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1
Objectivo geral
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Objectivos do curso
• Saber quais os elementos intervenientes no sistema de
comunicação e as respectivas características de cada
um
• Saber distinguir entre comunicação unilateral e bilateral
• Compreender os conceitos de ruído e redundância
• Saber a importância resultante da combinação de
factores biológicos e psicológicos nos sujeitos do
processo comunicacional
• Identificar as atitudes fundamentais para o sucesso da
comunicação e, as suas características
• Saber enumerar as características de uma boa
exposição
• Ter em conta as competências necessárias para ensinar
adultos
3
• Saber definir o objectivo da sua apresentação
• Ter noção da importância da fase da preparação e
estruturação, na elaboração de uma comunicação eficaz
• Saber adequar os suportes ao tipo de apresentação
pretendida
• Tirar o máximo partido (considerando vantagens e
desvantagens) dos suportes, tendo em conta as
características e objectivos de cada um
• Saber a expressão fisionómica e corporal a adoptar
numa apresentação
• Saber como organizar o seu tempo de intervenção, bem
como, ter conhecimento das técnicas a utilizar para
controlar o medo e as falhas de memória que possam
ocorrer
4
• Saber qual a postura a ter / manter de forma a
controlar o seu público da melhor forma
• Saber de que forma poderá promover uma
coanimação eficaz, e que beneficie a
comunicação
• Saber concluir de uma forma sintetizada e
prática, o que de principal foi dito durante a sua
apresentação, bem como, saber qual a
abordagem a utilizar para o seu público avaliar o
seu trabalho, de acordo com a informação que
quer obter
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Destinatários
• Este curso destina-se a todos aqueles que
pretendam melhorar as suas capacidades
de apresentação de uma exposição oral.
Aplicações práticas
9
Objectivos
10
A comunicação e os seus elementos
11
• O emissor - é o sujeito que envia a mensagem.
• O receptor - é o sujeito que recebe a mensagem.
• A mensagem - é o conjunto de informações
transmitidas.
• O código - é o conjunto de sinais e regras que permitem
transformar o pensamento em informação, capaz de ser
entendida, na sua globalidade, pelo receptor. O emissor
utiliza o código para construir a sua mensagem -
operação de codificação - enquanto que o receptor
utiliza o código para compreender a mensagem -
operação de descodificação.
• O meio - É o suporte que permite à mensagem ser
conduzida do emissor ao receptor.
• O contexto - É o conjunto das variáveis que o rodeiam
e influenciam a situação de comunicação.
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A representação tradicional do sistema de comunicação é
a que se segue:
13
• Poderia ainda falar-se do canal como a via
de circulação da mensagem, e do
referente como o conjunto dos objectos
e/ou situações reais a que a mensagem
se refere. Para o nosso objectivo,
poderemos deixar estes elementos de
lado, mas teremos que referir ainda um
outro, de fundamental importância.
14
O feedback
15
• Isto, porém, pode não ser verdade. Designa-se
por comunicação unilateral aquela que
efectivamente se processa numa única
direcção, isto é, do emissor para o receptor,
sem reciprocidade. Mas existe também a
comunicação bilateral , onde se verifica uma
alternância de papéis, entre o emissor e o
receptor. Recebida a mensagem, o receptor
informa o emissor que recebeu essa mensagem
(como a recebeu), o que permite a introdução
de correcções, caso pareça não a ter recebido
bem. Há quem designe este sujeito por emirec ,
termo que resulta da combinação das palavras
(emi)ssor e (rec)eptor. Esta informação de
retorno que permite ajustar a mensagem, tendo
em vista a eficácia da comunicação, designa-se
por feedback . 16
A representação do sistema de
comunicação será agora assim:
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• Acrescentemos mais dois conceitos importantes para a
compreensão do processo de comunicação - ruído e
redundância .
• Por vezes um sujeito não consegue receber uma
mensagem porque o outro fala demasiado baixo, ou
porque há muito barulho no local em que se encontram,
ou ainda porque tem uma letra ilegível. Pode também
acontecer que o texto esteja mal impresso na folha em
que foi escrita a mensagem, ou que esteja demasiado
escuro para que o receptor possa ver os sinais que o
emissor lhe envia., Finalmente, pensemos numa
situação de grande cansaço, ou de intensa preocupação
com um problema qualquer. Tudo isto são factores que
afectam, em graus diferentes, e por causas diversas, a
transmissão e recepção da mensagem. São designados
ruídos .
