Você está na página 1de 30

A B E S T A

D E

S E T E C A B E Ç A S ,
E

< D E*Z C O R N O S, A
.WMVTORUV/Ò X.Úxpi F

N A P O L E A Õ,
IMPERADOR DOS FRANCEZES.

. EXPOSIÇÃO UTXERAL
. ; ' H ' fcqto f n o o < i M g v w . U q b firo wjup : hled

CAPITULO XIII. DO APOCALYPSE,,


••' '• ' ' . " • '.p 'o R

HUM PRESBYTERO ANDALUZ,

V1SINHO DA CIDADE DE MALAGA.

4
LISBOA. M. D C C C . I X .
fP0
i———»——^mmm—*

NA O F . D E J O A Q U I M T H O M A Z D E A Q U I N O B U L H Õ E S .
Com Liçtn$a da Mtyi do Desembargo do Paço,
Oiã in captivitatèiti duàerit, in mptivttatem va-
det: qiú in gladio occiderit, opportet ettm gladio oc-
'idi. Hic eji patientia, & fides SanSlorwn.
Q Apocalfp. "Cap.. X l l f . v. 10.'

m r

Oqué fizera'outro efcrâvo { em-fefcravidaô aca-


bará : quem com efpada matar, comefpada he pre-
cifo que morra. Aqui eilá a paciência, e a fé dos
r f
Santos. ^ -'^A ( . .ií!/: O.IU A .

Z»o Afotítlytfe de S. $0.10 no lugar citado.

T X J I A C I H A o;:J.iYViò^fn i- iK

. A D A J & W K I a a A a i 3 A a O H H Í Í I V

.. I . ^ X I .M .AOI21-1

Í F / S / ^ B K * U JIFL SAI/C>HT M I I / O Ã O Í S I .'•!<

fcMviia.
PROLOGO Ai O/ LEITOR
ou
INTRODUCÇAÕ CONVENIENTE A' SEGUINTE.

E X P O S I Ç AÕ,
; V

' i

v í r a õ c o m pouco a p r e ç o o Sagrado L i v r o d o A p ç c a l y p í e ,
jõmentc porque o naõ entendiaõ. S. D i o n y í i o de A l e x a n -
dria rfereveo doutamente, contra elles ? e reprehcndco íua
impiedade c o m admirável defçrj-p.çaõ. •>» E u , Jliçs dizia ef-
>» te Santo Padre , naõ pofTo entender ó s efçiiros enigmas
i> deftc D i v i n o L i v r o j porém creio que nelles eftaõ e i c c n -
» d i d o s alguns grandes m y í t e r i o s , mui fuperiores á minha
» inteJligencia: naõ d e v o m e d i r , nem ponderar cilas c o u -
» fas. c p m a minha propria capacidade , fenaõ venerar
» com p r o f u n d o acatamento tudo o que hc Div.ino , e ar-
» tribuír á lua ; muita e l e v a ç a õ , e á fé a obfcijridauc que'
» tem a refpeito de n ó s : naõ reprovo , em fim , o que naõ
» e n t e n d o ; mas antes a d m i r o m u i t o , reconhecendo a mi-
» nha infufliciencia , tudo o que se eleva fobre as Juzes
u d o meu entendimento. >> ( i )
O u t r o s Sábios mais t í m i d o s , e defeonfiados de fi
m e f m o s , do que i r r e l i g i o í o s , taõ p o u c o quizeraõ dedienr-
jc ao cftudo defie Sagrado L i v r o , porque fe perTiwdíiaõ
que feus emblemas myíleriofos annunciavaõ fuccefios mui
diftantes $ e que naõ era pofiivel decifrallos até que ehe-
gafle o t e m p o d o feu cumprimento. E m parte poderamos
defeulpar fí» n e g l i g e n c i a , fe S. J o a õ naõ iiouvera e x h o n a -
A ii do

( O 1 ionyf, Alex, spud Eufeliii ui. lib. KiÇor. Eccl. C. 20.


cBOTI3J ) 000JO M
d o a t o l o s á fua lição , e ©edjtaçaõ c o m eftas palavras :
» Bemaventurado o que lê , o u v e , e guarda nos l e g r e d o s
» 4 e fila aKtta as palavras deita Profecia; » { z )
O atros , em fim , animados por eile D i v i n o C o n f e -
l h o , fe applicár3^coniViuteiiiente.,a<deu-etVudo , e appro-
veiriraò rcuravitlfofamerite ; pois aincfà c^ue, p e l o c o m -
ma n , nno forao mui felizes na interpretação de m u i t o s
e n i g m a s , deduzirão doutrinas utiiiífunas pertencentes ao
D o g na , e aos coílu.nes. T a ó c e r t o he » que toda a E í -
critura Divina he util para eníinar, para c o n v e n c e r , e
•> corrigir em juíliça. » ( 3 )
< j l E x p ò í í t o r é s arttigoí entendêraó c o m m u m m e n t e
que no3 e.nble m s proféticos deíle L i v r o fe fallava f o m e n -
te d o Ailti-Chriílo , e das p e r f e g u i ç õ e s que loffrerá a
Igreja no? t e m p o s deíle capital i n i m i g o "feu; e crêrao q u e
a v a r i e d i d í de ém^V-zas o a figuras contribuía fomente pa-
ri' explicar c o m mais exteníaó , e plenitude liuns m e l m o s
f e i t o s , e peíToas. Pelo contrario , alguns interpretes m o -
dernos quizeraõ referir t o d i s as Profecias d o A p o c a l y p f e
ás perfeguições que affligíraõ a Igreja nos feculos da fua
infância , principiando defde o t e m p o d o feu D i v i n o A u -
thor . levando-as huns até Juliano A p o í l a t a , outros á in-
nundaçaõ dos V a n d a l o s , e alguns a t é á ruina d o I m p é r i o
Grego pelos M a h o m e t a n o s .
O Illuílriflimo BouíTuet, d i z e m o s Authores F r a n c e z e s ,
que foi o inventor deíle Sysrema , ou n o v o Plano de in-
terpretar o A p o c a l y p f e ; ( 4 ) e ainda que ao p r i n c í p i o
del-

(1) Apocalyp. I. V. J. ( f ) II. cd Tini. j. v. 16.


( 4 ) Muito antes que o fenlior Bouflfuet principiara a fer c o n h e c i d o
n o Orbe Litterario , havia fido morto na Santa Fé da nova Hefpaiíha
o V. Gregorio Lopas , natural- dé Madrid , o qual deixou eferrto liu.n
preCíolb Coramentario do A p o c a l y p f e , era o qual obferva p o n t u a l m e n -
te eíle celebrado PIHIIO , cuja invenção LE attribae a efte d o u t i í l i m o
Bifpo. O fenlior H l i p p e j . 0 fez p r e l e n t e delia obra á Sé Apoílolica
corro tu 11 milagre dc feu Autlior, p o r q u e i e m haver efludado Scicn-
cia algu.mi , n e m a Gramniatiça Latina , expoz c o m muita clareza , e
<5)
defagrádou a muitos c o m o e x o t i c o , d e p o i s viító c o m mais
reflexão p o r alguns S á b i o s , o applaudíraõ , f e g u í r a õ , e
a p e r f e i ç o á r a õ , e finalmente c h e g o u a contentar a t o d o s o s
m o d e r n o é . Entre e f t e s d e v e contar-fe , c o m o E x p o í l t o r
mais - c é l e b r e , -o d o u t i f l i m o A g o í t t n h o C a l m e t , o qual en-
tre os amantes d o n o v o fyftema. procedeo c o m mais m o -
deraçáõi E x p l i c o u os E m b l e m a s proféticos até ao C a p i t u -
lo X I X . , f e g u n d o o Plano dc B o u f i u e t , ainda que varian-
d o muitas v e z e s de o b j e é l o s nas applicações \ p o r é m d e f -
d e X X I . , v e n e r a n d o , c o m o c u m p r e , o j u i z o dos P P . , e
E x p a l i t o r e s a n t i g o s , fe c o n f o r m o u c o m e l l e s , entendendo
d o A n t i - C h r i f t o , das t r i b u l a ç õ e s , e fucceííos mais proxi 1 -
-mos á c o n í u m m a ç a õ d o M u n d o , quanto diíTe S . J o a õ n o s
tres ú l t i m o s Capitulo?.
O célebre Cura de S. S u l p i c i o da Chetardye d i v i d i o
e m muitas partes o A p o c a l y p f e , c o m o c o r r e f p o n d e n t e s a
-outras tantas É p o c a s Ecclefialticas , e d e f c c até aos t e m -
p o s de Lutero , a n n u n c i a d o , f e g u n d o penfa , e m aquella
eftrella que c a h i o d o C e o a o tocar h u m A n j o a quinta
t r o m b e t a : mas ao fallar da fexta diíTe q u e naõ podia fa-
zer a a p p l i c a ç a ò deíla Profecia , porque fe falia nella d e
coufas naó viftas até ao feu t e m p o , e referva p j u d e n t e -
nientc lua applicaçaõ para o s que viverem e n t a í r / ou ''.e-
pois que laó os únicos que p o d e m fazella f e l i z m e n t e , e
r
cotn

e r u d i ç ã o o Livro m a i s e l l u r o d e toda a Santa Biblia. ( N e f t a E x p o f i ç a ú


