiherc lugar menos cóueniente,ou náo cíco
lherem fepultura em vida né por morte, ferâo enterrados nas kj
pulturasde fèusÁuós, &antepaííadosjfea teuerem.-ainda que fcjâ
fora da freguezia,ondeao tépoque fallecerem fort ffeguezes.'pof
afsiferconformeadereyto. E não tendo fepultura certa, & peípc-
tua de feus Auós, em tal caio fe eíles a não cfcolheré,feráo enterra •
dos na fua freguezia dentro na Igreja ou no Adro delia, conforta
. a o eftado,& qualidade de fuás lpeiícar.
<f. f. Vxí- gr r>
fc * . . . _, , . . 1 J-
ti.%Mt. ^ quanto aos mininos, ou mininas que mo chega ré a idades
d.clicet. quatorze &dozeannos.q perílnáopodeeíco'herfepultura,auedc»
cuftume de quarenta annos legitimamente preferipto, queíc^s
pais, ou Auós, ou tutores fubcuja adminiftraçáoefteuerem ao te;
po da morce,(ha efcolháo,ferão enterrados,onde os ditos feus Pais,
Auó*, ou pareces efeolheré,fendo lugar cóueniente como dito lie*
l
^ E náo auendo cuíiume de quarenta annos legitimamétc p***? \
ptoqdé aos Pais, Auós,& tutores fuculdade para eícolher aos mi-
" " — - - - ■ ■-" nino3
Titulo. 2p. Das fepulturas» 168
ninosque fob fua adminiftração morrem fepulturâ, ou efcòlhèfido
lhe ellesaque náódeuem,ferâoiepultadosnâs fepultUfas de feUs
Auós, fe as ieuerem>& fenac na fua írcguefiatm lugar tóuenients»

Confrui cão 11L Qtttnâôà)* entre ôs elerigds $ nlqhfà^


*"" cofjtrachs ^ nem come [as {obre ai jejmlturai^nm
façâôjurar,<T)otaroHptòrMnY adifieis,
que Jc fepultarãô imfu4i Jgrijds»

POR q a cobiça q he raiz de todos os males, fe deue fugir mu y- j*h^


tomayormente ,os Sacerdotes, ôc Religiofos iConrormân* j» J,
donos com os fagrados Cânones i Ordenamos & mandamos a tô*
das os Priores» Rcy tores, Curas, Collegios , Moftey rôs, & peííbas
* tccleftafttcas q per ft, nê per interpoftas peííbas induzãô peíToâ at-
* gúade qualquer eftado ou qualidade q feja aq vote, ou prometa co
itfratmto, oufem elle,q feentérârâ nas fuás tgtejas, Moíteyros, ou
Collegios,ou tende ja efeolhida fepulturâque a náo mudará * mas
deyxema cada hum ítureméte efeolher fua fepulturâ óndequifèí*
^ E fe algas contra direyto, & efta noííi Conftituieúo petfuadirê,
c
u induztré,hor a feja é confifsáo,ou fora delia *por qualquer modo
a
'gúâpeflba aqueefcolhaêfUisIgrejâs,ouMortcyrò$> ou Collegi
0s
fepulturâ, ou que nío mude a que teuet efcolhida^ncorrem cm
^cõttiunhão mayor referuada a See Apoftolicâ>da qual náo pode tUjfit**
k\ abfolutos, fe náo em artigo d \ mor te, E os que induzidos pelos Pj£'J;*
Perigos, Seculares, ou RehgiofoS jurarem,ôU prometerem de fe nis.
aterrar em fuás Igrejas por nenhum modo feráo nellas enterrado*
nc
m poderão efeolhet fepulturâ em aquellas Igrejas que promete.
íetl
* ,nem em outra algua, m as ferão enterrados, nasfepulturas
I ^fcusantepaíradosjfeasteuetem^&iiáoâstendoemfuâfregue-
focomo hs dito na Cóftituiçáo pteccdéíe, & nos lugares ofidepéf
^rey to deuerão fer enterrados fe morrerão fera efeolhet fepulturâ.
í E fe os ÍUligiofos, ou Clérigos, com pouc^temor de Dcos pre*
f^tnirem enterrar em fuás Igrejas, ou Mofteyros, os que induzido*
N cllcsafsiefcolhefé fepulturâ,ferio obrigados, a t0ttòt os «**

í.
Titulo. 29. Das fepul tu ras.
posqucaísi enterrarem as Igrejas onde per direytodcuêrão fer fe-
pii)cados,fe não c (colherão fepultura,todas as vezet que lhes forem
pedidos, dentro de.dez dias contados do dia em que fe lhe pedirem.
^ E ourro fiferão obrigados a rcftituir ás ditas Tgrejas,onde os tais
defuntos per direy to<ieuerão fer enterrados, tudo o que por occa-
fiáodadua fepultura ou enterramento lcuaré,cu por qua quer mo*
do lhes vier dentro cm dezdias,contadosdodia em que aísi enter-
rarem em as ditas igrejas os ditos defuntos por elícs induzidos, & I
â.c t.f. paliados os dez dias não reítituindo inteyramcte, ficarão fuás !g?e*
&
fuitt/r Í« Moíleyros interditos, atec que có cftcy to íàçãointcyra retfij
í»6. luiçãode tudo o acima dito.
f E para que venha eíh noflâ Conflituição a noticia de todos-Má-
damos aos Priores, Reytores,&: Curas, quepor fiem fuás Igrejas
a publiquem cada anno húa vez, ao pouo: por que ignorantemefl* j
te,náoíã£áo oquepordireytolhcshctáoprohibido. '

Ctnfttuição Jllh Que fe mo leue dinheyro, ou coufa ttm*


pordpelas jepukuras^nem íobrt
■ 'fi0 ty* contraãos,

fiffifji (^) ecoamos & mandamos,' que ncnhuis pcflToas Ecclefol


tuti7.jA fHvJ ibeasderte noíló Bifpado,, peção preço , nem coufa alga*
tc,n otal las c as
%V$4, P P° °u » & fcpu!turas,ncm fobre iflb facão coitff^
r
ttfitnâ.^ étos, ainda quedigáo que o ieuaopola terra, ou lugar, que dão p« *
lH 1 11
' ' ríellef- fazer a fepultura: nem deterão os corpos dos defuntos,^!
impedirão, ferem enterrados atec lhes darem aígúa coufa cemp0-.
ral, ainda que fçjaacuftymado, mas enterrarão todos os defunto*
i.c.ptnx. nos luga res, em que per djrey todeucm fer enterrados fem o$ ím*
jtòt? &. R^írem>ncí» deterem por lhes não pagarem antes de fepultadoso
c
mama. que hc cutiume darfe, nem lhes pedirão, ou tomarão por iífa P *
»hor .liguminerxi outracaufao, mas entcrralos hão liuremente, #
cC
4%$kk decuterrados, poderão pedir a efmolla, ou offerta ,quc P
cuitomç íi*s Igrejas íc foc dar ,por rezão da fcpultura,& o ncílb Vft
Titulo. 29. Das Sepulturas. 16$
gaytõ geral compellirà, os herdeyros ou teftaraenteyrõs dos dera*
tos, quecumpráo o dito cuítUme» por (et p»ò4 & louuaucl.

Confatuiçâo. V. Qtie os Zdigiofa M tjligiofo mofí


rendo Fora dos mofteyros) fe\ão trazidos
ãdUsi&tiáopojfâotfCó*
lhe? fepttltiirt.

OS Religioíos & Retigíofas, que por algua licita câufa elleue2 c*p: v/ff»
tem fora do Mofteyro,com licença de feus Prelados, feacon £'£
tefer fallecerem la, leião enterrados em feus Mofteyrôs, podendo
<ó>D0damenre (et a elles trazidos:& fallecendo t ã J longe dos Mof-
tcyrcs, quenáopofsáo fer trazidosa elles,feiã >cntettàdosnasfe*
puhuras, que feus prelados lhes eíeolherem:& fe feus Pfcelados não
ptouerem niflo, então feráo enterrados, onde elles mandarem: &
auendo no lugar onde elles fallecerem, oupettOiMofteyro da mel*
ftía ordem, os enteirará© nelle, & em nenhu outro cafo fera lícito
a
os Reltgiôfos efeolher fepulturâ.
^E os que forem dimitidcsdeíeusMoAeyro$,kdeyxadoSànof.
k obediência, fendo noflos fubditos, lhes damos licença, que cfcO-
%0 fepultura: mas dos bens que teuerem não poderão difpor,fem
^oilà licença, por pertencerem a nos, como feus Prelados & íupô-
ÍÍQ
res, que em tal cafo fomos. Bteftando de feus bens fem noííalk
Cc
nça, cu fallecendo sbintefiâdo, todos os bens que por fuâmot-
le
ficarem, íe arrecadarão, pêra nos, & noflà camara,como pot di$ ,
íc
y to he determinado*

T ITVLO. XXX; m«>


Das viíltações, & Vificador6s,& dos tm fo
tempos & modo em que "**
deuem fazerfe.
Yv Confíir
Tituló.iõ. Dâs vifitaçoes, & vifitadores,
€ Constituição. J. Qye todas as l%re\as íe\âo
rvifitadas
Lt_A-* iJmi
ao -
menosbua aterem
w—_ *>
f

cada bum Anno.

Vifitaçao das Igrejas hc tão importantepei


rao culto,diuino» & reformação dos coítoi
mes, íaftigos>& emenda dos peccados ptf:
blicos,& conferuação da religiãoChriftam»
que per muy tos Concílios vniuerfaes,&Ca
nones fagrados, principalmente pelo Con"
e
cilio Tridétino fe encarrega muyto aosP* "
lados qpeflbaImcntcpodendo:& fendo impedidos Iegitimaméttf»
fane de ce
Jibus in & per peflbas idóneas, vifitem todas fuás Dioceíis. Polo qnós defe

24. de re~
jando cumprir com a obrigação de nono officio pafioral: Ordenâj
form. gt~ mos & mandamos, que todas as Igrejas de noflb Bifpado, & Iogaj
nerali çj.
res pios de nclíajurisdição fejão vifitados húa vez em cada hú âtiOt
Cap. 8. & & não podendo nospeíToaImentc,pcr noífos Viíitadores,os quâC*

V auendojuftacaufa poderão vilitar mais vezes as Igrejas, & luga"


res que lhe parecer que diflb tem necefsidadc.
^ E o fim aque deuem dirigir fua vifuação he, primeyramete pW'
tar boa & fàm doutrina extirpando as herezias, ícifmas, & luptf*"t
ções a ella contrarias,conferuarosbons eufiumes, & emendaroS
mãos com ameftações, repulsões, &caftigosconueniétcs: enunaC
aõpouo o que conuem peta fua fà!uação> & incitar os fieis avif'
tude, paz, & conformidade, & fazer tudo o mais que lhe parecer <I
conuem paraproueyto de noífos fubditos.

I[ Constituição, II. Quaes deuèmfer os Viftai


tt) fuás qualidades,

PO R que a viíítação geral he cargo tão graue,& de tara if^P^


*..»./vy. tancia, manda, & encomenda a Igreja fan&a aos Preladoj>S
ÍÍÍTJ. Prendo vifitcm as Igrejas, ficouelhasquclhefáo encomendadas*
em cada hum anno,ou fendo a Diocefi táo grande que em huann
V
Titalo^o.Dâsvificaçoes&viíitaaQreâ» 170
£ n.u:: b^ílâ vifitar toda,ao menos feia cada dtaus annos: & não Wfif. *«$
podendo per no façao per ícus vihtadorcs.
9> O uuacsper* poderem cumprir co asobrigaçoes de tal car- &
go-, conuem que na idade, íciencia', experiência, vida, & cufttf- !
tncsfejáo tais que faibâobcm decirnir as culpas .& aplicarlbeos
*?rned»os conuenicntes,&qucentendáoquandòdeuem vzar de
cHirdofasnrnoeftaçõeSjôc reprchenções, ou do rigor >& caíU-
go> & fí.ialtiiemc enfiuar boa & fan&a doutrina, plantar vuW-
tuvks, & extirpar os vícios q he o fim da viíitação como abay-
*o íe dirá: & por iflb: Ordenamos & mandamos, que fejáo to^
dasosqucouuercm de vífitar Sacerdotes, de idade de quarenta
*anos ou pouco menos* Doutores ,JOU Lcccnciados, ou ao me«j
nos Bacharéis em Thcológia ou Cânones, peílbas grauei, Sc de
*Jtoridade,os quais náo {òíícm aceu fados dealgúcrimcao mc-

Ciente co a palaura,& dou trina, mas com o exemplo de lua *,tj\


^da emendem & reformem os outros.
»

CoHÍíituiçáo 11. Doicrnpo em <pte amem os fpifutdofú


comecArJQH <vi(itar em cadti hum <to«
--*» * 1 u —'
no, cr (e acuem recolher.
* í V r *■■

AINDA que por direyto não reja determinado tempo ecr-c<M'«y?^


to, em cada mm anão cm que as vilitaçpesle dcue razer, ctH^Us txtr*

temp<
atino,& primeyro fe deuevifitar a noíTa See,& Cabido,& Igre-

^«ífeCcr o tempo cm q mftn aotecctTores as cuíluuiauão a


Vv * Tilitat
Titt1lo.30.Das vifítaçÕes&vifitadores.
vifitar, & roais difpofío pêra fe fazer cem a charidade &zelIoque
conuem .A qual viGraçáo nos faremos fempre peíToálmcnre dan-
donoso Senhor pera :flo forcas & depois de acabada a vifitação da
Cidade, é a (egúda feyradepoisda Dominica,Egofumpajlôr&ojnits,
fe nos pelas oceupações de noífo officio,ou.outros juítos impcdimé-
tos,;nâq-fprmos vifitar os roais jogares, & Igrejas do Biípadopef-
foalmente:, fMandamas aos nos Vifitadores, que pernos pêra o tal
cargo fqrcmdeputàdòs,quc no dito dia & tempo comeíem a fazef
a dita vifitacáo, cadíi hú cm o Arccdiagado. que lhe couber, não té
do outro recado noíío cm contrayro, por fer efte o tempo mais*
cõmoçj?çlo para fc fazer com menos oprcfsáo do pouo, & trabalho
dos que vifitarem. E fe algum çmro dito tempo eficuer impedido,
nolo tara a faber^pera proucrmos, como for mais feruiçp do Snor:
& os Vifuadores antes de irem viíitar as Igreja os manejarão dizer
é
#os Pairochos, para que cm hum Domingo ,ou dia fan&o denno-'
ciem ao Pouo o dia em que nos, ou cllcs deuemos hir vifirar,o qual
dianundamosq fe guarde,como feguardáo os maisdias Saneio*
por afsi fer conforme a direy to, & curtume das prouineias bem tf*
gidas.

Conjlituição 111 L Do fim das <vifitaçots tgJoquc


nelUiJe deue pretender,

j*L'd*Ve í^\PIMdasvifitaçõcspelosfandosCânones,&vniuerfaiscõ"
jiUMnO. \^/ cílios ordenada hc extirpar, as herejas, & erros contrario**
24 4C n-fce Cathulica tirar os vícios, reformar os cuítumes, plantar boa > &
>^e»e íanda doutrina ,& com boas amocftaçócs acccndcro pouo cm cna
vcn. v//». ridade, ôcamordeDeos, & do próximo, & fazer tudo o mais quc
whnú. patcfccr tKjceíTario,pera plantar cm os fubditos, & fieis Chriftáo*
amor & temor de Dcos, religião, dcuaçáo &pax.
^ E por que ifto muytas vezesíc caufa mais com boas amocftaÇ°c*
ÔC faud aueis cónfelhos, & com remédios brandos & benignos»^
com rigor da pena, encomendamos muy to aos que por nos wft*
tarem, queponháoíliátc dos olhos nofíà & fua obrigação & come-:
~~\-\. — W —* — -*•- fcçni
Titulocío.Dá.svífitações&vjfiíadores.i 171
fcefehiprc em a cmmenda das cu!pas,& reformação dos cuflumes
c
om benignidade, guardando a ordem que o Apcítolo enfina, & o
Sagrado Concilio Tridentino: & quando ouas;raue2ados deJiâos, t.i&Tti»
°ua perfeucrancia,& ccntumacia,do? que nelies corri elcandalo per- -L tni.jejf.
fcuerãojfor raloue o calino feia neceíTario, remeterão a nós, os que2?- de n'
cm fcm<?jhantes culpasacharem comprehendidos,com osauios que
delles fezerem, para que cllcs fejáo remediadcs,& o efcandalo ctlTe,
&osoutros com o exemplo deites fe emendem,
í Epor tanto mandamos aos ditos Vifiradcres que a todos es que
ac
harem em peccados públicos coro cícandalo intamados, não íejOf»
doas culpas das menore?,em as quais cóforme a drrey ro fç deue pro f f*
c
ed«f por amocítacões, como he contra os amancebados, hora fejão fa. de »/-
Clérigos hbTaleygo$,8í contra os que juráo eícanda!ofamenre,& y£,£
£U e l
°s que tem cafadeioeo publico & os Clérigos que íáo cafíàdorcs, " ,. *
Jogadores, & íe entremeterem em negocio* íeculares, cupiocurao, (0f?dbn.
fcauogão, cu rem em fuás cafas molheres das que per deseyío, &*<••".
noffasConftkuiçóesíhe fáodefefas,oufáochocarreyroí,*' tem mas
c
onuerf3Çõèsj &omros femelhantcs que cm dereyro fe acháo tx-
Pteííov, façáo aos que acharem em oícbrebito culpados, foas amo- ■>
facões, das quaes fe fará termo pelo efcriaáo de íeu cargo fcgs.T.do
%adi:o no titulo dotfClerigos que tem molheres conllgo naCôfti-
t
uiçáo final. E as mçfmas amoefiaçoes lhes mandamos qae facão
Nffottó of outros cafos em que os Prelados tem arbítrio para mo [jJ^J
(
dccar as penaivper dcreyto impoftas &difpentlàr ncllas, quandopei deadulte-
k qualidade das peí&as, fc pelas mais circunítancias, que em os de JJ£ 'm
"Sos fe detiem cônfiderai\ehrenderem qcó as amoeítaçóes íe em cn
^táo. È;nascaí'osmaisgraues,5icmtodososcmqueouuer par-
^«luehajadeferouuidi, nam faram mais que tirar as déuaiíàs &
ICf
íic:e!as a nbs, para que procedamos contratos espades como
ÍOí
iuftiçai& afsi lhes encomendamos, & mandamos que de tal ma-
ne
yra fe hajáo em as vifitações/que a todos fe moítrem benignos,^
beneuolos&facilesparaqueafsioscuIpadoSjComo os que denuu*
c
*arem folguem deíe vir a cllcs remediar as faasnecefsidades ípiri
^aes,& as de feuí próximos, euaidando todavia agrauidade que
f
--- —■ * ° - r.r- "' conuc
Titulo. 30. Das vifitaçocs &viiltaclor es
Grepriut conuem pára ferem emmadòs,& venerados,& não fc moftratáo'flJa
*li(ap. °n. is aíeyçoados a hús que a outros, mas tratarão a todos có húa igual'
#flM3« dade, & amor de pais e(pirituaes,& meftres de fua vida, & cuftumesí
tetãoemtodo o proceíío'da vifuacáooiegredodeuidojde maney*
ia que nem por palaura, nem ainda per outros finaes, & mouimen*
tos, dem a entender o que he neceflario que fc não fayba, & não fc
defeatoarao nem moftratã3 cólera contra algús, ou fobeja famil^r»
dade & amizade a outros,donde os fracos,& ignorantes pofsáo d*
e
candalizarfe, & cuidar qucfáoaceytadores de pcfíòas & qucícreg
mais per piy xõcs,quc por rezáo & juíli^a.

Conflituicâo V. Do que acuem fazfr os Vi ptadores tanto que


cbtgAo ao lugar que bao de ajt\itar% g/ .
como deuem ler recebidos.^
^_- ^ ._ _ J ~—.

OS Vífítadores quando entrarem em o lugar, que hò cabeça^


fceguezia que háo de vifitar, em o qual cita a Igreja, fc
ue 11 fer recebidos pelo Parrocho, & Teus fregueZes a porta prin-
cipal deita, com a Cruz q ahideucm beijar & adorar,&benz^
ao pouode giolhos,& ahi lhe deue oPrior,Reytor,ou Cura dar o h1
fope, & depois ds tomar sgoa farão oração diante do Altar M^»
ua0
guardando as mais ceremonias contendas em o Pontifical, cm <J
to fe poderem aplicar, aos Vifitadorcs que não fáo Prelados.
f E fey ta oração fc aíTentarão cm bua cadey ra no Cruzeyro da fé^
ja, & em vozalta, & intelligiuel com as melhores, & mais cc***?
tadaspalaurasquelheforpofsiucl declararam ao pouoa cau&"c
Trilftf fua vinda, quehe tratar primcyramentc do queconuem arelig'30'
tiT^& culto diuino, & de cemoòSandtifsimo Sacramento, &os ^m
J
M* ^rcs,&Imagêsfáo vencrados,&eftáodcuoramenteornamentad° »
4. & ftjj.depois de como te cumprem as obrigações dos defuntos #íeu
ftml j*fâ2cm as exéquias, & officios diuinos, &: como os Sacerdotes &&'
prem com as obrigações de feu paftoral officio, & como cllcs ft °*
Titulò.^ô.Dasvífitações^&vifitadôres; 172;
fubdiiosviuemempa2,&amordeDeos,&do proximo,& da em
toenda dos peccados públicos, &do remédio de fuás faltas, &ne-
cefsidades fpiriruacs, para que todos cm o Senhor fejâo faluos: &
dcucm encarecer muito os proueytos da yificação,& quantos bc$
fpirimaes, & temporaesdelia fe feguem, & a charidade & 2ello cõ
que todos deuem hir a denunciar os peccados públicos, & eícanda
lofosque de feus próximos fouberem*"

Conflituicão, VI. Como lerá wiÇitado o SanEtifsim >


Sacramento*
*■—-' uiMM »_•■—- •-• •■*

E Depois que o Vilitador fezer fua pratica ou breue iermão,em


que declare ofobtedito,feainda forem horas cõuenientes,&
lenão em o mefmo dia á tarde ,ou em outro feguinte, prime yro q
•ntéda cm outra coufa,viíitará o Sã&ifsimo Sacraméto fc em a I-
greja oouuer,& verà fe o Sacrário onde efta he bé fabricado,&dou
*ado,& forrado por dentro,&bc fechado, & o cofie cm que efie-C(J^ ,M
•ler fe he decente, fe tem corporaes limpos, & de panos finos, fe «/*«//.£«
Çftabem alumiado: & fcouuer na Igreja a Cõfrarià, faberácomo}^,£
°s Cófrades aferuem: & quádo fae for a & fe leua aos enfermos, fe l«*j«fo»«
v
ay debaixo de pallio, & qual he o pallio, & fe vay bé alumiado,& TrUJtf.
c
omo fe renoua,& o Altar em que efta fe he o principal, & não o íé J^/T
^°fehetalqualconuêquefeja:vcrioutro fi,fequandofcminiítra
a
°s fáos ou enfermo?, fc fe faz com a decência deuída. E fe o Parroj
Cn
o quando acaba de minifttar eíle Sanítifsimo & vencrauel Sacra
^ento encomenda ao pouo a adoração, & grande veneração, &
^uaçáo que lhe he deuida, & quanto merecem os que o acompa-.
nn
ão, & venerão: & achando o Vifuador niílo algum abufo, &
coufa que fe deua emendar, farh delia lembrança em ofeu quader j
5? para fe prouer em vifitaçáo.'

Co?iílJtuícâo. Vll.Decomo [e âmlm<vifitar


os Sanelos Óleos,

fô.:
1
Titulo. 30. Das vifitaçõesj &:vifitadôres.
Epoiíde vifítado ofanclifsimo Sacramento, vifitatá logo oí
ianclos Óleos, fobre a Pia de bautizar, & vera os vaíos em q
eftao fe Ião decentes, de prata ouao menos de cftanhofino,&olur
g3r em que feguardáo fe he conueniente & bem fechado, & fe (ío
velhos do anno paífado, ou daqUelle, & fe os foy bufear em o tem-
po deuido, & íebautizou, ou vngioalgUm cora Óleos velhos, de«
pois do rempo limitado per derey to & nonas Confíituicõcs cm o
titulo dos fan£tos Óleos, & como os Parrochos os ceuão quando
vão faltando* & fe os dey xáogaftar de todo,antes queosacrefenté:
porquepara queoOlconao fagrado mifluradocora ôeonfagrado
ííque tair.bcm pela vniao, & miíturâ fagrado, he necefíàrio que íe
CàMMd lanfeauendoalgúOleo{agrado em o vafo em mâyor quantidade*
de ítjL &.nãDConíímirâoqueoOleodosenfermos,cfteemamcfmacay
trâtíonc xinhade pao junto com o Chrifma & dos cathecumenos, pelo pe?
tluitlm rig0<lUeíia(1ecuraiem,§cvzarcmdehumemlugarde outro. •'

q E deuem procurar que os Óleos eílem cm três vafos & em diuef


íascayxinhasouao menos cm dous.íT em hú os Óleos dosenfeH
mos,em o outro o dos Cathccumenos,& da Chrifma, & prcucíãfl'
«juea cay xa em que efteuerem tenha tal capacidade que eflem becn
diuididos, & as bombas que teuerem fcjão íuftas,& de pao que &-
tihão bem cfculpidos os fmaes, ou letras que declarem qual he cd*
hum delles. E cada hum dos mefmos vafos terá eferito é letras bê
claras, o Óleo que té para que afsi nãopoflà auet erro,&feasbõ'
bas fetrocarcm,fe poífa por em ofeu lugar.E não coníintiráoq«e
emhuamefmaAmboIaeílem os Óleos dos enfermos com oí«k
Chrifma, & Cathecumenos. E outro fiaueràlugar cm que os fe^
âos Óleos eflem guardados, prouendo que eftem em hum Alítía'
toj&t ^^^^"ft^oudealgúaCapellamuytobem fechados, & fe
de aUbra tem toalha & prato comodeuem ter. &fc algum Parrochoosda
a ou 0 oU a
cbar. hã « i qualquer peíloa, por preço, ou por outra coufa tem*
f£.'àtí ^°fa1,ou*c0S^aamomeres»oupeííoasfospeytofas pêraalgúafey
tor!wf, ficaria, ou fuperftição, ou niflb fe comete algú abufo, pelos fag*a*
*"{%&>* Cânones condenado. -~
Ugijs. Confc
Titulò^õ.Dasvifitações&viíitadorcg" 17}
Confiattiçâo Vlll Como (e rviptjrâo as Pias kuiifmais,
çTõquemlUs fe deueproHcr.

EM todas as igrejas Parrochiacs deue auer pia baiítiftnaí,aqual


deus fer de pedra,& táogr áde,& capax que poífa leuar agoa,
«m aqual as crianças fe põfsáo margulhar côforme ao cuftumeda
Igreja moyormentcnefte Reyno :Pcloqueo Vifitadordepois de
Vifitar os fanâos Óleos, verá logo a P ia de bautizar, fe he íaã, ou
té alguas fendia, ou quebraduras por onde a agoa fe va, & 1c a cu-
berta hc boa ,& de limpa madeyra,& fcefta em lugar cenuenien-
te, &prouerá que as pias eflem em Capeilas fechadas,^- podendo
fer fora do corpo das I grejas, & o lugar cm que cílcuerem feja ráo
clarOjqucpolsáobemosminiílroslerosexorciJmcs,» í vaçces,
& o officio, que no minifterio dobautifmo a Igseja mar.da que fe

% E preguntará fe os facerdotes antes de bautiza rem benze a agoa


& íc guardáoem tudo a forma, & afsi as cercmeniaí ,que a igreja
enfina, & manda, & fe admitem mais Padrinhos que hum, ou húa
°u quando muy to hú padrinho &húamadiinha,ôcfeadmiié deus
Padrinhos,ou duas madrinhas contra diteyto ,& piohibjçáodo
Concilio Tndentino, fegundo fica dito no tuulo do Bautifmo.
r
l£ícantesquebautizepteguntafefoyjabautizadoemcaiàAíè
fendo o bautizou outra vez, ou feduuidandoíe em obautifmo cj
^foy feytocm cafa feguardeu a forma demda,obautizou pura-
mente, & não com a condição declarada em o dito tuuio.
í E fe dilatou obautifmo aos mininos, ou ruminas ma<s o os cu-
Mias> que pelas Conflituas eítáo tayxados oaayoimeote por
^ náo daré a oferta a fua vontade, ou confintio que os Pau o di-

taíreaj por não terá pofsibilidadc para lhes fazer as bodas, &&&
^ctes,qne elles em tais dias cuftumáo,ccn ofomonnformados
<fce em ilgúas partes deite Btfpado fe faz,ou feadmitio Padrinhos
1^ não foífem chnfmados ou não foubeííem a doutrina chnftaa _^
Nncipalmentc o Padre noíío, Auc Maria o fimbolo da Fee. Ufttfmê
J Preguntan outro G peio liuro dos bautizados, 5c veta como f. rtjij.
Título. 30. Das viílcações & vifitadores.
nellcfeefcreuerãoosbautizados & Padrinhos & dia &ano,& afsi
Trii.ftjf oscófirmados,comopordireyto,& pelo Concilio íáoobrigados:
/írm.í.w' & quando cada hum dos Parrochos,ou Cuias ,fc mudar ou def-
pedir de algúa igreja, entregará de lua máo oliuro ao que lhe
hadefucccder,&náo o deyxarácmpoderdcclérigo algum

Conflituição JX Como fc ^vifitarão as jftjliquias,


f$Q quejobre cilas Jc ha de inquirir.

fititrt' \ SSI como aueneração das relíquias, he coufa fan&a &muy


't"id,0. ^* t0 <kuida aos Sandtos que por fuás heróicas virtudes merc-
ai .4cín- ccráofcr cm os Ccos coroados de gloria , & na terra venerados
cr unu4 comoafan&a Madre Igreja té &cnlina:a(si venerar coufas profà-
. t. nas & falfas relíquias, òc ná© prouadas he graue erro, pela mefm*
íttrMm. Igreja códenado:Polo q encomendamos, & mãdamos aos ncdb*
Vifitadores que depois de vifítarem as coufas acima ditos, viíuem
0
logoas fanctas Relíquias que ouucr cm cada Igreja: & inquiri
6
pnmeyraméte,fe fáode Sanéfcos,ou Sacias canonizados pela Ig* "
ja, & f; pelos titulosdellas, ou memorias da Igreja fe achar q &0
de Sã3os canonizados, inquirirão donde vieráo, & a rezáo que n*
pêra terem & creré que fáo de tal San&o: & logo verão os vaftf»
ou cofres, c que eftáo metidas ,&prouerâoqfejâo de ouro ou prí*
ta ou tais que com a decência deuida poísão efiar cm ellcs:& os ca?
xões ou cofres em q cftão guardadas, peraq não pofsáo fer rcuba*
das nem tiradas, fe não com a follcnnidadc> & rcuerencia qucc°"
ia
nem: 5í fc náo elleuercm eferitas em os liuros do inuentario da p *
ta & raoucisda Igreja, mádaráo que fc efercuá© cm os ditos liuto*
clara & diíxinâamente.
^ E outro fifaberão, fe fe tirão das cayxas, ou vafos cm que cíw°»
a
oufe fc cmpreftáoapcflbasfecularcs,íaluoperafelcuarcma '&
enfermo que c cilas tenha deuaçjío, ou outra juíta neccfsidade &
mandarão que nuqua fc defcmcayxé para fc moftrarem , mas q«3-
afí
do fc mofttarem ao Pouo em os dias acuítumados lhas moftf
cm as mefmas cayxas, & as moflrar áo & daráo aos deuotos ?q
Titulo. 3'o..Dasvifitaçoes&vifitadores.' 174J
quifercm tocar,hum Sacerdote veftido, ao menos com fobrcpeliz.
&eftolU,com duas tochas, ou velhs acezas,& náodeoutra mane.Yt.
ta: & quando fe leuarem a algú enfermo também as Ieuaráo Sacer-p
dote, &nunquafe entregarão a leygo. ^
• Eoutrofi; inquirira com diligencia, fe os Clérigos, ou Religiq*
fos.ouSancr&áes: ou quaesquerpe(Toas,que em feu poder as te* •
Ueremleuão dinheyro,ou coufa temporalpolas empreftar a outra
Igreja, ou para que fe leuem a algum enfermo: & achando algum
culpado: farádiífo autos, & tirará teílemunhas & os enuiarâ anôsj
ou noíía mefa para fer caíligado como merecer: & guardará em
tudo o decreto do Concilio Tridentino, que trata das Relíquias j^>«
& Imagens, K,

ff Cmftitwçáo. X Comofe <viptarao as Imagens^ g^


o que a cerca deliasJedeue
" prouer»

Epoisde vifitadasas cõufas acima ditas'»b Vifitador verá to


_ das as Imagêsque em a Igreja ouuer afsi pintadas como de %?/'£
Vulto & verá fe fáo Imagés de Chrifto noflo Sor cu de algum dos tut*t. o-.
rmítcribsdsfua vida & payxao, ou morte, ou Relurreycao3 ou rti^sp
Afcenção, ou da gloriofa Vitgé noffa Senhora, ou dos^ Anjos, ou gjjj
Sáiospela ígteja canonizados, & achando algúa que não fejadeal- '
^úmifterio,ou milagreaprouado pela Igreja, cuque não feja de
Santo canonizado oubeatiíicado, a mandará tirar: ou fe em algúa
delias achar, algua coufa a pocrifa que a Igreja não tenha,
f Eoutto 11, verão (eeftáodecentemente pintadas, oufeytas, &
tudo o que nellas acharem indecentemente, & que pode dar efean-
I <Uo emendarão:E outro fiinquirirão fe as Images que eftáo em
as Igrejas forão pr/meyro viQas , & aprouadas por nos ,011
noffos pcedeceObres, como per dcreyto, & Concilio Tridentino
ferequere: & achando que algua fepòs de nouo, fem fer poc
nòsaprouada, a mandará tirar, & nós a aprouaremos, ou man-
datemos aprouar.EoPtior,VJgayro,ouÇ:uraqueconfentiípoifc
u,.^ —1 *»•■*
:■. "Título. }g. Das vifítaçc>es,&;vifitadóres'"
ou pintarfe algilas Itríagts nas Igrejas antes de ferem por nos ou
noífos Viíitadoresaprouadas, pagará pela primeyra vez dez cruza
dos para a fabrica da Igreja & Meyrinho: & fendo mais vezes.com
prendido,aueràa roais pena que merecer.
^ Outro fi inquirirão fefe faz às Imagés, a veneração dcuida,&fe
haalguem,quenegueouduuideferovfodas Imagésfan&o&mui
topioueytofo, &que ella&deuem fer veneradas.
rabiies a ^ fi quando vifitarem as Imagés mandatam aoParrocho que en«
feqM «- fme em os tempos que lhe parecerem conuenientes, a c erca do \(o
ttnj.Tri. & veneração delias o que eníina,tem, & manda a Santa Madie l\
W ff- greja, & o Concilio Tridentino. -■-- .