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• Falemos agora da redundância , que consiste na
presença de elementos que não acrescentam nada à
informação, mas que têm um papel importante na
qualidade da comunicação, clarificando e reforçando as
ideias transmitidas. Estes elementos podem ser de tipo
linguístico (“eles foram para praia, e eles sabem que eu
não quero!”); de tipo gestual (afastar os braços para
dizer que o carro é espaçoso); ou de tipo sonoro ( dizer
que é meia-noite quando, á noite o relógio dá as 24
horas). Também o desenho bem explícito com uma
legenda que, por baixo, diga do que se trata, é uma
redundância. O papel da redundância é reduzir os riscos
de perda de informação ou compensando, com a
repetição esse enfraquecimento progressivo da
mensagem.
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• Calcula-se que a taxa média de redundâncias na maior
parte das línguas seja de cerca de 50 % - o que de certa
forma é uma razoável compensação para as perdas por
ruído.
• Depois do que dissemos, parece-nos ser realmente fácil
distinguir a noção de informação da noção de
comunicação. No primeiro caso, estamos perante um
circuito unilateral, onde a informação circula
exclusivamente do emissor para o receptor. É um tipo
de relação característico entre sujeitos com desníveis de
poder, e em que o mais forte pratica um estilo
autocrático de relacionamento, e está interessado na
manutenção desse tipo de relacionamento. Este tipo de
comunicação mantém, pois, a irreversibilidade, o
desnivelamento, e suscita frequentemente equívocos de
compreensão.
20
• . No segundo caso, estamos perante um
circuito bilateral, em que os sujeitos são
alternadamente emissores e receptores. É
um tipo de relação característico de
sujeitos que se encontram (ou se
colocam) ao mesmo nível, procurando o
entendimento e reversibilidade de ideias,
opiniões e juízos, a reciprocidade afectiva
e permite uma maior objectividade nas
significações.
21
Síntese
24
25
A comunicação interpessoal -
Abordagem psicossociológica
26
Objectivos
27
• Já dissemos que comunicar é trocar
mensagens. Também sabemos que não é fácil
(é talvez impossível) dissociar o que é dito, de
quem o diz. E isto porque no nosso discurso
está sempre presente, de forma manifesta ou
latente, aquilo que somos. Cada sujeito é uma
entidade complexa, resultante da combinação
de factores biológicos e psicológicos, e dos
resultados das experiências por que passa, e
que lhe deixam marcas positivas ou negativas,
mais superficiais ou mais profundas. Cada
sujeito transporta sempre consigo a sua história
feita de vitórias e derrotas, e com isso vê as
coisas de forma muito pessoal. Não há dois
sujeitos iguais e isso vai obviamente influenciar
os processos de comunicação.
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• É indispensável que os sujeitos, num processo
de comunicação, partilhem o mesmo código,
para poderem codificar e descodificar as
mensagens. É também necessário que as
mensagens sejam suficientemente motivadoras
para lhes despertar a atenção e o interesse.
indispensável que mantenham o canal de
comunicação entre eles aberto, e partilhem
meios comuns, para que não haja distorções.
Finalmente é necessário que estejam num
contexto que estimule e permita a comunicação.
• Verificamos, pois, que comunicar (com eficácia)
não é fácil. Exige esforço de ambos os sujeitos
para que sejam vencidos alguns obstáculos
designados por barreiras á comunicação .
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As barreiras à comunicação
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• Expressão (aqui, e partindo do princípio de que
estamos perante uma comunicação verbal, oral,
colocam-se questões de foro fisiológico, como
dificuldades de pronúncia, por deficiente implantação
dental ou formas labiais ou palatais, ou do foro
psíquico, como afazias, gaguez ou desléxias de
qualquer tipo);
• Audição (aqui colocam-se, relativamente ao receptor,
- questões que podem ser de foro meramente
fisiológico, como a surdez, mas podem também pôr-se
questões de outra ordem, como um excessivo
cansaço, que dificulte a concentração, ou uma
preocupação forte que impeça o descentramento
desse problema e impossibilite a mobilização de
capacidades para o processo de comunicação);
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• Descodificação (aqui coloca-se, como ao emissor,
mas em sentido contrário, a questão do conhecimento
do código utilizado. Se for a língua portuguesa será
necessário que os vocábulos sejam conhecidos, ou
compreensíveis pelo contexto, e que as construções
sintácticas possibilitem uma lógica linguística e
conceptual que deixem o emissor passar da
mensagem ás ideias);
• Interpretação (mais uma vez aqui se coloca ao
receptor um problema idêntico ao do emissor. O
receptor vai confrontar a mensagem com o seu quadro
referencial, isto é, os seus conhecimentos, opiniões,
valores, crenças, etc, e procurar daí dar um sentido ao
que lhe foi transmitido).
