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Manual de Formação
ÍNDICE
A comunicação
Elementos técnicos da comunicação
Elementos psicológicos da comunicação
A relação atendedor/cliente
1 Linguagem
A formação de impressões
Barreiras à comunicação
Estilos comunicacionais
A comunicação telefónica
A compreensão da mensagem
4
As Etapas da Comunicação Telefónica
A eficiência no trabalho com o telefone
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A comunicação
O Emissor
Em sentido restrito, do ponto de vista técnico, o emissor consiste no conjunto de meios
técnicos utilizados na transmissão da mensagem. Cabem neste conceito a rádio, a televisão,
etc...
Em sentido lato, o emissor é o indivíduo ou conjunto de indivíduos que quiseram transmitir a
mensagem. Emissor será cada um de nós, quando transmitimos algo a outrem.
O Recetor
Em sentido técnico, restrito, o recetor designa o conjunto de aparelhos que permitem a
receção das mensagens e asseguram a sua descodificação.
Em sentido lato, é designado por recetor o destinatário, individual ou coletivo, das
mensagens transmitidas pelo emissor.
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Anote-se que aqui também a fidelidade da descodificação da mensagem depende das
habilidades comunicadoras, das atitudes, do nível de conhecimentos e da posição social do
recetor.
A Mensagem
A mensagem é o produto físico real que o codificador construiu. Quando elaboramos a
mensagem devemos dar especial atenção ao código utilizado, ao seu conteúdo e ao
respetivo tratamento.
Por exemplo, a língua portuguesa é um código, pois nela encontramos elementos
vocabulares que só têm sentido quando combinados de formas específicas; o mesmo
acontece com a música, onde as notas musicais se combinam de formas determinadas,
produzindo diferentes tipos de música. O conteúdo de uma mensagem é o seu significado.
Assim, por exemplo, quando escrevemos, o conteúdo da mensagem é o conjunto das
afirmações que fazemos, das questões que colocamos ou das histórias que contamos.
Quando codifica uma mensagem, o codificador pode escolher este ou aquele código. Do
código escolhido dependerá a própria mensagem. Por exemplo, contar uma história em
banda desenhada, exige um código diferente do necessário para contar a mesma história
oralmente – a escrita e o desenho serão substituídos pela fala e pelos gestos. Por outro lado,
ao contar a história o contador poderá dar mais ênfase a determinados episódios,
suprimindo outros, ordená-los à sua maneira, etc...
O código, o conteúdo e o tratamento da mensagem dependem das características do recetor
a quem se dirige a comunicação. Pelo que, a mensagem deverá ser sempre sugestiva e
adequada à personalidade e às capacidades do recetor, a fim de minimizar o seu esforço de
descodificação e de interpretação.
O Canal
O canal é o suporte físico indispensável à transmissão da mensagem e que assegura a ligação
do emissor ao recetor.
Em toda a comunicação o emissor tem de escolher um canal, isto é, selecionar o veículo que
irá transportar ou transmitir a sua mensagem (encontro face a face, telefone, carta,
memorando, correio eletrónico, etc.).
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Feedback
Resposta ou reação do recetor à mensagem enviada pelo emissor (retro informação).
Através de um acenar da cabeça, da expressão facial, de uma pergunta ou de qualquer outra
reação, o recetor poderá fornecer feedback ao emissor confirmando, neste sentido, se a
mensagem foi bem recebida e interpretada. O feedback assume uma particular importância
na eficácia da comunicação, não só porque reforça a compreensão das mensagens, mas,
também, porque permite estabelecer elos de ligação entre os dois interlocutores.
Contexto
Conjunto de variáveis do meio envolvente e das variáveis de relação/relacionamento, que
vão influenciar a comunicação.