da o T e x t o S i ' g n d o traduzido ao C a í t e l b a n o , e n l a ç a n d c - o c o m fua g l o -
(a c o m S r a ? a • c a r t c 1 u e tud¿- ji^nto parece liuma l e i t u r a - c o n t i -
nuada , cuia f o r m a , p a r e c e n d o - m e mais agrodavel , c util q u e outras t e -
n h o procurado imitar n a e x p o f i ç a õ d e í l e C a p i t u l o . ) P " n ç p d e p o i s d e i t e
prefente taó f o l e m n e , o c c o t r e o a ruidola c ç n t e n d a q u e e f l e labio Pre-
lado teve c o m 'o*Senhor F c n c l o i i , A r c t b i f p o de Can bray , a qual fe ter-
m i n o u f i n a l m e n t e e m R o m a , d e p o i s d-as agres controvcrfias q u e r e f e r e m
o s H i í t o n a d o r e s . E n t a ó p ô d e m u i t o b e m ter n o t i c i a f e haver l i d o B o u f -
fuêt a G r c o f i o L o p e s , e d e p o i s e m fua e x p o f i ç a õ l e j u i r o P l a n o d e i -
te V e n e r á v e l , o c c u l t a n d o , c o m o b o m Francez , a f o n t e H e f p a n h o l a d a
o n d e t o m o u a idéa. S e m p r e , o s Francezes , foraó u f u r a a d o r e i a m b i c i ó -
los das glorias Hcfpanhelas.
(«;
e o m propriedade. M u i t o me agrada efte penfamento , e
mais me agradaria fe o houveíTe a m p l i a d o até ao Capitu-
l o X I X . , em o qual houvera p r o c e d i d o mais açorde c o m
feu d i é t a m e , e fua d i v i l a õ de t e m p o s houvera i à h i d o mais
regular em as d i í t a n c i a s , e mais c o n f o r m e aos notáveis
acontecimentos da Igreja. o ' • • ' . "
Se efte infigne Parroco houveíTe viílo os fucceííos in-
f e l i z e s de noíTos dias , acâío huma de fuas É p o c a s teria
principiado d e f d e o Capitulo X I I . , e explicado c o m ,el-
les os enigmas do Capitulo X I I I . N a õ f o r a õ inimigos mais
cruéis da Igreja; D i o c l e c i a n o , M a x i m i a n o H e r c ú l e o , G a -
lério M a x i m i n o , nem J u l i a n o , que o he ao prelente N a -
poleaõ Bonaparte: nem nas hiftorias daquelles Imperado-
res se lêm taõ p o u c o acontecimentos que fejaõ taõ análo-
g o s acs .que annuncía S / J o a õ liefte C a p i t u l o , c o m o o s
que eftamos v o a d o na perigrina hiítoria deite T y r a n n o .
P o r q u e , p o i s , d i r e m o s que o s feitos fanguinarios daquej r
Jes faõ objeátos mais d i g n o s defta P r o f e c i a , que as eipan-
tofas crueldades de N a p o l e a õ ? A s Profecias d o A p o c a l j v
pfe naõ fe limitaó aos acontecimentos dos primeiros i e -
c u l o s d o Chriftianifmo; difcorrem por t o d o s os grandes
•flicóéíP»«* da I g r e j a , difle o Padre S a n t o A g o f t i n h o , ( f )
até ao fim d o M u n d o em que voltará Jefu C h r i í -
t o a julgar as acções de todos os h o m e n s . E na verdade
qiie temos fobrados m o t i v o s para pôr os d o tempo pre-
lente ao lado dos maiores , e mais acima de muitos que
obtiveraõ a qualificaçaõ de grandes.
Porém deixemos a cada huma das opiniões em fua
merecida e l t i m i ç á õ , e demos a feus A u t h o r e s a h o n r a ,
e a p p l a u f o , que taõ dignamente adquiríraõ c o m o eítu-
do , e a meditaçaó. E l l e s , ainda que por diftinctos rti-
jnos , nos ábríraõ c o m í u m m o trabalho os caminhos mais

Líber Aporalypíis e n u m lioc tem pus compléóHtur qur>d a primo


ad vttiitu Cliriíii , ufque i;i laeculoruni finem quo crit lecundus ejus ad
vciuu? t x c u i / ' \ D e Civit. Dei lib. 2. cap. 2.
t 7 )
f é g u r ó s ' d a interpretação deite Ltvro Tnyíterioío, e nós al-
lumiáraó c o m as tochas mais ou menos brilhantes de lua-s
e x p l i c a ç õ e s ; para que nós feguindo luas luzes p o l í a m o s
evitar os precipícios de 'huma jfiniftra ¿HCelligencia.
E'u , -pois meditando a l g u m a s v e e e s libbre,,a.direcção
d ó s rtiais commuFiíj oonvenho: -que ¡ t ô d o s vaõ a terminar
no verdadeiro - é h j & â o - deftes ifagrados v a t i c i n i o s , ;e por
tanto creio que lem violencia alguma p o d e m o s JtonciÜat
o s diveVlos Planos das o p i n i õ e s mais -plaufivoeif. -Gsíàaptos
P a d r e s , e Expolitores a n t i g o s falláraõ commuminente d o
A n t i - C i i r i f t o c o m o o b j e é t o principaliflimo d e l j e s , e os in-
terpretes m o d e r n o s le detiveraõ na d e f c r i p ç a õ dos T y r a n -
nos q u e p e r f e g u í r a õ a Igreja annunciados c o m elle e m
huns meftnos e m b l e m a s , e palavras c o m o figuras infignes
deite réprobo. O m e f m o . S . J o a õ e f e r e v e o , ( 6 ) q u e em leu
t e m p o h a v i a ó m u i t o s A n t i - C h r i f t o s , c h a i m n d o taes a quan-
t o s imitaõ na i m p i e d a d e , e tyrannia a elle C o r i f e o dos ini-
m i g o s d o n o m e ChriftaÕ. N a õ he , p o i s , huma coufa n o -
v a na Eícritura Santa annunciar debaixo de huma m e f m a
f i g u r a , e c o m humas meftnas palavras d i l t i n f t o s f e i t o s , e
peííoas.
Jefu C h r i f t o , cabeça de todos os Juftos eíteve repre-
fentado nos mais infignes que o precedêraõ , e naõ rr..a
v e z annunciado c o m o o b j e f t o mais principal nas palavras
que o O r á c u l o D i v i n o d i r i g i ó immediatamente a alguns
delles. T a m b é m difeorro que alfim c o m o os Julios das
idades mais próximas á vinda d o M e l l i a s , o figuráraõ c o m
mais propriedade , e fepielhança que os a n t i g o s , c nenhum
tanto c o m o feu Precurfor i m m e d i a t o ; alfim N a p o l e a õ mais
p r o x i m o que o u t r o s tyrannos , ao menos e m mil annos ,
ao A n t i - C h r i í l o , o reprefenta c o m mais v i v e z a , e proprie-
dade que nenhum, d o s antigos. E e í t a , e naõ o u t r a , h e ,
a meu ver , a caula d e que a elle T y r a n n o fe a c c o m m o -
dem mais felizmente que aos p a l i a d o s , tedas as circunl-
tancias que refere S. J o a o nos E n blerras dtíla Profecía.

(é) Epiit. I. Cap. J. v. »8.


(8)
P o r é m , L e i t o r meu , fe naõ te agrada eíta c o m b i n a -
çad de o p i n i õ e s , nem a a p p l i c a ç a õ que tenho f e i t o da
grande befta a N a p o l e a õ , ou te defgofta o e f t i l l o , e me-
t h o d o c o m que e x p l i c o eíte C a p i t u l o , c o r r i g e , e melhora
fem malicia o que naõ for d o teu p r a z e r , e d i z e - m o c o m
caridade para minha inftrucçaÕ, e emenda j mas fe de t o -
d o eíle papel houver alguma coufa que te a g r a d e , bem-
d i z a D e o s , que he o ú n i c o a quem fe d e v e toda a h o n -
ra, louvor, c gloria.
( 9 )

C O P I A

D O

C A P I T U L O XIII. D O APOCALYPSE ,

Secundo a Traducçaó do Illuílrijfimo e Revercndiflimo Padre


F i ü p p e ¿¡cio de S. M i g u e l , Bifpo dc Segovia.

Verso i. Fi f a l i r do Mar htm a bejla que tinha


fete Cabeças , e dez Cornos , e fobre feur
Cornos dez Coroas , e fobre fuas cabeças
nomes de blasfêmias.
2. ° E a befta que vi era femelhante a hum
Leopardo , e feus pe's como pés de Urfo y