• Tudo isto são factores que ameaçam
permanentemente qualquer comunicação, e que
exigem do sujeito um esforço constante, se quiser
comunicar com eficácia.
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b) Ao nível do contexto
• Há contextos que incentivam a comunicação, e outros
que a restringem, assim como também há contextos
mais adequados ou menos adequados a cada tipo de
comunicação. Será difícil dois sujeitos conversarem
numa discoteca com música muito alta, ou contarem
anedotas numa sala de leitura. Também não lembraria a
ninguém examinar um aluno de matemática numa
piscina, ou pedir namoro a alguém num funeral de
família. Numa empresa em que não há o hábito de
reuniões para discussão dos assuntos das equipas de
trabalho, é mais coerente a comunicação escrita,
divulgando as directivas e solicitando sugestões também
por escrito.
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c) Ao nível do meio
• O meio utilizado para suportar ou veicular a mensagem
também nem sempre é o mais adequado, constituindo-
se numa barreira à comunicação. Imaginemos um
treinador de futebol, que preocupado com o baixo índice
de rendimento dos avançados da sua equipa decide
ensinar a técnica do remate à baliza, projectando vários
acetatos ou que um professor de química decidia dar as
suas aulas em forma epistolar, escrevendo cartas aos
seus alunos.
• É necessário que exista uma certa coerência entre o tipo
de mensagem e os objectivos pretendidos, sob pena de
se afectar a eficácia da comunicação.
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d) Ao nível do código
• Este elemento do processo de comunicação é muitas
vezes responsável pela sua ineficácia. Lembremos que
tem de ser partilhado pelos interlocutores, para que o
emissor possa codificar e o receptor descodificar as
mensagens. Se o emissor usar sinais (sons, gestos,
grafismos) que sejam desconhecidos do receptor, este
não tem hipótese de descodificar a mensagem e
perceber o que o outro lhe envia. Todas temos a
experiência de belíssimos discursos de especialistas
cheios de boa vontade, procurando-nos explicar
qualquer coisa da sua área, e que nos deixam ainda
mais confusos que antes. Seria também inútil (ainda que
engraçado) explicar em português, a um chinês, como
se faz um molho de escabeche.
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e) Ao nível da mensagem
• Finalmente, a própria mensagem pode não facilitar a
comunicação. Se não for oportuna, pertinente,
motivadora, pode não suscitar sequer a atenção do
receptor. Se for demasiado dissonante com o quadro de
referencial do receptor, é provável que este a recuse. Os
valores culturais e éticos do receptor podem provocar
uma forte recusa da mensagem, não chegando mesmo
a “ouvir” o que se quer dizer.Mensagens de contestação
a princípios religiosos para destinatários crentes,
suscitará rejeição. Tal como uma campanha publicitária
sobre chapéus de chuva numa zona onde raramente
chova, ou uma proibição de fumar numa fábrica de
cigarros. Tudo isto, provocará uma situação de recusa à
mensagem, que dificultará, ou impossibilitará a
comunicação.
37
38
• Do que dissemos poderá depreender que,
se queremos uma comunicação eficaz
teremos de estar atentos a todos os
elementos do processo de comunicação,
a começar por nós próprios. Haverá
atitudes individuais que facilitem a
comunicação?
39
Síntese
42
Objectivos
43
• Agora vamos falar sobre como valorizar a
sua comunicação perante outros, através
da sua atitude e posicionamento.
