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OBJETIVO GERAL
Sistematizar de uma forma simples e prática os fatores mais relevantes das técnicas de
apresentação, não deixando de realizar uma oportuna e pertinente alusão aos aspectos
comunicacionais, que são tão importantes para o bom entendimento dessas técnicas.
• Saber como organizar o seu tempo de intervenção, bem como, ter conhecimento das
técnicas a utilizar para controlar o medo e as falhas de memória que possam ocorrer.
• Saber qual a postura a adotar/conhecer como controlar o seu público da melhor forma.
• Saber de que forma poderá promover uma coanimação eficaz, e que beneficie a
comunicação.
Concluir de uma forma sintetizada e prática, o que de principal foi dito durante a sua
apresentação, bem como, saber qual abordagem a utilizar para o seu público avaliar o seu
trabalho, de acordo com a informação que desejar obter.
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APLICAÇÕES PRÁTICAS
PROGRAMA
A COMUNICAÇÃO
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Poderia ainda falar-se do canal como a via de circulação da mensagem, e como o conjunto
dos objetos e/ou situações reais a que a mensagem se refere. Para o nosso objetivo,
poderemos deixar estes elementos de lado, mas teremos que referir ainda um outro, de
fundamental importância.
O FEEDBACK
Pelo que dissemos até agora poderia supor-se que num processo de comunicação o emissor
conserva sempre esse papel, tal como o receptor, isto é, há um elemento que desempenha
um papel ativo, enviando mensagens, e outro que tem um papel passivo, recebendo
mensagens. Isto, porém, pode ser variável. Designa-se por comunicação unilateral aquela
que efetivamente se processa numa única direção, isto é, do emissor para o receptor, sem
reciprocidade. Mas existe também a comunicação bilateral, onde se verifica uma alternância
de papéis, entre o emissor e o receptor. Recebida a mensagem, o receptor informa o emissor
que recebeu essa mensagem (como a recebeu), o que permite a introdução de correções,
caso pareça não a ter recebido bem. Há quem designe este sujeito por emirec, termo que
resulta da combinação das palavras (emi)ssor e (rec)eptor. Esta informação de retorno que
permite ajustar a mensagem, tendo em vista a eficácia da comunicação, e designa-se:
feedback.
Por vezes, um sujeito não consegue receber uma mensagem porque o outro fala demasiado
baixo, ou porque há muito barulho no local em que se encontram, ou ainda, porque possui
uma letra ilegível. Pode também ocorrer que o texto esteja mal impresso na folha em que foi
escrita a mensagem, ou que esteja demasiado escuro para que o receptor possa ver os sinais
que o emissor lhe envia.
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horas). Também o desenho bem explícito com uma legenda que abaixo descreva o refira ao
que se trata, é uma redundância. O papel da redundância é reduzir os riscos de perda de
informação ou compensando, com a repetição esse enfraquecimento progressivo da
mensagem. Calcula-se que a taxa média de redundâncias na maior parte das línguas seja de
cerca de 50%, o que de certa forma é uma razoável compensação para as perdas por ruído.
Pode parecer ser realmente fácil distinguir a noção de informação da noção de comunicação.
No primeiro caso, estamos perante um circuito unilateral, onde a informação circula
exclusivamente do emissor para o receptor. É um tipo de relação característica entre sujeitos
com desníveis de poder, e em que o mais forte pratica um estilo autocrático de
relacionamento, e está interessado na manutenção desse tipo de relacionamento. Este tipo
de comunicação mantém, pois, a irreversibilidade, o desnivelamento, e suscita
frequentemente equívocos de compreensão.
CONCLUSÃO
Designa-se por comunicação unilateral aquela que efetivamente se processa numa única
direção, isto é, do emissor para o receptor, sem reciprocidade. Mas existe também a
comunicação bilateral, onde se verifica uma alternância de papéis, entre o emissor e o
receptor. Este tipo de comunicação, permite ao emissor, uma constante adaptação da
mensagem (caso seja necessário), de forma a melhorar a comunicação para com o receptor.