e fua boca como boca de Leão. E lhe deo


o DragaÕ feu poder, e grande força.
3.0 E vi hum a de fuas cabeças como ferida de
morte: e foi curada fua ferida mortal. E
f e maravilhou toda a terra apoz da befta.
0
4. E adorarão ao DragaÕ que deo poder d
befta , dizendo : Ou cm ha femelhante d
befta ? E quem poderá combater com ella ?
0
5. E lhe foi dada boca com que dirá palavras
de altivez, e hl as famas : E lhe foi da-
do poder de fazer aquillo quarenta e
dois mezes.
6.° E abri o fua boca em blasfêmia contra,
Deos 7
( )
Beos, para blasfemar feit Nome , e feu
Tabeniacuh, e aos que mor ao no Ceo.
0
7. E lhe foi daclo que fiz? Te guerra aos San-
tos, e que os venceffe. E lhe foi dado
poder fobre toda Tribu , e Povo , e Lin-
gua , e Niçao.
8. 5 E o adoraraõ todos os moradores da terra'.
aquelles cujos nomes naõ efiaÔ efcritos 110
Livro da vida do Cordeiro que foi morto
defde o princípio do Mundo.
0
9. Se alguém tem orelhas, oiça.
10. O que fizer a outro Efcravo , em escra-
vidão acabará : quem com efpada matar ,
com efpada he precifo que morra. Aqui
; ejld a paciência, e a f é dos Santos.
i r. E vi outra- b:fia que fubia da terra , e
que tinhi dois Comos femelhantes aos do
Cordeiro, mas f aliava como o DragaÔ.
Éhf
11. E exercia todo o poder da primeira bef-
ta em fua prefença: e fez que a terra,
e feus moradores adorajfem a primeira
befia y cuja ferida mortal foi curada.
13.- E fez grandes maravilhas , de maneira
que ainda fogo fazia defcer do Ceo d
terra d vi/l 1 dos homens.
14. E enganou aos moradores da terra com os
prodígios que fe lhe permittíraõ fazer
diante da befia , dizendo aos moradores da
terra , que tenhaõ- a figura da befia , que
tem a ferida de efpada, e viveo.
15.°
(»)
E lhe foi dado que conmumccjf ? efpirilo
d figura da bejla , e que falle a figurtt
da befia : e que Jejao mortos todos aquel-
les que naS adorarem a figura da bejla.
E a todos os homens pequenos, e gran-
des , ricos, e pobres, livres , e Jervos
fará ter hum final em fita mao direita,
ou em finai frentes.
E que nenhum pojfia comprar, r« vender
fienao aquelle que tem o final, cz/ nome
da bejla, 0 número de fieu nome.
Aqui ha Sabedoria. Quem tem intelUgen-
cia calcule o número da bejla: porque he
número de homem : e o número delia fieis-
centos e fitjfevta e feis.

B ii EX-
(I»>

EXPOSIÇÃO LITTERAL
DESTE CAPITULO.

V e r f o x. •E
Vi huma bejia que em feu nafcimento
f o i , coino rodas as creaturas humanas, l i v r e , racional e
íèmelhíiícé á imagem fubftartcial de D e o s , por cujos m é -
ritos foi também e l e v a d a , nas agoas d o b a p t i í m o , á alta
dignidade de filha fua adoptiva ; mas ella c o m horrível
ingratidão defprezou eftas honras D i v i n a s , quiz comparar-
íe ás beftas que naó tem entendimento e f e g u i n d o em tu-
do feu3 brutíies appetites fe fez femelhante a ellas. V i ,
pois , que efta befta fahia do mar que rodêa huma peque-
na Ilha d o T i r r e n o , ( 7 ) chamada Corfega , e tinha jete
cabeças, e dez cornos , e fobre -os cornos dez coroas. E:n
huma cabeça , q ie era c o . n o a mais natural , e própria
da beíla tinha quatro cornos coroados que demonftravaõ
outras tantas potetlades ftipremas , de que fe fez d o n o c o m
a aftucía , e a violência no Continente da Europa : a
F r a n ç a , a I t a l i a , ou l l é p u b l i c a C i f à l p i n a , a Gênova 3 e a
Veneza. As outras feis cabeças que nafciaò c o m o de feus
d o i s cofiados tinhaS cada huma outra haíle c o m fua co-
roa , as quaes erao outros ramos de fua familia a quem
c o m iguaes , e maiores injuftiças fez Príncipes em diftin-
élas P r o v í n c i a s , e R e i n o s c o m o Hollanda , Westfalia , Ba-
vie-
( 7 ) Mar T i r r e n o chamai) os G e o g r a f o s ao que fe efteiidc d e f d e a
Calabria á Sicilia até ás Curtas Hefpanliollas d o Mediterrâneo , porém
rigorofairrente Mar T i r r e n o , ou I.iferno , dilfe Flores e m fua clave G e o -
gwfica , lis o q u e medeia entre a T o f c a u a , e a C o i í e g a , e detce até
i Sitilk.
( x3 )
viera , N á p o l e s , P o r t u g a l , e Hefpanha. Sobre todas ejlas
cabeças ejlavaõ efcritos nomet de blasfêmias , porque á
grãa befta fc attribuia hum p o d e r abloluto , i l l i m i t a d o , e
independente para obrar , e outras p e r f e i ç õ e s , que faó
p r ó p r i a s , e privativas d o Ser Supremo.
2.° E a besta que vi era femelhante a hum Leopar-
do , em cuja variedade de m a n c h a s , e cores eftava íigni-
ficada a facilidade c o m que a aftuta befta fe a c c o m m o d a -
va á obferyancia das diverfas S e i t a s , e R e l i g i õ e s que fe-
g u e m os h o m e n s , f e g u n d o era conveniente para confeguir
feus depravados intentos. H u m a s v e z e s parecia M u l u l m a -
n o entie o s M a h o m e t a n o s : outras hum z e l o f o R a b b i n o nas
S y n a g o g a s : ante o primeiro Vigário de Jeíii Chrifto pa-
recia ler hum perfeito C a t h o l i c o , e o mais o b e d i e n t e fi-
l h o da Igreja Apoílolica Romana : entre c s Lu t hera n o s ,
C a l v i n i f t a s , e outros Se&arios mofava de muitos artigos
que c r ê , e enfina a Santa Igreja Çatljolica , e dos princi-
paes p o n t o s de lua venerável d i f e i p l i n a : e entre o s a b o -
mináveis Deiftas , e Materialiftas fallava com í m p i o def-
prezo da immortalidade da alma , da ReíurreiçaÕ, e caí-
t i g o eterno d o s máos. Aílim andava a horrenda befta en-
tre h u m a s , e outras g e n t e s , defeubrindo f u c c e l f i v r m e n t e
as diverlãs manchas de fua pelle. M a s quando a n d a v a ,
J,eus pés erao como pés deUrJ*, mui parecidos certamen-
te ás plantas h u m a n a s , pois á maneira que fsbia fingir
a efpecie de religião que mais lhe convinha a d o p t a r , af-
fedtava igualmente em feus procedimenios muitas virtudes
m o r a e s , que faõ próprias dos homens b o n s ; huma verda-
deira a m i z a d e , defejos de p a z , a felicidade d o s h o m e n « ,
e a profperidade de feus a m i g o s , e a l l i a d o s ; p o r é m cora
eftes paíTos, ao parecer taõ h u m a n o s , quando o j u l g a v a
o p p o r t u n o , obrava fubitamente c o m o o U r f o , c o m a maior
v i o l ê n c i a , d e s h u m a n i d a d e , e fereza. Efua boca era coma
boca de Lea 5- devorava cruelmente . . R e i n o s , e Províncias
inteiras, f e m . c o m p a d e c e r - f e jamais dos l a m e n t o s , e q u e i -
xumes das infelices V i & i m a s mas á maneira d o L e a õ naô
tia-
X 14 )
trtgava â befta todos os dèípôjos de Tuas grandes p r e z a s ,
deixada dellas vários p e d a ç o s , para que os comeílem ou-
tras féras de fua caíhi , e fequito. E para que o m o nitro
podeíte caufar eítes horriveis eítragos em tantos p ó v o s , e
e m taõ diveríos P a i z e s , lhe deo o DragaÕ infernal, per-
mittindo-o D e o s , para caítigar muitos d e l i d o s dos h o m e n s ,
fiu poder, e grande forca.
0
E vi huma de fuás Cabeças como ferida de nun''
te. Ella cabeça era o mefmo R e i n o da F r a n ç a , que nos
princípios da fuá efparitòfa revolução , e íingularmenre no
tempo dp terrorifmO, e da dorn inação de Robespierre ef-
teve 1 mui d i v i d i d o em íi mefmo \ fem ordem , e padecendo
convulçoe? taõ horríveis , que hom-era lido certamente
delToiacto , e f e i t o d e f p o j o de féus i n i m i g o s que por todas
as paites o c e r c a v a õ , e combatiaõ. M a s nelte m e f m o tem-
p o em que a f e n d a parecia inturarel , voltou a beíta d o
E g y p t o aonde havi'a i d o pelejar c o m outras f é r a s , c o n h e -
c e o a debilidade do : gloverno e c o m maravilhoía intrepi-
d e z , e manha fe apoderou do mando da R é p u b i i c a , fal-
l o u imperioíamente, e principiou a governalla c o m o ti-
tulo de Primeiro C o n f u l , d e o nova forma a todas as c o u -
f a s , celtruio d i v e r f o s pártidos , reunio as vontades d o s
C i d a d ã o s , organizou o s E x é r c i t o s , e iilipôz muito refpei-
t o y e metió aos i n i m i g o s m c e r n o s , -e e x t e r n o s , e delta for-
te foi curada fua ferida mortal, e fe maravilhou toda a
terra, quando vio eíta cura ta6 extraordinaria , e prodi-
g i o f a : e todos iaõ apoz> da befla , celebrando c o m admi-
rações feu muito poder , fabedoria , e deítreza.
4 . 0 A pòuca R e l i g i ã o de íeus néfcios a d m i r a d o r e s ,
e a exceífiva : àdulaçaõ de leüs Panegyriítas o s levou ao ex-
tremo de celebrar também os v i c i o s , e as injuítiças da bef-
ta : veneravaõ fua ajtiva f o b e r b a , fua deteítavel a í t u c i a , e
fua fereza c o m o dotes mais que humanos ou perfeições
divinas ; e deite rhodo vieraõ a adorar , e adorárao ¿éga-
niente ao DragaS, que d e o ipoddr á beíta, d o qual c o m o
o r i g e m procede a tyrannía, a aítucia, e a f o b e r b a ; p e l o
c- . que
(i*)
que fe diífe no L i v r o de J o b . ( 8 ) que foi coníUtqido",
defde o p r i n c í p i o , C h é f e fupremo , ou R e i fohre todos os
filhos da foberba. E adordraõ tambçm a befa c o m o , a hu-
ma coufa divina , d i z e n d o ; quim ba.Jcmcíbavtc d befa ?
N i n g u é m defender-nos c o m o e l l a : feu .valor, lua forca ir-
n?fiílivel, e fuá grande fabedoria o fazem d i g n o de que
feja lempre o nolTo C h é f e I u p r e m o , e de que ie perpetue
n è l l e , c cm leus delccndentes a authoridade fuprema. E
quem poderá pelejar ctm a befa i taÔ cheia de p o d e r , e
authoridade , que até , c h e i o s de temor , os Principes das
P o t e n c i a s v i í j n h a s , o l h a v a o já c o m o próxima a fuá ruina.
5" c E ñeñe t e m p o Ibe foi dada também Loca , e 1 ín-
gua para fallar, e efetivamente faliava c o m muita m a g e f -
tade cou fas grandes , e x p r e f s e e s e n f a t i c a s , e e l e g a n t e s , e
cheias de arrogancia , e a l t i v e z : e em m e i o de Iras pa-
lavras miltuiava militas blasfemias contn 5 as coufas Sani-
tas , interpretando ç o m impiedade a Santa Lei de D é o s ,
e torcendo c o m violencia muitas Sentenças do E v a n g e l h o ,
applicando-as em hum f e n t i d o mui contrario ás intenções
de leu D i v i n o Author. Porém D e o s que aborrece loore-
maneira aos blasfemos , e foberbos c o m o o v i m o s nos c a f -
t i g o s dos R e i s S e n n a c h e r i b , N a b u c o , e Balthalar naõ ha
querido foffrer por muito t e m p o fuas blasfemias horroro-
fas , nem fua inchada foberba. E lhe deo poder para que
obrajfe com e f a altivez , defpotijmo, e tyrannia quaren-
ta e dois mezes , e nada . m a i s ; cujo t e m p o foi também
ítlTignalado a outros tyrannos mui femelhantes á bella , c o -
m o foraò A n t i c c o E p i f a n e s , fegundo lemos no L i v r o San-
t o de D a n i e l , ( 9 ) a D i o c l e c i a n o , V a l e r i a n o , M a x i m i n o ,
L i c í n i o , c Juliano o a p o l l a r a , c o m o dizem as hiílorias das
p e r f e g u i ç õ e s da Igreja. ( i o ) D e v e , p o i s , netar-fe que c i -
ta beíla de quem fallamos , foi coroada , e enthronizada
folemnemente em 2 de D e z e m b r o de 1 8 0 4 , e p r o c l a m a d a
em os- dias immediatos nas P r o v i n c i a s , ou D e p a r t a m e n t o s
da