• Vamos referir três atitudes que julgamos
muito importantes para a comunicação:
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a) A estima por si próprio
• Corresponde à imagem que temos de nós
próprios e ao valor que atribuímos à nossa
pessoa. É influenciada, principalmente, por
aquilo que o nosso meio mais próximo nos deu
como imagem durante a nossa infância, que
como se sabe é um período privilegiado para a
formação da nossa personalidade. A estima por
si só, depende muito da percepção, isto é, da
forma como tomamos conhecimento das coisas,
e neste caso, da forma “como nos vemos”. De
entre as várias características que possuímos,
valorizamos mais umas do que outras.
45
• Tudo isto vai provocar atitudes e comportamentos
diferentes, como reacção a essas maneiras de nos
vermos.
• Os indivíduos com pouca estima de si próprios, sentem-
se normalmente em posição de inferioridade,
considerando-se vencidos à partida. Têm dificuldade em
estabelecer relações com os outros, ou em emitir ou
admitir opiniões críticas. São sujeitos que tenderão
sempre para reacções defensivas, predominando as
atitudes passivas, e com quem a comunicação tenderá a
ser unilateral. Para termos credibilidade diante de um
interlocutor é indispensável termos credibilidade perante
nós próprios. Só há troca (e comunicação é troca) se
admitirmos que podemos contribuir com alguma coisa
válida.
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• Podemos afirmar, pois, que há uma correlação
elevada entre a estima por si próprio e o estilo
de comunicação. As pessoas que possuem um
bom nível de estima por si próprias, dão
normalmente provas de um grande à-vontade
nas relações, sabendo ter a iniciativa, sendo
criativas, exprimindo com clareza as suas
posições e procuram compreender os pontos de
vista diferentes. Aceitam as críticas
fundamentadas e procuram relações produtivas
para todos os intervenientes, não se sentindo
postas em causa de cada vez que se discorda
delas, ou que um seu ponto de vista não suscita
a anuência do grupo.
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b) A capacidade de escutar
• Jacques Laurioz, num artigo publicado já há
algum tempo na revista Pessoal, conta que,
num seminário de formação em que
participavam vários quadros, quando o
animador lhes pediu que indicassem como
repartiam o seu tempo pelas diversas
actividades profissionais, aqueles responderam:
• a falar 35%
• a ouvir 40%
• a escrever 9%
• a ler 16%
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• O animador reparou, com razão, que se a maior parte
do tempo de trabalho da nossa infância foi despendido a
aprender a ler e a escrever, e se outra grande parte da
nossa adolescência foi aplicada a aperfeiçoar a
linguagem, a verdade é que ninguém nunca nos ensinou
a ouvir .
• Escutar é uma atitude de disponibilidade para receber
as mensagens dos outros e tentar compreendê-las. Sem
escutar, não haverá descodificação nem interpretação.
A escuta, ao contrário do que poderá parecer, implica
um papel activo, havendo mesmo quem fale em “escuta
activa”, para sublinhar esse papel activo de receptor, por
oposição à atitude passiva do receptor que apenas
“ouve”. Uma escuta “activa” implica uma entrega ao
outro, dedicando-lhe os ouvidos e os olhos. Tudo o que
nos permite captar a mensagem do outro deve estar
mobilizado para que o processo de comunicação tenha
a máxima produtividade.