^ Conjlituiçâo. XI. Da <-viftacão das Igrejas em \


o temporal^ Adros delias.

jT^ Oufa hè muyto deuida,& neceflãtia que as Igrejas que fáo ca-
v_> fas de orações, íejão táo feimofas em os edifícios, edificadas é
tam decentes lugares, & táo ornadas de todas as coufas neceííàrias
ao culto diuino^que não fe poflà ver em ellas coufa que offenda otí
cfcandalize,ou falte em algúa das coufas neceííàrias,
^ Pelo que encomendamos, & mandamos a noflbs Vifitadores 4
depois de vifitadas as fan&as Relíquias & Imagés,vejáo patticulac
mete a Igreja toda fc efta em algúa parte ruinofla, ou fe choue eíò
algua parte della,fe tem finos, ou Campanayto,íe tem boas portas
&fefefecbáodenoyte,&dediaahorasnece(farias: fe fáo forradas
ao menos atee os Altates de fora,& achando algua que não feja for-
rada mandarão que fe forre, da melhor madeyraqueouuer na ter-
ra, afsinando pêra iflb o tempo que lhe parecer conforme a t&&
do Prior, & pofsibilidade das peííbas que a iíTo fáo obrigadas:^ '&°
mandatáoprincipalmente em a Capella môr &íobre osAlwtes
de fora, que fe faça cõ muy ta breuidade: & fendo Igrejas Cclfeg**'
das veráo o Coro que tem para nelle fe cantarem & rezarem os dt
uinos officios. Prouerão que aja em todas as Igrejas Pulpito,ao m«
nps de boa madeyta,Pia de baurizar fechada, & tão grande como
atras
Título. 36. Dás vifitações> & vifitadórés; 177
atras fica dito no titulo dobautifmo : fanchriflia capaz com feus
cayxôespcra os ornamentos, em a qualfe poisam bem veíhr os
Sacerdotes.
Ç Verão os altares fe fio (fe pedra, & íàgrados, ou tem pedra de c^MmU
Ára:&proueráo que na altura, largura, & comprimento, fc)ão f/„"e^/.?.
*]uaes eonuem, que nem cftejão tão altos que defcubráoas roupas
interiores dos Sacerdçtes,nem tão bayxos que não pofsao todos os
<}ue eftao na Igreja ver bem ao Senhorí & ao Sacerdote que diz a
^iíta: inquirarãofeà Igreja he fagrada, ou benta, & conílandolhe
^uenãobe,nolofaráoa faber.
% Inquirirão fe tem anexas, oufiliaes,&comororãodefmembra capMau»
das, & fe pâsãoem cada hum anno a Igreja Matriz algum cenfo, dientiS d<
°urazem algumpetioalreconhecimento, perque perpetuamente/^.TMí
fc faiba,fefáo fuás hliaes. "'" - ' J}/-uM r'
wijs vero.
í Saberão fe tem rendas fufhcientes pêra fuítentação dos Parto- M**H"\Z
c
nos,&mini(lros:&achandoqueanão rem,nolofaráoafabe£pe- ™-l$7;
,a
que n6s,ou por vniâo de algum beneficio conforme ao Concilio í/«/£!
Aridentino, ou peroutro modoprouejamosjque tenham a fufíen- & ('&**•
ta
<ao necciíaria. f*rnttí*i,
* Verío fe ha nas Igrejas fepulrurá* de pedra, ou de madey ra ale-
itadas fobre a terra em lugar que facão impedimenro, & man. !%**£&
Qa
lasháo tirar,ccnformeaomotU próprio de Pio Quinto. tãprimunt
S Verão fe tem Pateo,ou Alpendre ou íufficientercccbimétodiam «JZhnZ
le
das portas principaesj& não o rendo,lho mandaram fazer, U^iie^u
1 Outro fique nas entradas das por tas mayormente da principal, °"e '*
"3Íi pias pequenas de agoa benta. cajuMert
7 Verão os Adros de todas as Igrejas fe fao fagtados & capazes f«raJ+
*Jlsfepulturas dos defuntos, fegundo a grandeza da freguezia:&
e
r ellesouas Igrejaseftão violadas,per fanguinis, aut feminisefFu'guitas 1.7
;10nem: & achando que o eftão ou ha diflb duuida,noiofarão a ia- M «*£
c co ccra
Dercr r • ■ 11 r i- " / '
pera que lejam reconciliados na forma que odireyto man* dxcjnp.f
Ua ' ' ;deparrocb.

, .1 Verão fe as Igrejas eftam em pouoado oii em lugar tão berma, confecrtti.


Tituló.JÔ. DasVifítações., & vífitadorefi
onde corram perigo de ferem profanadas, òu roubadas» 8c achan*
ddjntJi- doalgua Igreja, em íèmclhantes defpouoados, fendo Igreja par* ,
IV 'Titã. rochial a farão mudar pêra o mais cóueniente & âprouado lugar
Ub.6.TrU ^0Uucr na fíCguezia»donde melhor fe poíCi reger,& os Parto*
%irm. I, chos refidião: & fendo Hermidas neceflàrias as farãoo.urrofimií
7
- dar a lugares honeftos \ & não fendo neceflària$,nem auendo q^
porfuadeuâção queyramudalas, as faram derrubar: & aueudo
algua Igreja, ou anexa de táo poucos rendimentos, cu josfregue-
zcs fejáo tão pobres que a não pofsão mudar, nem reparar, pode?
Tui \bt rao transferir a freguezia toda a oo.tra Igreja onde pofla fer gouct*
/«/'•«'•^•nada, guardando a forma do Concilio Tndentino.
^ Proue/ão que o Prior» Reytor, ou Cura tenha caía da Igreja,
ou fua própria podendo íer, & fenão alugada onde viua a eufta
d. t. //«/de quem dereyto for, & não confentirão que algum viua foi a à*/
unon. íua fteguezia,ainda que feja perto, por aísi fer por dereyto madj
dadoé

Conjlituiçâo. XU> Ddrviftaçâo das Jgrèyts no que pertence


aofpiritual, & do que os Visitadores deuem in*
quinr acerca do offiaofá <viaA
dos P arrochos.

D Epois que os Vifuadorcs inquirirem, & prouerem fobre


que pettence aos ornamentos, fabrica & coufas tcmpo'aC
das Igtejasconformeaoqueem as Conuituições precedentes &c
dito,inquíriràdo officio, & vida dos Parrochos & mais miniftf0
ípirituaes.
4Primeyramenteperguntarãofefâo diligentes cm cumpri*^
as obrigações de feuctficio, & principalmente na admioiflra^3
dos Sacramenros & diuinosofficios, ou fcalgum freguez, fcU P
culpa fua, falecco fem algum dos Sacramentos da fan&a Mau'
Igreja, & fe fendo chamado pêra as confifsócs, & Sacrametos o
enfermos vay logo de boa vontade. . .^
ÍSebautiza as crianças dentro de oyto dias per noflasConn"0
t

Tituio.30.Das vifitaçõcs&vifitadores. 17o


tuiçÕes determinados: oa fc nega, ou dilataobautifmo,por lhe
tóo dare a oiter ta que elle quer,ou outra algúa couía temporal.
^ Sc da licença ou per mittc, que os Pais dilatem os BaUtiímos
dos filhos, mais tempo do que pet dircy to, & noíías Conítitui-
çôcs fe cóccde,pot náolhe poderem fazer as vodas ou banque-
tes, que cllescuftumão, ou por qualquer outra rezão.
^ Sc admite em o bautifmo mais Compadres» ou Comadres ■ _
do que manda o fanéto Concilio Tridentino:& fc quando bau > Y^tlt
tizáo,principalmcte a gente de for a, declara aos Padrinhos & m.t.u
Madrinhas o parentefeo cfpiritual que contrahcm com os afi-
lhados & feus Pais, & lhes declarara as mais obrigações que te-
<fe cnfinar a feus afilhados a doutrina Chriftaã.
\ Sc bautiza fora da pia (em neccfsídadc graue, ôu fem meter chmtdtt^
&margular as criaturas de bayxo da agoâ conforme aocuftu- t,Jm'
Vtyc da Igreja, ou fc bautiza íem as folcrmidades & fer imonias q
a
Igreja manda. > . « i /•/»
!SedizMiíra,ouconfentequefedigaem cafasptiuadas,ouai Jtffcggg
tares particulares, & fora das Igrejas & Oratórios pêra íilodc injAtriJi(l9
putadospornos.
^Sc recebe noyuos fora da Igreja, ou fem lhe ferem corridos TrU.f4M
IU
°* banhos, fem ter pera iflb noíTa licença per eferipto.
í Sc faindolhe algum impedimento cm os banhos, recebe os
n
<>yuos fem remeter a nós ou a noííbProuizor o impcdiméto q
Ias
^SctemliorodDsBautizju!»s>Cazado8>& DefuntosdecliMn f^ff*
** oSn3mcsdosqfcbautizáo,oucazáo,&íeuspadanhos,& "
o dia,rrjes & anno cm que for ao bautizados ou cazados:& fc ef-
crcue no titulo dos defuntos todos os que falecem, & o dia,
toes fcanno cm que falcccráo,&fe lhe fão fcy tos os officios que
PornoaasConftituiçõcsfáomandadosfazcrtPot quantoman
<Ws qae no dito titulo dos defuntos, tanto que lhe forem fcy
! (os os officios fe declare como lhe íao feytos, pera milhor po-
\ derconftar como neftccaio noífosVifitadorcs deuemproucr.
í ScquandoUua o fanaifsimoSacraméto ao. enfermos fora
'Título.3o.Dasvífítaçoes&:vífítac!orés.
TgTC Ieu ocom a
mi r,i^ ^' ° * '««renda & pompa dcuida,como por
^ • noflas ConftuuiçÓes no titulo da Eu chanííiaeíla mandado: &íe o
tC P cm Sacmio & uara
Sfó£ a . f ° °S > como deue: & fe na admi-
meníh i» nwraçaodeíre ou Je outro alga Sacramento dcyxa de guardar ai-
Í^S5a^sfcwm°ni*s^aaasKccbidasÔcaprouadaspela Igreja.
C a S Domin os
5^ wí ^ j ° g &&**" fifeméi per fi,ou por outro fendo im
ai c-ifiji. pedido ,cnfiná a feus freguezes como deuea doutrina Chriftaai»
mais
IVntl* ° queconuem a fua fa!uaçáo:& fe cm os ditos dias lhes dc-
nfom. claraoEuangelhoranaoAcíctipturasragradastcndoconueniefl-
te ícicnciapera o poder fazer, ou mo a tendo fe nas teíbs íilenncs
& tempo por noflàs ConíUmiçóes limitado, bufea pera lífo pre-,
gadores idóneos por nos aprour.dos.
f Sc pregando ou fazendo citação diz algúas pala uras erróneas,
ou mal foantes,ou efeandaloías, ouchocancesqueprcuoquen^

SetCm cu ,<!a(íodeÊl2c
VXMÍ'^ > í^rcusfrcguc2C8 aMúTa cm es Do-
/tmtnúh miogos&Sandtosdc obrigação: &feemâs citações denun cia o«
t!í:'jfàltC^n^ *,?c Í5,5da 'S^> &asmaiscoufascucpornof-
járm. «sConíiituiçoeslhcfáomândjdasdcnunciar.
f Sc tem faber, idade, vida, &eurbme$pera poderfer paftof, *
miniílrar os Eccleíiaíhcos Sacramentos,
f Sc cfta infamado de algíis peccados, de que aja cfcandalo.
WUtft. ^ Se o Prior, Rey cor, ou Cura pode por fi foo fem ajuda de outto
m - Sacerdote, bem goucrnar fua f reguezia & cumprir com a obriga-
ção que tem, oule lhe he ncceíTario coadjutor, prouédo de mar*/
ra,qaja femprcé as Igrejas os miniftros& ajndadorcs netclTarios.
0-
^ Sc algum Prior, Rcy tor, ou Cura hc tão enfermo, ou tão igo -
rante que não pode por ã adminifirar os Sacramentos & díuino*
officiosfepera iíTo temneccísidadede coadjutor.
TMJifi. f Sc afreguezia hc tão grãdc,& tem lugares táo diflantcs dalgwj*
que pela muy ta diílancia ou defieuldade do caminho não podeoi
todos hir a eiía, nós dará duTa informação & proueremos como &
mos obrigados. .'/ ~?~ —
ConfK
Titutò.^o.Dasvifitações&vílhaáôres. ijj
CmfliwiçÂoXlll.T)o&tcóíVtfitadorts dotem enqtti*
rir acerca dos más Minifiros %J Cléri-
gos das Igrejas»

INfotmárfchão fe osBcneficiadòs das igrejas collegiadas,Icô


nimos & mais Clérigos deputados ao feruiço delias ajudáo
a
QPrior,Reytor,ouCura&oacompanhãoé a adminifiraçao
dos Sacramentos, principalmente na fanctifsima Comunhão
&Vncáo.
f Se dizem Miíla os dias íc tempos que fáo obrigados, & fe fô ***** *****
contelsao muy tas vezes,&le para dizerem Mula tazem as pre dis <» celebra
Pataçõesnecefifarias. íimttfíir*
% Se os que rem Capcllas cotidíânâs, ou de certas miltas, asdi-
*em como fáo obrigados: ou fe algu Glerigo tem duas Capel-
Jjs,ou muy tas obrigações de Miífas incompatiueis, ou aceyta
•fiais Miífas das que pode dizer,
^eemas Igrejascolligiadasfccantão Strczíktosdiuinosof-FxíriK^u»
V;í4 l}ont
freios com o concerto, ordem, & decência deuida» ^ fi*
S Se os Beneficiados ou racoeyros feruem como dcué ,ou fáo c*p ,+nhâde
^contados em falta que fazem, pelo aponrador do Coro, ©u?™^"*"1
fc os contáo não feruindo, nos cazos em q por direyto não po-
^mfer contados»
T Sc o Prior & Beneficiados feruem algum beneficio de algum
aD
fcnte, ou íazê concerto com algum> tomando por cerro prc.
Wobrefiafcrucntia do beneficio pêra lhe efeufaré o Iconimo
°ufeobrigáoa feruir pelo mcfmo Iconimo*
i ^e os mais Clérigos que não fão beneficiados* mas fendo ot-tríi ./f/.íj."
doadosficarão deputados aoferuíçp dcalgúa Igreja,feruem*"**"*•'•*■
1)Cl
h como fão obrigados na ordem que tem»
2 ^ ^Igus Clérigos noffos fubditos andáo fora do Bifpado fem „„
^miíloria noíTa: ou a.gús do Bifpado alheo a.ndão é cite nof-
0
íem demiiToria dos feus Prelados.
5 ^ os Clérigos de ordés facras rezão o dfficiodiuino còmb
Jo obrigados, & fe tem pêra iíTo o Bríuiario Romano & o li*
Yy fcrd
TituJó.^ó.Das viíitações ócvifítadoreSí
tiro dos San&os fpcciacs <Jo ncífo Bifpado.
€f Se tendo algum ofíicio,ou carrego na Igreja,comohedeTi-
foureyro,Sãchriftáo,ou qualquer outro: Cumpre com as obri*
'C4///4f«/Mogaç5es delle:&afsi perguntarão por todas as mais coufas que os
í1. Clérigos fkSaccrdotesou por rezáodefeus officios,ou de feuef
lado deuem fazer, & feas cumprem comofão obrigados.
•Cap. x.Ç.fane <% Perguntarão em geral pela vida & euftumes de todos os 0C
ettnjt us i 'rig0S) ^ ("e c^^ infamtdosde algum peccado publico efcafl"
dalofo.
<[ Se na noíTa See & mais Igrejas collegiadas dcfie Bifpado, k
ellcgem os apontadores & mais officiacs que hão deferuir perâ
o anuo, em os tempos diuidos.
Tridjndecn-^5v fazemcófertosillicitos íobreas efmoIasdasMiílàs, An'
nlueríarlos
iíí1r«í7rt &Trintarios,ou na arecadaçáo delias vzáoexio*'
m»e mijídi-R.coes, ou exacções illicitas.
Trid .ftfi. ij. % Se ouuem de confifsão aos outros Clérigos, ou quaefquer otí
ujorm.L.15- craspeííoasfemnoíTalicença,&aprouaçáo,oufefe confe^o
a Clérigos qu e não tenhão a dita licença noíía.
Trii ,feji. 25.(f Se algum lendo illcgitimo recebeo ordés ou benefício Ecc^'
( 15
' ' fuftico fem difpenfaçáo, ou ferue em a meíma Igreja ondeia
Pay tem beneficio, ou o ajuda no miniíteriodo Altar.j
s
c.chrUioi.tM, Se andâo cm habito & tonfura clerical, ou trazem armâ de
^«Jev/^^aiaoudenoyte.
bufit/t. Extra-

ca}. Atrapui* f Se em luas praticas & conuerlaçoes fao honefios, oufrcCr


úo caía$
%tTtL deshoneftas, tauernas,jogos, ou exercícios ilIicÍLOs:oa
íe erh comer & beber fáo immoderados com efcandalo.
ctc
Cap. fdeerdos ^ Sealgum confeítor defeubrio a confifsão, ou nella cotn
tlmnuiuút aíé^â molher perapeccar,ou dormio com filha fpiritual.
at. de penttíf
u
Zfk cu <j *f Sefão negoceadores, rendeyrôs,ou tratantes outern alg ^
jeqq.ne cUmi officio fecular, & finalmente fe fazem algua das coufas q P
* direyto&noirasConítuuijóeslhefáoprohibidas* ~^,
Tituio^o.Das viíuações&vífitadore* 178
^ Terão fempre os ViGtadores quando inquirirem dos Cléri-
gos tai reíguaidoque o facão có o refpcytoqfedeuc afcuefta-
do &: náo preguntem por algum ípccial fc lhe confiar que efta
Icgiiimamcnte infamado: & diante dos fcculares os náo repré
dedo né publicarão fuás culpas:átcspofto que faybáo as q té os »
honrarão &trataráocom cortczia:pcraqucvédoo os fcculares
lhes tcnháo o iefpey to dcuido.

Con^tuiçâoXllU.Dac^eosViÇaad^esdeuem
inquirir geralmente,

OS Vifitadores depois de inquir ire dosClerigos,em cfpici


ai das coufas que conuem a feu officio & citado, inquiri*
fâo geralmente das coufasfeguintes.
Jl PrimeyramentelehaafgúapefToaquefíntamaldenoíTafan*
fta fe Chatolica & tenha algúa crezia, ou feja diíTo infamado,ou
qnáo fale bé das coutas da rehgúoChrifhá.dos Sacramétos $£
Céfuras da íanaa Madre Igreja^u faz, ajuda, cófcnte.ou enco-
ste aigtis ritos & íeremoniasde judeus,mouros ou gentios, ou
<*é, fauorefce,ou recolhe algum herege,ou infamado diflò, fa-
zendo ou deuendo faber que o he.
^ Sete liurosdc hereges ou quaefqucr outros d.fezos pela Igre TriJ.fef+.iu
ia, fem licença da Scc Apcftohca, ou das pdfoas que pera úTo j^"'í $
apodem dar. Í*J22?
iniifit dtltítis
í Seha algum home cazado com duas moiheres, ou molher Jj^^Jl
ca
zadacom dous maridos ambos viuos:ou algú frade proíeíío „*»&**».*.
°*J Clérigo de ordés facras que de fa£to f« caZâtie. &9
% Sc ha algúa peíToa q vze de artedeNigtomácia,ouEnCâtamé t*t i. tíf*M
los
>Feyiilarias, Agouros, ou fortes pera adiuinhar,ouq inuoq ***
°* dcrnonios,ou vzc da quaefqr outras fuperftiçóes hora (éja pe
ta
adiuinhir,hora pera qrer bé,pera legar ou deílegar» ou pera mrt%*l&f
4*aefqfc outros effey tos, ou faz mezinhas pera mouet Ouépíe " !»#-<
?hir,ou da a iffo confelho ou ajud^ou vza delias OU, \ tenha 6
Vy a íu* -
»*r »»< •*«»•
Titulo. 30. Das vifítações <3c vifitadores.
íua cafa algum liuro, cu papeis deitai COufas, ou outro repr0^
uado pola igreja.
Sc hi a] ucm
S$&* ? ê W* & &y» andar excÔmGgado por r cfpaíTo de
' ' hum anno. ° *
t»*»** <T Se ha algua peíToa que difcíTe algua blasfémia contra a Hon-
ra &reucrenc.a deuida ao fenhot Deos & a facratifsima Virgc
nwaSenhoM>ouafcosSanâo8,pciandooudefcrídodelIesa)a
wv^^acaplicareasfentcnças&paltturaida fcgradaEferitura a cou-
udmMk fas fuperfticbfas>pròfanasou fabulofasíou q d.íeflemalda fatt-
aa Sce Apoíblica ou do fanfto Padre Papa hcíTo íenhor.
f Sc lu algua pcíToa muy to denufia k ou dcíatinada em íurafí
ou que jure muytas vezes publicamente juramentos fccraues *
elcandalofos.

fxi A ao, ou peffoas queos váo bufear crendo que elles com fuás bett^
çoe< ôí fuperfttçócs lhe podem dar faude.
Trji V & f Sc alguém íem noíTa licença preg.i >ou enfioâTheolcgía, c*

mvKát&noscuííumes&fcicncia.
f Se ha algua pcíroaqucjuraíTcalg()m juramento Clíbe» jrâ
ío&íejadufodcfomado.
A Sc JCÍ
í?4íí. '' % » cometcoalgum facnkgio pondo a* tr aos violcni
c
x>f««i»^t.wsçniálgoaifaccrdotcoupcaoaEcclefiafla:cuqueftalKf Í*
fitttnétf.«peíioa :ou em cila fizcíTc algum aluoroíb,aiancamemo oU u>:
fi&ÍTifcíí
ít»M.£ </ 7<£.6 multo»
t
- ".
Sc âí íâ 1
KV SÍ f o pcíToa mayormente o&ciaes da juítíça fceulaf tiro*
im Igre,a ou adf dcj,â
mmsJí ' 7 ° ^ homiziado por forcou Cem $oM
v? Ótdé ^ p°r dircyt0 * noffas @o°ftftui{ocs para ilfo lhe
hedada: ou fc roubou das Igrejas alg-ía Coufa hora ícjâ fagra°»
ul
tc.cf*mei,íiúQoudeuendoiabecqoera.-oufcocupou outéocupado »lg
'f&fii Í.Í "» 'e>'tos,oujuriídiçõesdealguaJgrcia, Moftcyro, PPfl'
b dl
»

Titulo.iO.DââvííiCàções&vificâJôf^ Ifp
laoulu^atpiô.
f SchaalíúabefloâdUefcjà culpada em ô&eecàifó fitfan- t.?nts.i:*Mi.$
«o,ou mfamada delie» prtiàt.couxtu*.
JffurioJÀ)>.§Xn.Í,
f Se tirou algnãFreyràde algum Mofteyrô õti dentfô bil t.y»j«ií sará tL
fora deiledormio com algúã Freyta íOu entrou em álgUm ffi^SSS
Mo ftcy tò de £reyras não tendo perâ iíío btcUé Apoftolicõ, M"»# *\ PÒ*\
t>u não fendo cm algum dos caíbsem cjiie per diteycõ lhe hé
J>criRct'doctrarneilc:ourcrDtóôUâlgúâRcÍigÍòrápfcrací
feytódepeecarcom ella.ouíc íem legítima & juíto caufà fre
perita os MoftcyrosdeFteyrâs*
S SealauinMifcwfeouRelieiofâpróreÚoà âftdáòâ&oftá Ç#MTvj'•*ty
tosS- Fora d.i Religião íem licença de feUs Superiores: ou fc i4i
té dupénfaísáò íurepuciâ& nãolegitirttá Viuem fora da Re
J^âo iou fe lendo Religioíos mendicátes transferidos tem tUni.i.iertguíàrU
H dé
beneficia curado,oupetfi cU peí outrem excrciíáo Cura í^^'lu' '
Htlmag*
f Seria ajg&t peíftaque tiuefè ajuntamentocarnal tt eo- t.hx§.init/fm j&
Naiti^jca com outra peífoa parenta íua dentro no Quarto %l ^'lluXuM

^ S<? Ka a'gúapcíloâ djeeomet.edfeatóiiymonia venderi CápA.chftiMjy-


A
00 i , y ■ C t • • ucri
l/r* manw.v.t At t*cit
ou comprando beneficiou oJcouiaselptrituaesjOu deite t.^fiiiatri/H
011
recebefle p.»r elUsCoufâ temporal * õUÍobre coufaseípi- ff "ni.jtfn.uè ••
t,!
'Ues, ou i enunciação de algum beneficio fizefie Cdrtueço J4 < I^í*,,.,,, #/
* òu pa tt JS illicitôs&pot dtrey toCánonico reptouàdosjOtl ««***« *****
Wí ou recebefe algum beneficio em confiança*

^ Se còmeteo algum ctímedcíc6Mãgeftáde<liuiriâôutó é^miaimíif


l,
feih-í r à.iul.êlérJ*$t J*
"*dna« ?/., t.i.tiíÀtbté
num 6.
T Se eometeo íalcidadè em lei fá* AppoftoticaSà *. ^ *«//***/<* í.
* ^. idfaliÃrudi triM

J> òcha alguâ peflbâ qfe não fonfefaírc & eomungane em â


H^téfina páflédâíóu (eia cuftamàdo tfabálhár em Os dial
~ ~~i Sânítoá
Titulo.30. Das vífítaçoes& vífitadores.
Sanítosou dcyxardcouuir muTa muytas vezes,ou em os
dias de obrigação.
C^.t.c.jMttig^íCSeha algum onzeneyro que emprese dinhevro com sa-
Hí. f^J/ooi i«fi«ino> ou taça cont ratos vzuranos íllicuos, & fimuládos, ou
0 a crda & anho
jlSS^r^^* ^"^y* P S ^gurando a forte principal
ç, ou ta yxando o que lheháo de dar de ganho c cada hú anno,
ou que compraífe foros, íç guardara torma dada pela extra-
uagante do Papa Pio Quintorouqueempreftedinhcyrofo
bre penhor fem computar os fruy tos em a forte principal:
tirando os caíòs cm que por direy to cCU expreíTo que fc po
demlcuar.
7"rMyV?.i4./í/4-^" Se haalg 1$ queefiem cafadoscm grãopreh Wo decen*
$ramM4tr.u,m.4 fanguinidadeou affinidade, ouauendo antre ellcs qualquer
outro impedimento que dirima o matrimonio náo tei do
C*p.p»m rffrf/nír.legitimadifpeníâáçoappoítolica :oufe algús fem authort-*»
c*p. Utetas hfne dade da Igreja viuem apartados de fuás moihercs: ou fc f*"
At rtfi.fi •'• zcm má vida có fuás molheres & as não tratáo como deu?•
Tril/eJí.z^J<re^ Sc ha algús que eíterii cazados clandiítinamétecom nof-
JOMJJ. fa licença diante do Parrocho &duas ou três teftemunhas #
anresde rcccberc as benções na Igrejafazem vida marital*
^" Se ha algús que eftcmcmod.oôc fc náo falem d.falapu'
blica.
TrUJilt. 14M rc^Sc ha algús Clérigos ou feculares cazados ou fcltcy res»4
%?£**£ • *• c^cm amancebados publicamente com efcandalo, & íabc-
rá o fe foráo ja por iíTo amoeftados.
jt»tU.MUíMmbui ^"Se ha algús alçouireyros ou alcouiteyrasqfolicite p*r*
*•£* pCwr mo|[,ctc$ ca2ac|as ou tolteyras > ou as <jg cm fua &&
& finalmente enquirírão fe algúa pcíToapctlcuera con,cl",«
candalo c algú peccado mortal de <| não queyra emendai*'

>;■'■■■•«

Çenfituiçâo XV. Coma fe aueràa es Vifuddorti


■* .j^^ *•*

aikandacpiciejcper das culpas


ãsima ditas.
c#*#
■■ «

Titulo, 30. Das vifítaçoes Sc vifitadôfes. iSõ


D & qiis-nto as cuípas & pecados de que os Viíitadores cíc- v
ifcm'ctf^iwôtrt diferente?, & htins roais granes que outros &
^âispeíigoíos.&efcandafofos, &demayorptejuy2o conuem que
c
ontra os culpados íc proceda com diferentes penas, & per diferen*
l{
s mo Jos: Pelo que otden&mos & mandamos aos noflos Viíita»
^°rck que em o enquirir áas ceftemunhas,na amocíhçam dos cuK
l-^acs, &na p;izáódel!e$ tenháo & guardem a ordem feguinte por
fet conforme aos Sagrado? Cânones & bõs cuíturnes, & goucrno da
19gteja.
^ Primbyramcnte teram cal refguardo em o enquirir que não pe
CAUA
Sentaram por peuoa algua particularmente, íemprimeyra prece- tw-&jtô
<W infâmia piòuada por tenemunhas dignas de fce, com 01 indici- p^Z
** veroíiaics que o dercyto requere: & aduertiram muyto as qua- ft* wJno'
idades das peíoas de que fe denunciador que Tendo peííbas graues, nZníl
íidebom nome, os namaueram per infamados :pofto que duas ou «•/•. *
Irr n rr i i i- i í"*/»'•«**
^peíioasarnrmcmque commeteram algum dehc1:o:& auendo j»c.vc«i-
,e s etejtt
gitimaproua da infâmia entam poderam enquirir partieularmen l J
lídosqus fe acharem infamados, & perguntar particularmente as C4>.:í»J»*
J^muuhai referida,. /Jggfc
H 5,fo
Jj Efe naniouu-rr mais proua contra os denunciados que afama*' í/ -
°mente os poderam amoedar fem os remeterem a nós, ou ao noífo
Ia yzo ordínario/aluo f?ndo infamados de ctimede here2ia, ou ai-

."«spoinsao ao orneio, ou oenehcio, porquc3cnanaoaiguas pe


°as infamadas deHcs, ou de outros femeUiamesde!i£tos, pofto que
^HraeFcsfenãoproue mais quea infâmia, os nãoamocíUrão mas
0s
remeterão a deuaía para que nós procedamos em taescaíosco»
10
r parecer roais feruico de Deos, & mandamos fazer as dcuidasdi«
c
'S ocias para fe íaber a verdade & fazer juftiça.
J E nos outro;» Crimes, que nam forem dos fobreditos quan-
°nam ouuerteuemunhasdeviíta,ou certeza da culpa, masfoo-
* ,CIi^fcprouar infâmia contra algúapefloa, os ditos Vifitadores a
faraó
Titulo.'jo. Das vifítações &vífita<3ores
farão vit ante fi & diante do fcu Efcriuão à amoedarão que faça
ceflar o efcandalo, & fe aparte de todas as ocaíiócsda dita culpa, #
viuademaneyra que ceíTe a infâmia, &da amoeftação fe fará ter-
mo pelo Vifitador & pela parte amoeftada akinado, & náo o que;
rendo a parte afsinar fe ptocedetá como for juftiça.
^ E prouandofe contra algúa peíToa por duas ou mais teftemunhas,
ou por húa reftemunha com rama, & alguns indícios que cometeo
algum delido dos acima duos (cujo conhecimento & cafligo per-
tenfa a nós) fe o delido for dos graues, conuem a faber contra a Fee,
oudcleíaMageftade,humana, ouhomi:idio, ou falcidadadecru
Ctp. MSí 1 .tras Apoftolica?, cu mccíro,ou facrilegio graue, ou quilqncr 01^
tiíiÉi tro delido mayor que adultério cuja dilpentaçí o conforme a dsrcy*
de
**& ■ to h: aos ordinários prohibida,aprendcráo lego & mandarão a boi»
iudictJS. 1 Al' L
recado ao AJjobc. 0 -i
^ £ fendo prouadopor teftemunhas algum outro crime quenaojjjj
ja dos caormes fobrcditos,ou outros lcmelhantes.náo poderão pe*
der, mas virão as deuaças a nós & a nofla mcía onde fc pronuncia*
íobre cllasoqueforjuftçi. *
€ E achando algúa petlba comprchendida em aígum outro crl1
me, pofto que lep dos leues, em o qual haja parte a que íc <*',
uaíadsfacam pertencendo ao noflb Iuyzo Ecclcfi.ílico o conhf clj
mento dillc: os Vifitadores o nam poderam dcfpachar em *w* '
çío, ma? rirá a nós para fc proucr conforme a dercy íO ouuida a p3lt
a que tocar. f . -u
^ £ achando algum cubado emoutroscrimes em os quaes ain J*
perfeueráocom cfcandalo, como fambarreguices fimplices, ^d»^>
tauolagcnsdc jogo,& outros femelhantes, íhc faram íuas aoooc .
Çpcs em forma: & fendo Clérigos os poderam amoeftar atec a ^
r
da vez, náo fendo Beneficiados, porque ncftesfeguaidarà a r°
doSando Concilio: & confeíTando elles a cufpa ficíazendo i# ^
os condenarão comolhes parecer,& fendo Ieygos os amoeftara0^
a tcrceyra vez, aceytándo fuás cófifsóes,& paliadas as ditas ar»° ^
çóes uáo poderão mais dar liuraméto a Çlerigc,q ja fofle duasv
Titulo. 30. Das vificaçoes& VlfítacIorèT
moeftado, ou leygo que o fofíe tresjMas os remeterão a nós & a
nofioVigayro pêra fe proceder contra clles como for juftiça.
*f E ferâo aduer tidos os ditos Vifitadores, que quando óuuerem de
^zer amoeftações aos culpados, fe clles confeíTarem a culpa, ospo4
dei áo amoedar na forma do Concilio ]fridcntíno:& fe negarem
a culpa, pofto que contra elles cfteja prouada, os não atnoeftaráo,1
toas (eráoordinariamenteaccuíádos,para que fendo judicialmente
cõuencidosjosarnoeffem em forma,íe ainda náofoiáoamoeítadosj
&í'eo fòrao,os caíliguem como merecerem.

