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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

COMUNICAÇÃO VISUAL E DESIGN


DISCENTE: ELIZABETH MOTTA JACOB
DOCENTE: JOSÉ ALEXANDRE GOMES DE BRITO
DESIGN E GÊNESE 1
02 /05/2023

FORTY, Adrian. Objetos de desejo: design e sociedade desde 1750. São Paulo:
CosacNaify, 2007. Capítulos I e II. ( pp. 19 – 59).

● É evidenciado que, junto ao progresso, surge o medo e a resistência por


inovações as quais podem trazer consigo uma série de mudanças não
desejadas.

“Mas é uma peculiaridade do capitalismo que cada inovação


benéfica traga também uma seqüência de outras mudanças, nem
todas desejadas pela maioria das pessoas, de tal modo que, em
nome do progresso, somos obrigados a aceitar uma grande
quantidade de novidades a ele relacionadas e possivelmente
indesejadas.”(FORTY, Adrian, 2007, p. 19).

● Destaca-se a capacidade do design de alterar a nossa percepção sobre as


coisas e de como ele foi utilizado para reduzir a resistência à inovações e
criar aceitação por tais mudanças.

“Uma vez que qualquer produto bem-sucedido deve superar a


resistência à novidade, parece ser um axioma que os produtos do
capital industrial busquem criar aceitação das mudanças que
provocam. Entre as maneiras de obter essa aceitação, o design, com
sua capacidade de fazer com que as coisas pareçam diferentes do
que são, foi de extrema importância.”(FORTY, Adrian, 2007, p. 20).

● O Neoclassicismo é abordado como um retorno a um passado idealizado.


Buscava-se, através desse movimento, recuperar a simplicidade da forma
tal como era na antiguidade, mas sem perder o foco na modernidade.

“O neoclassicismo pretendia recuperar para a arte e o design a


pureza de forma e expressão que julgava faltar no estilo rococó da
primeira metade do século XVIII e que era identificada naquilo que
Grécia e Roma haviam produzido. [...] usavam imagens e formas do
passado, mas pretendiam expressar sentimentos
modernos.”(FORTY, Adrian, 2007, p. 24 - 25).

● A divisão de tarefas no processo produtivo é mostrada como uma ação


necessária para se obter um produto mais consistente e que pudesse ser
reproduzido de maneira uniforme em larga escala sem altos custos.

“[...]o trabalho estava dividido em pelo menos sete ocupações


diferentes, e cada operário fazia geralmente uma única tarefa. Como
vários artífices eram responsáveis pela produção de um único
artigo, nenhum indivíduo era capaz de fazer alguma mudança
importante no produto. [...]Dividir o processo de produção em mais
estágios tinha a vantagem de que, para algumas tarefas, ele poderia
utilizar mão-de-obra menos especializada.”(FORTY, Adrian, 2007, p.
48 - 49).

● Exibe-se o surgimento do profissional projetista e sua importância em evitar


que ocorressem inconsistências na produção dos produtos.

“[...]havia indivíduos descritos como modeladores cuja única tarefa


era fazer protótipos para servir de base aos outros artífices. [...]O
sucesso das tentativas de fazer “fazer dos homens máquinas”
dependia da exatidão das instruções dos modeladores, pois, se não
fossem precisas, era impossível evitar que os trabalhadores
introduzisse variações no trabalho. Os bons modeladores
tornavam-se cada vez mais indispensáveis[...]”(FORTY, Adrian,2007,
p. 50 - 51).

● Expõe o profissional projetista como parte crucial da comunicação entre a


indústria e o mercado consumidor, haja vista que seu trabalho consiste em
estabelecer uma conformidade entre as exigências dos clientes e os
métodos de produção fabril. Assim, possibilitando uma padronização dos
produtos sem deixar de oferecer variedades.

“O desenvolvimento de formas apropriadas tanto aos métodos de


fabricação como à satisfação dos gostos do mercado foi obra do
designo Não teria sido suficiente que os desenhos simplesmente
apelassem para o gosto de meados do século e das classes média e
alta, ou que se pudesse confiar nos artesãos para repeti-los com
coerência; a façanha dos modeladores de Wedgwood foi chegar a
formas que fundiam satisfatoriamente as exigências tanto da
produção como do consumo.”(FORTY, Adrian, 2007, p. 58).

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