Ruído
Conjunto de fenómenos que podem ocorrer no processo de comunicação e que dificultam a
comunicação. A não interpretação correta da mensagem por parte do recetor poderá dever-
se à deficiência de qualquer um dos elementos do processo de comunicação ou à existência
de barreiras comunicacionais relacionadas seja com o emissor, seja com o recetor (p.e.
problemas de ordem semântica, física, preceptiva ou cultural… todos estes fatores são
suscetíveis de introduzir ruído na comunicação).
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A RELAÇÃO ATENDEDOR/CLIENTE
A relação entre o atendedor e o cliente ou o utente, constitui uma clara demarcação ou
característica do processo de comunicação. Etimologicamente, comunicar significa ‘pôr em
comum’, ‘entrar em relação com…’, significa trocar e partilhar ideias, sentimentos, hábitos,
experiências e valores por via de sinais verbais, sinais escritos e sinais não verbais.
Assim, o ato de comunicar não é uma simples transmissão de informação. Cada intervenção
de um indivíduo constitui uma resposta à intervenção do outro, o que, por sua vez, constitui
um estímulo ao qual o outro irá reagir e assim sucessivamente.
Comunicar é interagir com o outro no sentido de estabelecer uma relação bilateral em que
ambos os interlocutores têm um papel ativo, quer na emissão quer na receção de
mensagens
A relação atendedor/cliente trata-se de um processo circular e dinâmico constituído por
interações progressivas que não decorre das características da individualidade de cada um
dos intervenientes, mas sim do tipo de relação que se estabelece entre ambos.
O contexto e o significado
A troca do conjunto de sinais que são estabelecidos numa relação comunicativa não se
produzem, nem se interpretam isoladamente mas integram-se num contexto determinado
(p.e. quando entendemos o contrário daquilo que alguém nos pretendia comunicar ou que
as palavras que alguém utilizou estavam fora de contexto). Não comunicamos do mesmo
modo com alguém que nos é próximo, com um superior hierárquico ou com um
desconhecido.
Não comunicamos da mesma forma quando estamos no local de trabalho ou quando
estamos num local público. Assim sendo, o contexto sócio-cultural é determinante para o
tipo de comunicação que estabelecemos.
O modo como se dizem as coisas difere de pessoa para pessoa, na medida em que a
linguagem utilizada é um comportamento social apreendido que depende do contexto
cultural em que ocorre.
Todas as culturas impõem padrões de comportamento que regulam as condutas dos
indivíduos perante os demais parceiros comunicacionais.
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Assim,
A comunicação só será eficaz se a mensagem que o emissor tinha intenção de
transmitir for interpretada da mesma forma pelo recetor
O significado que é atribuído à mensagem assume expressão na forma como os
indivíduos reagem à mensagem que é emitida
LINGUAGEM
O ato de comunicar é composto por mensagens verbais e não verbais, atuando em
consonância, ou não, com a mensagem que se pretende transmitir.
Linguagem Verbal
Designação quando utilizamos como código linguístico as palavras. Pode assumir a forma
oral (diálogo, rádio, televisão, telefone, etc. …) e a forma escrita (livros, cartas, jornais,
cartazes, etc. …). É importante reter que a linguagem verbal está condicionada à capacidade
de expressão dos interlocutores e/ou intervenientes dado que cada indivíduo tem uma
capacidade de expressão que lhe é própria em função de características de personalidade ou
especificidades inerentes ao nível sócio-cultural. Igualmente, a linguagem verbal está
condicionada pelas circunstâncias do contexto/ambiente em que o processo de
comunicação ocorre (lugar, tempo, grupo, etc.).
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interesse pela relação. A posição e a colocação dos braços é determinante na interação, p.e.
cruzar os braços pode ser interpretado como um gesto revelador de interesse, hostilidade
ou ironia, as mãos nos bolsos ou atrás das costas constituem gestos como sendo reveladores
de desinteresse pelo interlocutor.