Constituição. VI. T>a <-viptação das Capellat, ft) Ho/pitai)


ft) Confrarias: & das contas que fe hão de tomar
aos aáminmr adores.
4 _ ^.^--i i

..... .~jk..
clm
COnforme ,
aos
,
Sagrados
Q
Canonêsj&aoConcilioTridentínõía
'■-■■■
: &
contmgit
r
nos & a noílos viíitadores pertence fazer cumprir & excecutat deni^j»
todas asdiípoMcóespias, horafejáo inftituidas em vitimas vonta*^^
des, hora em qualquer contrato ou auto entre viuos. E outro fi vi rtjom.è,
kar todos & quaesquer Hofpitaes, C<Jlcgio$,Cape!las, Alberga* 22^7.^T
rias, & Confrarias.ainda que fcjão regidas & ordenadas por leygos: *•* StlJ;
poftoqiefcjáo izcnrasda jurifdicjáo ordinária, & imediatamente t0rd»tad*
*ogey tas à See Apoftohca: faluo fendida immediata proteyçáodel W&*
R.cy noflb fenhor. E ainda nefles verão fe os ornamentos & vazo*
fâo taes quaes conuem ao culto diuíno.
f
í Pelo que confiderando oòs q ião mal fe cumpre pelosaaminiftra-
^orcSj&cxecutorcsasvontadespiasdosdefiintos: & quantaspoc
^gligencia fua & dos que fáo obrigados a tomarlhes conta, fáo ja
e
to elle noífo Bifpado diminuídas & perdidas: eíireitamcnte matt-
<krnos&encarregamos aos noflbs Vifitadoresque depois que ví«
atarem as Igrejas em o temporal, & efpiritual, vifuem com muiía
agencia os hofpitaes, albergarias, capcllas,& confrarias: & vejáo
r
P imciramenteasinftituiç5es, fiifeiíahiliuro, ou tombo em que
as
taes obras pias & adminiílraçóes deixadas pelos defuntos,eíieni
fritas, & os bens & fazendas a iflb obrigadas: &aucndoos, farão
Zz inteira-
Titulo^o.Dasviritaçoes&VifítâcIores.
i

inteiramente cumprir o que nelles fe achar: & nióauendo liuro,


ttjandarãoqueíè lanfcro logo em o liuro que mandamos que aja
ena todas as Igrejas das propriedades & obrigações delias, por Ta-
baliáó, ou Notayro em medo que fique autentico o rreslado: & não
fe achando, tirarão fumario de tefiemunhas, citados St ouuidos os
adminiftí adores* & confòrmandofecom a pôíTe que acharem de 40.
annos a trás, julgarão per fentença as obrigações & obras pias que
adiarem fumar tamente,podcndo logo fazcllo fem dilação: & man-
darão que a íentençiíe lance em o liuro. E auendo contradição em
osadminiílradores por não quererem cumprir oqucfcacharqu6
fáo obrigados, & alkgando ellcs que eftão em poíTe de não fazerem
tanto ,os remeterão a nós & a noilb Vígayto, para que a inftancia
doPromoior, fe proceda em o caio como for juftiça»
^ E não auendo contradição nas obras pias & na cantidade & G£
íe
lidadc delias, inquirirão fefe cumpre conforme asiníHtuiçócs: &
as Miflas fe dizem em os mefmos lugares que os defuntos manda-
rão: & feas rédas dos ditos hofpitaes, capellaf, & confrarias fe ga$*
tão em as obraspias&vfosaqucforãodellínadas: & achando qt-e
alguns não cumprem inteiramente, os obrigarão a reflituir tudo o
quedeueremou teuerem malgaftado. E verão fe nos hofpitaes #
albergarias ha as camas & gaíaihados que os defuntos deixarão, #
6
as efmollas &- mantimentos & mezinhas neccílànaspetellesút"
nadas: E finalmente facão inteiramente cumprir así vontades píi$
dos defuntos, com Cenfuras & penas que milhor lhespareceré.E*
çhandoalgús muito culpados ou negligentes, os efereuerão C& oS
liuros da vifitaçáo,para cj nos mádemos proceder cóira ellcs confc**
me a direito até priuação das ditas àdminiítrações.
^"Eno cumprimento dos teftamentos & codicillos pios guarda*
rão a ordem que lhes he dada no titulo z8.
^"E perguntarão fe os adminiftradores das capellas, ou officiacs da*
confrarias IeuãoasorTertas, não tendo paraifíb fufficiente pH0"*
giodaSeeApofíolica,oupoíTeimmemorial;polaqual o tal pritf--c
giofeptefume.
CE achando algúas capcllas cuja adminifltâcão perteca aos Priores»
- ~ Benéfica
Titulo. 30. Das vífitaçoes& Vifítadores."
1
18Í
Bencikiadcsde Igrejas Collegiadas: mandarão que cada hu anno
^CiGJahafrjdçlíesíjue tenha cuidado de mandar dizer as Millâs &
cumprir as obrigações delia' >& arrecadar os rendimentos: & fendo
> adminiílração de algum our to Pt ior, ou Rey tor de Igreja cjue não
íeja collegiada, lhe tomaráocontacomo aos mais adminiítradorcs,
& com mais rigor os confírangeráo a cumprir com as obrigações
dasdifáscapellas.
^ Mandarão quec todas as procifloesi afsifolenes 8t de feílas>como
tm os eterr metos dos defútosjà Gruz da fregczia em qa prociísãò
kíizer,oudoodeo defunto for freguez, preceda a todas as'outras
teiía: pofío qs.:e ftjáo da Mifeticordia,Vniuecíidade, ou qualquer
Religião, ou confraria: & nós fcB pena de excomunhão & vinte cru
Zados para a Sé & Meyrinhoi mandamos a todos os Priores, Rey to
tes, Curas, Beneficiados, &ThefoUreiros, quenáo confintáo que
nas procifsó^s&^uios de íua própria freguezta, outra algúa Cruz
prccvda:porafsifer conforme a direitOc
^ Perguntarão fe em as IgrejasfeaíTentaalgTía peíToa em cadeyra
<íe eíkdo, ou cípaldas.náo feudo Prelado,ou Duque, Marques, ou
Conde, ou o Senhor oVjòpria terra; a que pola prerogatiuade fuás
pcííoasas taescadeyía9Íepetmitem:•& achando nifto alguabufo
0
emendarão "& cáftigi r.10 com as penas que bem lhes parJcerem.
T Itemíeaígú prégadorss to mão venta de peíToa algúa no pr.ri-,
C| 1
pío das orèo-acõis, fenáoà nós, fendo prefente, ou a outro Preli.
^o, Arccbifpo3oiJ Bifpoqiieprefémcíc achar, onde nos nao çftê-
bermos :ou aos S»nhoresdetítulosemfuas próprias tetras: man-
$X :0 que
ttoirfeem
^comenda-o Santo PadrePapa ,&OS Reys Ôcf sèhidos, fenomea

í $e as capellas-fic cofr5 rias tem vèílímenta própria Calrx, & liuro


M$al, Sc hila C r j z ao menos úc pao dourada: & não a tendo màn
35l
^ioqueatenháo. i*
" ZZí ^Eaos
• Título.jô. Das vificãçoes «ScVifitadores
^E aos adminiftradores das capellas cóftrangcrão co ccnfuras 8t
penas que tenhãoas ditas coufas: & aos officiaes das confíârías,man
darão q facão o mefmo, afsinandolhe pa iflb termo: & fc nâo pode-
rem, ou náoquiferem, extinguirão, ou fofpenderão a tal cerraria,
até que cumpráo o fobr edito*
uf»mf. T Sc algum Clérigo tem alheado o património cu beneficio,a
w/A cujotitulo foy ordenado, íem nona liccnça,& fem guardar a ordem
que o Santo Concilio ncfte cafo tem dada: # achando algum có-
prehendido, nolo farão a íaber para prouermos como fomos obrij
gados.
^ Não darão quitação de teftamentõ^ codicillojou certidão aos e*e
çutores & adminiftradores dos teftamentos & capellas,fcm lhe pri-
meiro confiar como tem inteiramente cumprido. Não leuaráo di-
nheiro dos teftamentos que não prouerem, nem dis contas que de \
todo não ficarem acabadas, fobpena de o rcftituirem em dobto, &
nos os caftigarmos como nos parefcer juftiça: &c as quitações & cer;
tidóes doutra maneira dadas, não valerão coufa algúa.
q Não darão licença a pcíToa algúa para pcdir,ou pedirem parada |
ainda que feja cm húa íò frcguc2ia: por quanto eftas tacs licen^s
, referuamos para nòs: & dandoas, não valerão.
^ Não poufarão cm as cafas dos Priores, Rey tores, ou Curas '&>&
vifitarem, achando cm o lugar outras poufadas conueniente5,nein
lhepeçãoouaceytcmdellesjantar£s,ceas,oupreíentes, ou m*11"'
mentos: faluo fendo coufas tão pequenas que o ditcyto as não de
fendciantcsferia efcandalofc as engeitaflera.

Çwfituição VIL Daspejfoas que hão dejerprefente^ a ívifi-


MçÕQi&dommerodaspejfoascMefehãtât ~ 7'
perguntar em ella.

COnformahdonos com as Conftituições de noíTos predecefofc$


ordenamos &mãdamosàtodososPriores,Reitores,&Cuw5»
& Beneficiados,^, Iconomos de qualquer igreja de noífo biípa"0'
que tanto4que
._ tiucrem recado noflb ou de
( _ noíTos
, viiltadores,
_ .. . . d°
w • ^
^c
j
Titulo.30. Das víficaçoes&Viíitadorès \SÇ
f
m que ncsou ellesauemosde viíltar fuás Igrejas, o denunciem
logo ao pouo a Miíla, ôdhes mandem que fe achem todos pre-
fentes a vilitação em o dito dia, declarandolhe como atee ô meio |
diao mandamos guardar, como nefie titulo na Conftituição ter-
ceira fíca dito. E todo o freguez que nâo tendo impedimento le-
gitimo faltar, pagará cincoenta rs para a fabrica dameíma igre-
ja &Meyrinho. E osmefmos Priores, Reytores,Curas, Bencfi-j
ciados, Sc Iconomos ferão prefentesa vifítaçaD, fobpena depa-;
garem dez cruzados cada hum, fem remirão para obras pias SC.
Me yrin horda qual pena não ferão rcleuados,poflo quealleguem
&queirãopro:iarqueeniuerãoaufentes cm negócios de impor-
tância: íaluo fe para iííò teuerem noílà licença per efcrito.E ou trai
fi lerão prefentes os Comendadores fc na freguezia refidirem,1
oufeus procuradores, &Rendeyros,que paraííToferão auifados
pelos Priores Sc Curas. E fe algum dos ditos Priores, Reytores,'
Sc Curas, Beneficiados, Sc Iconomos, Comendadores, & Ren-
dcyros não forem prefentes, nos Sc noílôs Viíítadores procederc
mos em o ncçocio da viíltação,mandando fazer todas as coufas
neceflarias, com as penas Sc fequeítros que bem rios parecerem.
% E porquemuitas pcíToas com pouco temor de Deos & das cen-
luras da Igrea, ainda que faibão que ha pecados públicos Sc efcl-
dalofos de que fão obrigados a dizer na viíítação,não querem vir
aellar&o que mais he para fentir,ha Priores,Reytores,& Curas*
doutros Sacerdotes, & Letrados que lhesdizem &aconfelhão
^uenão venhão,aIgúas vezes por malícia, Sc outras por ignoran
C1
a:ncítes prefentes cícritos pomos pena de excomunhão, ipíc*
ia
&o, na peílôa, ou peilõas, que fabendo peccádos públicos Sc ef.
ca
ndaloíbs, de que conforme a direito fão obrigados a denudar^
°s não vierem dizerr Sc a meíma excomunhão pomos em iodos
°s que lhe a confelharemou mandarem que não venhão a viílta-
Çao nos ditos cafos, ou os ameafarem, ou intimidarem, ou por
qualquer via impedirem, ou perturbarem a noflós Viíítadores»
^'procederemos contraellcs com as muis penas qUC mçtefcrcm»
5?ntormc a culpa que teuere ffl.
:"" *B
té ~A

X
Tituló.30. Das vifítações &Viíítadores
^B poftõ<que poucas pefíbas, ou nenhua,voluntariamete venháoa,
vifitaçãoi Mandamos a noíTos Vifitadore^que de Teu offido em cada
freguezía pergutem atee trinta tefícmunhas,as que lhes parecer que
milhoríàbcrão o eftado,vida,& eufiumes dos freguezes. E poftqq
**•* não achem culpas em aigua freguezia, que efereuer: todauia farão
termocomoem ellaforáo, inquirirão, &petguntaÉão ex ofhcio as
teítemunhasque per efiaConílituiçáo lhes mandamos ptrguntar:
paraqucpoflacóflar como nos ôccllescomprimos inteiramente cõ
tfobrieacãodenouo officio.

TITVLO. XXXI.
Das Accufações, querellas^de-
- T

nunciações,& deuaffas.
/

■ Conptuiçâo Primeira. Que coufafe]a accttfacão f£?


quer dia, & como Jc farão.

brica de CCuíâçáo, conforme a direyto , hc -hui delação


aceufa, c. dealgu crimefeyta pereferito cõ íubfaipçáodoactf*
fuper bis
eod.tib. fâdor, em a qual principalmente fe pede fatisfiaçao
Jtngú. de r
wiaJtfi.Ver ou pena publicarmas poicj eílas folénes accufaçõespc
lo t? ai cutiume efiao tiradas, & em lugar delias fç introdu"
querelam l
liar.pra- zJráo asquerellas,pelasquaesas partes ofFendidas,ouosoutioskg "
tu. mm. timosaccufadoresdcnunciáodealeuapeííoa, oj peíToas porauei*
cometido algum crime, hora feja publicoj, nora príuado: & rs° rc
.jçebimentp & pronunciacão das ditas querellas acõteíem algús abu*
jfesem prejuízo da Iuftiça & das partes: Ordenamos & mand-m^*
jque ctaqúi cm diante fenáo receba querella algúa de peflbaeccle^a»'*
iCayoucrimeEcclefiaftico,cujoconhecimetwo;anósperten^a5fcí^
u3
*$ífkflQ?, ou noflò Vigayro Geral, a, qual efereuera hum Efcíi °
^o aHdúprioEcclefiáfiico a quemfor diflnbuida, & neílafedecla^"
c
riaonomedoaccufador, &do aceufado, & a caíidade do ciim > ,;
^iteunftancias delle, & o lugar &temp'o emquc íe comcíco, & os
nomes das teftemunhas que íe açharáo preíentes, ou foabcrcn»x °
calo»
£9
Titu.31. Das acculaçoeSjOt quèrellas 13^
c
afo, & afsi fe efcreueráo osfobtcnòmcSi alcunhas* òfficio?, &cá
lidades das mefmàsteftemunhã'?,& dos lugares em qué viuéjparà q
depois por fraude & cõluyo, como muitas vezes acôtéfe(mayor me
tequandoO feytofeprofeguepela íuftiça)fenãodem húasteílemu-
nhis por outras. E as ditas querellas ferãó juradas polapàtte:&fò
0
querellofo for leygo, ou peífoa izentâ da iiofla jurifdição, dará lo-
go fiança de peíToa Ecclcfiafticá, ou fecular jurada aos fâmos euan-í
galhos na forma acuílumada, da coritiaj que parefer ao luyz que á
teceber, pela qual os ditos fiadores debaixo do dito juramento
fefojcitaráoao noflfo luyzo &de noflbsofficiaes, &fe obrigarão a
pagar todas as euftas, perdas,& danos em que o querellofo for co-
rnado. È nas ditas querelas feefcreuerà fomente ó que os querelo-*
fos difierem. E o efcriuáo não mudará, nem ácreícentarà, oU demi-
^uitàcoufá algík: ainda que lhe pareça que para bom concerto, St
lingoagem da querella hc necefiario: por quanto auemos q he me-;
n
os inconueniente tomarenfeasquetelUspola lingoagemdos que-*
ícllofos malcópoíta,que mudarfejagrauàrfe,ou deminuitíe a fubftá
ci
a da culpa. E o efcriuáo qUé o contrario fizer pelo mcfmo cafo
Perderão officiõé
í Efe aparte for tão pobre que não ten tia qUem a fie, & afsio jurarj
^rlheha recebida fua querella, obrigándofe pelo mcfmo juramento
as
ditas cuftâs, perdas, & danos, & fojeitándofe a noíla jurifdição.
E perfey ta afsi à querella fera afsinãda pela parte & pelo Julgador q
af
ccebcrí&:nãõ fabendoafsinâr d declarará afsi o eÍcriuáo>& baila-
ía
ferafsinada pelo luyz qUe a recebçf fomente. E fe em outra for-
^a for recebida alguà querella, á auemos por nullâ,& por cila fenão
fat
àobrâ álgua.E fe o querellofo não forpcíToaconhcfcida^áolhc-
fcr
á recebida querella íem áprefentar húa o a duas teftemunhas co<
?Wcidas,que ò conbeçáo & aftirmem Ter aquelle que fe nomeà.

Conjlitmçao Ih Comoferâoprtfis o^osfinados4

Epois de recebidas & juradas às quer cilas,sedo os crimes tàes,


que conforme à direito em 0 juyzo fecular mereçáo pena cor-
. --- - pot»
4 , Titulò.3i.Dasãccufaçoes,*&quercUas;
jporalou degredo:EnoforoEcclcfiaflicopriuação, depofifáo^ óu
íufpenção por mais dehú anno do officio, & beneficio, ou degre
doparaforadoBifpadopormaisdehuanno, ou outra femelhante
pena graue,que refpondaapena corporal; fey to primeiro íuniario
de teftemunhas, confiando por elías tanto contra o qderellado, por
que verofimelmente fecreaquecometco otaldclito,ouheemeHe
culpado: o Iuyz,que a querella receber, pronun ciara que feja preza
a peuoa,oupeffoa?,que achar culpadas peta fumario que tirar.
ÇE pofto que pejasConfíituições de noílbs anreceífores efícu eífc
roandado,quc em os cafosgraues,tanto que a querella fofle perfei-
ta &fcrrada,logo os Reos qrellados fé mais fumano â teflemunhis
foíremprezos,&emosputio^crimcs leucs não podcílèm ferprC'
Zos,fem preceder fumario de teftemunhas:nòsconformandonos co '
o que per dereitocomúefiàdetermínado,&milhor& mais receb^
$ocius in da opinião dos Poutores: Ordenamos & mandamos, que da publi-
{íc^ww cação deftaooflàConftiwição cm diante, nenhúa peíiòa feja prez*
«82.C/4/. per querella jurada, féprimeiro fe fazer o íumario de tcílemunhtfi
mui.p8- «precedera deutda informação, perque confie tanto da culpa co*
tra o qucrellado, quedeua fer prezo como afsimadito he: po^'
a experiência tem moflrado, querellarem muitos maliciofameflto
& ferem muitosprezos&auexadosfem'culpa: E quanto o criff10
he maisgraue, tanto maisconuem procederfe ncllecom cauteila»

u-fâ^G*0: H^ D&pcjfi** \ut não deuemfer admiti *


das a acuíar ou auerellar. " 7>

:llaf,
J'art ff.At-1
cuf.crep^ VVialuoaquellas que em direito íeacham proh. —. — »
k oíla f cilm
fjútâl f * ente faber quacs faó, declaramos que conforma *<&
gU.i. de reitonaõ podem aceufar os cnemigos & os feus familiares: &&
os
civjlaè kygos podem aceufar aos Clérigos: nem os Clérigos poderam
jKrf/í.14.. aceufar aos leygos: nem as molheres feram admitidas a aceu»'»
c
faJuo no cafo em que cadahú dosafsima nomeados pí°' B°\
itaa/uapefioa,ou
injuria feita a fuapefíoa,ou aa parentes
Darcntesfcusdcntio doquartog^J
-
ítulo. JI. Das accuíaçoes, & querelas. 13?
,c
m o feruo.ou filho famílias, faluo de confentimentode feu Pay:
^ai outras peífbas em que ha femclhãtes defcytos,pe!os quaes có-
^íica dercyto fenáo pcdemadmitir.
TEvindoalguadasfobreditaspefíbas,qucreIJar ou accufaralgue;
30
profeguindo injuria fua ou dos feus,pouoqueaparteoufeui?ro
JWor lho náo oponha, o noflb Vigayro de feu officio os não acU
lt,r
á,cóíhndoIhcfufficienteméte, ou per confifsáo dos mcfmos
jNellofos, ou per outra maneyra, que ião inimigos, ou per derei-,
^'nhibeis paacufarrporq ao Iuyz,q a querella recebe, pertéfc fazer
«IaY% diligécias necefíàriaspa queo juyzo nãofique iiluzorio.
Jj «° quercllofo não declarar ou confefiar a imizade ou iuhabilí. %jÉ*'
Ae H tct« J?a acufar, né ao tépo, que a qucrella for recebida, coitar ?âfitf&
%LfetIbeharcecbida:Por<luâto«forme adereitotodos feprefu-Sf/^
Q gabeis pa acufar,fe da inhabilidade não cõfta.Poré depois poderá Pf*\
^crellado táto que vier a fua noticia q a querella foy dada por inw
^'go, ou per cótemplação de inimigos,ou q o acufador he per derei
^habcl, vir cõ efta exceyção,& fcrlheha recebida: & fendo £ua-
1
eráaacufaçáo oaódooqforproccfíàdo, julgado portiullo.
jch 'Joqucrcllofo por calar a inimizade ou defeito,jurar mal áque-
a
>ferá prezo, & do Aljube pagará ao querelado as euftas, perdas,"
a
nos,& ferà condenado nas mais penas que pelo dito perjuro &v
^P^iofaacufação merecer
e
^ j a parte náo opofer a exceiçaoq té para repelir o feu acukdor, $*rlt.$;
de |.Iuv 2»dc feu officio, o não lançar da acufaçao, por lhe não cóílar »"UfZi
t D rhabilidade, valeráo procefio & fentenca q por ellc fe der. *«"?, .CõíS
1c
fa 1 j °ntecer qcocorrao muitos aqucreuar,ou denuciar,ou acu- d*.\.Uc

lwts
todos os outros t>f*P
plt " Tilnao lcuerc c,ta re.za0 de acutar. li ie cõcorreré muitos GomtTf.
f
«rá* ters4^eirãoacufarodeii<ao,fcitocotraalgu de feus parentes,tomo c'u
toSç . iao ° qtormats chegado e grão E cocorredo a acufar mui
OjPj*! Srao> t0ífrs ferão admitidos. Eíenenhúdos acufado-J^á*
bliCQ ° cÇ*jr injuria feita a elle, ou aos fcus,mas por fer o crime pu- w.»*i
^ucirão acufar muitos, o Iuyz efeolherá hú, que para líío lhe
Aaa pa*i
t Titulo? ;i.Da$ accufações, & querellas?
I

pâtçça mais idóneo?


^"E porque muitas vez^s acontece duuidarfe quando o procurai
deue fer admitido a acufar: conformandonos com a$ leys imperial )

Z.ptn.%. Scdireyto canónico: Ordenamos & mandamos,que fe o cnme,p ot


tffZbi ^uc ^&" ^c acu^°> *°f ^W* Poc e^c fej* impofta pena de mortC
ínilftt natural, ou ciuel, ou aftual degradação, cõ entrega a juftiça fccuíâr»
f Zt 0ú perpetua detruzáo em Moíteyro: em tal cafo não re^dmíti^
ff Jipe- procurador» Mas fendo o delido tal, que porellenáo feja imp0''*
0
ÍTrfrtfi*. pena capital, nem corporal, mas fomente de dinheyrc,oudegr23 >
aC
«. Ví/JíW o j fufpenção tépo,-al, ou perpetua dasoidés, ou beneficio, eait
*ufaCUr. cafos o procurador ferà admitido. E pela mcfmamaneyta fepo£*c'
»»/"''»%. rà defender Zper procurador o quefor acufado per culpas^ que pl£V
U.*4. \ » r < 1
- uadas naomerelere pena capitaljnem corporal,i nem actuala
-'iLflOf,
e
r /
lição do ofíiciò, & beneficio, ou detruzão de Mof.ey rò. Saluo ^ !
do feguro; porque os feguros em toJos os câfo> continuarão a* *
diencias: & não fciaò ouuidos per procutador fendo aufenses: wlfl.
ce
feudolhe dado por nòs, ou ncíTo Vigayro licença para não vir a
tasaudiencias,oucm certo tempo: porque nclíe tempo ferà ouu1
feu procurador nos cafos acima declarados em qos píocuraaorw-
podem por direy to fer admitidos a acufar»

Çonfctuiçao. lllL Que os acujaâospor algu crime nâopo^ao reà&J* 3


Jttis aíuJadores;jaluoproJcguwdojua in\uria ou dosjeus: {$) <\uí
jenâo receba querella contra o <yencedor> ateeajen^
tença fer executada^ nem de matéria
allegadà em oi autos. u
na
tjrugmâd ^^OnformeacTfeytò o que hcacufado de atgu crime* ° c«l-
«iVc!J ^^rcacuíarfeusacufadoiesde outro crime igualou tfl*no-r: !
íf^/Tno» uofeprofçguiralgua injuria feitaaciic,ouâosfeus. Pelo que^
SÇ#w. damosaonoíloVjgaytonãô receba qucrella de acufado ^èu^c(fl
j.i4.».u. trafeuacufadortfaluôem osditôscafos,òudema>or crime* P* .
ou ro fi receberá querella do vencida cótra íeu vencede r, WT* ^
em caufa ciuel, hera crime ifaíuô depois de fer a (entende*11
executada: por quanto muitas vezes acontece > que poi í^P —s
Título^í.Dasaccufaçoe.s&querellasr 136
execução das fcntcnças,os cõdenados ordenao femelhãtes querellas |j * ££
maliciofamente: mas pendendo a demanda ciuel, poderá o Reo acu j.i*.»-4r
fatcrimemenie o autor & ferlheha recebidaquetella.
^ Nem outro fi fe poderá receber querella de fobornação, falfida-,
<íc, perjúrio, cõluyojoa outra matéria femelhante, que jafoíTealle^
gada,oudeduzida per artigos cm a caufa,pofto que lhe nãofoíTem
Recebidos: faluo fe na fentença final ficaíTe a parte feu derey to fobre
iflo referuado. Eo noíTo Vigayto quando der juramento aos que-
telloíos febem & vcidadeyramcnte querelláo, lhes perguntará fe
allegarso jicõtrao querelladoem algú Iuyzoaquellas culpas de que
quiíerem quereliar; òcdizendo que fi,lhes não receberá a querella:
& jurando que não lha receberá: mas a todo o tempo que conftar a
contra)tolera auidapor nulia,&o querelloíò còdenado nas euftas,
& caíligado como merecer.
H[ Porem, fe pendendo a acufação,algua das partes fe queixafle que
a oatra o ferio, ouefparicou, ou mandou fenr,ou cfpancar, mofírã
dofx-dasou noJo.s, & pizadurasinchadas,lhefcrá recebida fuaq«
a*el!a, em qualquer parte ou efladodalite que iflo acótecer: E po-
derão acuíadoneftecafo, pendendo a cufaçáo,reacuíar o acufador,!
& fendolhe prouado, que pendendo alite ferio, ou efpancou, ou
injuriou grauemente feu competidor, fera condenado em dobrada
pena do que ouuera de auer, fe entre elles não ouuera demanda^

Conjlituiçáo. V. Que não tomem querella, nemprenàâopor^


incutias, oupor outros cajos leues: faluo quando peias in- 4
quiri ções confiar tanto porque deuão Jèr prezps.
_ »

T) OR que fomos informado,que algúas vezes fe tom ão qúef elíaí


•*■ de algúas peíToas Ecclefiafticas,pòr dizerem osquerellofos, cj
lhes diflerão más palauras > ou que faltarão com eíles paraos matar:
querendo a ello prouer, ordenamos & mandamos, que a nenhúâ)
pcflba te tome querelfa, por dizei que algua outra de nofla jurifdi-j
£a° lhe Jjfle m^s p^ja.jjas > & fea,s, & que faltou com ellepa-
5 ° matar, 03 lhe fazer outro dano : nem fe prenda por ello. E
Aaa* porem
Titu.31.Das áccufações,& querellas
porem poderademãdar ília injuria & dano,dado petição ou libcllo:
& fera aparte citada para ver jurar as teítimunhas. £ oVigayro
procederá no cafo conforme a direito. E quando polaproua achar
que foy tal a injuria, vifta a calidade da pcíToa, lugar, & tempo, q
o agreííor merefa fcr prezo, o pcderá mandar prender, afsi antes da
fcntença final, como ao tempo delia, fegundo lhe parecer jufliça. E
fe-ajnjuriafcrfeyrana audiência, o dito Vigayro, fe lhebempare-
ceiJbeío defacatamento da Iuítíça, o pode, &deuemandar logo
preSIer, & fazer dello auto, & caftigar a ícu aibitrio.-poao cj o inju-
riado não queira profeguir fua injuria.
^ E poílo que algíí proponha ferJhe feita injuria atroz pela qual con-
forme a dereyto, o quereliado merefa fer prezo, & auer pena corpo-
raI:
amx todauia íêndo a injuria fomente de paíauras^he não fera recebi-
fh/Smâáàquetdla,maspoderáacufarordinariamente porlibello, porque
injt.it /»- em íemelhantes injurias atrozes feuáo pode proceder por petição.
... •. ~ 3" E quacs fejão os cafos leues, porque fe niodeueproceder, nem t*
ceber querella, ficará no arbítrio do Iulgador, que neilo fe confoH
marà com o que per derey to, & eufiume, & recebidas opinóes elli
determinado. ,'. "*/

Confítoiçâo. VI Das denunciacÕcT,

praTtlc. A S «anunciações, fão de duas maneiras, a primeira quando Te


eIllínci
râàràíft ^ a dealgyapeífoajoupcíroas que cometerão afgu crí-
»rrerfnie>ParaqueoIuyzcópcrentetiredelíedeua(ranoscafosemqaP°
de tirar, & ncíla conforme a derey to náôhe neccííârioque odeOtmj
ciador nomee tcftcmunhas,poflo que fejaprcueitofo nomealas, Ç*
fnai$ facilmente íe íaber a verdade: mas por euitar fraudes que mft°
^odem acontecen Mandamos que tcdaseaasdenuncinçôesfej^ojii*,
.ladas pelos denunciadores, & que em el?as não fejao recebidos fOt
teilemunhas: mas não fe recebera denuncíacão para por cila Te tirar
^ deuaíraainfiancia de peííba algua, nem do nono Ptomeror da Iafti-
çi,por cafos leues: potqpor eftes taespoderão fercitados os culfa*
pados & demandados ordinariamente.
Tituío.3i.Dasaccufaçoes,&qnere11as. 137
ÇAfegundarmntiradeuenunciaçaoKcaquefcfazcomcharidâdc ^
ou a nbs,ou noiío Vigayro,dealgúa pefica q eira em peccado mor-
tal para que ddlefeeméde, em a quallha fempte de precederacor- Capjttmi
reiç^o fraterna como per derey 10 ferequere: & nefta dèiuift&açsd^értói
h.z leeitimateítemunha o denunciador: & fe algo em tal forma vier <"*/";
denunciar, precedendo como dito he a correição rraterna, lhe lera re ntgonod*
cebidafuadenunciaçáo,& tomado íeu teftemutihe,& òs mais que Uj'ib'
nomear: & chamado o denunciado, ao qual nós, ounoíTo Vigayto
admoefiaremos qoe fe emende da culpa, & faça a fatisfíção druida,
& aceuandoiílo com humildade, fazendo termo por elle afsmado,
fenáo fará contra elle outro piocfílbé
^ Efe não quizerco.íhecêrfua culpa, a denunciação& ditos de tefíe
frunha* fe darão ao ncíTo Promotor, pata que venha comhbello
contra elle, & íefaça juítica atè com effey to obedecer.
\ ~ ■

ConPiitoiçâo. VIL Das deuajfaf.


t

ASdeuaíTasqueem n
d?reytofechamãoinquificões,riUas Tão ee- z*h iJe
. . ' . r 11 1 -v oJj,,.ord.
rats, outras elpeciais: as gerais Iro aqutllaspelas, quais nos, (.íjUainer
r

z
ou noífo$Vifitadore?,ouofficuisinquirimosoetalmcnte.detedos <* íjj r
& quais qner crimes, exctlloSj&peccados de nclTos luldtto^parâ bis dt*tf4
os emendar & caít'gar como fomos obrigados: & afsi quando eólia **■!*** *
fer cometido aigúcnmegraue, cujo conhecimento Sccáltigo per-
tença ao noílo foro EccleíiaíHco, & náo fe fabco Autor dclle.
^ Outras inquifições oudeuaífoí fio eípeciais, quando fe inquire
pirticjla-mente contra algúaptíTja ou pcíToas,por auerem cc me-
tido algum delido.
.% As gerais fe podem & deuem fazer,poíío que não aja infâmia cõ«
tra p^ífoaalgúa, nem outro indicio: jor quanto ícfoZer pataíela-
ber fe In empas ou p içados, que fe deuáo emendar,ou coufas que fc
deuao de reformar s como em o titulo das vifitaçóes fica duo.
í As efpeciais, ou particulares contra p; (Toa ou PeíTcas certa', nao
l
ep:dim ra2er, íenaop.c;edéndo mhmía contiacllas ,daquai m ^ f#
u ,0
confie legitimamente; Pe;0 que ordenaaios & mandamos ao nolío 'i 'J-' 'r
Pioui-
; ^
Pr*9A 1 *• '' T*\ ""*'" ^^«*»'*»•• ^»

litulo.3i.Dasaccufaçoes',&queíel!as:
Sttfe PrSmfor.yigayro Gera),& ViGtadores, que cm as deuaflãs gcràès;
™ IcnT' '"^'"^'''S"'-^"^ todosos crimes, eL
.« Coutai em o «alo precedente declaras: tendo nhTo ta! «f-
guardo, que perguntem muito meudamen.e aos denunciadores tt
«eflemunhas,como fabemaquillo dequedepoem, quandodcpoíc-
rede v.rta & Ce ru fabedoria, & os tempos L lugares em que,& as
mats ctrcunftancas dos crimes de que denunciai- & fc vem denun-
! 0,n0fi0 cbr;
rlTJT - íf'^í í 8^os,ouccmodioR:d^
fcHevmgaja. Edarfeiheha,uramétoquefemaiFey£áonem cdio,
d^ao tudo aqudlo qUe fabem ou crem que fe deue teformar, *fsi
,^ote|!íT0ermOSm6brOS&freSU=2esdltg^q«evifita.
! gUCCm Ul urament0
he dX ° ' P« dcceito lhe

ft a ftma
S£5Í ^ * «kodepeflòa, granes &honeuas, ou de peLs
d n0ffi
;;S/i""f1 :^ V 'falhando quanto emelles for por aue.i-
i. «,»rt f? k a h™,°U ,Dfam'a fcp»M na forrna q o derei.o manda, ò«
f m de
fc—VT* °T 5' Si^euefazerpoucocafo.
S WÍS dcUiffa! nío
ST*Ç A? ^ ° * '"V" «***> teuemunha*
/«a» de peitos que o denudado teuer cafligado per aleú detifto- nem de ou

I^fe^utt:efi^m?aÍ^2a«^ad^ -rós perdei


farao D3S ia d
WMtjl TfT **&* <P"&« * ™»"« «P«iaÍ
rerguardande, mu t0 as calidadesdas teflemunhas,* o credito q»e
y
conformeaellasfelhedeuedar.fazendoefcreuertudomeudanite,
comoper dereyto Êo obrigados, mayorméte emos cafos ctimes,

Çoufitmcm; VI]]. Bm^ã^dmcmo^^cdpAi


tf»^r ^«^fWj ouftrprezos no^l\ube: ^comoje
.—_k_j

IpaJJarao os Aluaras de fianed.

