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Aluna: Kathleen dos Santos Mendonça

Matrícula 201520647411

OBJETIVAS

1-B

2-B

3-B

4–A

(5) É cabível a interposição de recurso extraordinário contra decisão proferida por órgão de
primeiro grau de jurisdição? (1,0)

Sim.

Como se sabe, o Recurso Extraordinário é de competência do STF. As hipóteses de cabimento


estão previstas art. 102, III da CF. O Supremo precisa julgar as causas decididas em única ou
última instância.

Em regra as decisões de primeiro grau vão para a 2ª instância e são devolvidas as matérias de
fato, probatórias e de direito.

Contudo, o STF apenas decide questões de direito e não o mérito. O RE tem fundamentação
restrita e tem prequestionamento.

Como exemplo de cabimento de RE contra decisões de primeira instância, nós temos os


Embargos infringentes – Art. 34 da Lei de execução fiscal que diz que das sentenças de
primeira instância proferidas em execuções de valor igual ou inferior a 50 (cinquenta)
Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, só se admitirão embargos infringentes e
de declaração.

Se a decisão envolve uma questão federal. Caberia o Recurso extraordinário, pois, a súmula
640 do STF diz que caberá RE nas causas de alçada:

Súmula 640-STF: É cabível recurso extraordinário contra decisão proferida por juiz
de primeiro grau nas causas de alçada ou por turma recursal de juizado especial cível e
criminal.

A Súmula também fala de decisões de turma recursal de Juizado Especial Cível ou criminal.
Essas turmas são formadas por juízes de primeira instância. Então daquelas decisões que
contrariarem a CF caberia RE.

(6) É correto afirmar que a querela nullitatis insanabilis é o remédio cabível contra as
decisões que incorram em violação ao disposto no art. 272 § 2º do CPC? (1,0)

Sim.
É indispensável que os advogados das partes sejam intimados da decisão. A falta de intimação
enseja a nulidade de todos os atos processuais posteriores à publicação. Deve ser feita a
republicação em nome dos advogados sob pena de nulidade.

A Nullitatis insanabillis é a via adequada para se buscar a nulidade por ausência de citação.

(7) É plausível a prolação de iudicium rescissorium em ação que visa a desconstituir acórdão
do Supremo Tribunal Federal em razão de ofensa à coisa julgada? (1,0)

Não.

O iudicium rescissorium é cabível para as decisões que ofenderem a coisa julgada.

Contudo, o STF já se decidiu que não é cabível o ajuizamento de Ação Rescisória para
desconstituir acórdão proferido com base na jurisprudência vigente à época, ainda que essa
posição seja alterada posteriormente. Repercussão Geral - tema 136) com efeito vinculante.

3 a Questão (2,0): responda cada uma destas questões em, no máximo, cinco linhas.

(8) É correto afirmar que uma pessoa que NÃO utliza um imóvel para fim residencial com a
sua família e, diversamente, utiliza-se dele para fins de obtenção de renda locatícia pode se
beneficiar da proteção outorgada pelo art. 1º, caput, da Lei 8.009/1990? (1,0).

Não pode se beneficiar. O art. 5º da Lei n.º 8.009/90, estabelece que: para os efeitos
de impenhorabilidade, de que trata esta lei, considera-se residência um único imóvel utilizado
pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente. Assim também entende a
jurisprudência.

(9) É correto afirmar que, em se tratando de cumprimento de sentença proferida por juiz
federal integrante de Seção Judiciária do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, a
competência do órgão prolator da sentença exequenda para processar e julgar a execução é
indeclinável e inafastável, de modo que a execução não poderia ter curso perante juízo
federal integrante de Seção Judiciária do Tribunal Regional Federal da 2ª Regiào? (1,0).

4 a Questão (1,0): disserte sobre o tema proposto abaixo (sem limitação de linhas). (10)
Disserte sobre o IRDR.

O IRDR (Incidente de resolução de demandas repetitivas) é um incidente processual


direcionado aos Tribunais de Segunda Instância. Ele tem como objetivo suspender o
andamento de ações que versem sobre uma questão de direito específica em casos em que
fique configurada a repetição de processos e o risco de ofensa aos princípios da isonomia e
da segurança jurídica.
O IRDR encontra-se regulado nos art. 976 a 987 CPC. requisitos para o seu cabimento
encontram-se dispostos no art. 976, que requer simultaneamente a existência de (I) efetiva
repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão unicamente de
direito; (II) risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica.

Dessa forma, o IRDR atua como instrumento processual para imprimir celeridade e
uniformização de demandas de massa.

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