( ¡ 0 C a p . 6 1 . v. 25. ( s O C ' p . J2. C ' ° ) Ç a l m e t , e C i e g o d - j L u p t s . hic.


( 16 $

da F r a n ç a ; e que em J u n h o de 1808, quando feus Exér-


citos entravao deílblando as A n d a l u z i a s , fe cumprirão o s
4 1 m ç z e s , ou o tempo, aflignalado pela Divina Providen-
cia a feu tyrannico poder , e cruéis triunfos : e c o m eftei-
to defde aquelle tempo 'cefsáraò as fuas vi&orias , feus
Exércitos fe tem apoderado d o t e r r o r , e delde entaó ve-
m o s que vao foffrendo derrotas em todas as P r o v i n d a s de
Hefpanha , e P o r t u g a l ; fuas forças rerreftres, e marítimas
fe aníiiquillaÓ por momentos , e feus c é g o s alliados vaó
f e n d o participantes d e feus proprios males.
6 . ° M a s defde o dia em que a belta f o i c o l l o c a d a
n o T h r o n o da França , e fe vio exaltada ao g r á o mais
eminente de poder que c o n h e c e m o s na terra, d e f c o b r i o
fem rebuço algum toda a fua i m p i e d a d e , e ahrio J'ua bo*
ca em blasfêmias contra Deos ; o que fazia a obcecada
beíta nao fómenie de palavras, lenao também por e f c r i t o ,
e mais frequentemente c o m os defejos , e a intenção: também
•blasfemava em feus f u b d i t o s , c o m p r a z e n d o - l e muito c o m
os que eraõ inimigos de D e o s , aos quaes c o m o leu máo
e x e m p l o dava occafiaõ e licença para blasfemar leu San-
to N o m e , c o m o diífe de D a v i d o Profeta N a t a n : » . t u a
elcandalofa cor.dudta tem fido caufa de que tenhaõ murmu-
)) rado , ou blasfemado de D e o s feus inimigos. » ( 1 1 ) S e m
temor algum nem referva rallavaõ já publicamente o s ini-
migos da R e l i g i ã o Catholica R o m a n a , eícarnecendo c o m o
a befta feus D o g m a s , e Doutrina Santa , delprezando o
Divino Tabernaculo aonde habita real , e corporalmente
o F i l h o E t e r n o de D e o s v i v o , e derribando d o s Altares
as imagens Sacrofantas daquciles que moraÓ no Ceo.
7 . ® E também lhe foi dado poder para que fizijfe
guerra aos Santos, e os venceffe; ilto he , aos C h r i í t ã o s ,
*e aos Vaífallos de outros Reis , que viviaõ q u i e t a , c pa-
cificamente debaixo da f u a v e , e jufta dominaçaõ de feus
legítimos Soberanos ; ficáraõ, p o i s . v e n c i d o s , e derrota-
dos

0 0 *• Cap. '4*
]l
( 7 )
dós'mu¡ros Principes d á í E u r o p a , f e u s E x é r c i t o s por f o r ç a ,
ou c o m vil aílucia , o c c u p i r a ó innunr.eraveis P t c v i n c i a s , e
a be ña eftendeó Jeu poder , e d c m i n s ç a õ tyrannica fobre
teda a Tribit, e Povo, e 1ingua , e blafao da parte mais
cuka , e poderofa d o M u n d o .
y. E o adorara* todos os moradores da terra , nao
os boiis Cliriítaos , nem o s h o m e n s h e r r a d o s ; fenad os
m á o s , os í m p i o s , o s eípirites d é b e i s , e inccnñantes cujos
nomes nao ejiao ejeritos no Livro da vida do Cordeiro,
que foi morto entre as íoir.bias e figuras dos antigos fa-
crificios , dej'de o principio do Mundo.
y . ° Porém v ó s - o u t r o s , homens iíluflrados, e . v i i t u o f o s
que aborreceis a mentira , a i n i q u i d a d e , e a perfidia, ain-
da que eftejaó cobertas c e m , os eíplendores d o T L i o n o , e
a p o m p a d o manto imperial nao acrediteis que o fer Su-
p r e m o verá c o m indifrerença t a 0 a t r o 7 e s . c i i i r . e s , ou que
i'ua juítiça i n e x h o i a v e l nao caftigará- para efearmento de
muitos taõ efcandalolas a b o m i n a ç õ e s : vós-Outrí>s principal-
m e n t e , oh C h r i í l ã o s , cujas orelhas abrió o Sagrado M i -
niltro em o b a p t i f m o c o m a f a l i v a myíteriola , para que p o -
deííeis ouvir as D i v i n a s R e v e l a ç õ e s , e crer feus innefaveis
m y iberios, ouvi .fe ainda con fervaes abertas voJJ'a.s orelhas,
iltp 1¡C'!, a fé fobrenatural que erítaõ.fe v o s i n f u n d i o , ouvi
a Sentença irrevogável que tem decretado o E t e r n o , o
Immutavel , o O m n i p o t e n t e , o Jufto contra a bella hor-
renda que fe attreveo a -pôr luas iniquas mãos lobre feus
U n g i d o s , e manchar feu T a b e r n á c u l o e a levantar fuá
o r g u l h o í a f r o n t e , e v o z lacrilega contra o Ceo< .
i o . O que fizer a cutro ejeravo , em eferavidao aca-
bará : e quem com ejpada matar, com ejpada he precifo
que morra. C a t i v e i r o , e morte faõ as penas que eítaó de-
cretadas no. C e o contra o T y r a n n o d o M u n d o . Eíte lu-
gar h e o único da Santa Biblia aonde íe lê a primeira
parte delta Sentença , e m e parece que nella fe nos quer
fígnificar a fumma injuítiça , a horrível perfidia c o m que
N a p o l e a õ tem f e i t o C a t i v o feu ao i n n o c e n t e , ao arnavel,
C ao
( i8 )
ao verdadeiro R e i Cátholico das H e f p a n h a s Fernando V H .
á injuita, a facrilega , e eleindaiòfa oppreüaõ. d o Primei-
ro Vigário de Jefu Chriflb o Papa Pio VII. o Pacifico.
Cativeiros execráveis, que carecem de e x e m p l o nas hiltor
rias attendidas as circuftancias dc a m i z a d e , e b e n e f i c i e m ,
ingênua com que haviaó honrado conftantemasnte a d e l c c -
nhecida beíta eítas duas Columnas da R e l i g i ã o Catholica.
E d a horrível ingratidaõ, e negra perfídia, nunca conimet-
tida entre puros h o m e n s , haõ elevado até ao fummo eíla
efpecie de deliétos ; ou c o m o dilfe S. J o ã o em outro Ca-
p i t u l o : ( 1 2 ) eíles peccados tem c h e g a d o até ao C e o •>
D e o s tem chamado a j u í z o eftas raras iniquidades taõ fin-
gularmente monítruoías, e tem decretado contra a delin-
quente beíta huma Sentença particular que nunca havia pro-
ferido . O que fi-ztr a outro eferavo em eferavidao acaba-
rá. Depois conv-e:'i também que íeja cumprida a outra
parte da Sentença D i v i n a : quem com efpada matar, com
efpada be precífa que morra; a qual pronunciou D e o s a
primeira vez faílando com N o é ao fahir da arca c o m fua
familia. ( 1 5 ) A mefma que repetio Jefu Chriílo fallando
Com S. Pedro , e agora noviífiiiíámente o Evangeliíta Sao
J o ã o , fallando contra a beíta. E m feu cumprimento: me
parece que eftou já vendo a Napoleão, agitado da. negra
cólera, e lua trémula maõ armada de hum inftrumento.de
morte para privur-ie de huma vida que deve fer aborreci-
da até de fi meíino. C o n v é m , p o i s , que feja derramado
feu fangue c o m o o de outros tyrannos ; que derramara©
taõ cruelmente c o m o elle o fangne humano. Aqui , pois ,
em o infallivel cumprimento delia Sentença Divina eftá apoia-
da a paciência , o foífrimento ; e a confiança dos Santos,
e homens b o n s , aos quaes tem mortificado a belta c o m
luas crueldades, e guerras injuftas, e tyrannas. Oxalá -que
noíTos peccados naó retarde:« o cumprimento' deita Sen-
tença , ou que nolfa ingratidaõ, e pouca v e n e r a ç a õ a o D e o s