P0&
Titulo. 31. Das acufaçpes&querellasr 138
POR quanto em o Synodoque celebramos fenos queixou a Clc-^%f/%,
, rizia, dizendo que os Dignidades,Conegos,Priores & Çletigos ?•*•&£
nobres conforme a dercy to, pelas qualidades de fuás peflbas náo de- 5f!i.jíwl
tuait
uiáo fer prezosno Aljube, &noflfosofficiaesos mandauáo prender: ^J
dcfçjando nósdetalmaneyra conferuar a authoridade das peflbas
Ecclçfiafticas, quenáooffendamosà luftiça: Conformandonos cõ
odcreyto & cufturae: Ordenamos 6c mandamos que os D ignida-^
des, Cónegos, & Beneficiados da noffa Sce, & os Priores das Igrejas v
Colegiadas, & de Igrejas grandes, & afsi o*Clerigos nobres que
conforme a qualidade de íuas peflbas fc foráp fccularesdsueráo de
auer menagem, náo fejão prezos em o Aljube: faluo por crime»
graues. E era todos os outros cafos feram prezos fobre menagem,
a qual lhe fera tomada & mandada guardar na forma cuftumada»

^.E os outros Clérigos de menor condição, poderão fer prezos no


Aljube per outros crimes, pofto que náo fejáo tam graues, ficando
«mnoílo arbitriOjOudenoíroVigayrogeral.qcófcrme a qualidade
da culpa, & condição da peíToa, os mandaremos liurar, prezos ou
foftos.
^ Porem efia noíla Conftituicjíofeentenderá&aucrâlugar,quan-
do os Reosciuerem de fer prezos pcrcaufadccuílodiaparafeaue-
lê de liurar^nas quádo nos ou noflb Vigay rogeral per fenteça & caf*
tigo de algúa culpa os condenaremos cm alguns dias de prizão, ou
^Uc do Aljube paguem algua pena,em tal cafo fe nam guardará o fo-
breduo, mas poderão fer prezos em o Aljube todos os que forem a
c
tte condenados em pena & fatisfacáodefuas culpas,por afsi fer coo
*ormeadcreyto.
«í E fc algun^aque for dado menagem, fair delia & a quebrar fem
n
QÍTa licença ou de noflb Vigayrogcral,ná lhe fera mais cm o tal cafo
«oncedida, mas fera prezo no Aljube, &dellefeliurará. tottfJ*
f E quando algum Clérigo, ou peíToa Ecclefiaftica,ou tleygo nos '$jfy£
Ca
Jos que por nós pode fer prezo, pedir Aluará de fiança, ou por paii*"^
tóo podçr auçr menagem» ou por quererjmces liurasfe fobre fian> a"*ioC
* OU.é *
Titulo, JL Das acufações,<5cquerellas.
ça que prezo febre fua menagem, não lhe poder j Ter concedido Al-
uatadefiança, fenam per nas, ou fendo nós auzeme* do Bifpado,
pela peffoa ou^pcíToas a q ue ulô deyxaremosefpecialmcntccomc-:
tido.
^ E nam fc concederá Aluará de fiança por crime tam graue, que
prouado mereça pena de priuaçam, ou depofiçim, ou degredo per*
peruo, ou dctruzáoé Moltcyco, ou o atra pena a rpotA, ou tam gra
Ucqaca luítiçana n fique fegura, & fc poíTi recear que o Re o arittí
quererápcrdcrafiança,queeíperarcxecuçnmdâ leucerçtrfcViftofi-
car a cm noflj arbítrio, ou da peflòa ou peíloaiia quem ífío comete*
lemos,
^"íE a contiadi fiança fobreque feouuer de dar ao Rer, fetá confof
me a qualidade da culpa, & pena que merecer: de mancyra queaexe
coção da fentenca ôcpenapofsáoaucrefkyto: cVos cfhciaci fejam,
9of. í/V.pa goí defeus falarios. É íe por culpa dorjorto Vigoro geral, oA
jidekõmispeiiaaahança pern>liomandadoaccitar,narrorquiíconaé, &ro*
■* 7- IíTO nam fc ache pt>. onde fe faça execução da fentença, auer fe ha $<*
clle fie (eusbens & rendai tudo o quc,por não fc; a fiança quil contei
(epeidcr ~ ' "*'
■ •

>

$>f Confim côo* IX. Como fepaftarâo (aguardará*


I
as Cartas dejeguro»

A S Cartas de feguro^uepor cuítume geral dcfieReyrofcfoerrt


X VpaOIr aos querclládos, ou culpados cm algúa» de"aflás, íenant
poderam p Ah% em cafo de morte,fc nam depois dr paliados tre* we
zesdo dia em que a morte aconteceo. E cm caio que c mu r feridas»
tt
berras, 0u nodoas,ôcpizadurasinchadas,fenáo pjíC ã > fenani W
%'.
ta dias depois, fendo astaesCattasncgatiuas. E quai do as foj
Car rás negariuas fc patíarem, fc porá claufula que nos caioi. de rrk f'
te não valeram, nam fendo paíTados os três mezes: cV nos caio* de
feridascunodjas trinta diai:& fendopaflàdos fem a d.ra clr.ufu^
**:
I ■ ftft
nulo. 31. Das accufaçoes <x querellas. ijp ft
queremos tjúcnãovalhão, &oefcritíao qasfczer pelomefmo ca-
io ficara fufpenfo de fcu officío até noflàmercc
^ Efe as Cartas de feguro fe pedirem cònfeíTatiuas com dcfeza,fe
poderão paífèrlogo,{emcfperaros ditos termosdetres mezes, ou
ttirua dias i (crido as defszas quefe allcgáo taes, que prouadas cen-
cluáooReoiraorei c o caio culpa algúa,porqdeua ícrcõdedenado:
ÇOaio cm àcafodemortCí otf ferimèto,quádo íe allegalTe feré feytos
«mfua juíla ÔÉneccforiadefençáo. Mas náofcaueráopor defezas
«áláíespa feconcedeté Caf tas confcílatiúaSjasque prouadas, demi»
íiuiiç íomente a culp2,maS a náo tirão de todo: né quaesquer outras
fínielhanteyxlefcargasvqueflòmais cõtraricdades que defezas.
% E emtcdas as Ganas de feguro, hora fcjão negatiuas, hora con^
*<■ íTa tiuas, fe porá o dia & hora em que forem paífadas, & claufula
vJUedentroem certo tern?o fe aprefentarâo com ellas cm luyzo,
atadas as partes, o qual termo náo paiTará de dezoyto dias: &
coavo paííi poderão andar feguros três dias ícm ferem prc7os,
forque cftc tempo lhe damos para poderem fazer fuás Cartas, &
paífaias pela Çhanccllaria.
^1E pedindofe Carta de feguro por algucafoefcandalofo, o nolTb
Wgay ro a nãoconcedérâ,fem^ comunicar com nofco & auerpara
^noífteípecial licença,
í E náo fe poderio conceder a peíloá algúa por hum mefmo deli-
do maisqueatc ires Cartas: & quando algú pedir a fegunda, decla*
^rá, q quebrou a primeira: & pedindo a tcrceyra,que quebrou a fe-'
8.ttti4i:^nopaíTcfedirâpaffe,primeyra, ou fegunda, ou terceira
Ç*íça dekgaro.. E os quefe não aprefentarem em Iuyzo com as
Ç**ft» nojtermo de!las,oa deípoisdeaprefentack>s,nâofeguirc cm
È*ftba acaufa,cótinuãdoasaudiécias,poderáoferprezos, &ásCar-
^*lhc náo valerão maÍ3;íàíuo quãdó porcfpaífo de oy to dias fome-'
tc
deixa ré de cótinuar as audiccias,& volútariamete loiros fe tornaJ
7* oSerecçr é o luizo c o méfmo citado, & cõ as mcfaias calidadcs
^ antes tinháo:porq em takafonáolhcferáoauidas por quebradas
^ Cartas, nem os obrigarão a tirar outras.
1 £ por euitarefcandalos &oijtros inconucnicntcs,mandamos qiíe
1
"" *" ''^ Bbb o*
I

?. Titulo.jLDasiícuraçSeÍAquereHâs:
os íeguros, cm quanto dutar feu liuramemo, não entre :em o lagar
offâ 1
SKffi^2??T™ ? fP?™ licença: faluo tendo em
>y cometi-
j j i° -^M-M^^vivawiuivi tumctidòrteftaCí
dade.ouernqualqueroutrolugarondeefteuer onòlToTribunalíe
Iuyzo Ecclefiaftico. E os que fero noffa licéça entrarem em os luga-
res ou ruasonde os defeitos fe cometerem, peto mefmofey to fclbe
aueraoas Cartas por quebradas, & foáoprezos.'
f E outro fi mandamosq- todos os feg«,os,& os quefe limarem Ú
breAIuarasdenan{a,fel,u«m&pareç|oem luyzopeubalmente;
& continuem todas as audiências, apftfentandofe ao efcriuáo doí
autos, ooflo que o crime, dequefercguratem ou liuraré fobre fiaa-
ía, fe(a leuc. Porem o noflb V.gajro, cócanfa julla, poderá dafli^
cenca aos fegu.os, & que teuerem Aluaras de fiança, que deixem dí/
iciídiremalguasaudienciasimayormente fendo pafloreS,ou tendo
Curadcalmas, oupeíloas de cafedade.oumoiheres: &durando<?
tcmpodadiiacãodasprouas.lhespoderáaleuamat a-refidenciaco,
moine bem parecer.
f/r!!Z %B^uc h5ÍuHucoacUíaJor&RCo; na obrigação de cc*W

Wd S <3UCaCufaré
«f *Sr V Tr ' W ** * nòs tenha Suar,
U CftCÍa aau
0& 3§W ^í ^T' ° ^^te prezo: (^ I
«^ acuíador ieja obrigado a acufar pefíbalméte & continuar as audicP-
^f.»«7. cia^-porquanto(aindacjhoicpercufiumeganlosacuradorcsreriío
tofcrcuao a penadotâíiá^diíatõoasaccqfacóesporaucwremaòf
Reos:& a roojcftia & .rabajhode acufar peíToainiéteos faráabfcui-
ar. E fendo raoIhera^acuíar,dando fiança de aparecer em peOS*.
^andopelonoíroVigayrolheformádado,podCràacofarporProi
curador cm os ditos cafos.
f Eouiroíl, ^andamosqucliurandorealgufobreíeguro, &aof*
po^ucofeytoforcoclufofobreoscmbargbs&contrad.rasrounáo1
auendocrrWos&concraditas^uandoforcõciufo em final, fc'
c
*£$! SKKM í £50ÇíÍ5nado cma!gíapena,boraíeja corjwjrát
hora
Títdo.32» Da íimònía& penas delia. ilç>v *•

tara pecuniária, fera prezo: & depois de efiar na cadea, fe publicara


a rcnrença.Eacha;?dofc ao tattépopcios autos qdeue ferabfoluto,
fcâo fera prezo, mas ouuirá a fentençaem pefíba: & lendo condena
donnscuíUs,n2ofairádolugardo Iuyzoatéaspagar,ou dar cau-
ção (ifríciente de penhores «& não fatisfazendo o mandará o Vigay
to ao Aljube, até pagar as ditas cuílas.
Ç Porens os que íc liararem (obre Aluará de fiança, fendo cila furfi- Jfl*"-*
ciente, núqua feráo prezo?, hora a fentença haja de fer condcnato.».s.c/ár."
ria, hora ablblutonaipor quanto pela fiança eíWegura a execução, ^^J;
& nãohaDerigodencar o luyzoilluzorio: & poderá empeíToafc-
guir aopellac^o folto: por aísi fer cóformea dereyto &cuftume:
pofto que per noífos anteceífores outra coufa fofíe mandada.

\
TITVLO. XXXII. ■ â

Das fymonias & penas delia.'


Constituição Primeira. Dagrauczg fê) prohibição do crime
da hmonmfêjcomo dellajedeue imúrirftjproceder.

Crime da fymonia, cuja deformidade coníifle, em cô-


prarou vendera; coufas efpifituacs,fobrcnaturaes,ou c$*'™
n<;-\i*ttiJA anexasa cilas: ou em dar & tomar coufas temporaes'©.i7^»».
||| pelas efpirituaes, ou anexas: portedas as leys diuinas^,0°*
*** „ .^ & humanas he prohibido, & íempre os Santos Padres
^Concílios Sagrados trabalharão por extirpar efía pefte: perejue,
alem da graue offènça que corra Deos fe comete, he muito prejudi- cJ^£t'
ciai a fua icreia; & per citas rezoes o hão por mayor que os outros-w"«-*.í
c
r»mes,eftatuindograuifsimas penas eíp;ntuaes & temporaesco- f„tm**
*ta os que o cometerem, ou netle forem mediancyros & participa-jg£!j£
le
s. E encomendáo & mandão os Sagrados Cânones & efpecialmé f,u.stf.
$ o Samo Côctlio Tr;dentino,a todo; os Prelados, que trabalhem *J$£j:
P°r tírar da Igreja eftc vicio,principalméte em a adroiniflrâçáodos 14. dt n~
aramemos EccleGafticos & prouifáo dos Benefícios. Polo que ^^
Pejando nos cumprir có cfta obrigação como deuemos,fc que efla *$*•"
- ,.„ o „ Bbb^ - 'p^JSiJ?
Kl W
Titulô."j2.DâSimõnía& penas deli
pclle, que por unos & ta'o varias maneiras fe comete, em grande

efe noíTo B/pado, & achandofe, (o q,.e Deosnáo permita) íe eaíli


gue com rigor, pa ra que a grauidadeda petia, faca recear & fugir a
c

f Ordenamos & mandamos ao noflbProui(br,& Vigavro vifira-


dores, & mais offciaes, quecom muito cuidado & diligencia inqai
í ao^fstem as v.fitaç5es & deuaflasgeraes, como em ofexames das
otdes, «ípriuajaodos Beneficios.prmcipalmentenâsqucfe fizcln
porlettasApono!icaS,&na,j„fl,„ca£óesdasdirpenfa{oe?, que lhe
fotc comendas, fe ouue algúa fimonia real, ou cóuencional, ou o»
d il,ic
g&Sf'""W T ° "° &P« d-reyto Canónico p,oh.bi-
ío ounl n, J
<.>«lw«' . y ";"odosSacramento5&diuino<ofiicios /
R b d
& £ 2 5 !« » °P0»f muni.», acufadores, & denunciadores, náo/
5K-«| ÍOme'"SP :'fo:lshabe,s>&íi'"í'o't"i«>queen,d,rey1ofích„,á
r"
>• y«- Jl!„1,ex,Cer
^ í/«!° » tl.,.ònema'<Jt
„/;„» a
,«=™--——
'»indíl«vjuwuaa^uc
aquellasquecm
emouiros
outroscalos
cafc
Cm JDh bc,S POfl q fcja infamcs c
Vfâ ° ; V ° - ° "™°<°* faluo fendo par a-
,.„ 6 ^epantes dovmefmo cnme:porque eftes, conforme a dereyto ainda
doan.aejt neítc crime, naopodem ferteftemunhas,
or Jcdl
SSS&ffPíomcnteq' ffl^^ramenwfefoeprojar,pcríllitteod£reyto afi
£ c.ficu, 7 P« ^flernunhas & Frouas claras fe poG, proceder em
i«/.c/4^elle, mas ainda por indícios, &conjeytcras.
Menocb. , , ., . .

ri*§*• £** *" W*> »«» ««»«» corá^ttemporalJr


tSdt ^nt?rat °efPíríMaU^J^nâados.^L dl Í
t.ctnmo. ™&ue™>nem>"*rdèosSacramemi&dwmos ' '—'-'«« ->
officiosteclk darem o temporal. ~

pOnformandonoScomasleysdioínas& ecdcfiaítoi ôdeSÍ


VVoíos * mandamos a todos os Pr;ores,RCytcreS, & Cura., *
^a„ Sacerdotes & Miniflros efpirituaes, que por rezáo de íeus t&>
ao, iaoobrfgadosaadmmifinr os Sacramentos & diuinos officiof,
* tem da Igreja 0 cfopçcdio conuenience para fua íoítentaçáo, q
Titulo.^. Da fimomâ& penas delia, ^
na o pecão coufa afguâ tèmpôraí a pefíoâ aquém o$ otiuefém de âd» &/>. k ri?
tatniftrar: nem facão fobre iíTo cõuençáo ôu pa&oalgu, mas gracio^ *^afna
lamente & com charidade & diligencia cumprão có às obrigações de jtmon.
de feuoffícioj&o que por feus freguezes & peííbas deuotas, lhe for j.i^.iooJ
oíRrccido, depois de Ihesadminifirarem os Saeramétos o poderão *XA>
iccebef.
Ç Epoftoqpercuflumeãtiguofe lhesdcuadar,óu oferecer algud.
coufajcomo fão as oíFertasdos enterrametos, & officios dos defun-
K
tos, & bautifmos, Òí outras femelhãtes,& eftescuílumesfejão \âb ®W*£'
uaueis&deuãoguardâtfe:Prohibimòseflrcytamenreátódós os ío- *
. breditos, q não denegue, nc dilate ós SàcraméioSjexequias, & di-
vinos officios, por lhes não darem as ditasofFertas,oucoufas tempo-
v racs acufiumadas, nem peção penhor para fua fegu rança >
\»em facão fobre ific» algu contrato, por íerperdereytocanóni-
co prohibido. Mas depois deâdminiflrarem liutementeoeípiritu-*
ai,poderão pedirás oíFcnas acuítumadas, fe antes lhas n£o derem,
EonoíTo Vigayro& Arciprefiei noslugaresde fuajur,fdiç20,lhas
$«úo pagar cõ breuidade,cõpellindo per cenfuras aos que a ilfo foréV
obrigados*
^ E porque fomos informado que em aígus lugares do nefló Bif-
pajo fe dilata o Sacramento do Báutifmo ás crianças muitos dias*
& ainda meZes, por feus pays não poderem em otetrpo que per
dereyto & noífas Cóftif uições deuem fer bautizados, fazer as bedas
&banquetesquecuftumáo:&oquemaisheparafentir qosprio-
r
es,Reytoresj&Curâsodifsimuláo5<: coníentemí no que hús &
°iitrosencarregãograueménte fuascOnfciencias. Mandamos aos
pays&maésdas crianças, fob pena de excomunhão & de vinte cru
i ^ados, quepela dita cãufa não dilatem o báutifmo de feus filhos ale
dos oyto dias que lhe fáo taixados:& fob a mefma pena de excõmu-
a
I báo 3c dinheiro, mandamos a todos os Priores, Reytotes,& CU-
f
as que ral ábuzo não confintáo, nem defsimulem. Antes tanto qutí
CQ
1 fuás freguezias fão nafeidas criáçàs de oy to dias,logo íé dilação
as
façãoleuaráIgreji&bautizé:&anoífos Vifitadores qinquirão
. icfteabuzdj&fáção cúpriíelkCõítituiçãopaqdetodoféemédé*
1
í*»
Titiilo.^.Dafimõnia&penasdell^
Iffcoairo fi, mãdamosla todas as peíToas EcclefiafUcas & fecu!are?3
que com nofço,oucom o Bifpo titular, fe neftc ncílb Bifpado o ou-
uer,ou qualquer outro que per noflã comifsão em clle der quacfquer
ordés,mayore5,ou menore5,cfpccialmcnteao$examinadores,quc
não tome coufa algúa temporal dos que feouuerem de otdenar. >
^ E ao noííò Prouiíbr que outro íl não receba coufa algua, pelas Cac
tas dimiíTorias que paílàr aos Clérigos defte Bifpado para outros, né
Cap.iMfi pelos ellrométos ou Cartas, teftemunhaucis de lua vida & curtumes:
TtfalLnem ou£ro £ queremos que das Cat tas das ordés, ou dimifíbrias, (o
T0rm.t4 paguc.ao feIlo# ncíía Chancellaria coufa álgúa, roas tudo fe faça
graciofamente.
Ç E o noflòj efcriuào da Camará não pederá pedir, néaceytar âi*
nheyro, ou outra coufa temporal poraíTentar cm a matricula os que
íe háo de ordenar. Mas pelas Cartas das ordés & dimiíTorias q fizer» /
leuaràa decima parte de nú cruzado fomente, por náo ter de nós fa-
lario com o dito officio. E iflo mandamos que afsi fe cíípra & guaf?
de, fem embargo de qualquer eufiume ou Cóftituiçap de ncflbs prej
deceflbres emeontrayro.
f E os que contra forma defta Conftituição & do Concilio Trideni
5
tino,pedirem ou receberem dinheyro ou coufa algua temporal,*
5
o efcriuào da Camará que leuar mais que o aqui taixado, alem d*
Trif viiPcnas<lucpcrdercyroíáoeítatuidas,que ipfo jureencorrem,pag»"
fufrê\o rãocincõénta cruzados paranofíà Sé ÃrMcvrinho, ou acufadorp^
doan, 4.0. .. i /• 1 , - . ''
w/*. primeira vez: & pela fegunda íerao maisgraueméte caftigados, <&!'
forme a calidade da culpa, & do negocio cm que fe cometer, &**
circunflancias delíe como em a Conftituição feguintefe declara.

Çonjlitmção, 111. Que os benefíciosJe não renunciem com condi*


çâo defeproutrem a certaspejfoas, nemÇimplezxnente^daran^
do3 ou pedindo porpalaura, eferrto, cuporJinaesype(Toa a
yu eje deuâo dar: f£j os que Je renunciarem fimplcz.-
m ente nas mãos dos colladoresje não de a fami -
liares cuparentes dos que os renttncião.

OS
Titulo.yi. Da fimoniaoc penas delia. 14.2,
1
S Santos Padres pata tirarem cie todo da Igr-cja do Senhor,
principalmente na prouifáodos&cncficiosjioda a eípecie de
finionia, nao fomente prohibirão & aiiullaráo ascollaçÕes & confif-
^açóesjojinmtuiçõca verdadeiramente fimoniacaii,mas ainda 10- f^'™**
das as condições, modos, Ôcconucnçõcs, que fobrcelles íe fizeífètr, ât ofk.
pata que íebdoáspro3Ííóesliurcs,fc%ão como conuê, & a pcflbas étfjf^:
idóneas. E nòs que per rezao de nofio pafteral o£ftcio,íbmos obriga- $ ,mãfit
dos a executar os decretos dos fan tos Cânones, & mádados Apofio ^"íí
Hços: cõformandonoscom clles^ ordenamos & mandamos a todos <je "««<»-
os colladores que per derey to, cuílume, ou priuilegio da Santa Sé dm.t*fo
•ApQÍlolicatem poder para.prouer benefícios de qualquer calidade fflúW-2/*
que fejáo, Ôtaccytar tenunciaçõcsdellestque não aceytem renuncia 14 Kauar
Çáoalgúa,que fefaçaern fuás mãos com condição, ou declaração, q ^"^
\ifcproueja a certa pciToa nomeada.'! outro íi/mandamos aos que
renunciarem o» benefícios em os cafosqper dcceyto & pela Extra-
vagante do Papa Pio Quinto lhes he permitido, que per íi, nem per
outremjperpalauta^empercfcrito, nem per finaes declarem ou
demaeutender que querem ou defejáo, que os duos benefícios vc
^hãoa certa peilòa: & o mefmo mandamos aos que teuerem poder
Reeleger,ouaptefentarem os taes benefícios: nemfe faça,antcsda
Ie
fignaçát), promeflâalgpa de íedattm a peííòa declarada.
í E outro fi, mandamos aos ditos colladores, que náopcoucjáo os
òcncfícios,.queemfuasmãosferefignarem,áspcfíbasque pelo re*
%nante,ou per outra interpofta, lhes forem declaradas: nem
a
parentes, ou afins, ou familiares dós que os reiUincúrea», ou pjo«
^rem. EtudooquecontraiormadeíkConmmiçâo, & Extráua-'
1
gate fc fizer, frrá nutio & Tem offsyco: & oscollaiores, padroeyros,
&eleyto:es, pelo mefmo feyto, ficarão fufpenfos da co!laçáo, eíey*
^you profemação dos ditos benefícios: & as me as penas eucor-
r
2râD,oi que taesbenefícios receberem, até que ha»ão djfpeníaçáo
daSè Apoftolica E osquceftandoafiifufpenfos, conferitem, ele-
ei
8 ^cn,ouprefentarcm,confírmarem,ouinftituiretn,íendopeíloaí
Particulares, encorrem em excomunhão mayotipfo belo:, &-fendo
?abido, ou Collesios, em fufpcflfãoàdiuinis» E os que antes deíU
v
Conm-
..1 „..
.
I

Titulo.^. Da fimoniaoc penas delia.


Coítítuição, defpois daípublicaçlo da dita E xtrauagãte do Papa P$
Quinto,eítcueremprouidos de benefícios per tal modo renficiados,
ícrão obrigados aos deixar: & não fazem os fruitos feus, nem pode
íer abfolutos até o,i rcftituirím, ou auerem noua prouifáo da Sec
Apofiolica.
^ E os que depois defla Oonfiítuição forem comprchetididos,_aIem
das ditas penas que per dereyto encorrem,feráoprezós & caíligar
dos conforme a cahdade da culpa.'
Tnlsetf. ç E outrofijmádamosaonoíToCabidoi&atodos õs.ColIcgios,#
/tfrkfJ4asSueteucrcmP°^er^cPIOPcricónfirín:lr>ou inftituir em alguoi
beneficio, não peção, nem aceyteín pelaprouifáo, confirmação^ i
inítituição coufaalgúa temporal, nem ainda por dar a poflè ríaluo
íè por antiguo cuftume, ou feus eflatutos, feouucr de aplicara fabríi .
cada mcíma Igreja,ou outros vfospios: & osqueocontrayrofizev
rem, encorrsrãoem as penas per dereyto & noflas Çonítituicóe*
impofías contra psfimoniacos.
^j"Eas mefmas penas encorrerãoos quederé, ou per qualquer ma'
neyraproueremiOuprcfentarefli,cuaceytatem,oupofercmemc^
roía como no titulo dezanouena Conítitukáo fegunda fica dito.
Sxtrauag. ff Epara que l
eftes crimes de todofe tirem,&mclhor fc pofsáo &"
l.dtjtmo..* *• f _. . t
inter cães ber o? que os cometerem, paralerem cafligados como merecerem:
fT/fèft Coaformandonos com a Extrauagante do Papa Bonifácio oy cauo,
wõmti, & Paulo ScgundqrMandamos fob pena de excomunhão, ipío faft°
incurrenda, & de cinconta cruzados para a Sè &acufador, a todas
& quaesquer peíToasEcdefialticas, oa fceulares, que tantp que fou-
, betem quealgua pcflba na collaçáo, çleyção, ou prefentação, ou t&,
nunciaçáo, de algum benefiico cometeo íimonia per dereyto Si
noflàsjConftituiçóes reprouada,dcntro cm noue dias nolo defeubra,
*'
pata fc fazer cumpiimento de Iuítiça. E os que deícubrirem ãlgú de
maneira que per ordem íua poíía fer caftigado, fendo culpados ai;
cançario perdáo.j

Çottijtitoiçâo, 111 I. Em que fe declamo as penas que per àe-


reyto encorrem os fimomaços
To.
/
1
TifulG.52.DaSimõtiia6cpenãs delia. ip3
TOdôs os que, ou na adminiílração, ou recebimento deaJgna
ordem cometem fimonia teal, dando ou recebendo a'gua cou a>. txtt*
ia temporal por ella, encorce em excomunhão mayor ipfo fado: da ?*f .
qual não pode íerabiblutos,íenão pela Sé Apofíolica/aluo em arti-
go de mone: & ficão também fufpenfos>& não recebem a execução
da dita ordem.
<f £osq naprouifão ou impetração de aJgubeneficio Eccleuafticb
cometem femelhante íimonia real,encorrcm em a mefma excomu-
nhão mayor referuada. E poílo que não fiquem fufpcnfos do officio
clerical, não aquirem em o tal beneficio derey to algú:& ião obriga-
dos aoreftituir com os fruitos:& não podem fer abfolutos até refti- hnouf
tair, como fica dito no titulo dezanoue Cpnftituição fegunda. g^-JJ
2iauarJm
ch
\f E na mefma excomunhão referuada encorre todos os que forem ' "'
terceyros ou mediancyros,para que na crdéoubeneficiofecometa
adita íimonia real: & osque dellaíore fabedòres, & a nãodefcubriré J**^
a Sé Apofiolica; &Te algú culpado ríeliadefcubrír os cóplices de ma '
oeyra, que por fuainduftria pofsão fer caftigados, alcanço da mef-
ma Sé Apoftolica graça & pérdáo, conforme a rí&efma Extraua-
gante.
<$E a mefma excomunhão referuada encorrèm todos os que per tmmàt
c
on£ança cometem fimonia em algum Beneficio,hora fcjarral, fij.f.mi
Wa conuencional fomente : & no tal Beneficio não aquirem de- £XSl
*eyto, 6c perdem todos os maisqueteueíem,poftq que íejão cano- uàr.úif*
ocamente auidos.
í E todas as prouifoes de qualquer Beneficio, hoíafejaõ coílaçõesi
lições, populações, ou prefentações^ou nomeações, em que por V*^
fimonia real, cu conuencional forem íeytas feienter vel ignoran- viertgii
tc
r> não valem, nem dão dereyto algum em tal Beneficio: & oj^£<£
^e o aquerir, he obrigado ao reftituir com os ftuy tos. *?****%*•
a
5 ^ km das ditas penas, que os ílmoniacõs ipfo jra&o encorrèm,
j **° contra elles outras muitas & graues pelos Cânones antigos
^abelecidas, & inouadas pelos Summos Pontífices modernos,
tf Ccc cm
1

Titulo.*32.DaSírabnía(5cpenasdella. v
C
(hful.cmas quaesdeuem fcrper fentençacondenado*: conformandonos
t.in/íma» com clles, Ordenamos & mandamos que fe alou for legitimamen*
tH.cap.tx -11 • 1 II r> i -
tuJc.dili teconuencido, deauer cometido verdadeira fimonia real ouconue-
itus.c.per cional, principalmente na ordem oa beneficio, feia condenado etn
tuas dejt' J r r- i rr ■ i r t
wo».exír4 perpetua depotiiao do orneio & benehcoJ& dcgtadado por quatro
™f£^;annos para fora do Reyno.
i>bi fupra, * tf E os que cometerem fométefimonia prohibida pelas leys hurra
jimon.4.p. Das> nao lcrao perpetuamente depoftos: mas ierao grauemente
ca ac os cm cnas e
ctf&r- ^*8 ^ P ^ degredo & dinheyro, fegundo a calidade da
monta. culpa,& do negocio ao arbítrio de noflb Vigayro: alem das penas q
*txc°™ tltt s
!
paríj.*' r per dercy
_ i
to fe
| „
acharem,
em os
,
taes cafos importas.
r .-
<ro»j/"24.».^ E lendo alguacufado,ou denunciado,ou comprehendidona Vr
«p.//^4- fitaçãodeílecrime,auédocontra ellehúatenemunha fem fofpeyW,
& algúa fama ou indícios, fera logo prezo, & do Aljube feliurarà:#/
moaucrá menagem cm talcafo, poltoque feja pefíba conftitujda
em dignidade: nem fe lhe concederá Aluara de fiança: por quantP
cm femelhantes delidos, qucperdereytotem táo graues penas, fe
naopermiteperdereyto.
Cáp.4ccu* ^ B é qiiantopédcr a acufação, hora feja prezo, hora fe Iiurc foí>íc
llfimm. Carta de feguro, não poderá receber, né y far de faas ordês, por afc'
fer conforme a derey to.

TITVLO. xxxrn.
Das blasfémias, maldizentes, & prejtu
rios, & penas delles.
ConpmiçÕo Primeira. Que coujafe]a blasfémia, &por
quantas maneiras Je comete.
tf ale. Sl. Lasfemia propriamente tomada fegudo os Santos Pa-
d. Ambro.
{D.Tbotn. dres & Doutores, Theologos,he peccadognuik1*1'0»
2.1. q. 14.
ar.i.etfeq. pelo qual, fe atribue a Deos o que lhe não conuenfl > Vli
felhctiraounegaoquelheconuetti: & irto fe fez poc
*
\

Titulo: 33. Das blasfémias & pèrjuriós'.' 144


muitas maneiras 3& principalmente quando fe diz algúa coufa conj
\U a diuina prouidcncia, ou contra a diurna potcncia,ou contra a*dij
uina luíttça. .
«[ Mas blasfémia em os fantos Cânones & derey to fe toma mais
Wga^éte,& náofómetecóprédeas blasfémias qfedizé cõtraDeos,'
heo-andoa Dcosoquclhcconuem,ouatnbuindolhe o que lhe não-S(rf. ©>«•
conuem,mas ainda as pragassimprccacoes,ou de teltaçocs, que co: diMMfm
tra o meímo Deos & feus Santos fe dizem ou fazem: como fe algú Wggg
difílíTe Deos hc improuido, ou injuflo, Ou não he prouido, nem im miar'. §.
éter
jufto:N?opod: fazer i{to,íeddocoufapofsiuela fua omnipotência: j**** de
Ou fc diíTeífe,malditcJeja Deos:Ou tal coufa lhe venha,como fe el!e múr. c«0+
fofo criatura íojeitaafemelhantcs pragas: Ou fc afôrmando,ou tó| Zinfa%
gando, fc diíTeíTsalgua coufa contra os Santos de Deõs em os qisaes £***>£*
\ odeucmoshonrarôclóuuariOufe jurando, ou fallando diííeíTe de^.fâj
Deos, ou de feus Santos algua coufa dcshoncfta,ccmo em Wiyxàsf^f
cafos & exéplos que os Doutores referem,qucpor ferem efeanda- „/.$.
lofos, aqui não referimos,* nellcsfepodem ver: Ou ainda verda-
dcyra & honefta, mas com grande irreuerencia: como fc per mao
cuftumc ou paixão juraífc peia cabeça, & fangue, & corpo de DeosJ
^[ Por eílecrime foy impoíla em aley velha judícial,pena de morte: Lcuit. 24;
£ a m efma pena lhe dão as ley s imperiaes.Mas os fagradosCanones «ggj
anticros & modernos mandão, que 05 blasfemos íejão condenados ,„//„.
fc> ' .. - - r ií.i o „,i*<i<. Cab.l. de
- penitécia publica, & cm penas pecuniárias fem rcmifsáo: as quaes jjjj^,
manda que os Regedores das Cidades, & VilUs ponhào per feus *»«£
ÊOatutos & a cordos. Pelo que ordenamos & mandamos, que íe ai ^'^
guem algua das primeiras quatro maneiras acima declaradas, bjas- «■*
femar contra Deos, oa contra a Sagrada Virgem Noffa Scnhc ra:
feudo Icygo de calidade quengo deuaauer penas vijs, pague vinte
& cinco cruzados: & pela íegunda cincoenra , cm os quaes pelo
mcfmofeiio o auemos.por condenado: & pela terceyra escorrera
«* penadccecrazados,&ficaiaioÉamepatansopcder ãue:-nígni
ladeou aVÚbeneficio, ou ofncio Ecclcfiaftico: & fera degracado
per dous anãos Pa cadahu dos lugares de Afinca. E fendo pxbcyo,
fc-não poder pagar adita pena dedinhcyio, cfiaràhu dia rnteyro
Ccc A com
■t
t «

Ttulb. 33. Das 'blasfémias & perjúrios.'


com as" mãos atadas detraz àsportas da Sé, fendo morador na Ci-
dade,7 ou termo: ■& fendo de fofa ás portas da Igreja dondefor fre*
gu?z:& da feguda feráa^outado pela Cidade3citra fáguinis e&ifioné;
& pela tereey ta lhe fera furada a lingoa, & cõdcnado em dous annos
de degredo para as galecs.
If E fendo Clérigo (o que Deos não permita) o qre tão grauectirrc
cometer contra Deos ou a Sagrada Virgem: pola primeyra vez fera
Condenado em perdimento dos fruitos de híí anno de todos os benc?
ficios que ciuendos quaesa terei parte aplicamos à fabrica da noíft
Sé, & a outra terça parte ás deípczas da luftiça, a terccyta aoncflo
Meyrinho,o a a quem em dcfeytodelleàcuíàr. E pela ícgunda fera
priuado dos mefmos beneficiosi & pola ttrccyra íerá priuadode 10*
das as dignidades, & fera depoflo do officio clerical, & degradado
por dous annos para fora do Reyno. /
^ E fe o Clérigo, que tal delido cometer^ não tener beneficio, pel*
primeyra vez íc rá condenado em cincoenta cruzado?,aplicados pc"
lamaneyrafobrcdita: & pela fegunda pagará o dobro & condena'
do em féis meses de priZáo:& pelaterceyra fera verbalmente degr»
11
ado & condenado p*ta as galeès per dous annos. E não tendo aig
dosfobredttoscom que pagaras penas pecuniárias em que forcou*
1
denado,ferá condenado em pena corpora), fegundo a ca! idade a *
culpa & arbítrio denoíloVigayro.
13
SyLríifu ^"E o quecontra Ocosou SagradaVirgem^diíteralguabía-fem »
prajAo. peja qainta ou fextamaneyradeclaradas acima,f. dizendo cOOtr*
55í
Deos-^Sagrada Virgem alg6acouíavetdadc!r.i,masde^hncft= ,
com »rra!ercncia:ou verdadeyra & honcira, mas com graade ifíC'
ue^enciaiouconiraalgu dos outros Santos diírerqua!quu\iasf°:>rc
ditas blasfémias: fera códenado em penas pecuni. r as & corpo>a<\*
fegundo a calidade dà blasfémia &da pelToa,ao arbunoile nofl°
Vigayro; das quaes penas nenhiá poderáfer releuado: ainda que alie-
1
gue&proueqjebUkmodcom paixão : faluo prouandofe legit '
mamence que ao tal tempo, efiaua fora de fi, ou não tinha idade pa*;
rabem entender a graueza do crime.
€ E fe a blasfémia que cõtra Deos, &a Sagrada Virgem, ou a^gu*11
Titulô.$L Dastlasfettiias Si perjúrios. ipf
'--.

das Santos fcdifíer, for" tal, que faibâ á manifefta héréziã,ferá entre- Extrai
gue ao Santo Officio, para fe fazer detle cumprimento de jufiica, có- JjSi
fbxcnea Exttauagantedo Papa Gregório decimo tercio: & fe gúar- Mtiqutã-
dará o que ella diípoem» E deite crime, por fer mixti fori, entre ley- *" 1S
gos px>detâ conhecer ô noíToVigayro,ou a luftiça fecular: & ó qucó
primeyro nzer,citar ou prendero culpado, procederáaté final íeutê-
ça,dando lugar a preuençao. E a fentença condenatória, ou abíolu- *&*>&
toria,que feder em hú dos juyzo$,íe guardará em o ou iro.

Constituição. 11. Dosqueteftemunhão ? ou ]urãofalfo:oufazeni


contra o me prometerão debaixo de juramento.

