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Fichamento
Nayana Rocha de Carvalho Matrícula: 397483
Professora: Daniela Giareta Durante Disciplina: ED0099 - TECNICA DE SECRETARIADO I
DURANTE, Daniela Giareta. Tópicos Especiais em Técnicas de Secretariado. Curitiba: IESDE, 2010. Cap. 3
Processo comunicativo
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Comunicação significa “[...] tornar comum, trocar opiniões, fazer saber; implica participação, interação,
troca de mensagens. É um processo de participação de experiências, que modifica a disposição mental
das partes envolvidas” (MEDEIROS, HERNANDES, 2003, p. 209).
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Casado (2002, p. 272), ao tratar do papel da comunicação interpessoal, explica que comunicar também
representa “[...] repartir, compartilhar, é ação entendida como um processo de socialização e de
evolução humana tanto em forma como em conteúdo”.
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São quatro as formas, basicamente utilizadas, de comunicação interpessoal: verbal, não verbal,
simbólica e paralinguística.
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Todas essas formas de comunicação estão presentes no trabalho secretarial. O uso adequado de cada
uma facilita a compreensão da mensagem, de maneira que o receptor entenda exatamente aquilo que se
desejou transmitir, proporcionando um relacionamento harmonioso entre as partes.
Outro cuidado necessário para que a comunicação atinja seu objetivo é com os elementos que
compõem o processo comunicativo. Vejamos os principais:
Emissor – sujeito que cria, codifica e emite a mensagem. Também considerado a fonte da mensagem.
Receptor – sujeito a quem se destina a mensagem, quem recebe e decodifica a mensagem.
Código – é o conjunto de signos e regras organizados de tal maneira que produzem determinado
sentido à mensagem. Pode ser aberto ou fechado. O código aberto se caracteriza pelo uso de palavras
genéricas que possibilitam que o receptor interprete a mensagem de várias formas, de acordo com o seu
contexto e suas experiências. Já o código fechado é preciso, as palavras tendem a produzir um único
significado com o objetivo de o receptor entender exatamente aquilo que o emissor desejou transmitir,
por isso é mais apropriado, principalmente nas relações de trabalho e no trato com clientes, onde
qualquer falha na comunicação trará consequências irreparáveis. O secretário deve estar atento a esses
fatores, escolher o vocabulário que leve o cliente a compreender eficazmente a mensagem.
p. 48 Canal – suporte escolhido pelo emissor para veicular a mensagem ao receptor, podendo ser uma carta,
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telefone, e-mail, fax, jornal, televisor, rádio, entre outros meios.
Mensagem – é o conteúdo que o emissor deseja comunicar ao receptor. A mensagem é afetada pelo
código, pelos significados produzidos, pelo repertório do receptor e pelo contexto em que a mensagem
foi transmitida, por isso nem sempre aquilo que o emissor deseja comunicar é o que o receptor entende.
Quando isso ocorre a comunicação não atinge o seu objetivo porque ela somente é eficaz quando
produz a resposta desejada.
Contexto – são as circunstâncias em que a mensagem é transmitida; o contexto atribui sentido à
mensagem. É necessário haver coerência entre a mensagem e o comportamento do emissor; a fonte da
mensagem e o canal de comunicação devem ser confiáveis; a mensagem deve ser aceitável e
compreensível por parte de quem a recebe.
Feedback – retorno que o emissor consegue obter a partir do qual avaliará se a mensagem produziu o
efeito desejado e em que medida foi compreendida pelo receptor, ou seja, se a comunicação foi efetiva
ou não. É uma forma de controlar o resultado da mensagem sobre o receptor. A habilidade para receber
e dar feedback é muito importante e evita mal-entendidos, pois o codificador ao perceber que o
decodificador não entendeu a mensagem irá reformulá-la, para que seja compreendida.
Ruído – é considerado ruído toda a distorção que ocorre na transmissão da mensagem; tudo o que
dificulta que o receptor entenda o que o emissor deseja transmitir. Também são chamados de distúrbios
ou barreiras e podem estar relacionados à fonte, ao código ou canal usados, às diferenças de
vocabulários entre emissor e receptor, ao contexto, ao momento da transmissão, enfim, os ruídos são
comuns e de diversas naturezas. Por isso o feedback é tão importante porque indica o que foi
compreendido e como foi compreendido.
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Os elementos que compõem o ato comunicativo evidenciam a complexidade deste processo de emitir e
receber informações.
Esse modelo concebe os principais elementos do processo comunicativo: o emissor que irá dirigir a
mensagem, por meio de um canal (telefone, jornal, rádio, pessoalmente, correspondência), a um
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receptor que tem o papel de decodificar a mensagem e conceder feedback ao emissor para que este
identifique o que foi compreendido. A mensagem está sujeita a ruídos que correspondem a qualquer
tipo de barreira que dificulta a compreensão plena da mensagem. Todo o processo comunicativo ocorre
em um determinado contexto, tempo e espaço, que também interfere na mensagem.
importante. O secretário faz o filtro de informações levando ao superior aquelas que julga necessárias,
por exemplo.