( u ) Apotafyp. 18. V. j. (|}> Geil. 9. v. 6.


( 19 í
d o s E x é r c i t o s nao nos e n v o l v a entíe as d e f g r a ç a s , c caf-
t i g o s f u l m i n a d o s contra a beíla , e feus adoradores.
I I . E vi outra bejia que J'ubia da terra, illo h e ,
do> c o n t i n e n t e , differente da primeira que fahio d o m a r ,
o u da Ilha j á m e n c i o n a d a , e que tinha dois cornos Jcmc-
Ibantes aos do Cordeiro, naõ q u a l q u e r , fenaõ do Cordeiro
D i vino que tira os pcccados d o M u n d o : cm cujos coimos ,
íegundo a frafe da Efcritura , .eítá íignificada a Poteítade
E í p i r i t u a l , / { 1 4 ) que eítabeleceo Jelu Chrifto n o R e i n o
de lua I g r e j a , e conferio i ò l e m n e m e n t e a íeus M i n i í t r o s ¿
ímgularmente aos B r f p o s , em os quaes refide a D i v i n a Po-
teítade affini de o r d e m , c o m o de j u r i s d i c ç a õ , d e b a i x o da
a u t h o r i d a d e , e g o v e r n o d o Pontifice R o n ano , C a b e ç a Vi-'
fivel da meíma Igreja. Eíte he na verdade o c o r n o , ou a
Fóteftade Saudavel que erigió o Senhor na Cafa de D a v i d
feu f e r v o , c o m o cantou Z a c a r i a s , Pai cio B a p i i f t a , ( 1 5 )
quando celebrava o cumprimento daquelle Gracílio d ò Pro-
freta : i!luc producam cornu David ; paravi lucernam
Chrifto meo r ( r ó ) Q u e r , pois fígnificar-nos o Profeta da
L e i d a ; G r a ç a neíta f e g u r d a Beíta hum B i í p o d a Igreja
C à t h o l i c â , legitimamente c o n f a g r a d o , h u m Paítor da prif
meira $rdem , que c o m péle de O v e l h a occuita a fereza de
f e u c o r a ç a õ , q u e trocando inteiramente leus ófticios paito-
raes fe occuparia em ajudar c o m íeus malignos co.nfeJhos;
e fuggeítões a primeira beíta , para que mais facilmente
cortfeguifle íeus depravados i n t e n t o s , p e l o que continúa o
'Profeta que faltava como o DrtrgaÕ, de quem rccebeo leu
«iníquo poder c o m o -a. ourra beíta. Por eíta. caufa chamava
o Padre S. Ireneo á eíta íegunda beíta hyperajpijks, ou
E f c u d e i r o da primeira. T a l he propriamente o pérfido
'Bifpo , o vil apoftata Talleyrand, M i n i f l r o das R e l a ç õ e s
"Exteriores d o Imperador JSapioleaÕ , beíta terreítré , . a
q u e m -adequadamente c o n v é m quanto delia f e g u e d i z e n d o
-o S a g r a d o T e x t o .
G ii < j2.
— : ! "
(14) Maldon. in LUC. Cap. J.v. 69. (15) Luc, ubi l'upra. (ií.) lTsiiu i j r ,
( * D )
; 12. E exercia toda o poder da prhniira befla c% fua
f r e J e i í ^ r i Á M virtude da muita con r i.i,n-a x]iao fazia deita le-
g a n la a primeira , á qual c o n n amátente encarregava efta a
execução d o s planos , e projectos , que fe haytaõ me.diíadièí,
e acordado entre as dius. E fez .qxe. a terra':, «¡Ifè.us mjfy
radares adorarem a pr insira bsftaç a cujas vis a d o r a ç l é i
deráo princípio os Francazes > q u i t i d o ; pelos c o n f e l h o s ,; e
p e r f u i s o é j da bsílà í e g u n i a d e p o f u á r a ó na outra' a Potes-
tade hiprema .coiftituiiido.-a e à b e ç i d e ; p l t a N a ç a o , q á á
já c o m á l d e u o ninaçitónde Primeiro G o a fui , fena& ç o m . Q
muito .alto , e- mageíLafo titulo d e Imperador/. « A Fr^ti r
» ça , cuja feri d i mortal, foi cúrala p e l o Grande Najx>-
»» í e a ô , quando eftava próxima a fallecer e n t r e - as f a c ç õ e s
»> (-.inguinarias da.mais. horrorofa a'mrquia , d e v e - í u a e.x-ift
»>• t e n c i a , e faude á fua fabedoría a d m i r a v e l , e-irrefiítiverl
» » f o r ç a . A confeiw-içaó da Pátria depende hsrje.dpftô gC-
» ifiio verdadeiramente d i v i n o , e elle fcS , adminiftran-çlo
»» c o n o Imperador a authoridade íuprema , p ô d e - e l e v a f
»» eftá'grande N a ç a ã . a lui n gruo de pod-er e -gloria- á dp
»» t o l o s os Imperios* que tem c o n h e c i d o o M U J U Í Q . » Air
•fim arengada defde as Tribunas o i n i q u o i T a l l e y r a n d ¿ g m
favor da fua adorada b e f t a . " 100 .' 4 m
i 13. E fez. gr a tiles maravilhas c o m . e í l e s , e -outroç
diieurlos femelhantes para confirmar a N a p o l e a õ em fua
premeditada d i g n i d a d e , imperialJ N a ó deixoii fua aftucia
«neio algum que nap- pozerffe/em: m o v i m e n t o a t é . ç o n f e -
tguir os votos.'^ e-.ólner o-.tfonfencinrsnto da multidaõ ,em
.que abunda v a l i demaílado os - néícios , as . almas débeis
icoraçóes c o r r o m p i d o s , e efpiritos allucinadõs. M a s e m
« f i m T e m p r e deve admira rife c o m o hum: p r o d i g i o . , . q u e . P
P o v o E r i n c e z , que acabava de derramar c o m a m^ior
«crueldade 1 o langue , d e Ifeu l e g i t i m o S o b e r a n o ; fecolvid.af-
'íbf taõ depreíTa dd, leu - ínti n o aborrecimento aos. M o n a r -
c a s ; e elegeíle para Imperador feu a lima aventureiro , de
nafcimento o b f c u r o , a Inrn inrrufo , ao m o n f t r o fanguina-
rio qtnr-fahio da Corfèga. N e m - f o i - m e n o r o p r o d i g i o que
obrau
IM f
cíjÍOU tambein „-.efla íegun^a. befla , q u a n d o a b u f a n d o das
logradas Scjencias a j u d o u .com cilas ao h o r r i v e l m c r i t r o
p a r a que .ao P a p ? Pio V I L , f a ^ d o - l h e crer

jianjíliiiios!, ¡era- h u m -/.clolo d c t c n l o r da R c J ^ i a o x ^ j í t a ,