Mantenha as mãos bem visíveis para o interlocutor
Utilize gestos que reforcem a linguagem verbal
Os seus gestos devem ser redondos e suaves
Não cruze os braços
Não coloque as mãos na cintura, nos bolsos ou atrás das costas
Não faça gestos agressivos
Não aponte o dedo
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Sorriso: é fundamental na comunicação dado que pode melhorar a imagem de quem
comunica, tornando-o mais aprazível, criando um espaço de abertura e de confiança na
relação com os outros.
Um sorriso pode ser determinante enquanto facilitador do processo de
comunicação
A FORMAÇÃO DE IMPRESSÕES
Aquando de um primeiro contacto, há a tendência para se formar uma primeira impressão
acerca do outro. Esta impressão poderá ser positiva ou negativa consoante o impacto do
primeiro contacto: gosto ou não gosto, aprovo ou não aprovo, atrai ou não atrai, etc…
Em muitos casos, formamos primeiras impressões pelos elementos que observamos:
Aspeto físico do outro (indivíduo alto, baixo, gordo, magro, mal vestido, bem vestido,
careca, etc…),
Linguagem verbal e não verbal (vocabulário usado, postura, gestos, tom de voz,
modo de cumprimentar, forma como sorri, etc…),
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Do que inferimos das nossas observações (indivíduo inteligente, tímido, simpático,
vaidoso, extrovertido, etc…) e pelo que nos é transmitido por terceiros acerca do
indivíduo
BARREIRAS À COMUNICAÇÃO
Tendo em conta as nossas crenças, valores e experiências pessoais, cada um de nós adquiriu
formas diferentes de pensar, de sentir, e de reagir às múltiplas situações que se nos
deparam no dia a dia (na família, no trabalho, entre os grupo de amigos, etc.). Cada um de
nós desenvolveu sentimentos, atitudes e expectativas diferentes em relação às coisas e às
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pessoas. Por esta razão, em algumas situações a comunicação processa-se deficientemente,
ou nem sequer se realiza, sendo que se apontam como principais barreiras à comunicação:
Ao nível do emissor-recetor
Deficiências físicas: nomeadamente as auditivas e visuais;
Estado de saúde: quando estamos doentes ou cansados, a nossa capacidade
de concentração diminui.
Barreiras psicológicas: a existência de diferentes quadros de referência,
preconceitos, egocentrismo, resistência à mudança, propensão para a
refutação, filtração (manipulação da informação de forma a torna-la mais
favorável ao recetor), perceção seletiva (tendência para ouvir, ver e
interpretar seletivamente as mensagens recebidas) e motivação (ao termos
tendência em prestar mais atenção àquilo que nos interessa).
Ao nível da mensagem
Complexidade da mensagem
Pertinência da mensagem: quando transmitimos ou recebemos mensagens em
momentos ‘pouco adequados’ à situação, a nossa comunicação é suscetível de
tornar-se ineficaz.
Ao nível do canal
Ruído: tudo o que possa interferir na transmissão ou receção das mensagens
provocando a distração dos interlocutores. O ruído constitui uma das
principais fontes de erro da comunicação e pode ocorrer em qualquer ponto
do processo comunicacional.
Falar com duas ou mais pessoas em simultâneo: provoca distorções ao nível
do significado e distrai a atenção dos interlocutores.
Ao nível do contexto
Condições ambientais – barreiras físicas: barreiras que originam a separação entre as
pessoas, p.e. balcões ou vidros.
Condições de iluminação e de ruído ambiental.
Desconhecimento do contexto ou da envolvente: para que a comunicação seja eficaz
há que adaptar a mensagem ao contexto sócio-cultural dos interlocutores.
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Evocação de temas ou sentimentos não adequados à situação: p.e. comunicar uma
má notícia expressando através do rosto situações de alegria.
Ao nível do código
Utilização de códigos diferentes: p.e. a utilização de uma linguagem técnica e
específica de uma dada profissão.
Emprego de expressões ou palavras de duplo sentido: as mesmas palavras ou
expressões podem assumir interpretações diferentes ou ambíguas em função de
contextos sócio-culturais determinados.