O julgamento de quem emite a mensagem também pode tornar-se uma barreira na comunicação. O
receptor normalmente julga a credibilidade do emissor e dificilmente atribuirá valor a uma informação,
p. 50 por mais relevante que seja, concedida por uma pessoa que ele não confia. Basta refletir sobre como
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recebemos uma informação de quem não confiamos. A comunicação entre o secretário e seu executivo
é altamente afetada por o que um pensa do outro, pela credibilidade e confiança entre ambos.
A escolha indevida do canal também é uma barreira para a comunicação. Há mensagens que atingirão
p. 51 melhor o receptor se comunicadas por escrito, outras pessoalmente, outras por telefone, enfim, cada
caso é único, mas o canal deve ser escolhido com cuidado considerando o perfil do receptor e o tipo de
mensagem.
Sempre que o secretário precisar informar algo ao seu executivo, como um importante compromisso
assumido, deverá escolher o momento adequado para isso. Se o secretário transmitir a informação
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quando o executivo está concentrado em outra atividade ou quando ele estiver saindo apressado para
outro local, correrá o risco de o executivo não prestar atenção devida à mensagem e então,
possivelmente, terá problemas para cumprir tal compromisso, justamente porque não compreendeu
plenamente a mensagem.
Semelhante fato ocorre com o que podemos denominar de bloqueio a novas informações, que acontece
quando o receptor não está preparado para ouvir mensagens relativas à introdução de novas práticas de
p. 51 trabalho, de mudanças na sua rotina. Ao ser solicitado para inovar, a pessoa bloqueia tais informações,
até mesmo deixa de ouvi-las, por isso a comunicação sequer acontece, visto que somente ouvimos
efetivamente aquilo que desejamos.
Para a comunicação ser efetiva ela ainda depende de habilidades próprias para esse fim, tanto do
emissor quanto do receptor. Um exemplo é a habilidade de ouvir, pois poucas pessoas conseguem ouvir
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atentamente e por um bom tempo. Normalmente o receptor quer adivinhar o que o emissor tem a dizer
para não precisar ouvi-lo. Outro hábito dificultador é a falta de objetividade em transmitir a ideia e de
receber e conceder feedbacks. Além desses, pode-se relacionar ainda o tom de voz (muito alto ou muito
baixo) e o ritmo da fala (muito rápido ou muito devagar).
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Por fim, existem ruídos na comunicação relativos ao ambiente, como o excesso de barulho, estímulos à
atenção do emissor e do receptor, que fazem com que eles não se concentrem na comunicação,
interrupções constantes, entre outros.
Todas essas barreiras – experiências diferentes, significado às palavras, excesso de informação,
bloqueio a novas informações, juízo de valor, canal e momento inapropriados, hábitos impróprios,
ambiente inadequado – podem ser minimizadas com simples atitudes como:
Utilizar vocabulário adequado à mensagem e ao receptor;
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Usar o código fechado na transmissão de mensagens;
Ouvir atentamente e pelo tempo necessário;
Demonstrar respeito e aceitação pela mensagem e pelo emissor;
Desenvolver a empatia;
Conceder feedback sobre a mensagem recebida e solicitá-lo ao receptor sobre a mensagem dirigida;
Refletir periodicamente sobre o processo comunicativo considerando os feedbacks recebidos.
sua vez, depende de informações para sobreviver, visto que é a partir delas que se constroem
conhecimentos e se tomam decisões.
Neste momento, torna-se pertinente diferenciar dado, informação e conhecimento. Apesar das
divergências em termos de conceito, existe um consenso na literatura de que o dado é a parte mais
p. 52 simples enquanto o conhecimento a mais complexa. Dado está associado a um conjunto de números,
símbolos em forma bruta que por si só não possibilitam a compreensão de determinada situação. Se for
atribuído significado ao dado este se transforma em informação, que permite ao gestor tomar decisões.
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Deste modo, a informação é o dado trabalhado e com base nela as decisões são tomadas, por isso, a
e 53 qualidade da decisão depende da qualidade da informação. Já o conhecimento engloba a informação e a
experiência, e depende do enfoque de quem está trabalhando determinada informação.
Para o dado se transformar em informação exige a mediação humana, o emissor e receptor devem
atribuir o mesmo significado a esse dado, ou seja, o processo comunicativo necessita ser efetivo,
p. 53 porque quem tem dados, nada tem. Ao mesmo tempo, quando a informação não é dirigida à pessoa