è 'que feria mais conftantc. p r o t c é l o r d?. Sé. A p o i l o l i q a , íe
S . S a n i d a d e c . q n d e f ç ; e n d e n d o a . fuas h u n ^ d e s í i i p p l i c a s , íc
digna (Tc de paliar á Capital; da F r a n ç a , para u n g i l o c o m
o Qleoi8ant$). X R Õ . a f t y ^ w i f f § g a ? e s c f p ^ , a s r a ^ c e i . q i j e
dug.gfirio a J p g u n d a hçfta Ú L p r i n j s i r ^ £ t a & , as
spnónwflas .defta , e ç-ao ficara h y f c c r ^ ^ e ^ ^ s ^ u e ^ Ç -
íléraõ ie^uzir ao i n n o c c n t e Ç o r a ç a õ do Papa $ em cuj? ( g k -
-dofa alma havia t a n . b e m t o m a d o cr.taõ mcihpr r . l ü j g à ^ j i
•Candura e . f i n p e r i d a ^ ç - d o r > f j ^ { a, c a y ^ l a . ! f > , - e i , p r u j e n q ^ ,
È & i fim coip a d w i r a ç a o . j d o M u i ^ o : ; Í p g , r o y ;
iMJifiqueoo mfiírnp Pç&pfise &!?n]êWnrmíng$Si f°ài,
jTiaosiifacrpíahtas , f o , 0 ( T e n ! 3 Í V e v o . legiifirpq T l u o n o
dos Bourbons , e f o z e f i e febre íua cabeça a ^ugufta C o -
-roà de Carlos M a g f l p . Epta© vimos ,l?aix^E' : (iç C ç o a o
Efpirito,. Santo invoca.do P e l ° Papa••neíía. i a g r a d a Ccrejçfl?
•jiia, e ique deixo^ m o c a d a .jhbflfta M f i ^ è ^ S t ó i ®
o u politico d e I.mpefadcr Augufto U k lie M o o fogo
que. á fegimda bcfta entre íeus. vários prodígios fez dejeer
do Ceo á terra (verdadeiramente maldita, e réproba ) d
suifla dos homens. , . ,;.» 0.•. í ; ü . -¡o; •> •
,• • 14..UÍB:¡exg/iVM'M.m*r*/?orfs-<t4(iterrQ{)c/(tn efes pro-
<digio&qjie.Jjs d a j e f f a pois
maiveí:dade.qH?ndp ! : a vimos c o n f i a d a pela Cabeç;. \ i-
sivcl da Santa Igreja , e c o m o approvada , e ratificada
.com a Divina U n ç a õ . a -occupaçaõ d o Tl,ror,o da F r a n ç a ,
creo o M u n d o Chriftaò „ qve .Buona^artç; np.õ, era iá hum
.tyranno abortado d o . a b y í m t ^ f e j j a f i h ú m cnvfodo d e . D e o p
para proteger a fua Santa I g r e j a , íazer f e i r e s ; rós-.ljo-
.mens , dellruindo a tyrannia dos outros Príncipe? da terra.
E í l e penfamento enganou a m u i t o s , e os d i l p o z ps-raaup
facilmente condefcendeílem aos C o n l e l h ò s da íe£iinda bef-
- - - —;—— —f*-
(te}
t a , que exhortáva , e perfuadia a todos os'habitantes da
terra dizendo que tinhao a ibiagem , ou figura da befta
que t e v e virtude fcieríçiá 1 pára fazer vitorr fua '-principal
c a b i & - M ' a r t d Q eftath-ferida Wôrhlintéhté'}^rtió -ie diile-
r a aos Francezes: devemos abblir noffà antiga l e g i s l a ç ã o ,
q u e ;Hé Tammament^ reptigtò'rité'á liberdade humana , e á
d i g n i d a d e . dd P o v ò :1 coiiveni; que formemos outra mais
compatível c o m os direitos de Inima natureza r a c i o n a l , a
IÍ'\rré e' J hiais Wriforme aio'Jgifáívdé g ê n i o , -'ôu altos deli-
v n i o F d * 1 ígeíÃSradpí^dtf'MmSdôf 5 -Aflim' fc.deô p f t o o í p i o
"à f ó r m a ç a 6 y o ° t o l i ^ ò ; N a p o l e ã o , ao qual c o m toda a
propriedade fe pódé : chamar i m a g e m , e figtlra da b d t a ,
f o t o altfftí J dè ter feu prdftfio n o f h g , lie hütba expreifaó
do' fétt IJ enten4imenhi : y' e" huóia manifeftaçaõ de fuá v o t i w
'fcffiP í-áiaíPytónttkí 1 fámbeiiP SalUitttrô 'á etern.i Sa>-
V Í ü o f f i p ^ r e | í Í f l f u r i l R V ê l ; ' d á s ¥dÇáes%iftflBHi« )<'cíari>flímo
í / f p e l h o da Aíageftade ^ i v m a , e irttógerii da fua UufiMÍta
bondade. ( 1 7 )
15-, AnniiViciáda p o i s , ao' P o v o a formação d o n o v o C o -
% p r o c e d e o ,'1 éftarido j á a c o r d a d o s , e tftendidos féuS
C f o i t t r t ^ ò ò i ^ a r t ó y í s á W f t à s { á ^ " f o k i n n é publiaaçaât:
á W à l ; eace^ítaçáõ' ¿ e M -de todas luas Leis , ' l o g r o u
Talíeyránd dar e(pirito d imagem da befta , própria feitura
de fuas m ã o s , ou o que lie igual em í i g n i f i c a ç a õ , v a l o r ,
authoridade , e força de Lei ao C o d i g o N a p o l e a ó . D e f d e
éntaò 'principiou ;t iròngeitt^díT CodigO a fatiar i m p e r i o f a -
m e n t e , e os fubditos' o^efcrafds;'da*'beíta , que fad irnni-
i h e r a v e i s , a adorar ou venerar íüa figura oblèrvando c o m
t o d a a reverencia a nova legislaçaõ 3 fobpeiiá de f o f f r e r o
u l t i m o fupplicid', qiie indife&nvelmente padecia© quantos
refitliaô, ou fe negávaõ a véneralla. Àflim fe c u m p r i o l i t -
teraímente o qi(e l! diÍTe o S a g r a d o T e l t e m u n h o : que deo
e ¡piri to , ou vida d imagem tia befta v que fallajfe a
geni da befta ^e qiiV fe)a<) mortos todos aquellts que nao
tidb^affem à'imagem da befta.
• ;;; . gem
('n)
. l é . A mu-koc-rifco- fe e x p u n h a c ç r t s m c n t e quero n a õ
r e c o n h e c i a , e v e n e r a v a a a u t h o r i d a d c . fuprema de N a p o -
l e ã o , ou. n a ó apreciava as c o n í t i t u i ç c e s d o feu C ó d i g o .
Sobre a o b i e r v a n c i a deftes d o i s p o n t o s era m u i . z e l o í a a
g r a n d e befta j e l e u s v i s adoradores ,, principalmente o
Efeüdéjprofeta fczia.6 muitas p è f ^ ^ j ^ ^ e c w a v a ô ; 6 §
roajs "cruéis c a f t i g o s contra a ] g u n s ¡ / i ñ f r a ^ t í ¿ e a m u A t p s i - ^ e ?
y e m e n t e l u f p e i t o í o s , e n a õ p e y c o s c a l u m n i a d a s para e í p a -
l'har o t e r r o r , e o e í p a n t o por todas as P r o v i n c i a s d o I m -
perio , e o b r i g a r a t e d o s p r o m p t a m ç n t e a p r e f p e i t o , e
o b e d i e n c i a djo T y ramio. , Por /eft^s if.eips¡ J n i f t ú p s J f ¡ e ^ y j o j
l e n t o s , fizerao. ¡que tçdof, C ^ ^ Í W Í Í
ricos , e pobres , livres efjir$os livrem, bum final, em
Jua mao direita, ou em [fuá frente , o qual era c o m o h u m
i n d i c i o c e r t o de que v e n e r a v a õ o poder da b e f t a , c r e f p e i -
tavaõ fuas Leis. ,. _
17. C h e g o u , p o i s , a fazer-fe tao geral e ^ c e i f a r i a
a pratica de levar efta d i v i f a , ou. final í i g n i f i c a t i v o dq;
f u b m i í l a õ , e r e f p e i t o á befta , que ninguém pedia comprar
ou vender fenao aqueüe que tinha o final, cu neme da.
befa, ou o número do feu nome. D e tal m o d o c h e g o u a
e n v i l e c e r - | e toda a N.aç^õ F r a n c e z a , . q y f c , / i a p j á a f o r ç a
fenaõ a lifónja , e vaidade os o b r i g a v a á J e v / r a d i v i f a ,
o u caradler- de. feu n o v o . I m p e r a d o r . : b a i x e z a p e f t i l e n t e
que i n f i c i o n o u a o s na.turaes de o u t r o s R e i n o s , q u e i i m i -
taçaõ dos corrompidos Francezes , faziad oftentaçaõ c c m
h u m o r g u l h o infoflFriyel., de pertencerem á .gnande N a ç a õ .
C o m e f t e s vis artificios d e . a b ç m i n a v e l , c o b i ç a lograva õ e m
t o d a s as partes fazer m^is .vajitajofas fuas n e g o c i a ç õ e s , e
C o m m e r c i o . F i n a l m e n t e c h e g o u a taõ a l t o p c i i t ò nefta m a -
teria a tyrannia de N a p o l e ã o , que até as P o t e n c i a s neu-
traes ficáraõ privadas da liberdade e m feu C c n m e r c i o ,
•fenao fe f u j e i r a v a o a levar m W c a t é t e r de feu
nome. . •; o--tu'; ( : • -A se üj ¡ . ro
18. E f t e n o m e da befta. fie na v e r d a d e o mais e i c u r o ,
e m y f t e r i o í o dos. e m b l e m a s defte C a p i t u l o 5 , , p e l o q\\e cqny
or. " ' "' clue
( ¿4 )
due ò Trò^rV 'tem ht e Iii-
ferida ,, calcule o nihjierP'Wd'-beßa í porque he número de
ornem-' quer d r ä e r y n o d i & a n i e mais c o m m u a i d o s S á b i o s
cjue 0 'npme p r o p r i o dá befta ha de importar h u m nú-
m e r o d e f i n i d o ' , e f t e b'é • -fito'núftiiro- -feiséetitos c jeffenta
ê ^ M ^ P k n û g b s d Í W e ^ a Ô . qùe ' nefta beíta ma- ;
rínha efta' figurado1' o A r t t i - C h r i f l o , e q u e por efte nume- 1
ro le â h n u n c í a ju^itanVé'nte o n o m e 1 proprio defte peccador
âbóúiinaveí : tem c r i d ö qîle' elle h o m e m d o p e c c a d o eftá^
belcderá feu I m p é r i o n a P a l e f t i n a , o u T e r r a S a n t a , t dan-
30"de;m(iádlá u Íibérfladè ; á s ' é o n j e c l u r a s , naó duvidarão- á f J
firhíãr qúe a' relrgiaõ A Í a h o m e t a n â , q u e t é b l l i j i
carâ' fetr tfirôtià ' e'nf J e r u f a l e m " 1 e que« leu n o m e fera
M A O M E T Í ! ^ , , c o m o o d o primeiro c h é f e o u i n v e n t o r
deita barbara Seita. E f t e n o m e affim p r o n u n c i a d o i m p o r t a
o número feipcentu,, e fefíenta e feis que-'-difle S. J o a ö ,
f e g a t i d ò ^ V ^ i r r t f i é n ü m e r i f -das letras Gregàèí- A (fim é f c r e -
ve' o Rcverendifliínb 1 Padre S e i o em fuá T r a d u c ç a Õ C a f t e -
lhana da 'Santa Bíblia e n r h u m a nota qüe anda annexa- a o
fim defté C a p i t u l o , o n d e faz a d e m o n f t r a ç a ó íeguinte^:

H M 'VsflëP. (>^(¿4 p fcboî^-v^j.ivn*


11. IVth c Ijyra 6 «Vftgiidp ao p b a * «. s j a o f c i s à u n à
â J f i a M s q « g x i s d , :.ioór,v-.- { rpI. o-jo-t. fib >
^L • • • • • • « • • • • AÇ)
• ' .77
JLli • '\ •. ,
n . / í ab.-isp^ , ><J . a á & i g 10-nu, !
m » 0&vBt 3 qf eçi.-dn,. meO
0
r W r ç s i a r a n v n 8flQÍ&Ííifiv, ú f t t [ z & x s a •>?> t t ó o t
" í ' í : M b « oJn >7 ó i f $ o- • ß 0 0 3 d a D í n s m l s r i p f c T g i o i s m m o D
- < , ! •- ' ' ' J ( -S o m m a 666 ...... J

O s ExpoíTtores m ó d e r n o s c o m o B o u í T ú e t , C a l m e t y e
o u t r o s muitos q u e o s l e g u e m , crerão que p o r efta befta
efteve annuríèiado ' algúfti d o s mays^ cruéis Imperadores
e t h n i c o s que p e r f e g u í r a ó a ígreja de J e f u C h r i f t o ; bufeá^
iaÕ
( )
ra6 o n ú m e r o d o p j p p o í t o e n i g m a e m feus - n o m e s , e o
acháraô em D i o c l e c i a n o : d i z e m q u e feu v e r d a d e i r o n o m e
f o i D i o c l e s , e q u e fe a o n o m e ajuntarmos em latim Au-
gujtus, refulta d o valor de todas citas letras o n u m e r o f e i s -
c e n t o s e felfenta e féis , f e g u n d o a v i r t u d e d o s n ú m e r o s
r o m a n o s j c o m o o demonítra a conta f e g u i n t e :

D vale . . • • 9 • • . .,• • 5"oo


I . i
O. o.
C. •• k. •ii : 1J 1.4 • v—
lOO
. ". •i .. J -• .41• w:
•J c L
J
•50
E . • •• 4,• • V 1 • 9 . •

S .
A . 0
, tf.. . •• ê, t
5
G . »VI O l~ti' . * 0
-' - c
... u . '*(• ;J!.'| - • • • j • • • •
í Á *

, A - • • a « • • » Q
T . • . . « * * > « % • O
U . < n t w
.... •
f * *í\ * '• * ?
S.. * • .!».:-»; i ovi&cui
* «

23SOT 81; f, OÍl' -•moo c or Somma,


1 ... 666
. \ .. yhi o p i i Ofn ( m i ' i •
f V' 1 „ . V ' . . . *
A m b a s as E x p o í l ç c e s t e m o m e r e c i m e n t o d e f e r a g u -
d a s , e e n g e n h o f a s : oxalá q u e f o f l e m . i g u a l m e n t e f ó h d a s !
. A prijnein* f i n g e gfgunjas^ ç i r c u n f t a a c j a s f u m m a m e n t e arbi-
trarias , e í o b r e t o d a s o n o m e de M A O M E T I ^ , q u e p o -
derá' fer o d o A n t i - C h r i f f o % ou o u t r o cujas letras Impor-
tem o expreííado n ú m e r o , bem no m o d o que h a v e m o s en-
t e n d i d o até a g o r a , o u e m outro q u e t o d a v i a a n i n g u é m
t e m l e m b r a d o . N a f e g u n d a e x p o í i ç a õ c o m o fe falia d e
c o u f a paliada fe advertem- c o m m a i s clareza as i m p r o p r i e -
dades. A s circuítancias da befta n a ô fe a c h a õ t o d a s e m
h u m f ò T y r a n n o : a l g u m a s m u i p r i n c i p a e s Jie. n^ceífario
D ac-
X}M . , ;
a c . c o n nodallas a t o l o s os I m p e r a d o r e s , que p e r í c g u í r a ô
a Igreja , a o número das p e r f e g u i ç o e s , 'è as m e f m a s á
i d o l a t r i a , e á Capital d o I m p e r i o R o m a n o : H u m a circuns-
tancia nao p ô d e applicar-le mais que a V a l e r i a n o , outra
a M a x i m i a n o H e r c ú l e o , outra a C a l e r o M a x i m i n o , va-
r i a s , ainda que c o m m u n s a J u l i a n o , o Apoftata , e l ó -
m e n t e a D i o c l e c i a n o o número d o n o m e ; e ainda para
achar-fe he neceífa'rio valer-fe 'do' que u f o u antes d e I m -
p e r a d o r , e aggregar-lhe c o m o a p p e i l a t i v o o A n g u f t o que
nao pôde ter até que obteve a d i g n i d a d e f u p r e m a , em c u -
j o t e m p o q u i z - c h a m a r - f e para fempre D i o c l e c i a n o , e naö
Diocles.
M a s na prelente- e x p o f i ç a ó nao- fe acha i n c o n v e n i e n t e
a l g u m : rodas as circunltaneias da primeira befta fe a c c o m -
m o d a ó fem v i o l e n c i a alguma a o Imperador N a p o l e a ó , a
q u e m taô p o u c o taita leu E l e u d e i r o figurado na befta
legunda l e g u n d o temos -vifto na a p p l i c a ç a d ; que fize-
m o s ao B i f p o ' Talleyrand- , -a - q u e m ' l i t t e r a h n e n t e c o n -
v é m quanto delia refere o O r á c u l o D i v i n o . Por tanto nao
lerá inútil o e m p e n h o de bulcar p o r - t o d o s - o s c a m i n h o s
e m feu n o m e o m y f t e r i o f o n ú m e r o , que ferá" b final m a i s
p r o p r i o , e d i f t i n d l i v o da befta. • • -
Napol.eaõ p ô d e fer, n o m e L a t i n o , c o m p o f t o das v o z e s
na fus e lemis , d o m e f n i o m o d o que d e caput leonis f e
f o r m o u C a p o l e a ó , e de caput vaccae, C a b e ç a de V a c c a .
Afilm difcorre J e r o n y m o Fraftcifco Z a n e t t o e m feu C o m -
m e n t a r i o , ou e x p l í c a ç a ô d o S e l l o d ê Alefma filha d o s M a r -
•xjuezes de M o n f e r r a t o . ( 1 8 ) O M a r i d o defta Pririíífcza ( a
- • , ^ I T ^ M O A M a b 9. n o t o s a b o i a i a o r a ,
- •• • •• .' - 'I ' > O'-' - ) iiO' . O''' I: 'i T '' • (i 1 .':

(18) Achou-|e efte S e l l o entre as preçÍQÍidades que de fçu- rico Mu-


feo deixoti e n " Veneza Garlos G o n z a g a , D u q u e - d e Mantua , quando
eft eve refugiado n e f h Cidade "fug-i 1 Jo da irá' dç L e o p o l d o . Còmpròii-ó
Z e t u t t o cíle'ore antiquário , ó qual e í c r e v e ò • h u m • C o m m è h W f f o itíçfi
erudito explicando o p i c u d o ¡de,4r.njs , ?s ;vsirjas pinturas , e. errthlmihs
q . n aJor.nÓ o S e l l o ' c o 11 o f < g $ p t < E p í g r a f e : Sillium Ah-futc. , btjú'
MàrektènV. Mbnth'femiW Uxiris Ne'ipinóms de filii's. Urft E com 111 en-
tando efta infcripçaó demonftra que houve varios N a p o l e ú e s na illuftre
qual fe faz
w
de A f F o n f o , R e i de C a f l e l l a } fe c h a m o u
N a p o l e a Ô j e cre que foi' fiïho de hum S o b r i n h o d o Papa
N i c o l á o l l f . da familia dos U í f i n o s , na qual le acha c o m
frequência o n o m e ' d e N a p ô l e a õ , ' u f a d o alguma ;vez c o m o
genrilicio." O u t r o s perifaô , diz*o m e í m o ' Z a n e r t o ; , que N a -
p o l e ã o teve fuá drigfem' de P e n d o o u P o n c i a h o , o que
nao j u l g a verofimil , ' pela nenhuma* f e m e i h a n ç a que t e m
cfte nome. c o m 'aqúellfe. ' * ' ' _ ' -
T a m b é m p o d e ftr N a p o l e a o - nome- G r e g o ' , e m cuja
l i n c u a he mais" verofimil que f e ache o n o m e a n n u n c i a d o
c o m o número Teisceritoá e • feffenta e feis p o r q u e S. J o ã o
e f c r e v e o . T e ú A p o c a l f p f e ncfte* i d i o m a . ' N e l l e p ô d e m u i t o
b e m eftar efcrito c o m dois p p , e para que fe p r o n u n c i e
l o n gKa , e-nafr 1 •.breve a penúltima
/iJ JnAfl fyllaba_
/~v ln t le
• c*deverá
nKl^riririnelcre-AO
vpr?(e c o m ditonsio de ei defte m o d o le-i: e o b f e r v a n d o a
p r o p r i e d a d e deita lingua deve" anteceder ao n c m d h h m O
F
. / • - • M pois'deite
ífcrtfo ' éviter mocfô
r n n À k ' a(Hi&s'-.no
a S r t r h s " t i d ' váíor dfftáü - l e t r a i - o
Víftnr deitas'íètrafe-
'número íeiscebras e' feííeíua e feis; CÒtóO'o dcmonílra