QV A M graue fejã o'crime dõ prejurio, & qu£o prejudicial a ^^""^


Republica & ao próximo, da fagradaefcntura, & os lagra sU w.
dos Cânones, &leysirnperiaesíe pode collcgir: & por elSe ri&òfçh ^/A
meme fc ofíendedireytamente a diuina Mageftade & Refigiíb, mas < •?«»«*«
ainda fe danifica o próximo na vida, honra, & fazenda, & fe pcítur- £ *'J£t
ba em grande parteo comercio humanojq pende da verdade,ê<:fee vc^.^-
principalmente jurada, & a Iuítiça fenão pode adminiíhar com a Mxnotbu
Reíegiaó& inteyrcza queconuerm&poriíToas leys Ecclefiafticasf">• W<
& íeculares impõem com penas grauifsimas aos que teítimunhão C4p.i»fa-
ou juráó íalfo em dano & pi ejuy 20 de feu próximo. Pelo que crefe- JJÍiJ*
namo5& mandamos, que todo o Clerigoq fe obrigar de baixo de wr t.dc
juramento em aJgu contrato, a razer ou dar algua coií'a em na ena
gra:c,fepodendo,náo quizer cumprir o que afsiprometco & jurou, f J*
a!é da infâmia em que per derey to encore, fe for aeufado pela par- kiwtjàr*
te,& lhe for o crime legitimamenteprouadtí: fejá cendenadoan
priu ,?çad dos beneficies que teuer,alem dó intereflè da parte: & «ião
fendo aeufado poli parte, mas procedendofé por parte'da Itiftíça, fe-
ra fufpéfo de toios feusbentficios, ou officio clencai por dous anos,
& o >fr jítos delles aplicados a fabrica da Jgreja, & outras obras pias$
Segundo nofíb arbítrio.]
^E o que for comprehendido em teílimunhofalfò, calando a ver ^Immt
<kde. que he obrigado a dizer, ou dizendo falfidade em prejuyzo & /tifafiv
dano J^^i
1
Tituló.^.DâstlasfemíasíScpèrjuríòs. .•-

dano de parte ná fuftancia dl cauíá, fendo Clérigo como dito lie J» '
& acufadopola parte offèndida,& prouandofe o crime fufriciétemc>
tc, feri dcpofíordo officio & benefícios: & que em hú Moílcyio faça
penitencia conforme aos fagrados Cânones O quefe entenderá íc\
do, Sc a caufa graue em q teftemunhar falfo, hora feja crim e ou ciuel:
mas não fendo graue, alem do dano da parte que fempre fatisfavá,
fera fufpenfo por dousannos do oíBcio& benefícios que teuer:&os
Capsula fruitos aplicados pela maneyra acimadita. E nãofendo acufado po
i
^;íJ;. la parte, fc procederá contra ellcpola Iuítiça, & prouãdofeihe que
g.f.6, tettimunhou falfo, fera condenado em pena de fuípençáo, & degre-*
do pecuniária, fcgúdo acaiidadedo caio & da peflba4ao• arbítrio ào
nofiò Vigayro.
Unuiium ^ E fc poios mefmos autos confiar qalgua tefiemunha jurou falfo/
C
JX'ix Podet^ fer condenado,fem outraacufaçáo ou ínítancia3em pena per /
e/ÍKg/». cuniaria & fuípençáo,ou outra extraordinária, fcgimdo a calidade
/»/>, da culpa.
<[Ou fe poderá referuar á parte feu dereyto, para o poderacufaf
crimemente, & mandar ao Promotor da Iuftiça,que em dtfey to da
parte venha com libellocontra clle.
f E fe aígií tefiimunhando jurar falfo,o£o em a fubfiancia da califa»
mas cm algú acceflbrio, que náolheprejudique,como: nâodepon«
do ao cufiume:ou algúa circunftancia, hora feja por iífoacuíado,ho>
ia po!os mefmos autos confie do prejutio, não aucrá a pena otdina-i
lia impofia contra os que juráo falfo, mas outra mais leue fegundo
o arbítrio de neflb Vigayro.
Ç E fealgú fendo parte, Reo,ou Autor, legitimamétc perguntado
por Iuyz competente, fob cargo de juramento, calar a verdade, o*
diíTer falíidade, como he em o depoimento que fe pede nascatfk*
a:
ciucis, ou em outras perguntas que fc lhe fazem por bé de Iufliç
confiando poios autos do prejurio, poderá fer, fem mais outro pro-
c
cefibjCondenadoçmpena pecuniária, ou outra extraordinária qu
parecer: ou fe poderá proceder contra ellc em noioproccífo kía&H
cia da parce, ou do Promotor: & então ferà ma<s o-rauemete caííi
gadu, prouandofe legitimamente o crim;, como duo he.
" ~ fÇfcà; i
Titulo.32.Dasbksfemías<Jc perjúrios. 196
C E fendo leygo o que vier contra o que fe obrigar em algum con* l. fauit
* * • r n *ff f 2 wdior Cm
trato a fazer & dar com juramento, iem o conltranger a mo necefsi- de trSs *.
dadealeúa, mas por fui malícia:alem da infâmia q encorre, como BionCU,
to , r 1 r ' JJJ J Vert>.^rc-
acima fica dito, lendo acufado,icra condenado em dous annosde miuM.
degredo para A ffoica, & fatisfará a par te o em que lhe for obrigado:
& pagará alem difíbdous milrs, para asdefpezasdaluftiça. E fe a
parte o nãoacuíar,&íc proceder contra elle poíaluítica, auerà hu
anno de degredo, & pagará os ditos dous mil rs-
^Eoleygoque forconuencido deteílimunho falfo, contra alguâ cq.fauii
peflToa, hora o tal teftimunho foífe dito em o Iuy 20 fecular,hora cm £^;.
onoíTo Ecclcíiaftico: porquantoeftecrimehemixto, fendo otefti- w*.cUe
munho falfo dito na fubftancia dacaufa, &emgraueprcjay2odc^/w,-^/'
parte, fendo peífta plebeya, fera condenado em penitencia publica, c*p. 1. de
&degradadopa o Brafil, ou galees pelo tempo que parecer, tegu*/Mt6m
doagraueza docafoemqiie teftimunhou falfo, ou para outra parte.
E fendo pcíloa de condição,que não deuaauer pena vil, fera degra-
dado para hii dos lugares de Africa, pelo tempo que parecer, & pa-
gará cincoenta cruzados para a Sè &Meyrinho, alem da fatisfação
da parte. E fe teftimunhar falfo em cafo leue, com pouco prejuyzo
de parte, fendo plebeyo.auerafempre a dita penitencia publica, &
o degredo para fora do Bifpado: & fendo nobre, fera condenado em
pena pecuniária & degredo que parecer.
f E todos os que per íentença final, que paliar em coufa julgada, fo- u^t^
tem julgados 6c condenados por perjúrios, ficarão infames, fienáo» £
poderão auer ordés, beneficio, nem officio Eccleliaítico: 5< nao po- ifyutit.
«fcráofer teítimunhas,ainda que fejaem os crimes exceituados,em q Ç^J
per derey to podem fer admitidos os inhabeis: tirado os de herezia, urij me
Porquenefteferãoadmitidosj&darfelhehaocrcditoque per de-j^4/
re
yto fe lhe deue: pola prefunçáo que contra ciles fica: poílo qfejáo
ja do crime emendados.
f Nem outro fi, lhe poderá fer deferido juramento em fuprimento
deproua.
^Efealgua parte pedir que fede juramento a outra, deixando em
f
Mmaoquelhe,pede;ainda quedepois queiraacufalo por jura*
mento
Títiilo.j^.DasblasfemíasíScperjurios;
Bocrl <fc mcqto falfo, não fcrá ouuido, nc fe poderá proceder contra elle por,
.m*S*. pattc <fe iuft,ça. mas fíca 0brigac|o em confeiencia fatisfazer á par-
J
te o dano, que pelo dito prejurio lhe vier.
f Nemoutrofipoderáferacufadodeprcjurio, o q jurar decalunia,1
por fe dizer que contra feu juramento dilatou a caufa, ou caluniou:
íaluo fendo a calúnia táo grande & manifcíla, que fe moflre que de
induftria per dolo & maíicia fez a demanda. E as mcfmas penas aue-
ráoos que induzire teftimunhas a jurar falfo, feguindofe o efFcyco: '
& fe fòméteas induzire, ou lhe deré por iílb dinheyro, ou outra cou-
fa: fccllascom tudo não jurarem falfo, feráo extraordinariamente
C
t$L* cangados como parecer. E afsi o feráo as teftimunhas, que tomará
para iílb dinheyro: pofto que não jurem falfo: fendo da noíTa iurif-
diçao. 7- "~ -:-. - '"-;

TiTVLo. xxxrnr.
Dos feiticeyros,benzedeyos, agou o

reyros, & for teyros.

Çonflituicâo Vnicài
» • -— -» - -1- »»-!-.
- ■■ ■** ■ *■ -

tápMluí' O R Derey to fio ímpoftas grãues j>enas cõn


€umfe$$. tra osq vfáo de feitiçarias, & a diuinhaçpes:
iS.q.z c.v qrendo atribuir às criaturas,cu a fy mefmos,
deprtile
£!JS,DÍU<) o quehedeuido &conuem íd a Deos: E mui-
Ibont.vi
tas vezes acontece darem coufas cõ quemA'
Kaumo r3,
J4Au.mli
táo.PoIoqueconformandonoscomosíag
(M 11.17. ~**^ , dos Canones,eflreitamcnte prohibimos a to*
dasaspeíTcas^Ecclefiáfticas&íeculares, de qualquer eftado & con-
dido que fejâo, que não vfem de feitiçaria algúa: principalmente
fazêdoas Com pedras de Ara,ou corporaes,ou coufas fagradas,dcpU
ladasaominifteriodofacrirlciodaMiíra: nem introquem efpiritoí
ifnaos, ainda que fejáparabom fim: né vfem dealguacfpecie deíôr«'
fâ^ií^PS %"dos Cânonesfáo prohibidas: néda arte de
j . ... WU f. -■» »m>. '— «~ -- • : -. wfc — . _ •• H •

jiigromafl'
Titulo.34..Dosfeiticeyrfes&benzedeirõ^ i?5 '
nieromancia,ou nefciomancia: nem tcnhao liurôs, porque eteí
fáocxõmungadospeíaBullada Ceado Senhor. Nem outra feme-
Ihante prohibida, nem de encantamento algú: nem de a gouros, ou
adiuiahaçóes, hora feja para defeubrircoufas perdidas, ouftberíe
algú he viuo ou morto: & muyto menos paraa diuinh>r o que cfta
por vir, que fd a Deos pertence: ou de outra a!gua.Ncm dem meh.
nhãs, ou beberagens para querer bem, ou mal: nem para legar, ou
ddegar: nem vfera de outra algúa fuperftiçao femelhante.
% Eoquccomcterqualquerdeftes crimes encorrcraemexcomu-
fc for
nh \o mV: * conuencido, fendo clérigo, fera prezo,* con- M
Uenadoempenadefafpençáode íuas ordés, & degtcdo temporal ^.
pelo tempoqueanòs ou nofíb Vigayro parecer, conrorme a calt*
dade daculpl E alem diflj pagara vinte cruzados, ametade para
as defpszas da luftiça, & a outraparaoMcytinho,ouaqucmena
defeyto delleacufar; ir ui"
<T È fendo leMgo plebeyo fera prezo, & condenado que façapubli-
ca penitencia pofto ás portas principaes da Sé, fendo morador na
Cidade, ou da fua freguezia: & fendo de fora, com coroca na cabe-
ça & hm vejla na máo, cm hum Domingo cu Santo de guarda,eoi
qaantoíedifcraMilTado Dia, para confuzáo fua, & terror dos ou-
tios: fcpagarà cinquo cruzados paraaSce&Mcynnho:&naoos
tendo, íe lh3 comnutaráo em pena corporal de Aljube ou dcgrc«

fEfobaímefmaspenas,mandamos que nenhuapsfloabenzag%l


dos, cies, OJ outra q lalqucr coufà, vfando em as ditas benções
d. c<pecie .algua & feytiçaria , ou fupecítição : nem por outra
modi a!«m podcfabeoxcc, fem primeyroauer licença nona, ou
d, aoffo Pwuifor: a qual fenáo poderá dar, fenao fendo pnmeyro
viQo & examinado, para fc faber, fe as palaurai que vfa fao as que
a fgrcia aproua: E fazendoo fem licença, pofto que proue que
não* vfa dê fcytiç«ia, ou fuperítiçâo, patauras, ou ceremomas de-,
fe2*S)feracondeaado cm doa* milhará as defpezasdaluíliçaCc
Mey linho.

PM ítlêS
Titulõ,3f Dos feiticeiros & benzedeiros.
f EconformandonoscÕaExtrauagantedo Papa Gregório $Úl>
De fihce memoria, mandamos fob asmefmas penas cm e!ia eòffr
tcudas,&de vmtecruzadosparaobraspias & Meym.no, que n<
e de judiciaria, nem lance juyzos:faluo o d pertcccs
ao tempopara aslauouras & fementeyras, como pela dita Extraiu-
tehe mandado: & os noíTosVifiradorespcrgÚtaráo.reaíguapcabar
jtazocontrayro. . . °

TlTVLO. XXXV.
Dos adultérios, inceftos,& barreguices.c&.
-

*r ConjUmiçâo Primeyra. Dos adultérios.


* - ••■ _..«

-%S« IPII^ ORQue pelopcccado do adultério, nãofornenteTe


lr.r]/.f.• jí tswM' ?ffendeaDeos>niasaindaemcertamancyraícfaz:a-
JEÍ rí| <teíflA J"ria â°râcramento do Matrimonio, &cauíà entre os
£« r^ ííídlEPSN» kemeafados pcrpetuos diuorciòs&diflençóes,&muy
V CS CaU a dc mortes
ctS ífe ? - í ^/Iradas: encomendamos multo, &

dl*m 7*™™conucr^çaodemolherescaiadas.E todoaquelle quef r


Afe**. de adultério legitimamente conuencido, fendo Clérigo, & íendo
1ÍT' !#^ffl9 Partc> ^^"«dweyccdeae ferdepofto p*r,fen-
tençadoofficioclerical: & mandadofazet perpetua penitencia em
Jium Nloíleyro,ou ao menos por tempo de fetcannos:* íendo
acuíado pela Inaiça, fera condenado em fufpcnçjío & degicdo tem
.^pra.l, fegundo a calidade do cafo, ec cireuflancias dellc.
^iW.ícfr;B.potque as penas, pelos fagrados Cânones impeftas ao* Clf|
ílil#5 aduItèroS,ppIa malicia do têpo & curtumesdelle/enãoexccurb
*»<*• #?)";c^t3nt0 jjfe« & efte «ime he per íi grauifsimo,& nas peflbas
Eccleíiafticas dinò de mayor caftigo: Mandamos ao noíTo Vigay to
s i a uc
í 2§^ ^!í?? í > 1 . ao menos, quando as partes injuriadas
acula-
Ti^ulo.j^Dosaducíerios&barreguíccs? 197
atufarem, fe conforme", quanto lhes for pofsiuel, com as penas de
rktcytoiconfidcrando toda via,ascalidadcsaosoíFcndidos&doí *
K-os & cos lugares & tempos. E quando as partes nao acularcm,
&fe proceder pela lúdica, cmoscafospclamaneyra qucodcreyto
permite, fendo o crime legitimamente prouado, náo fc condenem ^ _
cm penas pecuniárias leucsfomente,como atequi fizerao, ?«&£***
ifto manifeflo abufo: po!o qual fc vcoadefiíumar* ter em pouco «gjjg*
encaime, fendo à republica tão prejudicial. , .,**$
«T E quando alg-i m fc achar culpado cm vifitaçao, ou infamado co v/, 4-
a\u,molher cafada,feeilafor de boa reputação, & cafada com tal ^
peflbaque prouauclmcnte fccrcaqUcoviraafaber, & fabendoò *
maçará: mandamos que feja chamado,* confcíTando íua cnlpa,feja;
fcm.outro proceíTo, condenado cm a pena que parecer: & amoeíU*
do que fea parte, & negando*, por quanto por culpai de vutaçao,
hão fendo citado, nemouuido, não pode ícrcondenado: oanjoefta
ião: ôc naamocfíaçãoqucfelhefizcr^uandofcefcrcucrnoliuro;
não fc declarará o nomeda molher cafada com quem cacharem ca
prendido,™ euitar opcrigodc|fe poder fabcr:&naofeprocedera
roncta cliecm tal cafopoi parte da Iuftiça, nemainda por proceflo
camerarie: & íempre nos darão conta difio, para que nos vejamos,
íe conuem mais èísimularfc com a culpa, que proccdcrfc cpntraos
Culp.idof. , 0 r /r *i '*
q-Mas quando amolher for de tal caltdade, ou tao de uaffa na vida,
ou cafada com pefloa que fe entenda, que ou náo vita a fabejlo,ou la
bendoo, nao-aocri perigo de morte:ou fendoo maridoaufentepor
mny tos aanos, â fenão faiba dclle( em tal cafo fe procedera Corta os

Cleripos & peííoas Ecclefiaítos, que forem culpados pela Iuftiça:


mas íempre fera o proceíTo camerario,ôc nãoem publica audiência.
«J E fe algum Clérigo fordeftc c rime de adultério culpadoemVui- Cj.**
tição & q betfeucta neile ou na ocaftao co cfcandalo: porq eltc ca -1^xí
fopertencea ambos os foros, guardar feha, em íe proceder contra gjgg^
elíe, amcíma ordem acima declarada, em o amctftarcm & emen- ****;
cn! ! 0 1 0 cont,a e c6U
datem, p.«a <& k »P««« & P» P' »" ^, '' .■ H *«*
«nfutaí, 3< uma» P«>» pccmúaii». ft degredo ^pweaw**^
- l>daa íOttnç '^
íõtmç
1

Titulo. 3 jr.Dós aduíterio^ac barrègíiices;


forme a graueza&circanftanciasdelíc:& nunca em o noíToíuyzq
EccleGaflicopoderâíeracufacloleygoalgu criminalmente, porque
efta acúfação,afsi cóformca dereyto, como ao cuflume, pertéíe fo-
mente ao foro fecular. Mas querendo o marido acufar fua molher
ciuclmcntCj u clla a cl c defte ctimc 2
(C- ' '•' & ° ^ > P ^ eíFey to de os apartarem,
í/S ^pronunciar antre elles diuprcio psrpetuo,quanto a cohabitaçãa
&
■fe* í"- Tkorojfalohão ante o noflb Vigayro Geral: porque efte cafo per-
^.».8. «nce ao Iuyzo Eccleíiaílico fomente.
uancl0 matido acufar fua momer
ais txp* t? 3 ° cm nçflb Iuyzo, para ePe
r//r<e/V4 #y to de ferem a panados, fe o marido em feu hbcllo pedir, que lhe
C&fvti i^guéodote & bens,q a molher cófigoleuou &os aquiridos:dádo-
fitfuuí fe fentepca em odiuorcio, por fero adultério legitimantcpioua-
do, ficarão com o marido os ditos bés: & fendo cafados per carta
damer4de,nãòlheferám3ndadoque de a íua molher ametade'dos
bes; porque conforme a dereyto os perde: masfendo o marido
acufado pela molher, pofto que o adultério feproue, & fepronúcie
ençre. çllesdiuorcio, náo fera condenado em perdimentó dos bes,
que áfua molher teucr dado para fegurança do dote, nem das arras,
fc afsi forem cafados: nem perderáa íua ametade, fendo ca fado con «
forme a ley & cuílume do Rey no: mas farfeha en tre elle^ diuilao dos
bés, dandofe a cadahuo que lhe couber: a qualo noíto Vigayro mã«
dará fazer em a mefma fen tença dd diuorcio.
f Mas quandorpor outra caufa,que náofor adulterio/e apartarem;
ouquantoaovinculo,porfeacharqueomatrimonio náo valj ou
ciuanto ao thorp, polas caufas que o dereyto permite, fempre fe mã-
CDtr e ar a Cada h a arte da
Tdotat - ,ê " P &2enda que lhe pertencer, afsi da
faúniti W**^? quando cafaráo, como da ametade dosacquuidos: por
íer afsi conforme a dereyto,
I ■

CôHJlituiçãõ. 11 'DòiínMdi^pmásâdUs,
c
í'Sm.\i^\ Á I ME De incerto propriamente (fegundôas Ley*
K^.^T ^deí3aíHcas> & Òiuijs ) he a fornicação & copula
*p* 'lilkitajqueíetoma com parenta ou affím, com a qual por algum
vW^BW:

v
Tti;lò.3-/Dôsdulterit3 S5&barreguices^ 1 TpS
tpcdit nenro de \cy âi jína ou humanarão poqVáuer matrimonio jf^^
E pelas leysjmperiaes& do Reyno por efte crime íãoimpoPas pe§*Wtor.
nas capitães: & pelos fagrados Cânones pena de. dcpof^áodaordé^'^^
&o►fricio clerical, '^'"'f
i A. 1 1 f 1 /**f *>. " KHÍ.Sl.tt-
ff Polo que ordenamos & mandamos * quetealgum Clérigo ou couar.de
peííca, Ecclefiaftica cometer incefto em o primeyro grão de cenían-tf Çj& *
guínidadô cpllateral/endolhelegitimaméreprouâdojqucrfejaacuM.i.'íuú
fado pela parte,ou peMuftiçâ: feja petpetnamé tedepofto dócfficiò1*mt$*
clerical,& condenado em ijuatro annos de degredo para o Braíiljoa?
çutra Iiha: ofendo em o íegundo grão, fera condenado em íufpen-f
çáo do offício & beneficio per dous annos, & degradado para fora do
Reynopelo tempo que parecer: & fendo em o quarto grão, auerá a ,
pena arbitraria, íegundo as circunftancias da culpa, & calidades das
peíToas. E fendo o incefto Cometido com alguaaffim, cm qualquer
grão, fera arbitrariamente caftigado em penas defuípençáo, ou de-
gredo, pecuniárias. E alem das ditas penas, todo o que cometer in-
cefto, atèo íegundo grão, pagará vinte cruzados do Aljube: &âo
terceyro,òu quarto, dez; ametade para obras pias & Meytinho.
1j E acontecendo (o queDeosnão permita) quealgfapefloa£c-'
clefiaftca, cometa incefto com afeendente ou defeendite em qual-
quer gtao, fendolhe legitimamente prouado, fera (em rcmiísáo,de
pofto perpetuamente do officio & beneficío,& mandado qUe em hú
Mofíeyro faça perpetua penitencia.
Ç E o que, fendo Pafior, ou Cura dalmas, peccar cõ fM filha efpi^
ritua!,mayormétecometendoa é a confifàojtófuípeítfo & écgtz
dado por 4m annos-para fora do Rcyoo, & pagará cincoehta cru-
zados pira obras pias, & Meyrinho,ou acufácbr: & riálo.podéno^
pagar, íe lhe cõmutarão.em outra pena. ,-vHfcV
CE fe a!gum leygo for conuencido de inceftono primeyro grão .
coliateral de coofanguinidade, cometo he, ftrà condenado cm
quatro annos de degredoparã as Galees,& nas mais pena-sfecuma*
rias que puccer:'& lendo nobre, que pelácalidade de íua peílca, hèo ^
poíTa fer condenado aGalees*OU de tal idade,que em cilas nâopoíTa
íeruir: feracondenadoportempo.de íeteannospra oBrafil: &fc
i — - — ~: *"" o incefto
?

TítuIé^.DósaáultéHorjt&baFrcguíceV.
o inccílofor cm o fegundo graci ou da hi por diante, ou cm alguns
igrao de affinidade, fera condenado cm penas de degredo, & dinhei-
ro, fcgúdo o grao,& caIidadcdaspcflba$,ôccircunltanciasdoçtime*
t«rntrM ^ E declaramos fer incefto,quc fc ha de caftigar com as mcímas pc-
vjC*' n*s>o que fe comete com affim, poíbquc a tal afHnidade nafça de
copula illicita, fendo em grão em que per dereyto Canónico a tal
copula impede o matrimonio. E ar, molheres que o fobredito crime
de incefío cometerem, Terão conde nadas cm penas de degredo, &
prizão/egundo o grão em que for, & malícia q contra cilas fe pro-
liar: tendofe refpey to a fua fraquez a: o q ficara em arbítrio do noíTo
Vigayro, coníidcrando aspenas,quepcrdereyto lhes fáo impoftas.»
^ Porem conílando que algús cometerão incerto, tendo contratado
de cafarfe, cfpcrando aucr dcfpcnfação da Sé Apofíolica, fc antes de
acufados,ou culpados em a vifitaçái5,a ouuercm,& de feito cafarem,
mandamos que contra cllcs fenãopioceda, trazendo claufula que
dcfpenfem com clles: & não a trazendo fe procederá. E fendo ante*
acufados, ou denuciados,proccdcrfcà cótra cllcsj &]fcrão condena •
dos arbitrariamente cm penas dedegtedo & dinhcyro, conforme a
calidade da culpa.
4rEfeaIgús,fabcdo3UcrcntreclIcsimpedimetodirimcte,fe cafa*é
de fcitOj&cõtumare o matrimonio: fe o matrimonio fc fize^ou c fa
ce de Igreja, ou diante do Parrocho & duas ou tres teftcmutíhas,de
eUtri.iic mancira,q não auédo tal impediméto,dsuera valer: & por não conf*
f
2^fe. tara Igreja dclle/e calarão: alem da excomunhão mayõr cm que
tvnin de encorrem, & das ruais penas que per derey ro lhes fâo impoftas,feráo
b*rtt.nA condenados cm degredo <5c prizáo temporal, fegundo oarbitiiods
, ncíTo Vigayro.
Câp.cUrl. - — "*.••-'
d* exítfl. ^ k
tr*U»r. CúnfUtulçú. 111. D$ crime nefando.
tom §.i.
^{^•/^Onformandonos com os fagrados Cânones & Conftfruição
2i*K.Ma w Extrauagantc do Papa Pio Quinto: ordenamos &.mandatt»o*
*49?7'"' °4ac & a%«a peflba for conuencida do peccado ncfando>legiumamc
v«»<rM te pelas prouas d o dercito & ley sEcçlcfiafttcas,cm tal calo rcqucrc*
Titulo. j^Pòsadultcrlos&barregtiicei ípjl
fendo Clérigo, ou pcflòa Ecdefiaftica, fcja perpetuamente depoflo £x#r«<J
do ofíicio & bcaeficio, 6c verbalmente degradada da» ordês,& códc Jí'*^
nado em degredo perpetuo para algua Ilha, cm que faça perpetua "JJ^^
penitenciaem hum Moftcyro: alem das cenfuras q pela dita fcxtta VaWi
Uagmte lhes íáo importa*. %***■
f b fendo Icygo, fera degradada perpetuamente para as Galccs: &
fendo de qualidade,que nâo deua fet condenado em tal deg redo,ícrà
peiperuamente degradado para o BraGI, ou outra pattc (cmelhante,
tâo longe do Rcyno,q náo pofla auer memoria di táograuc culpa.
*f E fendo a fegunda com prehédido,ferá entregue a Iultica fecular. tí#t$fii
^ £ as mefmas penas aueráo, os que cometerem peccado de beftiali JJJ^
cladc com brutos. E guardarfeha afsi no proceflb & caftigo deftes cri ««•
mcs,comoemasprouasdcllcs,a oídem qucpclodcrcyto Canóni-
co cíU mm JaJi.

cafados, f& penas àelles.

NO Titulodezafete,na Conítituiçáo primèyra,cVfegunda, cíla


proiiido* como fe deuc proceder contra os Gletigos & peíToas
Ecclcíiafticas, que fe acharem amancebados, ou quetemeonuerfa:
çáocom molhec fofpey ta: & porque a nos pertence, proceder tanv
bem contra os leygos, guardando a ordem do Sagrado Cõciho Trt
dentinepara que noilos fubduos, (cujas almas temos a noOb cargo)
fe apartem dos peccados, & viuáocomo Deos manda. Ordenamos
fc mandamos, q fe nas viíitaçóesgeraes, que cm cadahum anno f«
fazem, ou pcrdenunciaç>,ouacufaç.30,donoífo Promotor cóftar;
que algum leygo, hora fcja cafado, hora foltey ro, cíU amancebado,
& com infâmia & efcandalo perícueranopeçcad J: fendo conuencí •
do per teftemunhas, ou por fuaconfifsáo» fcja amoedado qfcaparj
te da culpa fie ocafiáo delia, & que mais náo conuerfe a tal peflba, ne
vá a fua cafa, nem fe ache com cila em lugares fofpeyos: & «doa
«mfuacafalhafaçáolançarforai&ícpwccdetácôtraelle como foc
fe tornar, depois de amoeftado, a mcfma culpa, ferá a fe.
juíl ça. Efe
gunda
II Titulo. j5r';Dosadultérios ôVbarregtíí-cesí
gunda vez amoefládò pela mefma nianéyra: & não fe cmcri-
dando, feráamocft*d<> a terceyta: & fendo,1 de pois de ámoeflado
tres vezes, comprendido, fera prezo, & do Aljube condenado em
TtiUtf. dez cruzados, para â Se & Meyrinho, & nas mais penas cj merecer.
form.lí E fendo peflòas de qualidade,fe lhe dobrarão as penas pecuniárias,»:
fe procedera contra cllcs com'ccnfuras& penas, atèquédetodofè.

uerem ambos, ou hum oquedeilesfor foItéyro,ou menos c-briga-


Síití ^°*E ^^^Ú#KIJ legitimamente, que efta amancebadoalgú,
U«tob*' mas fomente q teuc Còriucifaçáòem algúa cafa,ou co aígúa molher,
**.</** dc ^ vizinhança préfuma mal, & receba cícandilo, le lhe manda
rà comceaíárasapenas,queiíao vámaisacalcafa, n,?mconuerfe
tal peífoa:&fe depois de íeramceftado, tornar a mefma conuerfâ«
ção,náofe ihcaueráodeli&opor fuffícientemente prouado,para fer
caftgado com a pena ordinária deHc, mas balirá cíta preíunção pa-
ra fc pjoceder contra eue,& fer castigado cm pena arbitraria que pa-
recer: a qual prefunçáo auerá lugar, afsi em os Clérigos, como em
fcsleygos, ?'r A
if Eo$trò fi, mandamos aos rióífos V»fítadcTés,q acn-' ndóem vifi-
taçjóalgú leygo culpado ncfte cafõ, o fiçao vir ante fi lcgo,pcdcdo,
antes de fe partir do lugar: & náo.o achando, cu não querido apare-
cer, o j não podendo então charnalo, o deixe cm rol aos ParrocKos,
para qlhenctefiquéqúcaparêçinõtépo&lugarqlhemádàtem: &
fião fera admitido aos officiosdiuinosatè lhe moflrar ccrtidá cemo
aparaceo: E fe vindo diante deUes, humilmente confeflar fua culpa,
Ihefaçaamocftaçáona forma do CócilioTrid.qfc aparte do pecca-
do: & delfa fe faça termo em o liuro, q para iflb roádamos q haji: & -
fcnegaracu?pa,pofto q haja cont?acllcrouytas teítemunhas, não
Jhepudcràfazeramoeflaç5oemforma,porfrrem as inquirições»
deuaíTas fumarias,* tiradas fem parte citada: mas fera citado, & (<?
procederá contra ellea inftanciado Promotor para cfTey to de fer â-
amoeflado: & fendo conucncido,em tãofelhe fará modlação em
forma, & condenado, que fe lhe faça perfentença & nas cuftas:& aí
«noefía-
Ticulo.jT.Dos adultérioscScbarregutces. 20o
amoeftaçÕes que por fcntcnca fe mandarem fazer, fe efercuerão
cmpmctmoliuro, para conftar comoforáo amoeftados: & hora
csRcos as quciiãoafsinai,cunão /empretefam o meímo effeyto:
por quanto conforme a dercyto, para ficarem legitimamente a-
mocaadosflcobrigado5,bafta, que per authondade da luíhca, pe-
lo efctiuáo >ou luyz fe lhe faça a amoeflação, fendo o eícnuáo
ptefente, que Mo fará teimo alsinado pcloVigayto,ou Vifita-
dor que a mandar fazer.* r
«[ E Mandamos outro Ci aos Vifitadores, que nosjiurosdas Igre-
jas em que fe efercuem as vifitações da Igreja, no que cooucm ao
temporal & miniftctio cfpiritual, nãolemand: que petfoa algúa,
pofto que feja culpada , & poílo que confeííefua culpa, ou íeja
delia conuçncida Iudiciílmente, feja denunciada por amancebada,
ou por eílar em ódio, ou outro crime: masauendo de fer algum
na Igreja denunciado nos cafos, em que o pode fer, polo pecea-
do ler publico, & afsi fe mandar por fentença: fe data por man«|
dado, ou rol de fora : & o Panocho na íeguime viGtaçao moftr*
ia como latisfcz.
ff E náo confelTaodo, os que fe acharem por ▼ifitaçâo amance-
badosfòas culpas ante os Vifuadorcá, nunqua poderão
fec por cllcs condenados em pena algúa, nem
mandados denunciar na Igreja 5 por fec
abufo grande contra o derey to
natural & humano, con-
denar algum íem
ler ounido.