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Já dissemos que comunicar é trocar mensagens. Também sabemos que não é fácil (é talvez
impossível) dissociar o que é dito, de quem o diz. Isto ocorre porque, no nosso discurso, está
sempre presente (de forma manifesta ou latente) aquilo que somos. Cada sujeito é uma
entidade complexa, resultante da combinação de fatores biológicos e psicológicos, e dos
resultados das experiências por que passa e que lhe deixam marcas positivas ou negativas,
mais superficiais ou mais profundas. Cada um transporta sempre consigo a sua história feita
de vitórias e derrotas, e com isso vê as coisas de forma muito pessoal. Não há dois sujeitos
iguais e isso vai obviamente influenciar os processos de comunicação.
Verificamos, pois, que comunicar (com eficácia) não é fácil. Exige esforço de ambos os
sujeitos para que sejam vencidos alguns obstáculos designados por barreiras à
comunicação.
AS BARREIRAS À COMUNICAÇÃO
Entendemos por barreiras à comunicação as barreiras que dificultam a emissão e/ou recepção
de mensagens. Podemos enunciar algumas delas:
Estas barreiras aparecem por vezes designadas por distância psicológica. Imaginemos, numa
sequência linear, um tanto artificial, o processo de envio de uma mensagem do sujeito A para
o sujeito B.
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• Audição (são relativas ao receptor, questões que podem ser de âmbito meramente
fisiológico, como a surdez, mas também podem ser questões de outra ordem, como
um excessivo cansaço que dificulte a concentração, ou uma preocupação forte que
impeça a descentralização desse problema e impossibilite a mobilização de
capacidades para o processo de comunicação);
Todos estes são fatores que ameaçam permanentemente qualquer comunicação, e que
exigem do sujeito um esforço constante, se quiser comunicar com eficácia.
Ao nível do contexto
Há contextos que incentivam a comunicação, e outros que a restringem, assim como também
há contextos mais adequados ou menos adequados a cada tipo de comunicação. Será difícil
que dois sujeitos consigam conversar em uma discoteca com música muito alta, ou contar
anedotas numa sala de leitura. Também não indicaria a ninguém aplicar uma prova a um
aluno de matemática numa piscina, ou pedir em namoro a alguém durante um funeral de
família. Numa empresa em que não há o hábito de reuniões para discussão dos assuntos das
equipes de trabalho, é mais coerente a comunicação escrita, divulgando as diretrizes e
solicitando sugestões também por escrito.
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Ao nível do meio
O meio utilizado para suportar ou veicular a mensagem nem sempre é o mais adequado,
constituindo-se numa barreira à comunicação. Imaginemos um treinador de futebol, que
preocupado com o baixo índice de rendimento dos avançados da sua equipe decide ensinar
a técnica do remate à baliza, projetando vários acetatos ou que um professor de química
decide dar as suas aulas em forma epistolar, escrevendo cartas aos seus alunos.
É necessário que exista uma certa coerência entre o tipo de mensagem e os objetivos
pretendidos, sob pena de se afetar a eficácia da comunicação.
Ao nível do código
Este elemento do processo de comunicação é muitas vezes responsável pela sua ineficácia.
Lembremos que tem de ser partilhado pelos interlocutores, para que o emissor possa
codificar e o receptor descodificar as mensagens. Se o emissor usar sinais (sons, gestos,
grafismos) que sejam desconhecidos do receptor, este não tem possibilidade de descodificar
a mensagem e perceber o que o outro lhe envia. Todos temos o conhecimento de belíssimos
discursos de especialistas cheios de boa vontade procurando-nos explicar qualquer coisa da
sua área, e que nos deixam ainda mais confusos que antes. É também inútil (ainda que
engraçado) explicar em português, a um chinês, como se faz um molho de escabeche.
Ao nível da mensagem
Finalmente, a própria mensagem pode não facilitar a comunicação. Se não for oportuna,
pertinente, motivadora, pode não suscitar sequer a atenção do receptor. Se for demasiado
dissonante com o quadro de referencial do receptor, é provável que este a recuse. Os valores
culturais e éticos do receptor podem provocar uma forte recusa da mensagem, não chegando
mesmo a “ouvir” o que se quer dizer. Mensagens de contestação a princípios religiosos para
destinatários crentes, provavelmente serão rejeitados; tal como uma campanha publicitária
sobre chapéus de chuva numa zona onde raramente chova, ou uma proibição de fumar numa
fábrica de cigarros. Tudo isto, provocará uma situação de recusa à mensagem, que dificultará
ou impossibilitará a comunicação.