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• Há um conjunto de regras para a “escuta activa”
que passamos a enunciar:
• Saber deixar falar : o receptor não pode ouvir e
falar ao mesmo tempo, pelo que é indispensável
suspender o discurso para que o outro diga o
que tem a dizer, e perceber claramente que está
a ser escutado;
• Colocar-se em empatia com o outro: para
compreender o que o outro diz, o receptor deve
esforçar-se por se pôr no lugar do emissor, isto
é, assumir (ainda que provisoriamente) o seu
quadro referencial, dado que cada sujeito dá um
“seu sentido” ao que diz ou que escreve;
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• Centrar-se no que é dito : toda a atenção do receptor
deve estar concentrada no que o emissor diz - as suas
palavras, as suas expressões, os seus silêncios, as
suas hesitações;
• Manter os canais abertos : o receptor deve colocar-se
de frente para o emissor, olhando-o com interesse e
atenção, por forma que ele perceba que os canais de
comunicação estão completamente disponíveis para que
a mensagem seja recebida (e descodificada, e
interpretada);
• Eliminar qualquer juízo imediato : um juízo demasiado
rápido pode provocar reacções de defesa por parte do
emissor, e interromper extemporaneamente o processo
de comunicação;
51
• Não interromper o outro : o receptor deve
resistir a antecipar o que julga que o emissor irá
dizer, dando-lhe tempo para que diga tudo até
ao fim, por muito morosa e desagradável que
seja a sua capacidade de expressão;
• Não deixar transparecer as emoções
pessoais : o receptor deve manter-se atento e
interessado, controlando as exteriorizações de
surpresa, acordo ou desacordo, agrado ou
desagrado. Estas expressões podem
condicionar o emissor, que desenvolverá o
processo de comunicação guiado pelo outro,
deturpando, conscientemente ou
inconscientemente a mensagem
52
• Resistir ao efeito de halo : o receptor deve
concentrar-se no que é dito, independentemente
daquilo que pensa do emissor. Há a tendência
para considerar que as pessoas de quem não
gostamos só dizem coisas desinteressantes, e
que, pelo contrário, as pessoas de quem
gostamos dizem sempre coisas muito
interessantes (o que obviamente não é
verdade);
• Reformular : sempre que a mensagem se torna
ambígua, o receptor deve recapitular o que foi
transmitido, por forma a certificar-se de que a
mensagem recebida é a mesma que foi emitida;
53
Utilizar as capacidades cerebrais : o
ritmo médio de um sujeito falante é de
cerca de 120 palavras por minuto,
enquanto a velocidade de pensamento é
de aproximadamente 400 palavras por
minuto. Esta diferença permite ao receptor
ganhar um diferencial de tempo
significativo que pode utilizar no “controlo”
do processo de comunicação e na tarefa
de compreensão:
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• Princípios da escuta activa
• Saber deixar falar
• Colocar-se em empatia com o outro
• Centrar-se no que é dito
• Manter os canais abertos
• Eliminar juízos imediatos
• Não interromper o outro
• Controlar as emoções pessoais
• Resistir ao efeito de halo
• Reformular as mensagens
• Utilizar as capacidades cerebrais
55
• Já dissemos atrás que o feedback é a
informação de retorno, isto é, a informação que
o receptor envia ao emissor, e que permite que
este se aperceba, se está ou não a ser bem
recebida a mensagem que enviou. Todos
sabemos como é frustrante estar a emitir uma
mensagem sem ter nenhum sinal do receptor.
Basta experimentar falar com alguém ao
telefone e deixar passar mais de 15 segundos
sem dar nenhum sinal ao nosso interlocutor. Ele
dirá “está lá, estás a ouvir-me”, pedindo
feedback. Podemos também verificar o que
acontece quando, depois de um sujeito contar
uma anedota, o interlocutor fica impassível, sem
esboçar um sorriso. O emissor invariavelmente
perguntará “então, não percebeste? não
achaste graça?”.
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• É também aqui uma procura de feedback, sem o
qual o emissor ficará inseguro e tenso, reagindo
a essa falta.
• Há um conjunto de sinais, mais ou menos
convencionais socialmente, que podemos
utilizar para dar feedback ao emissor - um
acenar de cabeça, uma interjeição, uma
expressão de atenção e interesse. São
elementos que não acrescentam nada à
informação, mas que mantêm a ligação e
reforçam o sistema de comunicação, dando
segurança ao emissor e aumentando a
confiança mútua.
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Síntese
59
A apresentação
60
Objectivos
62
Uma boa exposição
Não é É sim
1. Uma conversa de salão 1. Um assunto e um objectivo preciso
2. Um texto preparado
2. Uma improvisação
3. Uma leitura em voz alta 3. Uma boa utilização de “cábulas”
4. Um texto sem nexo
5. Uma quantidade de diapositivos 5. Alguns suportes audiovisuais
especialmente concebidos
6. Um discurso aborrecido 6. Palavras estimulantes
7. “Sabe-se quando começa, não se 7. Um domínio perfeito do tempo
sabe quando acaba”
8. Uma situação de tensão 8. Um momento agradável para o
orador e para o publico
9. Uma reunião onde toda a gente fala 9. Uma boa gestão das questões
10. Um espectáculo sem programa 10. Uma encenação preparada e
rigorosa 63
Competências necessárias para ensinar
adultos
64
1. Transmitir a vontade de aprender
68
Determine o seu objectivo
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Informar:
• Apresentação descritiva
• Apresentar um novo produto a um vendedor
• Relatar o desenvolvimento de um processo.