TIT V LO. XXXVt


Das onzenas, <5c contratos vforarios:
& penas delles.
tu
Çên^imçM Vtú&
ffA?J^
Ecé Aín<
/

ítulo.jó.Das onzenas, &c.


n a ucâson2
tucd c. ^S^SHHf I ^ ^ enàsforáofemprc&fáo per todas as
6.tif«>í- ^Rg^SH Icys diurnas & humanas prohibidas, a cubica dosho-
{%tíô Í^ygg9| ^sfoy&hecdufadsburcatenjdiucrfas.mancitaspa
VJur:Di as c crC,tarem
Í 'ÍJSSHS * > fazendo contratos paliados, & cf*
q-itM.L ™^™*** crituras fimuladas. Polo que defejando nos atalhara
'^f eftes males quanto ém nóshe, cftreytamente prohibimos* & man-
damos a todos noílos íubditos, de qualqr eftado & códiçáo q fejáo,q
nao empreftem dinheyto> oií coufaalgúa, que condita cm pe20,
conta, &medida, para lhe auerem de tornar, por rezáodo empreíU-.
tno, mais do quederão.
<[" E porque fomos informado, q atgúscom pouco temor de Deos,
empréftaó dinheyro,&deixão logo em fu a mão cerra cantidadejp^
íezáò doempreftimo,&fazem elcrituras,ouafsinados de mayorcí
coniiasj da*s que na verdade emjprcftarãoj para afsi não poderem fcf
Conilencidos & caltigados, nem confrangidos a reftituir. Ordena-
mos & mandamosíque daqui por diante nenhúTabaliáo, nem oU'
trapfffoafaçaeícrimtasdemaiscontiadeeiiipieíci uoj da que em
fua prefença & diante das teílimunhas fe contar actualmente: poíto
que a pátte; que odinheyro recebe, confcíTe tjue tem já recebida'4
demazia. E o quec contrario íber, polo tnefmo fèytOj encorrerá
em fentença de excomunhão mayòTj&autra as mâií.p>.nas ptt dej
reyto importas aos Onzeneiros;
txttMig «- £ oim0 Q maridamos quqhehhúa peífta dè dmheVro a mercadof
ij. tratante, oU outra pefloa aperda& ganho, edncertarde fe lego et»
amefmaefcritura, ou em outra jfobre certo ganho que lhe bio de
cUrt & fegurandooprincipal demaneyra, que não ptíTi correr rifc°
1
algíim, como até agora fc fez: por quanto o Papa Gregório, XI* '
per hua fuá Extrauagame prohib.iò fcmelháhtei contràros>& deda*
rou ferem nUcitp.s& yfuiarios.
íxUâua& tíj. Nem comprarãoforos,que cm derey to lechímáoíenTos, de d*'
L^Joínheyro, pão, vinho/ouazeyte,ou outra couía femelhante, «nao
«HS por feu preço juOo, & com dinheyro preílnte, que aftualments
contaràdjantedoTâb^iáo.queíEefcrituja fizer, & teílimunhas * #
(obre propriedades de fua natureza fru£tiferas> &que bem poi^°
Titulo, jó". Dás onzenas, &c tot
á,Taqae!lc1ftuytos&fí>ro»>qBelksfecomptáo.EnSopôjSoc!au?.
iub.ou condicáo.quefenãopofsáoiemirpatalciripte, oeem ou.
lio tempo, ames fempte ficarão ei.es fotos tcmtueis.para que a to,
do o tempo qae os vendedores, ou feushesdeytosec foceffores qut-,
ferem, tornando o d.nheyto perquelbe foráo copiados,ospofsao
lemir, 5; Hatai fuás propriedades em tudo.ou pto rata. Eoscontra^
los de foros que cm outra maneyra fe fizeiem/çiao|u!gadoi&aai,
dos pot víuratios, como peb Extrawgante do Papa Pto Q™»
efta determinado. - r txtra**£
€ Ncmoowo.fi darãodinhcyroacarobio^cckrandoccitasfcyras, „ g
ou lugares, cm que fc ha de pagar: mas para na Verdade fe pagarem gj*g
omeimolugaremqoCredeo.Ncmvícmdccambiosfecos,ncmde ^U
outraalgúa^aneyradasqueperdereyto&pela^naiu^apnooa- J
doPapaPio Quintofãoprohtbidar. ç^.».i»
€ Não empreitarão dinheyro, ou outra ceufa, das que com o vfo >y«r.
íc confome, fobre penhor fruSifcro, para auere deleuar os froytes,
f^m os comparar na forte principal, ou os remtuir intcyranacnte ao
feahor: faiuo fendo penhor que fedé pelo fogro ao genro, em qo> ggU*
■to lhe não pagão o dote, ou feudo, cu prazo, que pelo vaíTallo, ou , ^
inqmlinole empenharem, ao Senhorio dcreyto: porquencítes três ggg
cafosferoicmlcuar os fiuy tos do penhor, fem fc computarem na
fort^naformaqueperdereytoCanonico eftadeterminado;
•f Nem outro fi empreitarão dmhey ro fobre penhor, com cod.çao, £^,
que não lhe pagando em certo termo, lhe Êque o perhor, ou pro #*
priadide vendida pelo preço q empreitarão-,não fendo o preço ]uiio
que propriedade valer, vendida puramente có o dinheyro prdfcnip.
% Nem comprarão propriedade fruMera ou rendofa,ccm paâo de ,w ^
retro,por menouloquevalenauendorefpeyroaomefmo pafto^r.
fempre deue diminuir a!gu acoufa do preço <p valeria, fendo pur*:
mente vendida fem a dita condição. 0 <j * Cifntt a
f Nem comprarão propriedaderendofa.com condiçaoqoferihor a n9j1„»g
não poíTa remir em certo tempo, & dahipor diantepoíTa. Ou que ***
' o com orador lha poíía tornar depois de muytosannos ou tempo, &
obrigar ovendedoí aihctornar feu diaheyro, porque todos eifcí
w
I

Título .^.Das onzenas, &c.


contratos, poflo que tenhão nome de vcndas,fão verdadey ramente
tmpreítimos paleados, &vfurarios, pcrdcreytoprohibidos.
^ Epofto que aseferitutas fe façáo puras, & limpas: fe toda via per
outra cícritura,ou por teftemunhas feprouar,queao tempo docõ-
trato ouue as ditas condições & pactos* & com clles fé venderão, fe^
rao auidos & julgados por vfurarios & illicitos.
C4i>hci'^ Nem venderão páo,vinho, azeite, ou outra coufa fiada, porma-
I/í! dS yor preço, do queao tal tempo valer cómumente na mcfma tena
com o dmheyro na mão; ou atéo tempo cm que íe ha de pagar:nem
compramdantemáo as mefmascoufaspara íe lhepagaré no noao
por preço certo, que feja menos do que prouauclmente íe efpcra que
valerão ao tempo da colheyta.
dlht.nà ^ Nem emproem ou vendãofiado, com talcondição,qucoscom»
1
tf*** pradores fiquem obrigados a lhes comprar outras couias também
fiadas, ou com dinheyro na mão, que a'iás nío outicráo de cópraf
ou co 11 condição que fe obriguem os mefmos compradores a lhes
venderem o Jtrascouías fiadas.
^ Nem de por aluguer bois, ou beftas, que lhe forem empenhado?»
á fe JS próprios donos: mas fomente poderão alugar os q;c verdade»
tamente comprarem & foremíeu.s: & então os poderão alugar*
quem lhes bem vier: com tanto que o petigo fique a rifeo de feu do-
e
no, morrendoouperdeodofefem culpa dos que os trouxerem p ^°
aluguer,a<jual emdcreytoíe chama lata-ou ieue, cóformea naiuic*
zadocontraro.
L
q 'Nem empreftarão dinheyro, para lheauerem de pagar em p^°
delinhoacertopreçp>queícjamenordoquc valer pola rerra cómú'
; -
mente: ném ainda com condição que os compradores fiquem obri-
gados a lhes vcndtris fuás tcas,ou outras mercadoria*. £ ^ot^úfi
íomosínformadosíquehamíloalgunsabuíosperigofos às cern^i*
encias, & de que o pouo reccbccfcandalo^andamos aos nefícs Vi*
fuadoresque íe informem difto,&achandoos, os emendem itôf*.
lhes parecer.
<f E geralmente proh bimos,que fe não faça contrato algu paliado»
<j íe per dereyto íeja defezo ,& condenado por vfuiatio.
4>., —■ :-- — - -- - |rctí
Titelo.^.Dasonzenasi&c;" iôi
CT E todo aqutile6 for ConUencidò nefte crime de 5zená,feodo ori?-
zena clara & defeuberta, como he épreftar diphcyro, ou outra cc*..
fa, que com o vío fe conlume, para lhèauerem de dar mais por re-
zão do empreítimo: porque nefte cafo não pode auer duuida, nem
Í2-notancia,&amaliciahegrande:feràcotidenadocmvintc cruza-
da pataa $h & Meyrinho, & nas mais penas que per dereyto merc-^
cer. BfendocÓprendidúcmqualquerdasoutrasonzenas, que nao
fáo táo clara?, mas paliadas, ou contratos illicitos & per dereyto Ca-
nónico reprouados, fera condenado em ametadedadita penapecu*
niaria, aplicada pela mefmamaoeyra,* nas mais que per dereyto
merecei & que reílitua com effey to tudo o que por rezao dn dita*
onzenas expreflas ou paliadas teuer leuado.E podendo conllàr quais
fáo as pcíToas a quem fe deue, fe mandata fazer a eilas a reftm^çao:**
náo podendo conaar quaes faoas peíloas,Todauia lhes mandarao q
entreguem o que afsi mal acquiritáo á pcflba que nos para ifíb depu-
tarmos, para fe auer de deíttibuit aos pobres^da mefma %uezia ou
luparemqueocondenadoviuer. E mandamos ao ncíroVigayro
fcofficiaes que façao fazer á dita teítituicão procedendo comeenfu-
tas, & outras penas contra os condenados, de maneyra que elles de- >

fencarreguem fuás confeiencias,* as partes OU pobres, ajao o qud


Iheshcdeuido- i .
tf E as eferituras, & conheciméws, & quaesquer contratos, obriga ..
çõ«,& fianças, feytos contra forma deftas nonas Çoníttucoe,,
& per dereyto reprouados, como illicuos & vfurarios,fe auerao por
nuilos,ôcpor taesferáodeclarados. £
tf E deae ctime de onzena poderá conhecer o ncffo V^yr^craí,.
• *

hor t feia ciuil, hora criminalmente intentado, ou a milaca das par


ttes, que acufar ou demandar^
tor da luíliçarpor quantoo conhecimento dei e pecter.ee çer de.ey
to a ambos osW Honotioy.gayronáoíomentepcdaadecU
rarocontratoper v furado, mas o deue julgat por nullo, & conde-,
naraoculpadocomolhepar-.cct^o^ ç*ecuur.ua íentesça.*
f E quandoapar:eacuf,rcriminalmente1féraocaaigadoScoma,s
r*or, prouandoíelhe o delito:. & a metade da dúa pena pecamana,
■ Tftáldip
iicuio.^7.uosòacn
Dos Sacrilégios;
que acima aplicamos aô Meyrinho, fe aplicara ao accufador^
M. cUr.^ Emoucndofealgua demanda, em que fc trace &duuide fealgum
COntrato e
ft/lSí! ^ vforario ou não (que em dcrcyto ,fc chama queftáo d«
Ust $.fi». jure) conhecerá delleo noflb Vigayro fomente: & começandofe em
***** oluyzo&forofccular,paíraráprccacoria|>a felhe remeter acaufa»
por afsifer conforme a dereyto: & dasqueftóesdcfcyto em que fe
não duuida fe o contrato hc vfurarío, mas fo mente fc fe fez ou não,
fc poderá conhecer cm qualquer dos foros, Ecclefiafítco ou fecular;.
6e auera lugar aprcuençáò.

TITVLO. xxxvir.
Dos Sacrilégios.
Cofjjlituiçâo Vtiictu
;S íacruegios, conforme a dercyto Canónico, fc come
J tem per muytas maney ras: ,& a priraey ra & mais pro-
z
C*p.q*i"' t^wíffív^ t quando fe furta ou rouba algúa coufa fagrada, oU
JSirtí 4k£Í2S3§não fagradaj de lugarfagrado:ouqualqacr coufa fagr*
1*4.9* da de lugar nàofagrado. A fegunda maneira perque fc comete ia'
Aí4»«4/í cnlegio he, quando íe põem mãos violentas injuriofamente et»
«.»7.»-9S. qualquer Sacerdote, ou Clérigo de ordens facras, ou Frade profefl~<S
t.fijuis /» ou outra qualquer peflba Ecclefíaftica, A tcrceyra quando fe oífeo-
^7**4de lugar fagrado , matando, ferindo, ou cfpancando ncllc pe#»
e>.fUn. algua, na Jgrcja,Adro,ou Oratório: ou fc quebráo, portas, janeiJa*»
ou
\1§M% tóâos dclles, com violência injuriofamente. A quarta qual*"
do per qualquer maneyra, por violêcia & injuria, fc vfurpão & cc$*
s:
pão os bés de raiz, ou moueis, ou jurifdições,& quaesquer de reyt°
******* ouqucbrantáoasimmunidadesdella. E todos eftes ficão fojciíosa
fiTitmtTioSa. jurifdição Ecclcfiaftica para poderem ferper nós & noií os ofô
is áe fon cjaes caftieados.
^"Polo que ordenamos & mandamos, que fe algúa peífoa, de qual
* quer eftado & condição que feja, pofer injuriofamente as mãos vio-
lentas em Clcrigo, alem daaxcõmunháomaycr referuada, eguq
efleorr*
«icorrc, fejapcb mefmo cafo, condenado cm dou. marcos de pr*:
taparaaSè 6cM6yfioW«nasmaisp^8qoèper.dçrcyiom«e-,
cer, fegundo â calidadeda injuria que 6zer, & da pçíToâ offcndda.
C E o que em a Igreja cometer algú delido, notando, fenndo.ou in
juriandoa outra pefiòa:ou.peccar nella com âlguamolher, fc o tpa-
Icficio a contecer ao tómpodas MilTas, & diuinos officios, ertando o
pouo ncllá para os ouuir, fera condenado* ao menos* em vinte cru-
zados^ nas mais penasdedegredoou pnzáoque merecer;,
ff E cometendo atalmaleficio na Igrejadenoyte, ou â tempo qua
ncíla não efie o pouo, fera eÕdcnado em dez cruzados, alem dasma
is penas querer dereyto merecer.
f 6 as mefmas penas pecuniárias femremifsao,áuerao os que que-
.bIaremportasJjanenasJtelhadosdasIgreias, ouCapellas, violenta
&injiuiofamente,ainda que náofejapara roubara fazer em ellas
malefícios, i*. «. * r •• -n '^ULéM*
f E todos, &'quaesquet officUet de )uu>ça,& (cai m .mirro , que eo-
HarL na'S Igljas ou AdroslPara cm el.es prenderem pSUfog
ainda que a uádtfrí «fcfòft riré deBa femnoffa krça, ou de no Lo
Vigayro)Kferapreceder,masd1!lgençias&fumanoSTepeioSIa.
grSos Cânones, &1ey> do Reyno, & noílis CooMcées.íe n,an-
dáofazer. Enaoferáoreledadósdilréhj.BofíoquedepoufeiuIgue
quealKrejlnioValiaaosqneáelIãfc-acoUtaráo. ,
CE fc violentam*»* prenderem , &. tiraram das Igrejas, &
Ad[osde;ias,oskKi.Í2.ados,femfcfazerem asditasd.ligecas, oa
fcmlicencanotfa.encomráo-emdStradapenadedu. fc **»
excomunhão mayor, iplo Lao, da qual não fcrao abíõlutos .ve fa-

^'EúGi os o.
•ocuSatcmoAk*pr"fr;cda* S,*reytos>.iua!d:Çfes«S're.:;;lí^

J !ndorf W5&a!i < aií


furas-&-peWjep«<iíWy'' ' ! f ? ^ '"' ^í-' '
Àírv A i^í;3iT« J»,„,nfinor. canfc&iOU ajuda. *
moueis das Igre|as la-
crSo-as -mttò»*p«í>s>
I alem
0,>••
Titula. 37. Dos Sacrilégios»
alem da excomunhão tcfcruada a See Apoílolica,& das mais qnc
p e r derey to lhes (ao impofías.
If E os q cometere qualqr outrofacrilcgio,qnáo feja tâograuc como
os acima declarados, feráo condenados cm hum marco de praia
& o noilbVigayro poderá condenar os facnlcgioi em ma y ores pe-
nas que as fobreduas, fe lhes parecei que as merecem: mas náo po-
derá em cafoalgum dimirunrlhas. Porque depoii de condenados»
nos poderão fizer petição, & 1c v irmos que por ília pobreza ou per
outras rezões, lhes deuem fer remetidas cm algúa parte, proucre*
mos mflb como for maisferoiço de Dcos.
^ E encomendamos & mandamos ao nofíb Vigayrj, & Promotor,
Viíitadorcs, & Arciprcftcs, que tanto q fouberem, que algúa p*.ílba
cometco algum íâcrilegio, procedáo logo, ou faça o proceder con-
tra cllc, na forma deuida: & por nenhú cafo o calem ou diísimulems
fobpena de fuípencáo de leus cfhaos, &dc oscaftigaíraoscomo
oosparcecr.

xxxvirr.
)

TíTVLO.
Dos que reíiírem, oudefobcdcccmaòs
pfficiaes de lufliça, ou lhes dizem
palauras fobre feus offícios, ou
nãocuprefeus mãdados.
Ctmptíuicão Primejra. Dot que repâtm ou deíohcdeccm.

OR. Quehccouíá de grande importand*»


tetfe aos officiacsda lufíica a obediência &
6
rcípeytodcuido.conuc quefejáo grauemf*
cafíigadososquelhtrcfiítem, ou defobede-
cem.-polo que ordenamos & mandamos qu*
fe algúa peílòa, de qualquer eirado & cõdiça0
_ q icja, refiíHraooouoProuifor ouVigar*0»
querendo os pender a clIcs,ou a ouwemíoukzcr aJgúa dchgencia,
Titulô.37.DQsSacrilcgio5; ' 204.
fiea fcu cfficio pcttccc,fe lhes rcfiftifé cõarmas,fejao prezo* & c&j <
«fcnados, ao menos, em dous anos de degredo^ AShca,&.nas ^
ispcoaspecuniariasqpatecet. EfenaditatcfUtçciaosfsnte oulhcs
poferé as mãos violctas,ferão códenados c penas mais graue^dcde
grcdo,& dinheiro, fegúdo a grauezadaculpa
tio,ô;dinrieiro,iegiiaoagrauc«— ^-.r-,3pplograue
r-r--0--— facnlegio'
o ,
os que lefiftiarcm ao noffoMeyripho,oi.clcr.uaes, quandode
romandido, ou do nolTo Vigayro, ou Prou for ou de feu offi-,
L cr
!fi ""' ~~ ""nn '

«o fo.em faze. algúa d.ligécia, fendo peflòas EceM.cs, le.ao ço-


denados cm degredo paca Aff rica, & em penasde dinheyro, fegudo
acalidadedaculpa. Eafsio ferâoosqefpancatcm oufenremoSo
licitador,Po.tcyto,o0qaal4toutr9officialdaIuft«{aEcclefiafl.ca,
impedmdolhe a diligencia de fcu officio; E pofto que elles nao quei-
tâoàcufat, nem ptofcguit fua injuria,* fendofecuU.eso» que reOlt»
«emfcm cometer facilegio, fe guardará a fotmdaa concordata
dei Rcy nodo Senhor. E mandamos ao noffoProu.ro., lob,.
i>e«a de prioacao de fcuomcio.á acufe os q taes refilW fizerc,^ fe
■ r . . ^ ■ ..!fj:.i\.i,«„,«(C>WiB»miaoeott

1 ™,JC(rredor>a fora do Bifpado, como lhcpa


.ecer.E fc não ouucr efc.tóo.qd.ffodéfuafc.madAta fazerfama.»
Jetcftemu„hSs,asquaesçgúta.ih5cnque.cdorcrcíc..uaoaquc
ford.Or.buido:&oPromo.orvtócóWo,8:fe.aoc0denado^oH
feacharemculp.dos.ao a,W.riodenolToy,gayro.E fealgunr m
>ur=nciadifferp«laurasiniurio&scótr1od1tof.ou.for,^V.gay«>,
.«cnoffosdelcba.gado.cS(mayo.m{.e noq.ocaa ">°g
PcQo* ecclcfifticada noffa iu.iíd.cão.ferí acuíade, pelo^otor,&ç<5
<ieaadoehumarcodcpra.aiaasd.fpezasdaIul.ica * (UflMftfc
Cíaitma».n.D»smtMO eipréWÇMrnidtdu,® >>tops>W, > >
promfor^//
*

*
m*^> 4 -- • »■■*•
tíf
TítuIõ^S/Õoscper
POR Que fomos informada que algús Priores, ReytoreV#
Cuias, & outros Clérigos dene noflb Bifpádo,fendolhes pf efen
tadas os noíTos mandados, fentetíça^ monitorios, declara<ptias,«
outros fèmelhantes, para os auerem de publicar em fuás Igrejas, oii:
aalgôas peíToas,os não cuprem: no que^lem da defobedieiícia que
cometem, a Iuftiça& partes recebem detrimento. Ordenamos#
itoaridamosa iodos os Priores, Reitores,»: Curas,& quaesqueto^
tros Clérigos defté Biípado, que tanto que lhes forem pretentados
nonos mandados, ou de noflb Proiíifor, ou Vigayro,fendo requeri"
dos q-ie os publiquem, fe a publicação deiles fe ouúer de fazer àe0
ção,oudehtroda Igreja, ofação mu y to inteyramente, &com dili-
gencia. E não darão aúifo a peíToà ou pcíToas, contra quem astaes
diligencias lemandarem fazer: ò que cumpritao/obpena de íèrcírt
\
prezos, òt do Aljube pagarem mil rs; pára a Se & Meyrmho.
f E fe for algum monirorio ou fentcnçj,que fora da Igreja fe d^*
ncteficar a álgúa peu"oa,auendrj nò lugar efcriuáes, tabaliaes, ou no<
,os naoobigamos afazer eiras noteficâcões per luaspeílôa*
nãoàiíendõ tàfbaliáes,ou notayros,em tal caio, auendo kác &<*
i mcftno lugar,em que elles refidirem, òU em fua freguezia, &P
obrigados* fazellascom diligencia^ fazendofépor béin da Iufii^'
oudenoírocffício^donoflbProuífo^ouVígayro, ásímo$*
cibiamente: # fazendoíe 4 inftancia, & em fauor das partes, mo U
'pfòhibimõs leuar o que feda aos leygospolaF fazerem,
f E fe as diligêhcias & nottficaçóes íe ouuerem de fa zer fon dos Iií:
garesdeíuastètocias, &íua freguezia, não ferão obrig-dos-
f EpornosfeYpedidoemo Sinedo, que nao con{hangé&&os
os Clérigos a fazer citações, por não íer couía que conuc^^ ^
• citado, ôedignidade clerical: & deíejando nosyq elle feja tsoefti^*
do&véneradocomcdeue,àucmospbrbcm,quenãofejáoc^
dosafazer citaçaoalgúa, auendo outras pcflbas que as póisãb &*'
cm cafociuel ou crime, 6í não auendo as farão elles. Bnosn^'
^os donoíToPrcuifor, & Vigayro,íe poráeíiacJaúfuia, queauen^
outras peaoas,qoeosfilo obrigamos a líTor^qae não auendo kyg°
gaspoíTafazetcma freguesia âè£ic.á qualquer Clérigo q for ref ^
f

Timld. 39. Dos que tê tabolage de jogado?


tido. Efczcndôfe os mandados das citações cm outra fortòa,que-


temos que não valha©, nem os Clerigos emeorráo as cçnforâs ou pç
nas, que por ififo lhes forem impoftas.

TITVL'0. xxxix.
Dos <juè tem tabólâgem de jogo*
;
Conftit&tfcYmtÚ X

O R quanto cm as cafasde jogo publicas ^ & q e^^


expoftas a todos os que em cilas quiferem jugar, fe
ofFende gráucmcnteao Senhor, com juramentes fal-
. ._( ^ Tos, temt ratios, ilhcitbs>& efcandaíofos: &muytas
*e^^e ganha mal ate fcoutros males»
defendemos a todos os noífos fubdiios,de qualquer eflado & con-! ***%
'*
.%Íf*
&cão que fejão, que não dem cm íuà* cafas tabolagem de jogo. E fe s
algú, dcpóisdapublicaçáodeftanoUaConftitLiçáoas <fci,ferápola
ptimcyra vez amoeftado,& condenado em quinhentos?-;,a meta
<%ara o Mey rinho, & a outra para a Contraria do Santifsimo Sa»
ctamentn: & pola fegundaauetá a pena dobrada, & fera outra vei
atnoertado: & pola tetccyra, fera excomungado, &feproccderà
contn cllecomo incoriegioei: & osnoílbs Vifiradores pciguntará©
t<n as vifHaíões^ehacftastabolaga/paradctodoíçtirau»;

T l T V L O. X X X X
Das excomunhões,& interditos: 5ccomo fe
deue proceder, comra os que íc
deixao andar mllaa.
1

Confituiçâo Primefâ.CamoJepajptrâo £
*~ Cartas de exçwmtMbâo*
i JJ .
r
Âtó
?Tiui^^^^Í£iiè3ftnQl^hões^ íntçíáítpsi

cnra lgrc a Scnhor or uantC) r,uaxlacoaip


+ **Wflu3SÈ ' ^ 'P 4 P *
.?{',"SII II^ÊaSH nhãodosfiei?,& da participação dos Sacramentes»
/#l. ., yM§fij|aí & diurnos otncios-.alsiconucm que nauíe ponhaic-
♦*,*«,* ^ ^ auciido contumácia: #
neftes cafos fe deue;eícgfar .qu antopoder ler: & auendty outros con-
ientes remédio*,
uenientes para fe
remédios, pirá fcptòcedet
proceder contra os delinquentes contu-
mazes & rcucis,& fe excfiitlaH; akra ellcs as fenteças q fe dcré,íe de-
u
afdt/iu ^ efeufar as cenfuras. Por q pofto que eflasfejáo o neruo da difeiph"

txtó.6» náEcclefíaftica,&*?mediarmfytq conueniente & íaudauel, pa
tctrear^çccadoSi hão fcdeexe.içitac com grande conííderaçãorpof'
quê a experiência té moftrado,que a multidão das excomunhões #
&cdiJade com* qué fepoem porcoufas leucs, he cama de fe defpre?*
tem, &tra> mais dano que prouey to;
âtfaJt CE pojta»noconformandonoacoro ofaerado Csnc ilioTridefl'
tino: Ordenamos & mandaroosaonou^Prouiíor,oup;lTjaque<i=
e
nós tcuer ;ómif á J para poder paCr (Caceai de exórnunhâo, para»
dífcubçircroalgúas coufas, ouíè reíhcuireuias^ue fe perderem,Pfí
íur arem; asnão paliem» fenáo por contas granes, que ao menos **"
mãodemilrf,paracima. E primeyio que as paliam lhes conífer?
por certidão do Patrocho, ou Parrochos, cm cujas freguesia as &*
a
couf is f&encobrcm, ou fe perderão, ou fui wãt\ como em aeíteÇ ?
amoeíhráopar ellas, ao menosdt&s vezes: & depoi* d (Tc fará vif
ante íi a parte, que a Carta de excomunhão requete, ou ptíToa <\&
do cafo bem faiba, & fob cargo de juramento, que ihedar;>,lhes b™
le
piegunta dasicòufas que perdeo,: ou lhe furtarão, ou fpnegáo: #
- - .jgadít*

tecerem necelianaí,pàtáícenterccríeprdebcm,ouIebaoiHi'''
médio conueniente paraque a tal Cattade excomunhão fe ef<# *
E achando que tem r ezão para fe lhe paflàr, a paífará com clauwM
nâo he Tua intenção que ligue pefíba algúa, não valendo a cou» Pí\
lc te
que fe paíTa de mil rs para cima: E outro fi lauarj claufula» q^ J
2cráo as diligencias & exames ncccfíàrios»conforme a cfta Con
0 icãojl
Ticulo.4ô.Das*excomunli5es^&inter(3itòs, 206
tuição: & que fe não poderá vfar delia para etfyto de ferem crimi
nalmcntcacufadAsaspeffoas.qucdefcubrircm.
^ E porq os Priorcs,Rey tores & Curas, atéagota coftumaráo entre
garás partes as cartas de excõmunhâo,depois de as publicaré, côas
pclíoas q a ellas Cairão eferitas nas ccftas:& as partes depois de fabe-1
té qué fáo os culpados, & teré proua, querellão delles, como fomos
informadc: & deftas acufações fe podem às vezes íeguir morres 6C
efluzõesde fangue.-oqhecõtra a intenção da Sãta Madre Igreja, cj
as taes excomunhões permite, & contra a noffa. Por atalhar a eftes
inales, Ordenamos ôemádamos,a todos os Priores,Rey tore$,& Cu
ias cj as ditas cartas de excomunhão publicaré,q faindo algúas pelTo-
as a dias q d:fcubtão a!gué,não eíicrcuão o q ellas diííeré em as mef«
mascarias: mas é outro papel de fora,'o qual não entregarão a mef-
ma parte:mas o darão ao noíTo Prouifor,-} o guardará a bó recado.
f[Eo não entregara ás partes, ne os nomes das teacmunhas: fenáo
fazendo elles termo afsinadc per fi,ou feus fúfêeiêtes procurado res,'
cmhãliuroqparaiíToauen,qnáovfarãodcllas pa acufaçáocrime;
porq fazédo o cõínyrOjfejpcedcrácôtra elles como perjuros.- E nas
meímas cartas fe porá clauíula, que não v farão delias para acufacão
crime, & afsi o jurarão."
^ E ouiro fi cõformandonos com o mefmò Decreto do Cõcilio,má
damos ao noífo Vigay to, q em o proceflo das demandas & conteíta
Çáo da lite & execução das fentenças, não vfe de excomunhões, ou
cc
nfuías,quando ouuer outros temedios conueniétes para fe fazeré:
antes deue paraobrigar as partes a conteftar,vfar dos remédios, que
o dereyto Canónico dá contra os rcucis, q nãoquiferem conteftar -c .
°u vir ao Iuyzo quãdo forem chamados,metendo as partes de poCe tJjnpg
<losbésdosReosq teucrpeloprimeyro & fegudo Decreto, princi- %^
palmcntcemasajçóesrcaes.noscafosem qiítopodeper dereyro
a
U;t ljgar:ou proceder có penas pecuniárias»ou aprizão, como lhe
milhor parecer. E quando eíles remédios não aproueitarem, para O
^eo ddiflir de ília cótumacia & cõtcftar,entâo vfaràdas cenfuras.
í E o atro fi lhe encomédamos, q nas excecuções das fenteeas & pe« r» d.e.$o
nasdoscódenadosfe conforme có o resfmoDecrcto,&podcdocó«
modame-
:zz: v
Titulo .4.0. Das excomunhões, & interditos,
modamê^efe^mãdefizcr execução em fe^sbes pelos efcriuáes #
officiaes do noflb auditorio,côforme ao mefrao Dccrcro,o qual por
leys deite Reyno efta raádado guardar:& aos Iuizes & jufttças fecuía
res que o náo impidáo,& procedáo de maneira que fe eícuíem,quaa-
to for pofsiuel, as ditas excomunhões.
Conftituiçâo. II. Das penas que encorrem, ft} em que ferâo
condenados os que fedeixão andar excomungados.
OK Quanto fomos informado cj muitas peflbas,c5 pouco te-
mor de Deos & dis cenfuras da igreja, fe deixáo andar excómú
gados muito tépo,& muitos atè a Q^uarefma", em q peia dita caufa
lhes denegáo os Sacramentos,& outros perhúannoJ& mais.
^ Ordenamos &mãdamos,qfealgúIeygo,depois de declarado pe«
Ia ígteja,íc deixar ãdarexc5múgado,portépo de oy to dias fé pedir
beneficio de abfoluiçáo,fazendo da fua patre tudo o <j poder, pata feC
abfoluto :dahi por diáte atè trinta dias.cai pena de fua cócumaci3, p*
gará por cada dia vinte rs:&palTadohú mesperfeuerado em amef:
ma cótumaciaatèfeis mefes,dous vintes por cada dia: & de féis me*
esatehuannD, quatro vintes: & não feráabíoluto até pagara dita
pena ao noflb Mcyrinho:& fendo tão pobre q a nãopoílàp.igar,í«
lhe comutará é pena corporal de prizáOjOU degredo,como parecer»
3S?.5 ^Efeperhuannointeyroperfeuerarcm amcfma excommunháo
iA<dtp*n. por fua contumácia ou negligencia,por quanto fe ptefume que náo
C fcntc bé das
í°a.[ p.t'7 cenfuras & poder da Santa Madre Igreja, inquiráo delle
n.iW<£» comocontrapciToafofpv7ta,5cferácondenado nas mais penas 0C' l
uOregor, -'«11 J . 0 r *■
Xi 11. de cuawnas &dc degredo ou prizao,qucfua contumácia merecer.
S?ífl* ^ B ÍCnd° pCí°a Ecclcflâftica (° q D«°s "ao permita) o q áfti fede»
ftfe&\ xar andar excomungado, paífadob ncue dias,quelhes afsinam&s j>*
*."/"• pedir & alcáçar abfoIuição,fe por fua negligécia,ou cótumacia a náo
ouucn pagaráem pena delia por cada dia cé rs,como per noflbs pr«'
dectlTores foy mandado,até o tempo de hú mez; & paflâdo hõ me*
auera a pena dobrada. Efepcrfeuerar por mais tempo de húanflo
fera priuado de todos os fruitos dos beneficios cj tiuer, q aque He ano
ouucr: & fe ja os teuer recebidos & gaftados,ou o preço dei!es,pcrdc*
rá os dp annofeguime: ametade para a fabrica, &o outra para a Sc#
Meyri;
Titu.^ò.Das exc5mualioes,&intcraí<5lò5# 207;
& Meyrinho:alem de fc poder inquirir delle como côtrafofpeyto^
como acima diiohe.
f Enão tédobeneficiOjpagará vinte cruzados cu mais,fegudofua
caiidade:& fera íufpenío das oidés pelo tempo que parecer.
€[Efe for algú excomungado por diuida,ou cuftas,ou pena em que cJ^fl
feja códcnado:& vindo ate noíToVigay rojuílifica^citadâ a parte, lutionihs
como não pode fatisfazer, dado cautao, ao menos juratotia na for J;"/Vj£
ma do dsrey to,ferá abíoluto.E fe depois de paíTados noue dias qui* fi&ifiu
fer aliegar & prouar efte ou outro legitimo impedimeto, náo fera
ouuÍdo,atè pagar a pena dos dias em q fc deixou andar excomunga
dojem vir ofkrecer a dita câufáo,& juftifícar fua pobreza & impe?
dimeto: & não podendo pagar, íe lhe comutará em dias de Aljube*
f £ fe o que for acu fado per algú deli&o,criminâl ou ciuilméte,for Cà^urf0
«xcômuugado por fuacótumacia em a mefma caufa,& pétfeuerar c. fáfcta
na exccmmunhão per hum anno, ficará conuencido do mefmo c^t'riul
crime,paranao poder mais nelleferouuido, ôcauerà as nff^^J^
penisemquedeuera Ter condenado» fc o crime lhe foralegtima- ÍMm ^.
mente prouado. áiiudiu
,—.-. __^r ^ — ... __.-. | — —-x ^

Conjlituiçâo. 111. Que os que morrem excomungados nao


Jeytm enterrados em/agrado* i

COnformandonos com osfagrados Cânones: Mandamos a fò upfitth


tn
dos os Priores,ÇUytores,& Curas, & Clérigos defte noflo Bif ***
3 :
P do,que conftandolhe que algo raorreo excomungado,© não cn
Vertem em fagrado, nem lhe façáo exéquias, nem reze por elle, àktyà W
fe
rabíoluto na forma que a Igreja manda:confiando que morreo^1^/*
c
om finaes de contrição & penitencia;
f Eoutrofinão enterraraoemfagrado,algumfeufreguezque fe %m
Hão acha em oRol dos confeífados,né prouou em outra maney ra q de^mti
fcconfeílou no tempo da Quarefma, nemdefda Quarefma até o "/'•
le
mpo que faleceo: por quanto fe prefume que morreo excomun-
gado.
í & outro fi não enterrarão nas Igrejas.ou Adros delias,os q,eftãdo
cm feu Iuyzo,fe matarem per fyjou morrerem em defafiorem que
òuue padrinhos. E o que o contrario fezer, pagarádo Aljube hum
marco de prara para a See & Mey tinho: & fendo pefíba iíènta de
noua juciídição, fe mandara denunciar a feu ftiperior, para que o
caftiguecomodeue.
^ E em aigús deftes caros,cõflãdo,qosq afsifalccerão,ao tempo da
morte teueriofinaes de verdadeyrosChrifiâos,&decótriçáo&pení
téciajãtes de os enterraté em fagrado,c farão a faber ao noflbProui
for,o qual informádofedocafojOS poderá mãdar enterrar na Igreja
Tnd.se/. ou Adro,fendopriraeyroabfolutos,cu recóctliados,fc motrcréeni
*5*t,í9' excomunhão.Tirando aquelies que morrerem em deíàfio, corno
ditohe;Porquecftcsperpetuamentecarecerãodafepultura Eccle^
ííaíttca.
ie%Hit-. í E íèddo rora defta Gidade,de maney ra que não aja tempo paratc
dizer ao aoíToprouiíor antes de ferem enterrados,o farão afaber ao
Arcípttíle que mais perto elteuer,o qual,cõ confelho do Parrocho
& d JS mais Clérigos que prefentesfe acharem no lugar, dandolhe
«onça docafo, proueráo que lhe parecer fobre lua fepulmtaj
^ E os que morrerem excomungados, ainda qmofiréfínaesds co«
triçao, o Cura os não poderá enterrar cm íagradq, nem lhes fará
officios ou exequias,atèo fazer faber ao Prouifor& ferem abfolu
tos: & ferão feus herdcyros compeilidos a fatisfazer o queelleshe-
ráo obrigados.
- f Efeaiguocontrayrofezerem algum dos fobre ditos cafos,aIetn
das penas &cenfurasqueper derey to encorrcferiíprezOj&doAl*
iâp.fmis jube pagara vinte cruzados para obras pias & Meyrinho. E tó °'
dtjefuit. brigado á fua eufla a defenterrardoíagrâdoocorpo quecotraa
prohibição de derey to,& efía noíraConfiimição,enteí rar,no caíoí
cm que m orrer íc finaes de contrição: & nosmais em q perderey to
Canónico eílá determinado, qcareção perpetuaméte da fepultura.
CUtàxJt ^nasme^masencorretáo,osque em os outros cafos,per dereyto
fyuUur. prohibidos,enterraremos defuntos em lugar íagrado.

ConptmçôoJUKDosou* comunhão com os excomungados.