Identificar as barreiras à comunicação é uma forma de as ultrapassar, daí para que haja
eficácia no processo de comunicação é necessário:
Ter em conta as características do recetor;
Construir mensagens claras e simples;
Evitar distrações suscetíveis de causar ruído;
Adequar a mensagem ao contexto;
Utilizar uma linguagem (código) compreensível pelo recetor.
ESTILOS COMUNICACIONAIS
No processo de comunicação as pessoas não se comportam todas da mesma forma, sendo
que umas revelam um comportamento mais agressivo, outras um comportamento mais
passivo, outras são mais manipuladoras e outras ainda revelam uma postura mais assertiva.
A forma como as pessoas se interrelacionam por via do processo de comunicação, constitui
o que se designa por estilo comunicacional, o qual é definido por um perfil ou uma atitude,
mais ou menos constante, de comunicar.
Destes estilos (agressivo, passivo, manipulador e assertivo), alguns facilitam a comunicação,
outros tornam-na menos eficaz. Porém, é um facto que todas as pessoas nas suas relações
interpessoais, utilizam uma mistura dos quatro estilos identificados, adotando no entanto
um estilo predominante e que convém identificar de modo a podermos gerir o nosso
relacionamento.
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a desconsiderar os direitos dos outros, mas fazemo-lo de forma discreta e implícita, de modo
a não provocar qualquer desconfiança. Provocar qualquer desconfiança.
Atitudes:
Competitividade
Interesse
Olhar de lado
Utilização do outro
Manipulação
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Características / qualidades de um atendedor
Fatores Comportamentais:
Simpatia no Atendimento ao Cliente;
Disponibilidade e Proactividade;
Apresentação cuidada e Postura correta;
Resposta Pronta e Preocupação Ambiental.
Fatores Técnico-profissionais:
Segurança;
Informação ao Cliente;
Pontualidade;
Fiabilidade;
Frequência;
Conforto e Acessibilidade (incluindo pessoas de mobilidade reduzida)
As Competências do Atendedor
Executar tarefas relacionadas com a venda de produtos e/ou serviços, em estabelecimentos
comerciais, de acordo com procedimentos pré estabelecidos, tendo em vista a satisfação dos
clientes.
Relativamente às atividades:
1.Analisar a informação acerca dos produtos e/ou serviços comercializados no ponto de
venda de modo a poder responder de forma adequada às necessidades dos clientes.
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2.2. Informar o cliente sobre as características e modos de utilização dos produtos
e/ou serviços, bem como sobre as condições de venda e serviços pósvenda.
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6.3. Participar na elaboração de inventários.
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17. Noções sobre os produtos, suas características, finalidades, modos de utilização,
especificações e critérios de classificação.
18. Noções sobre manuseamento, armazenamento e conservação de produtos.
SABERES-FAZER
1.Aplicar as técnicas de organização do trabalho no desenvolvimento da atividade comercial.
2. Identificar as características, finalidades, modos de utilização, especificações e critérios de
classificação dos produtos e/ou serviços do ramo em que atua.
3. Interpretar listagens de produtos e/ou serviços, os respetivos preçários e outros
documentos respeitantes à atividade comercial.
4. Utilizar as técnicas de venda no atendimento de clientes.
5. Utilizar as técnicas do serviço pós-venda, nomeadamente as relativas a troca de produtos
e a reembolsos.
6. Aplicar as operações de cálculo comercial no processamento da venda de produtos e/ou
serviços
7. Identificar os documentos comerciais e utilizar os relativos ao processo de venda.
8. Utilizar os equipamentos informáticos e as aplicações específicas da área comercial,
nomeadamente os de leitura ótica.
9. Utilizar os procedimentos relativos às operações de caixa.
10. Aplicar as técnicas de exposição que valorizem os produtos e/ou serviços no ponto de
venda.