o u g i b 9 , btl i'jvirn'jî O . . i s b o q usl o b ornvjJ o o b i i q n iU'J


l e j e l i b òfifiorj eob'fcbasrj so'lJon s u p , oin-Jmnnst loiirii oh c*
-iBfj 2on-iosíii cionsiiiioqrm ¿loJrbrts^s f;fion & « ogjfijj-j uo
-r:o3 s e b i r m o s b i.i Ô c í b j u p tBriaq ¿ b v i n o r l ?r.b ESJuJîqbi
£:vfiboi ücvv. s u p s t O í i n e q l s H ••> ¿oiirrri v : 8 /.[{o M
fcfjinsY rrioup « níiod s.h h v i u i i f r x c - . i s J ò m o o Í1 í/K'O
OÍI.-usJíjJin e ü q xnovj^ríii t u l vji;b l o t u q m a l i*'-iínjj
•zv.)? • n o b s
A D íi &

famifij dos Urfinhs , demais dó qui! exprcffa o mefmo Sello. Hum: Car-
deal da Santa Igreja Roman» fe charòou Nopoie*di>Urfi»o : e ã m e t m o
f
noine teve ' h u m a n s íyraÀno» que R o n ^ d u r a n t e o Uinpo
q u e os Papas r ^ r f í f i Õ env A v í n W I f c j M f e ' hiina, c o i l e c ^ Õ 4 « vir,os
opufculòs (motuirr.eri tos da idade'" , fní'dia : )' fm«tilada : Sfinhltc httiww.
inipreíTá e m Rc«W : t m o anno de ITS» - T é t f O Uf* « u f c r tf>* » ¿ H i d e
il
Commentario de Zanetto- " v. L .1. ' . "
Somma 666 rir.

( í 9 ) Defgr^çado o n o f í o t e m p o . , cm que h a v e m o s v i í t o
hum T / r a n n o , quf íenao for o annunciadò por S. J o ã o
n e k t C i p i e u l o , o parece "tanto que fe equivocara leinpre
comii%:ri-yiç r 9 a 4j5tfft original. Porem fe. "Napoléáo 'ror o
monftró "figurado nefta befta m a r i n h a , felizes nós , ' d s f H e f -
panhoes , que temos v i n d o a c o u h e c e l l o quanclo CÍÍá j á
c u m p r i d o o termo d o feu poder. O t e m i v e l he , e d i g n o
d o maior fentimento , que nolTos peccados polTaõ dilatar
feu caítigo , e noíla efcandalofa impenitencia fazer-nos par-
ticipantes das h o r r í v e i s penas que eftaõ já decretadas c o n -
tra elle. S a ó muitos os H e f p a n h o e s que l e v a õ t o d a v i a
fobre íí o caradler a b o m i n a v e l da beíta a quem v e m o s
proftrar-fe f e m pudor ante fua i m a g e m para tributar-lhe
adorações.
'•> li <1 A

• ( 1 9 ) Quando já tinha efcrito , e porto c m limpo, efte papel para Je*


'vallo á impreniai í h e g o u çaíualmepte á s , m i n h a s m á q s . h u m a lamina gra-
d a d a e m Inglaterra , na q u j l eftava pintada a bcfta marinha , fggpndo
; a defete-ve S . J o a ó ,: e debaixo h.nma linlia que dizia tfuouiifiarje. D q p ç i s
.eftavaó tres ünhai q u e í ? g u c m : Abella tnanjlruaÇa — cjmo fe iefo-Lve
n» Livrt da Revelnfai/, ~ Capitulo XllI. = Logo eflavaó eferítos os ver-
ficulos p.lmeiro , e u l t i m o . A' maõ direita da eftampa fe lia o abeeda-
cio latino até á letra U . e na f r e n t e d é c a d a letra figurado f e u v a l o r ,
( 29 ))
A I m p i e d a d e , ou a irreligi&õ h e a primeira divifa d o
monítro que fahio da Corfega , e a cada palio d e f c c b n m o s
entre a multidaÓ de verdadeiros Cbriílãos , K e f p a n h o e s de-
generados , que fazem ,galla de . levar em luas frentes efte
L a i ignominiofo. A perfídia, a injuítiça a h y p o f i c n a , a
jHiítl iHliuuiuiiw»" " j -j i ' .
„ a c r u e l d a d e . a a m b i ç a ó , o orgu-
àdulaçaõ , o e g o i f m o , a c r u e l d a d e , a a m b i ç a o , o orgu-
lho e a foberba he outra divifa das duas Beftas Jiorrcnr
d a s - q u e obrigao .a trazer no p e i t o , e levar em lua mao

nn m e i o tium» Unha (¡qu&IlHzia. Rcnwno ,ncthc<lod< cantor. A « m a u


' ' . w r d a citava eicrito XapoUan Buonop.rtc , c na frente de cada letra
C
T X t r o anreíponciente L l e u valor , conforme o n . u h o d o , ou ava-
l i a d o da direita , nefta fôrma:

1 Buonaparte N
N . 40
... -j A • • • •
A • . I
P . 69
O .
D 4
L • 20
É »; . ? E . 5
F . • , 6 A • .V 1
G . • • 7 N . 40
H . • . 8 LI . 2
I . . • 9 „ 1 lo
ni9J -"'P {•&-
oh ) r L%
X 10

*<>
O . 51»
N • 40
r.í)i;b Ei M • .r. ; I
A
N . . . 40
P . B 44
O . . • 5» 1
A •
P . . • So
R •
Q . . • 70 I 00
T «
K . . . «o
B > 5
S . • '• 90
X , . 100 666
u . . . "O
en „.,i,njn de erntat
naó lie o que nós recebemos dos Roma-
Wthodo d^ccmur . i acabar c m
noS , n e m fci o q f o m e n t e pa,a .cbar o nú-
. „ o nome S a p r e c i a i F a,a m i m o ver o u * e m
mero revelado. Mas kmp.,e e n, t t q u e Naf>oíeaô hc
Inglaterra fe venera efia ^ « » ^ ¿ ^ „ i S e m achír no feu n o m e
penfan.cnto , acJiando-ll-e a> S um

valor.
direita nvjifos vis H é í p A l i Q e s / A gcamle rivaíetrfa qUÃ v i o
S. Jon6 aíTentad.i fobre'a feeftü atariAha, ( 2 0 ) a - m y f t e n o -
fá Babylonia , F r a n ç a , M a i fecunda de abominações , ( 2 1 )
tem embriagado a muitos - Prinoipes., e t a úhaume.raveis ha-

\i bitantes da terra codi o V i n h o = da fua .prôíbhuiçaájve -yah


rios-'Hefpanhoes fe tem ajüiitado também.y i n c a u t a , öii
maliciofamente a beber no c o p o de ouro que leva e m fuá
jríaÔ, c h e i o de immündieias abominaveis. -( 2 2 )
S a h i , p o i s , o h P o v o m e u , repetirei c o m o hum é c o ,
a v o z d o Geo que ou vio S. J o ã o ; faiamos t o d o s defta
Cid ide nefanda , naõ aconteça que participemos^ de feus
d e l i d o s , e das terríveis pragas c o m , q u e D e o s vai a atorr
mentar a todos os feus moradores: ( 23 ) purifiquemos c o m
huma verdadeira penitencia as imtriundiclàs c o m que t e m

I
manchado as noíías almas a impudica m e r e t r i z , e detefte-
m o s para ,'íempre' f—s impiedades , e blasfêmias. Aífim c o n -
O feguiremo3 que acçelere D e o s o cáftigo da b e f t a , e a ruí-
ryj
na d o feu império ; que deprelTa cante a Hefpanha a de-
m fejada V i t t o r i a , (ua liberdade, e independencia', e celebre
o os triunfos do C o r d e i r o D i v i n o c o m aquelle C â n t i c o n o -
v o , que fómqnre podem cantar os filhos de D e o s repre-
ír fentados nos cento quarenta e quatro m i t , . ( 2 4 . ) que tem
nas luas frentes o nome a d o r a v e l - d e Jefus , •com o d e
<
< feu Eterno P a i , a quem c o m o E l p i r i t o Santo feja dada
a v i r t u d e , divindade , f a b e d o r i a , Fortaleza , e b e n ç ã o .
rt- Amen. ( 2 5 ) -
I I to

oi O . S. C . S. E . C. A . R:

%
(20) AjMtfilyp. Cap. 17. 0 0 Ibid < ¥ 2 ) Ibid. '
( » 0 A pocalyp. Cap. »*. • ' ( i ^ ) ' Apocatyp. Cap. 14
(»;) Apocalyp. 5;' v. i i . 14..

r ,

Você também pode gostar