Titu.4-o.Das excomunhões,*: mteráítôâ7 ii8
TOdos os fieis Chriflãos fão obrigados a euitâr os excoçhtmgâ- Cáfxii
dos, que pot taes forem dcnunciados,&apartarfe de fua cóueí <X(V'$ 6
facão & comercio: faluoem certos cafos: para que vendofeafitre os
bornes carecer da conueríaç.ão dcllcs, confundidos', & enuergenha»
dos defiftão de fua contumácia &peçaô beneficio de abfoluiçáo. . *
<f Pelo q mandamos a iodos noflbs íubditosEcclcfiaftícos fcfecuy
res, que tanto qfoubcremq algufoy declarado por excomungado^
oeuitemafsi cm os Sacramentos &diuinosofíicio8)comòem a con
tiet façno, praticas, jogo, ou qualquer outro Comercio: & fazendo o
contra) ro,alem da excomunhão menor cm que encofrem, pagarão
dous arráteis de Cera pa oSantifsimo Sacraméto da fua freguczia,
€ E fendo Clérigo, o q comunicar com o cxcõmugado declarado,
p-!giráapenadobrada:&fcmuytasyc2cs for nifíbçomprendido,
fcrácaíhgado com rigor.
c
ff Porem efta noíTa Cóuituição não áiiêra lugar nás molhcres; filhos m^fu
familiares, & criados dos excomungados, que antes de o ferem, vi-w-ww*
uiâo com elfes das portas a dentro, porque eítes poderão comunicar (x(-fá
comelles,porafMeftárperdercytodctcrminádo: & afsi osqueem gj^J
Iuy2opedsm oquelheshedeuidonoscafosemqúe pet dercjrtoé mu,
excomungado pode fer ouuido como Reo: & nosqfora do Juyzo, J$*£!
n^aispornecefsidadequepor vontade, cõmunicáo por remediare txcim.
íua vida, ou náo perderem fua fazenda: fendo com a humildade de- $("£
ttida& não com defprezo: porque em tal cafodeuem antes perdera»»,
fazenda & vida:ou nos que para os remediar & aconfeíhar como de*
Uem auer abfonluição, os ouucm.
Cofíhuicão. V.Que os 7{ejtores&/Curasunhão laborem a cp(d\
k ejereuão os públicos txcomitgdos: $ còtnojc autrào (pâd^ \
cÕtrafeusfreguczesjépaflãòJnòMtorios,
PAracj pof ignoraria cravou negHgécia os nofíbs fubditosnaO
cayâo em peccados, & não pofsáo allegat ignòfaciá,^ quãdo cõ<
ttaellcs íe jpeede^por não eu irará os excómugados denudados: ot
denamos & mandamos a todos ósPriorcs,Rey tóiés,& Ciirafjqcm
*Uas Igrejas ponháo húa taboa cm ó mais publico lugar delia, em a
qual fc efereuão OS nomes dos excomungados daquella FregUeziâ,
Ggg qU«
Tituló4o.Das èxcSmunhScsA interditos: <

uu
" ^^ SW^m aoioluiçao, em cada Domingo íej
jao. pubhcados, atsi para que elles, com cSã afronta, trabalhem poí
fe remediar, como porque os outros os editem.

tanta qaeForemabfoliKos.recão riícadbs da taboa.


í Epoiqu^náo poíTi dauidarfe, quacs (ao aquiles que fedeuem
a«er por públicos excomun^^^^
N formandonoscom a ExtrauagantedoPapaMaturjho Quinto,de-
daramosyícrc todos aqueíles q je (pbr letras Apoííolicasdéaigúdoá
Audttores? ou Iuy zes da Corte Romana, ou de algú Núncio, ou íetl
Auditor, cu de algú Delegado, ou Subdelegado da See Apoíioli-
■o
!

.rorcdenuc!í!dos&declarados ao pojo por «comungados em algúa


Igreja, praça, rua, ou no Auditório, ou outro lugar publico onde
concorra rnuyta gents.
<T E os que ferirem, ou poferem mãos violentas em algn Clérigo de
ordés íaçras, ou menores que goze dopriuikgio H cdefiaftico, íe iHo
' for taò notório que fenáo poíTa negar, feráo euiradcs, poíto q decla-
radosnao iejao.
$ Mas fe fomente contra algu fe paíTar Mònitcrío, poíío que nfc
fatisfaça n Jtermo delle ao que lhe for mandado,n5.o fera euirado até
quefepaíTecontraelledecIaratoria, & feja com effcy to declarado.

ffof.cMt Conflhuiçâo. Vi. Dos interditos ^ & comofe. datem


J
guardar.
de excef. ■ ■■ - ° .
prtcl.c^qtiõ •^^v
s
' fj Interditos Ecclefíafíicos fáo hua cfpccie dás cenfuras, pek
,..»..„.». ^-^qual fe prohibcm osdiuinósofficios, Sacramentos, & &£%!
tUf
£?í? a Ecclefiaftica, aaiua&pafsiuamente: tirando em algus cafos. B
Títtí.4-ò«Dasexcõmqnhões&ínterdItos, 209
ha interditos pcllbaes fóméte,&locacs fôméte,& lôcaes & peíTaoeí
E o interdito local hc aquelle,pelo qual fc interdizé os diuinos offi~
cios&SacraaientosàalgúaeynOjCidadcjVill^ouljga^ouígce
ja:Q peífoal hc,quando fe interdizem a alguas peíToas,QU peflba,&
não ao lugar: O pcítoal & local juntamente he,quando fe põem em
certa pcíToa^u peífoas,& no lugar juntamente, como acontece no
interdito déambulatorio,pclo qual fe prohibem os diuinos officioí
6ç Sacramentos, & fepultuta a certas peiToas,& ao lugar onde cilas
cíliuercm.E todos eftesinterditos,horafejãopoílos autoritate A-
poftolica, ou ordinária, fe deuera guardar com muy to tento,polas
grauespenasqueperdereytoencorrcmosqueos nãoguardáo.E ap^tJi
iodos os Religiofos, pofío que fejão ifentos, fáo obrigados a publi nfjg*
car & guardar os interditos poftos per nos, ou noflb Vigayro. fotirdiò
1f Polo que ordenamos & mandamos, que acontecendo que neftc "Mh
noíTo Bifpado, ou era algú lugar, oulgteja,ou peíToa delle feja poflo
algú interdito, fe guarde inuiolauelmente, como difpoem a cerca
delle a CÕíliiuiçáo do Papa Bonifácio Oy tauo, que começa, Alma
mater: no Titulo de fent. excóm. lib.6. E que no tempo do interdi
to não fe faca algú^fficiodiuino deputado a qualquer crdé mayor
ou menor: "nem fe rezem as horas canónicas nas Igrejas & lugares
inícrditos:nemfeadminiftreSacramêtoalgum, faluo emoscafos
Sítsmpos na ConíUtuição feguinte declarados: nem fc enterre
peflba algúa na Igreja ou lugar fagrado,faluo fe foi Clerigo,ou que
para iflb teucr fufficiente priuilegio, ou bulia, não fendo ellecauíà
do tal interdito : & ainda neftes cafos os enterramentos fc farão
com pouca & honefta pompa,& nenhus finaes em os finos, & UxU(;?
os ofacios fe farão ás portas fechadas, & nãoíendoopouopre: h\u i*
«ente. , remijf.
*[ Efe falecer alguapeffoaleygaique não tenha priuilegio oubulla
para fe enterrar em fagrado no tempo do interdito, fe enterrará em
* outrapartc:&nãofelhepoderáfazerofrlcio,poQoquefeja ás por;
tas fechadas: faluo depois que for enterrado em lugar não fagrâdo,
porque então poderão rezar & dizer Miffas porelIe,çerwdasaí
portas,? & receber as oífertas. -«
- GgSi ^E
1
' Titulo. Das excomunhões & Interditos.
^ E depois dealeuantadoo interdito,ferão enterrados em fagrado
os qne no tempo delle o forem fora.

Çonjiimição. Vil. Quaesjao os Sacramentos %) diurnosoff cios]


que no tempo do interdito fe podem fazer: ft) os dias,
em que per derejto Je akuantâo.

de ' ftnt. (^ Onformea dcreyto, no têpodo interdito fe pode adminiftrár


exf5rt>«. V>/o Sacramento do Bautiímo a grandes & a pequenos, &oda
Confirmação, &o Sacramento da Penitencia, a faós & enfermos.
E Q Sacramento da Euchariflia aos enfermos fomente, ou aos que
fe embarcarem para irem por mar viagem grande, ou peflòas que
cífeuereoiem perigo. E também he permitido o Sacramento do
Matrimonio fem pompa &folennidade,&fem as benções.
mttivuú *í E eni qualquer Igreja fe poderá di2er hua Mina, ou as que fore
dejentêt. neceífarias pararenouaro Santifsimo Sacraméto,ouparaoadrai^
txcõm. .rt *■ r •'-';-*..»-. r
d.cMt.% niltraraosentermos.
^^ ^ E em todo o lagar, que não for efpecialmente interdito,mas foj
Supra. ». mente geral, fe poderão celebrar todos os Sacramentos & officioí
,7J
* diuinoscomo dantes, em voz baixa,cerradas as portas, & laçado*
fora os que não teuerem bulia, ou priuilegio para eftar a clles em
tempo de interdito: & poderão fazer os ditos officios, da maneyra
fobre dita,não fomente os Clérigos ou Religiofos da mefma Igrç
ja, mas ainda quaesquer outros.
1
^ E no dito tempo fe podéfa2er os officios dos Sãtos óleos Quí*
ta feyrada Cea do Senhor:& os da Sefla feyra & Sábado da mefn1*
femana: & os das Candeas,ás portas fechadas. Mas as benções da
mefa, eftações & pregações não fe prohibem em tempo de interdiz
to, nem as orações particulares, Nem he prohibido tangeremfe os
finos ás Auemarias, ou por rempeftades,ou quando os prelados no>
uamente vem a fuás Igrejas?poío que mandamos que no tempo de»
interdito fe faça iftò como dantes.
^ E nas feitas do Nafcimento doSenhor, & nas da Pafcoa, Spírilo
lc V/í. Santo, & Affupçao de NoíTa Senhora, fe podem celebrar todos os
OlfiCÍJ
Titu.4ò-Dase%cõmunliõesácíntcrditos, 21o
òfâcios di«nos às portas abertas,* cõ todas as folênidades, lançã^
do fora os excomungados: roas os interditos podem eftar a ellcs co tytramg
tanto que náo cheguem aos Altares. B o mefmo fe faràem o dia de íVM*
Corpus Chrifti com fuás oytauas:&afsi em o tempo, que pelos
Iúyzescompetentes,for o interdito alcuantado.
f E todos aauclles que c5 qualquer pretexto quebrarem o interdi-
to, faluo nosWos, & nas coutas per direy to & eftas nolTas Coníh}
tuiçpes declaradas, alem das penas & cenfutas que per derey to en*
correm, pagarão dez cruzados para a Sê& Meyrmho.^
f E defendem os ao nofloVigay to, &officiaes, que não ponhao5xír4H^
interdito algu geral,nem ainda em toda húa freguezia^or diuida q£ «£
alnupeuoadeua:porferiftoperdireytoprohibido:mas poderãom~m.
pçíadita diuida por interditoem húafôlgtejaparticular. Efealgú
íuyz Delegado,ou Ordinário pofcr neftencfioBifpadointerdito
geral, por rezáo dealgua diuida, mandamos, que fe cão guarde:
Faluo fe conftar, que para tfb tem çfpecialauthondadc da Sce
Apoftolica.
f Conflmição. VílL Que nas lgre\as violadas fe nãofaçâò
diurnos otficiosmètnttrr em, atéíerem reconciliadas.,

E acõtecer que em algua Igreja fe mate alguê, ainda que feja sé Cáfm tccu
~ eífuzao defangue,ou fede algua grande ferida in juriofamente, g; 60;
ou aja erTuzão grãdede fangue (poílo q náo cay a em a Igreja) fica, deafecr
conforme aos lagrados Canones,violada: & afsi o fica per qualquer f^
fornicação, vel feminis effjfionem rurpecn, que ê ellaacoteça: ou uflj».
por fe enterrar nella algu infief :ou por cair fcpader a forma.E polas Mamal.
mefmascaufasficaoos Adros violados: & em quanto asditas ígte ^7*.*.
ias oa Adros afsi eQiuerem, náo fe pode em cilas azer os diuinos
officios :nem enterrares defuntos, ate fere recoei iadas em a for-
ma quealgreja manda: &fe a Igreja for confagrada, náo pode ler
reconciliada, fenão por nôs, ou outro Bifpo fagrado: & fendo fo- **£
mente benta & não fagrada,bailaráfet reconciliada per qualquer W(/ejr.
Sacerdote, & com1 Agoabentapar elle, _^
TituT 4.0. Das excomunhões & í riterdítos?
^ Mas fefempeccado acontece algua morte, ou ferimento na I*
greja, não ficará por iflo violada: nem o fera quando, ouucr qual-
quer fanguínisou feminis efíafío oceultamem por pequena eftjzáo
de fangue ainda que feja publica.
f Etodo o Sacerdote ou peífoa,quecrtãdo a Igreja viciada, nelía,1
ou no Adro,diíTer diainos officios,ou enterrar algú defúto,ferá pre
?? ?Ç Í- Qfà* ?°denado cf? d« cruzados para a S è & Mey rinho.

í Ç?*ptiê*Ç*0. IX. Emqttefedeclarâoas excomunhões quç


t0
p& di™y fcincorrem, rejeruadasnaUulU " . f
</d Cea do Senhor*

?ií»'* O °°^* jõdo* ôs herejesde qualquer Scaa,eítado,ou condição


*«* c«-V-^ quefejáo,&osquelhedetéfauor,ou os recolherem cm íuaí
oa
futM^s* forc dcfeaforei feus, ou lhes derem crcdito:& os que tá
U Cí«« ou lem feus liuros de hercfías,oude rcligiáo,fabêdo que fáo taes: ou
[°idtHÍos imprimem ou defende publica ou ocultamente,ou por qualquer:
«4. M4»-outra via, fem licença & authoridade da Santa Sé Apoftolica: #
aíbl
ttam.55. os que os imprimem, ou defendem: & os que pertinazmente
fe eximem &apartão,cuprefumcm eximir fcapartarfe per qual-
quer maneyra, da obediência do Papa.
II. Contra os que apclláo do Papa para o Côcilio vindouro, & oí
que, per qualquer via que feja, dáo para iflo ajuda, fauor, ou confej
lho: & osqucdiflèrem, que helicita a tal appeliação.
III. Contra todos os Goflàiros, & ladroes do mar,mormente os 4
no mar mediterrâneo perto de Italia,matão,ferem, ou roubão: #
os que os recolhem, ajudáo, ou fauor ecem.
IIII. Contra todas &quaesquerpcíToas q furrare,ou fabédooíto
marem para fiquaesquerbés, que em Naufrágio de algua Nau 4«
Chriíláos, em qualquer parte do mar fe perdefem, ou fundiuW
oufoífcm alijados: horafejão achados no mar,hora na praya:ou o*
recolherem a outrem, fabendo que os furtou, ou tomou. E defta
excomunhão fe não liurãopor nenhu priuiledo,cuítome ou poífc,'
'■- í^D^S^S^
a
-

&òs que compellem quefepague os tacs tributos nouaméce poftòi;


Ouacreícemado$. >;. i ff: J
VI. ContíâosfaiCaripsdasbulka,òuletráílAptxaoiícas^tííèplica-,
ções de gradou ds-Jaftiça, acinadasptlo FÍipa»ou do Vicc&anceilít
Jtio, QíI de quem fpas VeZes tem. ^

T*TY^«|fc.V, WU M«»'M <^*»«»jw*»»*. •».-.«—,—-...-, <_, ,

linho canamo, corcksfle cânarríbjcn] cfe-quaíquèroutra < máférfc/oti


^aerquercouras^b^iclas^aodmJgcEsiôoírafeeí cem quenoí
fezen o-Li-cta. Eosmèper fy,ucrpcr cunetn^uizão os *difos imi-

por priuilegíoalgi
quaesquer Príncipes., Seohoie^, ou pcílba#particulare$.
Vllí. Con^aos;q(aindaq ícjáoP.eys)uT>]/cdtmj ou.temãopoi'
força os íÃuntimctitosque Te Ieuáò.paraa CoueRomana:& aos que
Wp.;Jetiijoupertufbaò queasJiMeuem, ÔJÍcbs dufenícfts: •& oí
$re fáz: 01 queas taes ceufasfe foça», ôoovquepòr o na o impedirem
,
teoáinhsyiQ»Quqfazemp3gaÉa.outrcnfj oa^ pa qualquer mo;
4odtfcndçnj os que itíafazem.
*X. Contra os q toubáo, esbulhaoj, cu detêm aos que Hõjõtí vem
<íaSanta-Sçe Apofteka:bosque, tem ter pjoflriflòjiírifd^4fá2ett|
tòo, aos que eftáo na Corte do Papa: & aosquecomprepofito deli-
berado prefamem de os Ferir.coriarihes membro, du da os matar: &
°s que fazem que o ípbíedno íefaca,ou o mandáo fazer,ou a Ulodátí
^JudaJconíçíhoJ1oufauor.
^. Contra os q remerariamentecottãomemkroj ff rem, chagão,
^atão, psédem enca.rceráo, ou detemos Patriatcas> ArcebiífòSjí ■ti
^ípos-,&osqueifto.mandáo. He também réfeniadarôPapa aex-
c
õmunbáo da Clementina fiquisfuadente de pa:mt. Contra Os que
. !QJuriofamcnte ferem, prendem,oudegradáoalgilm Pontífice, cu
, Bifpó:
Títulô4õ.Disexcomàníioes,5c interditos?
Bifpô: & Os quco mandão fazer: & os q depois de fcyto,o háo p©r
bomr&osqueforemcorapanhcyrosemofazer, & osqoeparairfo
derem fauor, ou, confeito:« os que fendo fabpdorcs defendem aquÉ
o fez. - * '
XI. Contra os que per (y,õu pèf òutí emíftfôbftfe membro,*^
tto, ou bfipulhao de fcits bes aos q recorrem á Corte de Roma fobre
Juaseauías; & os que ncila os perféguem a elic$,ou a feus Procurado'
res, Solicitadores, Aucgados,Ouuidores, ou tuyzes deputados pa^
MasdKascaufasportelpeyto ddlàit&os que impedem, que as le-
tras Apoftohcas, afsidegraça tomo de Iufliça, & as citações, moní*
çoes?oue*ecutoriaes qcmanão delia, não fc executemfem leu W
fcntimcnto&examc: & aos que prendem, encarecrão, detém, ou
mandão prender, encarcerar, ou deter aos Notayros,executoref,cti
lubexccutores de algúadas ditas letras:& os que por fuás letras fí-
ícm que não fejáo obedecidas ás letras, ou mandamentos do Papa,
ou de feus Núncios, ou IuyfcesDellcgados, fem aucr primcyro feu
confcntirocmo,oupagarcertopreçp: &osquc defendem aosNo-
tayros que, fobre a execução das tacs Ietras,não facão autos,ou não
entreguem os que tiuercmfcy tosa parte qdcllcs té necefsidade: oti
fobre iQo recorre as Cúrias & poder dos fceulares: ouvalédofe nitTa
dos Procuradores do Fifco, oa outras femcIbantes,paracfTeytode
fazere quaesqr das coufas acima ditas. E os qdireaé, cu indirec^
em gcral,oti efpecia! vedão, ordenão,ou mãdão a quaesquer petiba*
q nao vão á Corte Romana a profeguir feus negócios, ou impetra
graças delia, ou que não tenháo recurfo, ou delia não impetrem g«
ças, ou nao vzem das impetradas.
XII. Contra os que fora da difpofiçao do derey to comum direflé,
ouindireac, per qualquer modo fizerem vir, ou trouxerem pet for-
ça as pcíToas Ecclefiafticas, Capítulos, Conuentos, ou Coliepos, fc
fuás audiências, Chancellarias, Confelhos, ou Parlamentos f& o* 4
fizerao, ordenarão, publicarão, ou ao diante fizerem, ordenarei,
ou publicarem, cftatutos, Ordenações, C©nftituiçóes,ou quaesquer
Lcys, per qualquer caufa ou refpey to, pelas quaes a liberdade Eceie
Sa?S! !^í*?5^ oufe dcminue,ou refttinge: oufefaz em algú*
"; maneyta
Tiiu.40.Das eYc5itmnliões><3cinterditos? m
maneyra prejuízo aos dercytos do Papa, ou da SeeApoftoíica, ain«
da que as taes ley s (ejáo fundadas cm algúas letras Apoftolicaf, náo
V fadas, 011 jarcuogadas.
■XIII. Contra os que per qualquer via vfurpão, as jurifdições,rc<li.i
tos, ou prouentos que pertencem âs pçífaas Ecclefíaflicas, por rezáo»
das Igrejas, Mofteyros, ou Benefícios que tem fem cxpreíTa licença
do Papa: & os que fem a dita licença, fequcftrão os taes bésrôd os que
impoem,ou per diueifos & cxquiíitos modos pcde,ou recebem dos
Prelados, Cleiigos, ou pcíToas Ecclefiafticas algú tributo, talhas,
Çte(timos,' ou algu ourro encargo: & os que impõem os ditos tri-
butosfobrebês EcclcfiaíHcos,de Igrejas, ou Moftcyros, ou outros
benefícios fem a dita licença do Papa: & aosque dire6tè,ou indireaè, \
perfy, ou per outrem não temem de fazer excecutarj ou procurar o
fobrcdito,oudarconfelho,fauor,oufcuvoto,dequilqucr efiado ou
dignidade que fejáo.
XIII. Contra os Cancellatios,Vicecancellarios,Conciliarios or-
dinario, & extraordinários de quacs quer Príncipes, & os prefíden-j
tes das Chanccltarias, concelhos, ou parlamentos, &os procurado-
res, feus, ou de qualquer Príncipe fecular: & todos osPíelados,Co-'.
mendadorcs,Vigayros, & officiacs,quc per fy, ou per outros a vo-!
cáo as caufas de qualquer exempção, graças, ou letras Apoftoli-'
cas, de dízimos, benefícios, & outras coufas cfpirituacs, ou ane-
xas a efpirituaes,para que não cenheção delias os Ouuidorcs,ou Co
tmíTarios 60 Papa: & os que per authoridade legal impedem a
execução de quacs quer letras que vem do Papa, ou de kus Iuyzes,
ou CommiíFarios, (obreas ditas caufas j ou impedem o cuifo delias:
& as audiências, & peíToas que as taes caufas quedem executar, cu
fe entremetem a conhecer delias como luy zes: & os que ordenão,
cu compeilem aos Autores das taes caufas, que reuoguem as ci«
taçoens, inhibiçoens, ou letras nellas declaradas : & os que
dão ordem, como aquelles contra quem trouxeram as ditas exe-
cuções, ou inhibiçoens, fcjão abfolutos das cenfuras, ou penas
por cilas eocorridas: & os que impede a execução das letras Apofío
tcas exccutonacs,aioda que feia rpor prohibií a violência.
*: — — '^ Hhh XV-OS*
. 1tu.40.Das excomunhões, & inter Jícos.
XV. Contraosquccortãomembrojfcrenijmatãojprenílemjcleté,
ou roubáojos qváo a Roma peregrinando por fuadeuacjta;& todos
os mais q per qualquer outra via forem á dita Cidade de Roma, ou
nella eftiuerem, ou tornarem delia: & os que para ifto dão confe há,
ajuda, oufanor, ou mandarem fazer qualquer das couías fobredi-
tas.
XVI. Contra os q per fiou per outrem em qualquer maneyra co-
mo imigosocupãojdeftruem, ou acometem as terras, lugares, ou
dereytos que pertencem á Igreja Romana: & os que per qualquer
via percurbão, víurpáo, ou detém a fupremajurifdiçáo do Papa,»
da Igreja Romana, ou a prefumem auexar, ou moíeftar: & os que
á. m
mandão fazeralguacoufa das fobredirasjou para ello dáoconfelho,
ajuda, ou fauor.
XVII. Contra q os injuíhmentç tomarão algua coúfa no tempo
do faço, das Igrejas de dentro de Roma, ou dasq eftáo fora da cerCá
delia, ou da mcfma Cidade. E aquelies a cujas máos vierem as taes
coufas, ounáo íabendo cujas fão,as náo põem cm máos das peíToai
para ello pelo Papa deputadas*
XVIII. Contra todo*, & quaesquer Magiftrados, .Senadores*
Prefidentes, Auditores, & todos os mais lulgadorcs, Canccllatios,
Vice cancellariòs, Notayros, Efcriuães,& Executores, & Subexectt
tores, 6c os mais que per qualquer modo feinterpoferem cm caufcs
capitães, ou criminaes contra pcflbas Ecclefiaftieas bannindoas pré*
dendo, proccíTdndo,& publicando cõtra cilas fentéças ou executan *
doas,ainda que feja com pretextode quaesquer priuilegios concedi-
dos pela See. Apoftolica a quaesquer Reys, Duques , Príncipes,
Jlcfpublicas , Monarchias, & outros quaesquer potentados pcf
,quaesqucr caufa$& em qualquer forma &.thcor que feja geral oU
efpçcial.
XIX. Contra os que do Paço Apoílolico tom ao quaes quer beni,
moueis,Iiutos,oucfcriturasquepertençáoao meimoPaço &€a-
jnara Apoftolica, no tempo da infirmidade do Romano Poniince,
ou da See Apoftolica, & a quelles a cujas máos fabendoo vieráo .per
qualquer titulo, & caufa algús dos duos bés.
Contra

• 1.
Tuu. 40. Das excomunhões ocinterditos 213
XX. Contra os queprefumem abfolucr das excomunhões fobre-
duas íemefpecial licença do Papa :faluo no artigo da morte, fatisfa^
fcédo primey ro o excõmungado,ou dando feguridade deíàtisfazer.

Conflituieão. X. Das excomunhões refemadas ao Papagaiem


das que íe contem na 'Bulia da Cea do Senhor.

COntra os que cometem facrilegios, pondo mãos violentas em Jd decít


Clérigo de ordésfacras,ou menores que g02c do Cânone, ou rathnn*
Religiofo:& os que o mandão, a coníelhão, ajudão,oudãofauor ^Jl\i\
para Ufo: & os que o aprouão & hão por bem, depois de fer feyto P* rcfer~
em leu nome: & os que onao impedirão pot folgar queíe nzcíie atitam
podendo impedillo a boamente, &fem dano feu. uZ\>Ue
II. Contra os que fedeixáo eftar excomungados pelo Dellegado Kãuar.in
do Tapa patTado hum Anno, he excomunhão teferuada ao Papa. f^'l'%.
IIí. Contra os qje tem letras falfasdo Papa, que fendo mandados <*»-92?
pelo Bifpo, que dentro em vinte dias as rompao,ou refignem,nãoas
rompendo, ou rcíígnando dentro dos vinte dias, pafíàdoselles, he a
excomunhão referuada ao Papa.
IIII. Contra os Clérigos, que por íua vontadeparticipãoem os
officios diuinoscom os excomungados pelo Papa, fendo diíioíabe»
dores.
V. Coatra os incendiários, depois que forem denunciados porexS
comungados. .
VI. Gontra os que cometem íacrilegíô,qucbrando com violência^
& juntamente rouban Joas Igrejas, ou edifícios pios,perauthorida^
de do Prelado edificados.
Vil. Contra os que fem licença do Papa elegerem, ou nomearem
por Senador, ou Capitão u Goucrnador de Roma, algu Senhor
fecular,Irmão, filho, ou ícjrinhofeu: & os eleytos,&nomeados,cj
em tal eleyção confentifem,oufeenrremetcrem fem licença do Pa-
pa: & osque obedecerem aos afsi elcytos: & os que para o fobredi-
J
o der^m ajuda, confelho ou fauor.
VlII. Contra os que derem licença para marar, ptéder, ou agrauar
Hhh 4 algu
Tituló.^o.Das excomunhões,* interdito.^
alguluyz cru fuapcfIoa,ou nos bés, ou parentes feus, por ter dado
fentenç t de excomunhão, fufpençâo,ou intetdito,contra afgíí Prín-
cipe, oj contra qualquer peífoa: ou para fazer dano á quelle a cuja
infanda as ditas íèntencasfe pronunciarão: ou aquclles que as guar
dáoj0u que não querem comunicar com os afsi excomungados, fé
reuoga rem a tal licença, & lhes cuuerem tomado algús bes, fc dé-
' trodeíetediasosnão rcftituírem, & deré fatisfcção ao afsi danifica
do. E os que vfarem da tal licença:& os que de feu próprio motu fi-
zerem alguacoufa das fobreditas: todos cíles/e por cfpaço de dous
mezes perfeuerarem na excomunhão, nao podem fcrabfohitos,fc-
. «ao pelo Papa: mas dentro de dous mezes o podem fer pelo Biípo. '
IX. Contra os que íeguirem como imigo, ferirem, ou penderem
/ algum Cardeal: & os que forem companhey ros de quem o fizer: K
os que o mandarem fazer: & os que, depois de feyto,o ouuercm poí
bem: & os que derem para iflb faucr,ou confelho: & os q fendo fabe«
dores, recolherem, cu defendetem quem o fez: & a quaes quer fe-
uhores, ouIuyzes,quecontraos fobreditos LZO precederem den-
tro em humeí, de pois que a fua noticia vier.
X. Contra os Inquifidores, &osdeputados pelo Bifpo paraoofrl-
ciodalnquifí^o^ueporodio, ou amor,ouproueito temporal,
contra Iuftiça &íuasconfciencias,dciXão de proceder cótraa.M*
pcíloa em cafo de herefia: &osq polasmefmascaufas, & polomef-
mo modo preíumem moleaar a Ig^i^pondolhe õ] he hereje, ou oú'
tro impedimento tocante ao Sanótooffiçio da Inquino.
X í. Contra os Religiofos q fèm fpecial,& expnfía licença dó Cu^í
preíumc miniííar a algua peíToa o Sacrarr.cto, da Extrema Vní< <>
ou Euchanflia, ou folemnizar vodas, ou abfçluer os excomungados
per cânone: faluo nos cafos qo direyto ou feus priuiíegios Ihepcf-
mité: ou que abfoluem das <êntenças dadas per tfatutos prouinciaes,
ouíinodaes/ouabfoíuemdos peccados a culpa, & a pena.
XII. Contra os nobres &fenhorestemporaes, que cooipelfem a^
gu Clérigo, que celebre os diuinos officios em lugar interdito, hora
facaoa força ao Clérigo cm fuapcíToa, hora em íeusparenres: & os
Su: ÇonJ a* Ptfgoeyro, ou com fino tangido, ou com trombe-
Ti tu" 40. Das excomunhões & interditas 214
ta", ou bozina, fazem ajuntar o pouo para oúuir Miíía no tal lugar,
mormente fazendo que a ouçáo os excomungados, ou interditos:*
d defenderem queosexcómungados,ouinterditosnáofayáo da I-
greja quando fe celebráoosdiuinos officios, íendo pelos facerdotes
amoeftadosporfeusproptiosnomes,que fefayáo:E os excomunga
dos ou interditos, que fendo por feus nomes amoeftados q le fay áo,
fenáoquifetemfayr. \
XIII. Contra os que tirão âs entranhas aos mortos para osconíer-
uar, ou os defpedaçáo, ou os cozem para lhes tirar os olhos, para os
leuar a enterrar a outrapatte:&osquefâzemqfefa£aofobredito,
ou o mandáo fazer.
XIIlí. Contra os que dão, ou recebem aígua coufa pola entrada de
algú Mofteyro. ; „
XV. Contra os q cometem fymonia quando recebem algua orde#
ou algÚ beneficio} fc os que o procurarem ou interuierem niflo. .
XVI Contra osReligioíos das ordens Mendicantes, qfem Ucea-
ça do Papa, fe pâfsáo a outra náo Mendicante, & os que os recebem,
faluo paífandofe á ordem dos Cartuxos*
XVII. Contra os qduTeremque pecca mortalmente, ou cae em
herefia, quem crer que a Virgem Nofla Senhora foy concebida em
peccado original: ou dilteremque pecca mortalmente, ou cae em
herefia, quem crer que foy concebida íemelle.
XVIII. Contra os Clérigos, ôcReligiofos, q induze algua peitai
a que com e&y to faça voto, jure, & prometa,que efeolbera fcpultu:
ra em fua Igreja, ouque nãomudaráaq jaouuerefcolhido.
XIX. Contra os que dao, recebem, ou prometem a'gua ecuía na
Cúria Romana por alcançar luftiça, ou por lhe fer prometido graça
de alçua coufa.
XX: Contra os queentráo nos Mofleyros,dasfteyras dos Meno-
res,& dosPrègadorcs,femlicençadosq apodédati EosqUepre u-
mem publicar hbellos famofos em qualquer hngoagem, curaier,
ter, ou publicar verfos, troUas, ou cantares de infâmia, &detraçao
do eftado deflas duas crdés: & os que preíumem pregar, eniinar, ou
defender que os ditos Rebgiofos náo eftao em elUdo de perfeição*
011
Titulo^õ.Das excõmilhlióes,& interditos:
buquelhes naohelicito viuerdeefmollas, oisqucnãopodé prégarj
nem ouuir confifsoes, ainda que tcnhão licença do Papa, ou dos Bif-
pos,feanáotcuerem do Pf esbirro patrochial, ou Cura: & os que
prefumem fazer algua danofa violência em os lugares dos ditos Pr&
gadores, ou Menores: & os que tem em fuás Igrejas, ou Mofteyros
os que apoftatarão das ditas ordés, fe os não lança ráo delias, tanto q
pelos Frades lhe foy denunciado: & os Frades Menores que prefume
receber em fua ordem Frade da ordem dos Pregadores, fem exprefla
licença do Papa, que faça menção detfe indulto, ou do Prior da orde
dos Pregadores: & os Meftrez, Rey tores, & Eítodantes de Paris,que
publica, ou ocultamente intenção deitar da Vniuerfidade de Paris,
os Frades da ordem dos Pregadores, ou Menores;
XXI. Contra os Cominados, ou Dellcgados dados para conhe-
cer, fe a alheação dos bés Eccleíiaíticos, heemeu-dente vtilidade da
Igreja, ou náò:fe por amor, temor, ou dinheyro a autorizáo.
XXII. Contra 03 queperegrinão cm Hierufaiem, fem licença do
Papa. ' " — -— - •;■ * -

do Papa, & (àoreferuadas ao Prelado.

I.Ç* Oh tra os que tem jurifdição temperal,que não obedecem aos


V^Bifpos, & Inquifidores, em bufear, prcnder,& reter em bem
recado os hereges, crentes, defenfores,ou fauorecedores delies: & os
que, fendo requeridos, não leuarem ás Cortes, ou aoutroslugares
os fobreditos: & os que não tomarem logo,fem dilação,os qu; afeii
braço fecular forem entregues pata ferem cafligados: & os q cVpoís
de prefos, os foltarcm fem licença do Bifpo,ou Inquifidores: & o< q
cm algÚa maneira confelharem, ou julgarem do crime de hereziaí
& os que para aJgúa coufa do fobredito derem ajuda, ccníelho, oU
fouor.
11. Centra os que, fendo fabedores, prefumem de enterrar em ft-
grado os hereges, oq crentes delies, ou os que os recolhem, defen^
dem,oufauoreccmJ 7. " *-*---
v
III. Co-
Ticu 4.G.Da5excõmunlioes^&:;nter(Jítosr ' i\$
III. ContraáimolheresquefeguemoeíladoteprouadodasBigúi-
iiiS ou otomáode nouo: &oS^eligiofos que para iflolhe dão con*
ícMio,ajuda', OU faucí.
íí U, Contra os Inquiíidores, ou Comiflarjos feus, ou dos Bifpof*
oiuio capitulo,Scde vacante,para negócios do officio da Inquifiçáo,
que com cor do tal oíticio* tonréo íShcitamente dinhcyro de algúa
píiíxi: & os que fendo fabedoresuuenião,por rezáodo ditpofficioi
aplícaraoFifcoosbcsdas Igrejas por delitos dos Clérigos,
.V. Comra os que fazem guardar eftatutos feytos contrai liberda-
de b ccíeíiaílica, & não os fazem rifcar nos Imros,tendo para iflb po-
jdçr, & os <\Mt taes efiatutosfazem,ouefcreué:EasPotcftades,Çon-
fuísa, cu Regedores, & do concelho de qualquer lugar,onde os taes
.c^atutos íc guardarem: & os quepòt elles prefumirem julgar: & os \

c]<te efe; cuer^m em publica forma o que afsi for julgado.


