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Rede Global do

Vestuário
Agenda
A estrutura da Enraizamento e as
Introdução relações entre os
rede global
1 Apresentação do
assunto abordado e
2 Subsetores, 3 agentes
Exercício do poder e
distribuição espacial e
objetivo do trabalho captura de valor
principais empresas

A rede brasileira Conclusões Bibliografia


4 Entrada do Brasil na
rede global, principais
5 Principais conclusões
tiradas com o
6 Referências
bibliográficas
agentes e condições desenvolvimento do
utilizadas
de enraizamento trabalho
01 Introdução
Introdução
● As redes de produção atuais caracterizam-se por uma maior complexidade e extensão
geográfica, tendo um papel importante na expansão do capital internacional financeiro e
industrial;
● A indústria do vestuário pode ser considerada como sendo um segmento da cadeia de produção
têxtil e de confecções, e apresenta uma certa complexidade por possuir diversos atores
envolvidos que desempenham diferentes atividades, além de apresentar rápidas mudanças
comerciais e produtivas na cadeia global;

● A indústria de vestuário mundial vem passando nas últimas décadas por transformações na sua
estrutura industrial, na sua organização produtiva e principalmente do trabalho;

● O objetivo do presente trabalho é apresentar a estrutura da rede global do vestuário,


evidenciando suas principais características, como a forma que os agentes se relacionam,
exercício do poder e captura de valor. Além disso, ao final, será mostrado como o Brasil se
inseriu nessa rede, seus principais agentes e condições de enraizamento.
A estrutura da
02 rede global
Subsetores e suas especificidades
● De forma geral, a indústria do vestuário pode ser dividida em três grandes
subsetores:
○ Roupas básicas;
○ Moda-básica;
○ Moda.
● Destaque para o crescimento na moda-básica no pós-glabalização;
● As partes mais ricas do mundo que determinam o nível e a natureza da
demanda por roupas.
Subsetores e suas especificidades
Roupas Básicas Moda Básica Moda

Baixos custos do processo Alta similaridade com as Exclusividade, qualidade


produtivo (especialmente roupas da “moda”, porém e fator “marca”
Vantagem Competitiva
mão de obra) a baixo custo, mas com
menos qualidade

- Baixo capital intensivo;


- Alto uso de capital humano;
Características de - Pequeno e médio porte (muitas das quais, trabalham como “subcontratadas de
Produção grandes marcas, num sistema multicamadas)
- Menos sotisticação em termos de tecnologia.

Mão de obra mais barata Mão de obra em Mão de obra mais


(condições de trabalho condições semelhantes especializada, melhores
ruim ou péssima); às das roupas básicas. condições de trabalho e
concentrada em países salários.
Mão de Obra
subdesenvolvidos, com
uma participação
significativa de mulheres.
Distribuição Espacial

● “Deslocamento do centro dinâmico”, caracterizado pelo padrão “multilateral da rede”.


Ou seja, onde as grandes empresas antes centrados apenas em países desenvolvidos,
agora passam a se dispersar pelos países em desenvolvimento;
● Grandes empresas passam a atuar em boa parte de sua cadeia produtiva em
economias emergentes como países da América Latina, Leste Europeu e Ásia.
● Percebe-se o domínio de países da Ásia como principais polos industriais da indústria
do vestuário, principalmente para fins de exportação;
Distribuição Espacial
(exportação e importação)
Europa
-Indústria nacional relativamente mais
forte intra-regionalmente;
-Junto com os EUA importa cerca de
65% da produção vestuária global.

Ásia
-Domina o mapa das exportações de
vestuário, gerando quase 60% do
total mundial.

América do Norte
-Indústria nacional relativamente mais
forte intra-regionalmente;
-Representa uma das maiores
consumidores globais, junto com a UE;
Principais empresas envolvidas

● Zara;

● Hennes & Mauritz (H&M);

● Nike;

● Levi Strauss;

● Wal-Mart;

● GAP;

● C&A.
Enraizamento em
03 rede e as relações
entre agentes
Exercício de poder

● Capacidade de uma empresa A influenciar uma outra empresa B;

● Poder sobre os consumidores -> Simbólico

● Poder sobre os trabalhadores -> Utilitário


Estratégias de captura de valor

● Qualidade do produto x custo do produto;

● Está diretamente relacionada com o exercício do poder de uma empresa;

● Uma empresa com seu poder, pode capturar uma parte do valor do trabalho;

● Uhnika, moda sustentavél.


04 A rede brasileira
Inserção do Brasil na rede global

● Abertura do mercado em 1990 reconfigurando o setor de vestuário


brasileiro;

● Busca pela internacionalização das marcas;

● Desigualdade entre importações e exportações no país;

● Forte tradição e influência do ramo no país;

● Principal país de origem de produtos importados pelo Brasil: China;

● Principais países de destino de vestuários brasileiros: EUA, Argentina e


Paraguai.
Principais agentes no contexto brasileiro
Empresas

● Polos de indústrias têxteis: Itajaí, Americana, e Agreste Pernambucano;

● Principais empresas varejistas: Renner, C&A e Marisa;

● C&A com cerca de 300 lojas em território nacional.


Principais agentes no contexto brasileiro
Papel do Estado

● Incentivo à inserção estrangeira;

● Taxação sobre importados e incentivos fiscais;

● Desburocratização do setor têxtil.


Principais agentes no contexto brasileiro
Mídia

● Duas principais atuações:

● Promoção da Marca;

● Atuação para consumo;

● Relações de poder simbólico presentes nesse contexto.


Condições de enraizamento
Sociais e territoriais

● Até 1960 o Brasil “utilizava” do estilo do vestuário da França;

● Não houve políticas de promoção da indústria de confecção e menos ainda de moda


até 1990;

● Os estados com maior fabricação para a rede de vestuários eram as regiões sudeste e
sul.
05 Conclusões
Conclusões
● Crescimento acentuado da moda-básica;
● “Deslocamento do centro dinâmico” (empresas de países desenvolvidos passam a
atuar também em países subdesenvolvidos);
● Precarização do trabalho através da subcontratação de grandes empresas em países
subdesenvolvidos;
● Forte relação entre poder e estratégias de captura de valor;
● Poucos incentivos do governo e demora para crescimento no Brasil;
06 Bibliografia
Bibliografia

Utilizou-se diversos referenciais teóricos para análise e compreensão do


assunto, entretanto, destaca-se a literatura do professor Dicken, que teve sua
obra utilizada como base na maioria dos cases existentes acerca do tema redes
globais de produção: Dicken, P. (2010). Mudança global: mapeando as novas
fronteiras da economia mundial. Grupo A-Bookman. 5ª Edição. p. 273-300
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