11. Aplicar as técnicas de controlo de stocks, inventariação e registo de produtos.
12. Aplicar as competências linguísticas na comunicação em língua portuguesa.
13. Aplicar as competências linguísticas na comunicação em língua francesa ou inglesa
adequadas à atividade comercial.
14. Aplicar as normas de segurança, higiene e saúde da atividade comercial e as respeitantes
aos produtos comercializados.
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SABERES-SER
1.Manter organizado o posto de trabalho de forma a responder às solicitações dos clientes.
2. Facilitar o relacionamento com interlocutores diferenciados.
3. Gerir o tempo em função do fluxo de clientes.
4. Adotar comportamentos assertivos na relação com os públicos.
5. Adaptar a linguagem às características dos interlocutores.
6. Integrar as normas de segurança, higiene e saúde da atividade comercial e as respeitantes
aos produtos comercializados, no exercício das suas funções.
7. Colaborar na resolução de problemas.
8. Demonstrar disponibilidade para a inovação e para a aprendizagem ao longo da vida.
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É fundamental, para quem está em permanente contacto com os outros, ter em atenção os
seguintes aspetos:
Pronunciar as palavras correta e claramente
Não falar muito alto, nem muito baixo
Não falar nem muito depressa, nem muito devagar
Concentrar-se na mensagem
Ser breve
Usar palavras simples
Mostrar-se interessado
Sorrir
Tratar corretamente o interlocutor
Ser simpático
Certificar-se de que os termos que utiliza são compreendidos
Acompanhar as palavras de gestos
Mostrar um olhar interessado
Manter uma boa postura
Manter um boa aparência profissional
Falar olhando sempre para o interlocutor
Evitar gírias e calão
Evitar frases longas
Falar de forma positiva
Evitar usar a palavra não
Evite passos arrastados-utilize um passo firme, pois traduz maior dinamismo
Evite apoiar-se nos equipamentos - procure manter o tronco direito, pois denota
maior segurança
Evite nódoas e vincos na sua roupa - assegure-se sempre do bom aspeto do seu
vestuário e calçado
Evite ter o cabelo e as unhas sujos e descuidados - assegure-se que tem sempre bom
aspeto
Mantenha um estilo clássico / evite grandes extravagâncias
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Nunca mastigue pastilha elástica quando estiver a atender o público
Mostre-se sempre prestativo para resolver ou encaminhar problemas
Nunca se esqueça de cumprimentar: desejar bom dia, boa
Tarde, bom fim-de-semana, bom feriado, boas férias etc.
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A satisfação dos clientes
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Se a satisfação das necessidades e dos desejos dos clientes é o propósito dos
processos económicos e de marketing, é coerente conceber a insatisfação como os
resultados menos conseguidos nas interações comerciais entre cliente e fornecedor.
Neste sentido, as empresas devem ser capazes de orientar as suas atividades para o
mercado para obter a satisfação dos seus clientes, conhecendo e avaliando
simultaneamente o possível descontentamento decorrente das atividades associadas
à oferta, de modo a obterem um crescimento estável, baseado num conhecimento
global que ajudará à satisfação generalizada.
A insatisfação de um cliente pode ser declarada/apresentada de várias maneiras ou
formas, contudo a filosofia da satisfação deve integrar um sentido que vá muito para
além do tratamento de uma simples reclamação, numa perspetiva de antecipação
ao problema.
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Uma reclamação bem atendida (o que não quer dizer dar razão ao cliente) amarra o
cliente para toda a vida.
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Seis etapas a seguir no atendimento de uma reclamação:
1ª - Ouvir atentamente
2ª - Repetir o que ouviu (reformular)
3ª - Apresentar desculpas em nome da empresa
4ª - Aceitar o sentimento do cliente (empatia).
5ª - Explicar o que vai fazer para resolver o problema.
6ª - Agradecer ao cliente o facto de lhe colocar o problema.
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O tratamento e a Gestão de conflitos não são uma ciência exata, envolvem no mínimo duas
pessoas, o que já é suficiente para duas interpretações distintas.