• Descrever as actividades da empresa a um
jornalista
• O seu público adquire um conhecimento
suplementar sobre os factos, os objectos e as
situações
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Explicar: Apresentação pedagógica
71
Tomar uma posição:
Apresentação persuasiva
• Vender
• Convencer: persuadir
• Influenciar: fazer o interlocutor aderir à
sua opinião
• O seu público está consigo ou contra si
72
Antes de qualquer apresentação:
74
5. Perguntas que deve fazer a si próprio
para se preparar
• A Fase de Preparação é muito importante para uma boa
apresentação. Os factores a ter em conta são:
O ambiente
• Terei a palavra antes ou depois de outro orador?
• Onde vou fazer a minha intervenção (aspectos
relacionados com a posição da mesa, com a sala, com o
edifício, a cidade, etc)?
• De que instrumentos disponho (cavalete com papel,
vídeo, retroprojector, etc)?
• Em que contexto se realizará a minha apresentação
(conjuntura, ambiente, etc)?
75
O assunto
77
Qual a necessidade de formação?
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O objectivo pedagógico deve responder a dois
imperativos:
• Ajudá-lo a escolher os métodos de
aprendizagem e a estruturar a formação
• Informar os participantes da finalidade da
formação: “o quê” e o “como” desta formação
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Estruture o seu programa
80
Defina as etapas lógicas
81
Especifique as aquisições esperadas
1. Conhecimento. Pode dividir-se em teoria e
prática:
– Para animar a teoria poderá utilizar: a leitura, os
debates de grupo, os filmes, os estudos de casos
– Para se iniciar na prática, pode utilizar: o trabalho de
grupo, o estudo de casos, os preceitos aconselhados
nos manuais
– Pode apresentar a teoria em primeiro lugar, depois
proporcionar um meio de a pôr em prática, ou então
dar um exercício prático sem teoria para demonstrar
a necessidade desta última
2. A atitude
– Os métodos de formação mais eficazes para
provocar uma mudança de atitude são a
representação, o vídeo, o feedback, o debate, etc.
82
Síntese
• A preparação e a estruturação da sua apresentação,
são as melhores "armas" que lhe permitem alcançar
os melhores resultados para com o seu público. Deve
por isso, ter em conta estes aspectos, saber distinguir
entre tudo aquilo que uma boa apresentação é, e tudo
aquilo que ela não deverá ser. Quando se prepara
uma apresentação, devemos considerar as várias
características (económicas, sociais, profissionais,
etc) de que é composto o nosso público, e
posteriormente, adaptar a apresentação a essas
mesmas características. É ainda muito importante,
estruturar da melhor forma possível o seu programa,
de forma a dividi-lo por etapas lógicas e especificar as
aquisições (objectivos esperados) para cada uma
delas.
83
84
Os suportes da apresentação
85
Objectivos
86
Como utilizar os suportes sem torná-los
a estrela da apresentação?
Conselhos gerais
• Os suportes que vai utilizar devem ser
adequados, exactos e claros
• Assegure-se de que tem cópias para todos os
participantes
• Nunca distribua os suportes antes de estarem
em condições de serem utilizados
• Não fale durante a distribuição
• Arrume cada suporte depois de demonstrar o
objectivo que se propunha
87
Conselhos sobre a preparação dos seus
suportes visuais
• Assegure-se de que respondem aos seus
objectivos: Ajudar o participante a apreender;
Ajudá-lo a explicar;
• Os suportes devem de ser adequados e estar
relacionados com a apresentação que vai
fazer
• Devem ser simples e conter a informação
essencial
• Devem constituir um complemento e não uma
substituição da sua intervenção
• Devem poder ser lidos por toda a gente
88
Conselhos sobre a utilização dos seus
suportes visuais
• Familiarize-se com o material para melhorar a sua
utilização
• Mantenha o interesse utilizando vários suportes (ex.:
quadro, apresentações multimédia, etc)
• Utilize-os no momento oportuno certificando-se que
toda a gente pode vê-los ou ouvi-los
• Se necessário descreva o suporte (ex.: quadro ou
gráfico). Aproveite para explicar o seu ponto de vista
• Coloque-se face à audiência sem esconder os
suportes que vai utilizar (ex.: projecção em rich media,
etc).