VI. Centra os queprefumem agrauâralgúsEcclcfiarticçs,por não
.ciiegereu) aqUciie porque feráo rogados, ou induzidos! & os que por
icftacauraagrausoos parentesdos Ecclefiafti.çosvouruas Igrejas,cu
jkíoeftcyros,estuhandoosdeíeusbens, ou perfeguindoosinjuftâ-
menteperfi5ou per outrem. i
Vi L Contra, os que, procurando adquirir algú nouo derey to em
aígúa Igreja, ou lugaí pio, eHando vago prefumem ocupar os bens
dldua Igreja, ou lugar: & contra os Cletigos, Frades, oupefíòas q
cita© nos duos lugares, fe tal coufa. procurarem»
Vil l. Conuaos Senhores Regedotes,&quaesquerofficiaes da Cl
dadeosdeo Papa íeha de elegér,quc não fizerem guardar com di.
hgcncia,oqueparafuaeleyçáoeftáordenado nocap.vbipcriculúOl
*íleeIe£uoneiib.6. :',.-.'
IX. Contra os que mandão carta*, ou recados, ou fecretamenw
faláo aos CatdeKS, que eftáo enterrados em conclaue para eleger
Papa. j
X. Contra o que/endo eley topor Papa por menos de duas partes
dosCardcaes,cóíente,éíuaeíeyçáo,&cótraosqorecebêporPapa.
X l. Contra os q impugnão as letras do eleyto por Papa antes de íçr
coroado. V1T r*!
XII. Co.
'. ~ —
Ticulò4o.Das excomunRoesA mcerduQ*.
XII. Contra os q eftando cm pouo dediuerfas nações,tomão cargo
de curar, ou goucrnar como Bifpo de algúa delias, fem para iOb fere
admitidos pelo Bífpo do tal pouo.
XIII. Contra os que compdle os Prelados, ou outras peíToas Eccle
íiafticas, que para femprc,ou para longo tempo, fometáo as Igrejas»
oubés, moueis,oudcfai2,oudcreytodsl!as, alcygos, reconhece-,
doqueostemdcIles,comodefupcciorcs,Pddrocyros, ou defenfo-
res: & os que tendo algúa cou fa d ifto per contrato licitamete feyro,'
vlurplo mais do que per elles lhes he permitido: íeamocftadcsnáo
deixão o que tem vfurpado
XIIIL Contra os que por força, ou medo alcanção abíbíuícão, ofl
. reuogação da fentençade excomunhão, interdito, ou fufpcnçao.
/ XV. Contra os que compcllcm per fy, ou per outrem, aos q ínv
peti ao letras A poftolicas, ou que recorrem ao foro EcclefiaQico/o-:
breas coufas que ao dito foro pertencem dedereyto, cu de cuftume
amiguov & fazem que defifláo, ou recotráo ao foro fecular fobre
ellas: & os que por ettarezeo prendem os Iuyzcs Ecclefiaíucoúea
©síitiganres,ouáfeus chegados: oulbes tomáofeusbés,oudefuas
Igrejas: &os que per fy, ou per outros impedem os taes litigantes,
para que nâo alcancem liuremente jufliça dos Iuyzcs Ecdcíiaflicosi
& os que para iftoderem confelho, ajuda, ou fauor.
XVI Contra os quequebrantao, ou impedem o fequcftropcfío
pelo Ordinário cm algú Beneficio, & feus fruy tos}por fedat na Cor:
ite Romana fentença definitiua fobre a pofle, ou propriedrde delle,
ocupando os fruy tos do dito Beneficio.
XVII. Contra os que per Cy, ou per outre em feu nome, ou alheo,
fazem pagar ás Igrejas, ou ás peífoas Ecclcfiafticas pen age, ou gui*
gem, per fy, ou per fuás coufas, não as leuando para tratar có cilas.
1 mra UC lCm fcnílorio tcm or
¥u}* ' ^° °^ P al, que mandão a fcU$
fubditos,nao vendão, nem comprem ceufa algúa as pefloas Ecclc-
fiaflicas, nem lhes moão trigo, nem lhes cozão pão, nem lhes kcão
©urros fenncos.
ourrosferuiços.
XIX. Contra os Sacerdotes que tederem officio devifcònde,ou
^?PrcP?fue !*caiIar>fc amoefiados não os deixão.
xx. co:
Tinil '40. Das excomunhões & interditos 21a
XX. Contra os Çonfoles, Regedores, & outros quaes quer, que a-
grauão as Igrejas, ou peiTGasEccieílafticas, impondolhes (alhas, ou
tíibaros:& os que quafide todo vfurpãoas jurifdjções dos Prelados,
fc amoeílados não defiftcm: & os que para iííò deráo confelhe, fa^
Uor,ou ajuda: & feus fucefiores, fc dentro de hum mes não latisfaie
0
dano de feus anteaííbres.
XXí. Contra os que inuentão noua ordem de Religião, cu ton ao
&ouo habito delia, &os Mendicantes: faluo os das quatro ordens;
que fem licença do Papa recebem algum em fua ordem: & os que
acquirircm anoua caía, ou lugar,oa vendem algú dos q«eji tinháo
a
cquiridos.
XXII. Contra todos os Religiofos Mendicantes quetomãoncuas
caías, ou nouos lugares para habitar, ou mudão, ou alheáo os que jà
tinháo tomados. .
XXUI. Contra õs Monges que fcmlicença do feu Abbade tem ar-'
mas dentro das cercas do leu Moíleyro.
^Xí III. Contra os Religiofos que não tendo algúa adrainiíiraçao;
Vão as Cortes dos Príncipes còm aniaio de danar a feus Prelados,ou
afeusMofteytos,
XXV. Contra os Religiofos, que vai a. qualquer cftudo,àinda que
fejaTheo!ogia,fem hcençade feu Prelado, & conítlho damayor
parte de feu Coauento.
XXVI. Contra os Religiofos, que feem dos feus Moftcyros para
ouairleys oamedicina, & a ouúcm, fe dentro de doas mezes íc«
ráotornáo a elles: & os Clérigos que tem dignidade Ecclefiaftica,
fe por tempo de dous mezes a oauir em: & contra todos os Sacerdo^
l
«s que outro fi a oua irem pelo dito tempo,
XXU. Contra c3 Doutores que enfinão Icys, ou medicina aos Rc-
ligioíbs que deixarem feu habito, fendo tlleschíTo fabcdores,& pre -
fornemdetelos ena feus eíludos, <
XXVUI Contra os Religiofos que não guardão ointerditOjOtí
«flafião a diuinis que guarda a Chatcdcál, Matriz,ou panochial
alugar. . .
XXiX Contra osReligtoíbs q prefume apropriarpa fi os dizimo»
Título^ò.DaicxcSmíínlioes^ínteíditos:
dastcrrasnouamenteíauradas,oudeoucrasquc lhesnao pertence:
& os que com fraudes, ou outras exquifitas cores as vfurpão: & os q
defendem pagarfeás Igrejas os dízimos dos gados de [eus família
res, ou paftores, ou de outros que mefím ão feu gado com o dos Re-
igiofos:& os que com fraude das Igrejas compráo o gado em hum
lugar,&oWo a entregar aos vendedores, para que o tenhao: *
os que defendem pagarfe ós dízimos das terras que dão a outros P*
laurar, & fendo requeridos não defiftem, dentro de hÚ mez, ou náo
reftitucm dentro ddous, o q pelos ditos modos ouuerc vfurpado.
XXX. Contra osReligiofos,queprefumemdizerabúa coufa P*
ataftar os homes depagar os dízimos ás Igrejas.
XXXI. Contraos Religiofos,queàfintedeixãodefazerconfcien-
cia a feuspemtetesfobrea paga dos dízimos, & depois fem purgaC
a quella negligencia podendo, prefumiráoprégar.
XXXI i. Contra os Religiofos, que temerariamentedeixao o tá
buo de lua ordem;
XXX111. Contra os que prefumé impedir os Vifitadores das Ff eV;
ras, contra o que ena fobre ifto determinado no ÇÓcilio, fc amoefoj
dos pelos Viíitadores, não cefsão. "" '''
XXXIUI, Contra os que,fendo chamados pot directores da écf
çao das Freyras, nao fe abflem do q pode caufar, ou manter dife**
diaantreellas.
XXXV. CçnrraosGouernadoreíouIuyzes," que fendo tresve*
zes amoeflados por algúa petíba Ecc!efiafiica,dcixãodeIhefazet
l uífica por negIigencia,ou mao animo.
XXXVI. Contraapartcqueprocura,que feu Conferuadof pro;
ceda nas coufas que não fão de manifeíta violência ou injuria; ou <&'
requerem difeufáo. *" ' ^
1 h C ntt S UCfíD cm CãÇo ou
Í^t °> t° ^ 3 > te™ aígu engano5pa-
V V v vnyT* VApcr°almcntc tirar teftemunho de al|ua molh*
Contraos( fc
iJ- J í» no!ofabedcresjrecafáo comparenta,
oucunhadadentro noquarto grão: & os que fe casão compefl*
K TC rnd° Rel^Í0f0 de Rcli8»o Prcuada,ou Clerig*
*?«*•&«•& cafa:&osClerigosquefendofabedoresceiebrão
Titu. 4.0. Das excomunhões & inter ditas 217
os taes facramenros entre os fobreditos.1
XXXIX. Comnos que tornaibés dos ChriítãciS,quepcr naúfra
gio fe perderão no mar, & não lhos reftitucm ern tempo deu:do: a-
gcrahe da Bulia doScnhor.
XXXX. Contra os Clérigos, que nãofão Bifpos, & confentem
viuerem em fuás terras Onzencyros mamfeftos, eíirargeyros, cu
Ifosallugão, ou dáo per outro qualquer titulo caías em que morem
& exercitem fuás vibras.
XXXXí. Contra todos os offidacs das Cidades, que tem cárgó
de Iufttça,quc fizerem,efcreuerem,ou ditarem eflatutos para que fc
paguem v furas, ou que as já pagas fe náo pofsão tornara pedií: & os
que julgarem qie as v furas fcpaguem,ou que as pagas íènáo pcção
cu reíluuao: & osqu.; tendo para hTo poder, dentro de três rrsezes
não rifcaremdos Huros os taes eíhtutos:& os que ptefumúc guar-
dar taes eflatutos-, ou cuftumes que tem força deíles.
XXXXU. Contra osqueentemo em lugar íagrado eOardoin-
terdito, fendo diflb fabedores, fora dos calos cm derey to permiti
dos: & os que enterrão em fageado os públicos excomungados, otl
os nomeadamente interditos, cu vfurarios maniíeílos.
I[ Ac excomunhões do Concilio Lateranenfc, por quanto a Igreja
asnáo tem recebidas (como muy tos varões doutos dÍ2em)ícnáo
põem entre efías: &afsi outras que fe contem já nas da Bulia da Cea
do Senhor; & outras que forão reuogadas, ou náo admitidas, & ou-
tras que não parecem neflas partes neccííarias,como as que íáo com
tra os Mcíkes, ou Eíludantes de Bolonha, & osquedifpencão nos
Votos por conficionaes do Papa Xiííor&osquevíáode Aíiafinos
& outros femdhantcs.

Cônftiwicâo. XII. T)as excomunhões em parte referuidas


J .». j£ ' U" •/ . - ■ ■■■'
1 . *.
ao Papa, em parte ao %jpo*

e
tua nos de fent. excõmunicationiSi
In z %0*
1 m
Titulo.4-o.Dasexcomunhoes,<5cinter(3ítós}
J Os que dão licença de aubxat aos que derão fentençade excomu-
nhão, ou interdito, fenão reuogarem a dita licença, antes de fe dar a ,
execuçáo,ou dentro de oy to dias hãò reítituirem o dano que por eiía
fcfez:& os que vzáo da tal licença, ou de feu próprio naotu fazem
alguadas coufasfobreditasporefpaçodedousraezes, he excomu-
nhão Epifcopal, & panados os dous mczes, he Papal.cap. quicuque
defentexcõm.inó.
*[ Os que participão no crime, perque hu eira excomungado, fea
excomunhão,em que o «iminoío efiaua, era Epifcopal, o q parti-
cipa encerre em excomunhão Epifcopal: & fe a do criminofo era
Papal, neíía mefma encorte o que participa;
^ O que em artigo de necefsidade foy abfoluto, porque fora da
quelle artigo o não podia abfoluer, reincide na meíma excomunhão
em que eftá, Epifcopal, ou Papal.
^"Os que poera mãos violentas em Clérigos^ ou Religiofos có per*
cução.,ou ferida leue, encorremem excomunhão Epilcopal: ôíe»
percução for mais que leue, he Papal, '"

<
t
Çonptuiçâo. Xlll. 7)as excomunhões do Sanado
Concilio Tridentmo.
VW<»..i'.ii»i.v.^^|

C4i - ^— *

Ontra os que imprimem, ou fazem imprimir liuros que tratao


de coufas Sagradas fem o nome do Autor: & os q os vendem,
ou tê em feu podeií,fé primeyro fere exáminados,&aprouados pelo
Ordinário: & os que publicão os taes liuros, per efetito antes do d**
to exame, &aprouaçáo: a qual excomunhão foy pofta noConci'*0
LateranSfe SelT. 10. & innouada no Concilio Tndentino. ,
•[ Contra os que preíumê eníínar,prègar,ou affirmar pertinafocn-
te, ou defender publicamente difputando, que tendo confcieflcia ^
peccado mortal, com contriçãofem confifsão fe pode receber o S*n
toSacramcntoda Euchatiítía, tendo copia de confefíbn&náoten*
do o Sacerdote necefsidade de celebrar.
«[ Contra todos os que per fy,ou per outré fazendo força, ou pondo
medo por qualquer arte,ou per qualquer cór,prefumirein conuertef
cm
0
Títu4 »Dasexcomunlioes^&;nteràVtò^ 218.'
I

em feus próprios vfos, & vfurpar, & imped/r que fc não dem a que
pertencem as jurifdiçóes de alguns bés, Cenfos^dereytoSjfeudof,
emphyt:uíes,fruytos,prouentos,ouquaesquer obuençõesde al-
gua Igreja,oudealgú Beneficio íecular,ou regular, ou dos montes
c|a piedade,cu de outros lugares piorsosquaes bens ião para fuftcni
taç.Vpdosminiílros,&dospobres:&contraaquelles acujo poder'-
viei em por doação de outra peííoa, ate que reítítuao: a abfoluiçãa
herefcruada ao Papa, fazendo primeyro inteira fatisfação.
^Contra os roubadores,qtomão as molheres por força: & todos
os que lhss derem confelho, ajuda, oufauor.
<f Contra todos os magiítradosquedireyíamenteforçãò a qual-
quer peííòa que fc caie, ou que fe náo caíé liuremente, hora feja feu
íubduo, hora o náofeja.
Ç Contra todos os officiaesdeluftiçafeculares, quepedindolhes
os Bifpos ajuda da braço fecular, para a claufuradasFreyras,ma
nío derem: & contra qualquer peííoa, que íem licença in fcriptis
do Bifpooudo luperior, entrar dentro da claufurade Mcftcyro de
Freyras.
Ç Contra qualquer peííòa que fizer por força, que molher entre
em MoíleyrOjòu recebaohabitodcalguaReligião, ou q faça pro-
i
fif.áo, tirando nos cafosexpreffos em dere} tõi& os que para o íb-
bredito derem confelho, a}iida>oufciinr.& os que fabendoque a
mcíherfaz qualquer coub ias fobreditas contra fuavontade, in--
terpoferé para ello fua prefenç: ,cu confentimentOjOU fua authori«
dade: & os que per qualquer raane;;ra,fcm caufa juíla impedirem a'
vontade que tem qualquer molher de tomar o veo, ou fazer votei
^"Contra todos os Senhores temporaes, que derem licença à al-
gikspeiToas, para íairemapelejaremdefafio: & os quenodefafio '
pelejarem: & os queforemfeus padrinhos: & os que na califa âo
cjeíafio derem confelho, afsinodereyto, comonofeyto, ou para
eilo aconfelharem algua peílba per qualquer via: & os que olhare
oditodefafioj
Í Contra os que fem authondade do SumoFontifice,oufarem fa->
zer
Titu.4.o.DásexcomunK6cs>ócinterditÔs,
zerfobre os decretos do Concilio Tridentino alguns Commen-
tarios, glofas, annotações, efcholios, ou algum outro género de
declaração: ou eítatuir algúa coufa fobrc elles em qualquer nome
ainda que íeja com pretexto de mor declaração, ou de corro-
bora çáo, ou execução dog decretos, ou com qualquer outra cor,
como fe contem na Buli a de Pio Quarto, fupra confirmationem
Concilij Tríd.

(f Conflitmçâo. VlUU Das excõmunhÕeaper


ejias nojjas ConjiitmçÕes impojias,
fg) rejemadas a nós.

I /^ Ontra os quepcrmeos illicitcs &de índufiria prõcurarc


v^ por ouuir os peccados dos que fe cófcfsão. foi. i j,
II. Contra os Clérigos, que achandofenefta Cidade, não acom-
panharem a procifsáo de Corpus ChriíU: & afsi os Rcligiofos,
pofto quefejáo ifentos. fol.is>.
III. Contra os que receberem algusfemasdenunciaç5es,náoté-
do para iflo noflà licença: & os que fe cafarem fem guardarc as fo-
lenidades de dereyto & nofías Coníhtuiçóes: & as teOimunhaS
que a iflb forem prefentes. f0|3I#
1III. Contra os que conuerfão as eípofas de futuro. fol.54.
V. Contra os que fczeiem quealgús fe cafem fingidamente, não
tendo intenção decafar,nem dando cofentimentopara effc*ycode
poderem mais liurementepcccar. (Q\ò6.
VI. Contra os que impetráodifpcnfaçáodaSee Apoílolicaoufeu
legado, para caiarem: & antes dedefpoíados & recebidos cohabi*
lão
- fâ.fr

VII. Contra os Nolayros que efcreueré nas taes difpenfaçôes,que


inílruiré as partes impetrantes o em qdcucm refpóder para ferem
defpofados. foi. 39.
VIII. Có.
1
Tiiili^iS^ SftSíMtoliÃ^iífefSti)pd£lâfc 219!
VIII. Contra os Priores & Beneficiados das Igrejas Collegiadas,1
quefe concertam com os Bsneficiadosaufentes, tomando íobrefy
aíl*mentia de algúBeneficio para efeufar Iconorao: & osmefmos
Beneficiados cujos fáo os beneficies* fol.68.
iX.CórraosClerigosqvíaré de medicina,ou cyrurgia; fol.77.
X. Contra os que renuncião benefícios em mãos dos inferiores
colladores, com condição ou paa? de fc dar a certa peíToa, ou ou-
tro per dercy to reprouado. # fol.pi.
XI, Contra os que prouêm benefícios a peíToas da naçaõ,Um guac
dar a forma do Motu próprio concedido a Tua Mageítade. foi px.
Xt I. Cótra os que põem em as Igrejas reraboIos,ou Imagés/cm
ferem viftos por nòsou noflb Prouifor. foi; *<>Ç»
Xa I. Contra os que empreírarem prata, ôu coufasdas Igrejas pa
ra feftas & v fos profanos, fem licença. foi. 1 tu
Xiill. Contra os que mandão citar Clérigos para os Iuy2os fecu
lares}por feytociuel, ou crime,fendo noíTos fubditos. fol.r44-
XV. Contraosluyzes&miniítrosfeculates, quecrocedemcó-
tra os Clérigos, noscaíos em que petdereyto Canónico lhes he
íoll
prchibido. ~ *f;
XVL Contra os qtomáopoíTedas Igrejas vagas, & benefícios, is
titulo Canónico^os encafteilão,& apoufentão em clUs íoldados,'
■ ou em as cafasdas mefmas Igrejas,ou de Clérigos, foi. 148.& t&
XVII. Contra os officiacs da Iuttiça fceular, que per força & fem
ordem de dereyto, tiraremos prefosdas Igrejas: ainda que feja cm
Oscafosemquenãogozãodaimmunidade. F0I.154»
XVIII. ContraosTabaliães&peaôas que teuerem, ou fezerem
teaamentos.em osquaes íe deixar algúacoufaàs Igrejas,em ter-;
mo de feíenta dias. foi. 158.
XIX. Contra os que impedem às pelToasfazerem, ou mudarem
liurcmcnte feus te ftamentos, ou tratarem diíTo com as pefíbas Re-
ligiofas. . (ollf
XX. Contra os Iuyzesfeculares,quc mandarem cumprir os telta
mentos dos Onzeney ros públicos, fem reftituir ou daí caufão. foU
K6, E os Tabaliáes que os fezerem.
Titulo,^. Dos que terão eftas Cofiitu Íp5es.
TITVLO XXXXI.
Quem fera obrigado a ter eftas Çonítituições.'
&quantasfehão de ler cada Domingo: ôc
como fe aplicarão as penas que não
forem declaradas.
m

Çonjlituiçâo Prjmeyra. Quem Jera olrigaâo a ter


ejias ConjtítuifÕes,

O Rque os Dom Priores, Com edatarios;


Reytores^igajros, Capelláes perpétuos
denofiòBifpado: & as Prioreíías, Abba-
deíTas da nofla viíítaçáo, íaibão como hão
de reger & gouernar luas Igreja s, Moítcy
roS>Freguezias & fubditos, & fazer leu of«
fi
,-=vr^-1 «o como deuem:'& não pretendão igno-
rância: Mandamos a todos & cada faõ delles, que tenhão eiras Có-
flituiçoes, de feu em íuas Igrejas ondeouuer pia de bautizar, ou
ta fermço que os fregueses delias não fejáo obrigados ir a matriz,
aluo em algua fefta,ou feftas do armo: os quaes as teráo & farão o ã
lhes he mandado. E feráo obrigados a telascominuamente cada há
emfualgreja noCoro 0uem tallugar ondefepoHãofacitóe
vc & ler pelos beneficiados, & peíToas da fregue2Ía,ou quaes quer
outros que as quiíerem ver:& íerao entregues ao Cura, ou prezas
com cadea:& onde nãoeHiuerem prezas, as meterão na arca que
hadeauer.demaneyraqueasnáoporsloíeuar, né tomar. Efeos
benefiaadosquiferé a curta da obra da Igreja terhúasq efiéprezas
com nua cadea no Coro, o poderão fazedor náo eííarem fempre
tanto a mao as que o Prior teuer.
f ItemonoíToProuifor teràoutrasparafafeero cue a feuofficio
pertence. Eafsimefmo o nofloVigayro gcAralíerá obrigado ama -
dala*
Titu.^i.Dóí que terão eflas coíUtuições ZVQ
dalas tec no Auditoria continuamente: & ferão entregues aoPoncy
ro, pra que esda vesçuí vieroVigayro fazer Audiência, as po-
nha íobre a taboa do Auditório: & outras em caía para dçciíao g*os
feytosqu:ouuer de fcntcnciar:asquaes também terão todos os Ar«;
cipuftes para que vejâoo que a feu officio pertence: & osncíTos De'
íembargadores, & Viíitadoies.
^ Irem as teráo o Promotor, Mcyrinho, & Solicitador, & o noflo
Efcriuáoda Çamara, & os do Auditório, & cada hú dos Procurado-»
les, afsi os preíèntcs como os que a diantcouucrem licença para pro"
curarem noífo Auditório: &o noflo VigayroGeraJ não deixará pro
curar a?gií, fem lhe confiar que tem eftas Conftituições: Do qual terá
muy to cuydado o Solicitador: olhando bem que procura fem eiias..

Conjlmição. II Que o Prior ou Curafya obrigado cadd


Domingo à eftação, Itzrakusj-rtgMz&s ■*".']

duas Confiam coes.

MVytasdeflasÇoníiituições {pertencem aos teygos, outras aoí


Clérigos &lcygcs juntamente: & para quehuns & outros
mais facilmente tenhào delias notocia: Ordenamos & mandamos a
todos os Priores, Reytores, Capellács, & Curas, que em todos os
domingos do anno á Miíla da terça á efiaçáo,publiqiicm,leão,& no
fcfiqué ao pouoem alta voz declarada & apontadaméteduasCófti.!
tuiçóes, daquellas (omenteqtecáoaosL*ygosa&pola matéria delias
fc íâberàquaes fio. Em ta] maneyra que em cada Domingo fem íQ
tenialo algum (não íendo fefta folcne) fejáo lidas as ditas duas Cófií
lições per ordem,atè que de todo fejáo acabadas de ler húa vez cada
anno: íobpena de duzentos rs pata o Mcyrinho, ou para quem ó
^cafaf.
í E encarregamos muyto aos Rey teres, Curas, & Beneficiados do
c
ada igreja, que procurem de leer, & faber eftas Conflituiçocns:
porque leiido nos certificado qac o nam fazem, lho eftranhatcmos
tòuyto;

KKK CM*
y ■
v
Titulo. 4i.Dos:.qiie terão eílascõftítuíções.
Confítuição. Ill A quemje aplicarão as penaspoflas ne[Us
Confinaiçóes, qmnào cfláo declaradas para quem Jáoi
_^ IP[quando je podem commutar\
Ç* Onfiderando nós o perigo q ha nas excomunhões, porfera
V-/mayorpena que tem a íanta madre Igreja, porquanto húexcõ
múgado he mébro cortado & apartaçloda comunhão dos fieis, & cõ
municaç.ão dos Sacramêtos & fuffragios da Igreja. E vedo como
neílenoíibBiípadoauia muytas excomunhõespoftasnasCóaitui-
çóesãdguasécjnoirosrubditoscaiãoféofaber:& outros cópouco
temor de Deos fedeyx5oeítarnelIas.Nóspoteflare25oprouemoí
nefias Cóilhuiçces.q das muy tas excomunhões cj efíauáo poftas nas
ãcigtjas íétirâífsquafitodasiasquaescõmutamos cpenas pecuniári-
as potqéalgúasdcilãs não fededar^^^^
mos&mádamosdnãoreap.licádoapeiroacerra,ou a algúaobraife
étédãofer aplicadas para as obras de ncflaSé&Meyrinhotnãofédo
per nos aplicadas noutra forma: com tal que o dito Meyrinho
dentro de quatro mefes de pois de (Vrmanifcfta a culj a ou delito na
vizinhança do culpado, ou a duas ou tres tcftemunhas,demandea$
ditas penas,& asfaçajulgardenitodoutrosquitiocucincornáca-
uendo legitimo impedimentoq per clle não íeja caufado né ceníen-
tido: perq paíTado o di*o tépo, o Promotor as poderá pedir, & lhe
feraaplicada a parte do dito Meytinho. E quanto as penas das vifi-
táçõesaplícadasaomeyrinhoipodclashá demandar dentro de dous
rnefes, q começarão acabada avifitaçáo, & de pois de lhe fet dado
rol per nonoPicuifor, ou Vifitador:E pe'a ptefeate náo tolhemos*
pãt te das penas q temos aplicadas ao noflb folicitador, as quaes aue-
ra demãdandoas elfe ou folicitandoast& não de outra mancyra.E de
ciáramos qpotto que a algua pcíTo3spor delito q 6zer, fçjáo pofías pc
naspclaprímeyra veztáto, &pclartgudatá:o,qentáo ftià obriga
do a pagaias, quando por cada Vez for condenado em juyro: de ma
neyraq mobailará prouar q muy.tas vezes comçteo o delito: fe pão
fcy por e!le tantas vezes acufado & ccndenado.-po/loqpara agiauar
mais a pena.bafíaria articular q muitas vezes o cemeteo. E iflp orde
camos,poíquenonbscfficiaes fejãomaisdeligentes em inquirirtf
01
acufcr
f
Titulo, p. Do Synodói!
acufaniiaís os delitos qfe cometerem. Eporqpodetía fercJpõrpÕ*
breza náo podeííem os delinquentes & tranfgreííbres deíhs ConíH-
tuições pagar as ditas penai: & náohe jufto que fiquem femcaíii
go. Ordenamos & mandamosq conftandolhés a noflb Vigayro, ou
Viíitadores legitimamete da tal pobreza, pofsão moderar & comu-
tar as ditas penas pecuniárias em out ra$ peni tecias corporaes: o qual
fiqueareuarbitrio:coníidcrandoacaHdade&grauidade do delito:
(obcc o quai lhes encarregamos as conícicncias.
v

TITVLO.XXXXII.
Do Synodo,&das teítimunhasfynodaes:ôc
da relação que hao de trazer.
Conftittúcão Primeyra. T)aspe(foas que hão de nuir ao Synodo%
(%y que bastos hão de tra^r.
í

/^e|&SBj5 Vando os Prelados ceiebrãoó Syncdo para feiuíço


i*&3g»&SK fó rjcos & bõ regimento &gouernança dos Bifpa
J» dos: hão de fer chamados paraostaesaiuosos Be-
|^SM^ÍK# neficiados todos de qualquei dignidade, grão, &
feife^^^ côdiçáo q fcjão, do Bifpado em q fe o Synodo cele-
brar : polo q ordenamos & mandamos aos DigaidadeSjConego?,'
beneficiados & Cabido da noíTaSè, & aos Dom priores, Coméda*
^ioSjRçytores confirm-dos,& Beneficiados de nofifo Bifpado,que
fendo chamados per carta ou mandado ncíTo para o Syncdo cjoida
na
*mos celebrar, todos venhãoaelleaodiaque lhes for afsinadofc
^ndare efeufa alg5a:fàlu0Tefor:áoju(iac]p:>rnenhua via pofsão
ofendo certos q náo vindo, ou não mandando feu piocurador, fen
'°'expedidosdejuftoimpedimento, procederemos çpntra cílesa
P?iuaçáo d-; feus Benefícios: & encorrerváo nas mais penas q nas carr
ías
>ou mandados, per q forem chamados, lhes forem poftas.
* B porque o Synodo heauto muito loiéne,háo todos de aparecer
^jíebem ordenados: &cõ fuás fobrepelizes faás,limpa$ &bem cô-
Kkk A c«-
Tuu~$i. Do Sjriicdõí
certadas: & no 'dito auto euaráo todos afsiosdenados com as ditas
fobrepelizcs, (em ascobrircm com cobertura algna* E quem afcio
náocumprir pagará mil rs paraoMeyrinho, &?para as depefas da
Mica: & foba mefraa penais AbbadeíTas &PnorelTas dos Moílcy
IOS de nofifa viíitação parcceráapcr fcus procuradores, como fáo o;
brigadas.

Cofiflituiçâo.Jl.Dastejlemunhasfynodaes^dã
relação que hão de trazer.

AO officiopafloralcomiem informarenfe os Prelados do eflad^


de Teus fubditos: cm efpecial das pcííoas Ecclefiaíbcas, para<J
milhoreííasnoííàsConmiuiçõesfcjáoexecutadas, & faibamòs co-
u
mo fcguardáo: feguindoa diípoíi^ãodos (agrados Cânones, Dep
tamos& nomeamos por teftemunhasfyoodries em neflb Bifpado*
todos os Priores,Vigayros&CurasdenníroBifpadorparaquequá^
do (prazendo a noflo Senhor) celebrarmos outras vezes Synodo»
11
que fera quando fc offetecer julacaufaounecclsidadernosauiíef
& digáo rudo o que lhes parecer neceflãtioa boa gcutrnança das í$
mas de noflbsfubditos, & os peccados/ públicos que louberem cpt
íe fazem em noflb Biípado: & a&i osc*ue váo contra noíTasConfti'
tuiçóes. Os quaes cambem teríogrande cuydadodco fazer fabíí*
nòsouncflos Vífitadores, quando(uas Igrejas fevifirarem: para 4
prouendo em tudo, Decsnolfo Senhor íejaferuido: & luas almas &
obras fejáo a eile fempre acey tas: & mcieçáó a gloria, que parafe^
preduia.Amen.

F I N I S.
+1 *»

M Andamos emédarjalguascoufaSjájaa eílaúãoímpreflasl É


pêra q ninguempcfla nas ditas eméda?(que vão feytascom
ameímaiet^da imprefsáo) mudar ou aaecenrarcoufa a'gúa, a-
pontamosa^ui todas as que per noíTo mandado rorãofey tas: para
que todasas miis que fe acharem,deq nefle índex íe náo faça men-
ção, fejão nullas& de nenhum vigor: & os que as fezeré hauidos
por faiíarios»
£ as emendas são as feguintes,

Folio. 3. Regra. 26". Onde diz:ou.Enaregra feguinte ôdcdiz:fãtoqfejâ


'Foi. 6. reg. 21. onde diz: Pordefprezo. (beatificado.
Foi. 7.verf.reg. 2 8. onde diz: noíTo redéptor,& hao fòmête polo medo.
Foi. 12. reg, 7. ondediz:(T. hereziamental.
Foi. 18. reg. 22. onde diz: que eítànefte.
Foi. 23, reg. 2. onde diz: com condição quefínãovngc.
Foi. 27.verf.reg. 16. Toda a regra cubertai
Foi. 32. reg. 28. ondediziou.
Foi. 34-verf. reg. 11. onde diz: fados, publicamétc fe conuerfarem?
E pagarão mais.
rol. 37. reg. 2t. ondediz.Ainda quefcjãoliures,&q feusfenhoresí
Foi. 41. reg. 10. onde diz: Eno9»maisdiasdepeyxe,qnãofáodçgc
ju,fe poderão comer as mefmascoufaSjê porto cfmar.
rol. 43.verf.rege 7. Ondediz* ItemasfeftasmouiueisXPafcoacõ tres
oftauas, Àflenção, Pentecoíte com duas oftauas,
Trindade & Corpus Chriíli.
Foi. y6\ reg^ t'4* Onde diz: QuenoAílq.
Foi. y7. reg. 13. Onde diz: res: Agora Scnahora da noí^amortc,amc.,
FoK ç9- reg. 22. EíTàcubertâhuaíoo palaura.
Foi. 68. reg. 31* Ondediz: Ciaescontratos, mandamos fob penade
excomunhão, ipfofa&u incurrenda, a todos os.
Foi. 78.verf.reg. 8. Cuberto defde onde diz: Cidade: até o fim da regra:
& na feguinte, Onde diz: E pelocaminhónãofejâo,
Foi. 84.verf.reg. 29. Ondediz: Ealemdifto. Enaregrafeguinte.-Onde
diz: Polaprimeyra vez pagará mil.
Foi. 94. reg. 29. Ondediz*. Sedepoisdefeis: & na regra feguinte
onde diz: mefes. E na mefma regra mais adiãte, onde
diz. não.
Foi. 9y.verf.reg. 11. Ondediz: breantesda luz damanhãa.
Foi. 98.verf.rcgl 14. Ondediz: Algúa mifTa, fe não o.
Foi. 99.verf.reg. 12. Ondediz: A efmolla. Ena regra feguinte cfta cu-
berto, donde diz diíTerem,atee onde diz:& das.
Foi. 104.verf.reg. 26 Nofim delia húapalauracuberta.
Foi. 147. reg. 15*. Ondediz: Outro.
Foi. 146.verf.reg. 10. Ondediz: ou religiofo.
Fol.178. reg. penúltima. Ondediz: nãocmprc#
Fol.179.verf. reg. 18. Ondediz: cafados com nofla.
Fo1.151\ vcrf.reg- 2 fT defde ode diz; defêdc: cila cubcrtòàtê ò Em da regra
Foi. 183.verf. reg. 3. Onde diz: perguntem as teftemunhas. '
Foi. 187. reg. 3. Ondediz^hade. Ena reg. feguinte onde diz: quãdo,1
Foi.194. reg. IQ. Ondediz: deDeos.
Foi. ip5.ofcgudo.rcg.2.^ Ondediz: Pelo catalogo do concilio Tridentino
£ na mefma folha verf. reg. 1. onde diz. Sixto Quinto
Fol.202.verf.rcg. IJ, Ondediz: ou religioio.
Foi. 203. reg. 2. Ondediz: Chancellaria,
Foi. 2 04, reg. 14. Ondediz: rem,fc guardara a forma da concordata
delReyNoflb Senhor: £ logo na feguinte, õdedizs
Promotor, fob.
Fol.206."verf. reg, ' Vitima, ondediz: pobres.1
Foi.208.verf.reg. 23, Ondediz: oupeífoa.
3

ORAM Publicadas eflas


Conftituiçoes, em noíía pre-
fença, & do noífo Cabido, Sc
Clerezia, 6c Religioíos dos
Môfteyros,&Collegios deita Cidade:
& approuadas, & aceytadas em Syno*
do, que celebramos é*a noffa Sec Cathe
dral, aos quinze dias do mes de No^
uembro, de mil & quinhentos A nouen
ta&dous Annos.

cr—-*

s
.

c*

Você também pode gostar