Sermos profissionais sérios e rigorosos ajuda muito no evitar do conflito. E, já agora, porque
afinal somos todos humanos, o bom senso é também muito bem-vindo neste processo.
Cada cliente...
... é a pessoa mais importante que passará pela empresa.
... não é uma interrupção do seu trabalho... mas sim, a principal razão para o ter!
... é uma pessoa com nome e sentimentos.
... é quem decide se o Serviço é BOM ou MAU.
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... se reclama, está a dar-nos uma oportunidade.
... só está interessado no seu problema.
... nem sempre tem razão, MAS é sempre... O CLIENTE!
O livro de reclamações
A lista que se segue inclui algumas das entidades que o devem disponibilizar e os respetivos
organismos reguladores da atividade que analisam as queixas:
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estabelecimentos de venda e de reparação de automóveis novos ou usados; parques
de estacionamento subterrâneos ou de superfície; agências funerárias; centros de
bronzeamento artificial –Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE)
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Instituições de crédito – Banco de Portugal (BP)
Os reclamantes que virem este seu direito negado podem chamar uma autoridade policial,
com o objetivo de tomar nota da ocorrência e fazer chegar o problema à entidade
competente que fiscaliza o sector em questão.
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Preenchimento da Reclamação
Antes de preencher o formulário da queixa deve ler a folha de instruções disponível no Livro
e ter em atenção os seguintes aspetos:
Datar e assinar.
Cabe à entidade que apresenta o Livro garantir que o reclamante insere todos os elementos
relativos à sua identificação, bem como os que dizem respeito ao prestador de serviço. A
identificação correta de ambas as partes permite à entidade competente saber quem é que
reclamou e quem é a entidade reclamada.
O duplicado deve ser imediatamente entregue ao utente e o original deve ser remetido, pelo
fornecedor de bens, pelo prestador de serviços ou pelo funcionário do estabelecimento, no
prazo de 10 dias úteis, à entidade reguladora do sector ou à entidade de controlo de
mercado competente, ficando o triplicado no Livro.
Embora não seja sua obrigação, o reclamante, caso pretenda, pode remeter também o
duplicado da folha de reclamação à entidade reguladora do sector. Para saber qual a
entidade competente para receber a reclamação o utente deve consultar o letreiro que se
encontra afixado no estabelecimento ou consultar a grelha de entidades que figura na folha
de instruções.
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Nota: Se o cliente decidir anular a reclamação deve sempre indicar os motivos que o levaram
a alterar a decisão. O agente económico, por sua vez, tem de remeter também a anulação ao
organismo fiscalizador.
A COMUNICAÇÃO TELEFÓNICA
Na comunicação telefónica, a voz é o instrumento determinante para o primeiro
contacto.
No estabelecimento de relações interpessoais, elementos tão ricos e poderosos,
como a expressão gestual e o contacto visual, estão ausentes ao telefone.
No atendimento telefónico de cliente, sob uma óptica de personalização, é
necessário saber manifestar interesse e compreensão pele situação do cliente, de
forma a responder eficazmente às suas necessidades.
Assim sendo, transmitir uma imagem de amabilidade e eficácia adquire uma
particular importância.
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- Controlar a intensidade;
- Controlar o tom de voz.
A COMPREENSÃO DA MENSAGEM
O telefone permite a troca de informação, esclarecimentos, resolução de assuntos
urgentes e a rentabilidade do tempo de trabalho.
Assim, o atendedor deve SABER ESCUTAR demonstrando atenção através da emissão
de pequenas interjeições. A adoção das atitudes de investigação e reformulação
contribui eficazmente para a empatia na relação, para além de constituírem duas
formas de dar e receber feedback.
A emissão da resposta
A mensagem deve ser:
- Clara;
- Concisa e objetiva;
- Precisa.
A finalização
Frase amável e conclusiva
Fidelização do cliente
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