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Pode-se concluir que, se deseja-se uma comunicação eficaz é necessário ater-se a todos os
elementos do processo de comunicação, a começar por si próprio.
SÍNTESE
Comunicar (com eficácia) não é fácil! Exige esforço de ambos os sujeitos para que sejam
vencidos alguns obstáculos designados por barreiras à comunicação. Estas barreiras podem
fazer-se sentir, ao nível do emissor e do receptor, ao nível do contexto e ao nível do código.
O emissor e o receptor devem zelar pela atenuação destas barreiras ou, caso seja possível,
pela sua eliminação, de forma a promover o sucesso da comunicação, da qual são elementos.
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OBJETIVOS
Então, como valorizar a sua comunicação perante outros, através da sua atitude e
posicionamento?
Vamos referir três atitudes que julgamos muito importantes para a comunicação:
Corresponde à imagem que temos de nós próprios e ao valor que atribuímos à nossa pessoa.
É influenciada, principalmente, por aquilo que o nosso meio mais próximo nos deu como
imagem durante a nossa infância, que é um período importante para a formação da nossa
personalidade. A autoestima por si só, depende muito da percepção, isto é, da forma como
tomamos conhecimento das coisas, e neste caso, da forma “como nos vemos”. De entre as
várias características que possuímos, valorizamos mais umas do que outras. Tudo isto vai
provocar atitudes e comportamentos diferentes, como reação a essas maneiras de nos
vermos.
Podemos afirmar, que há uma correlação elevada entre a estima por si próprio e o estilo de
comunicação. As pessoas que possuem um bom nível de autoestima, dão normalmente
provas de uma grande boa vontade nas relações, sabendo ter a iniciativa, sendo criativas,
exprimindo com clareza as suas posições e procuram compreender os pontos de vista
diferentes; aceitam as críticas fundamentadas e procuram relações produtivas para todos os
intervenientes, não se sentindo intimidadas a cada vez que se discorda delas, ou que em seu
ponto de vista não necessita da anuência do grupo.
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A CAPACIDADE DE ESCUTAR
Jacques Laurioz, num artigo publicado já há algum tempo na revista Pessoal, conta que, num
seminário de formação em que participavam vários quadros, quando o animador lhes pediu
que indicassem como repartiam o seu tempo pelas diversas atividades profissionais, aqueles
responderam:
• a falar 35%
• a ouvir 40%
• a escrever 9%
• a ler 16%
O animador reparou, com razão, que se a maior parte do tempo de trabalho da nossa infância
foi destinado a aprender a ler e a escrever, e se outra grande parte da nossa adolescência foi
aplicada a aperfeiçoar a linguagem, a verdade é que ninguém nunca nos ensinou a ouvir.
Escutar é uma atitude de disponibilidade para receber as mensagens dos outros e tentar
compreendê-las. Sem escutar, não haverá descodificação nem interpretação. A escuta implica
um papel ativo, havendo mesmo quem fale em “escuta ativa”, para sublinhar esse, por
oposição à atitude passiva do receptor que apenas “ouve”. Uma escuta “ativa” implica uma
entrega ao outro, dedicando-lhe os ouvidos e os olhos. Tudo o que nos permite captar a
mensagem do outro deve estar mobilizado para que o processo de comunicação tenha a
máxima produtividade.