89
Técnicas para os suportes audiovisuais
90
O cavalete com papel ou quadro branco
• Dois quadros valem mais do que um. Num dos
quadros conserve o plano condutor da sua exposição.
O outro será utilizado para escrever ou desenhar
• Escreva sem perturbar. Coloque-se a três quartos
perpendicularmente ao quadro e vá lendo o que
estiver a escrever
• Aspecto gráfico. Escreva com letras grandes, legíveis,
enchendo o meio da folha. Ponha o título em cada
folha. Utilize o mesmo código de cor ao longo da
exposição: títulos a vermelho, palavras a preto, setas
a verde, etc. Sempre que possível substitua o texto
por esquemas (histogramas, pictogramas, etc)
• Explique. Evite as abreviaturas. Utilize siglas no
quadro desde o inicio
91
Os acetatos
93
Os documentos
94
Os Slides
95
O microfone
96
Síntese
97
98
A animação da exposição
99
Objectivos
100
Regras para a expressão fisionómica e
linguagem corporal
101
A expressão corporal
• Fique em pé e à vontade.
• Descruze os braços quando iniciar uma conversa.
• Adopte posições naturais.
• Evite brincar com o lápis, marcadores, dinheiro nos
bolsos, etc.
• Utilize o espaço que o rodeia. Desloque-se.
• Assegure-se de que nada o perturba ou distraia. Por
exemplo: sapatos apertados ou óculos sempre a cair.
Sirva-se de exemplos. Facilitam a compreensão e
permitem-lhe fazer uma pausa no seu discurso e na sua
reflexão.
102
Como dar vivacidade à sua
exposição
103
Anime a voz.
• Uma voz caracteriza-se pelo timbre, pelo volume, pelo
caudal e pela entoação. É difícil alterar o timbre da voz,
no entanto, é possível imprimir-lhe uma certa animação.
Eis 3 maneiras:
• Volume: faça variar a intensidade da voz, a voz dirige-se
para onde se dirige o olhar. Olhe alternadamente para o
primeiro e para o último da sala e o volume da voz
adaptar-se-á automaticamente.
• Caudal: o ritmo modela-se em função do conteúdo do
discurso. Um exemplo conta-se depressa, uma ideia
expõe-se lentamente. Faça suceder argumentos,
anedotas, números e o caudal variará.
• Entoação: é a musica da voz. Acompanhe o conteúdo
da informação: eleve a voz quando fizer uma pergunta,
baixe-a no fim de uma ideia e não no fim da frase.
104
Respire
105
Varie o nível da linguagem
106
Movimente-se
107
Olhe para o público
• Pare de falar.
• Respire fundo. O público prefere sempre
um silêncio calmo a qualquer hesitação.
• Desloque-se em direcção ao público.
• Reformule o que acabou de dizer. Refira-
se ao plano condutor e repita a lógica do
seu objectivo: “acabamos de ver... vamos
abordar seguidamente...”.
111
Síntese
• Uma vez que numa apresentação, o objectivo
principal é a concentração e assimilação por parte do
público, em relação à matéria apresentada, o orador
precisa de ter em consideração a sua expressão
fisionómica e corporal, com vista a facilitar a atenção
do público.
• A par da vivacidade da apresentação, deve ter em
conta o tempo de intervenção que tem disponível, em
relação à quantidade de informação que pretende
transmitir. Deve ainda ter conhecimento de quais as
técnicas que poderá utilizar para vencer o medo e as
falhas de memória, que ocorram durante a
apresentação.
112
113
Controlar o público
114
Objectivos
116
A atitude
117
A expressão
118
Conselhos para a coanimação
A chave para uma coanimação eficaz é a coordenação
entre os animadores:
• Antes da sessão
• Durante a sessão
• Durante a preparação:
• Analise a evolução da sessão com o outro animador.
• Seja claro sobre as funções de cada um.
• Acerte com ele os assuntos que cada um deverá tratar.
• Assegure-se de que será informado:
• Sobre o conteúdo que apresentará o outro animador e
vice-versa.
• Verifique:
• O que antecede e precede a sua intervenção.
119
Nunca contradiga o outro animador
diante o grupo
121
Escolha a sua técnica de avaliação
Excelentes Apresentações
124