Há um conjunto de regras e/ou princípios para a “escuta ativa” que passamos a enunciar:
• Saber deixar falar: o receptor não pode ouvir e falar ao mesmo tempo, é indispensável
suspender o discurso para que o outro diga o que tem a dizer, e perceber claramente
que está a ser escutado;
• Colocar-se em empatia com o outro: para compreender o que o outro diz, o receptor
deve esforçar-se por se pôr no lugar do emissor, isto é, assumir (ainda que
provisoriamente) o seu quadro referencial, dado que cada sujeito dá um “seu sentido”
ao que diz ou que escreve;
• Centrar-se no que é dito: toda a atenção do receptor deve estar concentrada no que
o emissor diz - as suas palavras, as suas expressões, os seus silêncios, as suas
hesitações;
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• Não interromper o outro: o receptor deve resistir a antecipar o que julga que o emissor
irá dizer, dando-lhe tempo para que diga tudo até ao fim, por mais morosa e
desagradável que seja a sua capacidade de expressão;
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Há um conjunto de sinais sociais, mais ou menos convencionais, que podemos utilizar para
dar feedback ao emissor, tais como: um acenar de cabeça, uma interjeição, uma expressão
de atenção e interesse. São elementos que não acrescentam nada à informação, mas que
mantêm a ligação e reforçam o sistema de comunicação, dando segurança ao emissor e
aumentando a confiança mútua.
CONCLUSÃO
A autoestima por si própria e a capacidade de escuta, são duas atitudes que condicionam a
sucesso da comunicação, e consequentemente o sucesso dos objetivos a que o emissor se
propôs. Aspectos como: saber deixar falar, centrar-se no que é dito, não deixar transparecer
certas emoções pessoais e reformular as mensagens, entre outros, são assim de extrema
importância para a obtenção de um feedback positivo.
A APRESENTAÇÃO
OBJETIVOS
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NÃO É É SIM
Uma reunião onde toda a gente fala Uma boa gestão das questões
Os adultos aprendem de modo diferente das crianças. Para ensinar adultos, deve-se pôr em
prática três competências específicas:
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• Os adultos querem saber o que a formação lhes irá proporcionar e conhecer o modo
como poderão utilizar a matéria aprendida.
Os adultos querem compreender aquilo que fazem, podem e devem medir os seus próprios
progressos. Os seus conselhos ajudá-los-ão nesse sentido.
Para que uma apresentação tenha êxito, é preciso antes de mais definir o seu objetivo com
rigor. Que resultados espera obter junto do público?
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INFORMAR
• Apresentação descritiva;
• Vender;
• Convencer: persuadir;
• Uma pergunta a colocar a si próprio: “que resultado pretendo obter junto do meu
público?”
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Esse objetivo deve ser rigoroso, escalonado, mensurável, concreto e realista. O seu objetivo
corresponde a estes critérios?
PERGUNTAS
A Fase de Preparação é muito importante para uma boa apresentação. Os fatores a ter em
conta são:
• O ambiente;
• Onde vou fazer a minha intervenção (aspectos relacionados com a posição da mesa,
com a sala, com o edifício, a cidade, etc)?
O assunto
• Como tornar mais fácil a memorização do que digo (exemplos, anedotas, frases de
impacto, metáforas, etc)?
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• O que o participante estará apto a fazer depois da formação e como deverá pô-la em
prática.
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• Numa sessão, nunca terá tempo suficiente para cobrir todos os aspectos de um
assunto. Atribua-lhes, pois, uma ordem de prioridade;
• Deveria saber: trata-se de um ponto importante, mas se não for tratado o objetivo
será atingido da mesma forma;
• A fim de manter o interesse, tente incluir alguns assuntos do tipo “deveria saber”.
Divida a sua intervenção em pequenas etapas e apresente essas etapas por uma ordem
lógica. Só você pode definir a sequência lógica da apresentação do assunto e a forma mais
lógica de o ensinar.
Conhecimento
Para animar a teoria poderá utilizar: a leitura, os debates de grupo, os filmes, os estudos de
casos.
Para se iniciar na prática, pode utilizar: o trabalho de grupo, o estudo de casos, os preceitos
aconselhados nos manuais.
Pode apresentar a teoria em primeiro lugar, depois proporcionar um meio de a pôr em prática,
ou então dar um exercício prático sem teoria para demonstrar a necessidade desta última.
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A Atitude
Os métodos de formação mais eficazes para provocar uma mudança de atitude são a
representação, o vídeo, o feedback, o debate, etc.
CONCLUSÃO
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